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UNIDADE 7 
HABILIDADES DO MOVIMENTO ESPECIALIZADO E CLASSIFICAÇÃO DAS 
HABILIDADES MOTORAS 
Aprendizagem e Desenvolvimento Motor 
Profa. Daniela Scoss 
 
 
Na unidade 6 discutimos sobre a entrada na puberdade, maturação sexual e o 
processo da adolescência. Você lembra que estávamos falando sobre Habilidades 
Motoras Básicas e Fundamentais antes de aprendermos sobre os Modelos de 
Desenvolvimento Humano? Pois é, agora chegou a hora de darmos sequência com as 
Habilidades dos Movimentos Especializados. 
 
As Habilidades dos Movimentos Especializados são dependentes de instrução 
por parte de alguém que conheça sua forma de execução. Em sua maioria, tais 
habilidades foram criadas para fins bastante específicos; é o caso das habilidades 
físico esportivas que são formadas pela combinação de habilidades motoras básicas 
em um padrão particular. 
 
 
 
No Estágio Cognitivo ou Transitório (dos 7 aos 8 anos) é o momento em que 
a criança começa a combinar seus movimentos fundamentais e a desempenhar 
atividades relacionadas ao esporte e à recreação, por exemplo: combinação de 
movimentos como correr e saltar, correr e lançar a bola etc. O foco está na 
cognitividade orientada a problemas, ou seja, é preciso dedicar bastante atenção à 
tarefa que se está realizando. A performance ainda é inconsistente e apresenta muitos 
erros. 
 
 
 
 
 
 
Neste estágio o indivíduo utiliza atividades cognitivas como instruções e 
feedback. Entendemos o feedback como o retorno da informação sobre o movimento 
realizado. Esta informação é fornecida pelo professor, técnico ou pais/tutores, pois o 
indivíduo ainda possui grande dificuldade de identificar seus próprios erros e de 
realizar ajustes. 
No Estágio Associativo ou de Aplicação (dos 11 aos 13 anos) é a fase em que 
os indivíduos realizam seus movimentos com mais qualidade, bem como as atividades 
mais complexas e os jogos em que aparecem outros fatores como, por exemplo, a 
liderança. Aqui eles começam a apresentar sucesso na execução da tarefa e 
consequente aumento da consistência na aprendizagem, erros ainda podem ocorrer, 
porém nenhum erro grosseiro. O indivíduo já começa a detectar seus próprios erros e 
começa a associar elementos de variações ambientais com os movimentos que ele 
está realizando. 
 
A atenção total do estágio inicial começa a se deslocar para outros elementos, 
tais como o espaço, objetos e colegas. 
 
Já o Estágio Autônomo ou de Utilização Permanente (a partir dos 14 anos, 
continuando por toda a vida adulta) é representado como o ponto máximo do 
desenvolvimento motor. Isto quer dizer que o que foi aprendido até aqui será utilizado 
por toda a vida da pessoa. Como ele apresenta sucesso na execução da tarefa e 
máxima consistência, ocorrem pouquíssimos erros e nenhum erro grosseiro. A 
execução da tarefa com pouca atenção com o movimento e possui capacidade de 
identificar e corrigir os próprios erros. 
 
 
Figura 1: https://images.app.goo.gl/Wt25ANPX58TN3QcB6 
 
 
 
 
 
 
O desenvolvimento das habilidades do movimento especializado depende 
muito das oportunidades de prática, estímulo, qualidade da prática e contexto 
ecológico do ambiente, pois são padrões de movimento fundamentais, refinados e 
combinados para formar as habilidades esportivas e outras habilidades de movimento 
complexas e específicas. Elas são específicas da tarefa, e os movimentos 
fundamentais, não. 
Por volta dos 6 anos, a maioria das crianças tem potencial para executar, em 
um estágio proficiente, a maioria das habilidades do movimento fundamental e de 
começar a transição para a fase do movimento especializado. A constituição 
neurológica, as características anatômicas e fisiológicas e as capacidades perceptivo-
visuais encontram-se suficientemente desenvolvidas e podem funcionar em um 
estágio proficiente na maioria das habilidades do movimento fundamental. 
No entanto, as capacidades de movimento de muitos adolescentes ficam 
atrasadas por causa das limitadas oportunidades de prática regular, da má qualidade 
ou falta de instruções e do pouco ou nenhum incentivo. Todos nós conhecemos 
adolescentes e adultos que arremessam bolas no estágio elementar ou saltam em 
distância usando padrões de movimento característicos de pré-escolares típicos. 
Extraído de GALLAHUE, OZMUN, GOODWAY, 2013, p. 332. 
 
 
Segundo Florindo e Ribeiro (2009) houve um aumento em relação ao peso das 
crianças e adolescentes brasileiros (6 a 18 anos) de 4% na década de 1970 para mais 
de 13% em 1997, ou seja, um aumento de mais de 200%. 
 
“Os adolescentes apresentam uma queda acentuada na atividade física 
quando entram na puberdade, passando de uma média de 3 horas por dia de atividade 
física aos 9 anos para uma média de apenas 49 minutos de atividade física por dia aos 
15 anos” (NADER et al., 2008 apud PAPALIA, FELDMAN, 2013, p. 394). 
 
A recomendação para a prática de atividade física na adolescência é de que 
todo jovem deveria praticar todos os dias cerca de 60 minutos de atividades físicas 
moderadas e/ou vigorosas pelo menos 5 vezes por semana. Elementos importantes 
que deveriam estar envolvidos: atividade desenvolvida de forma apropriada, divertida 
e contendo grande variedade de movimentos (FLORINDO, RIBEIRO, 2009). 
 
A participação no esporte e nas atividades físicas é importante para milhões 
de crianças e adolescentes que precisam de uma liderança competente e de 
experiências apropriadas em termos desenvolvimentais. Florindo e Ribeiro (2009) 
apontaram que há uma queda na prática da atividade física com o avanço da idade. 
Outro aspecto curioso é que os rapazes apresentaram maior participação em 
atividades esportivas e de intensidade vigorosa, enquanto as moças parecem preferir 
atividades de lazer e baixa intensidade. 
 
 
 
 
 
 
Para que o indivíduo na fase dos movimentos especializados consiga ter 
sucesso em suas atividades, é muito importante que ele tenha passado de forma em 
sucedida pelo estágio dos movimentos fundamentais. “O desenvolvimento de 
habilidades do movimento fundamental maduras é pré-requisito para a incorporação 
bem-sucedida das habilidades do movimento especializado no repertório de 
movimento do indivíduo” (GALLAHUE, OZMUN, GOODWAY, 2013, p. 332). 
 
 
“Sob condições ideais, o estágio de transição das habilidades de movimento 
começa por volta dos 7 ou 8 anos. Com o crescente interesse nas potencialidades da 
-performance e no esporte, a crescente sofisticação cognitiva e a melhor interação em 
grupo, as crianças sentem-se mais atraídas pela competição organizada. Esportes de 
especialização precoce, como a ginástica e o esqui alpino, exigem treinamento 
específico do esporte logo cedo, enquanto esportes de especialização tardia, como os 
de equipe, exigem abordagem generalizada no início do treinamento” (GALLAHUE, 
OZMUN, GOODWAY, 2013, p. 335). 
 
Figura 2: As habilidades do movimento fundamental devem ser proficientes antes da introdução das 
habilidades do movimento especializado. (GALLAHUE, OZMUN, GOODWAY, 2013, p. 333) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A chave, da participação bem-sucedida no esporte juvenil está no respeito ao 
nível de desenvolvimento do atleta jovem. Isso pode ser feito pela manipulação 
cuidadosa do treinamento e da sua porção competitiva. (...) Portanto, as idades de 12 
e 14 para mulheres e homens, respectivamente, são o momento ideal para colocar 
maior ênfase no treinamento aeróbio, de força e de resistência” (BALYI, HAMILTON, 
2004 apud GALLAHUE, OZMUN, GOODWAY, 2013, p. 336). 
 
Os jovens competem no esporte por uma série de razões. Weiss (2004) 
identifica que "a mais proeminente delas é o desenvolvimento da competência física 
(aprender e melhorar as habilidades), a obtenção de aceitação e aprovação social 
(estar junto e fazer amigos, interagir com pais e técnicos) e o prazer nas próprias 
experiências (divertir-se, fazer alguma coisa interessante)" (p. 15). Essas três razões 
são vitais no desenvolvimento e na manutenção de um interesse genuínopelas 
atividades esportivas e pela participação nelas. 
O esporte permite a indivíduos nos estágios de transição e de aplicação 
melhorar suas habilidades e alcançar uma atividade física vigorosa e plena em 
situações competitivas. O esporte competitivo, entretanto, não deve ser considerado 
o único objetivo do desenvolvimento de habilidades para crianças. Atividades não 
competitivas e de lazer, como caminhada em trilhas, canoagem, pescaria, jogging e 
similares, assim como várias formas de recreação cooperativa e dança também são 
benéficas para jovens. 
Extraído de Gallahue, Ozmun, Goodway, 2013, p. 336 
 
 
 
Figura 3: Esportes de especialização precoce e tardia. (GALLAHUE, OZMUN, GOODWAY, 2013, p. 336). 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Benefícios imediatos e na idade adulta da prática de atividades físicas na infância e adolescência. 
(FLORINDO, RIBEIRO, 2009, p. 37) 
Quando tornamos o aprendizado de novas habilidades de movimento 
agradável e ansiamos pela perfeição dessas habilidades, estamos promovendo a 
motivação intrínseca no interior do indivíduo, com o objetivo de maximizar a 
motivação para participação, comprometimento e sucesso 
Embora existam, entre os sexos e também entre indivíduos de um mesmo 
sexo, diferenças nas medidas da aptidão física relacionada à saúde e da aptidão física 
relacionada à performance, os adolescentes do sexo masculino e do feminino têm 
potencial para melhoras significativas ao longo de toda a participação regular na 
atividade física. 
 
Figura 5: A promoção de melhorias no esporte maximiza a motivação do atleta (GALLAHUE, OZMUN, 
GOODWAY, 2013, p. 338). 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS HABILIDADES MOTORAS 
 
 
Figura 6: Classificação de uma habilidade motora em função de quatro critérios: identificação do ponto de 
início e fim, grupo muscular principal, uso de feedback e instabilidade ambiental (TEIXEIRA, 2006). 
 
Há uma variedade de esquemas para se classificar as habilidades de 
movimento. Estes aspectos a seguir tratam de um modelo unidimensional, onde é 
levado em consideração um aspecto por vez. 
 
Aspectos Temporais 
 
 Discreta: apresenta início e fim definidos. O arremesso, o salto, o chute e o 
toque em uma bola constituem exemplos de movimentos discretos. 
 Seriada ou em série: envolvem a performance de um movimento simples e 
discreto repetido diversas vezes em uma sucessão rápida. O saltito rítmico, o 
drible no basquete e a rebatida da bola no futebol americano ou voleibol 
constituem tarefas típicas em série. 
 Cíclica ou contínua: abrangem os movimentos repetidos durante um 
determinado tempo: a corrida, a natação e o ciclismo constituem movimentos 
contínuos comuns. 
 
Grupos Musculares 
 
Os movimentos podem ser distinguidos pelo tamanho dos grupos musculares 
a serem utilizados e são categorizados como fina ou grossa/global. 
 
 
 
 
 
 
 
Uso de Feedback 
 
Está relacionado à ocorrência de erros no desempenho da habilidade motora 
e ao tempo de reação, definido como o tempo que se leva para reagir 
voluntariamente após o surgimento de um estímulo (MAGILL, 2017). 
 
 
O tempo de reação de uma pessoa é de suma importância nos esportes e nas 
atividades físicas, mas também para sua vida diária. 
 
Tempo de reação (TR) corresponde ao intervalo entre a emissão de um sinal sensorial 
e o início do movimento de resposta 
 
Tempo de movimento (TM) é o período entre o início do primeiro movimento 
detectado e o final da execução do ato motor. 
 
TR + TM = Tempo de Resposta 
 
 
 O uso de feedback pode ser de Circuito Aberto ou Fechado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circuito Fechado: o 
tempo de reação 
disponível durante a 
execução da 
habilidade possibilita 
boas chances de 
correção do 
movimento. 
 
Circuito Aberto: os 
movimentos são 
realizados em 
intervalos similares ou 
inferiores ao tempo 
mínimo de reação, ou 
seja, há poucas 
chances de correção. 
 
Instabilidade Ambiental 
 
Tarefa Motora Aberta: é aquela realizada em um ambiente onde as condições estão 
constantemente mudando. Essas condições mutáveis exigem que o indivíduo faça 
ajustes ou modificações no padrão de movimento para se adaptar às demandas da 
situação. Necessita-se de plasticidade ou flexibilidade em movimento no desempenho 
de uma habilidade aberta. 
 
Tarefa Motora Fechada: uma habilidade motora realizada em um ambiente estável 
ou previsível onde aquele que a executa determina quando iniciará a ação. Depende 
mais de um feedback cinestésico do que visual ou auditivo da execução da tarefa. Um 
jovem que realiza uma parada de mão, tenta acertar um alvo, dá um salto vertical está 
realizando uma tarefa de movimento fechada. 
 
Plasticidade Cerebral 
 
Denominação das capacidades adaptativas do SNC, ou seja a habilidade para 
modificar sua organização estrutural própria e seu funcionamento. 
A relação estabelecida com o meio produz grandes modificações no cérebro, 
permitindo uma constante adaptação e aprendizagem ao longo de toda a vida. Assim, 
este processo torna o ser humano mais eficaz. A interferência do ambiente no sistema 
nervoso causa mudanças anatômicas e funcionais no cérebro. Assim, a quantidade de 
neurônios e as conexões entre eles (sinapses) mudam dependendo das experiências 
pelas quais se passa. Antes, acreditava-se que as sinapses formadas na infância 
permaneciam imutáveis pelo resto da vida, mas há indícios de que não é assim. 
 
Figura 7: https://images.app.goo.gl/G5hfxQdNo3kV6vcb6 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
DE ROSE JR, D. A criança, o jovem e a competição esportiva: considerações gerais. In: 
DE ROSE JR, D. (Org.). Esporte e atividade física na infância e na adolescência: uma 
abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 
FLORINDO, A. A., RIBEIRO, E.H.C. Atividade Física e Saúde em crianças e Adolescentes. 
In: DE ROSE JR, Dante (Org.). Esporte e atividade física na infância e na adolescência: 
uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 
GALLAHUE, D. L., OZMUN, J. C., GOODWAY, J. D. Compreendendo o Desenvolvimento 
Motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 
 
MAGILL, R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Blücher, 
2017. 
 
PAPALIA, D.E., FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Humano. 12ª ed. McGraw 
Hill/ARTMED: São Paulo, 2013. 
 
TEIXEIRA, L. A. Controle motor. São Paulo: Manole, 2006. 
 
WHO. Young people's health: a challenge for society. World Health Organization 
Technical Report Series. 1986; 731.

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