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Juhlen Maísa Michels Stange - jhls.dis@hotmail.com - CPF: 093.315.009-12
 
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Você acaba de adquirir o Método CLQ de Direito Civil para o Concurso do TRE – 
Unificado, cargo: Analista Judiciário – Área Judiciaria. 
Esse material é totalmente focado no certame e aborda principais pontos dessa 
disciplina. 
Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova, a partir de uma 
metodologia exclusiva, na qual você terá a teoria, a legislação cobrada pelo edital e ao final, 
questões de fixação do conteúdo. 
Ao escolher nosso material que combina a teoria, legislação e questões de fixação, 
você está garantindo uma preparação completa e eficiente. Essa abordagem integrada 
ajudará você a desenvolver um entendimento mais sólido e aprimorado do assunto, além 
de fornecer uma robusta base para alcançar resultados positivos no concurso. 
Desta forma, em um único material, você estudará pelos três pilares da aprovação! 
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus 
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com. 
 
 
Bons Estudos! 
 
Rumo à Aprovação!! 
 
 
 
 
 
 
Juhlen Maísa Michels Stange - jhls.dis@hotmail.com - CPF: 093.315.009-12
mailto:cadernomapeado@gmail.com
 
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SUMÁRIO 
CADERNO MAPEADO ................................................................................................................................... 4 
PESSOA NATURAL E DIREITOS DA PERSONALIDADE .......................................................................... 4 
1) Introdução.................................................................................................................................................. 4 
2) Pessoa Natural .......................................................................................................................................... 4 
3) Capacidade ................................................................................................................................................. 5 
3.1) Absolutamente Incapazes e Relativamente Incapazes ................................................................ 5 
4) Emancipação .............................................................................................................................................. 6 
5) Morte ........................................................................................................................................................... 7 
5.1) Morte real ............................................................................................................................................... 7 
5.2) Morte presumida .................................................................................................................................. 7 
5.2.1) Comoriência ........................................................................................................................................ 8 
5.2.2) Da Ausência ........................................................................................................................................ 8 
6) Direitos da Personalidade ...................................................................................................................... 9 
6.1) Características ........................................................................................................................................ 9 
6.2) Direito à integridade física ............................................................................................................... 10 
6.3) Direito ao nome civil .......................................................................................................................... 11 
6.4) Direito à imagem ................................................................................................................................ 11 
6.4.1) Direito ao esquecimento ............................................................................................................... 12 
6.5) Direito à vida privada ........................................................................................................................ 12 
LEGISLAÇÃO MAPEADA............................................................................................................................. 13 
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 - CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO ..................................... 13 
PARTE GERAL ............................................................................................................................................... 13 
TÍTULO I: DAS PESSOAS NATURAIS ....................................................................................................... 13 
Capítulo I: Da personalidade e da capacidade ..................................................................................... 13 
Capítulo II: Dos direitos da personalidade ............................................................................................ 19 
Capítulo III: Da ausência ............................................................................................................................ 21 
Seção I: Da curadoria dos bens do ausente .............................................................................................. 21 
Seção II: Da sucessão provisória ................................................................................................................. 21 
Seção III: Da sucessão definitiva .................................................................................................................. 23 
QUESTÕES MAPEADAS .............................................................................................................................. 24 
Gabarito Comentado .................................................................................................................................. 26 
 
Juhlen Maísa Michels Stange - jhls.dis@hotmail.com - CPF: 093.315.009-12
 
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CADERNO MAPEADO 
Iniciaremos os estudos do dia com a teoria, através do nosso Caderno Mapeado. Neste ponto inicial, 
te disponibilizamos a teoria esquematizada e facilitada para que você, concurseiro, entenda a matéria 
antes de estudar a lei orgânica. 
Importante a sua atenção durante o estudo, pois a nomenclatura utilizada pelo edital nem sempre é 
a mesma utilizada pela legislação, mas o material segue os temas cobrados no certame. 
 
PESSOA NATURAL E DIREITOS DA PERSONALIDADE 
1) Introdução 
Iniciamos os estudos na matéria de Direito Civil, a fim de facilitar o seu estudo e sua compreensão 
da matéria, alguns temas podem não necessariamente seguir a ordem que trouxemos acima, ou até 
mesmo estarem contidos em outros tópicos. 
1 – Pessoa Natural e Direitos da personalidade: pessoa natural; capacidade; emancipação; 
morte; direito de personalidade. 
 
Tenha em mente que a sua disciplina e esforço são imprescindíveis para a sua aprovação! Bons 
estudos e desejamos sucesso na sua aprovação! 
 
2) Pessoa Natural 
A personalidade jurídica é a aptidão para se titularizar direitos e contrair obrigações na órbita jurídica, 
vale dizer, é o atributo do sujeito de direito. 
Nascituro Concepturo Natimorto 
É o ente de vida intrauterina. Também chamado de prole 
eventual, é aquele que não 
chegou a ser concebido. 
(Enunciado 1 do CJF) - O feto 
nascido morto. Nesse caso, ele 
deverá ser registrado em livro 
próprio do cartório de pessoas 
naturais. 
 
Existem 3 teorias acerca da personalidade ou não do nascituro (natureza jurídica do nascituro): 
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 Teoria Natalista: a personalidade jurídica só seria adquirida a partir do nascimento com vida. 
Portanto, o nascituro não seria considerado pessoa, gozando de mera expectativa de direito.Teoria da Personalidade Condicional: o nascituro seria dotado de personalidade apenas para 
direitos especiais (vida, por exemplo). Porém, apenas viria a consolidar a aquisição de direitos 
econômicos ou materiais sob a condição de nascer com vida. A maior crítica dessa teoria é que ela 
está apegada a questões patrimoniais e os direitos da personalidade não podem estar sujeitos a 
condição, termo ou encargo. 
 Teoria Concepcionista: o nascituro é dotado de personalidade jurídica, desde a concepção 
(nidação), inclusive para efeitos patrimoniais. 
O Enunciado 1 do CJF, aprovado na I Jornada de Direito Civil, adota esse posicionamento: “A 
proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da 
personalidade, tais como: nome, imagem e sepultura”. 
 
Clóvis Beviláqua, seguido por grande parte da doutrina contemporânea, entende que o Código Civil 
aparentemente pretendeu adotar a teoria natalista. 
 
3) Capacidade 
A capacidade está prevista no art. 1º do Código Civil: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres 
na ordem civil”. 
A capacidade se divide em duas: 
 Capacidade de direito/gozo: é a capacidade geral, genérica, que qualquer pessoa tem, é a 
capacidade para ser sujeito de direitos e deveres na ordem privada. 
 Capacidade de fato/exercício: Nem toda pessoa tem, pois ela traduz uma aptidão para 
pessoalmente praticar atos na vida civil. 
Assim, a capacidade civil plena é a capacidade de direito somado a capacidade de fato. 
 
3.1) Absolutamente Incapazes e Relativamente Incapazes 
Segundo o art. 3º, são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 (dezesseis) anos. 
Atualmente, somente são absolutamente incapazes os menores de 16 anos, não havendo maiores 
absolutamente incapazes. 
Por outro lado, quanto aos relativamente incapazes, dispõe o art. 4º do CC: 
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A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 
 
4) Emancipação 
Trata-se de ato jurídico que antecipa os efeitos da capacidade civil plena, da maioridade. 
 Enunciado 530 do CJF. A emancipação, por si só, não elide a incidência do Estatuto da 
Criança e do Adolescente. 
De acordo com o Código Civil a menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa 
fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Cessará, para os menores, a incapacidade 
 pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial (Emancipação Voluntária), ou por sentença do juiz, ouvido o 
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos (Emancipação Judicial); 
 pelo casamento (Emancipação Legal); 
 pelo exercício de emprego público efetivo (Emancipação Legal); 
 pela colação de grau em curso de ensino superior (Emancipação Legal); 
 pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em 
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria (Emancipação Legal). 
 
São incapazes, relativamente a 
certos atos ou à maneira de os 
exercer
os maiores de dezesseis e 
menores de dezoito anos;
os ébrios habituais e os viciados 
em tóxico;
aqueles que, por causa transitória 
ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade;
os pródigos
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É necessário ter a compreensão de que o alcance da maioridade civil não implica cancelamento 
automático da pensão alimentícia, que exige a garantia do contraditório, conforme entendimento 
sumulado do STJ: 
 Súmula 358 do STJ. O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade 
está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos. 
 
5) Morte 
5.1) Morte real 
De acordo com o art. 6º do CC a existência da pessoa natural termina com a morte, presume-se esta, 
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
Alguns direitos do morto permanecem diante da possibilidade de os lesados indiretos pleitearem 
indenização por lesão à honra ou imagem do de cujus. 
Vejamos um esquema para facilitar a fixação: 
Art. 12, parágrafo único, do CC Art. 20, parágrafo único, do CC 
Lesão a direitos da personalidade do morto Também chamado de prole eventual, é aquele 
que não chegou a ser concebido. 
Legitimados pela norma: ascendentes, 
descendentes, cônjuge e colaterais até quarto 
grau. 
Legitimados pela norma: ascendentes, 
descendentes e cônjuge. 
 
5.2) Morte presumida 
A morte presumida pode ser com ou sem decretação de ausência. A morte sem decretação de 
ausência ocorre em dois casos: 
 Desaparecimento do corpo da pessoa, sendo extremamente provável a morte de quem estava 
em perigo de vida; 
 Desaparecimento de pessoa envolvida em campanha militar ou feito prisioneiro, não sendo 
encontrada até dois anos após o término da guerra. 
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Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência 
 se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida 
 se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o 
término da guerra 
 
A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas 
as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 
 
5.2.1) Comoriência 
Comoriência é um conceito legal utilizado no direito civil brasileiro para lidar com situações em que 
duas ou mais pessoas morrem em um mesmo evento, como um acidente, um desastre natural ou 
um crime, e não é possível determinar quem faleceu primeiro, conforme o artigo 8º do Código 
Civil. 
Essa presunção de comoriência é importante para questões relacionadas à sucessão hereditária, ou 
seja, à transmissão dos bens do falecido aos seus herdeiros. Se, por exemplo, um casal falece em um 
acidente e um deles seria herdeiro do outro, mas não é possível determinar quem morreu primeiro, 
a presunção de comoriência faz com que se entenda que não houve transmissão hereditária entre 
eles. Isso significa que os bens de cada um serão transmitidos aos seus próprios herdeiros, de acordo 
com as regras de sucessão estabelecidas pela lei. 
É importante ressaltar que a presunção de comoriência pode ser afastada em algumas situações 
excepcionais. Se houver evidências claras ou provas contundentes de que uma pessoa sobreviveu 
à outra, mesmo que por um curto período, é possível comprovar a ordem das mortes e afastar a 
presunção de comoriência. Nesses casos, as consequências jurídicas serão determinadas conforme 
a ordem dos óbitos comprovada. 
Em resumo, a comoriência é uma presunção legal que estabelece que, quando não é possível 
determinar a ordem das mortes, presume-se que as pessoas faleceram simultaneamente. Essa 
presunção tem impacto na sucessão hereditária, garantindo que os bens sejam transmitidos aos 
respectivos herdeiros de cada pessoa envolvida na comoriência, em vez de serem transferidos entre 
elas. 
 
5.2.2) Da Ausência 
A ausência ocorre quando a pessoa desaparece do seu domicílio sem deixar notícia e/ou 
representante que administre os seus bens. 
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Quanto à ausência é imprescindível a leitura dos dispositivos legais (arts 22 ao 39 do CC), uma vez 
que, quando cobrado na prova, geralmente é a letra fria da lei. 
 
6) Direitos da Personalidade 
6.1) Características 
Os direitos da personalidade, de acordo com o art. 11, são intransmissíveis e irrenunciáveis, não 
podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
Embora haja essa previsão legal, entende-se que é possível que haja limitação aos atos de disposição 
dos direitos da personalidade,desde que observado o seguinte: 
 O ato de disposição não pode ser permanente; 
 Não pode ser genérico 
Ex.: Realitys show como o BBB. 
 Não pode violar a dignidade do titular. 
Nesse sentido, enunciado nº 04 da Jornada de Direito Civil: 
 Enunciado 4 do CJF: O exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação 
voluntária, desde que não seja permanente nem geral. 
Nesse sentido, são características dos direitos de personalidade: 
 
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6.2) Direito à integridade física 
Estão dispostos no art. 13 a 15 do Código Civil: 
Art. 13 Art. 14 Art. 15 
Art. 13. Salvo por exigência médica, 
é defeso o ato de disposição do 
próprio corpo, quando importar 
diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os 
bons costumes. Parágrafo único. O 
ato previsto neste artigo será 
admitido para fins de transplante, na 
forma estabelecida em lei especial. 
Art. 14. É válida, com objetivo 
científico, ou altruístico, a 
disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para 
depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de 
disposição pode ser livremente 
revogado a qualquer tempo. 
Art. 15. Ninguém pode ser 
constrangido a submeter-se, 
com risco de vida, a 
tratamento médico ou a 
intervenção cirúrgica. 
 
A violação da integridade física caracteriza o chamado dano estético. 
 Enunciado 403 do CJF: O direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no 
art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, 
inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, 
Características dos direitos 
de personalidade
Intransmissibilidade
Irrenunciabilidade
Absolutos
Inatos 
Extrapatrimoniais
Impenhoráveis
Vitalícios
Imprescritíveis
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desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo 
repre- sentante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição 
que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante. 
 
6.3) Direito ao nome civil 
Nos termos do art. 16, toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
Além disso, o nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória, 
sendo que, sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
Quanto ao pseudônimo, caso adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
É possível se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e 
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. No caso de morto, terá legitimação para 
requerer a reparação o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o 
quarto grau. 
Um tema sempre cobrado diz respeito à possibilidade de o transgênero alterar seu prenome e 
gênero no registro civil mesmo sem fazer cirurgia de transgenitalização e mesmo sem autorização 
judicial. 
 “O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu prenome e de sua 
classificação de gênero no registro civil, não se exigindo, para tanto, nada além da manifestação de 
vontade do indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como diretamente 
pela via administrativa. Essa alteração deve ser averbada à margem do assento de nascimento, 
vedada a inclusão do termo “transgênero”. (STF. Plenário. RE 670422/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, 
julgado em 15/8/2018 (repercussão geral – Info 911). 
 
6.4) Direito à imagem 
O direito à imagem é também protegido constitucionalmente, além de estar protegido também pelo 
Código Civil. 
Art. 5º, V e X, da CF Art. 20 do Código Civil: 
Art. 5º. (...) 
V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano mate- rial, moral ou à imagem; (...) 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à 
administração da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a 
exposição ou a utilização da imagem de uma 
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X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação; 
pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento 
e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe 
atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins 
comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de 
ausente, são partes legítimas para requerer essa 
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os 
descendentes. 
 
6.4.1) Direito ao esquecimento 
O direito ao esquecimento é o direito que uma pessoa possui de não permitir que um fato, ainda 
que verídico, ocorrido em determinado momento de sua vida, seja exposto ao público em geral, 
causando-lhe sofrimento ou transtornos. 
O STF decidiu que o ordenamento jurídico brasileiro não consagra o direito ao esquecimento: 
É incompatível com a Constituição a ideia de um direito ao esquecimento, assim entendido como o 
poder de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos e licita- 
mente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou digitais. Eventuais 
excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados 
caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais – especialmente os relativos à proteção da honra, 
da imagem, da privacidade e da personalidade em geral – e as expressas e específicas previsões 
legais nos âmbitos penal e cível. (STF. Plenário. RE 1010606/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 
11/2/2021 (Repercussão Geral – Tema 786 - Info 1005). 
 
6.5) Direito à vida privada 
De acordo com o art. 21 do CC, a vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento 
do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta 
norma. 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO MAPEADA 
Após o estudo da teoria iniciaremos o estudo dos dispositivos da legislação para a sua prova. Trata-
se de um estudo fundamental em busca da sua aprovação e, portanto, requer muita atenção. 
 
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 - CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 
Institui o Código Civil. O Código Civil é dividido em uma parte geral e outra parte especial. 
Iniciaremos agora o estudo dos temas referentes à parte geral. 
 
PARTE GERAL 
 
TÍTULO I: DAS PESSOAS NATURAIS 
O Título I se refere às Pessoas Naturais, um dos principais temas em Direito Civil para concursos 
públicos. Dessa forma, o candidato deverá ter bastante atenção neste assunto. 
 
Capítulo I: Da personalidade e da capacidade 
Art. 1º Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
Comentário: 
CAPACIDADE DA PESSOA NATURAL 
Capacidade de 
direito (jurídica ou de 
gozo) 
Capacidade para ser sujeito de direitos e deveres na ordem civil. Todas pessoas 
possuem. 
Capacidade de fato 
(exercício) 
Capacidade para exercer direito. Algumas pessoas não possuem. 
De acordo com o Código Civil, a capacidade de fato ocorre quando a pessoa faz 
18 anos. 
Capacidade civil 
plena 
Trata-se da reunião da capacidade de direito e capacidade de fato. 
Personalidade São os direitos subjetivos existenciais, que tutelam atributos que são inerentes à 
pessoa humana. 
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Legitimidade Trata-se de capacidade processualCorresponde a uma das condições da ação previstas no art. 17 do CPC/15 
Legitimação Trata-se de capacidade especial para o exercício de determinado ato jurídico. 
Ex.: necessidade de outorga conjugal para venda de imóvel. 
 
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Comentário: 
A personalidade jurídica é a aptidão para se titularizar direitos e contrair obrigações na órbita jurídica, 
vale dizer, é o atributo do sujeito de direito. 
Nascituro Concepturo Natimorto 
É o ente de vida intrauterina. Também chamado de prole 
eventual, é aquele que não 
chegou a ser concebido. 
(Enunciado 1 do CJF) - O feto 
nascido morto. Nesse caso, ele 
deverá ser registrado em livro 
próprio do cartório de pessoas 
naturais. 
 
Pessoa é o ser (pessoa natural) ou ente (pessoa jurídica) dotado de personalidade. 
A pessoa natural é reconhecida pelo ordenamento (preexiste ao ordenamento), já a pessoa jurídica 
é concebida pelo ordenamento jurídico. Ambas são dotadas de personalidade. 
Por sua vez, a personalidade é um vocábulo que no Direito Civil tem duplo sentido técnico. 
No capítulo I, do Título I da Parte Geral do CC a personalidade mencionada é a personalidade jurídica 
ou personalidade civil (Art. 1º a 10, CC). Refere-se à ideia de titularidade de bens ou relações jurídicas. 
A Personalidade jurídica/civil é uma aptidão genérica para que o sujeito possa ser titular de direitos 
e deveres na ordem jurídica. Essa personalidade é um atributo da pessoa natural e da pessoa 
jurídica. 
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No capítulo II, encontram-se os Direitos da Personalidade (Art.11 a 21, CC), que são os direitos 
subjetivos existenciais, que tutelam atributos que são inerentes à pessoa humana. Só serão 
titularizados por pessoas naturais. Pessoa Jurídica não é titular de direitos de personalidade. 
 
 Importante! 
O art. 52 do Código Civil diz que se pode aplicar às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção 
conferida as pessoas naturais. Mas não significa que elas são titulares de direitos da personalidade. 
TEORIAS 
Teoria natalista O início da personalidade jurídica ou civil se dá a partir do momento em que 
há o nascimento com vida – Art. 2º, primeira parte, CC/02. 
Teoria concepcionista O início da personalidade estaria ligado ao momento da concepção. Quando 
o óvulo feminino é fecundado pelo espermatozoide masculino temos a 
formação de um embrião que se dá por meios naturais ou por técnicas de 
reprodução assistida. 
Teoria da personalidade 
condicionada 
Uma subcorrente da teoria concepcionista, pois prevê que o início da 
personalidade se dará desde a concepção, desde que houvesse o nascimento 
com vida. Ou seja, o nascimento com vida seria uma condição, um evento 
futuro e incerto, que quando implementado faria com a proteção à 
personalidade se desse de maneira retroativa e fictícia desde o momento em 
que houve a concepção. 
Para aplicar essas teorias, analisa se a proteção está relacionada à personalidade civil ou aos direitos da 
personalidade. 
O Código Civil foi claro: o sujeito só poderá se tornar a titular de direitos e deveres no momento em que 
nascer com vida. Para a personalidade civil aplicaremos a teoria natalista. 
 
Nascituro é aquele sujeito que já foi concebido, mas ainda não nasceu. 
O nascituro não detém personalidade jurídica. Somente com o nascimento com vida ele poderá 
ser titular de direitos de caráter patrimonial. Até pode ser feito uma doação ou um testamento para 
o nascituro, mas enquanto não nascer com vida existe uma mera expectativa de direito que se 
converterá em direito subjetivo a partir do momento em que nascer com vida. 
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Já a teoria concepcionista, segundo o STJ e a doutrina majoritária, será aplicável para os direitos da 
personalidade. 
Resumindo: 
 Os direitos da personalidade são protegidos desde a concepção. 
 O nascituro tem proteção aos seus direitos de personalidade? Sim. 
 Ex.: direitos à honra, imagem, ao corpo, à integridade física e psíquica. 
 
 Teoria natalista: personalidade jurídica 
 Teoria concepcionista: direitos da personalidade 
Resumo sobre Nascituro 
Não tem personalidade jurídica (aplicação da teoria natalista – ainda não nasceu com vida); 
Quanto a direitos patrimoniais tem mera expectativa de direito; 
Pode ser contemplado em liberalidades (Ex.: 542, CC - doação); 
Já terá proteção a seus direitos da personalidade (aplicação da teoria concepcionista); 
Poderá ser contemplado em indenizações por dano moral (STJ), pois possui proteção aos direitos da 
personalidade; 
Se nascer morto (natimorto) terá proteção existencial (Enunciados do CJF e Doutrina). 
Clóvis Beviláqua, notável doutrinador do Direito Civil, entende que o Código Civil aparentemente 
pretendeu adotar a teoria natalista, sendo este entendimento seguido por grande parte da doutrina 
contemporânea. 
 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 
16 (dezesseis) anos. 
I - (Revogado); 
II - (Revogado); L 
III - (Revogado). 
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Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de 18 anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática 
de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor 
tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, 
em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
Comentário: 
 
Cessará, para os menores, a 
incapacidade:
pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, 
mediante instrumento público, independentemente de 
homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o 
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
pelo casamento;
pelo exercício de emprego público efetivo;
pela colação de grau em curso de ensino superior;
pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência 
de relação de emprego, desde que, em função deles, o 
menor com dezesseis anos completos tenha economia 
própria.
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18 
 
 
Art. 6º A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, 
nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos 
após o término da guerra. 
Comentário: 
 
 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida 
depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do 
falecimento. 
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se 
algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
Art. 9º Serão registradosem registro público: 
I - os nascimentos, casamentos e óbitos; 
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz; 
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; 
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público: 
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação 
judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação; 
Casos em que pode ser declarada a morte 
presumida, sem decretação de ausência:
se for extremamente provável a morte de quem 
estava em perigo de vida;
se alguém, desaparecido em campanha ou feito 
prisioneiro, não for encontrado até dois anos 
após o término da guerra.
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III - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009) 
Comentário: 
Serão registrados em registro público: Far-se-á averbação em registro público: 
os nascimentos, casamentos e óbitos; das sentenças que decretarem a nulidade ou 
anulação do casamento, o divórcio, a separação 
judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal; 
a emancipação por outorga dos pais ou por 
sentença do juiz; 
dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem 
ou reconhecerem a filiação; 
a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; 
a sentença declaratória de ausência e de morte 
presumida. 
 
Capítulo II: Dos direitos da personalidade 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis 
e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
Comentário: 
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 
Características 
 
Intransmissibilidade e irrenunciabilidade 
Caráter absoluto 
Não-limitação 
Imprescritibilidade 
Impenhorabilidade 
Vitaliciedade 
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Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas 
e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste 
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
Comentário: 
LESÃO AOS DIREITOS DE PERSONALIDADE E À IMAGEM DO MORTO 
Lesão aos direitos de personalidade do morto Lesão a imagem do morto 
Previsão legal: art. 12, parágrafo único, CC Previsão legal: art. 20, parágrafo único, CC 
Legitimados: Ascendentes, descendentes, cônjuge e 
colaterais até 4 º grau. 
Legitimados: Ascendentes, descendentes e 
cônjuge 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar 
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial. 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no 
todo ou em parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico 
ou a intervenção cirúrgica. 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção 
difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da 
ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a 
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utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da 
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa 
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, 
adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
 
Capítulo III: Da ausência 
 
Seção I: Da curadoria dos bens do ausente 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver 
deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento 
de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. 
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário 
que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem 
insuficientes. 
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as 
circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. 
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por 
mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 
§ 1º Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, 
nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. 
§ 2º Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. 
§ 3º Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. 
 
Seção II: Da sucessão provisória 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou 
procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência 
e se abra provisoriamente a sucessão. 
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: 
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I - o cônjuge não separado judicialmente; 
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; 
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; 
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas. 
Comentário: 
 
 
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e 
oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à 
abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse 
falecido. 
§ 1º Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo interessados na sucessão provisória, 
cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente. 
§ 2º Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois 
de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à 
arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823. 
Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, 
sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União. 
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da 
restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. 
§ 1º Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste 
artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, 
ou de outro herdeiro designado pelo juiz,e que preste essa garantia. 
§ 2º Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, 
poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente. 
Para o efeito previsto no artigo anterior, 
somente se consideram interessados:
o cônjuge não separado judicialmente;
os herdeiros presumidos, legítimos ou 
testamentários;
os que tiverem sobre os bens do ausente direito 
dependente de sua morte;
os credores de obrigações vencidas e não 
pagas.
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Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, 
quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína. 
Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente 
o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem 
movidas. 
Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus 
todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, 
deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo 
com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente. 
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, 
perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos. 
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, 
requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria. 
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, 
considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo. 
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse 
provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados 
a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono. 
 
Seção III: Da sucessão definitiva 
Art. 37. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão 
provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções 
prestadas. 
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta 
anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. 
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum 
de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em 
que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados 
houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. 
Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum 
interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município 
ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da 
União, quando situados em território federal. 
 
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QUESTÕES MAPEADAS 
Finalizaremos os estudos do tema com algumas questões de fixação! Responder as questões de 
fixação é importante para consolidar os conhecimentos adquiridos. Não tenha medo de errar, pois 
agora estamos treinando! 
Vamos lá! 
 
Pessoas Naturais 
1 - (Inédito 2023) A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe 
a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
2 - (Inédito 2023) São relativamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 (dezesseis) anos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
3 - (Inédito 2023) A menoridade cessa aos vinte e um anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
4 – (Inédito 2023) Não poderá ser decretada a morte sem decretação de ausência mesmo que for 
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
5 –(Inédito 2023) O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato 
por mais de três anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 
( ) Certo ( ) Errado 
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6 – (Inédito 2023) Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou 
representante ou procurador, em se passando cinco anos, poderão os interessados requerer que se 
declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
7 – (Inédito 2023) Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da 
restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
8 – (Inédito 2023) Quinze anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura 
da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das 
cauções prestadas. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
9 – (Inédito 2023) Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente 
conta noventa anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
10 – (Inédito 2023) Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até 
quarenta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, 
proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito Comentado 
1 - A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, 
desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Gabarito: Correto. 
Comentário: A questão está de acordo com o art. 2º do Código Civil. 
 
2 - São relativamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 
16 (dezesseis) anos. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores 
de 16 (dezesseis) anos. 
 
3 - A menoridade cessa aos vinte e um anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil. 
 
4 – Não poderá ser decretada a morte sem decretação de ausência mesmo que for 
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - se for 
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
 
5 – O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais 
de três anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por 
mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. 
 
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6 – Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou 
procurador, em se passando cinco anos, poderão os interessados requerer que se declare a 
ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou 
representante ou procurador, em se passando três anos, poderãoos interessados requerer que se 
declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 
 
7 – Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição 
deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos. 
Gabarito: Correto. 
Comentário: A questão está de acordo com o art. 30 do Código Civil. 
 
8 – Quinze anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão 
provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das 
cauções prestadas. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da 
sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das 
cauções prestadas. 
 
9 – Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta noventa 
anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta 
oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. 
 
10 – Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até quarenta dias 
depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-
á à arrecadação dos bens do ausente. 
Gabarito: Errado. 
Comentário: Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias 
depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à 
arrecadação dos bens do ausente. 
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