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Estudando - Direito Constitucional

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Território: é a base física onde incide o ordenamento jurídico na qual os cidadãos tecem suas relações sociais, estrutura políticas e fixam os objetivos comuns da coletividade. É um elemento fundamental para que exista um Estado, pois é onde se atua as atividades governamentais. É importante por dois motivos: razões históricos constitucionais (espaço onde se desenvolvem as tradições de um povo); direito internacional (demarcando os limites da soberania nacional).
Dentro dos seus limites só é aceito o seu ordenamento jurídico criando assim o princípio da territorialidade. 
Composição do Território: superfície, escola aéreo,subsolo e mar territorial (12-200 milhas) e as ilhas.
Povo: conjunto de cidadãos subordinado ao mesmo ordenamento jurídico, mesmo quando eles estiverem no exterior. O Estado deve ter as mesmas características pertinentes ao seu povo, é formado por um único povo, porém o povo pode ser constituído por mais de uma nação. Povo é diferente de Nação. O povo tem características comum (religião, língua e cultura) é quem compõe o Estado. População se refere a todos os habitates de um país incluindo os estrangeiros.
Governo: é o instrumento que possibilita ao Estado tomar suas próprias decisões políticas. É o aparelho administrativo do Estado que com sua autoridade subordina as pessoas e as entidades localizadas em seu território. É ele quem possibilita a manutenção da ordem jurídica e da administração pública. Governo é uma parte do Estado.
Poder: o apreciamento do poder está ligado às demandas sociais, que impulsionaram uma maior estruturação das comunidades para que elas melhor se organizassem para enfrentar os perigos e desafios do dia a dia. O poder está ligado diretamente aos conceitos de força e competência. Uma contribuição do Estado foi fazer com que os cidadãos somente possam fazer ou deixar de fazer algo em virtude de mandamento legal.
Origem e Justificação do Estado: os estados podem nascer de forma originária ou de forma secundaria. São consideradas originárias aqueles que são criados de maneira natural em razão da evolução das sociedades humanas, exemplo: Roma e Atenas. São consideradas secundárias aqueles criados de restruturações de estados de anteriormente existentes, seja por sua união ou divisão. União pode ser exemplificado por EUA, Brasil... Uma confederação ou federação. Divisão acontece com a criação de um ou mais de um soberano a partir de outro, a exemplo da Sérvia, Croácia. Sobre a origem são classificado 4 espécies: teoria da origem familiar, teoria contratualista, teoria da origem patrimonial e teoria da força.
Teoria da origem familiar: ela pode ser dividida em patriarcal, em que a figura dominante é o patriarca, homem mais velho, pater familias; e matriarcal, baseada na autoridade da mãe, haja vista a incerteza que pode ocorrer quanto à determinação da paternidade.
Teoria contratualista: sustenta que a organização política nasceu em virtude de um contrato social, em que os homens deliberam as regaras necessárias para a formação de um Estado. 
Teoria de origem patrimonial: afirma o motivo para a criação do Estado foi a defesa da propriedade privada, encarando-a como um direito natural inviolável.
Teoria da força: defende que o Estado possui uma gênese violenta, criado para assegurar a dominação dos mais fortes sobre os mais fracos. Então, as estruturas estatais têm o objetivo de garantir o sistema de espoliação vigente, representando um instrumento de domínio decolasse burguesa e sua mais-valia.
Exercício Direito Constitucional I
O Presidente da República, no exercício de suas atribuições constitucionais, remete ao Congresso Nacional projeto de emenda constitucional em regime de urgência, em tema educacional, tendo sido aprovado sem alterações, no prazo legal, na Câmara dos Deputados, em dois turnos por 368 votos em ambos. Ingressou o projeto, no Senado Federal, aos 7 de agosto de 2014, tendo sido despachado pelo presidente do Senado Federal e remetido à Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça, onde recebeu Inúmeras emendas. A seguir foi remetido às demais Comissões competentes, tendo sido lido em plenário no dia 22 de agosto do corrente ano, submetido a discussão e votação, também sofrendo inúmeras emendas. Na votação em primeiro turno, foram aprovadas emendas ao projeto, Inclusive com aumentos de despesa nilo previstos no projeto original e também não incluídas na proposta orçamentária em vigor. No segundo turno, realizado cinco sessões depois, nova aprovação pelos mesmos 45 votos, em votação simbólica. Pela proposta governamental, o projeto passaria a vigorar imediatamente, e foi enviado para sanção da Presidente da República. Observadas tais premissas, indique se o anda, então do projeto obedeceu ás regras constitucionais e regimentais, bem como se os órgãos competentes que integraram o processo legislativo estão corretamente identificados, ou se há algum eventualmente ausente do processo, ou se há algum que não deveria ter participado do processo. Elabore uma minuta de competente ação, com vistas a ajudar um deputado federal de oposição que deseja impugnar a lei.
Explanação
O deputado federal tem razão sim em querer impugnar a lei, pois desde a entrada da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) que ela não obedeceu todas as regras constitucionais e regimentais que seriam pertinentes e necessárias para que a lei fosse aprovada não cabendo assim nenhum pedido de impugnação, que são as seguintes abaixo listadas:
1ª: O Presidente da República, no exercício de suas atribuições, remete ao Congresso Nacional a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) em regime de urgência. 
Sendo que O regime de urgência dispensa algumas formalidades regimentais. Ou seja, para tramitar neste regime, a proposição deve tratar de matéria que envolva a defesa da sociedade democrática e das liberdades fundamentais; tratar-se de providência para atender a calamidade pública; de Declaração de Guerra, Estado de Defesa, Estado de Sítio ou Intervenção Federal nos estados; acordos internacionais e fixação dos efetivos das Forças Armadas, entre outros casos. O que não se aplica ao projeto em questão, por se tratar de projeto na área educacional.
Uma outra proposição, para também poder tramitar em regime de urgência, é quando houver apresentação de requerimento nesse sentido. Caso a urgência seja aprovada, a proposição será colocada na Ordem do Dia da sessão deliberativa seguinte, mesmo que seja no mesmo dia. 
Ou seja, para poder a PEC da área de educação ser votada no Congresso Nacional em caráter de urgência, o Presidente da República primeiro teria que ter apresentado e solicitado, em requerimento, o caráter de urgência, o que não correu no caso da PEC Educacional. Em seguida o requerimento teria que ser aprovado para depois tramitar em regime de urgência.
2º: “... é remetido CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) onde recebe inúmeras emendas. 
Verifica-se que não cabe a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) fazer emenda, a ela cabe fazer o controle de constitucionalidade. A quem compete, a quem caberia fazer parecer ou emenda é o plenário e não o CCJ.
3º: À seguir foi remetido às demais comissões competentes.
Não era pra ter sido levado “as demais comissões”. Se a PEC já estava no CCJ era pra ser encaminhado do CCJ ao plenário,
4º: Na votação em primeiro turno, foram aprovadas emendas ao projeto, inclusive em aumento de despesa não previstos no projeto original e também não incluídas na proposta orçamentária em vigor.
De acordo com o Art. 63, da CF, Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;
Ou seja, mais uma regra que esta sendo quebrada, pois esta havendo aumento das despesas e que não foram se quer previstos e como vimos no artigo acima mencionado não é admitido. 
5º: Na votação em primeiro turno,foram aprovadas emendas ao projeto, inclusive em aumento de despesa não previstos no projeto original e também não incluídas na proposta orçamentária em vigor. No segundo turno, realizado cinco sessões depois. Nova aprovação pelos mesmos 45 votos, em votação simbólica.
Se houve emendas ao projeto era pra ter sido encaminhado ao CCJ que daria parecer sobre as emendas (PEC Paralela). O que percebemos no caso da PEC educacional é que ela não foi para o CCJ, o que houve, nesse caso, como foi verificado, é que ela foi para uma votação em segundo turno.
6º: No segundo turno, realizado cinco sessões depois, nova aprovação ...
Não esta correto o procedimento que foi adotado. Na verdade é para ser 5 (cinco) sessões no 1º turno com um intervalo de 5 (cinco) dias (chamado de interstício de 5 dias) para, passado esse período, é poder haver o 2º turno e com 49 votos que equivale a 3/5 dos votos,
7º: No segundo turno, realizado cinco 
sessões depois, nova aprovação pelos mesmos 45 votos, em votação simbólica.
Para a PEC educacional em questão poder ser aprovada teríamos que ter no mínimo 3/5 dos votos do Senado, o que corresponde a 49 votos e como percebemos aqui é que houve 45 votos do Senado e o fato ocorreu por duas vezes, ou seja, as duas votações não obedeceu, em nenhuma das votações, a quantidade mínima necessária dos votos dos Senadores.
8º: No segundo turno, realizado cinco sessões depois, nova aprovação pelos mesmos 45 votos, em votação simbólica.
A votação não era pra ser simbólica. Na PEC a votação a ser realizada deveria ser a votação nominal, que é o processo de votação em que é possível identificar os votantes e seus respectivos votos.
9º: Pela proposta governamental, o projeto passaria a vigorar imediatamente, e foi enviado para sanção da Presidente da República. 
Não é para ser enviado para a Presidente da República sancionar, pois a Presidente da República sanciona Lei Ordinária ou Complementar e nesse caso estamos tratando de uma PEC.
A PEC Educacional deveria ser encaminhada para o CCJ que daria parecer em 5 dias, em seguida haveria a Redação Final da PEC no prazo de 3 dias, em seguida encaminhada para Plenário para ser votado por maioria simples e depois seria promulgada pelas mesas da câmara e do senado e publicada.

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