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APOSTILA_LPT_II 2013

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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS - II 
ALUNO:						R.A.
CURSO:						UNIDADE:
TURMA:						SEMESTRE/ANO:
PROFESSOR: Ivani Ferreira Dias Meneses Costa
PLANO DE ENSINO – 2013
DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL II
POSIÇÃO NA GRADE DO CURSO: 2º  SEMESTRE LETIVO 
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL:  40 HORAS / AULA
EMENTA: O curso articula-se em sequencias didáticas que enfocam a progressão do repertório de textos representativos de cada modalidade, argumentação do texto e o seu planejamento, contemplando sua revisão, refacção e avaliação, inserindo, ainda, temas políticos, sociais e econômicos contemporâneos, aderentes à área específica da carreira.
OBJETIVOS: Desenvolver no aluno as competências necessárias para o planejamento de textos de diferentes organizações macroestruturais, usando com proficiência a argumentação nos textos escritos.
METODOLOGIA DE ENSINO: Aulas expositivas, Conexão Saber, trabalhos individual e em grupo, leitura e produção de textos diversos, atividades diversificadas, reescrita de textos dos alunos.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO: Avaliação contínua, tendo como possíveis instrumentos: Produção textual; Análise de textos; Reescrita de produção textual; realização de atividades diversas, avaliação única, individual e escrita, tendo em vista conteúdos de leitura e de produção de texto. As avaliações serão, sempre, a critério do professor.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO / CRONOGRAMA:
	SEMANAS
	CONTEÚDO
	1
	APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO DO SEMESTRE.
	2
	GÊNEROS TEXTUAIS
	3
	A DESCRIÇÃO – TEORIA. Acentuação gráfica.Produção textual. Interpretação de texto
	4
	ANÁLISE DE TEXTOS DESCRITIVOS. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto. 
	5
	PRODUÇÃO DE TEXTOS DESCRITIVOS. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	6
	A NARRAÇÃO – TEORIA. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	7
	ANÁLISE DE TEXTOS NARRATIVOS. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	8
	PRODUÇÃO DE TEXTOS NARRATIVOS. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	9
	A DISSERTAÇÃO – TEORIA. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	10
	ANÁLISE DE TEXTOS DISSERTATIVOS. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	11
	PRODUÇÃO DE TEXTOS DISSERTATIVOS. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto. 
	12
	AV1
	13
	A INJUNÇÃO – TEORIA. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto. Devolutiva da AV1
	14
	A INFORMAÇÃO – TEORIA. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	15
	A INFORMAÇÃO. Gramática de uso. Produção textual. Interpretação de texto
	16
	RESUMO E RESENHA II
	17
	AV2
	18
	RESUMO E RESENHA II. Devolutiva da AV2	
	19
	AV3
	20
	Devolutiva da AV3
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BLIKSTEIN, Isidoro. Técnicas de comunicação escrita. 4. ed. São Paulo: Ática, 1987. 
BOAVENTURA, Edivaldo. Como ordenar as ideias. 8. ed. São Paulo: Ática, 2002. 
CITELLI, Adilson. Linguagem e Persuasão. 15. ed. São Paulo: Ática, 2002. 
GARCIA, Othon. M. Comunicação em prosa moderna. 14. ed. RJ: Fundação Getúlio Vargas, 1988. 
KLEIMAN, A. Oficina de leitura: teoria & prática. Campinas: Pontes/Editora da Unicamp, 1993. 
KOCH, I. G. V. A interação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1997. 
KOCH, I. V. e TRAVAGLIA, L. C. . Texto e coerência. São Paulo: Cortez, 1989. 
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. S. Paulo: Cortez, 2001. 
ROJO, R. H. (org.). A prática da Linguagem na sala de aula. SP: EDUC/ Mercado das Letras, 2000. 
SOARES, M. B.; CAMPOS, E. N. Técnica de Redação. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978. 
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.  
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. 11. ed. São Paulo: Ática, 2001. 
FARACO, C. A.; TEZZA, C. Prática de texto para estudantes universitários. Petrópolis: Vozes, 1992. 
KLEIMAN, A. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas: Pontes, 1987.
PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1983. 
SERAFINI, M. T. Como escrever textos. 10. ed. Col. dirigida por Humberto Eco. SP: Globo, 2000. 
VALENTE, André. A linguagem nossa de cada dia. Petrópolis: Ed. Vozes, 1977.
VIANA, A. C. Roteiro de Redação: lendo e argumentando. 1. ed. São Paulo: Scipione, 1999. 
VANOYE, F. Usos da linguagem: problemas e técnicas na produção... SP: Martins Fontes, 1998.
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APRESENTAÇÃO VISUAL DA REDAÇÃO
O aluno deve preencher corretamente todos os itens do cabeçalho com letra legível.
Centralizar o título na primeira linha, sem aspas e sem grifo.
Pular uma linha entre o título e o texto para então iniciar a redação.
Fazer parágrafos distando mais ou menos três centímetros da margem e mantê-los alinhados.
Não ultrapassar as margens (direita e esquerda) e também não deixar de atingi-las.
Evitar rasuras e borrões. O erro deverá ser anulado com um traço apenas.
Apresentar letra legível, cursiva ou de forma.
Distinguir bem as maiúsculas das minúsculas, especialmente no uso de letra de forma.
Não exceda o número de linhas pautadas ou pedidas como limites máximos e mínimos. 
Escrever apenas com caneta preta ou azul. O rascunho ou esboço das idéias podem ser feitos a lápis e rasurados. O texto não será corrigido em caso de utilização de lápis ou caneta vermelha, verde, etc. na redação definitiva.
Lembretes
Antes de começar a escrever, faça um esquema de seu texto, dividindo em parágrafos as idéias que pretende expor. Isso evita repetição ou esquecimento de alguma idéia.
Cheque se os pontos de vista que você vai defender não são contraditórios em relação à tese.
Não tenha preguiça de refazer seu texto várias vezes. É a melhor maneira de se chegar a um bom resultado.
Enquanto escreve, tenha sempre à mão um dicionário para checar a grafia das palavras e descobrir sinônimos para evitar repetições desnecessárias.
Escreva o que você pensa sobre o tema dado e não o que você acredita que o corretor do texto gostaria que fosse escrito. Jamais analise os temas propostos movido por emoções exageradas. Nunca se dirija ao leitor.
Não escreva sobre o que você não conhece, arriscando-se a incorrer em erros e imprecisões de conteúdo.
Não use a 1a pessoa do singular ou plural; use a 3a pessoa do singular ou plural. Abandone de vez expressões como “Na minha opinião”, “Eu acho que”, “Bom, eu...”.
 Não empregue palavras cujo significado seja desconhecido para você. Evite utilizar noções vagas, como “liberdade”, “democracia”, “injustiça”, “conscientização” ─ termos que têm um significado tão amplo que chegam a não significar nada.
Evite expressões do tipo “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” ─ são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e subjetivos.
Evite o lugar-comum: frases feitas e expressões cristalizadas, como “a pureza das crianças” e “a sabedoria dos velhos”. Há crianças e velhos de todos os tipos.
Evite também gírias e a palavra “coisa” (procure o vocabulário adequado a cada idéia). Não use o “etc.”, nem abrevie palavras.
Procure não embromar, tentando preencher mais algumas linhas. Cada palavra deve ser fundamental e informativa na redação.
Não repita idéias tentando explicá-las melhor. Se você escrever com clareza, uma vez só basta.
Cuidado com o uso inadequado de conjunções. Elas podem estabelecer relações que não existem entre as frases e tornar o texto sem nexo.
Se formular uma pergunta na tese, responda-a ao longo do texto. Evite interrogações na argumentação e jamais as utilize na conclusão. Para aprofundar seus argumentos, suas afirmações, use exemplos, fatos notórios ou históricos, conhecimentos geográficos, cifras aproximadas e informações adquiridas através de leitura, estudo e aquisições culturais.
Respeite os limites indicados: evite escrever demais, pois você corre o risco de entediar o leitor e cometer erros.
Evite orações demasiadamente longas e parágrafos de uma só frase.
Dê um título coerente ao assunto abordado em seu texto.
Releiao texto depois de rascunhá-lo, para observar se você não “fugiu” ao tema proposto.
Passe o texto a limpo, procurando aprimorar o vocabulário. 
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SEMANA 2
 
GÊNEROS TEXTUAIS
	Comunicar-se eficientemente parece, a princípio, algo fácil e simples a qualquer indivíduo, dada a agilidade e a habilidade que todos têm de usar a linguagem. Quando um indivíduo utiliza a língua, sempre o faz por meio de um tipo de texto ainda que não tenha consciência disso. A escolha de um tipo é um dos passos - se não o primeiro - a ser seguido no processo de comunicação. A escolha do tipo de texto não é completamente espontânea, pois leva em conta um conjunto de parâmetros essenciais, como quem está falando,  para quem está falando , qual é a sua finalidade e qual é o assunto do texto.
	Assim, podemos definir o texto como qualquer enunciado (oral ou escrito) que é usado para que a comunicação se estabeleça.
	ENEM 2009. O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 minutos de casa para o trabalho, todos os dias. Nunca foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre a bicicleta, seus pulmões são envenenados com 3,3 microgramas de poluição particulada – poeira, fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão, sulfatos, nitratos, carbono, compostos orgânicos e outras substâncias nocivas.
ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008.
A população de uma metrópole brasileira que vive nas mesmas condições socioambientais das do professor citado no texto apresentará uma tendência de
A ampliação da taxa de fecundidade.
B diminuição da expectativa de vida.
C elevação do crescimento vegetativo.
D aumento na participação relativa de idosos. 
E redução na proporção de jovens na sociedade.
PRODUÇÃO DE TEXTO
	Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
LIBERDADE SEM FIO
A ONU acaba de declarar o acesso à rede um direito fundamental do ser humano – assim como saúde, moradia e educação. No mundo todo, pessoas começam a abrir seus sinais privados dewi-fi, organizações e governos se mobilizam para expandir a rede para espaços públicos e regiões onde ela ainda não chega, com acesso livre e gratuito.
ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. Nº 240, jul. 2011 (fragmento).
A INTERNET TEM OUVIDOS E MEMÓRIA
Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a população já passou mais tempo conectada à internet do que em frente à televisão. Os hábitos estão mudando. No Brasil, as pessoas já gastam cerca de 20% de seu tempo on-line em redes sociais. A grande maioria dos internautas (72%, de acordo com o Ibope Mídia) pretende criar, acessar e manter um perfil em rede. “Faz parte da própria socialização do indivíduo do século XXI estar numa rede social. Não estar equivale a não ter uma identidade ou um número de telefone no passado”, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da e.Life, empresa de monitoração e análise de mídias.
As redes sociais são ótimas para disseminar ideias, tornar alguém popular e também arruinar reputações. Um dos maiores desafios dos usuários de internet é saber ponderar o que se publica nela. Especialistas recomendam que não se deve publicar o que não se fala em público, pois a internet é um ambiente social e, ao contrário do que se pensa, a rede não acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrás de um pseudônimo pode ser rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se exaltam e cometem gafes podem pagar caro. 
Disponível em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 30 jun. 2011 (adaptado).
DAHMER, A. Disponível em: http://malvados.wordpress.com. Acesso em: 30 jun. 2011.
	SEMANA 3
TIPOLOGIA TEXTUAL - DESCRIÇÃO
(Partes deste capítulo foram extraídos de SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação: escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997.)
A descrição é uma espécie de retrato verbal de um determinado objeto. É descritivo o texto que tem por finalidade retratar algo, de forma que o interlocutor possa, por meio das palavras, criar mentalmente a imagem do objeto descrito. É importante ressaltar que como não há escrita sem intenção, descreve-se para atingir determinados objetivos, tais como: 
exaltar ou criticar. 
analisar conteúdos. 
fazer conhecer, direta ou indiretamente, o objeto descrito. 
Ao descrever, a pessoa seleciona as palavras que pretende usar para que possa convencer o interlocutor. Se há um desejo de convencer, de fazer com que o interlocutor enxergue de acordo com a visão de mundo do enunciador, o texto descritivo possui uma função argumentativa. 
Sendo assim, a descrição pretende ser um retrato verbal. Todavia, pretende retratar aquilo que os olhos do enunciador vêem, que muitas vezes pode não corresponder à realidade. A descrição pode ser:
	Objetiva: quando se retrata a realidade como ela é.
Subjetiva: quando se retrata a realidade segundo nossos sentimentos e emoção.
Descrição objetiva:
“A cômoda era velha, de madeira escura com manchas provocadas pelo longo tempo de uso. As três gavetas possuem puxadores de ferro em forma de conchas, nas duas laterais há ornamentos semelhantes àqueles de esculturas barrocas, os pés são redondos e ornamentados.”
Descrição subjetiva:
“Dona Cômoda tem três gavetas. E um ar confortável de senhora rica. Nas gavetas guarda coisas de outros tempos, só para si. Foi sempre assim, dona Cômoda: gorda, fechada, egoísta.’’
 (QUINTANA, Mário. Sapo amarelo. Porto Alegre: Mercado Aberto. 1984, p. 37).
Na primeira descrição, houve um retrato fiel do objeto; já na segunda, houve o ponto de vista do autor, o objeto foi descrito conforme ele vê.
	 Observação:
Não confunda descrição e definição.
Definir é explicar a significação de um ser.
Descrever é retratar a partir de um ponto de vista.
Veja a definição de uma cômoda:
CÔMODA: móvel guarnecido de gavetas desde a base até a parte superior, que serve para guardar coisas.
Na definição, não há ponto de vista, o objeto é descrito de maneira geral e serve para qualquer cômoda; já nas descrições prevalecem a particularidade; cada cômoda foi descrita de forma diferente.
Descrição sensorial
A descrição sensorial, também conhecida por sinestésica, apóia-se nas sensações. Este tipo de descrição faz com que o texto fique mais rico, forte, poético; nele o leitor interage com o narrador e com a personagem. As sensações são:
Visuais: relacionadas à cor, forma, dimensões, etc.
“Era um olho amendoado, grande, dum azul celestial, de traços suaves...” 
Auditivas: relacionadas ao som.
“O silêncio tornara-se assustador, o zumbido do vento fazia chorar as janelas...”
Gustativas: relacionadas ao gosto, paladar.
“Tua despedida amarga, o sorriso irônico, insosso; deixaram-me angustiado.”
Olfativas: relacionadas ao cheiro.
“O cheiro de terra trazido pelo vento úmido era prenúncio de chuva.”
Táteis: relacionados ao tato, contato da pele.
“As mãos ásperas como casca de árvores, grossas, ríspidas, secas como pedra.”
Observe como as descrições sensoriais são trabalhadas neste belo texto da poetisa Cecília Meireles:
 NOITE
Úmido gosto de terra,
cheiro de pedra lavada,
- tempo inseguro do tempo! –
sobra do flanco da serra,
nua e fria, sem mais nada.
Brilho de areias pisadas,
sabor de folhas mordidas,
- lábio da voz sem ventura!-
suspiro das madrugadas
sem coisas acontecidas.
A noite abria a frescura
dos campos todos molhados,
- sozinho, com o seu perfume!-
preparando a flor mais pura
com ares de todos os lados.
Bem que a vida estava quieta.
Mas passava o pensamento...
- de onde vinha aquela música?
E era uma nuvem repleta
Entre asestrelas e o vento.
(MEIRELES, Cecília. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.)
Descrição técnica
A descrição técnica deve apresentar precisão vocabular e exatidão de pormenores. Deve esclarecer, convencendo. Pode-se descrever objetos, mecanismos ou processos, fenômenos, fatos, lugares, eventos. Determinar o ponto de vista e o objetivo do texto é muito importante na construção do texto descritivo, deles depende a estrutura do texto: 
que será descrito? 
que aspecto será destacado? 
quais são os pormenores mais importantes? 
que ordem será adotada para a descrição? 
a quem se destina o texto: ao técnico ou ao leigo?
Observe o seguinte exemplo:
“O motor está montado na traseira do carro, fixado por quatro parafusos à caixa de câmbio, a qual, por sua vez, está fixada nos coxins de borracha na extremidade bifurcada do chassi. Os cilindros estão dispostos horizontalmente e opostos dois a dois. Cada par de cilindros tem um cabeçote comum de metal leve. As válvulas, situadas nos cabeçotes, são comandadas por meio de tuchos e balancins. O virabrequim, livre de vibrações, de comprimento reduzido, com têmpera especial nos colos, gira em quatro pontos de apoio e aciona o eixo excêntrico por meio de engrenagens oblíquas. As bielas contam com mancais de chumbo-bronze e os pistões são fundidos de uma liga de metal leve.”
(Fonte: Manual de instruções [Volkswagen]. In: Comunicação em prosa moderna. GARCIA Othon, Rio de janeiro: Editora FGV, 1996, p.388.)
1. O que está sendo descrito?
2. Que aspecto está em destaque?
3. Que pormenores parecem mais importantes?
4. A quem se destina o texto?
Descrição de ambiente e paisagem
Espaço é o lugar físico onde se passa a ação narrativa, e ambiente é o espaço com características sociais, morais, psicológicas, religiosas, etc. Ao se descrever um ambiente fechado, escuro, sujo, desarrumado, normalmente é sugerido um estado de angústia, ou solidão, ou desleixo. Já os lugares abertos, claros, coloridos, sugerem felicidade, harmonia, paz, amor. Portanto o ambiente descrito em seu texto deverá fazer com que o leitor perceba o rumo da história. Veja um exemplo:
“A escrivaninha dele estava em total desordem... Como alguém podia conseguir trabalhar ali? Eram muitos papéis espalhados, livros em desordem, canetas jogadas, um cinzeiro cheio de pontas de cigarros. Além disso, percebia-se, no meio da desordem restos de comida – farelos de pão e um copo sujo com resto de refrigerante.” 
Faça a descrição do dono da escrivaninha.
Faça a descrição do seu guarda-roupa.
Faça a descrição do ambiente (elementos externos) que caracteriza um homem vaidoso.
	ENEM 2009. No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter – ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes
A reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
B tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
C manter o distanciamento necessário à sua segurança.
D disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
E difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.
PRODUÇÃO DE TEXTO
	As vendas de automóveis de passeio e de veículos comerciais leves alcançaram
340 706 unidades em junho de 2012, alta de 18,75%, em relação a junho de
2011, e de 24,18%, em relação a maio de 2012, segundo informou, nesta
terça-feira, a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave). Segundo a entidade, este é o melhor mês de junho da história do
setor automobilístico.
Disponível em: <htp://br.financas.yahoo.com>. Acesso em: 3 jul. 2012 (adaptado).
	Na capital paulista, o trânsito lento se estendeu por 295 km às 19 h e superou
a marca de 293 km, registrada no dia 10 de junho de 2009. Na cidade de São
Paulo, registrou-se, na tarde desta sexta-feira, o maior congestionamento da
história, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Às 19 h, eram
295 km de trânsito lento nas vias monitoradas pela empresa. O índice superou
o registrado no dia 10 de junho de 2009, quando a CET anotou, às 19 h, 293 km
de congestionamento.
Disponível em: <http://notícias.terra.com.br>. Acesso em: 03 jul. 2012 (adaptado).
	O governo brasileiro, diante da crise econômica mundial, decidiu estimular a venda de automóveis e, para tal, reduziu o imposto sobre produtos industrializados (IPI). Há, no entanto, paralelamente a essa decisão, a preocupação constante com o desenvolvimento sustentável, por meio do qual se busca a promoção de crescimento econômico capaz de incorporar as dimensões socioambientais. Considerando que os textos acima têm caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo sobre sistema de transporte urbano sustentável, contemplando os seguintes aspectos:
a) conceito de desenvolvimento sustentável; 
b) conflito entre o estímulo à compra de veículos automotores e a promoção da sustentabilidade; 
c) ações de fomento ao transporte urbano sustentável no Brasil. 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
	
(Partes deste capítulo foram extraídos de SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação: escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997.)
 	 Durante o processo de produção de textos, surgem sempre dúvidas gramaticais; nesta unidade trataremos dos casos em que alguns exercícios podem ajudar a solucionar certos problemas; no entanto há outros casos que gramáticas e livros do tipo tira-dúvidas resolvem tranquilamente; a consulta a esses materiais torna-se obrigatória por parte de quem se propõe a escrever na escola, no trabalho ou mesmo por motivos particulares.
 	Vale lembrar que a eliminação de alguns erros será efetuada a partir do treinamento linguístico e a prática constante da escrita. Cabe ao produtor o trabalho constante revisão e escrituração dos textos para que a assimilação das técnicas redacionais e normas gramaticais sejam efetivadas.
As palavras são classificadas com base em sua tonicidade em:
Oxítonas: quando a última sílaba é mais forte: café, Pari, paletó.
Paroxítonas: quando a penúltima é a mais forte: caráter, cavalo, férias.
Proparoxítonas: quando a antepenúltima é a mais forte: público, sábado, mágico. 
ACENTUAM-SE:
monossílabos: são acentuadas as palavras terminadas em: a, e, o, seguidas ou não de s: pá, três, vê-lo, pô-lo.
proparoxítonas: todas são acentuadas: clássico, pássaro, rótulo.
oxítonas: são acentuadas as terminadas em: a, e, o, em, seguidas ou não de s: guaraná, atrás, lavá-lo, jacaré, repôs, dispô-lo, também, parabéns.
Paroxítonas: são acentuadas as terminadas em: l, n, r, x, ps, ão, ã, i(s), u(s), um(ns), on(s), e ditongos: fácil, amável, pólen, hífen, revólver, repórter, tórax, bíceps, órgãos, ímã, júri, íris, vírus, álbum, álbuns, próton, elétrons, história, série, úteis.
Hiatos: acentuados os I e U que formam os hiatos, quando constituem sílabas sozinhas ou seguidas de S, e não seguidos de 1, m, n, r, u, z, nh: saúde, balaústre, raízes, faísca. Não são acentuados, portanto: juiz, rainha, Raul, cairmos. 
Algumas palavras que geram dúvidas quanto à acentuação: dúplex, látex, lêvedo, rubrica, avaro, pudica, distinguiu, aziago, Pacaembu, tatu, mister, ínterim, bisturi, moinho.
EXERCÍCIOS
Acentuese necessário:
aparencia facil bone ureter insonia genuino bebado rubrica gratuito prototipo bauxita duplex omega lampada materia piloto palito paleto Jacarei tatu vandalo juiz juizes Luis Luiz apoio (subs.) chapeu improprio miudo refem ele contribui estagio sovietico plagio moida eu contribui hifen itens saci anzol apoio (verbo) bilingue intuito ziper 
SEMANA 4
ANÁLISE DE TEXTOS DESCRITIVOS
Exercícios
1. Identifique os objetos descritos:
a) Máquina frigorífica adaptada a uma espécie de armário onde se produz gelo, sorvetes, e onde se conservam alimentos, etc.
b) Instrumento com lentes que amplificam os objetos distantes do observador e que lhe permitem uma visão nítida dos mesmos.
c) Veículo de duas rodas, sendo a traseira acionada por um sistema de pedais que movimentam uma corrente transmissora.
2. Diga se é descrição objetiva, subjetiva ou definição: 
a) GELADEIRA: espécie de armário, geralmente branco, de metal e plástico, com máquina frigorífica embutida para gelar e conservar alimentos e bebidas.
b) A geladeira era branca, com puxadores de plástico azulado, com manchas provocadas pelo longo tempo de uso. Na parte superior, um compartimento bem menor que a inferior, mas com um detalhe: era forrado de ímãs com figuras de frutas e flores. Os pés eram redondos e de metal azinhavre.
c) Maria Geladeira tem duas partes. Uma, imponente, longa e esquálida. Outra, mimosa, alegre, com um ar de criança brincalhona colhendo maçãs e flores. Abro a porta de cima, lá estão as cartas de quem se foi – geladas como meu coração.
 (Baseado em Mário Quintana. Sapo amarelo. 1984, p. 37).
3. Observe a bela descrição de uma casa e comente se é objetiva ou subjetiva. Justifique com trechos do texto:
“Encosto a cara na noite e vejo a casa antiga. Os móveis estão arrumados em círculo, favorecendo as conversas amenas, é uma sala de visitas. O canapé, peça maior. O espelho. A mesa redonda com o lampião aceso desenhando uma segunda mesa de luz dentro da outra. Os quadros ingenuamente pretensiosos, não há afetação nos móveis, mas os quadros têm aspirações de grandeza nas gravuras de mulheres imponentes (rainhas?) entre pavões e escravos transbordando até o ouro purpurino das molduras. Volto ao canapé de curvas mansas, os braços abertos sugerindo cabelos desatados. Espreguiçamento. Mas as almofadas são exemplares, empertigadas no encosto de palhinha gasta. Na almofada menor está bordada uma guirlanda azul. O mesmo desenho de guirlandas desbotadas no papel sépia da parede. A estante envidraçada, alguns livros e vagos objetos nas prateleiras penumbrosas.” 
(TELLES, Lygia Fagundes. Ap. Missa do Galo. São Paulo: Summus, 1977.)
4. Reflita e escreva o nome de um local que seja:
Organizado:
Agitado:
Assustador:
Adorável:
Inesquecível:
5. Classifique os versos ou frases abaixo quanto à descrição sensorial:
a) 	“Há perfumes saudáveis como carnes de crianças 
doces como oboés, verdes como as campinas, 
e outros, corrompidos, ricos, triunfantes.” 
 	(Baudelaire)
b) 	“Mãos de finada, aquelas mãos de neve, 
De tons marfíneos, de ossatura rica, 
Pairando no ar, num gesto brando e leve, 
Que parece ordenar mas que suplica.” 
 	 (Alphonsus de Guimaraens)
c) 	“Nasce a manhã, a luz tem cheiro... Ei-la que assoma 
Pelo ar sutil... Tem cheiro a luz, a manhã nasce 
Oh sonora audição colorida do aroma! 
 (Cruz e Souza)
 			
 
6. Leia o texto a seguir e responda:
RETRATO
Cecília Meireles
 Eu não tinha este rosto de hoje,
 assim calmo, assim triste, assim magro,
 nem estes olhos tão vazios,
 nem o lábio amargo.
 Eu não tinha estas mãos sem força,
 tão paradas e frias e mortas;
 eu não tinha este coração
 que nem se mostra.
 Eu não dei por esta mudança,
 tão simples, tão certa, tão fácil:
 - Em que espelho ficou perdida a minha face?
a) O texto é objetivo ou subjetivo? Justifique retirando trechos que comprovem sua opção;
b) Qual o tema do texto?
c) Qual a mensagem?
d) Qual o processo descritivo usado para descrever? (Ver descrição sensorial)
9. Escolha um dos objetos e elabore uma descrição objetiva e uma subjetiva:
a) um guarda-roupas; 	b) uma sombrinha 		c) um lápis.
10. Redija os seguintes anúncios usando os processos descritivos. Escolha (a) ou (b ):
a) Vendendo um vestido de noiva; b) Um carro
11. Elabore duas descrições de ambiente. Lembre-se de que a originalidade tornará seu texto mais bonito, evite frases feitas, comuns e repetições desnecessárias. 
a) Um local triste, desolado, abandonado; b) Um local alegre, festivo.
12. Complete as frases, formando um parágrafo descritivo. Escolha (a) ou (b):
a) Tinha um físico atlético; b) Era mau-caráter.
	
PRODUÇÃO DE TEXTO
	A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como o uso de força física ou poder, por ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação. Essa definição agrega a intencionalidade à prática do ato violento propriamente dito, desconsiderando o efeito produzido.
DAHLBERG, L. L.; KRUG, E. G. Violência: um problema global de saúde pública. Disponível em: <htp://www.scielo.br>. Acesso em: 18 jul. 2012 (adaptado).
CABRAL, I. Disponível em: <htp://www.ivancabral.com>.Acesso em: 18 jul. 2012.
 
Disponível em: <htp://www.pedagogiaaopedaletra.com.br>.Acesso em: 18 jul. 2012.
A partir da análise das charges acima e da definição de violência formulada pela OMS, redija um texto dissertativo a respeito da violência na atualidade. Em sua abordagem, deverão ser contemplados os seguintes aspectos:
a) tecnologia e violência; 
b) causas e consequências da violência na escola; 
c) proposta de solução para o problema da violência na escola
	SEMANA 5
PRODUÇÃO DE TEXTOS DESCRITIVOS
Como a visão é o nosso sentido mais desenvolvido, uma experiência fecunda para motivar os outros campos de nossa percepção é fazermos experiências descritivas sem o uso dos olhos. Exemplo, feche os olhos e se sinta:
Num bosque
Numa praia
Num jogo de futebol
Anote as sensações, cheiros, tato, gosto...
Descreve em detalhes um objeto sem nomeá-lo, em seguinte troque o seu texto com o de um colega. Tente adivinhar o objeto que ele descreveu e vice-versa.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
Tufano, Douglas. Guia prático da nova ortografia (adaptado). 
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z Usam-se as letras k, w, y em:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Exemplos:
Aguentar; arguir; bilíngue; cinquenta; delinquente; eloquente; ensanguentado; equestre; frequente; lingueta; linguiça; quinquênio; sagui; sequência; sequestro; tranquilo.
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano. O trema não existe mais, mas a pronúnciapermanece.
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Exemplos: 
alcaloide; alcateia; androide; ele apoia (verbo apoiar, 3ª p.s.); eu apoio (verbo apoiar, 1ª p.s.); asteroide; boia; celuloide; claraboia; colmeia; Coreia; debiloide; epopeia; estoico; estreia; eu estreio (verbo estrear); geleia; heroico; ideia; jiboia; joia; odisseia; paranoia; paranoico; plateia; tramoia; 
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Exemplos:
baiuca; bocaiuva; cauila (=sovina); feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em eem e oo(s). Exemplos: 
abençoo; creem (verbo crer); deem (verbo dar); doo (verbo doar); enjoo; leem (verbo ler); magoo (verbo magoar); perdoo (verbo perdoar); povoo (verbo povoar); veem (verbo ver); voos; zoo.
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Exemplos:
Ele para o carro. / Ele foi ao polo Norte. / Ele gosta de jogar polo. / Esse gato tem pelos brancos. / Comi uma pera. / 
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. 
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. 
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Teste seu Conhecimento sobre a Nova Ortografia
1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da Língua Portuguesa?
  a) 23	    b) 26		c) 28		d) 20		e) 21
2.A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como ‘assembléia’, ‘céu’ ou ‘dói’). Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:
    a) Assembléia, dói, céu
    b) Assembléia, doi, ceu
    c) Assembléia, dói, ceu
    d) Assembleia, dói, céu
    e) Assembleia, doi, céu
3-Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas corretamente:
  a) bússola, império, platéia, lêem, Panamá
    b) bussola, imperio, plateia, leem, Panama
    c) bússola, imperio, plateia, leêm, Panamá
    d) bússola, império, plateia, leem, Panamá
    e) bussola, imperio, plateia, leem, Panamá
4) Corrija as frases quando necessário:
a) Eles vêem os colegas sempre que vem à fábrica de São Paulo.
b) As dívidas advém da má administração dos empresários.
c) O vôo 3567 vem do Rio de Janeiro e o voo 3557 vêm de Salvador.
d) Espero que os relatórios nos dêem informações suficientes para fecharmos os relatórios.
e) Eles têm várias propostas interessantes, pois lêem muito e sabem tudo sobre o assunto.
f) Sempre enjôo ao navegar.
ENEM 2009. Um volume imenso de pesquisas tem sido produzido para tentar avaliar os efeitos dos programas de televisão. A maioria desses estudos diz respeito às crianças - o que é bastante compreensível pela quantidade de tempo que elas passam em frente ao aparelho e pelas possíveis implicações desse comportamento para a socialização. Dois dos tópicos mais pesquisados são o impacto da televisão no âmbito do crime e da violência e a natureza das notícias exibidas na televisão. 
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005.
O texto indica que existe uma significativa produção científica sobre os impactos socioculturais da televisão na vida do ser humano. E as crianças, em particular, são as mais vulneráveis a essas influências, porque
A codificam informações transmitidas nos programas infantis por meio da observação. 
B adquirem conhecimentos variados que incentivam o processo de interação social.
C interiorizam padrões de comportamento e papéis sociais com menor visão crítica. 
D observam formas de convivência social baseadas na tolerância e no respeito. 
E apreendem modelos de sociedade pautados na observância das leis. 
SEMANA 6
PROVIDENCIAR PARA ESTA UNIDADE O CONTO “VENHA VER O PÔR-DO-SOL”, DE LYGIA FAGUNDES TELLES
TIPOLOGIA TEXTUAL - NARRAÇÃO
Contar histórias é uma atividade comum nas relações humanas, faz parte do ato de comunicação, não só na vida particular, mas também na profissional. Usamos aspectos da narração quando precisamos produzir relatórios, textos técnicos, e-mails e outros textos que fazem parte do cotidiano de qualquer profissional. Escrevemos para contar o que acontece, com quem, onde, como, por quê e para quê. Esses são os elementos do processo narrativo. Veja:
Quem narra a história? Identificação do narrador. 
O que é narrado? Resumo do enredo. 
Quem participa do conflito? Reconhecimento das pessoas ou personagens. 
Por que elas estão em conflito? Procura dos motivos. 
Onde (em que lugar) a história ocorre? Especificação do espaço e/ou do ambiente. 
Quando ocorre o conflito? Especificação do tempo. 
Como eram e são agora as personagens? Compreensão das mudanças ocorridas.
Obs.: a diferença entre narração e relato é que este não tem conflito. Na narração, a personagem tem que sofrer mutação, devido ao conflito. 
A narração, assim como qualquer texto, também pode ser objetiva e subjetiva (veja a unidade DESCRIÇÃO)
Narração objetiva
Narração objetiva é aquela que costumamos ler em jornais, em livros de História etc. Veja um exemplo:
ÁRVORE CAI COM A CHUVA
“Ontem, na rua Colômbia, nos Jardins, desabou uma enorme e antiga árvore sobre dois carros. A tempestade e o forte vento que caíram sobre a cidade são os causadores do acidente.”
Observe que o narrador está em terceira pessoa; não toma, pois, parte da história, apenas relata de maneira imparcial, contando os fatos sem que sua emoção transpareçana narrativa. Resumindo, a narração objetiva apenas informa o leitor.
Narração subjetiva
Narração subjetiva é aquela em que o narrador deixa transparecer os seus sentimentos, sua posição diante do fato é sensível, emocional. Exemplo:
O CAJUEIRO
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro atrás da casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito tempo. Eu me lembro dos pés da pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, beijos, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado da casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera: mas assim mesmo fiz questão de que Caribé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram, mas depois foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em fins de setembro. Estava carregado de flores.
(BRAGA, Rubem. Cem crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: José Olympio Ed., 1956.)
O narrador, neste texto, conta a princípio uma história banal: a queda de um cajueiro. No entanto, traz à tona suas recordações de infância, suas últimas visões da árvore e por fim a ironia: apesar de ser fins de setembro, primavera, o cajueiro que estava “tombado de flores” caiu. De forma tocante, o narrador nos faz sentir um certo sentimento de compaixão e carinho pelo cajueiro. A narração subjetiva tem esta finalidade.
O narrador
Ao produzir um texto, você poderá fazê-lo de duas maneiras diferentes, contar uma história em que você participa ou contar uma história que ocorreu com outra pessoa. Essa decisão determinará o tipo de narrador a ser utilizado em seu texto.
NARRADOR EM 1a PESSOA: Conhecido também por narrador-personagem, é aquele que participa da ação. Pode ser protagonista quando personagem principal da história, ou pode ser alguém que presenciou o fato, estando no mesmo local.
Exemplo: Narrador-protagonista:
“Era noite, voltava sozinho para casa, o frio estava insuportável, não havia ninguém naquela rua sombria, ouvi um barulho estranho no muro ao lado, assustei- me...”
Exemplo: Narrador 1ª pessoa
“Estava debruçado em minha janela quando vejo na esquina um garoto magro roubando a carteira de um pobre velho...”
NARRADOR EM 3ª PESSOA: Conhecido também por narrador-observador, é aquele que não participa da ação.
“João estava voltando para casa, à noite, sozinho, quando ouviu, próximo ao muro, um barulho estranho.”
Estrutura do Enredo
 	Geralmente, toda história tem um princípio (introdução), um meio (desenvolvimento), e um fim (desfecho). Contudo, em alguns casos esta estrutura não é obedecida. Veja-se a estrutura de uma história que apresenta começo, meio e fim:
Introdução: o autor apresenta a idéia principal, as personagens, o lugar onde vai ocorrer os fatos.
Desenvolvimento: é a parte mais importante do enredo, é nele que o autor detalha a idéia principal. O desenvolvimento é dividido em duas partes:
Complicação: quando há uma ligação entre os fatos levando a personagem a um conflito, situação complicada.
Clímax: é o momento mais importante da narrativa, a situação chega em seu momento crítico e precisa ser resolvida.
Desfecho: é a parte final, a conclusão. Nessa parte o autor soluciona todos os conflitos, podendo levar a narrativa para um final feliz, trágico ou ainda sem desfecho definido, deixando as conclusões para o leitor.
ANÁLISE DOS ELEMENTOS DA NARRATIVA: “VENHA VER O PÔR DO SOL”
	SEMANA 7
	1) Analise o enredo a seguir de acordo com os elementos do texto narrativo:
O HOMEM NU
Ao acordar, disse para a mulher:
- Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
- Explique isso ao homem - ponderou a mulher.
- Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar - amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
- Maria! Abre aí, Maria. Sou eu - chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço de escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
- Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal-ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com embrulho do pão. Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
- Ah, isso é que não! - diz o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido. Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime de Terror!
- Isso é que não - repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão de seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: “Emergência: parar.” Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquantoinsistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
- Maria! Abre esta porta! gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si. Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
- Bom dia, minha senhora - disse ele, confuso. - Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
- Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: 
- Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
- É um tarado!
- Olha, que horror!
- Não olha não! Já para dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
- Deve ser a polícia - disse ele, ainda ofegante, indo abrir. Não era: era o cobrador da televisão.
(SABINO, Fernando. O Homem nu. 24 ed. Rio de Janeiro, Record, 1984. p. 65-8).
2) Delimite as partes do texto de Fernando Sabino:
Introdução: DE _______________________ATÉ_____________________
Desenvolvimento (complicação e clímax): DE _____________ATÉ_____________
Desfecho: DE_______________________ATÉ_________________________
3)Diga se é narração abaixo é subjetiva ou objetiva. Justifique.
TELEVISÃO MUDA ROTINA DO INTERIOR
Com a chegada da televisão à cidade de Cachoeiro de Itapemirim, ES, a população observou que sua rotina vem sendo alterada de forma irreversível. As pessoas dizem que, antes, brincava-se nas praças, conversava-se nas ruas, ia-se ao cinema. Agora, com a televisão, o que se vê na praça principal é um coreto apagado e bancos vazios.
 
	 4) Complete a narração a seguir:
 “O Consumidor acordou confuso. Saíam torradas do seu rádio-despertador. De onde saía então – quis descobrir – a voz do locutor? Saía do fogão elétrico, na cozinha, onde a Empregada, apavorada, recuara até a parede e, sem querer, ligara o interruptor da luz, fazendo funcionar o gravador na sala. O Consumidor confuso sacudiu a cabeça, desligou o fogão e o interruptor, saiu da cozinha, entrou no banheiro e ligou seu barbeador elétrico. Nada aconteceu. Investigou e descobriu que a Mulher, na cama, é que estava ligada e zunia como um barbeador. Abriu a torneira do banheiro para lavar o sono do rosto. Talvez aquilo tudo fosse só o resto de um pesadelo. Pela torneira jorrou café instantâneo.”
(Luís Fernando Veríssimo)
 	5) Reescreva o poema abaixo em prosa narrativa:
POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da
Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. 	
(BANDEIRA, Manuel. Libertinagem)
	ENEM 2009. Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais de 10 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
MARTINS, A. R. A favela como um espaço da cidade. Disponível em: http://www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 31 jul. 2010.
A situação das favelas no país reporta a graves problemas de desordenamento territorial. Nesse sentido, uma característica comum a esses espaços tem sido 
A. o planejamento para a implantação de infraestruturas urbanas necessárias para atender as necessidades básicas dos moradores.
B. a organização de associações de moradores interessadas na melhoria do espaço urbano e financiadas pelo poder público.
C. a presença de ações referentes à educação ambiental com consequente preservação dos 
espaços naturais circundantes.
D. a ocupação de áreas de risco suscetíveis a enchentes ou desmoronamentos com consequentes perdas materiais e humanas. 
E. o isolamento socioeconômico dos moradores ocupantes desses espaços com a resultante multiplicação de políticas que tentam reverter esse quadro.
	SEMANA 8
1. Troque o narrador (de 1a pessoa para 3a) do texto a seguir:
NINGUÉM
A rua estava fria. Era sábado ao anoitecer mas eu estava chegando e não saindo. Passei no bar e comprei um maço de cigarros. Vinte cigarros. Eram os vinte amigos que iam passar a noite comigo.
A porta se fechou como uma despedida para a rua. Mas a porta sempre se fechava assim. Ela se fechou com um som abafado e rouco. Mas era sempre assim que ela se fechava. Um som que parecia o adeus de um condenado. Mas a porta simplesmente se fechara e ela sempre se fechava assim. Todos os dias ela se fechava assim.
Acender o fogo, esquentar o arroz, fritar um ovo. A gordura estala e espirra ferindo minhas mãos. A comida estava boa. Estava realmente boa, embora tenha ficado quase a metade no prato. Havia uma casquinha de ovo e pensei em pedir-me desculpas por isso. Sorri com esse pensamento. Acho que sorri. Devo ter sorrido. Era só uma casquinha.
Busquei no silêncio da copa algum inseto mas eles já haviam todos adormecido para a manhã de domingo. Então eu falei em voz alta. Precisava ouvir alguma coisa e falei em voz alta. Foi só uma frase banal. Se houvesse alguém perto diria que eu estava ficando doido. Eu sorriria. Mas não havia ninguém. Eu podia dizer o que quisesse. Não havia ninguém para me ouvir. Eu podia rolar no chão, ficar nu, arrancar os cabelos, gemer, chorar, soluçar, perder a fala, não havia ninguém para me ver. Ninguém para me ouvir. Não havia ninguém. Eu podia até morrer.
De manhã o padeiro me perguntou se estava tudo bem. Eu sorri e disse que estava. Na rua o vizinho me perguntou se estava tudo certo. Eu disse que sim e sorri. Veio a tarde e meu primo me perguntou se estava tudo em paz e eu sorri dizendo que estava. Depois uma conhecida me perguntou se estava tudo azul e eu sorri e disse que sim, estava, tudo azul. 
(VILELA, Luiz. Tremor de terra. 4 ed. São Paulo: Ática, 1977, p.93).
 2.Leia o seguinte trecho retirado do romance Capitães da Areia, de Jorge Amado. Capitães da Areia são um grupo de menores abandonados que vivem de pequenos golpes. Este trecho mostra como foi a fuga da polícia de um dos integrantes do grupo após um assalto:
 “[...] o Sem-Pernas ficou encurralado na rua. Jogava picula com os guardas. Estes tinham se despreocupado dos outros, pensavam que já era alguma coisa pegar aquele coxo. Sem-Pernas corria de um lado para o outro da rua, os guardas avançavam. Ele fez que ia escapulir por outro lado, driblou um dos guardas, saiu pela ladeira. Mas em vez de descer e tomar pela Baixa do Sapateiro, se dirigiu para a praça do Palácio. Porque Sem-Pernas sabia que se corresse na rua o pegariam com certeza. Eram homens, de pernas maiores que as suas, e além do mais era coxo, pouco podia correr. E acima de tudo não queria que o pegassem. Lembrava-se da vez que fora à polícia. Dos sonhos das suas noites más. Não o pegariam, e enquanto corre este é o único pensamento que vai com ele. Os guardas vêm nos seus calcanhares. Sem-Pernas sabe que eles gostarão de o pegar, que a captura de um dos Capitães da Areia é uma bela façanha para um guarda. Essa será a sua vingança. Não deixará que o peguem, não tocarão no seu corpo. [...] Pensam que ele vai para junto ao grande elevado. Mas Sem-Pernas não pára. Sobe para o pequeno muro, volve o rosto para os guardas que ainda correm, ri com toda força de seu ódio, cospe na cara de um que se aproxima estendendo os braços, se atira de costas no espaço, como se fosse um trapezista de circo.”
Reescreva esse trecho com narrador em 1ª pessoa, sob o ponto de vista da personagem Sem-Pernas
Reescreva este trecho com narrador em 1ª pessoa, sob o ponto de vista de um dos guardas.
3. Em dupla, escolha uma das propostas. Cada um assume o papel de um dos interlocutores do diálogo.
Enterro (velório)
Sala de espera em consultório médico
Reencontro com ex-namorado(a)Elevador
Cabeleireiro
ENADE – 2004 
 
Questão 5
 
“Crime contra Índio Pataxó comove o país
(...) Em mais um triste “Dia do Índio”, Galdino saiu à noite com outros indígenas para uma confraternização na Funai. Ao voltar, perdeu-se nas ruas de Brasília (...). Cansado, sentou-se num banco de parada de ônibus e adormeceu. Às 5 horas da manhã, Galdino acordou ardendo numa grande labareda de fogo. Um grupo “insuspeito” de cinco jovens de classe média alta, entre eles um menor de idade, (...) parou o veículo na avenida W/2 Sul e, enquanto um manteve-se ao volante, os outros quatro dirigiram-se até a avenida W/3 Sul, local onde se encontrava a vítima. Logo após jogar combustível, atearam fogo no corpo. Foram flagrados por outros jovens corajosos, ocupantes de veículos que passavam no local e prestaram socorro à vítima. Os criminosos foram presos e conduzidos à 1ª Delegacia de Polícia do DF onde confessaram o ato monstruoso. Aí, a estupefação: ‘os jovens queriam apenas se divertir’ e ‘pensavam tratar-se de um  mendigo, não de um índio,’ o homem a quem incendiaram. Levado ainda consciente para o Hospital Regional da Asa Norte −
HRAN, Galdino, com 95% do corpo com queimaduras de 3º grau, faleceu às 2 horas da madrugada de hoje.”
 
Conselho Indigenista Missionário - Cimi, Brasília-DF, 21 abr. 1997.
A notícia sobre o crime contra o índio Galdino leva a reflexões a respeito dos diferentes aspectos da formação dos jovens. 
Com relação às questões éticas, pode-se afirmar que elas devem:
 
(A) manifestar os ideais de diversas classes econômicas.
(B) seguir as atividades permitidas aos grupos sociais.
(C) fornecer soluções por meio de força e autoridade.
(D) expressar os interesses particulares da juventude.
(E) estabelecer os rumos norteadores de comportamento.
 
SEMANA 9
TIPOLOGIA TEXTUAL – DISSERTAÇÃO
Título, tema, delimitação de tema
O título e o tema no texto dissertativo
(Partes deste capítulo foram extraídos de SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação: escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997.)
É muito comum a confusão que se faz entre título e tema. Observe a diferença e importância desse tópico na produção do texto dissertativo.
Título: é uma vaga referência ao assunto abordado; normalmente é colocado no início do texto.
Tema: é o assunto abordado no texto, a idéia a ser defendida.
Dependendo da proposta, podemos escolher diversos temas e títulos para o texto. Exemplos:
Tema: Família
Título: A ditadura dos filhos
Idéia central: As famílias sofrem ultimamente com a ditadura dos filhos consumistas que tudo pedem movidos pela onda de consumo propagada pela televisão; e os pais, perdidos nas novas tendências educacionais, permitem que os filhos mandem e desmandem na hora de comprar determinado produto.
Tanto o título quanto o tema poderiam ser outros, a proposta é muito ampla, permitindo várias opções de escolha. É importante que você seja criativo na escolha do título e que não use expressões simplórias.
Delimitação do tema
Antes de iniciar um texto, pense, primeiramente quanto à delimitação do tema, ou seja, às vezes, você se defronta com um tema muito amplo para ser desenvolvido e sente dificuldade em escrever, pois já que ele é amplo demais, as idéias também serão múltiplas. Tome como exemplo o tema “Poluição”. Dá para escrever não só um texto, mas uma enciclopédia sobre o assunto... Se for solicitada, por exemplo, uma redação de 25/30 linhas, o resultado de seu texto será uma reunião de frases desconexas e genéricas, e o assunto teria um tratamento superficial. Numa redação, as idéias devem ser delimitadas para que a argumentação possa ser, no mínimo, convincente. Veja algumas possíveis delimitações para o tema escolhido como exemplo – “Poluição”:
Poluição dos rios
Poluição sonora
Poluição e saúde pública
Poluição sonora e o sono
O que a sociedade deve fazer perante o problema da poluição
A poluição do ar e a saúde dos nossos pulmões
A poluição do solo e o futuro dos campos férteis
Observe-se que nesses exemplos o tema será poluição, mas seu campo de extensão é delimitado, marcado. Seu texto será muito mais profícuo e interessante, pois você terá mais chances de fazer valer seu ponto de vista quanto à questão abordada. Delimitado o tema, veja um exemplo de como planejar um texto. Tome como parâmetro o tema “poluição nos rios” – observe que ele já vem delimitado: você vai escrever sobre a poluição, especificamente a dos rios.
Tema: poluição dos rios
morte de vários peixes;
desequilíbrio na flora e fauna aquática;
indústrias despejam poluentes nas águas;
nenhum controle por parte das autoridades responsáveis;
com o aumento da poluição, o que será de nós daqui a algumas décadas?
poluição da água que bebemos;
na Inglaterra recuperaram um rio que era totalmente poluído, o Tâmisa;
não existe só poluição dos rios, há também poluição do ar e do solo;
o rio Tietê, em São Paulo, é totalmente poluído; é só passar nas suas margens que a gente sente o cheiro;
antigamente as pessoas até tomavam banho no Tietê;
contaminação dos peixes que comemos;
campanhas educativas para a população;
destruição dos rios = destruição do planeta = destruição da nossa casa = destruição de nós mesmos;
contaminação de plantações irrigadas por água poluída;
desequilíbrio ecológico;
desenvolvimento de projetos para reaproveitar o lixo que é lançado nos esgotos;
detergentes biodegradáveis;
despejo de esgotos nos rios
maior fiscalização por parte das autoridades responsáveis
Com um bom número de ideias levantadas, ficará mais fácil redigir seu texto !!!.
ORGANIZANDO AS IDEIAS
A proposta agora é agrupar as ideias, separando as causas, conseqüências e soluções. Procure selecionar somente as ideias que sigam uma linha de pensamento, isto é, que estejam interligadas.
FATO: Poluição desmesurada dos rios
CAUSAS: Por quê?
indústrias despejam poluentes nas águas;
nenhum controle por parte das autoridades responsáveis;
despejo de esgotos nos rios
detergentes biodegradáveis
CONSEQUÊNCIAS: O que acontece em razão disso? (por isso, logo)
morte de vários peixes;
contaminação dos peixes que comemos;
poluição da água que bebemos;
contaminação de plantações irrigadas por água poluída;
desequilíbrio ecológico
SOLUÇÕES:
seguir o exemplo da Inglaterra, onde recuperaram um rio que era totalmente poluído, o Tâmisa;
desenvolvimento de projetos para reaproveitar o lixo que é lançado nos esgotos;
campanhas educativas para a população;
maior fiscalização por parte das autoridades responsáveis
Feito isso, veja como ficará mais fácil produzir um texto coeso e coerente:
“A poluição dos rios está se tornando desmesurada e incontrolável, pois despejam-se poluentes e esgotos nas águas e, além disso, detergentes não-biodegradáveis ainda são produzidos e jogados nos rios. Tudo isso gera a morte de peixes, poluição da água que bebemos, e o acúmulo de detritos no leito dos rios provocam inundações. Se seguíssemos o exemplo da Inglaterra, que recuperou o rio Tâmisa, e se fossem criadas campanhas educativas para a população, bem como uma maior fiscalização por parte das autoridades, esse problema seria facilmente resolvido”.
Observe que as ideias foram reelaboradas, e só algumas foram utilizadas, aquelas que tinham a ver com o raciocínio do autor.
EXERCÍCIOS
No texto abaixo, indique: a) tema; b) delimitação do tema; c) causas; d) conseqüências; 
e) introdução; f) conclusão.
“O nariz é vítima de muitas alergias – algumas causadas por fatores que o atacam diretamente. ‘Muitas vezes’, explica o alergista Laércio José Zuppi, ‘os próprios medicamentos para gripes e rinites irritam a mucosa olfativa, levando a uma perda temporária do olfato. A poluição, cada vez maior nas grandes cidades, também ajuda a enfraquecer o olfato’. Em certos casos, os danos à mucosa são irreversíveis: mesmo recuperado da alergia, o paciente não volta a sentir bem os odores.
Conservantes de alimentos podem causar alergias a longo prazo, que por sua vez podem causar a anosmia (perda ou enfraquecimento do olfato). Os medicamentos,porém, encabeçam os fatores que provocam esse tipo de problema, em especial os remédios para hipertensos, os diuréticos e o ácido acetilsalicílico, o mais popular analgésico”. 
(Revista Superinteressante, no. 1, 1988)
No texto abaixo, indique: a) tema; b) delimitação do tema; c) introdução; d) conclusão.
	“Nos Estados Unidos, cientistas desenvolveram um robô que jamais perde o equilíbrio, mesmo que alguém tente derrubá-lo com uma rasteira. Como um João-bobo de borracha, ele balança, balança, mas não cai. O segredo é um programa de computador que calcula, num abrir e fechar de olhos, a velocidade e a direção do robô, de modo a corrigir qualquer movimento que o faça perder o equilíbrio. A correção se faz como num pêndulo – o contrabalanço restabelece o centro de gravidade. Com tamanha estabilidade, esse robô ainda sem nome pode segurar uma câmara com a mesma firmeza que o homem. Magro e forte, não lhe faltará trabalho em lugares apertados como espaçonaves”. 
(Superinteressante, no. 2, 1988)
3. Quanto aos textos abaixo, diga o que é tema; título; introdução; há conclusão? O título condiz com o texto?
a) O esporte
b) Apoio para os menores
c) No país do futebol, o esporte amador sofre com falta de patrocínio. A natação, a canoagem, o judô, o atletismo, entre outros responsáveis por muitas medalhas olímpicas, vivem desesperados atrás de um minguado patrocínio, enquanto clubes e atletas profissionais de futebol nadam num mar de dinheiro.
4. O tema abaixo está delimitado. Organize-o em causas, conseqüências e soluções
Trânsito caótico nas grandes cidades
violência e morte no trânsito;
as pessoas não respeitam a sinalização;
à noite ocorrem muitos acidentes;
o transporte coletivo é muito precário;
na Europa o transporte é feito basicamente por trem e metrô;
as pessoas preferem transporte particular a coletivo;
o trânsito deixa as pessoas nervosas e violentas;
as ruas estão muito estreitas;
há poucos viadutos e vias de acesso rápido;
a poluição é muito grande devido ao número excessivo de carros no centro da cidade;
deveria ser limitado o número de veículos no centro da cidade, porém esta medida não agrada aos comerciantes;
a prefeitura não tem verbas para melhorar o transporte coletivo;
o transporte poderia ser privatizado e a prefeitura poderia fiscalizar o serviço.
5. Crie uma introdução para os seguintes desenvolvimentos, delimitando o tema no tópico frasal:
... Preços disparando nos supermercados, salários perdendo seu valor aquisitivo, greves pipocando pelo país, são exemplos desta situação.
... Por exemplo, enquanto existe a pronúncia culta de “palha”, “problema”, “homem”, existe a pronúncia popular em “paia”, “pobrema”, “hômi”.
6. O tema “Drogas” está delimitado; escolha um deles e selecione algumas idéias:
Drogas lícitas
Drogas ilícitas
Drogas entre os adolescentes
As drogas e a violência
Por que se procuram as drogas na vida moderna
O que a sociedade deve fazer perante o problema das drogas
Drogas e pobreza
7. Agora, redija um parágrafo sobre o tema delimitado e organizado em (6).
8. Crie uma introdução para os seguintes desenvolvimentos, delimitando o tema no tópico frasal:
a) ... Podemos citar alguns exemplos: carros estacionados sobre as calçadas ou avançando semáforos, pedestres que não atravessam a rua na faixa de segurança.
b) ... Talvez a maior novidade, que começa a preocupar os observadores, seja a “revolução informática” e suas conquistas mais recentes: videogames, videocassetes e, principalmente, os microcomputadores, que começam a fazer parte do nosso cotidiano e cuja manipulação já é acessível não só aos adultos leigos, mas até às crianças.
9. Escolha um dos itens a seguir e delimite o tema, selecione e organize as idéias com relação aos seguintes temas:
Discriminação; b) Ensino; c) Saúde; d) Felicidade e) Trabalho.
10.Produza parágrafo dissertativo sobre um dos temas escolhidos em (9)
	SEMANA 10
DROGA PESADA
Fui dependente de nicotina durante 20 anos. Comecei ainda adolescente, porque não sabia o que fazer com as mãos, quando chegava às festas. Era início dos anos 60, e o cigarro estava em toda parte: televisão, cinema, outdoors e com os amigos. As meninas começavam a fumar em público, de minissaia, com as bocas pintadas assoprando a fumaça para o alto. O jovem que não fumasse estava por fora. 
	Um dia, na porta do colégio, um amigo me ensinou a tragar. Lembro que fiquei meio tonto, mas saí de lá e comprei um maço na padaria. Caí na mão do fornecedor por duas décadas; 20 cigarros por dia, às vezes mais. 
	Fiz o curso de Medicina fumando. Naquela época, começavam a aparecer os primeiros estudos sobre os efeitos do cigarro no organismo, mas a indústria tinha equipes de médicos encarregados de contestar sistematicamente qualquer pesquisa que ousasse demonstrar a ação prejudicial do fumo. Esses cientistas de aluguel negavam até que a nicotina provocasse dependência química, desqualificando o sofrimento da legião de fumantes que tentam largar e não conseguem. 
	Nos anos 1970, fui trabalhar no Hospital do Câncer de São Paulo. Nesse tempo, a literatura científica já havia deixado clara a relação entre o fumo e diversos tipos de câncer: de pulmão, esôfago, estômago, rim, bexiga e os tumores de cabeça e pescoço. Já se sabia até que, de cada três casos de câncer, pelo menos um era provocado pelo cigarro. Apesar do conhecimento teórico e da convivência diária com os doentes, continuei fumando. 
	Na irresponsabilidade que a dependência química traz, fumei na frente dos doentes a quem recomendava abandonar o cigarro. Fumei em ambientes fechados diante de pessoas de idade, mulheres grávidas e crianças pequenas. Como professor de cursinho, durante quase 20 anos, fumei nas salas de aula, induzindo muitos jovens a adquirir o vício. Quando me perguntavam: “Mas você é cancerologista e fuma?, eu ficava sem graça e dizia que iria parar. Só que esse dia nunca chegava. A droga quebra o caráter do dependente. 
	A nicotina é um alcalóide. Fumada, é absorvida rapidamente nos pulmões, vai para o coração e através do sangue arterial se espalha pelo corpo todo e atinge o cérebro. No sistema nervoso central, age em receptores ligados às sensações de prazer. Esses, uma vez estimulados, comunicam-se com os circuitos de neurônios responsáveis pelo comportamento associado à busca do prazer. De todas as drogas conhecidas, é a que mais dependência química provoca. Vicia mais do que álcool, cocaína e morfina. E vicia depressa: de cada dez adolescentes que experimentam o cigarro, quatro vezes, seis se tornam dependentes para o resto da vida. 
	A droga provoca crise de abstinência insuportável. Sem fumar, o dependente entra num quadro de ansiedade crescente, que só passa com uma tragada. Enquanto as demais drogas dão trégua de dias, ou pelo menos de muitas horas, ao usuário, as crises de abstinência da nicotina se sucedem em intervalos de minutos. Para evitá-las, o fumante precisa ter o maço ao alcance da mão; sem ele, parece que está faltando uma parte do corpo. Como o álcool dissolve a nicotina e favorece sua excreção por aumentar a diurese, quando o fumante bebe, as crises de abstinência se repetem em intervalos tão curtos que ele mal acaba de fumar um, já acende outro. 
	Em 30 anos de profissão, assisti às mais humilhantes demonstrações do domínio que a nicotina exerce sobre o usuário. O doente tem um infarto do miocárdio, passa três dias na UTI entre a vida e a morte e não pára de fumar, mesmo que as pessoas mais queridas implorem. Sofre um derrame cerebral, sai pela rua de bengala arrastando a perna paralisada, mas com o cigarro na boca. Na vizinhança do Hospital do Câncer, cansei de ver doentes que perderam a laringe por câncer, levantarem a toalhinha que cobre o orifício respiratório aberto no pescoço, aspirarem e soltarem a fumaça por ali. 
	Existe uma doença, exclusiva de fumantes, chamada tromboangeíte obliterante, que obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose dos tecidos. O doente perde os dedos do pé, a perna, uma coxa,depois a outra, e fica ali na cama, aquele toco de gente, pedindo um cigarrinho pelo amor de Deus. 
	Mais de 95% dos usuários de nicotina começaram a fumar antes dos 25 anos, a faixa etária mais vulnerável às adições. A imensa maioria comprará um maço por dia pelo resto de suas vidas, compulsivamente. Atrás desse lucro cativo, os fabricantes de cigarro investem fortunas na promoção do fumo para jovens: imagens de homens de sucesso, mulheres maravilhosas, esportes radicais e a ânsia de liberdade. Depois, com ar de deboche, vêm a público de terno e gravata dizer que não têm culpa se tantos adolescentes decidem fumar. 
	O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia. 
(Drauzio Varella, In: Folha de S. Paulo, 20.05.2000) 
Dr. Varella inicia seu texto apresentando-se como um “ex-dependente da nicotina”. Por que faz isso? Qual é a sua intenção com essa apresentação inicial? 
O fato de se apresentar como médico apenas depois de ter se apresentado como ex-fumante é importante para a argumentação que ele constrói em seu texto? Por quê? 
Qual é a relação que o médico estabelece, em seu texto, entre a propaganda tabagista e a juventude? 
Qual é o ponto de vista defendido a respeito da proibição da propaganda de cigarros? 
Quais os argumentos utilizados pelo autor para defender seu ponto de vista e como se classificam? 
Identifique no texto as formas narrativas, descritivas, dissertativas e de definição presentes no texto.
 
A CRASE
Usa-se o acento indicativo de crase quando houver a contração da preposição a e do artigo feminino a ou com os pronomes demonstrativos aquela e suas variações.
Eu vou a + a feira = Eu vou à feira.
Note como houve o encontro da preposição a e do artigo a. Caso trocássemos feira por mercado, veríamos que ocorreria o encontro da preposição a com o artigo o.
Eu vou a + o mercado = Eu vou ao mercado.
	REGRA PRÁTICA
Trocar a palavra feminina por uma masculina semelhante. Se ocorrer com a palavra masculina o encontro ao, com a feminina ocorrerá a fusão à.
 O professor se referiu ao aluno = O professor se referiu à aluna.
Trocar a preposição a pela preposição para.
A secretária foi para a reunião = A secretária foi à reunião.
REGRAS ESPECÍFICAS
Nem sempre será possível, aplicar as regras práticas. Haverá casos que solicitarão o uso de algumas regras específicas.
Horas: ocorrerá a crase. Irei ao clube hoje às 14 horas. A reunião será das 15 às 20 horas.
	Observação: A palavra desde elimina a ocorrência da crase:
 Estou esperando você desde as 2 horas.
Veja que se usarmos meio-dia, não haverá o encontro a + o: 
 Estou esperando você desde o meio-dia.
Dias da semana: ocorrerá crase somente no plural. 
Das segundas às sextas-feiras, haverá reuniões.
	 Observação:
No singular não ocorrerá a crase:
 Haverá reunião de segunda a sexta- feira.
Não ocorrerá crase antes dos meses do ano:
 De janeiro a março, teremos dias quentes.
Nome de lugares: A ocorrência da crase será constatada com o auxílio do verbo vir ou voltar.
 	Irei à Argentina = Venho da Argentina.
Vou à Roma Antiga = Voltei da Roma Antiga.
Irei a Marília = Venho de Marília. 
Vou a Roma = Voltei de Roma.
Ao usar o verbo vir ou voltar, deve-se observar a incidência do artigo na preposição de:
da = à
de = a
À moda ou à maneira: ocorrerá crase com estas expressões mesmo que subentendidas:
Comi um bife à moda milanesa ou Comi um bife à milanesa.
Escrevo à maneira de Nelson Rodrigues, ou Escrevo à Nelson Rodrigues.
	Observação: Esta regra ocorrerá com qualquer palavra subentendida:
 Fui à Marechal Deodoro. = Fui à rua Marechal Deodoro.
 Esta caneta é igual à que comprei. = Esta caneta é igual à caneta que comprei.
Distância: ocorrerá crase quando é determinada a distância:
Vi sua chegada a distância.
Vi sua chegada à distância de dez metros.
Casa: ocorrerá crase quando não existir o sentido de lar ou quando estiver modificada.
Volte a casa. (sentido de lar)
Vou à casa de meus irmãos. (modificada = de meus irmãos)
Terra: ocorrerá crase quando não estiver no sentido de solo:
Cheguei a terra. (solo)
O lavrador trabalha a terra. (solo)
Cheguei à terra natal.
Os astronautas regressaram à Terra tranquilos.
Pronomes: ocorrerá crase somente nestes casos:
pronomes relativos a qual e as quais:
Esta é a garota à qual me referi.
pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo:
Referi-me àquele livro.
Note que se usássemos outro pronome apareceria a preposição a:
Referi-me a este livro = Referi- me a + aquele livro.
	Observação: Com os pronomes demonstrativos a e as, só ocorrerá crase com verbos que exigirem a preposição a:
 Assisti a todas aulas do dia, menos às de física.
Note que o verbo assistir neste caso pede a preposição a:
 Assisti a todas e assisti a + as de física.
Pronomes possessivos femininos (minha, tua, sua, nossa...): a ocorrência de crase é facultativa:
Assisti a tua peça musical, ou Assisti à tua peça musical.
Locuções Adverbiais, Prepositivas e Conjuntivas Femininas. Normalmente respondem às perguntas onde? como? por quê?
Veja: Comerei à luz de vela. – Comerei como? à luz de vela. Caso não usasse o acento indicativo de crase a frase teria outro sentido. Comerei a luz de vela – Significa que a luz de vela será comida, o que é incoerente.
Outro exemplo: Adiou à noite. – Adiou quando? à noite.
Adiou a noite. – Significa que a noite foi adiada.
Observe algumas locuções: à risca, às cegas, à direita, à força, à revelia, à escuta, à procura de, à espera de, às claras, às vezes, às pressas, à paisana, à tarde, à noite, à toa, à medida que, à proporção que, etc.
EXERCÍCIOS
Use o acento indicativo de crase quando necessário:
Irei a Campinas amanhã e a saudosa Araraquara na semana que vem.
Fomos a Itália e não fomos a Roma.
Esta é a rua a que me referia ontem.
As cegas, o policial estava a procura do ladrão na mata escura.
A discussão é pertinente a gerência financeira.
Víamos a distância de dez metros os marinheiros descerem a terra (contrário de bordo)
Aquela é a mulher a qual dediquei metade de minha vida em vão.
EXERCÍCIOS DE PRODUÇÃO DE TEXTO
1.DÊ SUA OPINIÃO A PARTIR DOS FATOS A SEGUIR
NÃO USE “EU ACHO, CONCORDO, DISCORDO”. A OPINIÃO QUE SE ESPERA É UM COMENTÁRIO CRÍTICO SEU BASEADO NA SUA EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO. USE A 3A PESSOA.
Encontrada no Nordeste uma casa que abrigava prostitutas, em sua maioria menores que eram obrigadas a prostituir-se.
Cresce em São Paulo o número de viciados em “CRACK”.
2.ESCOLHA UM TEMA, DÊ SUA OPINIÃO E EM SEGUIDA RELACIONE FATOS QUE A SUSTENTE
AIDS - DROGA – FAMÍLIA – ESCOLA – TRÂNSITO – ABORTO – TELEVISÃO – ESPORTE
NÃO USE “EU ACHO, CONCORDO, DISCORDO”. A OPINIÃO QUE SE ESPERA É UM COMENTÁRIO CRÍTICO SEU BASEADO NA SUA EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO. USE A 3A PESSOA.
3. DESENVOLVA OS TÓPICOS FRASAIS A SEGUIR:
A programação das emissoras de televisão contribui para o aumento da violência nas ruas.
Muitos acontecimentos danosos em nossas vidas podem contribuir para o nosso crescimento enquanto ser humano.
4. BASEANDO-SE NAS PROPOSTAS A SEGUIR, ELABORE O TÓPICO FRASAL. DEPOIS, DESENVOLVA UM PARÁGRAFO DISSERTATIVO CONTINUANDO A IDEIA CENTRAL.
Proposta: As diferenças sociais no Brasil
Tópico frasal:
Desenvolvimento:
A falta de diálogo entre pais e filhos
Tópico frasal:
Desenvolvimento:
	SEMANA 11
DISSERTAÇÃO E ARGUMENTAÇÃO
(Partes deste capítulo foram extraídos/adaptados de SOBRAL, João Jonas Veiga. Redação: escrevendo com prática. São Paulo: Iglu, 1997; FIORIN, José Luiz e SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2000; PACHECO, Agnelo C. A dissertação. São Paulo: Atual, 1993 e da apostila da Profa. Ana M. Ziccardi).
Dinâmica

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