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DIREITO EMPRESARIAL IV

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DIREITO EMPRESARIAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 CHEQUE: 
 
Ordem de pagamento à vista, sacado contra um banco ou instituição financeira 
assemelhada (cooperativas de crédito). 
 
A única modalidade de vencimento aplicável ao cheque, segundo a Legislação é: “à 
vista”. 
 
Deve ser lançado por uma instituição financeira (campos específicos, papel próprio, 
marca d’água, etc.); 
 
Sacar = emitir; 
Apresentar = desconto; 
 
Não admite aceite postergado!!! 
 
3 figuras: 
 
a. Emitente ou Sacador – aquele que detém fundos em instituição financeira; dá a 
ordem para o pagamento. 
 
b. Sacado – contra quem a ordem é passada. SEMPRE Banco ou instituição 
financeira; 
 
c. Tomador ou beneficiário – credor; 
 
 
Cheque cruzado ou não, não tem diferença no valor probatório, financeiro. Única 
alteração é que o cheque deve ser apenas apresentado para depósito. 
 
Somente pode ser sacado contra instituição financeira onde o sacador tenha fundos 
depositados. 
 
Qualquer anotação que venha estabelecer obrigação de apresentação futura ou 
vencimento em data futura deve ser desconsiderada (Lei do Cheque, artigo 32). 
 
Até 2009, era considerado costume contra legem, emitir cheque pré-datado. 
 
Tribunais superiores: 
 
Cheque pré-datado: forma de vencimento a dia certo. 
 
STJ: data do pré-datamento deve ser respeitada, e se apresentada 
anteriormente gerará indenização. 
 
Principio da boa-fé contratual é substancial / imprescindível que merece 
ser observada. 
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 8º PERÍODO 
 
Responsabilidade do banco = exceção = somente no caso de cheque visado (feito pelo 
gerente). 
 
 
 Requisitos Essenciais: 
 
a. Palavra “cheque” no título; 
 
b. Ordem incondicional de pagar quantia determinada. 
 
- “Pague”. 
 
- Quantia determinada = Submissão do titulo ao principio da literalidade. 
 
 
c. Nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar. 
 
d. Indicação do lugar de pagamento. 
 
e. Indicação da data e lugar onde o cheque é passado. 
 
f. Assinatura do emitente ou de mandatário com poderes especiais. 
 
 
 RESPONSABILIDADE BANCO: 
 
a. Cheque clonado. 
 
b. Cheque visado. 
 
Não se responsabiliza pelo cumprimento dos prazos (Ex.: prescrição). 
 
 
 
 Modalidades: 
 
a. Visado: 
 
Envolve a pessoa do gerente do banco. 
 
O emitente e o tomador procuram o banco e pedem para que o gerente vise o cheque. 
Fazendo com que o banco assuma a responsabilidade perante o credor. 
 
Gerente coloca o dinheiro em uma conta paralela a principal, que fica bloqueado, e 
somente após a apresentação daquele cheque poderá ser descontado. 
 
Se o banco não fizer a operação (depositar o dinheiro) o banco será responsabilizado 
(pelo valor integral). 
 
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 8º PERÍODO 
 
 
b. Administrativo ou Bancário: 
 
Foi substituído pela TED (transferências eletrônicas). 
 
O cheque é emitido pelo próprio banco (emitente e sacador). 
 
Não é ordem de pagamento, pois virá promessa de pagamento. 
 
 
 
c. Cruzado: 
 
Possui em seu anverso dois traços paralelos, que cruzam o título transversalmente. 
 
- Cruzado Geral: 
 
Somente será pago por meio de: Depósito em qualquer banco. 
 
 
- Cruzado Especial / Preto: 
 
Determina qual banco deverá ser depositado. 
 
 
 
d. Para ser levado em conta: 
 
Mesma função do cheque cruzado. 
 
Também deverá ser depositado. 
 
 
 
 
 Prazo de apresentação e pagamento: 
 
- Em regra, à vista (data da emissão). 
 
- Apresentado nos seguintes prazos: 
 
a. 30 dias (se for da mesma praça). 
b. 60 dias (se for de praça – cidades – diferente). 
 
É seguido (no dia seguinte) do prazo de prescrição. 
 
 
 
 
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 8º PERÍODO 
 
 
 Apresentação Prescrição 
_______________  _____________ 
30 ou 60 dias 6 meses 
 
 
Apresentou o título no prazo de apresentação = Pode cobrar do devedor principal, do 
avalista, dos endossantes, e dos avalistas dos endossantes. 
 
MAS... 
 
Apresentou o título depois de ultrapassado o prazo de apresentação (dentro do prazo 
de prescrição) = não foi efetivamente diligente = perde possibilidade de cobrar dos 
endossantes e avalistas dos endossantes. Portanto, somente pode cobrar do devedor 
principal e do seu avalista. 
 
 
 
Nomenclaturas: 
 
Saque = emissão do titulo de credito; 
 
Apresentação para desconto = pegar o título e ir ate o banco para receber o dinheiro. 
 
 
 
 
 Cheque Pós-Datado: 
 
Desvirtua a característica do cheque (ordem de pagamento à vista); 
 
Mas a jurisprudência começou a perceber que era uma cláusula contratual que 
consagrava o principio da boa fé objetiva. E assim, permitindo, que o mero desrespeito 
a essa cláusula, geraria dano moral. 
 
Tanto STF e STJ pacificaram o entendimento nesse sentido (Súmulas). 
 
Quem responde pelo dano moral??? Credor. E se foi endossado?? O último credor. 
 
 
 
 
 Sustação do Cheque: 
 
Fazer com que a ordem dada no título seja cancelada. 
 
Duas hipóteses: 
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 8º PERÍODO 
 
- Revogação ou Contraordem: 
 
Correspondência enviada ao banco pelo emitente. 
 
Admite-se como motivo para revogação = qualquer alegação, inclusive desacordo 
comercial (cuidar com a má-fé). 
 
 
- Oposição: 
 
Tanto o emitente quanto o portador podem sustar. 
 
Por escrito (requerimento no banco / instituição financeira). 
 
Fundada em relevante razão de direito (motivo específico). 
 
∟ Furto, perda, extravio, roubo, e apropriação indébita. 
(Comprovados pelo Boletim de Ocorrência). 
 
 
Ou susta o título pela oposição ou susta pela revogação. Ou seja, elas se 
excluem reciprocamente. 
 
 
Art. 5º da Resolução 3.972 do BACEN: 
 
“As instituições financeiras devem exigir, para a efetivação de sustação ou 
revogação de cheque, solicitação formalizada pelo interessado, não cabendo 
julgamento sobre o mérito ou a relevância do motivo apresentado, conforme 
dispõem os arts. 35 e 36 da Lei nº 7.357/85, admitido o emprego de transação 
ou comunicação eletrônica, mediante senha ou qualquer procedimento apto 
à produção de prova para fins legais”. 
 
 
 
 Súmulas STF: 
 
Súmula 28: 
 
Cheque Falso = Informações contidas no cheque não correspondem à conta existente 
no banco. 
 
Súmula 521: 
 
 
Súmula 554: 
 
 
Súmula 600: 
 
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 8º PERÍODO 
 
 Súmulas STJ: 
 
Súmula 48: 
 
Súmula 244: 
 
Súmula 299: 
 
Súmula 370: 
 
Súmula 388: 
 
Súmula 503: 
 
Súmula 531: 
 
 
 
 Contagem de prazos do cheque: 
 
Não cai na prova! 
 
Cai na prova: as regras. 
 
- Regras: 
 
a. Cheque SEM pré-datamento: 
 
- 30 ou 60 dias para apresentação; 
 
- 6 meses de prescrição (inicio: dia subsequente ao prazo de 
apresentação); 
 
- Início da contagem para apresentação: no dia do saque; 
 
 
b. Cheque COM pré-datamento: 
 
- 30 ou 60 dias para apresentação; 
 
- 6 meses de prescrição (inicio: dia subsequente ao prazo de 
apresentação); 
 
- Início da contagem para apresentação: no dia do pré-
datamento; 
 
 
Obs.: Pré-datado = pós-datado! 
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 8º PERÍODO 
- Contagem: 
 
 
- Cheque SEM pré-datamento: 
 
- Emitido: 05/08/2015. 
 
- Mesma praça (30 dias). 
 
 
Obs.: Conta dia do início (prazo civil). 
 
 
Agosto 
S T Q Q S S D 
 1 2 
3 4 5 6 7 8 9 
10 11 12 13 14 15 16 
17 18 19 20 21 22 23 
24 25 26 27 28 29 30 
31 
 
 
 
Prazo inicial para apresentação:05/08/2015. 
 
 
Prazo final para apresentação: 03/09/2015. 
 
 
Primeiro dia efetivo da prescrição: 04/09/2015. 
 
 
Prazo final prescrição: 04/03/2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Setembro 
S T Q Q S S D 
 1 2 3 4 5 6 
7 8 9 10 11 12 13 
14 15 16 17 18 19 20 
21 22 23 24 25 26 27 
28 29 30 
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 8º PERÍODO 
 
- Cheque COM pré-datamento: 
 
- Emitido: 05/08/2015. 
 
- Para o dia 20/08/2015. 
 
- Mesma praça (30 dias). 
 
 
Agosto 
S T Q Q S S D 
 1 2 
3 4 5 6 7 8 9 
10 11 12 13 14 15 16 
17 18 19 20 21 22 23 
24 25 26 27 28 29 30 
31 
 
 
 
Início prazo apresentação: 20/08/2015. 
 
 
Final prazo para apresentação: 18/09/2015. 
 
 
Primeiro dia efetivo de prescrição: 19/09/2015. 
 
 
Prazo final de prescrição: 19/03/2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Setembro 
S T Q Q S S D 
 1 2 3 4 5 6 
7 8 9 10 11 12 13 
14 15 16 17 18 19 20 
21 22 23 24 25 26 27 
28 29 30 
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 8º PERÍODO 
 
 DUPLICATA: 
 
Só existe para venda mercantil ou prestação de serviços. 
 
Obrigatória sempre que houver venda mercantil a prazo. E é facultativa nas prestações 
de serviço, por conta da nota fiscal fatura. 
 
Fatura é o documento descritivo de venda mercantil ou prestação de serviços. 
 
Finalidade fatura: Instrumentalizar a duplicata. 
 
Finalidade nota fiscal: instruir fiscais da receita para lançamento dos tributos. 
 
Duplicata = copia da fatura na qual se descreve o valor financeiro. 
 
Titulo de credito causal = vincula-se a causa de origem. 
 
Não existe nenhuma forma de se fazer emissão de duplicata para empréstimo. 
 
Prazo: não inferior a 30 dias. 
 
É uma promessa de pagamento; 
 
Apenas a duplicata, nos termos da lei, estaria autorizada a circular no mercado (venda 
mercantil). 
 
Figuras do endosso e aval são as mesmas já vistas. 
 
 
NA DUPLICATA O ACEITE É OBRIGATÓRIO E VINCULANTE!!! 
 
Se não houver o aceite, protesta-se a duplicata para suprir a ausência do aceite – 
aceite presumido (devendo comprovar a relação jurídica através da fatura, boleto, ou 
nota fiscal). 
 
 
Requisitos: 
 
a. Denominação “duplicata” 
 
b. Data de sua emissão; 
 
c. O numero de ordem; 
 
d. O numero da fatura; 
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 8º PERÍODO 
 
e. Vencimento; 
 
f. Nome e domicilio do comprador e vendedor; 
 
Nome do Emitente: Para que haja a vinculação e consequente responsabilização por 
fraude; 
 
 
g. Importância a pagar em algarismos e por extenso. 
 
h. Praça de pagamento; 
 
Onde for determinado no título. E se não tiver: onde foi emitido a nota fiscal. 
 
 
i. Cláusula à ordem; 
 
Para que haja circulação do título; 
 
 
j. Declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a 
ser assinada pelo comprador, como aceite cambial; 
 
Exatidão da existência da fatura / relação jurídica; 
 
 
k. Assinatura do emitente e do devedor; 
 
 
 
PARA TODA FATURA OU NOTA FISCAL = DEVE CORRESPONDER A UMA DUPLICATA. 
 
Ex.: 
- Fatura: 
7585; 
- Duplicata: 
7585-A = primeira parcela; 
7585-B = segunda parcela; 
7585-C = terceira parcela; 
Etc... 
- Boleto: 
7585-A 1 = primeira parcela; 
7585-B 2 = segunda parcela; 
7585-C 3 = terceira parcela; 
Etc... 
 
 
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 8º PERÍODO 
 
 
Remessa, Devolução e Aceite: 
 
É dentro dos 30 primeiros dias que o aceite se vinculará definitivamente. 
 
A apresentação para aceite deve ser feita em 30 dias da emissão (PF). 
 
Esse prazo diminui para 10 dias se tiver que ser feito ao seu representante legal (PJ). 
 
Se não fizer o aceite, deve em 10 dias do recebimento, apresentar a recusa (motivos), 
de maneira inequívoca (AR). 
 
- Não se faz a recusa 
oralmente. Somente 
por escrito. 
 
 
Artigo 8º: Hipóteses em que pode recusar a duplicata, justificando. 
 
a) Avaria = danos / não entregue por sua conta e risco = do comprador; 
 
b) Vícios/defeitos = devidamente comprovados; 
 
c) Divergência prazos/preços = a oferta vincula; 
 
CDC criou uma relativização de alguns institutos. 
 
 
 
 
- A falta do aceite pode ser suprida, nas seguintes hipóteses: 
 
a. Com expressa concordância, o devedor retém a duplicata ate a data do 
vencimento. 
 
Avisa (por escrito) ao credor que ficou com a duplicata e que fara a devolução e 
apresentação, devidamente aceita, na data do vencimento. 
 
 
b. Quando a duplicata / triplicata não aceita e protestada esteja acompanhada 
de documentos. 
 
Dentro do prazo de aceite não houve recusa. Então o credo pode exigir o cumprimento 
da obrigação já que tem protesto por falta de aceite e comprovantes. 
 
 
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 8º PERÍODO 
 
c. Duplicata ou triplicata não aceita e não devolvida haja sido protestada por 
indicação. 
 
Protesto por indicação = não tem original. “Cartório faz um modelo”. 
 
 
 
ACEITE NA DUPLICATA É OBRIGATÓRIO!! 
 
-- Aceite ordinário: 
 
Aquele realizado sem oposição do devedor e dentro do prazo designado para 
isso. 
 
 
-- Aceite presumido: 
 
É a vinculação do devedor ao título de crédito por meio da figura do protesto. A 
fé pública do tabelião faz presumir que houve o aceite. 
 
 
 
-- PROTESTO: 
 
O procedimento é o mesmo para todos os títulos de crédito. 
 
No caso da duplicata, somente é protestável por: 
 
a) Falta de aceite; 
 
Recusa desmotivada; aceite não foi feito ordinariamente; 
 
 
b) Falta de pagamento; e 
 
Houve o aceite, mas não houve o pagamento dentro do prazo; 
 
 
c) Por falta de devolução; 
 
Tipo de protesto. Em que a doutrina chama de Protesto por indicação. Não houve a 
devolução da duplicata com a justificativa plausível. Portanto, no cartório, faz-se o 
protesto por simples indicações (terão por base sempre a fatura ou a nota fiscal), feitas 
ao Oficial de Protestos. 
 
 
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 8º PERÍODO 
 
-- TRIPLICATA: 
 
Artigo 23 Lei Duplicata – rol exemplificativo; 
 
No caso de perda / extravio = credor pode lançar outro TC com a mesma validade / 
força probatória / mesma identidade. 
 
Emissão da triplicata não é obrigatória. Ocorre em situações excepcionais. Pois o 
credor tem a opção de fazer protesto por indicação. 
 
 
 
 
-- DUPLICATA DE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS: 
 
Pessoa Física não pode emitir duplicata; 
 
É inerente a quem exerce atividade empresarial; 
 
O sacado somente poderá recusar nas hipóteses enumeradas pela lei: 
 
a) Não houver correspondência com os serviços contratados; 
 
b) Tais serviços tenham sido prestados com vício ou defeitos de qualidade e 
 
c) Houver divergência quanto aos prazos e preços combinados. 
 
CDC relativiza essas regras; pois o que vincula é o preço ofertado e não o apresentado; 
 
 
 
 Os profissionais liberais e aqueles que prestam serviço de maneira eventual 
podem emitir fatura ou conta de serviço, mas não duplicata. 
 
 
 
Somente pessoa jurídica que exerça atividade empresarial de compra e venda 
mercantil ou de prestação de serviço. 
 
Sociedade de advogados?! NÃO. Pois o contrato honorário é título extrajudicial; e que 
apesar de ser constituído na forma de sociedade, não é sociedade empresarial, mas 
sim sociedade civil. 
 
 
 
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 8º PERÍODO 
 
 
-- DUPLICATA EM MEIO MAGNÉTICO: 
 
Duplicatas virtuais = boletos bancários; 
 
Lei 9492/97. Incluiu dentro dos instrumentos protestáveis, os boletos bancários; 
 
Boleto bancário não é titulo de crédito. Para doutrina e jurisprudência é indício de que 
existe a divida. É a forma instrumental; 
 
 
Mas apesar de não ser TC, ainda assim a Lei diz que boleto é protestável. 
 
 
-a. Se protestar somenteo boleto, sem o TC fazendo apoio, o boleto não ganha 
executividade; 
 
Para cobrar o boleto deve entrar com ação de cobrança 
(processo de conhecimento); 
 
 
 
-b. Duplicata sacada e não aceita. Comprovação da entrega. Boletos não pagos. 
Pode protestar por falta de aceite (aceite presumido). Executar boleto que está 
vinculado a duplicata. Duplicata da força executiva ao boleto. 
 
 
 
 
 
1) Tenho só o boleto  protesto.  não pode executar somente com o boleto  
para cobrar o boleto  ação de cobrança. Pois não possui executividade; 
 
 
 
2) Tenho o boleto e a comprovação da entrega  protesto boleto  para cobrar 
boleto  ação de cobrança; 
 
 
 
3) Tenho o boleto, comprovação da entrega e a duplicata  protesto a duplicata  
para cobrar  Execução; 
 
 
 
 
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 8º PERÍODO 
 
BOLETO BANCÁRIO PODE SER CONSIDERADO UM TÍTULO NOVO EM FRENTE AO 
CÓDIGO CIVIL? 
 
O boleto já existia antes da vigência do CC, portanto não é um titulo novo criado pelo 
Código Civil. Não se aplicando as regras especiais. 
 
Tem algumas restrições: 
 
- Não pode endossar o boleto; 
- Não se faz aval no boleto; 
- E falta no boleto o requisito do aceite; 
 
 
 
 
 
 PRAZOS E AÇÕES CAMBIÁRIAS: 
 
 
1. Letra de Câmbio: 
 
-- Ação Cambial: 
 
- Ação Direta: 
 
- Juros: 
A partir do protesto (INPC ou IGPA); 
Retroação a partir da Petição inicial; (não há o titulo protestado); 
 
Apresentar o TC original; o protesto; demonstrativo do debito atualizado; 
 
Não precisa descrever motivos; 
 
Artigo 614, I e II: Entrega de quantia certa; 
 
 
 
- Ação de Regresso: 
 
X devedor de Y. 
Y endossa para P, que endossa para Q. 
Q endossou para R. 
R endossou para B. 
 
DIREITO EMPRESARIAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
X  Y  P Q  R  B. 
 
B cobra de X o título. 
X não paga. 
Então B cobra de R. 
R paga. 
Pagamento recuperatório (pode cobrar do devedor principal). 
R entra com ação de regresso e não execução, pois ele era um dos coobrigados 
(solidariamente responsável). 
 
Pagamento tem que ser, ou dentro do protesto, ou em juízo; 
 
Admite-se a contagem a partir do prazo do efetivo pagamento por um dos 
coobrigados. 
 
 
2. Nota Promissória: 
 
-- Prazos: 
 
Letra de Câmbio e Nota Promissória = são os mesmos; 
 
 
 
3. Cheque: 
 
-- Ação de Execução: 
 
Prazo de apresentação = 30 dias (mesma praça) ou 60 dias (praça diferente). 
 
Prazo de prescrição = 6 meses (inicia logo após o final do prazo de 
apresentação). 
 
 
-- Ação de Enriquecimento Ilícito: 
 
2 anos a partir do final do prazo de prescrição; 
 
Alegação: Vantagem indevida; 
 
Prova de que houve ação de cobrança (ação de conhecimento); 
 
 
 
 
 30 / 60 dias 6 meses 2 anos 
 
 Apresentação Prescrição Enriq. Ilícito 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
Prazo de 5 anos a partir da apresentação (se for pré-datado = dia do pré-datamento / 
se for à vista = dia do saque) : Ação Monitória; 
 
Seu objetivo específico é converter um título que tenha sua executividade prescrita em 
titulo hábil a ser executado. Ação de conhecimento  Ação executiva; 
 
Cheque prescrito = jurisprudência = não precisa mencionar motivo que justificou; 
 
 
Ação de Cobrança: 
 
Quando o Título se desvirtua (Ex.: cheque de 2008); 
 
Prazo 10 anos; 
 
Todos os motivos devem ser elencados; 
 
Ação pessoal; 
 
 
Ação de Regresso: 
 
Prazo de 1 ano; 
 
 
 
4. Duplicata: 
 
 
Precisa ter o aceite; 
 
 
-- Ação Executiva: 
 
- Executar sacado/avalista: 
 
3 anos a contar do vencimento; 
 
Tem o aceite e não há o protesto.; 
 
- Executar endossante/avalista: 
 
Prazo de prescrição: 1 ano a partir do protesto; 
 
Deve protestar; 
 
 
-- Ação de regresso: 
 
Devedor principal e quem anteceder o pagador: 1 ano a partir do efetivo pagamento; 
 
 
-- Ação Monitória: 
DIREITO EMPRESARIAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TÍTULOS DE CRÉDITOS IMPRÓPRIOS: 
 
 
Não podem propriamente ser considerados TC; pois não se aplicam a eles todas as 
regras, princípios e normas de Direito Cambiário; 
 
Fran Martins: interpretação mais elástica: cheque e duplicata = TC Impróprios. 
 
 
- 4 CATEGORIAS: 
 
 
a. Títulos de legitimação: 
 
- Traz uma repercussão diferenciada; 
 
- Asseguram ao portador um serviço / acesos a premio (promocionais; oficiais); 
 
- Aplicam-se os princípios da: Cartularidade, Literalidade, e da Autonomia. Mas NÃO 
são executáveis; 
 
Ex.: Chave dos armários em supermercados, para guardar bolsas / Bilhete de passagem de 
ônibus / Bilhete de loteria; 
 
 
 
TÍTULOS DE CRÉDITO 
PRÓPRIOS 
Cheque 
Duplicata 
IMPRÓPRIOS 
Nota Promissória 
Letra Câmbio 
(Vivante) 
Não necessariamente se vinculam ao conceito 
de Vivante. 
 
DIREITO EMPRESARIAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
b. Títulos de Investimento: 
 
- Emitente tenta se capitalizar; 
Acesso a crédito (captação de recursos); 
 
- Parcela de um contrato de mútuo; 
 
Ex.: letras imobiliárias emitidas pelos agentes do Sistema Financeiro de Habitação / 
***debênture (do ponto de vista do empresário)*** / letra de crédito mobiliário / linhas de 
investimento comercial, industrial, rural; 
 
 
 
c. Títulos de Financiamento: 
 
- Financiar: Pagamento de forma parcelada ao longo dos anos; 
 
Bem comprado ou outro bem como garantia; 
 
- Diferença: o financiamento é feito dentro do próprio contrato, e a garantia atribuída 
no mesmo momento; 
 
- Se for instituir garantia, pode ser: Real (bem – cédula de crédito) ou Pessoal (aval – 
nota de crédito); 
 
- Decurso do tempo não levanta da averbação automaticamente; 
 
Só existe liberação do registro de imóveis por pedido da parte (apresentação da 
cédula), e exclusão mediante autorização expressa do banco dizendo que o contrato 
de financiamento já encerrou. 
 
- Possibilidade de endosso parcial (devido à possibilidade do parcelamento); 
 
∟ Referente, apenas, ao saldo devedor; 
 
- Regidos pelo Principio da Cedularidade: faz com que a obrigação financeira seja 
representada em uma nota de crédito ou em uma cédula de crédito; muito 
semelhante na sua estrutura a um contrato. 
 
Ex.: Financiamento habitacional (minha casa minha vida) / financiamento bancos; 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
d. Títulos Representativos: 
 
Não há obrigatoriamente obrigação financeira; 
 
- Representa qualquer outra espécie de obrigação, mas não necessariamente 
financeira; 
 
Ex.: conhecimento de frete; 
 
- Frete = obrigação principal = entrega da coisa; 
 
- Lei bloqueia a circularidade dos conhecimentos de frete perigosos (tóxicos; 
inflamáveis). 
 
DETRAN exige categorias especiais; treinamentos específicos para motoristas; 
etc. 
 
Debênture: para o adquirente representa contrato de mútuo (empréstimo); 
 
∟ ***Tanto título de investimento quanto titulo representativo***; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL IV 
 
 
 8º PERÍODO 
 
 
-- ESPÉCIES DE TÍTULOS DE INVESTIMENTO: 
 
 TÍTULOS RURAIS: 
 
 
Liberado em favor dos produtores rurais; 
 
Existência de garantia real ou pessoal descrita na cédula/contrato; 
 
 
São regidos pelo: 
 
Decreto lei 167/67 = visava estimular a propriedade rural; 
 
Lei 8.929/94 = atualizou linhas de investimento, possibilitando aquisição de 
propriedade rural e latifundiária; 
 
 
 
 
- Objetivos do crédito rural: 
 
1. Consagrando ideia que produtores poderiam associar para cooperativas de 
caráter rural / organização produtores rurais em pessoas jurídicas; 
2.3. Premissa maior da proposta de investimento; 
4. Uso consciente da terra; inclusive justificando a postura de não inserir 
defensivos agrícolas pesados; 
5. 
6. 
7. Produto = forma de pagamento; 
 
 
É possível fazer contrato de arrendamento de compra e venda em sacas de grãos? 
 
R.: Pode, porém deve-se colocar o índice de atualização do dia. Porque se não for 
possível entregar em grãos, converte-se em dinheiro.

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