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Sexismo em Livros Didáticos

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Resumo do artigo: Combate ao sexismo em livros didáticos: construção da agenda e sua crítica. 
O texto de Rosemberg retrata o tema do sexismo dentro dos livros didáticos, a autora faz um levantamento histórico sobre esse polemico assunto e fala sobre sua abrangência em vários países. A autora faz uma revisão critica dos conteúdos dos LDs, mostrando o envolvimento de diversos autores e de movimentos ativistas.
Sexismo é a diminuição de um gênero sexual em detrimento de outro. Nos livros didáticos retratados pela pesquisa é visível o privilegio de figuras masculinas e uma sub-representação feminina. O sexismo no LD mostra a mulher como uma figura indefesa no ambiente doméstico e excluída de papeis ativos e de grande importância.
Iniciou-se após a primeira guerra mundial uma revisão dos conteúdos do LDs, pois educadores e políticos criticaram e tomaram iniciativas sobre o ensino da historia, tudo isso foi criado pois os LDs induziam a xenofobia através de imagens errôneas dos inimigos.
Na década 60 e 70 começam as analises das relações de gênero dentro dos livros didáticos, a partir daí inicia-se um grande movimento em todo mundo, mas com uma força bem maior nos EUA e na Europa. Vários grupos feministas começaram abraçar essa causa, contribuindo com o fortalecimento desse movimento, eles tiveram o apoio de diversos autores e varias comissões revisadoras foram criadas. É só nos anos 70 que a educação especifica foi problematizada pelo movimento feminista.
O autor André Michel cita que” a primeira manifestação do sexismo esta no fato de se negar a realidade social e a diversidade de situações”. Isso mostra que o sexismo no LD era latente e as pessoas negligenciavam a sua existência.
No Brasil, na década de 1970, ocorreu a primeira manifestação publica do feminismo contemporâneo, com a critica “estereótipos sexuais na escola”. Dez anos mais tarde o tema estereótipos sexuais adentrou a literatura acadêmica, o tema penetrou o Programa Nacional do Livro Didático – PNLD – que, em 2007, comprou 102,5 milhões de exemplares produzidos por editoras privadas e distribuídos gratuitamente nas escolas publicas e comunitárias. Nesse contexto a escola não é vista como responsável, mas sim como agência fortalecedora de estereótipos através dos textos utilizados.
Na época da ditadura militar o movimento feminista aliou-se a progressistas de esquerda, para um enfrentamento da questão de processos políticos e sociais mais amplos relativos ao tema de reivindicações sobre a mulher trabalhadora adulta.
As produções sobre sexismo nos LDs no Brasil é considerada esporádica e de autorias individuais, sem debates e monitoramento das mudanças nos conteúdos dos LD.
Diversos autores entre eles Rosemberg discutiam a revisão da literatura sobre mulher, educação e formação no pais de 1936 até atualidade. O Brasil é signatário de diversos acordos internacionais para a igualdade de acesso a educação entre mulheres e homens.
As ações do governo federal assumiram e proporcionaram introduzindo o tema das discriminações de gênero na educação e nos LDs. Desde 1996 o “preconceito” de sexo e gênero constitui um dos critérios para eliminar LD do sistema oficial Brasileiro de compra e distribuição. 
Nos anos de 1980 e 1990 o tema estereotipo de gênero/raça fortaleceram o poder de negociação do MEC com as editoras, mas com a intenção de pressionar as editoras, fez com que a avaliação de 1993 fosse divulgada onde encontrava grandes erros e conceitos diferentes que fora comprados pelo governo federal e distribuídas nas escolas.Essa estratégia fez com que as editoras acatassem de forma criteriosa para avaliação dos LDs e contribuíssem com a aliança do MEC com movimentos negros e feministas.
A difusão de toda produção acadêmica sobre sexismo é pouco consistente compartilhada pelo senso comum. Nas sínteses elaboradas pelo MEC (2006) publicadas no Guia de Livros Didáticos 2007, não há informações sobre o tratamento dado pelos livros ali apresentados. Existem preconceitos,estereótipos ou discriminações. O foco é em critérios teóricos estruturais e metodológicos, que não tratam do sexismo no LD. A constatação de permanência de estereótipos impulsiona a participação de movimentos sociais a participarem das comissões de avaliação.

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