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Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
 
 
 
Júlia Carolina Culau da Silva 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO ACADÊMICO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SETEMBRO, ERECHIM 
2024 
 
1 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2 
2 ATENÇÃO FARMACÊUTICA ....................................................................................... 3 
3 FITOTERAPIA ................................................................................................................. 6 
4 PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS ......................................................................... 10 
4.1 Ficha de Anamnese farmacêutica................................................................................... 10 
4.2 Diabetes............................................................................................................................. 11 
4.3 Obesidade................................................................................................................ .......... 13 
4.4 Doenças do Sistema Imunológico.................................................................................... 15 
5 PESQUISA DE CAMPO ................................................................................................ 17 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 18 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
1 INTRODUÇÃO 
 
A atenção farmacêutica é uma prática em que os farmacêuticos contribuem para a 
melhoria de qualidade de vidas de toda população. É através dela que pode ser feito uma 
educação em saúde, promovendo deste modo o uso racional dos medicamentos e um auxílio 
em relação as dúvidas de prescrição médica, posologia dos medicamentos, interações 
medicamentosas e os efeitos adversos. Garantindo deste modo que o paciente faça um uso 
seguro e adequado de sua medicação. 
A prescrição farmacêutica aos poucos está se desenvolvendo, mas a sua importância já 
é reconhecida no mercado farmacêutico. Prescrever medicamentos tempo atrás somente os 
médicos eram permitidos, e com o avanço da área farmacêutica os MIP’s (medicamentos 
isentos de prescrição) foram lançados com o objetivo de aos poucos fazer com que o 
conhecimento obtido durante sua graduação fosse colocado em prática pelos farmacêuticos. 
Lembrando uma área que também é muito estudada é das plantas medicinais, onde os 
farmacêuticos concluem sua graduação com um conhecimento muito amplo sobre os produtos 
naturais, suas funções, seus efeitos adversos e o quanto eles também podem ajudar promover 
uma saúde de qualidade a todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
2 ATENÇÃO FARMACÊUTICA 
 
Atenção farmacêutica, uma prática que aos poucos está assumindo seu verdadeiro 
lugar na área da saúde. Por mais que se sabe que ela sempre existiu, ela não fazia parte da 
rotina de muitos farmacêuticos. 
Na atenção farmacêutica o foco principal deixa de ser o medicamento e passa a ser o 
paciente, com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas, sem contar que tem uma 
grande valia na questão de controlar a ingestão dos medicamentos, que muitas vezes é 
desnecessária. 
Em meados do século XX, quando o assunto era medicamento, o profissional 
referência era o farmacêutico, pois atuava e exercia influência em todas as etapas do ciclo do 
medicamento. Além de distribuir e armazenar, o farmacêutico também tinha a 
responsabilidade de manipular todos os medicamentos disponíveis na época. (GOUVEIA, 
1999) 
Mas com o decorrer do tempo e com o crescimento da indústria farmacêutica, 
percebeu-se que o farmacêutico começou a se distanciar de suas atribuições, passando a ser 
visto apenas como uma pessoa que fazia a distribuição dos medicamentos. 
Porém essa situação causou indignação e até mesmo frustação tanto da sociedade 
quanto por parte dos farmacêuticos. Isto tudo, teve como resultado o surgimento no âmbito 
hospitalar da farmácia clínica, no qual o modelo de prática predominante na farmácia 
comunitária passou a ser a orientação e dispensação farmacêutica (HOLLAND & NIMMO, 
1999). 
Reis (2003), baseado nas ideias de Holland & Nimmo (1999) deixa claro que a 
farmácia clínica é uma prática que aprimora a habilidade do médico para fazer boas decisões 
sobre medicamentos. Sendo que cabe a responsabilidade pelos resultados da farmacoterapia 
ao médico e fornecer serviços de suporte adequados e conhecimentos especializados sobre a 
utilização do medicamento cabe ao farmacêutico. 
Quem conceituou primeiro a atenção farmacêutica de acordo com Reis (2003), foi 
Brodie et al. (1980), no qual a atenção farmacêutica inclui a definição das necessidades 
farmacoterápicas do indivíduo e o fornecimento não apenas dos medicamentos necessários, 
mas também os serviços para garantir uma terapia segura e efetiva. Incluindo mecanismos de 
controle que facilitem a continuidade da assistência “ 
Para Hepler & Strand (1990) a atenção farmacêutica é responsável pela farmacoterapia 
com o objetivo de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos 
pacientes. 
A esse respeito, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) – a atenção 
farmacêutica é benéfica para toda a sociedade, por isso se torna indispensável a participação 
do farmacêutico na equipe de saúde, trabalhando juntos na prevenção de doenças com o 
intuito de promover uma saúde de qualidade. 
Ainda de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1993) a atenção 
farmacêutica é um conceito de prática profissional na qual o paciente é o principal 
beneficiário das ações do farmacêutico. Onde através de suas atitudes, comportamentos, 
compromissos, responsabilidades, valores éticos, conhecimentos, habilidades e funções 
presentes na atenção farmacêutica, tendo por objetivo saúde e qualidade de vida para o 
paciente. 
Com bases neste texto, cabe ressaltar que o farmacêutico não deve utilizar seus 
conhecimentos apenas para dispensar medicamentos corretamente, mas também para realizar 
um acompanhamento farmacoterapêutico com qualidade. (KNOWLTON e PENNA, 1996) 
Assunção et. al (2022) baseados nas ideias de Costa et. al. (2021) deixam claro que 
juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Plano Nacional de 
4 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
Medicamentos (PNM), a assistência farmacêutica e o cuidado farmacêutico, passaram por 
uma nova orientação nas atribuições do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de 
preconizar, a aquisição, distribuição, programação, utilização, controle de qualidade, 
prescrição e dispensação de medicamentos, por meio de abordagens educativas que 
sinalizem não só a importância do uso correto mas também dos riscos associados aos 
medicamentos. 
A portaria nº 585 de 29 de agosto de 2013, publicada pelo Conselho Federal de 
Farmácia (CFF), regulamentou as atribuições clínicas do farmacêutico contemplando as 
Intervenções Farmacêuticas (IF) - que tem por objetivo otimizar farmacoterapias e contribuir 
na promoção, proteção e recuperação da saúde de pacientes - e também observando o 
acompanhamento e conciliação farmacoterapêutica, através da realização de consultas e 
anamnese farmacêutica, determinando parâmetros bioquímicos e fisiológicos para 
monitoramento de farmacoterapia, e realizando, no âmbito de sua competência,a 
administração e Prescrição Farmacêutica (PF). (ASSUNÇÃO, et. al, 2022) 
Sobre a Prescrição Farmacêutica, a Portaria do Conselho Federal de Farmácia (CFF) 
n° 586 de 29 de agosto de 2013, determina que a prática seja realizada com vista às 
necessidades de saúde dos pacientes e na indicação de medicamentos terapêuticos que não 
exijam prescrição médica. (ASSUNÇÃO, et. al, 2022) 
A prescrição farmacêutica passa a ter um importante e fundamental na vida das 
pessoas, porque além de colaborar com a saúde, é através dela que os farmacêuticos, únicos 
profissionais da saúde com conhecimento técnico adquirido na graduação, podem auxiliar em 
relação ao uso racional de medicamentos. (ENEFAR, 2013). 
A esse respeito, é de extrema importância deixar claro que, antes de qualquer 
prescrição farmacêutica, é necessário que se faça a Anamnese farmacêutica, que é 
inicialmente é uma prática que consiste em uma entrevista clínica, realizada com o paciente, e 
tem como foco três pontos: perfil do paciente, história clínica e história farmacoterapêutica. 
Através da mesma, é possível obter dados subjetivos e objetivos que orientam a conduta na 
elaboração do plano terapêutico (Brasil, 2015). 
Junior e Abreu (2021) baseados nas ideias de Kishi et al. (2010) deixam claro que a 
anamnese farmacêutica visa avaliar diversas situações, dentre elas: qual é o medicamento que 
está sendo solicitado pelo paciente, o motivo pelo qual está sendo solicitado, há quanto 
tempo o paciente possui os sintomas, qual é a condição do paciente (idoso, adultos, crianças, 
gestante ou lactante), se o paciente já foi avaliado por um médico, algum histórico de ingestão 
de álcool, idade do paciente, situações que podem contraindicar o uso de algum MIP, alergia 
há algum medicamento, uso concomitante de algum medicamento e uso anterior de algum 
medicamento diferente para o sintoma apresentado. 
Para que os objetivos da Anamnese sejam alcançados com sucesso, alguns elementos 
precisam ser seguidos pelos farmacêuticos: identificação, queixa principal ou demanda, 
história da doença atual (HDA), história médica pregressa (HMP), história familiar (HF), 
história pessoal – fisiológica e patológica – e social (HPS), e revisão por aparelhos (RA) ou 
por sistemas (RS) (SOUZA, et al. 2015). 
Souza, et al. (2015), esclarecem que a identificação do problema de saúde do paciente 
ocorre pela análise dos sinais e/ou sintomas. Baseado nas informações sobre início, duração, 
frequência, localização precisa, características e gravidade, em qual momento do dia ou em 
que circunstâncias surgem ou desaparecem e fatores que agravam ou aliviam. Estas 
informações permitem ao farmacêutico fazer a triagem do paciente em relação à gravidade do 
problema de saúde. Em alguns casos, a prescrição deverá incluir um encaminhamento a outro 
profissional ou serviço de saúde. 
Após realizar a entrevista com o paciente, se o farmacêutico entender que não é 
necessário o encaminhamento para outro profissional e que o caso pode ser solucionado com 
5 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
a prescrição farmacêutica, o passo seguinte é elaborar juntamente com o paciente um plano de 
cuidado que atenda às necessidades citadas pelo paciente. 
O plano de cuidado deve ser construído em conjunto com o paciente e incluir uma 
síntese da situação, os detalhes sobre a intervenção para a resolução da necessidade e do 
problema de saúde do paciente, os objetivos terapêuticos e os parâmetros para avaliação dos 
resultados (SOUZA, et al., 2015 apud CIPOLLE, et al 2012) 
Algumas condutas podem ser adotadas tais como terapias farmacológica e não 
farmacológica, o encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde, e/ou outras 
intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente. (SOUZA, et al., 2015) 
Souza, et al. (2015), explicam cada uma delas: 
Terapia Farmacológica: deve resultar de um processo de decisão que considere 
necessidade e o problema de saúde do paciente, a efetividade e a segurança dos 
medicamentos, as características do paciente e a presença de situações especiais e precauções. 
Deve ainda ser baseada nas melhores evidências disponíveis e considerar a definição dos 
seguintes componentes: indicação clínica, objetivo terapêutico, meta terapêutica, via de 
administração, classe farmacológica e princípio ativo, medicamento e por fim regime 
terapêutico. 
Terapia não farmacológica: nesta terapia podem incluir recomendações de mudanças 
de hábitos de vida, dietéticas ou do ambiente, entre outras intervenções educativas. A opção 
por terapia não farmacológica contempla critérios similares aos da farmacológica, sendo 
importante levar em consideração a necessidade e o problema de saúde do paciente, as 
situações especiais e as precauções, e as melhores evidências de efetividade e segurança. 
É de extrema importância deixa claro que para a prescrição de ambas as terapias, 
devem ser consideradas as doses, a frequência de administração, a duração do tratamento e as 
contraindicações. 
Encaminhamento: quando o farmacêutico decidir que o melhor para o paciente for a 
prescrição de encaminhamento a outro profissional ou serviço da saúde, ele deve ter claro em 
sua mente que é necessário diferenciar os casos de maior gravidade, que requerem 
atendimento imediato, daqueles de gravidade leve ou moderada. Desta forma, este 
encaminhamento deve ser anotado em uma receita, descrito no prontuário do paciente e 
registrado em um documento, chamado de “Encaminhamento”, destinado a outro profissional 
ou serviço de saúde, em que constam as justificativas pelas quais o paciente teve esta 
prescrição. 
Outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente: O farmacêutico deve 
garantir que o paciente entenda o seu problema de saúde, as intervenções realizadas, o plano 
de cuidado a ser seguido e a avaliação dos resultados. A orientação ao paciente deve ser 
precisa em relação à sua necessidade, condição socioeconômica e nível cultural, 
complexidade do tratamento, entre outros fatores. 
As principais orientações ao paciente devem ser: como seguir o plano de cuidado, 
como utilizar corretamente os medicamentos e a terapia não farmacológica, quais são os 
efeitos esperados, e quanto tempo aguardar para que eles ocorram, o que fazer, caso os sinais 
e/ou sintomas não melhorem com as medidas adotadas, reações adversas a medicamentos e as 
interações medicamentosas relevantes e informações relativas ao armazenamento do 
medicamento e de outros produtos relacionados à saúde. 
Tendo por base as leituras realizadas, percebe-se o quanto é importante atenção 
farmacêutica na vida das pessoas e quanto muito vezes ela ajuda a solucionar problemas sem 
precisar sobrecarregar as unidades básicas de saúde e os hospitais. 
 
 
 
6 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
3 FITOTERAPIA 
 
A Fitoterapia é a ciência que estuda a utilização dos produtos de origem vegetal com a 
finalidade terapêutica para prevenir, atenuar ou curar um estado patológico (CARVALHO, 
2012). Também é considerada uma ciência que estuda as plantas medicinais e suas aplicações. 
A Fitoterapia, significa o tratamento através das plantas, é um método aplicado desde 
as mais remotas civilizações até os tempos atuais. A fitoterapia sempre existiu na vida de toda 
população, tempos atras o que salvava vidas, tratava problemas de saúde e prevenia doenças 
eram as plantas e os produtos naturais. 
E segundo Arnous et al. (2005) a sabedoria popular é ainda hoje, segundo pesquisas, 
uma importante ferramenta de prevenção, promoção e tratamento de saúde. 
No Brasil, o uso da fitoterapia baseada no conhecimento popular é uma prática 
comum. Devido à imensa biodiversidade brasileira, a cada momento novas descobertas 
aumentam a listagem destas plantas indicadas para uso terapêutico (BRASÍLIA, 2007). 
A transmissão do conhecimento sobre plantas medicinais atravessa séculosde nossa 
sociedade e passa de geração em geração por meio da palavra. Porém o que se percebe-se é 
que aos poucos essa cultura está se perdendo um pouco, pois as novas gerações buscam meios 
mais modernos de comunicação, e deixam de lado o poder das palavras e o conhecimento das 
pessoas mais velhas. Através de pesquisas realizadas o que se percebe é que as classes sociais 
mais pobres e carentes são as que demostram maior interesse nestes saberes populares. Isto 
também demonstra que o conhecimento, tanto do paciente como dos profissionais, sobre estas 
terapias acontece principalmente por meio do senso comum (ARNOUS et. al. 2005) 
Santos et. al. (2013), baseados na Resolução da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária – ANVISA (2010) afirmam que um medicamento fitoterápico é todo medicamento 
obtido empregando-se matérias-primas ativas vegetais com conhecido efeito farmacológico 
validado por estudos etno-farmacológicos, documentações tecno-científicas ou ensaios 
clínicos. Destacando que estes medicamentos possuem propriedades de cura, prevenção, 
diagnósticos ou tratamento sintomático de doenças. 
Existem vários produtos farmacêuticos e destaca-se que mais de oitenta deles possuem 
componentes ativos retirados direta ou indiretamente de fontes naturais. Estes princípios 
ativos são sintetizados a partir dos nutrientes, da água e da luz que as plantas recebem, 
fazendo com que a planta seja classificada como medicinal, pois contém um ou mais 
princípios ativos que lhe confere atividade terapêutica (BRASIL, 2010). 
A procura dos medicamentos e produtos naturais também tem aumentado porque eles 
passaram a ser sinônimos de produtos saudáveis, seguros e benéficos (Mengue et al. 2001). 
Além desses fatores, o aumento do uso das plantas medicinais também pode ser explicado 
pelo avanço na área científica que permitiu o desenvolvimento de fitoterápicos mais 
confiáveis e eficazes. 
Porém, ainda faltam estudos científicos que comprovem a utilização segura e eficaz de 
algumas plantas e existem algumas pendências como documentos, bibliografias adequadas, 
preenchimentos dos formulários de petição, rótulos e bulas que estão fora dos padrões 
referentes à legislação, ausência de relatórios de produção, estudos e controle de qualidade. 
(BRASIL, 2010). 
Assim como todo e qualquer medicamento, tanto os fitoterápicos quanto os demais e 
as plantas medicinais, possuem benefícios, mas também pode apresentar alguns malefícios se 
forem utilizados sem a devida orientação correta. 
A esse respeito Teixeira e Santos (2011) argumentam que os fitoterápicos e as plantas 
medicinais apresentam em sua composição uma diversidade de substâncias complexas que 
são capazes de provocar diversas reações no nosso organismo, sendo elas benéficas ou 
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Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
maléficas, lembrando que também podem ser responsáveis por ocasionar efeitos sinérgicos e 
antagônicos quando associadas a outros medicamentos. 
Com isso, as interações medicamentosas, juntamente com as intoxicações, constituem 
os maiores riscos do uso indiscriminado destes medicamentos como efeitos adversos, visto 
que, a maior parte destes, possuem efeitos adversos desconhecidos (TEIXEIRA e SANTOS, 
2011) 
Deste modo pode-se afirmar que o uso irracional de plantas medicinais e de 
fitoterápicos podem trazer diversos riscos à saúde, pois os possíveis agentes tóxicos que estão 
presentes nas plantas, sua forma de cultivo, e a comprovação da sua capacidade terapêutica 
são muitas vezes desconhecidos pela população. (FONTENELE; et al. 2013). 
Portanto, se faz necessário salientar a importância da capacitação dos profissionais de 
saúde a fim de prestar orientações corretamente a população acerca do uso racional deste tipo 
de medicamentos com intuito de fazer com que os riscos advindos da utilização 
indiscriminada destes possam ser evitados (FONTENELE; et al. 2013). 
Tendo por base os artigos acima descritos nota-se o quanto a fitoterapia pode ser 
benéfica para a população se orientada da maneira correta e acompanhada por um profissional 
qualificado, sendo ela uma alternativa natural e de baixo custo. 
E será que plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos são a mesma coisa? 
Segundo Alexandre et al. (2008a), as plantas medicinais e os medicamentos 
fitoterápicos são constituídos de misturas complexas de substâncias bioativas, denominadas 
de metabólitos secundários, que podem ser responsáveis por ações polivalentes. Isso significa 
que alguns efeitos indesejáveis podem surgir como consequência de seu uso, tendo por 
exemplo efeitos colaterais, intoxicação, aborto, entre outros. 
A Fitoterapia é uma ciência que utiliza a planta medicinal e o medicamento 
fitoterápico. No qual pode-se dizer que a planta medicinal, é a planta propriamente dita, sendo 
ela in natura ou processada. E o fitoterápico, é o medicamento ou o produto usado para aliviar 
ou curar sintomas. 
As plantas medicinais podem desencadear reações adversas dependendo dos seus 
constituintes químicos. Além disso, erros na identificação de espécies de plantas e uso 
diferente da forma tradicional podem ser perigosos, levando a superdoses, inefetividade 
terapêutica e reações adversas (WHO, 2002). 
De acordo com Franca et. al. (2021), as plantas medicinais são aquelas que têm 
tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso 
conhecer a planta e saber onde colhê-la e como prepará-la. 
Os medicamentos fitoterápicos ou produtos fitoterápicos surgem, quando a planta é 
submetida a um processo de industrialização. Esse processo evita contaminações e garante a 
qualidade e a eficácia do produto. Sua quantidade é padronizada, na quantidade e na forma 
correta que deve ser usada, resultando deste jeito maior segurança quanto for disponibilizada 
para o uso da população. 
Todo medicamento fitoterápico deve ser produzido em laboratório autorizado e obter 
registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), antes de ser comercializado. 
A fitoterapia utiliza tanto a planta medicina, quanto o fitoterápico, e nota-se que em 
ambos os casos não há o isolamento dos princípios ativos, porém há uma diferença entre o 
manuseio e o preparo dos dois produtos. (FRANCA et. al.,2021) 
O conhecimento das plantas é obtido pela maioria da população através da tradição 
oral, ou seja, o conhecimento que é transmitido verbalmente de geração para geração, e na 
maioria das vezes são utilizados de forma autônoma, o que pode ser considerado um grande 
problema, pois nem sempre as pessoas têm conhecimento dos riscos que estão correndo. 
Conforme a RDC 26/2014 da ANVISA os medicamentos fitoterápicos possuem maior 
segurança de utilização, porque passam por ensaios pré-clínicos e clínicos e por possuírem 
8 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
marcadores estabelecidos e controle de qualidade, o que garante maior segurança de 
utilização. (FRANCA et. al.,2021 apud BRASIL, 2014)) 
No Brasil, a RDC 26/ 2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), 
do Ministério da Saúde, dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a 
notificação de produtos tradicionais fitoterápicos, sendo responsável pelo controle na 
produção e distribuição desses produtos. Com relação às plantas medicinais, sob a forma de 
droga vegetal, doravante denominadas chás medicinais, estas são dispensadas de registro, 
devendo ser notificadas de acordo com o descrito nesta Resolução na categoria de produto 
tradicional fitoterápico (BRASIL, 2014). 
O Brasil, com sua biodiversidade e solo rico, é um país que pode contribuir 
significativamente para o avanço da fitoterapia, pois dessa forma detém uma imensa gama de 
plantas medicinais, com milhares de espécies já identificadas e ainda várias por conhecer, 
permitindo acesso fácil e custo barateado à população (Brandão et al. 2006). 
O farmacêutico, é umdos profissionais da área da saúde que pode contribuir e garantir 
a promoção do uso racional da fitoterapia para a população. A Resolução nº 06 de 2017 do 
Ministério da Educação instituiu as Novas Diretrizes Nacionais (DCNs) do curso de farmácia, 
no qual direciona o desenvolvimento de habilidades e competências para o cuidado em saúde, 
visando a formação de farmacêuticos que promovam cuidado direto ao paciente e 
comunidades, de forma multidisciplinar em prol da saúde pública. Sendo que através desta 
formação, o farmacêutico poderá contribuir mais efetivamente para a prática do cuidado e 
para a fitoterapia. (BRASIL, 2017) 
Dentro da grade curricular do curso de farmácia, existem algumas disciplinas 
obrigatórias, que possibilitam o acadêmico que está buscando sua profissão farmacêutica, o 
estudo sobre a identificação de vegetais, de plantas medicinais e fitoterápicos. Mas outro fator 
que agrega ainda mais valor ao profissional farmacêutico, em relação ao uso racional da 
fitoterapia é o desenvolvimento da prática profissional voltada para a Atenção 
Farmacêutica/Assistência Farmacêutica. 
Através da Atenção Farmacêutica, o profissional farmacêutico possibilita ao paciente, 
um entendimento sobre a planta ou medicamento que está sendo indicado para os sintomas 
existentes, e colabora para que o uso seja feito da forma correta e mais segura possível. 
A atuação do farmacêutico na fitoterapia permite uma ligação entre o conhecimento 
popular e o científico, promovendo e garantindo o uso racional da fitoterapia. 
Outro papel importante do farmacêutico na fitoterapia é a prescrição de fitoterápicos, 
que embora seja uma área recente e em desenvolvimento, sendo a terapia medicinal mais 
antiga do mundo, sempre foi prescrito por médicos. (MARQUES, et al. 2019). 
Para regulamentar as atribuições farmacêuticas foram criadas as RDC’S n° 585, de 29 
de agosto de 2013 e nº 586, de 29 de agosto de 2013 pelo Conselho Federal de Farmácia 
(CFF), sendo que a RDC nº 586/13 fala sobre as especificações para a prescrição. 
(MARQUES, et al. 2019). 
Os medicamentos fitoterápicos prescritos por farmacêutico são limitados, pois existem 
alguns que não pertencem à lista dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP’s) e só podem 
ser prescritos por médicos. 
Marques et al. (2019) a esse respeito, esclarecem que essas medidas foram tomadas 
para que, além da valorização do profissional, a população obtenha a prescrição farmacêutica 
de medicamentos fitoterápicos como primeira opção. Tendo o farmacêutico como um 
prescritor habilitado, competente e com conhecimento para ajudar a população nas questões 
de performance da planta medicinal e da melhor forma de utilizá-la. Embora a maioria dos 
medicamentos fitoterápicos sejam isentos de prescrição médica, não significa que seja livres 
de orientação, o que comprova a importância do conhecimento do profissional farmacêutico. 
9 
 
Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
E de acordo com a Resolução nº 546 de 21 julho de 2011, a prescrição do 
farmacêutico, deve ser realizada de forma clara e registrada em documento. Tendo por 
objetivo prevenir possíveis problemas relacionados ao uso dos fitoterápicos e das plantas 
medicinais, incentivar o paciente para que faça a adesão ao tratamento indicado, monitorar e 
avaliar a resposta terapêutica, além de aproximar mais o profissional do paciente. Contudo 
para tal atividade faz-se necessário que o farmacêutico tenha conhecimentos específicos e 
desenvolva habilidades de comunicação. (BRASIL, 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estágio Acadêmico II – Farmácia – 4º Período - Digital 
4 PRESCRIÇÃO DE FITOTERÁPICOS 
4.1 Ficha De Anamnese 
 
 
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4.2 Diabetes 
 
Nome Botânico: Bauhinia forficata 
Nome Popular: Pata de vaca 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactantes e pessoas que apresentam 
hipotireoidismo e distúrbios da coagulação sanguínea. 
Efeitos adversos: Pode causar diarreia, alteração no funcionamento dos rins ou até 
desenvolvimento de hipotireoidismo e bócio endêmico. 
Mecanismo de ação: A pata-de-vaca tem como sua principal função a ação hipoglicemiante, 
que pode ser utilizada no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. 
 
Nome Botânico: Syzygium cumini 
Nome Popular: Jambolão 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 2 ou 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactentes e para as pessoas com 
problemas renais e hepáticos. 
Efeitos adversos: Pode causar hipoglicemia, por isso pessoas com diabetes devem monitorar 
os níveis de açúcar no sangue ao consumir o chá. 
Mecanismo de ação: O jambolão possui função hipoglicemiante, adaptando as ações da 
insulina, regulando os níveis glicêmicos e influenciando no metabolismo e estoque de 
glicogênio hepático. 
 
Nome Botânico: Momordica Charantia 
Nome Popular: Melão de São Caetano 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 2 ou 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactentes, crianças e indivíduos 
com diarreia crônica, hipoglicemia, problemas hepáticos ou deficiência da enzima glicose-6-
fosfato desidrogenase (G6PD). 
Efeitos adversos: Pode causar dor abdominal, desconforto no estômago, úlcera gástrica, dor 
de cabeça, vômitos, diarreia, palpitação, nefrite ou sangramento vaginal. 
Mecanismo de ação: O melão de São Caetano ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue. 
 
Nome Botânico: Salvia officinalis 
Nome Popular: Salvia 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para pessoas alérgicas a esta planta, gestantes, lactentes 
e pessoas com epilepsia. 
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Efeitos adversos: Pode causar sensação de enjoo, calor, aumento dos batimentos cardíacos e 
espasmos epiléticos. 
Mecanismo de ação: A salvia ajuda no tratamento da diabetes, pois devido ao seu efeito 
hipoglicemiante e antioxidante, pode diminuir os níveis de açúcar no sangue. 
 
Nome Botânico: Ficuscarica 
Nome Popular: Figueria 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 1 ou 2 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactantes e pessoas com alergia a figos 
ou a outras plantas da família das Moraceae. 
Efeitos adversos: O chá de figueira pode causar queimaduras na pele, manchas e infecções 
bacterianas. 
Mecanismo de ação: Um extrato obtido das folhas melhora a sensibilidade à insulina e 
apresenta outras propriedades antidiabéticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.3 Obesidade 
 
Nome Botânico: Camellia sinensis 
Nome Popular: Chá Verde 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara de 2 a 4 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, pessoas com problemas renais, 
hepáticos ou cardiovasculares, gastrite, úlcera ou pressão alta e pessoas com problemas em 
relação ao sono. 
Efeitos adversos: Pode causar insônia, ansiedade, irritabilidade, náusea, taquicardia, 
irritações na mucosa do estômago, reações inflamatórias, interrupção do fluxo da vesícula, 
acúmulo de gordura no fígado e necrose. 
Mecanismo de ação: Substâncias presentes no chá verde auxiliam na redução da gordura 
corporal e na diminuição do peso corpóreo. 
 
Nome Botânico: Citrus aurantium 
Nome Popular: Laranja- amarga 
Parte utilizada: Casca 
Forma de utilização: Chá 
Posologiae modo de usar: 1 xícara 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactentes, pessoas com pressão alta, 
glaucoma, alergia ao pólen ou alimentos cítricos, arritmia e outras alterações cardíacas. 
Efeitos adversos: Pode causar aumento da pressão arterial, dor de cabeça, nervosismo, 
aumento dos batimentos cardíacos ou maior sensibilidade à luz. 
Mecanismo de ação: A laranja-amarga é um suplemento dietético para auxiliar no 
tratamento da obesidade, pois é rica em p-sinefrina, que ajuda a diminuir o apetite e aumentar 
o metabolismo. 
 
Nome Botânico: Hibiscus sabdariffa 
Nome Popular: Hibisco 
Parte utilizada: Flores 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactentes, pessoas com pressão baixa, 
doenças cardíacas graves, com cálculos renais. Pode interferir nos efeitos de alguns 
medicamentos e na fertilidade das pessoas. 
Efeitos adversos: Pode causar tontura, fraqueza, sonolência, enjoo, escurecimento da visão, 
desmaios, eliminação excessiva de eletrólitos, alteração dos níveis de estrogênio, dor de 
cabeça, náuseas, câimbras e problemas no fígado. 
Mecanismo de ação: A erva possui em sua composição polifenóis, principalmente 
antocianinas, flavonoides e outros compostos fenólicos, como o galoil, o ácido clorogênico, a 
quercetina e o ácido cafeico. Todos esses componentes contribuem com a perda de peso. A 
bebida promove também o controle do apetite. 
 
 
 
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Nome Botânico: Coffea arabica 
Nome Popular: Café 
Parte utilizada: Grão 
Forma de utilização: Bebida 
Posologia e modo de usar: 1 xícara de 150 ml 4 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, crianças menores de 12 anos de idade, 
pessoas com problemas de refluxo, úlceras e gastrite, por quem sofre de insônia, ansiedade, 
zumbido e labirintite. 
Efeitos adversos: Pode causar insônia, ansiedade, desidratação, dor no estômago, 
nervosismo, vômitos, aumento dos batimentos do coração, dificuldade para respirar 
e tremores. Quando a dose for muito alta pode até gerar overdose causando convulsões e até 
mesmo o óbito. 
Mecanismo de ação: O café favorece o emagrecimento e a manutenção do peso, pois a 
cafeína ajuda a controlar a fome temporariamente, contribuindo para a redução na ingestão 
de alimentos. Possui também propriedades termogênicas, aumentando levemente o gasto 
energético e a queima de gordura corporal. 
 
Nome Botânico: Zingiber oficinale 
Nome Popular: Gengibre 
Parte utilizada: Raiz 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara até 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, crianças, pessoas com cálculos da 
vesícula, irritação no estômago, pressão alta e com alterações na circulação sanguínea. 
Efeitos adversos: Pode causar arritmias e, dependendo da dose utilizada, algumas pessoas 
podem apresentar irritação no estômago, diarreia, cólicas, pressão alta ou baixa e tonturas. 
Mecanismo de ação: O gengibre tem ação diurética, contribuindo para a eliminação do 
excesso de líquido corporal. Além disso, também é termogênico, o que aumenta o gasto 
calórico e favorece a queima de gordura, promovendo o emagrecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.4 Doenças do Sistema Imunológico 
 
Nome Botânico: Coriandrum sativum 
Nome Popular: Coentro 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 2 a 4 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes, lactentes, para quem está tentando 
engravidar e pessoas com hipersensibilidade ao coentro. 
Efeitos adversos: Pode causar reações alérgicas em pessoas hipersensíveis, tais como 
dificuldade para respirar, coceira na pele, distensão abdominal e vômito. 
Mecanismo de ação: O coentro é uma planta com uma boa concentração de vitamina A e 
vitamina C, deste modo favorece o combate aos radicais livres, fortalecendo o sistema 
imunológico. 
 
Nome Botânico: Curcuma longa L. 
Nome Popular: Açafrão da terra 
Parte utilizada: Rizomas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 2 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes e pessoas com cálculos biliares, úlceras 
gastrointestinais, com distúrbios hemorrágicos. Não deve ser utilizado em casos de 
tratamento com medicamentos anticoagulantes. 
Efeitos adversos: Pode causar alterações na mucosa gástrica. 
Mecanismo de ação: O Açafrão da terra serve para fortalecer o sistema imunológico. 
 
Nome Botânico: Mikania glomerata 
Nome Popular: Guaco 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Xarope 
Posologia e modo de usar: Adultos: 15 ml 3 x ao dia / Crianças de 2 à 5 anos: de 2,5 à 5 ml 
3 x ao dia / Crianças maiores de 5 anos: 7 ml 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para crianças menores de 2 anos, pacientes com 
problemas hepáticos, com distúrbios de coagulação sanguínea e em mulheres com 
menstruações abundantes. 
Efeitos adversos: Pode causar aumento da pressão arterial, taquicardia, vômitos, diarreia e 
acidentes hemorrágicos. 
Mecanismo de ação: É indicado para tratar doenças respiratórias, como tosse, asma, 
bronquite, sinusite, rinite, enfisema pulmonar e coqueluche. Ele age como expectorante e 
broncodilatador, ajudando a eliminar o muco, a descongestionar os pulmões e a aumentar a 
passagem de ar pelos brônquios. 
 
Nome Botânico: Mentha spicata 
Nome Popular: Hortelã 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara 3 x ao dia 
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Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para pessoas com refluxo grave ou hérnia de hiato, 
pessoas com problemas na vesícula, gestantes, lactentes e crianças menores de 5 anos. 
Efeitos adversos: Pode causar azia, irritação do estômago, diarreia ou prisão de ventre e 
reações alérgicas na pele, como coceira, vermelhidão ou urticária. 
Mecanismo de ação: É rica em vitaminas e minerais como o cálcio, fósforo, ferro e potássio, 
além disso, tem propriedades antioxidantes e estimulantes da imunidade. Também possui 
propriedades analgésicas, digestivas, antigripais, descongestionante, anti-inflamatória, 
antibacteriana, antifúngica e antiviral. 
 
Nome Botânico: Ocimum baslium L 
Nome Popular: Manjericão 
Parte utilizada: Folhas 
Forma de utilização: Chá 
Posologia e modo de usar: 1 xícara até 3 x ao dia 
Via: Oral 
Contraindicações: É contraindicado para gestantes e mulheres que estão tentando 
engravidar. 
Efeitos adversos: Pode causar náuseas, diarreia, batimentos cardíacos acelerados ou danos 
no fígado. Pode também desregular o ciclo menstrual em mulheres ou reduzir a fertilidade 
em homens. Além de reduzir muito o açúcar no sangue e causar hipoglicemia. 
Mecanismo de ação: A planta é rica em nutrientes como vitaminas A, C e K, ômega-3, 
cálcio, magnésio, manganês, ferro e cobre. Além de reforçar o sistema imunológico, pode 
ajudar a reduzir o estresse, aliviar os sintomas de resfriados e melhorar o sistema digestivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 PESQUISA DE CAMPO 
 
Tendo por base a pesquisa realizada, os medicamentos fitoterápicos disponíveis na 
Unidade Básica de Saúde do Município de São Valentim são: Hedera Helix Xarope; Xarope 
de Guaco (Mikania) e Passiflora Incarnata 260 mg em comprimido. 
Sendo que de acordo com a farmacêutica responsável pela Unidade Básica de Saúde 
do Município ressaltou, que o município de São Valentim está em quinto lugar na Região 
Alto Uruguai em práticas integrativas. Dados disponíveis no Portal do Ministério da Saúde. 
Segue abaixo a tabela contendo a ação farmacológica dos medicamentose sua 
posologia. 
 
Medicamento Ação Farmacológica Posologia 
Hedera Helix 
Xarope 7mg/ml 
Xarope expectorante, 
mucofluidificante, 
indicado no 
tratamento para tosse 
produtiva, ou seja, 
com catarro. 
Crianças entre 2 e 5 anos: Ingerir 2,5ml, duas 
vezes ao dia. 
Crianças entre 6 e 11 anos: Ingerir 2,5ml, três 
vezes ao dia. 
Adultos (acima de 12 anos): Ingerir 5,0ml, 
três vezes ao dia. 
 
Xarope de 
Guaco 
(Mikania) 117, 6 
mg/ml 
Xarope expectorante, 
com ação 
broncodilatadora. 
Crianças entre 2 e 5 anos: Ingerir 5ml, três 
vezes ao dia. 
Crianças maiores de 5 anos: Ingerir 7ml, três 
vezes ao dia. 
Adultos: Ingerir 15ml, três vezes ao dia. 
 
Passiflora 
Incarnata 260 
mg em 
comprimido 
Indicado para o 
tratamento de 
ansiedade leve, 
estados de 
irritabilidade, agitação 
nervosa, tratamento de 
insônia e desordens da 
ansiedade. 
Adultos: Ingerir 2 comprimidos revestidos, 
duas vezes ao dia. 
 
Crianças menores de 12 anos não devem usar 
este produto sem orientação médica. 
 
 
 
 
 
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Tendo por base os artigos lidos, o conteúdo da disciplina e as aulas ministradas, ficou 
claro a importância dos medicamentos prescritos pelos médicos, mas também o quanto são 
importante os medicamentos fitoterápicos e as plantas medicinais. No qual muitas vezes, se 
tem o tratamento em casa para complementar o que foi prescrito pelo médico, tendo como 
resultado a melhoria dos sintomas de uma maneira mais rápida. 
É preciso destacar também que tanto os medicamentos propriamente ditos, quanto os 
fitoterápicos e as plantas medicinais, ambos possuem contraindicações e possíveis efeitos 
colaterais, que precisam ser analisados e explicados com clareza, para que não se tornem 
prejudicial para a saúde. 
E sobre a atenção farmacêutica, esta tem um papel fundamental na vida de todos, pois é 
através da mesma que o paciente pode obter um tratamento de sucesso, melhorando assim a 
sua qualidade de vida. Neste modelo de atendimento o farmacêutico desempenha a função de 
cuidar do paciente, promovendo a educação em saúde e o uso racional dos medicamentos. 
Sem contar que é através da Atenção Farmacêutica que muitos erros são evitados, 
muitas dependências de medicamentos são suspensas e até vidas podem ser são salvas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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julho de 2011.Dispõe sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos 
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