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1 UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Disciplina: Sociologia organizacional Nome: Polo: Paracambi Matrícula: 22213110013 AD2 – Unidade II – Atividade 3 Conforme Estival (2021), o campo sociológico caracteriza o grupo social como um determinado conjunto de indivíduos que possui relações estáveis, interesses comuns e sentimentos de identidade por meio de uma interação habitual. Desse modo, é possível construir laços compartilhados, e estabelecer maior consistência nas relações interpessoais em uma mesma unidade social, a fim de manter um vínculo favorável ao ambiente. Nesse contexto, o autor afirma que o papel social é um conjunto de funções que cada pessoa desempenha em decorrência do status que ocupa, ou seja, é o papel dinâmico do status. Segundo Berger (1995), esse papel reflete um modelo a ser adotado, sendo relacionado a emoções e atitudes vivenciadas, como, por exemplo, as habilidades de um soldado ao vestir uma farda militar. Assim, o papel social compõe a identidade do indivíduo. Todavia, vale ressaltar que tais papéis são atribuídos pela sociedade de modo não planejado e pensado, por isso seria equivocado julgar determinadas questões sociais como uma conspiração em que se escolhe um alvo e se exige um comportamento específico a partir de um papel social (BERGER, 1995). Segundo Estival (2021), os estudos sociotécnicos são capazes de retratar a identidade social e apresentar como o indivíduo constrói ativamente a sua identidade, dentro do contexto do seu círculo de trabalho. Para o autor, desde suas escolhas e do sentido que concedem à sua ação, as pessoas agem em sociedade relacionando-se com os outros e colaborando para o mundo social em que vivem baseados nessas interações. Dessa maneira, são formadas e institucionalizadas as regras que compõem o sistema social com o qual interagem. Posteriormente, essas regras atuarão nas escolhas do indivíduo, nos padrões culturais e nos mecanismos de decisão. Porém, não existe necessariamente uma divisão entre estruturas informais e regras. Eles não mais são vistos como elementos inversos, mas sim como elementos 2 que se influenciam de modo mútuo na criação do mundo social no qual vivemos.(ESTIVAL, 2015). De acordo com Estival (2021), os grupos e organizações sociais são definidas por um conjunto de indivíduos que interagem uns com os outros durante certo período de tempo. Podem se dividir em: Grupos primários, envolvendo família, amigos, ou aqueles com quem o indivíduo interaja mais pessoalmente; Grupos Secundários, incluindo colegas em geral, vizinhos, professores, patrões, secretárias e pessoas que o indivíduo trata de maneira impessoal por não ter pouco ou nenhum contato íntimo, restrito. Portanto, a relação interpessoal permite estabelecer trocas de experiências culturais, ideológicas, emocionais, dentre outras, que sejam capazes de expandir a concepção de vida. Ao fazer parte de diferentes grupos de pessoas no decorrer da trajetória da vida, o indivíduo, muitas vezes, por escolha própria ou por motivos externos à sua vontade, interage com o meio tanto influenciando como sendo influenciado nas tomadas de decisão decorrentes das organizações de trabalho. Dessa forma, o contato com a pluralidade de ideias de diversos grupos sociais, impactam diretamente na formação de valores, aspectos educacionais e visões de mundo. Isso se reflete até mesmo na cultura organizacional de uma empresa, em que determinados costumes praticados, reiteradamente pelos colaboradores, são capazes de constituir uma identidade única para aquele grupo. Tal situação pode afetar no desempenho satisfatório ou não da organização, como, por exemplo, na flexibilidade de gerenciar as atividades em grupo. Por isso, a influência de atores nas organizações de trabalho exerce um papel determinante para as decisões satisfatórias resultando em escolhas eficientes. Referências bibliográficas ESTIVAL, K.G.S.. Sociologia organizacional. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]: CAPES: UAB, 2021. BERGER, Peter L. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.