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UNIVERSIDADE PAULISTA Vanessa da Silva – RA 2162117 PETROBRAS S.A. PIM IV Unip – Marataízes 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA Vanessa da Silva – RA 2162117 PETROBRAS S.A. PIM IV Projeto Integrado Multidisciplinar V para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Pública apresentado à Universidade Paulista – UNIP Orientador (a): Prof. Rodrigo Marchesin Unip – Marataízes 2021 RESUMO O propósito do presente Projeto Integrado Multidisciplinar IV é fazer uma analise da empresa Petrobras S.A, fundamentando-se nos conhecimentos adquiridos com as seguintes disciplinas: introdução a teoria do estado, gestão pública e políticas públicas no Brasil e recursos materiais e patrimoniais. Os recursos utilizados foram pesquisas bibliográficas e pesquisas feitas no site da instituição. Em introdução à teoria do estado, observaremos a influência do estado na empresa e como as falhas de mercado e de governo a afetaram nos últimos anos. Jà em gestão pública e políticas públicas no Brasil, veremos como a empresa esta organizada e seu modelo de gestão aplicado. E por fim, na disciplina de recursos materiais e patrimoniais mostraremos como atuam na area de gestão de estoques, bem como a Petrobras coordena seus recursos, suas práticas e ética nas suas negociações com a sua governança corporativa e sua política de compliance. Palavras-chave: Petrobras, Teoria à Introdução do Estado, Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil, Recursos Materiais e Patrimoniais. SUMÁRIO 1 Introdução............................................................................................04 2 Referencial Teorico..............................................................................05 2.1 Introdução à Teoria do Estado.........................................................05 2.1.1 Livre Mercado e Intervencionismo Estatal........................................06 2.1.2 Falhas de Mercado...........................................................................08 2.1.3 Privatização, Concessão e Parcerias...............................................10 2.2 Gestão Pública e Politicas Publicas no Brasil................................11 2.2.1 Modelos de Administração Pública...................................................13 2.2.2 Governabilidade, Governança e Accountability................................14 2.3 Recursos Materiais e Patrimoniais...................................................15 2.3.1 Gestão de Estoque............................................................................16 2.3.2 Cadeia de Suprimento.......................................................................17 2.3.3 Governança.......................................................................................18 2.3.4 Compliance........................................................................................19 3 Estudo de Caso......................................................................................21 3.1 Petrobras S.A........................................................................................21 4 Considerações finais.............................................................................22 5 Referencias Bibliograficas....................................................................23 · INTRODUÇÃO Este Projeto Integrado Multidisciplinar IV tem como objetivo aprofundar os conhecimentos obtidos nas disciplinas estudadas em: Introdução à Teoria do Estado, Gestão Pública e Políticas Públicas no Brasil e Recursos Materiais e Patrimoniais aplicados a empresa Petrobras S.A. Este estudo irá proporcionar um melhor desempenho nas tarefas realizadas na empresa, além de diagnosticar as práticas administrativas visando mais qualidade e inovação no mundo empresarial. Portanto é uma forma de adquirir experiência, utilizando se conhecimentos teóricos e práticos no sentido de expandir uma visão administrativa no campo empresarial. (RIBEIRO,2006) A empresa escolhida, a Petrobras, é a maior empresa petrolífera do Brasil, uma empresa de economia mista, onde a União é seu maior acionista. Fundada na data de 3 de outubro de 1953, atua nos segmentos de exploração e produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural, energia elétrica, entre outros. O projeto foi elaborado a partir de pesquisas de material disponível no AVA, via sites da internet e pesquisa bibliográfica afim de identificar e compreender como são utilizados na pratica os conceitos das disciplinas. De acordo com o objetivo do projeto, este será subdividido em três partes distintas associando as matérias aplicadas no curso. A primeira parte refere-se à Introdução à Teoria do Estado, onde destaca-se a influência das leis e do regimento interno do País de acordo com a constituição atual, também em relação à empresa em questão. Na segunda parte, será abordado à Gestão Pública e Politicas Publicas no Brasil incorporado a empresa Petrobras, toda a burocracia interna e a interação entre o governo e a empresa estudada. Já na terceira parte em que corresponde a Recursos Materiais e Patrimoniais, será realizada uma investigação sobre a organização de seus estoques, suas práticas de gestão em logística e o funcionamento de sua cadeia de suprimentos. . 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Introdução à Teoria do Estado O termo Estado, segundo Datticio (2014b) refere se a “ uma sociedade politicamente organizada e constituída por pessoas que mente objetivando o atendimento de um grande número de interesses”. É uma sociedade composta pela união dos Estados e municípios, e distrito federal, criando o estado democrático brasileiro e tem como parâmetros a soberania, a cidadania, os valores sociais, do trabalho e da livre iniciativa, a dignidade humana e o pluralismo político. Com o decorrer do tempo diferentes filósofos como Aristóteles, Sócrates e Cicero passaram a estudar a origem do estado com inúmeros princípios ideológicos e com teorias diferentes quanto a sua origem, desse modo foram surgindo diversas teorias em relação ao estado, partindo da antiguidade e passando da idade média para a moderna e chegando por fim na idade contemporânea. Nicolau Maquiavel foi um dos maiores pensadores no que diz respeito à estado, autor da obra “ O Príncipe”, publicado por volta de 1532, ele sugere como os governantes devem proceder, tanto nos negócios públicos interno e externamente, bem como devem fazer para alcançar novos territórios/nações. Essa obra inicia descrevendo os diversos tipos de estado e como cada tipo influencia a forma de governo do príncipe. São também importantes os princípios de Sociedade e Nação: enquanto Sociedade refere-se à organização humana em grupos, de modo que o coletivo seja beneficiado, a Nação cuida do conjunto sociológico, etnia, tradições, linguagem, elementos culturais. É importante reconhecer que a Nação não precisa de um Estado para existir, pois os povos e suas culturas podem estar espalhados pelo mundo (Datticio 2014b). Definir Governo também é importante, uma vez que ele se diferencia de Estado da seguinte maneira: o Governo cuida das atribuições que mantem o Estado atuando administrativamente, sendo transitório. O Estado também existe na Soberania, que determina sua propriedade indivisível, de unidade (não pode existir duas soberanias em um pais), de equilíbrio (não pode ser repassado) e é imprescritível. Por exemplo, a divisão em estados e municípios não retira da Federação o poder de soberania. A independência conferida trata-se apenas do direito público interno, obrigando-se a prestar contas as leis e regulamentações federais. 2.1.1 Livre Mercado e Intervencionismo Estatal Há tempos que diferentes estudiosos da política e da economia investigam o melhor sistema para a Administração Pública. Se por um lado alguns apoiam o livre mercado com menos interferência dos governos deixando-se levar pela livre concorrência, por outro, alguns defendem a maior presença do estado na gestão da economia com o principal objetivo de diminuir as desigualdades na população. O filosofo e economista AdamSmith foi um dos primeiros defensores do livre mercado, considerado o pai do liberalismo econômico e sua principal obra foi o livro “A Riqueza das Nações”. De acordo com suas ideias, existiria uma “mão invisível” que equilibraria o mercado, contanto que houvesse liberdade e o Estado não interferisse nas suas atividades, apenas garantiria a defesa e a segurança do país. Entretanto, no desenrolar desse sistema capitalista concorrencial, livre de interferência, o capital e a riqueza ficaram mais e mais concentrados nas mãos de poucos grupos gerando o aumento dos níveis de pobreza da população, perdendo assim, seu espaço para um capitalismo monopolista, controlado por grandes oligopólios. Com a crise de 1929, que teve como consequência os altos níveis de desemprego, o Estado é chamado a voltar em ação, desta vez com mais funções além da alocativa. Baseado em Keynes, um economista, que era contra o liberalismo econômico e defendia a maior influência do estado na economia com objetivo de atingir o pleno emprego, surgiu um Estado com grande número de tarefas, o Estado do bem-estar social, significativo para moldar as variações do capitalismo e diminuir as tensões sociais. Fundador da escola Keynesiana, suas principais características são: - Defesa da intervenção estatal na economia, principalmente em áreas onde a iniciativa privada não tem a capacidade ou não consegue atuar; - Defesa de ações políticas voltadas para o protecionismo econômico; - Controle do liberalismo econômico; - Defesa de medidas econômicas estatais que visem a garantia do pleno emprego. Este seria alcançado com o equilíbrio entre demanda e capacidade de produção; - O estado tem um papel fundamental de estimular as economias em momentos de crise e recessão econômica; As ideias de Keynes se espalharam pelo mundo a partir da crise de 1929 e ganharam mais força com o fim da Segunda Guerra Mundial, quando os países estavam abalados e havia temor dos conceitos socialistas serem aceitos e adotados, dessa forma, suas ideias foram aplicadas de acordo com as características de cada território. De acordo com Albuquerque (2008), o gasto público foi visto como instrumento de promoção e direcionamento do crescimento econômico, além de divisor de renda, e não mais como um recurso necessário somente para o atendimento de serviços públicos essenciais. Com as crises econômicas da época e o índice da inflação elevado as ideias keynesianas foram questionadas, ressurgindo assim o pensamento liberal e com a globalização foi necessário abrir fronteiras nacionais e desregulamentar os mercados financeiros e de produtos, dando início ao capitalismo globalizado, onde o Estado sai de cena. Observa-se assim que a atuação do Estado variou de acordo com o momento e fase do sistema capitalista, das suas dificuldades para reprodução e das suas crises. Resumidamente, a discussão entre os grupos que defendem a maior intervenção estatal e os que se opõem a ela ainda se mantem até hoje. O Estado, para os neoliberais, é um sujeito passivo, que não tem vida própria e assim acaba se voltando e atendendo a interesses pessoais e deixando de atender aos interesses coletivos. Já no entendimento dos apreciadores das ideias de Keynes, a atuação do Estado é indispensável para reprodução do sistema capitalista, tendo vida própria e autonomia relativa para continuar atendendo os interesses do capital (Oliveira, 2009). Levando em consideração a questão de livre mercado ou intervenção do estado na economia, a Petrobras, empresa estudada, se tratando de mercado interno, embora não sendo considerada monopólio, é a única empresa no ramo petrolífero e de gás natural no Brasil e, por esse motivo, o sistema adotado por cada governo pode sim interferir ou não na estatal, em especial nos preços e também na cobrança de impostos objetivando intervir no controle da inflação, sendo que o preço do combustível recai bastante em outros ramos da economia. 2.1.2 Falhas de Mercado A economia de mercado é o melhor meio para designar recursos e estruturar a atividade econômica da forma mais eficiente possível. Porém, nem sempre esse funcionamento é perfeito, eventualmente, a livre interação entre agentes econômicos gera alterações que resultam em mais efeitos negativos do que positivos. De acordo com a microeconomia, essa ocorrência é chamada de falha de mercado. Uma falha de mercado pode acontecer em uma série de situações diferentes, sendo que na maioria das vezes será vantajoso para alguns e prejudicial para a maioria. Porém, por causa do mercado não ser perfeito não anula sua utilidade, na verdade apenas reforça a ideia de que devem existir, em alguns momentos, alguma força que conduza seu funcionamento para a direção certa. A Teoria das Finanças Públicas gira em torno da existência das falhas de mercado, as quais atrapalham a economia de alcançar o estado de bem-estar social por meio do livre mercado sem a intercessão do governo. Existem diversos tipos de falhas de mercado, porém, citaremos apenas alguns como: Assimetria de informações, Bens Públicos, Externalidades, Poder de Mercado. - Assimetria de Informações: A assimetria de informação é denominada como insuficiência ou falta de informação ou de conhecimento pelos agentes que atuam nos mercados e podem ocasionar barreiras em relação a desejada flexibilidade dos fatores de produção. Como exemplo temos a venda de carros usados com problemas sem o conhecimento do comprador. - Bens Públicos: Os bens públicos são aqueles que os mercados por si só não são capazes de produzir, ao menos nas exigências requeridas pela sociedade, pela complexidade em definir o seu preço. Isso ocorre porque, em alguns casos, o consumo adicional de uma unidade por uma pessoa não afeta o consumo de terceiros. Desse modo, pessoas que não pagam pelo serviço ou produto podem aproveitá-lo à vontade. São exemplos disso a iluminação pública, a justiça, o policiamento e a segurança nacional. - Externalidades: Uma externalidade acontece quando um agente econômico influencia o bem-estar de outro agente econômico, e este não paga ou não recebe nenhum tipo de vantagem por essa influência, ou seja, as externalidades são resultadas, positivos ou negativos, das nossas ações que recaem sobre outras pessoas. Observa-se uma externalidade positiva quando determinada ação lhe permite um ganho sem que se tenha feito nada para isso ocorrer. Por analogia, conceitua-se uma externalidade negativa quando certa ação não lhe proporciona nenhum bônus, mas te impõe a compartilhar o ônus. O papel do Estado (Governo) é fazer com que o agente da externalidade assuma seus custos, se ela for negativa, ou obtenha seus benefícios, caso seja positiva. Em razão disso, existem os impostos e as proibições sobre produtos poluentes, como veículos a gasolina e cigarros, poluição sonora, como casas de festas ou que possam causar acidentes (bebida alcoólica), assim como os incentivos e verbas para cultura e educação, entre outros. - Poder de Mercado: Poder de mercado é a capacidade operacional e financeira que um agente econômico tem de manter seus preços acima dos níveis de mercado, de modo a aumentar seus lucros, sem perder clientes. Outra forma de praticar esse poder é dificultar a inovação ou o aumento de qualidade por parte de possíveis competidores. A prática de poder de mercado ocorre normalmente em situações de monopólio ou quando ocorre fortes barreiras de entrada, que impossibilitam o surgimento de concorrentes que disputem o mercado com valores mais baixos. Isso pode acontecer por imposições do governo ou por haver poucos recursos tornando impossível a competição. O governo é privilegiado por ter acesso a informações importantes e ter o poder de criar leis com o propósito de equilibrar o mercado, porem devemos nos atentar que quem toma as decisões são pessoas com qualidades e defeitos e que essas decisões podem ocasionar falhas no próprio governo e assim prejudicar o mercado e por consequência a sociedade. A partir do exposto acima, é possível perceber algumas falhas de mercado e de governoque contribuíram para o acontecimento de fraudes e corrupção na Petrobras, foram observadas as externalidades, os problemas de informação e a competição. Em relação as falhas de mercado que mais prejudicaram a empresa foram os problemas de informação e competição, as informações que deveriam ser um segredo empresarial, foram passadas para um pequeno grupo, onde eles tomariam a decisão dos investimentos que seriam feitos e assim manipulariam as licitações, em desfavor da competitividade e do alcance do preço e das condições mais benéficas para a Petrobras e o interesse público, e quanto a competição, o objetivo da regulação é justamente coibir as práticas anticompetitivas, como a criação de cartel. Nas falhas de governo, identifica-se a ocorrência de incapacidade e corrupção, esse pequeno grupo, constituído por agentes políticos e até mesmo partidos políticos, ofereciam apoio para o esquema de corrupção e beneficiavam-se dos recursos públicos desviados, isso acontecia, pois, um grupo de empresas pagavam propina para os funcionários envolvidos da Petrobras para que fosse mantida a atuação do cartel, além das fraudes nas licitações. Lamentavelmente a Petrobras vem sofrendo nos últimos anos com acusações de corrupção causadas por seus líderes, empresários e até políticos e com isso acarretou prejuízos imensuráveis a empresa, além de ter afastado investidores e manchado a imagem da estatal no Brasil e no exterior. 2.1.3 Privatização X Concessão X Parcerias Governo, sociedade, empresários e trabalhadores debatem qual é ou quais são, as melhores formas ou modelos para se administrar os bens públicos, concessão ou privatização? Os dois termos estão no meio de uma discussão política e econômica atual. De maneira geral, define-se concessão como a transferência temporária e a empresa tem prazos determinados, que podem ou não ser renovados, além de desempenhar regras na exploração do serviço. Já a Privatização, é definida como a venda de órgãos ou empresas que compõem o patrimônio do Estado para iniciativa privada, geralmente, através de leiloes públicos. As parcerias públicas privadas (PPPs) são um outro exemplo de concessão. O Estado transfere a uma empresa serviços que não são sustentáveis e a remunera. Existem dois tipos de PPPs: a Patrocinada e a Administrativa, a primeira, uma parte do pagamento vem dos recursos do Governo e a outra, dos cidadãos que utilizarem os serviços. Já a administrativa, a remuneração ocorre apenas por meio dos recursos públicos. A lei 11.079/2004 determina as normas de regulamentação sobre as PPPs, esse tipo de acordo pode ser estabelecido como um contrato com fim administrativo sobre um objeto de Concessão de serviços públicos. Há alguns tempos tem se discutido muito sobre privatizar ou não a Petrobras? Para alguns a privatização é importante e para outros não, a verdade é que não se tem uma resposta concreta, porque é uma commodity. A organização é conhecida por todos como uma estatal, mas na verdade é uma organização de economia mista, ou seja, tem o estado e investidores privados como proprietários. Mesmo assim, não dá para compara-la com um negócio privado. Acompanhando essa linha de pensamento, é difícil dizer quando a empresa terá chances de ser privatizada, porem a briga é constante e acirrada. Com o domínio no setor de refino no pais, a organização acaba levando a culpa quando os preços internacionais do petróleo sobem e ela eleva os valores dos derivados, isso ocorre porque ela acompanha a cotação internacional para precificar seus derivados, visto que, para seus acionistas isso é essencial, porem para o governo federal torna-se um problema pois costuma respingar na popularidade. A proposta leva em conta com a resistência até mesmo na base aliada e, no parecer de líderes partidários, e tem pouca possibilidade de conclusão neste momento. 2.2 Gestão Pública e Politicas Publicas no Brasil A gestão pública envolve o ato de gerenciar a coisa pública por meio dos agentes públicos, legalmente constituído de poderes para a tomada de decisões que atuam na vida de determinados grupos de pessoas ou a sua totalidade com intuito de alcançar o bem público. Em especial, são dois os sentidos em que se utiliza geralmente a expressão administração pública: a) em sentido subjetivo, formal ou orgânica, ela designa os entes que exercem a atividade administrativa; compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer um a das funções em que s e triparte a atividade estatal: a função administrativa; b) em sentido objetivo, material ou funcional, ela designa a natureza da atividade exercida pelos os referidos entes; assim sendo, a Administração é a própria função administrativa que incumbe, predominantemente, no poder executivo. DI PIETR O – direito administrativo, e d;30 (pag. 93-94.2017) Por meio das políticas públicas é que os agentes públicos são capazes de atender a procura da sociedade por serviços públicos como atividades, programas e ações que pretendem assegurar o bem-estar da população. A Petrobras, a empresa estudada, trata-se de uma sociedade de economia mista, onde seu maior acionista é o governo, a organização vem acompanhando a globalização e o desenvolvimento do sistema de logística empresarial no mundo, ou seja, vem otimizando suas técnicas administrativas como gestão financeira e recursos humanos. No quesito gestão financeira, por ser uma empresa complexa, onde seu capital é público e privado, sua prestação de contas é feita para os acionistas e também ao governo e a sociedade. Já em recursos humanos, a empresa procura a modernização dos seus métodos de avaliar seus colaboradores e valorizar o seu capital humano através de treinamentos contínuos, cursos de qualificação e bolsas de estudo. Seu recrutamento se dá por meio de concurso público pois se trata de uma organização que possui recursos públicos e deve cumprir os princípios da administração pública. 2.2.1 Modelos de Administração Publica No patrimonialismo, o aparelho do estado funciona com uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possui status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas. Ares pública não é diferenciada das res principis. Em consequência, a corrupção e o nepotismos são inerentes a esse tipo de administração. No exato momento em que o capitalismo e a democracia se tornam relevantes, o mercado e sociedade civil passam a se diferenciar do estado. Nesse novo momento histórico, a administração patrimonialista torna-se um a excrecência inaceitável. A administração pública burocrática surgiu na segunda metade do século XIX, na época do estado liberal, como um meio de combate a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Integram princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese o poder racional-legal. Os controles administrativos que tendem evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de um a desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso, são sempre necessários controles rígidos dos processos, com o por exemplo na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a demandas. A administração pública gerencial emerge na segunda metade Do século XX, como resposta, de um lado, à expansão das funções econômicas e sociais do estado, e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à adoção do modelo anterior. A eficiência da administração pública, a necessidade de minimizar custos e maximizar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário torna-se essencial. A reforma do aparelho do estado passa ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qual idade na prestação de serviços públicos e pelo o desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. (Chiavenato, Idalberto Administração geral e pública – ed:02–pag. 106-107/2008). O modelo de gestão predominante na empresa estudada é o gerencial, pois suas práticas administrativas são voltadas para os fins e não para os meios, com destaque para o cliente e no controle de resultados e na busca pela eficiência, que é um dos princípios da administração publica brasileira. No organograma da organização o conselho administrativo e o conselho fiscal encontram-se na hierarquia superior da instituição de maneira que mostra a preocupação da mesma com sua gestão e que o presidente deve prestar conta aos conselhos superiores, a sociedade e também a seus acionistas mesmo tendo poderes significativos. 2.2.2 Governabilidades, Governança e Accountability Governabilidade é perceber a forma de governo, as ligações entre poderes, o sistema partidário e o equilíbrio entre as forças políticas, são as habilidades do governo em tomar decisões. Governança é a aptidão que o governo tem em planejar, programar, formular e realizar funções, pois se conecta profundamente com a ação e execução de decisões, é a maneira do governo exercer seu poder ou ainda o modo como se administra os recursos sociais e econômicos de um país. Accountability é a forma de um governo prestar contas de maneira clara e portar-se com seriedade em seus atos públicos. Por ser uma empresa de capital aberto e seus recursos serem procedentes do estado e também do setor privado, a Petrobras encontra-se muito suscetível, tanto as condições políticas do país quanto as alterações do mercado internacional. Isso demanda da empresa a criação de políticas de governança e governabilidade bem desenvolvidas para não impactar em efeitos negativos na empresa. O accountability demonstra como a empresa age com clareza e princípios morais para com seus acionistas e com a sociedade. A Petrobras instituiu um programa para combater a corrupção demonstrando assim sua preocupação com o problema e propondo uma administração transparente e com princípios morais coniventes com o accountability. 2.3 RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Recursos são tudo aquilo que é produtivo, ou seja, que gera ou pode gerar algo valioso para as pessoas, administrar recursos é prever, organizar, coordenar e controlar. A administração abrange três âmbitos básicos: pessoal, material e financeiro. Recursos Materiais são elementos fundamentais que as empresas utilizam nos processos diários para a construção do seu produto final, matéria prima, material em processo e matéria indireta. A melhor definição de administração de matérias é feita por Chiavenato. “A Administração de Materiais envolve a totalidade dos fluxos de materiais da empresa, desde a programação de materiais, compras, recepção, armazenamento no almoxarifado, movimentação de materiais, transporte interno e armazenamento no depósito de produtos acabados. ” (CHIAVENATO, 1991). Recursos Patrimoniais refere-se ao total de riqueza das empresas, imóveis, instalações, equipamentos e veículos e podem ser considerados como: -Tangíveis: são materiais físicos e concretos, ou seja, que podemos tocar, como por exemplo, móveis, maquinas, veículos e estoques. - Intangíveis: são aqueles que não podemos tocar, porem são notórios dentro de uma empresa, como a marca, a estratégia, setores e a administração. As empresas não são autossuficientes, no cenário atual, onde encontramos um mercado globalizado e competitivo, ocorre a necessidade da aplicação das melhores práticas dentro das organizações e com isso elas passam a depender de terceiros, parceiros e de outras empresas para a realização de suas atividades. Conforme Castro (2011), administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e programador. É acima de tudo, colocar a empresa como organismo viável a todos que dela participam. A finalidade da administração desses recursos é fornecer o processo com os materiais essenciais e indispensáveis para a finalização do produto objetivando: - Preços baixos; - Alto giro de estoques; - Continuidade de suprimento; - Consistência da qualidade; - Aperfeiçoamento do pessoal; - Bons registros. 2.3.1 Gestão de Estoque Segundo Assaf Neto (2009), “os estoques são materiais, mercadorias ou produtos que são fisicamente mantidos disponíveis pela empresa, com expectativa de ingresso no ciclo de produção, de seguir seu curso produtivo normal, ou de serem comercializados” De acordo com Ballou (2007), a gestão de estoque é um importante procedimento onde se planeja, coordena e controla toda a mercadoria que entra e sai na empresa. Esse controle deve ser realizado não apenas para produtos já acabados, mas também para os componentes, matérias-primas e produtos semi-acabados, no caso de indústria. A gestão de estoque faz se gradativamente mais importante para uma empresa em suas tomadas de decisões relacionadas aos produtos a serem obtidos. Por ter uma variedade de funções e inúmeros recursos de ferramentas que dão ao gestor infinitas possibilidades de apoio, tornando-se parte fundamental de uma corporação. Nas organizações de hoje há uma infinidade de produtos em que a necessidade difere de organização para organização, dessa forma, a organização procura a ferramenta que lhe possibilita um controle seguro na busca de melhores resultados, dentro da gestão de estoques. A Petrobras utiliza o gerenciamento pelo perfil MRP que estabelece quando e quanto é preciso ressuprir um item para atender uma necessidade, dessa forma identificam-se quais matérias devem ser priorizadas para que se faça uma melhor gestão dos recursos e otimização de custos. Logo a prioridade é diminuir o investimento em estoques, aumentar o uso de meios internos da organização e minimizar as necessidades de recursos de investidos A administração deve determinar definições a gestão de estoques, as metas a serem atingidas para que possam avaliar o desempenho do departamento, sendo que essas definições são de grande importância para o devido funcionamento da gestão de estoque. A empresa utiliza o mecanismo do custo médio para valorização dos estoques, que segundo Lambert, Stock & Vantine (1999) é a média flutuante dos valores dos materiais, no qual cada nova compra faz a média com os estoques existentes para se obter um novo preço médio, ou média ponderada, como custo total do estoque em aberto mais todas as compras dividido pelo número total de unidades. O nível dos estoques é obtido pelo inventário, pois indicara onde estão os desvios que precisam de gestão para que se alcance a diminuição dos níveis de estoque ao menor custo para a organização. Neste caso, o inventário físico que para Martins e Alt (2003), é a descrição concreta dos itens de estoque e é feito de dois modos: periódico e rotativo ou contínuo. Enfim, certifica-se uma conexão logica nas análises dos estoques da Petrobras, com todos os aspectos avaliados, obedecendo uma cronologia de avaliações, de demanda, tipos de estoques, dos diversos tipos de custos, possibilitando o planejamento de acordo com as necessidades. 2.3.2 Cadeia de Suprimento Conhecida também como supply chain, a cadeia de suprimentos é a técnica responsável por permitir que o produto ou serviço comercializado pela organização seja ofertado pelo fornecedor e chegue até o consumidor. Ela tem como proposito principal ajustar todo o processo que compreende o desenvolvimento e entrega de um produto, assim sendo, é capaz de ajudar na diminuição de custos, aumentando a qualidade e gerando, no fim das contas, a satisfação do cliente, diante disso, podemos dizer que a cadeia de suprimentos existe para que ocorra uma troca de informações entre os setores, fazendo com que atuem de forma estruturada. Cassel e Silva (2009) apresenta a gestão integrada da cadeia de suprimentos apoiada ao comércio eletrônico, uma vez que mostra a necessidade das organizações de controlar seu sistema produtivo através do uso de sistema de informação como MRP, MRPII e ERP, sistemas que auxiliam no planejamento das necessidades de materiais, afirmando ser fundamental a integração do banco de dados de PCP e Produção com a áreade Suprimentos e Estoque para simplificar o trabalho de análise diária das necessidades de compras realizada por um comprador. Em organizações que possuem filiais, um sistema ERP consegue receber todas as informações vindas de cada uma, disponibilizando informações de forma consistente e facilitando o gerenciamento e as práticas operacionais em todas as unidades. Não existe uma maneira correta para realizar a gestão de cadeia de suprimentos, visto que, as organizações possuem processos próprios de produção, logo, o primeiro passo consiste justamente em realizar um estudo geral da organização descrevendo como ocorre cada etapa. Dessa forma, é primordial contar com uma equipe integrada e informada, bem como ter um domínio sobre o histórico de vendas, pois isso ajuda a estudar as demandas e, assim, organizar toda a cadeia de suprimentos. A rede de suprimentos do petróleo no Brasil é extremamente complexa, sendo integrada por uma grande quantidade de unidades operacionais (refinarias), um extenso sistema de transportes (dutos, terminais, navios), e uma variedade de atividades no mercado (produção, venda, importação e exportação de petróleo e derivados). Do lado do mercado consumidor, ocorre uma grande mudança na demanda, referente aos tipos de produto, seus volumes e seus quesitos de qualidade. A potencialização da produção de petróleo e derivados amplia ainda mais a necessidade de se ter uma gestão dessa cadeia logística, de maneira integrada e elaborada. Um maior entendimento dos graus de ineficácia dessa cadeia produtiva possibilitara o desempenho de um melhor planejamento integrado, com a programação e o domínio das atividades. O modo mais oportuno de elaborar a logística (e qualquer negócio, em geral) é pela perspectiva de potencialização de lucro, em lugar da redução dos custos 2.3.3 Governança “É imprescindível salientar que cada tipo de organização tem suas peculiaridades em termos de governança”. IBGC (2015, p. 14), é importante destacar que não existe um padrão de governança aplicável a todas as organizações e sim, condutas respaldadas em princípios que as organizações devem compreender e aplicar à sua realidade especifica. Levando em consideração que as boas práticas de governança são fundamentadas em princípios, citaremos alguns deles: - Transparência: compreende no desejo de oferecer para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não as impostas por disposições de leis ou regulamentos. - Equidade: é descrita pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas, os stakeholders, considerando seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. - Prestação de Contas (accountability): os gerentes de governança devem fazer a prestação de contas de sua atuação com clareza e concisão, compreensivelmente e tempestivamente, assumindo totalmente as consequências dos seus atos e omissões e desempenhar com zelo e responsabilidade seus papéis. - Responsabilidade Corporativa: os agentes de governança devem cuidar da viabilidade econômico financeira das organizações, diminuir as externalidades negativas de seus negócios e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais no curto, médio e longo prazos. 2.3.4 Compliance Compliance é uma definição que representa a conformidade com leis, normas e regulamentos internos e externos no âmbito empresarial. É o novo diferencial das empresas que se preocupam com seu nome no mercado, fortalecendo sua imagem, protegendo de fraudes, reduzindo riscos e dando abertura para novos caminhos e oportunidades de negócios. Um bom planejamento de compliance deve ser elaborado sobre alguns pilares fundamentais, que são eles: compromisso dos líderes, autonomia de gestão, analise e prevenção de riscos, código de conduta, controles internos, canais de denúncia, treinamento e comunicação e monitoramento e investigação. Se há um bom exemplo no mundo do estrago que a necessidade de um sistema maciço e efetivo de governança, risco e compliance pode causar para um negócio é a Petrobras. A organização, a maior empresa do País e que chegou a estar entre as petroleiras mais valiosas do mundo, foi exemplo de um momento de exuberância absurda da economia brasileira. Emponderada pelo descobrimento do pré-sal e pelo elevado valor do barril de petróleo no mercado internacional, a empresa foi usada como ponta de lança de um árduo plano de investimentos apresentado pelo governo. . Em meio ao entusiasmo do momento em um país que havia passado sem maiores comoções pela grave crise financeira que atingiu o mundo, a Petrobras se viu embrenhada em uma quantidade de projetos que, na prática, jogavam sobre os seus ombros responsabilidades tão diferentes como reavivar a indústria naval brasileira, garantir recursos para a educação do futuro por meio de royalties do pré-sal e segurar a inflação galopante do País. Por não ter um modelo de governança que lhe assegurasse razoável grau de autonomia em relação ao governo de turno, essas e outras ações tomadas pelo governo foram necessárias à petroleira estatal, que se viu forçada a aceitar projetos e negócios que, muitas vezes, iam contra os interesses da própria companhia. Em pouco tempo, a companhia definiu um novo modelo de Governança e Compliance, que corrigiu problemas relevantes na estrutura e nos procedimentos praticados pela empresa e foi fundamental para permitir que ela retomasse o norte. Esse novo modelo não está totalmente perfeito (algo que nenhum programa de compliance jamais estará) mas, a empresa brasileira evoluiu muito, em pouco tempo e num cenário, que além das suas finanças combalidas, testemunhou uma grave crise política e econômica. Uma importante iniciativa da Petrobras foi a facilidade de seus processos para diminuir a burocracia. Segundo Pedro Parente “discutimos como conciliar agilidade, simplicidade a regras de conformidade que nos auxiliem sempre a tomar a melhor decisão para o nosso negócio”. 3. ESTUDO DE CASO 3.1 Petrobras S.A A Petrobras S.A, é uma empresa de capital aberto, onde seu maior acionista é o Governo do Brasil (União), sendo, portanto, uma organização estatal de economia mista. Criada pelo presidente Getúlio Vargas e com sede no Rio de Janeiro, atua no segmento de energia, nas áreas de exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo, gás natural e seus derivados. A organização é líder mundial no desenvolvimento de tecnologia avançada na exploração petrolífera em aguas profundas e ultra profunda. Stoner (1985, p.180) diz que “para mostrar a estrutura da organização, os administradores normalmente fazem um organograma, que diagrama as funções, os departamentos ou os cargos da organização e mostra como eles se relacionam”. O organograma da Petrobras é estruturado em grupos, no desenvolvimento da produção & tecnologia, exploração & produção, refino e gás natural, financeiro e relacionamento com investimento, recursos humanos e serviços e governança risco e conformidade possuindo em cada grupo um líder sendo chefiado por um presidente. Atualmente a organização possui cerca de 41.485 funcionários e seu estilo de liderança é democrático, pois antes de realizar as mudanças, fazer projetos e escolhas, ele consulta o grupo para expor suas ideias. Devido ao seu faturamento anual ser superior a cinquenta milhões de reais a empresa se enquadra no grupo I, sendo considerada de grande porte. Com um campo de atuação amplo, a organização consegue colaborar com o mercado nacional e internacional com uma variedade de produtos e serviços de qualidade e alta tecnologia para diversas finalidades. A organização dispõe de fornecedores que oferecem produtos e serviços que são avaliados com critérios como qualidade, boas práticas de gestão, prazos, conformidade aos padrões de segurança, entre outros. Grande parte desses fornecedores oferece mão de obra especializada, produtos químicos, materiais marítimos e de perfuração. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através desse projetoconseguimos observar na prática a importância das disciplinas estudadas aplicando-as a empresa Petrobras S.A. Percebemos como a empresa utiliza medidas modernas de gestão e busca eficiência, inovação e dá importância ao seu capital humano bem como a seus clientes. Fica claro que a Petrobras, tem conhecimento de suas falhas e também vimos sua preocupação em soluciona-las. A empresa criou também um programa para combater a corrupção e busca se recuperar e melhorar a imagem da organização, dessa forma ela mostra sua capacidade de lidar com situações desfavoráveis e sua competência em busca do melhor. Está em discussão também sobre o que deve ser feito em relação a privatização onde as opiniões são bem divergentes e é uma decisão que não será tomada muito rapidamente, muitos debates ainda estão por vir. 5. REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública : Elsevier,2008 http: // www.dhnet.org.br /direitos/anthist /marcos /hdharistoteles a politica .pdf http: //al econômico.org.br /licoes-de-adam-smith ESPUNY, Herbert Gonçalves. Recursos Materiais e Patrimoniais - São Paulo: Editora Sol, 2019 http://www.petrobras.com.br/pt/quem -somos/estrategia/plano-de-negocios-e-gestao/ http//www.petrobras.com.br http//http://www.suno.com.br>artigos www.suapesquisa.com/economia/keynesianismo/htm