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Diagnóstico microbiológico das infecções do trato urinário (Urinoculturas) Prof. Alan Brito Infecções de TU ü Amostras de urina devem ser submetidas à cultura quando existem suspeitas de infecção do trato urinário, para controle de tratamento, ou em pacientes assintomáticos com alto risco de infecção; ü Agentes etiológicos mais freqüentes è Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus sp e Enterobacter sp. Entre os cocos Gram positivos destacam-se Staphylococcus saprophyticus, Streptococcus agalactiae e Enterococcus sp; ü ITU em pacientes ambulatoriais è > 70% de E. coli; ü Importância da análise conjunta de EAS (elementos anormais do sedimento) + urocultura Coleta do espécime clínico ü Primeira urina da manhã em frasco estéril de rosca e boca larga, anterior ao uso de antimicrobianos; ü Tempo transcorrido entre a coleta e início das análises è No máximo 1 hora. COLETA DO ESPÉCIME CLÍNICO 9 Primeira urina da manhã em frasco estéril de rosca e boca larga, anterior ao uso de antimicrobianos; 9 Tempo transcorrido entre a coleta e início das análises Ö No máximo 1 hora. Jato médio Mais apropriada para cultura Qualquer jato Crianças com auxílio de saco coletor Sonda vesical Não é ideal para culturas Punção suprapúbica Procedimento agressivo não muito utilizado Primeiro jato Utilizado para pesquisa de processo infecciosos de uretra Procedimento laboratorial Ø Microscopia pelo método de Gram ü Valor diagnóstico em casos de amostras coletadas através de punção supra-púbica; ü No caso de bacilos Gram negativos, reportar o número de microrganismos observados por campo de imersão; ü No caso de cocos Gram positivos, reportar apenas a presença dos microrganismos. Procedimento laboratorial Ø Cultura 1- Semeadura semi-quantitativa em placa ü Imergir alça calibrada de 0,001mL na amostra e depositar no centro do meio de cultura; ü Espalhar o material por toda a superfície do meio com o auxílio de uma alça de Drigalski; ü Meio de semeadura primária è CLED ou Brolacin; - Incubação è 35 ± 1oC / até 48h. Procedimento laboratorial PROCEDIMENTO LABORATORIAL - Interpretação dos resultados Contagem bacteriana Resultado - Sem crescimento - Cultura negativa - Até 10.000 UFC/mL - Provável contaminação - 10.000 - 20.000 UFC/mL - Suspeita de infecção* - 20.000 - 105 UFC/mL - Infecção / Fazer identificação + TSA - t 105 UFC/mL - Infecção / Fazer identificação + TSA * Verificar a necessidade de realização de identificação e antibiograma PROCEDIMENTO LABORATORIAL 9 Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.1- TSI (“Triple Sugar Iron”) - Produção de gás à partir da glicose; - Fermentação de glicose, lactose e sacarose; - Produção de H2S 1 2 3 4 1- Sac (-), Lac (-), Gli (-), Gás (-) H2S (-) 2- Sac (-), Gás (-) H2S (+); 3- Sac (+), Lac (+), Gli (+), Gás (+) H2S (-) 4- Meio não inoculado Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.1- TSI (“Triple Sugar Iron”) ü Produção de gás a partir da glicose; ü Fermentação de glicose, lactose e sacarose; ü Produção de H2S. Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.2- SIM ü Produção de indol è Presença da enzima tripofanase quebrando o triptofano com producão de gás indol. Esse reagem com o reagente p- dimetil-amino-benaldeído dando uma coloração rosa; ü Motilidade; ü Produção de H2S à partir da quebra do tiossulfato de sódio. PROCEDIMENTO LABORATORIAL 9 Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.2- SIM - Produção de indol Ö Presença da enzima triptofanase quebrando o triptofano com produção de gás indol. Esse reage com o reagente p-dimetil-amino-benzaldeído dando uma coloração rosa - Motilidade; - Produção de H2S à partir da quebra do tiossulfato de sódio. Indol (+) H2S (+) Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.3- Citrato ü Veriricar a utilização do citrato como única fonte de carbono pelo microrganismo; ü A viragem do meio para azul se deve à sua alcalinização devido à liberação de grupo amina pela utilização do citrato. PROCEDIMENTO LABORATORIAL 9 Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.3- Citrato - Verificar a utilização do citrato como única fonte de carbono pelo microrganismo; - A viragem do meio para azul se deve à sua alcalinização devido à liberação de grupo amina pela utilização do citrato. Neg Pos Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.4- Degradação da uréia ü Veriricar a presença da enzima urease, a qual degrada a uréia levando a uma alcalinização do meio de cultura; ü O meio de cultura utilizado é o Rustigian & Stuart. PROCEDIMENTO LABORATORIAL 9 Identificação dos principais patógenos: 1- Família Enterobacteriacea 1.6- Degradação da uréia - Verificar a presença da enzima urease, a qual degrada a uréia levando a uma alcalinização do meio de cultura; - O meio de cultura utilizado é o Rustigian & Stuart + Identificação dos principais patógenos 1- Família Enterobacteriacea 1.5- Oxidase ü Pesquisa da enzima citocromo oxidase, uma enzima da cadeia respiratória; ü Reativo de Kovac’s è Formação do composto oxidade + Kovac’s (azul de indofenol), que substitui o oxigênio como receptor final de elétrons; ü As enterobactérias são oxidases negativas. Identificação dos principais patógenos 2- Staphylococcus saprothyticus ü Prova da catalase ü Prova da coagulase ü Fermentação de carboidratos (manose, trealose e manitol); ü Descarboxilação da ornitina; ü Resistência a novobiocina; ü Resistência à desferrioxamina; ü Produção de fosfatase alcalina; ü Produção de urease. Identificação dos principais patógenos 3- Streptococcus agalactiae ü Prova da catalase ü Padrão de hemólise; ü Teste CAMP; ü Sorologia. Identificação dos principais patógenos 4- Enterococcus sp ü Prova da catalase ü Padrão de hemólise; ü PYR, LAP, Hidrólise da esculina; ü Resistência ao NaCL 6,5%; ü Descarboxilação de arginina; ü Produção de pigmento; ü Motilidade; ü Fermentação de carboidratos (arabinose, rafinose, sorbose, sorbitol e manitol) DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO DAS INFECÇÕES DO TRATO INSTESTINAL COPROCULTURA Prof. Alan Brito Conceitos Ø Gastrenterites è Infecções intestinais que se caracterizam por dores abdominais, náuseas, vômitos e diarréia; Ø Diarréia è Descarga fecal múltipla envolvendo um distúrbio hidro-eletrolítico; Ø Disenteria è Infecção intestinal que se caracteriza pela presença de fezes muco sanguinolentas além do distúrbio hidro- eletrolítico; Epitélio Intestinal Flora Intestinal Ø As fezes contêm cerca de 1011 de bactérias por grama, dos mais diversos tipos: Ø Cocos e bacilos Gram-positivos; Ø Cocos, coco-bacilos e bacilos Gram-negatiovs; Ø Aeróbios e anaeróbios; Ø Vírus; Ø Fungos; Ø Parasitos, etc. Processo invasivo § Microrgan i smos invas ivos , capazes de destruir a mucosa; § Aderência às células epiteliais, penetração e mul@plicação celular, dando origem à síndrome disentérica. Modalidades de infecção intestinal Processo tóxico § Bactérias produtorasde enterotoxinas Modalidades da infecção Processo tóxico Bactérias produtoras de enterotoxinas. Processo invasivo Microrganismos invasivos, capazes de destruir a mucosa; Aderência às células epiteliais, penetração e multiplicação celular, dando origem à síndrome disentérica Modalidades da infecção Processo tóxico Bactérias produtoras de enterotoxinas. Processo invasivo Microrganismos invasivos, capazes de destruir a mucosa; Aderência às células epiteliais, penetração e multiplicação celular, dando origem à síndrome disentérica Sintomas associados a patogenicidade Parâmetro Sintomas com Produção de toxina Invasão tecidual Consistência das fezes Aquosa Pastosa Evacuações Inúmeras Poucas Vômitos Sim Não Febre Não Sim Desidratação Sim Pouca Tempo para o início dos sintomas Poucas horas a 2 dias 1 a 3 dias Leucócitos nas fezes Não Sim Sangue nas fezes Não Sim Muco nas fezes Não Sim Processo de adesão celular § Microrganismos fortemente aderidos às células intes@nais; § Desorganização das vilosidades intes@nais; § Alteração no fluxo de água e eletrólitos; § Podendo ou não ser microrganismos invasivos, capazes de penetrar na mucosa e se mul@plicarem; § Geralmente não são produtores de toxinas; § Exemplo: Escherichia coli enteropatogênica clássica (EPEC) Modalidades de infecção intestinal Três principais gêneros que podem produzir doença entérica primária (amplas epidemias de diarréia, casos esporádicos ou casos endêmicos): Ø Certas raças de Escherichia coli; Ø Salmonella, que é o agente e@ológico da febre @fóide e de outras salmoneloses; Ø Shigella, que é o agente da disenteria bacilar. Principais agentes de gastrenterites 1-‐ Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites Principais agentes de gastrenterites 1- Escherichia coli diarreicogênicas E. coli enteropatogênica clássica (EPEC) Especialmente em crianças; Íntima adesão bacteriana (A/E) E. coli enterotoxigênica (ETEC) Toxinas termolábeis (LT-I e LT-II); Toxinas termoestáveis (STa e STb); Toxinas do tipo I ou tipo A-B E. coli enteroinvasora (EIEC) Similaridade à Shigella. E. coli enterohemorrágica (EHEC) Colite hemorrágica; Síndrome hemolítica-urêmica. E. coli enteroagregativa (EAEC) Agregação celular (AA); “Empilhamento de tijolos”. 1-‐ Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enteropatogênica clássica (EPEC) • É normalmente causadora de surtos de diarreia não sanguinolentas que ocorrem frequentemente em crianças; • Muitos adultos possuem EPEC no trato intes@nal, porém não expressam os sintomas da doença è imunidade • O mecanismo de patogenicidade da EPEC não esta completamente definido, mas acredita-‐se que a aderência à mucosa intes@nal seja um importante factor para a colonização; • A bactéria destrói as microvilosidades sem invasão • Destruição das vilosidades intes@nais, com má absorção dos nutrientes e consequente diarreia osmó@ca; • Tem como consequências também febre, náuseas e vómitos. 1-‐ Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enterotoxigênica (ETEC) • É a causa mais comum de diarreia em turistas, tendo o período de incubação variando de 8 a 44 horas; • A duração da doença é curta, aproximadamente 24 a 30 horas; • O microrganismo deve conter o plasmídio codificante para a produção de pelo menos uma toxina; • O hospedeiro deve ingerir um número suficiente de células bacterianas; • Quando infectam atuam principalmente sobre o intes@no delgado; • Outros sintomas possíveis são dores violentas na zona do abdómen, vômitos, náuseas e febre baixa; • Produz uma ou mais toxinas que vão agir no intes@no delgado induzindo a liberação de fluido; • Não ocorre invasão nem dano à camada epitelial do intes@no delgado, o microrganismo apenas coloniza e liberta toxinas; • A doença pode ser perigosa para crianças devido à desidratação. 1-‐ Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enteroinvasora (EIEC) • Os sintomas são calafrio, febre, dores abdominais e disenteria; • A dose infectante é alta, sendo necessários muitos microrganismos para que surja a doença; • O período de incubação varia de 8 a 24 horas com média de 11 horas e a duração da doença é usualmente de vários dias. • O microrganismo invade células do epitélio intes@nal, mul@plica-‐se dentro destas células e invadem células epiteliais adjacentes provocando ulcerações do cólon, resultando finalmente em diarreia de sangue; • Aproximadamente 11 soro@pos são responsáveis por infecções de EIEC e o principal deles é O:124 1-‐ Escherichia coli diarreicogênicas Principais agentes de gastrenterites E. coli enterohemorrágica (EHEC) • Causa diarreia aquosa inicial que pode progredir em colite hemorrágica e síndrome hemolí@co-‐urêmica (que ocorre em 5% das infecções por EHEC); • Podem provocar anemia, trombocitopenia e insuficiência renal aguda potencialmente perigosa; • Entre os grupos patogénicos de Escherichia coli, este é provavelmente o mais importante em termos de infecções alimentares, e o principal soro@po envolvido é o O157:H7. 2-‐ Salmonella sp Principais agentes de gastrenterites ü Espécies è S.entericae S.bongori (antigamente sub-espécieV); ü S. enterica è Seis sub-espécies (I, II, IIIa, IIIb, IV, e VI); ü Sub-espécie I è Maioria dos sorotipos; ü Sorotipagem è Reações sorológicas para os antígenos O (somático) e H (flagelar); ü Salmonella ser. Typhi è Características bioquímicas peculiares; ü Salmonelas patogênicas è Capacidade de colonização às células M do intestino / sepse / febre tifóide / febre paratifóide / gastroenterites / colonização assintomática (cronicidade). 2-‐ Salmonella sp Principais agentes de gastrenterites v Gastroenterites ü A infecção humana por salmonelas não-tifóides é limitada ao intestino; ü No adulto são frequentemente chamadas de intoxicação alimentar; ü Clinicamente, caracteriza-se por diarréia aguda geralmente acompanhada de náuseas, dor de cabeça e, às vezes, febre e vômitos; ü O período de incubação, em média, é de 48 horas; ü Após o término da gastroenterite, a bactéria ainda é encontrada nas fezes durante quatro a cinco semanas. 2-‐ Salmonella sp Principais agentes de gastrenterites v Febre Tifóide ü É causada principalmente pela S. Typhi e ocasionalmente por outros sorotipos; ü Ocorre mais comumente em crianças, apresentando geralmente uma febre prolongada (10-14 dias), dor de cabeça, desconforto abdominal e letargia generalizada.; ü Cerca de 10% dos casos desenvolvem uma doença severa e uma possível complicação consiste na perfuração do intestino delgado. 3-‐ Shigella sp Principais agentes de gastrenterites ü São descritas 4 espécies de Shigella è S. dysenteriae (Grupo A), S. flexineri (Grupo B), S. boydii (Grupo C) e S. sonnei (Grupo D); ü Dentro das 4 espécies existem 43 sorotipos; ü Doença clínica também conhecida como Disenteria bacilar; ü Microrganismo de elevada capacidade invasiva; ü Produção da toxina Shiga (toxina tipo I ou tipo A-B); ü Dose infectante baixa (10 a 100 bactérias) Principais agentes de gastrenterites 3- Shigella sp 9 São descritas 4 espécies de Shigella Ö S. dysenteriae (Grupo A), S. flexineri (Grupo B), S. boydii (Grupo C) e S. sonnei (Grupo D); 9 Dentro das 4 espécies existem 43 sorotipos; 9 Doença clínica também conhecida como Disenteria bacilar; 9 Microrganismo de elevada capacidade invasiva; 9 Produção da toxina Shiga (toxina tipo I ou tipo A-B); 9 Dose infectante baixa (10 a 100 bactérias) 3-‐ Shigella sp Principais agentes de gastrenterites ü Período de incubação varia de 12 a 48 horas; ü Caracterizando-se por invasão e destruição da camada epitelial da mucosa, com intensa reação inflamatória; ü Geralmente o paciente apresenta leucócitos, muco e sangue nas fezes; ü Raramente a Shigella invade a circulação do paciente. Principais agentes de gastrenterites 3- Shigella sp 9 São descritas 4 espécies de Shigella Ö S. dysenteriae (Grupo A), S. flexineri (Grupo B), S. boydii (Grupo C) e S. sonnei (Grupo D); 9 Dentro das 4 espécies existem 43 sorotipos; 9 Doença clínica também conhecida como Disenteria bacilar; 9 Microrganismo de elevada capacidade invasiva; 9 Produção da toxina Shiga (toxina tipo I ou tipo A-B); 9 Dose infectante baixa (10 a 100 bactérias) 4-‐ Yersinia enterocoli4ca Principais agentes de gastrenterites • Causa comum de enterocolite na Escandinávia e outros países europeus e nas áreas mais frias da América do Norte; • Diretamente associada à ingestão de carnes, frutos do mar e água contaminada; • Período de incubação è 1 a 10 dias; • Sintomatologia è 1 a 2 semanas. 5-‐ Campylobacter Principais agentes de gastrenterites ü Campylobacter jejuni è Causa mais comum de gastrenterite bacteriana nos EUA; ü Fatores de virulência è Adesinas, enzimas citotóxicas e enterotoxinas; ü Os microrganismos são mortos quando expostos ao suco gástrico, de modo que condições que reduzem ou neutralizam a secreção gástrica ácida favorecem a doença 6-‐ Vibrio cholerae Principais agentes de gastrenterites ü Toxina colérica è CTX-A e CTX-B è Toxina tipo I ou A-B; ü Sub-unidades B è Se ligam aos receptores GM1 nas células epiteliais intestinais; ü Sub-unidade A è Interage com proteína G que controla a adenilato ciclase, levando a conversão catabólica de ATP em cAMP, ocasionando uma hiper secreção de água e eletrólitos; ü Infecção clínica è Popularmente conhecida como água de arroz. 7-‐ Outros agentes importantes Principais agentes de gastrenterites ü Clostridium difficille è Colite pseudo-membranosa; ü Bacillus cereus; ü Clostridium botulinum; ü Staphylococcus aureus; ü Etiologia viral. Principais agentes de gastrenterites 7- Outros agentes importantes 9 Clostridium difficille Ö Colite pseudo-membranosa; 9 Bacillus cereus; 9 Clostridium botulinum; 9 Staphylococcus aureus; 9 Etiologia viral Rotavírus Colite pseudo-membranosa Procedimento Laboratorial 1- Coleta do espécime clínico Ø As amostras de fezes devem ser colhidas no início da doença diarréica e antes de qualquer tratamento; Ø 1 a 2g de fezes (equivalente a 1 colher de sobremesa) representa uma amostra ideal; Ø No laboratório, as amostras devem ser semeadas o mais rápido possível; Procedimento Laboratorial 1- Coleta do espécime clínico Ø Quando presentes, devemos selecionar constituintes patológicos como muco, pus ou pedaços de epitélio; Ø Amostras que não puderem ser semeadas logo após a colheita devem ser colocadas em solução para transporte; Ø Meios de transporte è Glicerina tamponada, Cary-Blair e Água peptonada alcalina (APA); Ø Vibrio cholerae è “Swab” retal Procedimento laboratorial 1- Coleta do espécime clínico 1 a 2g de fezes no início do quadro diarréico antes de antibioticoterapia; Meios de transporte Ö Glicerina tamponada, Cary-Blair e Água peptonada alcalina (APA); Vibrio cholerae Ö “Swab” retal Procedimento Laboratorial 1.1- Amostras não aceitáveis Ø Amostras sem conservantes que foram obtidas há mais de 3 horas; Ø Mistura de várias amostras colhidas no mesmo dia; Ø Fezes líquidas colhidas ou enviadas em fraldas; Ø Amostras de fezes contaminadas com urina; Ø Amostras coletadas há mais de três dias. Procedimento Laboratorial 2- Meios de semeadura primária Ø Mac-Conkey ou EMB è Seletivo para bacilos Gram negativos e indicador da fermentação de lactose Procedimento Laboratorial 2- Meios de semeadura primária Ø Meio SS è Seletivo para Salmonella e Shigella; Ø Meio VB (verde-brilhante) è Isolamento de Salmonella; Ø Caldo de enriquecimento è Caldo Selenito e Tetrationato de sódio; Ø Meio de Skirrow è Isolamento de Campylobacter; Ø Meio TCBS (Ágar Tiossulfato citrato sais biliares e sacarose) è Isolamento de Vibrio; Ø Hektoen-Enteric (HE) è Isolamento de Salmonella e Shigella. Procedimento Laboratorial 3- Coloração pelo método de Gram Ø Não tem valor diagnóstico 4- Etapas iniciais de enriquecimento Ø Uma etapa de crioenriquecimento é indicado nos casos de suspeita de Yersinia enterocolitica. Procedimento laboratorial Espécime Clínico Mac-Conkey Agar SS Tetrationato ou Selenito Protocolos especiais Vibrio Campylobacter Yersinia S. aureus Identificação + Sorologia + TSA Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos A- Família Enterobacteriacea Salmonella Shigella E. coli Oxidase (-) + Fermentaçãode glicose (+) Lactose (-) / Sacarose (-) Glicose (+) / Indol (-) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (+) / Gás (+) / H2S (+) Lactose (-) / Sacarose (-) Glicose (+) / Indol (+/-) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (-) / Gás (-) / H2S (-) Lactose (+/-) / Sacarose (+/-) Glicose (+) / Indol (+) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (+/-) / Gás (+) / H2S (-) Sorologia / Reações Sorológicas Procedimento Laboratorial Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos B- Protocolos especiais b.1 – Yersinia enterocolitica Fezes em meio de transporte Crioenriquecimento Após 7 / 14 / 21 dias Mac-Conkey Indol (+/-) / Citrato (-) / Uréia (-) / Motilidade (-) / Gás (-) / Sacarose (+) / H2S (-) / Lactose (-) / Glicose (+) Sorologia Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos B- Protocolos especiais b.2 - Campylobacter Microaerofilia / 420C Meio Skirrow ou Campy-Bap Morfologia colonial / Hemólise em agar sangue / Catalase (+) / Oxidase (+) / Coloração de Gram da colônia / Uréia (+) / H2S (-) / Hidrólise do hipurato (+) / Procedimento Laboratorial Procedimento laboratorial 5- Identificação dos principais patógenos B- Protocolos especiais b.3 – Vibrio cholerae Meio TCBS Morfologia colonial / Oxidase (+) / Catalase (+) / Hidrólise da esculina (-) / Motilidade (+) / Indol (+) / Lactose (-) / Sacarose (+) Lisina (+) / Ornitina (+) Determinação de biotipo + Sorologia Exercício 1) Paciente masculino, 58 anos, e@lista há duas décadas, chega ao hospital com queixa de tosse com expectoração, febre há mais de três dias e dispneia aos menores esforços. O médico solicitou coleta de escarro para avaliação macroscópica e microscópica. A cultura em ágar sangue mostrou colônias alfa-‐hemolí@cas, catalase nega@vas e sensíveis à optoquina. O Gram mostrou diplococos gram posi@vos encapsulados. Foram encontrados 18 leucócitos por campo analisado e 5 células epiteliais. Com base nessas informações: a) Deve se solicitar uma nova amostra, uma vez que provavelmente o material coletado foi contaminado. b) Pode se dizer que a bactéria isolada é um Streptococcus pneumoniae. c) Suspeita-‐se que a bactéria isolada é um S. viridans. d) Não é possível realizar a iden@ficação do microrganismo isolado. e) A bactéria isolada sugere que o paciente possui uma faringoamigdalite, provavelmente causada por Moraxella catarrhalis. 2) Coloque (V) nas afirma@vas verdadeiras e (F) nas alterna@vas falsas. Jus@fique as alterna@vas consideradas falsas: a) ( ) Em uma amostra de TU, a contagem de 1x104 UFC/ml é indica@va de processo infeccioso, sendo necessário realizar iden@ficação do patógeno e an@biograma. b) ( ) Na inoculação de BAAR em sí@os não estéreis a descontaminação é obrigatória, já em meios estéreis, esses microrganismos podem ser inoculados diretamente. c) ( ) Exigência de fator X, V ou XV no meio de cultura para crescimento e possível satelis@smo com Staphilococcus são caracterís@cas da bactéria Haemophilus spp. d) ( ) O diagnós@co de micobactérias não leprae pode ser realizado a par@r de amostras de escarro, lavado gástrico, líquor e urina, entre outras. Exercício (3) Um estagiário do laboratório de Microbiologia Clínica recebeu uma lâmina contendo esfregaço de Escherichia coli e uma lâmina contendo esfregaço de Staphylococcus aureus para serem coradas pela coloração de Gram (cristal violeta, lugol, álcool, fucsina diluída). Após fixar os esfregaços pelo calor, o estagiário realizou a coloração, porém inverteu a ordem da u@lização dos corantes (fucsina, álcool diluído, cristal violeta, lugol). Qual foi o resultado da coloração observado ao microscópio para E. coli e S. aureus, respec@vamente? (A) Bacilos violeta-‐escuro e cocos vermelho-‐claros. (B) Bacilos vermelho-‐claros e bacilos violeta-‐escuro. (C) Bacilos e cocos vermelho-‐claros. (D) Bacilos e cocos violeta-‐escuro. (E) Cocos vermelho-‐claros e cocos violeta-‐escuro. Exercício
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