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EAD-Enfermagem a Distância-Material do Curso[Enfermagem e a Saúde da Mulher]

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ENFERMAGEM E A SAÚDE DA MULHER 
 
A manutenção da boa saúde da mulher exige 
uma série de cuidados e atitudes preventivas. 
 
Cada mulher tem uma história e um corpo 
diferente das outras mulheres e que devem ser 
analisadas cuidadosamente com a supervisão de 
um médico, para garantir uma vida saudável e 
sem surpresas. 
 
Neste curso, faremos uma revisão sobre os 
principais pontos que prejudicam a saúde da 
mulher. Ao realizar o curso, o enfermeiro será 
capaz de prestar assistência sistematizada e 
integral à mulher nas diversas fases do ciclo 
vital. 
 
1. SAÚDE DA MULHER 
 
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 
2011), as mulheres compõem a maioria da 
população brasileira e são as principais usuárias 
do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
Além de buscarem os serviços de saúde para o 
seu próprio atendimento, acompanham crianças 
e outros familiares, como pessoas idosas, com 
deficiência, vizinhos e amigos. Também são 
também cuidadoras, não só das crianças ou 
outros membros da família, mas também de 
pessoas da vizinhança e da comunidade. 
 
A situação de saúde de um indivíduo envolve 
diversos aspectos da vida, como a relação com o 
meio ambiente, o lazer, a alimentação e as 
condições de trabalho, moradia e renda. No 
caso das mulheres, os problemas são agravados 
pela discriminação nas relações de trabalho e a 
sobrecarga com as responsabilidades com o 
trabalho doméstico. 
 
Mulheres vivem mais do que os homens. 
Entretanto, adoecem com mais frequência. E 
essa vulnerabilidade está mais relacionada com 
a situação de discriminação na sociedade do que 
com fatores biológicos. 
 
Existem vários conceitos sobre saúde da mulher. 
Conceitos mais restritos abordam apenas 
aspectos da biologia e anatomia do corpo 
feminino e outros mais amplos que interagem 
com dimensões dos direitos humanos e 
questões relacionadas à cidadania. 
 
No primeiro, o corpo da mulher é visto apenas 
na sua função reprodutiva e a maternidade 
torna-se seu principal atributo, limitando a 
saúde da mulher à saúde materna ou à ausência 
de enfermidade associada ao processo de 
reprodução biológica. Nesse caso estão 
excluídos os direitos sexuais e as questões de 
gênero. 
 
Com o novo conceito de saúde, essa realidade 
começa a mudar. Além do aspecto reprodutivo, 
as desigualdades sociais se revelam no processo 
de adoecer e morrer das populações. 
 
O relatório sobre a situação da População 
Mundial (2012) demonstra que o número de 
mulheres que vivem em situação de pobreza é 
superior ao de homens, que as mulheres traba-
lham durante mais horas do que os homens e 
que, pelo menos, metade do seu tempo é gasto 
em atividades não remuneradas, o que diminui 
o seu acesso aos bens sociais, inclusive aos 
serviços de saúde, o que implica num forte 
impacto em suas condições. 
 
2. QUADRO DE CONCEITOS 
 
Antes de nos aprofundarmos nos estudos de 
saúde da mulher, vamos conhecer alguns 
termos sobre o tema: 
 
AMENORRÉIA: Ausência de menstruação. 
CLIMATÉRIO: é a fase da vida em que ocorre a 
transição do período reprodutivo ou fértil para o 
 
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não reprodutivo, devido à diminuição dos 
hormônios sexuais produzidos pelos ovários. 
MENACME: Período reprodutivo da mulher. 
Inicia-se após a puberdade. 
MENARCA: Primeira menstruação. 
MENOPAUSA: é a última menstruação da 
mulher. É o evento marcante do climatério. 
Geralmente ocorre dos 45 aos 55 anos e só pode 
ser diagnosticada após 12 meses de amenorréia. 
MENSTRUAÇÃO: Sangramento genital de 
origem intrauterina, periódico e temporário na 
mulher e que manifesta-se aproximadamente 
em cada mês. Inicia-se com a menarca e termina 
com a menopausa. 
PERIMENOPAUSA: É o período no qual surgem 
as irregularidades menstruais, os distúrbios 
neurovegetativos e alterações psicoemocionais. 
Ela inicia-se em torno de 5 anos antes da 
menopausa e acaba 12 meses após. 
TELARCA: Desenvolvimento do tecido e botão 
mamário. 
 
3. PUBERDADE 
 
Na infância nosso corpo ainda não está 
totalmente formado. Na adolescência, acontece 
a transição da infância para a fase adulta, que 
chamamos de Puberdade. 
 
A Puberdade é um momento de 
transformações físicas e biológicas e de 
oscilações emocionais ocasionadas pelas 
alterações hormonais que o corpo sofre. 
 
O corpo está voltado nessa fase para a produção 
dos hormônios sexuais que são diferentes para 
meninos e meninas. Os meninos produzem a 
testosterona e as meninas o estrógeno. 
 
Nessa fase o crescimento se acelera, os órgãos 
sexuais ganham forma e a fertilidade se inicia. É 
um processo difícil tanto para o adolescente, 
que vai viver essas transformações, como para 
os que o rodeiam que terão de se adaptar às 
alterações de humor e às crises existenciais 
vividas por ele. 
 
Apesar de tudo isso essas transformações são 
necessárias para a manutenção da espécie 
humana, pois todo esse processo tem como 
objetivo de adaptar tanto a mulher quanto o 
homem para a capacidade de reprodução. 
 
No corpo masculino a puberdade ocorre 
geralmente entre a faixa etária dos 12 aos 14 
anos de idade, e para o biótipo feminino esse 
marco caracteriza-se a partir da primeira 
menstruação, também denominada de menarca, 
conferindo maturidade por volta dos 10 aos 13 
anos de idade. 
 
Além da menarca, outros acontecimentos 
caracterizam essa fase. São eles: 
 
 O desenvolvimento da genitália; 
 Crescimento dos seios (telarca); 
 Aparecimento de pêlos pubianos na 
genitália e nas axilas; 
 Definição das formas do corpo 
acarretada pelo acúmulo de tecido 
adiposo em determinadas partes 
(quadris, coxas); 
 Surgimento de erupções na pele (acne). 
 Diminuição no crescimento ósseo; 
 Expansão óssea da cintura pélvica 
(bacia); 
 Aumento do desejo sexual. 
 
4. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
A Pituitária, também conhecia como Hipófise 
anterior, não secreta praticamente nenhum 
hormônio gonadotrópico até a idade de 10 a 14 
anos. 
 
A partir da Puberdade, começa a secretar dois 
hormônios gonadotrópicos. Inicialmente, 
secreta principalmente o hormônio foliculo-
estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na 
 
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menina em crescimento. Em seguida, secreta o 
hormônio luteinizante (LH), que auxilia no 
controle do ciclo menstrual. 
 
4.1. Hormônios Femininos 
 
Hormônio Folículo-Estimulante: Causa a 
proliferação das células foliculares ovarianas e 
estimula a secreção de estrógeno, levando as 
cavidades foliculares a desenvolverem-se e 
crescerem. 
Hormônio Luteinizante: Aumenta ainda mais a 
secreção das células foliculares, estimulando a 
ovulação. 
 
4.2. Hormônios Sexuais Femininos 
 
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a 
progesterona, são responsáveis pelo 
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo 
menstrual. Esses hormônios, como os 
hormônios adrenocorticais e o hormônio 
masculino testosterona, são compostos 
esteróides, formados, principalmente, de um 
lipídio, o colesterol. 
 
Os estrogênios são vários hormônios diferentes 
chamados estradiol, estriol e estrona, mas que 
têm funções idênticas e estruturas químicas 
muito semelhantes.Por esse motivo, são 
considerados juntos, como um único hormônio. 
 
4.2.1. Funções do Estrogênio 
 
O estrogênio induz as células de vários locais do 
organismo, a proliferarem-se, ou seja, aumentar 
em número. A musculatura lisa do útero, por 
exemplo, aumenta tanto que o órgão, após a 
puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a 
triplicar de tamanho. 
 
Todas as características que distinguem a 
mulher do homem, que foram citadas 
anteriormente, são devido ao estrogênio e a 
razão básica do desenvolvimento dessas 
características é o estímulo à proliferação dos 
elementos celulares em certas regiões do corpo. 
 
O estrogênio também estimula o crescimento de 
todos os ossos logo após a puberdade, mas 
promove rápida calcificação óssea, fazendo com 
que as partes dos ossos que crescem se 
"extingam" dentro de poucos anos, de forma 
que o crescimento estaciona. 
 
Nessa fase, a mulher cresce mais rapidamente 
que o homem até os primeiros anos da 
puberdade. O estrogênio tem, outrossim, efeitos 
muito importantes no revestimento interno do 
útero, o endométrio, no ciclo menstrual. 
 
4.2.2. Funções da Progesterona 
 
A progesterona tem pouco a ver com o 
desenvolvimento dos caracteres sexuais 
femininos. Está principalmente relacionada com 
a preparação do útero para a aceitação do 
embrião e à preparação das mamas para a 
secreção láctea. 
 
Esse hormônio também aumenta o grau da 
atividade secretória das glândulas mamárias e, 
também, das células que revestem a parede 
uterina, acentuando o espessamento do 
endométrio e fazendo com que ele seja 
intensamente invadido por vasos sanguíneos. 
 
Determina, ainda, o surgimento de numerosas 
glândulas produtoras de glicogênio. E durante a 
gestação, uma de suas mais importantes 
funções é a de inibir as contrações do útero e 
impedir a expulsão do embrião implantado ou 
do feto em desenvolvimento. 
 
5. CICLO MENSTRUAL 
 
O Ciclo Menstrual representa mudanças 
fisiológicas recorrentes relacionadas ao sistema 
reprodutivo, que ocorrem em mulheres em 
idade reprodutiva. Esse ciclo fica sob o controle 
 
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do sistema hormonal e é necessário para a 
reprodução. 
 
Em outras palavras, é o conjunto de eventos 
endócrinos interdependentes do eixo 
hipotálamo - hipófise - ovário e as modificações 
fisiológicas no organismo que são consequentes 
a estes eventos, e visam à preparação para a 
ovulação e para uma futura gravidez. 
 
Esse ciclo pode ser dividido em várias fases, e a 
duração de cada fase difere de mulher para 
mulher e de ciclo para ciclo. A menstruação 
inicia-se na metade da puberdade, geralmente 
entre os 11 e 12 anos, ainda que pode acontecer 
dentro do intervalo dos 10 até os 18 anos. 
 
Apartir da menarca, a mulher continua 
menstruando até os 49 ou 50 anos, podendo 
estender-se até os 55 anos, até menopausa, que 
será discutida mais adiante. 
 
Um ciclo menstrual normal varia de 20 a 36 dias, 
sendo que a maioria das mulheres tem um ciclo 
de 28 dias. Normalmente dura de 4 a 6 dias, 
podendo em algumas mulheres variar de 2 a 8 
dias. 
 
Cada mulher reage de forma distinta quando 
está menstruada, podendo ocorrer alguns 
destes sintomas: 
 
 Aumento do desejo sexual; 
 dores no abdome (cólicas); 
 dores nas pernas; 
 dores de cabeça (enxaqueca); 
 mal humor/ irritação/depressão; 
 dores nos seios. 
 
Esses sintomas são chamados de “síndrome pré-
menstrual”. 
 
5.1. CICLO MENSTRUAL NORMAL: 
 
 Duração do Ciclo Menstrual Normal: 21 
a 35 dias; 
 Duração do Fluxo Menstrual: 2 a 6 dias; 
 Perda Sanguínea: 20 a 60 ml; 
 Fases do Ciclo Ovariano: Folicular e 
Lútea; 
 Fases do Ciclo Uterino: Proliferativa, 
Secretora e Menstrual. 
 
5.2. Componentes funcionais do Ciclo 
Menstrual: 
 
Como já foi dito, o ciclo menstrual é uma 
interação entre o hipotálamo, a hipófise e os 
ovários, onde os principais hormônios, 
responsáveis pela ação desse ciclo, é o 
Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), 
um dos hormônios-hipotalâmicos. 
 
5.3. Fases do Ciclo Ovariano: 
 
A. Fase Folicular: 
 
Período em que o folículo dominante é 
selecionado e desenvolvido até se tornar um 
folículo maduro. Durante essa fase, o 
revestimento do útero fica mais espesso, 
estimulado ao aumentar gradualmente as 
quantidades de estrogênio. Ao longo desse 
processo, o FSH e o estrogênio aumentam a 
quantidade de receptores para FSH. 
 
Os folículos no ovário começam a desenvolver-
se sob a influência de hormônios e depois de 
vários dias um folículo (ou ocasionalmente dois) 
fica dominante. Os folículos não-dominantes 
atrofiam e morrem. Então, o folículo dominante 
libera um ovo em um evento 
chamado ovulação. 
 
B. Ovulação: 
 
A ovulação ocorre aproximadamente 32 a 36 
horas após o início da elevação dos níveis de 
estradiol. Se o ovo não for fertilizado por 
 
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espermatozóide em até 1 dia após a ovulação 
ele morrerá e será absorvido pelo corpo da 
mulher. 
 
C. Fase Lútea 
 
Compreende o período da ovulação até o 
aparecimento da menstruação. 
 
Depois da ovulação, durante a fase luteal, os 
restos do folículo dominante no ovário 
transformam-se em corpo lúteo, o qual tem 
como função principal produzir grandes 
quantidades de Progesterona. Sob a influência 
da progesterona, o endométrio (revestimento 
do útero) muda para se preparar a uma possível 
implantação do embrião. 
 
Se a implantação do embrião não ocorrer dentro 
de aproximadamente duas semanas, o corpo 
lúteo morrerá causando queda brusca nos níveis 
de progesterona e estrogênio. Essa queda nos 
níveis hormonais faz com que o útero elimine 
seu revestimento em um processo 
chamado menstruação. 
 
5.4. Fases do ciclo uterino 
 
O útero é um órgão musculado revestido 
internamente por uma mucosa muito 
vascularizada, o Endométrio. Esta mucosa 
uterina sofre transformações ao longo do ciclo, 
com a função de criar condições adequadas para 
que o óvulo fecundado se aloje no endométrio, 
e aí se desenvolva o embrião e, posteriormente, 
o feto ao longo dos 9 meses. As transformações 
que ocorrem no endométrio podem ser 
agrupadas em três fases: 
 
Fase Menstrual: Ocorre do 1º ao 5º dia. 
Caracteriza-se por uma ruptura irregular do 
endométrio. Isso acontece quando não há 
fecundação, sendo essa parede uterina, 
destruída cerca de 4/5 mm da sua espessura. 
Esses fragmentos de tecido e sangue 
proveniente dos vasos que irrigam a parede do 
útero são libertados constituindo 
a menstruação. 
 
A menstruação é uma hemorragia e marca o 
início de todo o ciclo sexual feminino. 
Lembrando que, o 1º dia de sangramento é o 1º 
dia do Ciclo Menstrual. 
 
Fase Proliferativa: Ocorre do 6º ao 14º dia. Logo 
após a menstruação a mucosa uterina é 
reconstituída, em que os vasos sanguíneos e 
tecidos são reconstituídos, passando de 1 a 5 
mm de espessura. 
 
Fase Secretora: Ocorre do 15º ao 28º dia. 
Caracteriza-se pela atuação da progesterona 
produzida pelo corpo lúteo em contraposição à 
ação estrogênica. O endométrio enriquece-se de 
glândulas e vasos sanguíneos. 
 
As glândulas produzem um muco que é 
particularmente abundante na ovulação. Deste 
modo, o útero está pronto para receber e alojar 
nesta camada um embrião. Caso não tenha 
ocorrido uma fecundação esta camada 
degenera, iniciando-se assimum novo ciclo com 
a fase menstrual. 
 
6. AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL 
 
Consideramos Avaliação pré-concepcional, a 
consulta que o casal realiza antes de uma 
gravidez, com o objetivo de identificar fatores 
de risco ou doenças que possam alterar a 
evolução normal de uma futura gestação. 
 
É um instrumento importante para a redução 
dos índices de morbidade e mortalidade 
materna e infantil. 
 
Sabemos que a maioria das gestações não são 
inicialmente planejadas, embora possam ser 
desejadas. Esse não planejamento deve-se à 
falta de orientação ou de oportunidade para a 
 
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aquisição de um método Anticoncepcional, e 
isso ocorre comumente com adolescentes. 
 
As atividades a serem desenvolvidas na 
avaliação pré-concepcional devem incluir 
anamnese e exame físico, com exame 
ginecológico completo, além de alguns exames 
laboratoriais. 
 
É recomendada a realização do Exame Clínico 
das Mamas (ECM) em qualquer idade e do 
exame preventivo do câncer do colo do útero 
uma vez ao ano e, após dois exames normais, a 
cada três anos, principalmente na faixa etária de 
risco (25 a 59 anos). Podem ser instituídas ações 
específicas quanto aos hábitos e estilo de vida, 
tais como: 
 
 Alimentação adequada; 
 Riscos do tabagismo e do uso rotineiro 
de bebidas alcoólicas e outras drogas; 
 Orientações quanto ao uso de 
medicamentos e, quando necessário, 
realizar substituição para drogas com 
menores efeitos sobre o feto; 
 Avaliação das condições de trabalho, 
com orientação sobre os riscos nos casos 
de exposição a tóxicos ambientais; 
 Administração preventiva de ácido fólico 
para a prevenção de defeitos congênitos 
do tubo neural; 
 Orientação para registro sistemático do 
ciclo menstrual; 
 Estímulo para que o intervalo entre as 
gestações seja de, no mínimo, 2 anos. 
 
7. PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
A regulamentação do planejamento familiar no 
Brasil, por meio da Lei n.º 9.263/96, foi 
conquista importante para mulheres e homens 
no que diz respeito à afirmação dos direitos 
reprodutivos. 
 
Conforme consta na referida Lei, o 
planejamento familiar é entendido “como o 
conjunto de ações de regulação da fecundidade 
que garanta direitos iguais de constituição, 
limitação, ou aumento da prole pela mulher, 
pelo homem, ou pelo casal” (art. 2º). 
 
A atenção em planejamento familiar contribui 
para a redução da morbimortalidade materna e 
infantil, pois: 
 Diminui o número de gestações não 
desejadas e de abortamentos 
provocados; 
 Diminui o número de cesáreas realizadas 
para fazer a ligadura tubária; 
 Diminui o número de ligaduras tubárias 
por falta de opção e de acesso a outros 
métodos anticoncepcionais; 
 Aumenta o intervalo entre as gestações, 
contribuindo para diminuir a frequência 
de bebês de baixo peso e para que os 
bebês sejam adequadamente 
amamentados; 
 Possibilita a prevenção e/ou 
postergação de gravidez em mulheres 
adolescentes ou com patologias 
crônicas, tais como diabetes, 
cardiopatias, hipertensão, portadoras do 
HIV, entre outras. 
 
8. MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 
 
O planejamento de uma gestação é 
fundamental, principalmente para adolescentes 
e adultos jovens sexualmente ativos, que devem 
ser orientados precocemente, uma vez que a 
idade para início das relações sexuais está 
diminuindo cada vez mais, enquanto estão 
aumentando o número de adolescentes 
grávidas. 
 
No Brasil, evitar filhos é uma tarefa assumida, 
quase exclusivamente, pelas mulheres. Os 
homens geralmente associam a diminuição de 
 
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sua potência sexual ao uso de algum método 
para evitar filhos. 
 
Como o governo não tinha um programa que 
garantisse meios para a mulher e/ou o homem 
evitar filhos, algumas organizações não 
governamentais iniciaram esta atividade em 
nosso país, inicialmente distribuindo pílulas e 
em seguida oferecendo a laqueadura das 
trompas, que é irreversível. 
 
Em 1984 o Ministério da Saúde elaborou o 
Programa de Assistência Integral à Saúde da 
Mulher (PAISM), que recomenda aos serviços de 
saúde a implantação da atividade de 
Planejamento Familiar oferecendo todos os 
meios de evitar ou de ter filhos garantindo que o 
casal possa fazer uma opção livre e consciente, 
escolhendo o método que melhor responde às 
suas necessidades. 
 
Portanto, Planejamento Familiar (PF) é a 
atividade que visa ofertar informações e meios, 
para que as pessoas possam decidir livre, 
consciente e responsavelmente a respeito do 
número e da época de terem seus filhos. Sua 
maior importância é o controle de Natalidade de 
um país. 
 
Fator importante na origem de problemas 
sociais. É um direito humano básico, inserido na 
Constituição Federal. Atividade de saúde 
regulamentada pela Lei do Planejamento 
Familiar, a Lei 9.263 de 12 de janeiro de 1996, 
que diz: 
 
Art 1º - O planejamento familiar é direito de 
todo cidadão. 
Art 2º - Entende-se planejamento familiar como 
o conjunto de ações de regulação da 
fecundidade que garanta direitos iguais de 
constituição, limitação ou aumento da prole. 
Artigo 4º: O planejamento familiar orienta-se 
por ações preventivas e educativas e pela 
garantia de acesso igualitário a informação, 
meios, métodos e técnicas disponíveis para a 
regulação da fecundidade. 
Artigo 9º: Para o exercício do direito ao 
planejamento familiar, serão oferecidos todos os 
métodos e técnicas de concepção e 
contracepção cientificamente aceitos e que não 
coloquem em risco a vida e a saúde das pessoas, 
garantida a liberdade de opção. 
Artigo 12º: É vedada a indução ou instigação, 
individual ou coletiva à prática de esterilização 
cirúrgica. 
Artigo 13º: É vedada a exigência de atestado de 
esterilização ou teste de gravidez para quaisquer 
fins. 
 
Em alguns países, onde não é o caso do Brasil, 
existe o Controle de Natalidade. 
 
 Você sabe diferenciar o Planejamento Familiar 
do Controle de Natalidade? 
 
 PLANEJAMENTO FAMILIAR 
 
É o direito à informação, à assistência 
especializada e acesso aos recursos que 
permitam optar livre e conscientemente por ter 
ou não filhos, o número, o espaçamento entre 
eles e a escolha do método anticoncepcional 
mais adequado, sem coação. 
 
 CONTROLE DE NATALIDADE 
 
É uma ação governamental com a preocupação 
de estipular metas para crescimento “ideal” da 
população, quer dizer, onde o governo 
determina quantos filhos o casal deve ter. 
 
9. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
 
Entende-se por Métodos Contraceptivos são as 
formas utilizadas por mulheres, homens e casais 
para evitar ou promover uma gravidez. Alguns 
métodos servem somente para evitar filhos, 
outros sevem para ajudar a mulher a engravidar. 
 
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Os métodos contraceptivos podem ser divididos 
didaticamente em: 
 
 Naturais ou Comportamentais; 
 Lactação-amenorréia 
 De Barreira; 
 Mecânicos; 
 Métodos Hormonais 
 Cirúrgicos. 
 
A escolha do método contraceptivo deve ser 
sempre personalizada levando-se em conta 
fatores como idade, números de filhos, 
compreensão e tolerância aométodo, desejo de 
procriação futura e a presença de doenças 
crônicas que possam agravar-se com o uso de 
determinado método. Como todos os métodos 
têm suas limitações, é importante que saibamos 
quais são elas, para que eventualmente 
possamos optar por um dos métodos. 
 
Todavia, na orientação sobre os métodos 
anticoncepcionais deve ser destacada a 
necessidade da dupla proteção que seria a 
contracepção e prevenção as DST e HIV/AIDS, 
mostrando a importância dos métodos de 
barreira, como os preservativos masculinos ou 
femininos. 
 
9.1. Métodos Naturais ou Comportamentais 
 
São aqueles em que o casal ou a pessoa pode 
utilizar para evitar ou obter uma gravidez, 
identificando o período fértil da mulher. Os 
métodos naturais mais utilizados: 
 
9.1.1. Temperatura basal: 
 
Esse método é baseado na alteração térmica 
que o corpo apresenta quando ocorre a 
ovulação. 
 
A temperatura se eleva devido ao aumento 
hormonal (progesterona). Por ocasião da 
ovulação acontece uma ligeira queda na 
temperatura corpórea e após há uma elevação 
de aproximadamente 0,5 °C em relação às 
medidas basais (as da primeira fase do ciclo). 
 
Esta permanecerá elevada até a próxima 
menstruação. O 4º dia após a elevação da 
temperatura é considerado o provável fim do 
período fértil. Observe que nos 14 dias após a 
ovulação a temperatura é superior. 
 
9.1.2. Tabela de Ogino-Knauss (Tabelinha) 
 
A tabelinha é um método que ajuda a mulher a 
descobrir a época do mês em que ela pode ficar 
grávida. Esta época chama-se período fértil. É 
importante ter um calendário para marcar a 
cada mês o início do ciclo menstrual. Consiste 
em suspender as relações sexuais no período 
fértil da mulher. Esse método é baseado na 
premissa de que os ciclos menstruais são 
relativamente constantes e por isso o período 
fértil do mês subsequente pode ser estimado 
pelo ciclo anterior. 
 
Para Ciclos Regulares: o Período Fértil acontece 
14 dias antes da próxima menstruação. 
 
Para Ciclos Irregulares: a mulher deve anotar 
pelo menos os 6 últimos ciclos e a partir daí 
estimar o início de período fértil subtraindo 18 
dias do comprimento do ciclo mais curto, e 
estimar o fim do período fértil subtraindo 11 
dias do ciclo mais longo. 
Exemplo: Uma mulher que anotou seus ciclos 
menstruais durante 6 meses, e teve um ciclo que 
chegou até 33 dias, e outro, mais curto de 26 
dias, deverá: 
 
 Subtrair (diminuir) 18 dias do ciclo mais 
curto de 26 dias (26 - 18 = 8); 
 Subtrair (diminuir) 11 dias do ciclo mais 
longo de 33 dias (33 - 11 = 22), então, 
esta mulher deverá fazer abstinência a 
partir do 8º dia até o 22º dia do ciclo. 
 
 
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O índice de falha deste método é muito grande, 
aproximadamente 40 por 100 mulheres/ano. 
 
9.1.3. Método de Billings ou do Muco 
Cervical 
 
Assim como no método da tabelinha, este 
também é um método de abstinência. Para 
detectar o seu período fértil, neste método, a 
mulher precisa observar e reconhecer o tipo de 
secreção presente no colo do útero. A mulher 
deve ser orientada a respeito das mudanças que 
o estrogênio provoca no muco cervical na 
metade do ciclo. O muco cervical aumenta em 
quantidade, fica filante e transparente no 
período ovulatório, lembrando o aspecto de 
clara de ovo. O papel do muco cervical é 
proteger os espermatozóides do meio ácido 
vaginal e também capacitar os espermatozóides 
para poder haver fertilização. 
 
O método é limitado, pois sua eficácia como 
contraceptivo é pequena. Para sua utilização é 
necessário treinamento e disciplina, além do 
que várias doenças (tais como os corrimentos) 
interferem na qualidade do muco. A mulher 
deve examinar o muco diariamente, colocando o 
dedo na vagina e, em seguida, observando que 
tipo de secreção está presente. 
 
O aspecto do muco é mais importante do que a 
quantidade. O que interessa é se ele é pastoso, 
líquido, elástico, ou se não aparece. No início, é 
bom se examinar 2 ou 3 vezes ao dia. Depois, 
com a prática, uma vez só por dia é suficiente. 
Recomenda-se que o exame seja feito sempre 
na mesma hora. Anotar as diferenças do muco 
durante todo o mês. Isto ajudará a memorizar 
quais são os dias férteis. 
 
9.2. Lactação-Amenorréia 
 
A secreção irregular de GnRH interfere na 
liberação do hormônio folículo estimulante 
(FSH) e do hormônio luteinizante (LH) 
Principais requisitos: 
 
 Aleitamento exclusivo 
 Seis primeiros meses pós-parto 
 Ausência de menstruação 
 Intervalo entre as mamadas não 
superior a 5 horas 
 Risco de gravidez: 2% 
 Permite o espaçamento das gestações 
 
9.3. Métodos de Barreira 
 
São aqueles que evitam a gravidez através do 
impedimento da ascensão dos espermatozóides 
ao útero. São métodos que colocam obstáculos 
mecânicos ou químicos à penetração dos 
espermatozóides no canal cervical. Atualmente, 
com a crescente incidência das DSTs, houve uma 
revalorização do uso dos métodos de barreira 
(preservativos). 
 
9.3.1. Preservativo 
 
Também chamado de camisinha, camisa de 
vênus, condom. Existe na versão masculina e 
Feminina. 
 
Masculino: é o método de barreira mais 
difundido no mundo. Consiste em um envoltório 
de látex ou membrana que recobre o pênis 
durante o ato sexual e retém o esperma por 
ocasião da ejaculação. Oferece proteção contra 
DST. 
 
Feminino: é um contraceptivo de barreira 
vaginal de poliuretano. Adequadamente 
posicionado recobre a cérvice uterina, paredes 
vaginais e parte da vulva. Devido à grande área 
genital tanto feminina quanto masculina 
recobertas, oferece proteção efetiva contra a 
transmissão de doenças sexualmente 
transmissíveis. É mais resistente e durável que o 
preservativo masculino, com a vantagem de 
poder ser inserido fora do intercurso sexual, 
ficando seu uso sob controle feminino. 
 
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9.3.2. Diafragma 
 
O diafragma é um método vaginal de 
anticoncepção, que consiste em um capuz macio 
de borracha côncavo com borda flexível, que 
cobre o colo uterino. É colocado na vagina antes 
da relação sexual. Deve ser utilizado com geléia 
ou creme espermicida. 
 
9.3.3. Espermicidas 
 
Eles matam os espermatozóides. Espermaticidas 
são produtos para serem colocados na vagina 
antes da relação sexual. Os espermaticidas 
podem ser usados sozinhos, porém são mais 
seguros quando usados junto com outros 
métodos (camisinha, diafragma, tabela). 
Existem vários tipos: cremes, geléia, tabletes ou 
óvulos. 
 
9.4. Métodos Hormonais 
 
Os anticoncepcionais hormonais são esteróides 
utilizados isoladamente ou em associação com 
progesterona com a finalidade básica de impedir 
a concepção. A anticoncepção hormonal é um 
dos métodos mais empregados em todo o 
mundo desde 1960, tendo sofrido uma 
extraordinária evolução em termos de 
quantidade e qualidade dos hormônios 
utilizados. São classificados de acordo com a via 
de utilização em: oral, injetável, subcutâneo e 
vaginal. 
 
9.4.1. Pílula 
 
Também chamados de anticoncepcionais orais 
hormonais combinados (AOCS). As pílulas 
anticoncepcionais são comprimidos feitos com 
substâncias químicas semelhantes aos 
hormônios encontrados no corpo da mulher. 
Elas impedem a ovulação, evitando, assim, a 
gravidez. Existem diferentes tipos de pílulas, as 
mais usadas vêm em cartelas com 21 
comprimidos.A pílula só faz efeito se tomada 
corretamente. 
 
Uso correto: 
 
Para começar a usar a pílula a mulher deve 
tomar o primeiro comprimido no 1º dia da 
menstruação. Continuar tomando 1 comprimido 
por dia, de preferência na mesma hora até 
terminar os 21 comprimidos da cartela.Começar 
nova cartela 7 dias após a tomada do último 
comprimido, independente do dia da 
menstruação. 
 
Se a mulher esquecer de tomar 1 comprimido, 
deve tomá-lo assim que se lembrar, além de 
tomar o comprimido do dia na hora de sempre. 
E continuar a cartela. 
 
Se a mulher esquecer de tomar 2 ou mais 
comprimidos seguidos: Parar de tomar esta 
cartela; Só iniciar outra cartela no primeiro dia 
da menstruação; Se não menstruar, procurar o 
serviço médico. 
 
Em qualquer caso de esquecimento, o casal deve 
usar outro método para garantir maior 
segurança neste mês. Em caso de diarréia ou 
vômito por mais de 2 dias, interromper o uso da 
pílula. 
 
9.4.2. Pílula do Dia Seguinte 
 
A anticoncepção de emergência é um uso 
alternativo de contracepção hormonal oral 
(tomado antes de 72 horas após o coito) 
evitando-se a gestação após uma relação sexual 
desprotegida. 
 
Este método só deve ser usado nos casos de 
emergência, ou seja, nos casos em que os outros 
métodos anticoncepcionais não tenham sido 
adotados ou tenham falhado de alguma forma, 
como esquecimento, ruptura da caminsinha, 
desalojamento do diafragma, falha na tabelinha 
 
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ou no coito interrompido, esquecimento da 
tomada da pílula por dois ou mais dias em um 
ciclo ou em caso de estupro. 
 
Este contraceptivo contém o levonorgestrel, que 
é um tipo de progesterona. O levonorgestrel 
previne a gravidez inibindo a ovulação, 
fertilização e implantação do blastocisto. Um 
tablete original contém dois comprimidos. 
 
O primeiro comprimido deve ser tomado no 
máximo 72 horas após a ocorrência de uma 
relação sexual desprotegida (nunca após esse 
prazo). O segundo deve ser tomado 12 horas 
após o primeiro. Se ocorrer vômito, a dose deve 
ser repetida. Nem sempre surte resultados e 
pode ter efeitos colaterais intensos. Os sintomas 
mais comuns são náusea, dores abdominais, 
fadiga, dor de cabeça, distúrbio no ciclo 
menstrual, tontura, fragilidade dos seios, e, em 
casos menos comuns, diarréia, vômito e acnes. 
 
Índice de falha: 
 
 Se usada até 24 horas da relação - 5 %. 
 Entre 25 e 48 horas - 15 %. 
 Entre 49 e 72 horas - 42 %. 
 
EFEITOS COLATERAIS: vômito e diarréia. 
Alteração no ciclo menstrual, dor de cabeça, 
náuseas e sensibilidade nos seios. 
 
9.5. Métodos Mecânicos 
 
9.5.1. DIU - Dispositivo Intra Uterino 
 
Os DIUs são artefatos de polietileno, aos quais 
podem ser adicionados cobre ou hormônios, 
que são inseridos na cavidade uterina exercendo 
sua função contraceptiva. Atuam impedindo a 
fecundação, tornando difícil a passagem do 
espermatozóide pelo trato reprodutivo 
feminino. 
 
Os problemas mais frequentes durante o uso do 
DIU são a expulsão do dispositivo, dor pélvica, 
dismenorréia (sangramentos irregulares nos 
meses iniciais) e aumento do risco de infecção 
(infecções agudas sem melhora ou infecções 
persistentes implicam na remoção do DIU). Deve 
ser colocado pelo médico e é necessário um 
controle semestral e sempre que aparecerem 
leucorréias. 
 
10. DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 
 
O diagnóstico de gravidez é realizado através da 
anamnese, exame físico e testes laboratoriais. 
 
Na presença da amenorréia ou atraso 
menstrual, deve-se, antes de tudo, suspeitar da 
possibilidade de uma gestação. 
 
Mulheres com atraso menstrual que não 
ultrapassa 16 semanas, a confirmação do 
diagnóstico da gravidez pode ser feita pelo 
profissional de saúde da unidade básica, por 
meio de um teste imunológico para gravidez 
(TIG), de acordo com os procedimentos 
especificados no fluxograma a seguir. Para as 
mulheres com atraso menstrual maior que 16 
semanas ou que já saibam da gravidez, o teste 
laboratorial é dispensável. 
 
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Após a confirmação da gravidez em consulta 
médica ou de enfermagem, dá-se início ao 
acompanhamento da gestante, com seu 
cadastramento no SISPRENATAL. 
 
11. PRE-NATAL 
 
Os procedimentos e as condutas que se seguem 
devem ser realizados sistematicamente e 
avaliados em toda consulta de pré-natal. As 
condutas e os achados diagnósticos sempre 
devem ser anotados na ficha perinatal e no 
cartão da gestante. 
 
Nesse momento, a gestante deverá receber as 
orientações necessárias referentes ao 
acompanhamento pré-natal – sequência de 
consultas, visitas domiciliares e reuniões 
educativas. Deverão ser fornecidos: 
 
 O cartão da gestante, com a 
identificação preenchida, o número do 
SISPRENATAL, o hospital de referência 
para o parto e as orientações sobre este; 
 O calendário de vacinas e suas 
orientações; 
 A solicitação dos exames de rotina; 
 As orientações sobre a participação nas 
atividades educativas – reuniões e 
visitas domiciliares. 
 
Para mais informações sobre o Pré-Natal, 
acesse o curso ENFERMAGEM OBSTÉTRICA, já 
disponível no site Enfermagem a Distância 
 
12. PREVENÇÃO DO CÂNCER GENITAL E DE 
MAMA 
 
De acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 
2009 foram estimados mais de 466 mil casos 
novos de câncer na população brasileira, sendo 
que 235 mil ocorreram entre as mulheres. 
 
Embora as ações de prevenção de câncer 
cérvico-uterino e de mama tenham aumentado 
nos últimos anos, elas têm sido insuficientes 
para reduzir a tendência à mortalidade das 
mulheres por esses cânceres. 
 
Em algumas regiões do país, o diagnóstico tardio 
está relacionado a fatores como a dificuldade de 
acesso da população feminina aos serviços e 
ações de saúde e a baixa capacitação dos 
profissionais envolvidos na atenção oncológica, 
principalmente em municípios de pequeno e 
médio portes. 
 
Existe, ainda, a dificuldade dos gestores 
municipais e estaduais em definir um fluxo 
assistencial que permita o manejo e o 
encaminhamento adequado dos casos suspeitos 
para investigação em outros níveis do sistema. 
 
Embora as ações de prevenção de câncer 
cérvico-uterino e de mama tenham aumentado 
Atraso 
irregular 
menstrual, 
náuseas e 
aumento do 
volume 
abdominal 
Avaliar: 
-Ciclo 
menstrual; 
- DUM; 
-Atividade 
sexual. 
Atraso 
menstrual 
em 
mulheres 
maiores de 
10 anos 
com 
atividade 
sexual 
Solicitar 
teste 
imunológico 
de gravidez 
 
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nos últimos anos, elas têm sido insuficientes 
para reduzir a tendência à mortalidade das 
mulheres por esses cânceres. 
 
A prevenção do câncer não é condição que se 
planeje ou que se organize de maneira isolada, 
desvinculada do contexto social. Ela envolve 
políticas públicas, ações profissionais e a 
participação da população. Articuladas, essas 
ações resultarão em benefícios para as usuárias 
do sistema de saúde. 
 
A prevenção do câncer cérvico-uterino está 
baseada no rastreamento da população 
feminina que apresenta probabilidade de terlesões pré- cancerosas detectáveis pelos exames 
de detecção precoce, no diagnóstico exato do 
grau da lesão e no tratamento. 
 
Desse modo, a cobertura da população feminina 
em relação à prevenção é um elemento 
primordial no controle dos cânceres de mama e 
cérvico uterino. 
 
Maiores informações sobre esse tópico serão 
abordados no curso HPV e Câncer de Colo de 
Útero 
 
13. ASSISTÊNCIA A MULHER NO 
CLIMATÉRIO 
 
O Climatério é o período de transição entre as 
fases reprosutiva e não reprodutiva da mulher. 
Inicia-se por volta dos 40 anos, podendo 
estender-se até os 55 anos ou mais. Durante 
esses anos, acontece a última menstruação, 
definida como menopausa. 
 
O climatério pode causar sintomas em torno de 
20 a 25% das mulheres. Quando presentes são 
consequentes à insuficiência ovariana 
progressiva. É importante considerar que hoje, 
diferentemente de épocas passadas, o fim da 
fase “reprodutiva” não coincide com o da fase 
“produtiva” da mulher que, com expectativa de 
vida de quase 80 anos, pode viver metade de 
sua vida após a menopausa. 
 
A mulher vivencia mudanças de diversas 
naturezas ao longo da vida: menarca, iniciação 
da vida sexual, gravidez e menopausa que 
exigem adaptações físicas, psicológicas e 
emocionais. Portanto, é comum ela reviver 
antigos conflitos nessa fase. 
 
Para a mulher cujos filhos estão começando a 
abandonar o “ninho”, o climatério pode 
representar uma chance de refazer seus planos 
de vida. Por outro lado, o metabolismo sofre 
algumas alterações, especialmente relacionadas 
às funções do sistema endócrino e diminuição 
da atividade ovariana. 
 
Assim, o evento menopausa pode ser 
vivenciado, por algumas mulheres, como a 
paralisação do próprio fluxo vital, pois os seus 
órgãos genitais, assim como o restante do 
organismo, mostra, gradualmente, sinais de 
envelhecimento. 
É frequente encontrá-las insatisfeitas, ansiosas e 
desmotivadas, com queixas de que tudo está 
errado, sem saberem definir bem a causa. 
Muitas têm a sensação de que a vida está um 
caos, de que tudo foge ao seu controle como se 
fosse ocorrer uma “tragédia iminente”. 
 
É nesse contexto socioemocional que devemos 
desenvolver estratégias no sentido de motivar 
essas usuárias para as mudanças no estilo de 
vida, em especial o desenvolvimento de hábitos 
saudáveis e a busca de novos objetivos e afetos 
que motivem o seu viver. 
 
As ansiedades e inseguranças femininas podem 
ser acolhidas pelos profissionais de saúde, além 
da detecção precoce das principais doenças que 
acometem as mulheres e que são características 
dessa fase. 
 
 
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Outro aspecto a ser considerado é a 
discriminação geracional que ocorre na nossa 
sociedade, como se fosse algo natural. Seus 
efeitos na mídia promovem discriminação mais 
intensa e evidente para as mulheres. Embora 
seja um evento fisiológico, o climatério pode 
cursar com intensas manifestações sintomáticas 
que acometem de maneira variada, em torno de 
75% das mulheres. 
 
Os sintomas resultam da falência ovariana e são 
expressos por instabilidade vasomotora, 
modificações atróficas e distúrbios emocionais. 
 
Inicialmente, torna-se necessário fazer algumas 
distinções conceituais entre climatério, 
menopausa e perimenopausa, que são tratados 
como se fossem sinônimos. A promoção da 
saúde às mulheres nessa faixa etária ainda é um 
aspecto muito negligenciado na formação e 
atuação dos profissionais de saúde. 
 
Atividades de educação em saúde deve ajudá-las 
a compreender as mudanças físicas que estão 
ocorrendo e a desenvolver atitudes mais 
positivas em relação à saúde, tais como: 
 
 O autocuidado em geral pode influenciar 
na melhora da autoestima e da 
insegurança frente às mudanças que 
acompanham essa fase. Aquisição de 
hábitos saudáveis; 
 Cuidados com a limpeza e a hidratação 
da pele e cabelos, auto - massagem, 
técnicas de meditação e relaxamento e 
outras tantas formas que proporcionam 
o bem-estar físico e psicoemocional; 
 Atenção em relação ao uso excessivo de 
medicamentos como: diuréticos que 
podem provocar espoliação de minerais 
– magnésio, sódio e potássio; antiácidos, 
que diminuem a acidez gástrica, 
alterando a digestão e absorção de 
nutrientes; antibióticos, que alteram a 
flora bacteriana normal, propiciando 
má-absorção; laxantes, que aumentam a 
perda de nutrientes e podem levar à 
dependência; e sedativos e 
neurolépticos, que diminuem a 
atividade cerebral; 
 Apoio às iniciativas da mulher na 
melhoria da qualidade das relações, 
valorizando a experiência e o 
autoconhecimento adquiridos durante a 
vida; 
 Estímulo à prática do sexo seguro em 
todas as relações sexuais. O número de 
mulheres portadoras do HIV nessa faixa 
etária tem sido crescente; 
 Estímulo ao “reaquecimento” da relação 
ou a reativação da libido por diversas 
formas, segundo o desejo e os valores 
das mulheres. 
 
A avaliação clínica da mulher no climatério 
envolve uma equipe multidisciplinar e deve ser 
voltada para o seu estado de saúde atual e 
pregresso. 
 
Além da promoção da saúde, a atenção precisa 
abranger prevenção de doenças e a assistência 
aos sintomas climatéricos que ocorrem 
concomitantes às doenças sistêmicas (BRASIL, 
2008g). Estas se manifestam em queixas como: 
dores articulares ou musculares, ganho de peso 
gradativo, depressão ou sintomas de 
hipotireoidismo muitas vezes ainda não 
diagnosticado. 
 
Da mesma forma que nem todas as mulheres 
apresentam os sintomas climatéricos, é preciso 
estar atento às doenças que se tornam mais 
comuns com o avançar da idade, como diabetes 
mellitus e hipertensão arterial. Na avaliação do 
estado de saúde, a escuta qualificada é um 
componente fundamental do acolhimento para 
facilitar o diagnóstico e acompanhamento 
adequados. 
 
 
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Para isso, deve-se realizar sempre a anamnese e 
o exame físico completos, incluindo o 
ginecológico, ressaltando-se a importância do 
exame das mamas e da vulva. Deverão ser 
solicitados, também, alguns exames 
complementares rotineiramente. 
São eles: 
 
 Mamografia de rastreamento, para 
pacientes assintomáticas entre 50 e 69 
anos; 
 Dosagem de colesterol total e 
fracionado; 
 Dosagem de triglicérides; 
 Dosagem da glicemia de jejum; 
 Dosagem de TSH, uma vez que as 
disfunções tireoidianas assintomáticas 
são frequentes nessa faixa etária. 
 
13.1. Saúde Bucal no Climatério 
 
Um aspecto importante da educação em saúde 
é que as mulheres precisam estar cientes dos 
potenciais problemas de saúde sistêmicos e 
localizados que ocorrem com o avançar da idade 
e sobre a importância da higiene bucal diária, 
principalmente à medida que as condições 
debilitantes sistêmicas se agravam. 
Dificuldade relacionada à alimentação, fala e 
queixas de dor podem ser sinais e sintomas 
importantes de que alguma alteração bucal está 
ocorrendo. 
 
Por isso, as mulheres nessa faixa etária devem 
ter acesso à reabilitação bucal por meio de 
restaurações diretas e a todos os tipos de 
próteses que são importantes no 
restabelecimento da função (mastigação, 
fonação e deglutição) e da estética dos dentes, 
as quais influenciam o bem-estar e a 
autoestima. 
 
Atenção especial deve ser dada ao uso 
inadequado de prótese total ou parcial, seja por 
má-adaptação, por estarquebrada ou frouxa. 
Deve ser verificado, ainda, se há dentes 
fraturados e restos radiculares, que devem ser 
diagnosticados precocemente e removidos para 
que esses fatores traumáticos não se tornem 
uma lesão que possa evoluir para malignização 
(BRASIL, 2008g). 
 
14. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER 
 
Embora a Lei 11.340/2006 de 07/08/2006 venha 
sendo utilizada na defesa de mulheres em 
situação de violência, ela ainda é pouco 
conhecida pelos profissionais de saúde, 
principalmente por enfermeiros. Existe, ainda, 
uma dificuldade de compreender as raízes desse 
tipo de violência, pois elas se situam nas 
próprias relações entre homens e mulheres. 
 
A violência surge como uma característica 
perversa ao anular a relação entre dois sujeitos: 
um deles se vê transformado em objeto. 
É importante realçar que as mulheres também 
podem ser violentas com seus parceiros, outras 
mulheres e crianças, porém isto ocorre com 
menos frequência. 
Outro aspecto a ser considerado é a violência 
causada pela própria privação dos bens 
materiais e sociais que a população assistida 
pela equipe de Saúde da Família sofre 
cotidianamente. Na sua maioria, além de 
possuírem baixa renda e baixa escolaridade, se 
veem frustradas em seus direitos básicos. 
 
Como você já deve ter observado a violência 
contra a mulher é um problema bastante 
complexo e difícil de ser abordado. Seu 
enfrentamento requer a implementação de 
políticas públicas intersetoriais que tenham a 
perspectiva de gênero em seus fundamentos. 
 
Em 1998, a área técnica de saúde da mulher e a 
coordenação nacional de DST/AIDS do 
Ministério da Saúde estabeleceram um 
protocolo para abordagem e conduta frente aos 
agravos resultantes da violência sexual contra a 
 
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mulher. Esse protocolo foi publicado nas normas 
técnicas de Prevenção e Tratamento dos 
Agravos Resultantes da Violência Sexual contra 
Mulheres e Adolescentes. 
 
A rede básica de saúde constitui-se em uma 
instância de enfrentamento da violência contra 
as mulheres, por seu papel fundamental na 
detecção de casos e na problematização desse 
problema com as mulheres. Este tem sido um 
desafio enfrentado pelos profissionais que 
atuam na equipe de Saúde da Família porque 
implica mudanças profundas nos paradigmas 
que sustentam as suas práticas. 
 
Assim, é necessária a capacitação dos serviços 
de saúde para o acolhimento, identificação, 
tratamento e encaminhamento adequado das 
vítimas, para que todas as unidades com 
serviços de ginecologia-obstetrícia prestem 
atendimento imediato a esses casos. 
 
O ideal é que o atendimento a essas mulheres 
possa ser realizado por uma equipe 
multidisciplinar sensibilizada e treinada para 
lidar com essa questão. Segundo recomendação 
do Ministério da Saúde, é importante dispor de 
recursos laboratoriais para realização dos 
seguintes exames: 
 
A anticoncepção de emergência deve ser 
proposta, em casos de estupro, até 72 horas 
após a sua ocorrência. Ela será desnecessária se 
a mulher estiver usando método 
anticoncepcional de alta eficácia, como 
anticoncepcional oral, injetável ou dispositivo 
intrauterino (DIU). 
 
Sabe-se que 16% das mulheres que sofrem 
violência sexual contraem algum tipo de doença 
sexualmente transmissível (DST) e que uma em 
cada 1.000 é infectada pelo HIV. Por isto, a 
prevenção de DST/AIDS também deve ser 
realizada: 
 
 Para sífilis: penicilina benzatina 
2.400.000 U IM; 
 Outras doenças sexualmente 
transmissíveis: azitromicina 1g VO dose 
única associada à cefixima 400 mg VO, 
dose única; 
 Vacinação anti-hepatite B também é 
preconizada; 
 Quimioprofilaxia para o HIV. 
 
É importante acentuar que a mulher que vive 
sob ameaça física e de morte deve ser 
preparada para sair dessa situação com muito 
cuidado, pois qualquer motivo pode justificar, 
para a mente perversa do agressor, justificativa 
para seu extermínio. 
 
O apoio emocional para que a mulher recupere 
a sua autoestima e construa seu plano de fuga, 
caso seja esse o seu desejo, deve ser um 
objetivo da equipe de saúde. Ela deve ser 
orientada a evitar o confronto com o seu 
agressor, pois se a agressão física e psicológica 
existe é porque ela se encontra em condição 
realmente vulnerável. 
Muitas vezes, as mulheres que recebem o 
estereotipo de “poliqueixosas” vivenciaram 
situações de violência. Suas queixas geralmente 
são vagas e de sintomas crônicos que não são 
esclarecidos em exame clínico e laboratorial. 
 
Um quadro de psicossomatização pode estar 
refletindo dores e traumas vivenciados, 
traduzidos por meio de queixas físicas, mentais 
ou sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ENFERMAGEM E A SAÚDE DA MULHER 
 
AVALIAÇÃO 
 
1) Quais as Fases do Ciclo Ovariano: 
 
a) Fase Folicular; Ovulação e Fase Lútea 
b) Menstrual, Folicular e Lútea; 
c) Secretora, Ovulação e Lútea; 
d) Proliferativa, Lútea e Folicular. 
 
2) Quais são as fases do ciclo uterino: 
 
a) Menstrual e Secretora; 
b) Menstrual, Proliferativa e Secretora; 
c) Secretora e Menstrual; 
d) Hemorrágica e Proliferativa. 
 
3) A Lei n.º 9.263/96, regulamenta o: 
 
a) Planejamento Familiar; 
b) Ciclo Menstrual; 
c) Controle de Natalidade; 
d) Climatério 
 
4) “Ação governamental com a 
preocupação de estipular metas para 
crescimento ‘ideal’ da população, quer 
dizer, onde o governo determina 
quantos filhos o casal deve ter.” Essa 
afirmativa é o conceito de: 
 
a) Planejamento Familiar 
b) Ciclo Menstrual; 
c) Controle de Natalidade; 
d) Climatério 
 
5) São Métodos Contraceptivos de 
Barreiras: 
 
a) Temperatura basal; Tabela de Ogino-
Knauss (Tabelinha); 
b) Pílulas e espermicida; 
c) Lactação-amenorréia; 
d) Preservativo e Diafragma. 
6) O diagnóstico de gravidez é realizado 
através de: 
 
a) Apenas anamnese; 
b) Anamnese, exame físico e testes 
laboratoriais. 
c) Ultrassonografia; 
d) Exames de sangue e de fezes. 
 
7) A prevenção do câncer cérvico-uterino 
está baseada em: 
 
a) No rastreamento da população feminina 
que apresenta probabilidade de ter 
lesões pré- cancerosas detectáveis pelos 
exames de detecção precoce, no 
diagnóstico exato do grau da lesão e no 
tratamento. 
b) No rastreamento de gestantes que 
apresentam probabilidade de ter lesões 
pré- cancerosas detectáveis pelos 
exames de detecção precoce, no 
diagnóstico exato do grau da lesão e no 
tratamento. 
c) No rastreamento de mulheres que NÃO 
apresenta probabilidade de ter lesões 
pré-cancerosas detectáveis pelos 
exames de detecção precoce, no 
diagnóstico exato do grau da lesão e no 
tratamento. 
d) No rastreamento de homens que 
apresentam DSTs. 
 
 
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8) O Climatério é o período de transição 
entre as fases reprosutiva e não 
reprodutiva da mulher, quando 
acontece a última menstruação, 
definida como menopausa. Esse evento 
inicia-se por volta dos: 
 
a) 25 anos até os 72 anos. 
b) 40 anos, podendo estender-se até os 55 
anos ou mais. 
c) 20 anos, podendo chegar até os 60 ou 
mais. 
d) 15 anos até os 45 anos. 
 
9)Em casos de estupro, a anticoncepção 
de emergência deve ser proposta até 
72 horas após a sua ocorrência. Ela será 
desnecessária quando: 
 
a) Se a mulher estiver usando método 
anticoncepcional de alta eficácia, como 
anticoncepcional oral, injetável ou 
dispositivo intrauterino (DIU); 
b) A mulher não for mais virgem; 
c) A mulher for maior que 40 anos; 
d) A vítima é uma adolescente. 
 
10) Sabe-se que 16% das mulheres que 
sofrem violência sexual contraem 
algum tipo de doença sexualmente 
transmissível (DST) e que uma em cada 
1.000 é infectada pelo HIV. Por isto, 
qual tipo de prevenção de DST/AIDS 
também deve ser realizada em suspeita 
de sífilis: 
 
a) Vacinação anti-hepatite B também é 
preconizada; 
b) Quimioprofilaxia para o HIV; 
c) Penicilina benzatina 2.400.000 U IM; 
d) Azitromicina 1g VO dose única associada 
à cefixima 400 mg VO, dose única. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 
 
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Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 
 
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de Atenção à Saúde. Departamento de 
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saúde da mulher: princípios e 
 
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2004. 
 
14- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
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Ações Programáticas Estratégicas. Área 
Técnica de Saúde da Mulher. Direitos 
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prioridade do governo. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2005. 
 
15- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção à Saúde. Departamento de 
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Técnica de Saúde da Mulher. Pré-natal e 
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16- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
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Técnica de Saúde da Mulher. Prevenção 
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17- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
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saúde da mulher: princípios e 
diretrizes. Brasília: Editora do Ministério 
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18- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Atenção à Saúde. Instituto Nacional 
de Câncer. Coordenação de Prevenção e 
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de Janeiro: Inca, 2005. 
 
19- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
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Saúde da Mulher. Assistência em 
planejamento familiar: manual técnico. 
4 ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 
 
20- BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria 
de Vigilância em Saúde. Departamento 
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Brasil 2006: uma análise da situação de 
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21- BRASIL. Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística. Diretoria de 
Pesquisas Coordenação de População e 
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Informação Demográfica e 
Socioeconômica. Perfil das mulheres 
responsáveis pelo domicílio no Brasil. 
Rio de Janeiro: IBGE, 2004. 
 
22- BRASIL. Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística. Diretoria de 
Pesquisas Coordenação de População e 
Indicadores Sociais Estudos e Pesquisas 
Informação Demográfica e 
Socioeconômica. Síntese de indicadores 
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Ambulatorial. 2 ed. Belo Horizonte: 
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25- COELHO, M. R. S. Atenção básica à 
saúde da mulher: subsídios para a 
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Saúde Coletiva) – Instituto de Saúde 
 
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Coletiva, Universidade Federal da Bahia, 
Salvador, 2003. 
 
26- FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; 
VIANA, Dirce Laplaca; MACHADO, 
Wiliam César Alves (coords). Tratado 
prático de enfermagem. vol 1. 2ª ed. 
São Caetano do Sul:Yendis Editora, 
2008. 
 
27- GUIMARÃES,Deoclesiano Torrieri. 
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Enfermagem. São Paulo: Riedeel, 2002. 
 
28- NARVAZ, M. G.; KOLLER, S. H. Mulheres 
vítimas de violência doméstica: 
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