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0 BERNOULLI 2025 - GAB D1 simuladobernoulli

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SIMULADO ENEM - 2025 - VOLUME 0 - PROVA I
Língua estrangeira: Inglês
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SIMULADO ENEM - 2025 - VOLUME 0 - PROVA I
Língua estrangeira: Espanhol
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção inglês) 
QUESTÃO 01 
WATTERSON, B. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2023.
Nessa tirinha, Hobbes, o personagem que representa o tigre, incentiva Calvin a estudar com mais afinco pelo fato de o 
menino ter
A. 	 tido a coragem de apostar mesmo sabendo que perderia.
B. 	 dado a Susie Derkins um valor maior do que deveria pagar.
C. 	 conseguido enganar a menina com relação à aposta feita.
D. 	 administrado mal o tempo durante a prova de Matemática.
E. 	 obtido um resultado no teste que o isentou de cumprir combinado.
Alternativa B
Resolução: De acordo com a tirinha, Calvin não foi tão bem no teste de Matemática, pois ficou sem tempo para completá-lo 
com êxito. Por isso, ele perdeu a aposta que havia feito com Susan Derkins e, portanto, deveria lhe pagar 25 centavos. 
Porém, Calvin gaba-se por ter enganado a menina, pois pagou a ela apenas three dimes. Hobbes, então, sugere que Calvin 
estude mais, pois cada dime equivale a 10 centavos, ou seja, o menino pagou um valor maior do que a aposta o obrigava 
pagar. Sendo assim, está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta, pois não há nada no texto que indique que 
Calvin sabia que perderia a aposta. Aliás, por ter apostado o menino devia estar confiante, mas se atrapalhou na hora de 
realizar a prova. A alternativa C está incorreta, pois Calvin não conseguiu enganar a menina, visto que pagou mais do que 
o apostado. A alternativa D está incorreta porque, apesar de o menino ter, de fato, administrado mal o tempo durante a 
prova, esse não foi o motivo pelo qual Hobbes o incentiva a estudar mais. A alternativa E está incorreta porque o resultado 
no teste o “obrigou” a cumprir o combinado, e não o contrário.
QUESTÃO 02 
Ish: How a suffix became a word
The canonical use of -ish is as a suffix meaning “approximately”, as in bluish, tallish, sixish, or even hungry-ish. This is 
the definition – the only definition – that you’ll find in Merriam-Webster, which notes that -ish derives from the Old English 
-isc, or Germanic origin, which in turn is related to similar such suffixies in Dutch (-isch) and Greek (-iskos).
For centuries now, -ish has been rather promiscuous in English, attaching to a wide variety of words and even phrases. 
Take the following architectural observation [...], from an 1894 article in The Daily News, a now-defunct London newspaper [...]:
“Some huge pile of building, generally much more Queen Anne-ish than the houses of Queen Anne’s own time.”
As a word by itself – which is to say, not as a suffix -ish means more or less the same thing: kind of, thereabouts, in 
a way. And imagining how it broke free to become syntactically stand-alone isn’t hard. The word “hungry-ish,” say – as in, 
I guess I could eat. I’m hungry-ish. – often comes out more like “hungry [brief pause] ish.” From there it’s a short leap to:
“Are you hungry?”
“Yeah, ish.”
But while it’s quite common for new words to be formed by adding prefixes or suffixes (editorialize from editor, anti-nuclear 
from nuclear), or even by re-casting a portion of a word that hadn’t before been thought of as an affix (snowmageddon 
based on armageddon, chocoholic based on alcoholic), it’s exceedingly uncommon to form a new word by keeping the suffix 
and discarding the rest. But that’s exactly what ish did, a process that Mr. Verb, a blogger who writes about language and 
linguistics, calls degrammaticalization.
Disponível em: . Acesso em: 24 jul. 2017. [Fragmento adaptado]
X24X
7TCA
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
No poema da autora estadunidense Maggie Smith, a 
repetição da frase I keep this from my children revela que 
o eu lírico
A. omite certas verdades desconfortáveis de seus filhos.
B. compartilha com os filhos seus aprendizados sobre
a vida.
C. permanece ao lado de seus filhos em momentos
conturbados.
D. empenha-se em manter seus filhos longe dos perigos
do mundo.
E. pretende alertar seus filhos sobre os riscos das
más escolhas.
Alternativa A
Resolução: No poema, o eu lírico lista uma série de 
circunstâncias negativas, como o fato de a vida ser curta 
ou o mundo ser um lugar ruim, e as pontua com a frase “I 
keep this from my children”. A expressão to keep from é um 
verbo frasal que significa “not to tell somebody something”, 
ou seja, “omitir ou esconder algo de alguém”. Portanto, a 
frase revela que o eu lírico deseja ocultar certas situações 
adversas de seus filhos. Assim, a alternativa A é a que 
melhor define a frase repetida várias vezes ao longo do 
poema. A alternativa B está incorreta porque o eu lírico 
não compartilha seus aprendizados com os filhos; a frase 
destacada no enunciado indica o contrário, conforme 
explicado. A alternativa C está incorreta porque, embora o 
texto revele certo cuidado do eu lírico em relação aos filhos, 
não é a isso que a frase destacada no enunciado se refere. 
A alternativa D está incorreta porque o eu lírico esconde 
de seus filhos suas percepções desagradáveis do mundo; 
não há indicações no texto que apontam para uma tentativa 
de mantê-los longe dos perigos do mundo. A alternativa E 
está incorreta porque o eu lírico tenta passar para os filhos 
a mensagem de que o mundo pode ser um lugar belo, 
embora oculte deles as impressões negativas; não há um 
tom de alerta no texto sobre os riscos das más escolhas.
QUESTÃO 04 
The Galapagos islands face an invasion of trawlers
On July 16th the Ecuadorian navy announced it had 
spotted a fleet of 260 fishing vessels, most of them Chinese, 
anchored in international waters near the Galapagos islands. 
Ecuador’s government reacted as if it were facing some 
sort of invasion. It increased patrols to ensure that the ships 
would not venture into the Galapagos Exclusive Economic 
Zone, where Ecuador claims a sole right to resources. 
President Lenín Moreno formally complained to China. 
Overfishing in high seas near the Galapagos is 
endangering the unique species that thrive there. Yet there 
is little Ecuador can do to stop foreign fleets from ransacking 
its stock of marine wildlife. No laws regulate fishing in 
international waters. The ships use bait to lure sharks out 
of Ecuadorian waters and then catch as many as they can. 
VØGQ
Alguns estudiososfábula, o Sol que se ilumina pela Lua e homens 
e mulheres que são um só, a crítica ao progresso é elaborada a partir de um cenário alternativo, que contém elementos não 
dicotômicos, como as nuvens que falam e espadas que se transformam em charruas – o que torna incorreta a alternativa E.
OB2O
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 22 
Embora a atividade linguística seja inventiva e criadora, aqui, no caso, não se trata propriamente de invenções, mas 
de inovações devidas ao próprio mecanismo da língua, que é uma entidade dinâmica sempre em movimento. As inovações 
internas aparecem pela propriedade que têm os itens léxicos de se associarem de diversas maneiras e, associados, 
podem transformar uma construção em outra equivalente. 
Por exemplo, diz-se “arriscar a vida = pôr em risco a vida”, que se nominalizando passa a “risco de vida”. Foi essa a 
construção que os jornais se incumbiram de espalhar. A partir de certo momento houve quem achasse que a expressão 
não era adequada. E propôs “risco de morte”. Mas esta expressão é a transformada de “arriscar-se a morrer > correr o 
risco de morrer > risco de morte”. 
BORBA, F. Disponível em: . 
 Acesso em: 19 fev. 2014. [Fragmento adaptado]
No fragmento de texto anterior, há uma reflexão sobre o mecanismo de funcionamento da língua. Nessa reflexão, é 
apresentado um ponto de vista que é exemplificado com a análise das expressões “risco de vida” e “risco de morte”. 
Para o autor do texto anterior, a confusão entre essas duas expressões é 
A. 	 aparente, pois possuem sentido equivalente devido à transformação semelhante de sentido. 
B. 	 justificada, pois a maioria dos falantes desconhece a norma-padrão. 
C. 	 justificada, pois ambas são empregadas aleatoriamente no jornalismo. 
D. 	 comprovadora da originalidade dos falantes, que não se prendem a regras. 
E. 	 sinalizadora da variação linguística, que evidencia a distância entre a fala e a escrita.
Alternativa A
Resolução: Francisco Borba afirma que inovações linguísticas ocorrem devido à característica dinâmica da língua, que 
permite que novas construções, pelo próprio léxico, transformem as antigas em outras, equivalentes entre si. Logo, está 
correta a alternativa A, pois, apesar de o léxico ser diferente, o teor semântico permanece correspondente. A alternativa B 
está incorreta, pois Borba atribui à associação léxica a aparente semelhança entre as expressões – não ao domínio dos 
falantes sobre a língua. A alternativa C está incorreta, pois o autor analisa a transformações das expressões de modo 
generalizado no uso da língua, não o recortando para o contexto de jornais e / ou da academia. A alternativa D está incorreta, 
pois o autor afirma que não se trata de invenções, mas de inovações e da parte dinâmica da língua, portanto as regras 
linguísticas são respeitadas, uma vez que estas são a parte estática do código. A alternativa E está incorreta, pois Borba 
analisa a atividade linguística de maneira ampla, sem ater-se a variedades específicas.
QUESTÃO 23 
É possível que os setores já dominantes da sociedade sejam justamente aqueles que tiram maior proveito das 
oportunidades oferecidas pela internet, empurrando para a “infoexclusão” parte dos setores populares (Castells, 2007). 
Além disso, como os utilizadores da internet são ao mesmo tempo receptores e produtores das informações veiculadas na 
rede, quanto maiores as dificuldades de acesso das camadas inferiores da sociedade, quanto mais tempo elas passarem 
afastadas dessa tecnologia, mais a internet se moldará ao uso dos setores dominantes, criando barreiras duradouras à sua 
democratização. E mesmo que as camadas inferiores venham a ter acesso massivo à internet, há uma boa probabilidade 
de que no futuro, caso a desigualdade de acesso se mantenha presente por muito tempo, tenhamos uma divisão entre 
utilizadores ativos (não apenas receptores, mas também produtores de informação) e utilizadores passivos (meros receptores). 
RIBEIRO, L. et al. Desigualdades digitais: acesso e uso da internet, 
posição socioeconômica e segmentação espacial nas metrópoles brasileiras. 
Revista do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 
Lisboa, v. XLVIII, 2013, p. 294. [Fragmento]
Ao analisarem as desigualdades no acesso e uso da internet no Brasil, os pesquisadores 
A. 	 acreditam que o conjunto populacional tem o mesmo potencial de utilizadores passivos e ativos na internet. 
B. 	 argumentam que a exclusão das camadas populares ao acesso à internet impossibilita a democratização 
desse espaço. 
C. 	 alegam que os setores dominantes ativamente excluem o restante da população do pleno uso das ferramentas 
da internet. 
D. 	 afirmam que as barreiras da produção e recepção de conteúdo digital se originam na negligência governamental em 
prover tais acessos. 
E. 	 apontam que o afastamento da internet pelas camadas inferiores da sociedade se deve à falta de igualdade de 
oportunidades nesse meio. 
LCRL
75RB
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa B
Resolução: O fragmento do artigo reflete sobre as desigualdades no acesso e uso da internet no Brasil. No texto, os 
pesquisadores argumentam que os setores dominantes podem tirar maior proveito das oportunidades oferecidas pela 
internet, empurrando parte dos setores populares para a “infoexclusão”. Logo, é correta a alternativa B. A alternativa A é 
incorreta porque o texto sugere que as camadas populares podem ser empurradas para a “infoexclusão”, o que indica uma 
diferenciação nos usos passivo e ativo da internet. A alternativa C é incorreta, pois o fragmento menciona que os setores 
dominantes podem tirar proveito das oportunidades da internet, mas não afirma que eles ativamente excluem os outros. 
A alternativa D é incorreta, pois os pesquisadores não atribuem a origem das barreiras apenas à negligência governamental, 
sugerindo que a exclusão pode ser resultado de uma série de fatores. No fragmento, é mencionado que o afastamento das 
camadas inferiores da sociedade da internet pode criar barreiras duradouras à sua democratização, mas não se concentra 
apenas na falta de igualdade de oportunidades, o que invalida a alternativa E.
QUESTÃO 24 
TEXTO I
A Lei Rouanet funciona com incentivos fiscais. “Quando dizem que alguém teve um projeto de R$ 6 milhões aprovado 
pela Lei Rouanet, isso não significa necessariamente que o projeto foi executado e que o dinheiro chegou até esse executor. 
Esse projeto só vai acontecer se, uma vez aprovado, o proponente entrar em contato com pessoas físicas ou jurídicas que 
tenham interesse em destinar parte do seu imposto devido para aquela iniciativa específica. Com isso, delega-se à iniciativa 
privada o poder de decisão dos projetos que saem ou não do papel. O que os técnicos do Ministério fazem é validar se o 
projeto que foi apresentado cumpre com a determinação legal”, diz Mariana Souza. E, embora o investimento público em 
cultura tenha sido bastante criticado em tempos de crise e de recursos financeiros escassos, Mariana destaca a importância 
desses mecanismos para a formação do cidadão.
Disponível em: . 
Acesso em: 16 ago. 2022. [Fragmento adaptado]
TEXTO II
O modelo de financiamento à cultura no Brasil, centrado na Lei Rouanet e historicamente marcado por descontinuidades, 
cria entraves ao planejamento de médio e longo prazos e à profissionalização da gestão de instituições e projetos culturais. 
A centralidade da Rouanet no modelo de financiamento às artes explica o peso dos eventos nas estratégias de organizações 
culturais no Brasil. A ausência de formatos mais estáveis de captação de recursos cria um descompasso entre o calendário 
sazonal dos eventos e a necessidade de arranjos administrativos permanentes.
SOMBINI, E. Disponível em: . 
Acesso em:16 ago. 2022. [Fragmento adaptado]
Com relação aos textos, a divergência entre eles está no(a)
A. 	 dimensão formativa dos jovens.
B. 	 calendário sazonal dos eventos.
C. 	 modelo centrado na Lei Rouanet.
D. 	 envolvimento direto das empresas.
E. 	 financiamento público pela Lei Rouanet.
Alternativa C
Resolução: Os dois textos discutem o modelo centrado na Lei Rouanet: enquanto o primeiro demonstra o quanto este pode 
se descentralizar, o segundo aponta essa centralização como um problema. Assim, está correta a alternativa C. A alternativa A 
é incorreta, pois a formação dos jovens não é abordada pelo texto II. A alternativa B é incorreta, pois o calendário não é 
discutido no texto I. A alternativa D é incorreta, pois o envolvimento das empresas não é apresentado como um problema, 
sobretudo no texto II. A alternativa E é incorreta, pois este não é o assunto central do texto II, além de o texto I questionar 
se esse financiamento é realmente público.
A5BI
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 25 
A idade das palavras
Reconheço. Tenho saudade de certos termos. Lembro de meu irmão mais velho dizendo “que carro joia!”. E “olha 
o broto!”. Ou dos amigos nos anos 70, quando fiz faculdade. Frequente era ouvir “tou numas com ela”, equivalente, 
guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia. 
Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada, para a “night”. Aliás, a maioria foge de 
mingau e de qualquer delícia que engorde! 
Muita gente odeia gíria. Alguns a consideram um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Esquecem-se de que, no seu 
tempo, também a usavam. Não é fácil acompanhar sua evolução. Outro dia ouvi: 
– Eu deletei aquele sujeito da minha vida. 
É a versão mais atual para “tirei do meu caderninho”. 
CARRASCO, W. A idade das palavras. 
Disponível em: . 
Acesso em: 2 out. 2019. [Fragmento] 
O autor Walcyr Carrasco discute como a língua tende a mudar no fragmento anterior. Segundo ele, essas mudanças 
A. 	 ocorrem conforme a distância geográfica dos falantes aumenta. 
B. 	 acompanham os avanços sociais que melhoram a vida dos falantes. 
C. 	 acontecem em cada geração conforme as características de seu tempo. 
D. 	 dependem do avanço tecnológico que altera as situações de comunicação. 
E. 	 dificultam o convívio de indivíduos pertencentes a grupos sociais diferentes.
Alternativa C
Resolução: Pelo fragmento, é possível inferir que o autor aborda as mudanças da língua, que ocorrem conforme o passar 
do tempo e o surgimento de novas gerações e suas experiências. Isso é mencionado ao relacionar “deletar” a “retirar do 
caderninho”. Por isso, a alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta, pois não se faz uma relação geográfica 
com as mudanças da língua. A alternativa B está incorreta, pois o desenvolvimento social não é abordado no fragmento. 
A alternativa D está incorreta, pois o avanço tecnológico é relacionado à geração atual, não sendo apenas as mudanças 
tecnológicas em si responsáveis pelo desenvolvimento linguístico. A alternativa E está incorreta, pois não são mencionadas 
dificuldades de comunicação entre grupos diferentes.
QUESTÃO 26 
Considerando que daqui a uns bilhões de anos o Sol vai se transformar numa gigante vermelha, engolindo todos os 
planetas do seu sistema, o lado claro e o lado escuro da Lua, os anéis de Saturno, os camundongos, as orquídeas e as 
baleias azuis, a própria morte não chega a ser uma dor de dente na ordem geral das coisas – e no entanto doem, os dentes. 
O molar que me aflige ultimamente é o fundo borrado do Zoom. Com a quarentena, perdemos a visão panorâmica 
sobre as pessoas, mas ganhamos como prêmio de consolação detalhes que, em outras circunstâncias, jamais veríamos. 
De março a dezembro do ano passado eu tive muita dificuldade de me concentrar em lives e reuniões: estava focado demais 
nos cabides, candelabros, quadros e cumbucas do pessoal.
Aí vem esse borradinho. Você só vê a pessoa: o entorno, geralmente incluindo partes das orelhas e do cabelo, parece 
que foi untado com manteiga para assar pão de queijo. Mano, libera essa moldura. Ao vivo a gente tem lordose, escoliose, 
remela, cofrinho, alface no dente, cecê. Precisa, além de tudo, esconder a toalha do Vasco? A raquetinha de matar mosquito? 
Vamos nos ajudar, pessoal.
PRATA, A. Disponível em: . Acesso em: 30 jun. 2021. [Fragmento adaptado]
A crônica tem como ponto de partida o surgimento do mecanismo para camuflar o fundo nas videochamadas. Para sustentar 
seu posicionamento, o autor
A. 	 constrói o raciocínio a partir das aflições humanas pelo desgaste do isolamento social.
B. 	 lista as imperfeições humanas que o contato pessoal direto expõe nas relações.
C. 	 organiza o raciocínio enfatizando a exposição da autoimagem durante a quarentena.
D. 	 relaciona o dispositivo de camuflagem ao enfraquecimento das relações profissionais.
E. 	 introduz um contraponto de que o efeito embaçado favorece a individualidade.
WEBT
6SL1
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 21BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa B
Resolução: Na crônica em análise, o autor faz uma crítica central ao fato de que, durante a pandemia, uma das poucas 
formas de manter uma comunicação com indivíduos falhos e humanos é o fundo da imagem da videochamada, o qual 
revela as peculiaridades dos seres. Com o recurso de embaçamento de fundo, para o autor, parte desse contato profundo 
se perdeu, o que também trouxe perdas às relações interpessoais. Para sustentar esse ponto de vista, o cronista lista as 
imperfeições humanas às quais não se pode escapar no contato pessoal, como a “lordose, escoliose, remela, cofrinho”. 
Portanto, está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque o raciocínio do texto não é construído a partir 
das aflições humanas, mas, sim, a partir da necessidade do fundo nítido nas videochamadas. A alternativa C está incorreta 
porque o autor organiza seu raciocínio dando ênfase não à exposição da autoimagem, mas aos detalhes do ambiente 
no qual está a pessoa que participa de uma live, por exemplo, os quais são fundamentais para conferir humanidade ao 
indivíduo no contexto de afastamento. A alternativa D está incorreta porque não há menção no texto ao enfraquecimento 
das relações profissionais. A alternativa E está incorreta porque o autor não apresenta a ideia de que a individualidade 
é favorecida por meio do efeito de embaçamento.
QUESTÃO 27 
TEXTO I
CLARK, L. Bichos. Alumínio anodizado, 1960. In: FABBRINI, R. N. O espaço de Lygia Clark. São Paulo: Atlas, 1994. 
TEXTO II 
O Neoconcretismo foi uma corrente das artes (plásticas, escultura, performances, literatura) que surgiu em fins da 
década de 50 no Rio de Janeiro, influenciado pelas ideias da fenomenologia do filósofo francês Merleau-Ponty (1908-1961), 
o qual criticava a “arte pela arte” em que estavam pautados os concretistas ortodoxos de São Paulo. 
IMBROISI, M.; MARTINS, S. Neoconcretismo. In: ______. História das Artes. 
Disponível em: . Acesso em: 11 ago. 2023. 
A partir dos textos I e II, compreende-se que o movimento neoconcreto 
A. 	 propunha a criação pautada nos princípios geométricos. 
B. 	 defendia o uso da geometria para a expressão subjetiva. 
C. 	 verificava a implicação da sensibilidade hostil nas obras. 
D. 	 preconizava o cientificismo técnico em detrimento da arte. 
E. 	 explorava o uso de suportes industriais para a informação social. 
Alternativa B
Resolução: No texto I, uma imagem de uma obra da série “Bichos”, de Lygia Clark, observa-se que as formas das 
esculturas são geométricas e aproximadas por dobradiças, conferindo a sugestão de movimento orgânico à peça. O texto II 
menciona que o Neoconcretismo surgiu influenciado pelas ideias da fenomenologia de Merleau-Ponty, que criticava a 
“arte pela arte”dos concretistas ortodoxos de São Paulo. Isso sugere que o Neoconcretismo valorizava a expressão 
subjetiva na arte, e não estava estritamente pautado nos princípios geométricos como os concretistas ortodoxos. Portanto, 
a alternativa B é a correta. A alternativa A é incorreta, pois o texto sugere que o Neoconcretismo divergiu dos princípios 
estritamente geométricos dos concretistas ortodoxos. A alternativa C é incorreta, pois o texto menciona a influência das 
ideias de Merleau-Ponty, que valorizava a expressão subjetiva, no movimento neoconcreto. O texto não sugere que 
o Neoconcretismo priorizava o cientificismo técnico em detrimento da arte; pelo contrário, menciona a influência da 
fenomenologia de Merleau-Ponty, invalidando a alternativa D. O texto não aborda especificamente o uso de suportes 
industriais para a informação social, o que invalida a alternativa E.
2PQI
LCT – PROVA I – PÁGINA 22 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 28 
Tinha perdido trezentas onças de ouro que levava, para 
pagamento de gados que ia levantar. 
Eu era mui pobre – e ainda hoje, é como vancê sabe...; 
estava começando a vida, e o dinheiro era do meu patrão, 
um charqueador, sujeito de contas mui limpas e brabo como 
uma manga de pedras… 
Apeei-me. Não bulia uma folha; o silêncio, nas sombras 
do arvoredo, metia respeito... que medo, não, que não entra 
em peito de gaúcho. 
Então, senti frio dentro da alma…, o meu patrão ia 
dizer que eu o havia roubado!... Pois então eu ia lá perder 
as onças!... Qual! Ladrão, ladrão, é que era!... 
E logo uma tenção ruim entrou-me nos miolos: eu devia 
matar-me, para não sofrer a vergonha daquela suposição. 
No refilão daquele tormento, olhei para diante e vi... 
as Três-Marias luzindo na água… o cusco encarapitado na 
pedra, ao meu lado, estava me lambendo a mão... e logo, 
logo, o zaino relinchou lá em cima, na barranca do riacho, 
ao mesmíssimo tempo que a cantoria alegre de um grilo 
retinia ali perto, num oco de pau!... 
Patrício! não me avexo duma heresia; mas era Deus 
que mandava aqueles bichos brutos arredarem de mim a 
má tenção… 
O cachorrinho tão fiel lembrou-me a amizade da minha 
gente; o meu cavalo lembrou-me a liberdade, o trabalho, e 
aquele grilo cantador trouxe a esperança... 
LOPES NETO, J. S. Trezentas onças. 
In: ______. Contos Gauchescos. 
Porto Alegre: Martins Livreiro, 1998. [Fragmento]
No trecho, o narrador rememora uma situação adversa do 
passado, a partir de uma expressividade lírica que reforça 
A. 	 sua vergonha da situação paupérrima vivida no 
passado. 
B. 	 sua convicção na intercessão divina no alívio das 
aflições. 
C. 	 sua ânsia de exaltar sua resiliência diante da 
adversidade. 
D. 	 seu sentimento de culpa pela perda do dinheiro do 
patrão. 
E. 	 sua crença na herança gauchesca como remediadora 
da dor. 
Alternativa B
Resolução: No fragmento, o narrador menciona que, diante 
da ideia de que seu patrão poderia acusá-lo de roubo, ele 
teve a sensação de que elementos da natureza, como 
“as Três-Marias luzindo na água”, “o cusco” (cachorro) ao 
seu lado e o grilo cantador, eram sinais da intervenção 
divina. Ele interpreta que esses elementos foram enviados 
por Deus para afastá-lo da intenção de acabar com a 
própria vida, trazendo conforto naquela situação adversa. 
BSC1 Logo, é correta a alternativa B. A alternativa A é incorreta, pois, 
no texto, o narrador não manifesta vergonha pela situação 
de pobreza experienciada no passado. A alternativa C 
é incorreta, pois o narrador menciona que estava disposto 
a acabar com a própria vida para evitar ser acusado por um 
crime que não cometeu; é a suposta intervenção divina que 
surge para que ele mantenha a resiliência. A alternativa D 
é incorreta, pois o narrador não demonstra culpa por ter 
perdido o dinheiro do patrão, mas sim medo de ser acusado 
injustamente de roubo. A alternativa E está incorreta, pois 
o narrador atribui a coragem como parte do caráter do 
gaúcho, visto que o medo “não entra em peito de gaúcho”.
QUESTÃO 29 
Com tanta ostentação nas redes sociais, a ideia de levar 
uma vida sem excessos soa como andar na contramão. 
Mas esse é justamente o caminho que muita gente está 
buscando para dar um sentido mais nobre à sua existência. 
Em vez de ceder à tentação do consumo desenfreado, 
compra-se o necessário para se libertar do que não importa.
O minimalismo não tem a ver com levar a vida em 
estado de abstinência ou privação. Os adeptos da tendência 
questionam os excessos da sociedade de consumo de 
dentro do sistema, diferentemente do movimento hippie 
no final dos anos 1960, que pregava a construção de uma 
sociedade alternativa.
Doutora em Antropologia pela University College 
London, Ana Carolina Balthazar pondera que, para não ser 
um movimento de nicho, o minimalismo precisa dialogar 
com as pautas de outros segmentos sociais, principalmente 
com as classes menos favorecidas.
“É importante não usar essas narrativas do ‘menos é 
mais’ para oprimir quem já está sendo oprimido. Algumas 
vezes, o minimalista pode escolher ter menos porque 
alcançou ter muito e daí se vê em condições de levar uma 
vida mais simples. Mas, num país como o Brasil, há quem 
não tenha nada e, por isso, não tem de onde cortar”, diz. 
AUTRAN, G. Disponível em: . 
Acesso em: 19 dez. 2019. [Fragmento]
Ao apresentar o minimalismo como estilo de vida em um 
contexto com desigualdades econômicas, o texto revela 
ser necessário
A. 	 refletir sobre aqueles que levam a vida em estado de 
abstinência ou privação.
B. 	 julgar o que pode ser descartado pelos consumidores 
que alcançaram ter muito.
C. 	 considerar a ideia de uma sociedade alternativa 
defendida pelo movimento hippie.
D. 	 promover um sentido mais nobre à existência dos 
cidadãos das grandes cidades.
E. 	 dialogar com as classes sociais menos favorecidas 
que já sobrevivem com o mínimo.
6GPO
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 23BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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Alternativa E
Resolução: O texto em análise aponta, por meio da fala de uma autoridade no assunto, uma doutora em Antropologia, que 
o discurso que valoriza o “ter menos” não pode ser usado para oprimir quem tem pouco por condição, e não por opção. 
Sugere-se que o minimalismo precisa dialogar com as pautas de outros segmentos sociais, principalmente com as das 
classes menos favorecidas. Portanto, está correta a alternativa E. A alternativa A está incorreta porque a perspectiva de 
se levar a vida em estado de abstinência ou privação é mencionada como uma possibilidade diferente do minimalismo. 
A alternativa B está incorreta porque o julgamento do que pode ser descartado pelos consumidores que alcançaram ter muito 
não é uma informação a ser inferida do texto. A alternativa C está incorreta porque a ideia de uma sociedade alternativa 
defendida pelo movimento hippie é apresentada como algo diferente do movimento minimalista, que questiona “os excessos 
da sociedade de consumo de dentro do sistema”. A alternativa D está incorreta porque o movimento minimalista visa dar 
um sentido mais nobre à existência de quem a ele adere, e não à existência dos cidadãos das grandes cidades.
QUESTÃO 30 
Quarto comum, meia-luz. CAIO e FERNANDA estão deitados na cama. 
FERNANDA 
Tô. Apaixonada. Por. Você. Muito. Como nunca estive antes! Quer dizer, como já estive antes, muitas vezes, afinal, 
tenho trinta e dois anos, mas você entendeu. 
CAIO 
Claro, eu também sinto da mesma forma, Fê. Aliás, tava pensando aqui... Acho que já tá na hora, sabia? 
FERNANDA (ajoelhando-se repentinamente no colchão) 
Eu ia falar isso!!! Mas me deu uma insegurança, sei lá... 
CAIO (ajoelhando-se diante de Fernanda e dando as mãos a ela) 
Ah, tá tão bom... Não tá? Então por que não estragar logo, quer dizer, por que não assinar logo? 
FERNANDA 
Sim, sim! Tenho uma cópia aqui do que assinei com meu ex, já tinha deixado impressa pro próximo.CAIO 
Tudo bem! A gente dá uma mexida pra ficar do nosso jeitinho, pega lá, pega lá. 
FERNANDA se levanta e sai. CAIO se senta na cama e esfrega as mãos animado, como quem está faminto e vê o 
garçom chegando com seu prato. FERNANDA volta de óculos, com papéis grampeados e uma caneta. Na capa dos papéis, 
lê-se: CONTRATO. 
CAIO 
Deu até uma emoção agora, faz tempo que assinei um desses! 
PRATA, L. O contrato. In: ______ Ela queria amar, mas estava armada. São Paulo: Editora Instante, 2019. [Fragmento adaptado] 
O conto de Liliane Prata apresenta traços de outro gênero textual, evidenciando o desejo da autora de 
A. 	 replicar a fórmula composicional dos contratos. 
B. 	 simular a etiqueta solene das práticas contratuais. 
C. 	 destacar a interação cerimoniosa dos personagens. 
D. 	 enfatizar a dramaticidade dos relacionamentos sérios. 
E. 	 sinalizar a encenação do rito de compromisso romântico.
Alternativa E
Resolução: O fragmento do conto de Liliane Prata mostra os personagens Caio e Fernanda prestes a assinar um contrato. 
No entanto, o contexto e o tom do diálogo revelam que não se trata de um contrato formal ou legal. Nele, o uso do termo 
“contrato” tem caráter irônico e é usado de forma metafórica para enfatizar a formalidade e o compromisso que eles estão 
assumindo em seu relacionamento amoroso. Assim, está correta a alternativa E. A alternativa A é incorreta, pois o texto 
utiliza a linguagem de contratos de forma figurativa para destacar o compromisso amoroso. A alternativa B é incorreta, pois, 
embora o texto simule a formalidade associada a práticas contratuais, não busca simular uma etiqueta solene de contratos 
reais, mas, sim, ironizar essa formalidade em um contexto romântico. Apesar de estarem prestes a assinar um contrato, 
a alternativa C é incorreta, pois a interação entre Caio e Fernanda é apresentada como uma conversa íntima e informal 
sobre seus sentimentos e o desejo de formalizar o relacionamento a dois. A alternativa D é incorreta porque o texto não 
enfatiza a dramaticidade dos relacionamentos sérios, mas, sim, a ironia de transformar um compromisso romântico a partir 
da assinatura de um “contrato”.
ONJH
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QUESTÃO 31 
Em sua poética, o artista Denilson Baniwa trabalha 
o termo que os modernistas brasileiros haviam buscado 
nas culturas indígenas do Brasil: a antropofagia. Na 
tela Modernismo: decifra-me ou te devoro, de 2021, 
por exemplo, a cabeça de Oswald de Andrade, líder do 
movimento antropofágico, foi representada como uma 
cabeça mumificada, sendo simbolicamente devorada, numa 
referência ao canibalismo. Outro trabalho em que Denilson 
Baniwa dialoga de forma evidente com o Modernismo é 
“tupi, or not tupi that is the question”, invocando, já no título 
da obra, um dos mais conhecidos aforismos do próprio 
Manifesto Antropofágico. A tela traz, ao centro, a imagem 
do Marquês de Pombal, líder político de Portugal e do 
Brasil que, em 1757, determinou a Língua Portuguesa 
como idioma oficial do Brasil, juntamente com a proibição 
das línguas nativas dos indígenas. Na tela, o Marquês está 
com a parte superior da cabeça cortada e com o cérebro à 
mostra. Sobre ele, pairam as palavras: Guajajara, Kayapó, 
Xavante, Tupinambá, Guarani, Bororo, Desana, Terena, 
Tuxá, Krenak, Tupyniquim, Tikuna, Taurepang, Munduruku, 
Hunikuim, Apurinã, Makuxi e outras.
BRAGA ALVES, J.; KIRCHOF, E. R. O Modernismo revisitado pela 
arte indígena: Denilson Baniwa e a Antropofagia. Organon, Porto 
Alegre, v. 38, n. 75, 2023. Disponível em: . 
Acesso em: 24 ago. 2023. [Fragmento adaptado]
O texto sugere que a abordagem de Denilson Baniwa de 
temas caros à Primeira Fase do Modernismo brasileiro 
tem o intuito de 
A. 	 reivindicar a difusão dos rituais indígenas no espaço 
artístico. 
B. 	 reinventar o processo artístico que se inspira na 
cultura indígena. 
C. 	 homenagear a postura vanguardista associada a 
esse movimento. 
D. 	 submeter a arte indígena aos formatos tradicionais da 
arte pictórica. 
E. 	 denunciar o apagamento de culturas originárias em 
território nacional. 
Alternativa B
Resolução: Ao apresentar a relação de Denilson Baniwa 
com a Primeira Fase do Modernismo, o texto cita duas obras 
do artista que recuperam temas desse movimento, que 
foram retirados da cultura indígena, como a antropofagia e o 
termo “tupi”, utilizado no manifesto em uma reinterpretação 
da célebre frase de Hamlet: “tupi, or not tupi that is a 
question”. Nos dois trabalhos apresentados, a apropriação 
de elementos do Modernismo surge reconfigurando o 
imaginário proposto pelos modernistas, uma vez que o 
artista Oswald de Andrade, em vez de criador, torna-se 
objeto da arte. O uso do lema que faz referência à palavra 
“tupi” para nomear a obra e que traz o responsável por 
proibir as línguas nativas, com palavras de origem indígena, 
destaca os termos censurados pelo Marquês de Pombal. 
A56J Desse modo, é possível perceber que Baniwa se reapropria 
dos gestos artísticos modernistas inspirados na cultura 
dos povos originários, colocando a arte indígena não 
como inspiração, mas como responsável pela própria 
manifestação artística, dentro do espaço artístico tradicional. 
Assim, é correta a alternativa B. A alternativa A é incorreta, 
pois o texto sugere que o artista explora a ideia de 
antropofagia, tensionando o uso dessa apropriação 
cultural pelo Modernismo. Embora Denilson Baniwa esteja 
dialogando com o Modernismo brasileiro, a alternativa C é 
incorreta, pois seu trabalho não parece ter o intuito direto 
de homenagear a postura vanguardista desse movimento – 
o que se percebe é que ele desafia alguns dos ideais 
modernistas que se inspiraram na cultura dos povos 
originários. De acordo com o texto, Baniwa utiliza a arte 
como meio de crítica e expressão cultural, o que invalida 
a alternativa D. Por fim, a alternativa E está incorreta, 
pois o questionamento trazido pelo artista sobre o uso do 
termo “antropofagia” e de outros elementos da tradição 
das comunidades originárias realizado no Modernismo 
é voltado ao modo como essa apropriação foi feita, 
sem, necessariamente, abordar o apagamento de 
culturas originárias.
QUESTÃO 32 
– Como se chama?
– Aracy. Foi uma história de minha mulher. Como 
Aracy é nome índio, aceitei, porque eu penso que devemos 
conservar os nomes nacionais.
– Todos nomes nacionais. É verdade que me puseram 
um nome, que não é da tradição portuguesa, nem indígena, 
mas é clássico, Aristides.
– Meu marido chama-se Radagasio... 
Uma gargalhada festejou a vingança de Thereza, cujos 
úmidos olhos sorriam mais que a boca luminosa.
– Então é um bárbaro? arriscou Manuel.
– No Maranhão a mania é dos nomes clássicos, 
influência da cultura antiga, observou Vieira. Nós somos 
do Maranhão, eu e minha mulher, os filhos são cariocas.
– Ah! Maranhão! que saudade, gemeu D. Calú. O Rio 
pode ser grandioso, mas falta a intimidade, a simplicidade. 
E as comidas, então!
– Ora deixemos de bairrismos, interrompeu Vieira, 
levantando-se para melhor discorrer. O Brasil é um só, um 
todo e assim é que devemos amá-lo. A força da nossa terra 
está na sua unidade. Pode ser grande, imenso, variado, mas 
é um só. O povo do Rio Grande do Sul está unido ao do 
Amazonas. Todos irmãos, uma só língua, uma só religião. 
Nada de separatismo. Frente unida diante do estrangeiro.
ARANHA, G. A viagem maravilhosa. Disponível em: 
. Acesso em: 22 jun. 2021. 
[Fragmento adaptado]
RUVR
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No fragmento do romance de Graça Aranha, um aspecto próprio do contexto da primeira fase modernista é a
A. 	 ênfase às cenas triviais e humorísticas do cotidiano.
B. 	 rememoração de vivências de uma época mais feliz.
C. 	 percepção das diferenças de classes como irrelevantes.
D. 	 crítica à associaçãode símbolos estrangeiros a barbárie.
E. 	 valorização de elementos que demonstrem nacionalidade.
Alternativa E
Resolução: No trecho do romance A viagem maravilhosa, as personagens conversam sobre a escolha de nomes, demarcando 
a importância de se escolher nomes nacionais, bem como sobre a união dos estados brasileiros, exaltando a unidade do 
país. Essa passagem revela uma característica fundamental da primeira fase modernista: a valorização de elementos 
nacionais e de uma arte mais brasileira, que pudesse consolidar a identidade do Brasil. Portanto, está correta a alternativa E. 
 A alternativa A está incorreta porque, ainda que a apresentação do cotidiano apareça em composições da primeira fase 
modernista, a cena apresentada não se destaca pelo humor e pela trivialidade, mas pela insistência na importância daquilo 
que é nacional, especialmente por meio das falas da personagem Vieira, que sentencia: “O Brasil é um só, um todo e assim 
é que devemos amá-lo”. A alternativa B está incorreta porque, embora a personagem D. Calú rememore o tempo que viveu 
no Maranhão, o texto enfatiza uma união nacional, e não um passado feliz; além disso, a rememoração de épocas felizes 
não seria uma característica da primeira fase modernista. A alternativa C está incorreta porque, ainda que se mencione a 
unidade brasileira perante o estrangeiro – o que pressupõe que, nesse contexto, todas as classes brasileiras têm a mesma 
importância –, o texto não aborda as diferenças de classes, tampouco a discussão da irrelevância entre elas seria uma 
abordagem da primeira geração modernista. A alternativa D está incorreta porque as personagens associam aquilo que 
é estrangeiro à barbárie; isso fica explícito no comentário de Manuel sobre o nome (estrangeiro) do marido de Thereza.
QUESTÃO 33 
Não é de hoje que os ritmos paraenses têm conquistado o Brasil ignorando as fronteiras estaduais. Carimbó, brega e 
tecnobrega são alguns dos ritmos que muito tem-se falado no contexto musical brasileiro ultimamente. Desde a introdução 
do ritmo carimbó feita pelo cantor Pinduca nos anos 80, passando pelo auge da banda Calypso e hoje variando entre 
o tecnobrega de Gaby Amarantos e da banda Gang do Eletro, que são alguns dos “artistas conhecidos nacionalmente 
por trabalharem com músicas que fogem do óbvio”, segundo a Revista Rolling Stone. A diferença é que, atualmente, 
há uma evolução da tecnologia, que atinge processos socioculturais, além da intensificação e modificação nos processos 
de distribuição musical, que já eram alternativos.
SEABRA, L. B.; CUNHA, R. G.; JUNIOR, O. L. O. Distribuição Digital Musical: O Mercado da Música Paraense. 
Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2023. [Fragmento adaptado] 
Para os autores, um fator determinante para o sucesso dos ritmos musicais paraenses no cenário nacional contemporâneo 
foi o(a) 
A. 	 curiosidade dos brasileiros em descobrir a cultura nortista.
B. 	 inovação dos cantores pioneiros em criar novas sonoridades.
C. 	 iniciativa dos artistas em focar o circuito musical alternativo.
D. 	 avanço dos canais eletrônicos de melhoria técnica das canções.
E. 	 aprimoramento dos processos técnicos de difusão dos trabalhos.
Alternativa E
Resolução: A alternativa E está correta, pois, de acordo com o texto, a evolução da tecnologia contribuiu para incrementar 
a difusão da música paraense para outros estados brasileiros. A alternativa A é incorreta, pois o caráter diverso de grupos 
de ritmos como o carimbó, o brega e o tecnobrega já haviam conquistado outras regiões, mas foi o incremento tecnológico 
que intensificou e modificou os processos de distribuição musical. A alternativa B é incorreta, pois, como o texto sugere 
com a citação da Revista Rolling Stone, os grupos paraenses produzem canções que fogem do óbvio. Não é, portanto, a 
inovação sonora a responsável pelo maior alcance da música paraense para além do estado. A alternativa C é incorreta, 
uma vez que o texto menciona que o processo de distribuição dos ritmos paraenses já se dava no cenário alternativo. 
A alternativa D é incorreta, pois o texto não menciona as melhorias técnicas das canções produzidas no Pará, mas a 
tecnologia que modificou os processos de distribuição musical.
NM3E
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QUESTÃO 34 
Diário de um detento
São Paulo, dia 1º de outubro de 1992, 8h da manhã
Aqui estou, mais um dia
Sob o olhar sanguinário do vigia
Você não sabe como é caminhar com a cabeça na
mira de uma HK
Metralhadora alemã ou de Israel
Estraçalha ladrão que nem papel
Na muralha, em pé, mais um cidadão José
Servindo o Estado, um PM bom
Passa fome, metido a Charles Bronson
Ele sabe o que eu desejo
Sabe o que eu penso
O dia tá chuvoso, o clima tá tenso
Vário tentaram fugir, eu também quero
Mas de um a cem, a minha chance é zero
Será que Deus ouviu minha oração?
Será que o juiz aceitou a apelação?
JOCENIR; MANO BROWN. Diário de um detento. In. RACIONAIS MC’s. Sobrevivendo no inferno. CD. Cosa Nostra, 1997. [Fragmento]
Na letra da canção, a função social da produção artística está centrada no(a)
A. 	 subjetivismo, já que o eu lírico manifesta sua voz por meio do sentimentalismo.
B. 	 referencialidade, já que divulga uma realidade social comum aos cidadãos brasileiros.
C. 	 engajamento, já que expõe poeticamente a situação de resistência de um grupo minoritário.
D. 	 entretenimento, já que é um produto da indústria fonográfica com o objetivo de tocar nas rádios.
E. 	 lirismo, já que há rebuscamento no trato da linguagem figurada para a transmissão da mensagem. 
Alternativa C
Resolução: Na letra da canção, percebe-se a função social de engajamento, por meio da exposição da realidade de uma 
minoria (detentos), buscando reflexão sobre a vida e a resistência dentro dos presídios. É correta, assim, a alternativa C. 
A alternativa A é incorreta, pois, na canção, não se nota sentimentalismo, mas uma reflexão poética sobre uma situação 
difícil e crítica vivenciada pelo eu lírico. A alternativa B é incorreta, pois a vida dentro de presídios não é uma situação comum 
aos cidadãos brasileiros, mas se restringe a uma pequena parcela da sociedade que vive nessa condição. A alternativa D 
é incorreta, pois, ainda que o objetivo da música seja entreter, sua função social extrapola essa intenção, valendo-se, antes, 
do discurso de protesto, comum ao rap, gênero musical do grupo Racionais MC’s. A alternativa E está incorreta, pois a 
linguagem da canção é coloquial, simples e objetiva, com intuito de transmitir uma mensagem socialmente engajada e sem 
margem para interpretações líricas.
QUESTÃO 35 
Halfeld, além de sua profissão, torneando madeiras e metais, divertia-se fazendo joias, móveis, dava-se a observações 
astronômicas, meteorológicas e investigações naturais. Seu gosto pelas últimas ficou comprovado nas coleções que ele 
reuniu de minérios e de ovos de todas as aves mineiras. A primeira, por sua morte, ficou com sua terceira mulher, que veio 
a ser a primeira de meu avô Joaquim Nogueira Jaguaribe, que assim se referia àquelas amostras:
“Em parte nenhuma do Brasil se encontrará mais curiosa, bonita, rica e variada coleção, como também jamais poderá 
se organizar outra que com esta possa rivalizar pela dupla razão de não existirem mais muitas destas minas que outrora 
houve e jazem extintas e por ser esta coleção o constante trabalho de cerca de trinta anos.”
Não sei que fim levou. Terá sido vendida? É possível, pois em certa época o engenheiro Henrique Gorceix pretendeu 
comprá-la, por conta do governo imperial.
NAVA, P. Baú de ossos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1978. [Fragmento]
IIUY
KSWC
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 da Babilônia 
Baú de ossos mistura a história de diversas pessoas da genealogia do autor, formando uma espécie de heterobiografia. 
Nesse fragmento da obra, o autor-narrador estabeleceverossimilhança entre si mesmo e sua heterobiografia por meio de
A. 	 menção a eventos já acabados.
B. 	 criação de personagens fictícias.
C. 	 afastamento dos protagonistas.
D. 	 adoção de múltiplas perspectivas.
E. 	 interlocução direta com seu leitor.
Alternativa E
Resolução: Em sua biografia, Nava busca resgatar sua história abordando aspectos da genealogia de sua família. São 
diversas histórias interligadas pela investigação genealógica, transcendendo os limites da história individual ao passo 
que a reconstrói. Devido à heterogeneidade das histórias narradas, Nava se vale de expressões que caracterizam o tom 
dialógico de sua narrativa, como se estivesse participando de uma conversa com o leitor. Assim, mesmo narrando um evento 
anterior ao seu avô, consegue estabelecer laços entre ele próprio, a narrativa e seus leitores, como observado em “Não sei 
que fim levou. Terá sido vendida? É possível […]”. Essa aproximação de si com a própria narrativa, no caso da narrativa 
autobiográfica, cria um efeito de verossimilhança com sua obra. Portanto, a alternativa E está correta. A alternativa A 
está incorreta, pois ressuscitar aquilo que já estava acabado é próprio do ato de contar histórias, sejam elas ficcionais 
ou não – e não é isso que estabelece a verossimilhança no texto. A alternativa B está incorreta, pois as personagens 
fictícias mescladas por Nava às personagens reais quebram com o aspecto autobiográfico da narrativa, rompendo a 
verossimilhança entre autor-narrador e história. A alternativa C está incorreta, pois, quanto maior o distanciamento 
das personagens, menos crível será a heterobiografia. Por fim, a alternativa D está incorreta, pois a história se atém à 
perspectiva de Pedro Nava, apesar de narrar histórias por vezes anteriores à sua existência. Ademais, o estabelecimento 
de múltiplas perspectivas distancia o narrador dos eventos, rompendo com a verossimilhança.
QUESTÃO 36 
Menos, tem que correr mais 
Pra poder ser minha inimiga 
Minha ascensão é de quem cria 
Dublê tem que pegar fila 
Pega a senha, assina a ficha 
Nós iremos te avaliar 
Precisando de cosplay 
Quem sabe um dia nós te liga 
Ei, fia, com nós cê não vai na Mercedes SUV 
Cayenne pro meu pai, minha mãe tá de BM’ 
Portando no lebai, agora quе nós também tem 
Várias garrafa e pode pá quе eu deixei minha família bem 
TASHA & TRACIE; MU540; YUNK VINO. SUV. In: ______. Diretoria. São Paulo: Ceia Ent., 2021. 
No texto, é predominante a função poética da linguagem, uma vez que é observada a preocupação com a sonoridade, com 
as rimas e com a presença de diversas figuras de linguagem. Para além da função poética, porém, observa-se também a 
função fática, no trecho: 
A. 	 “Minha ascensão é de quem cria”. 
B. 	 “Ei, fia, com nós cê não vai na Mercedes SUV”. 
C. 	 “Cayenne pro meu pai, minha mãe tá de BM’”. 
D. 	 “Precisando de cosplay / Quem sabe um dia nós te liga”. 
E. 	 “Menos, tem que correr mais / Pra poder ser minha inimiga”. 
Alternativa B
Resolução: A função fática da linguagem é aquela em que o emissor utiliza estratégias para manter a interação com o seu 
interlocutor. Na canção, esse recurso é utilizado quando o eu lírico utiliza a interjeição de chamamento “Ei”, seguida pelo 
vocativo “fia”, que busca atrair a atenção da jovem para a qual ele canta. Logo, é correta a alternativa B. Nas alternativas 
A, C, D e E há o predomínio da função poética da linguagem, sem o uso da função fática. Em A, é expressada a ideia de 
ascensão. Em C, a voz poética faz uso de uma linguagem estilizada com a metonímia, na qual os nomes ou marcas substituem 
o tipo de produto, o carro. Em D, os versos não têm o intuito de interromper, prolongar nem estabelecer a comunicação. 
E, por fim, em E os versos exprimem a condição necessária para se tornar um amigo da voz poética.
GY4X
LCT – PROVA I – PÁGINA 28 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 37 
TEXTO I 
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
ANDRADE, C. D. Mãos dadas. In: ______. Sentimento do mundo. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2012. 
[Fragmento] 
TEXTO II 
8. Entenda que suas atitudes refletem na vida dos outros. No Direito, há um princípio chamado “supremacia do interesse 
público sobre o privado”. Nesse momento, o coletivo importa mais do que o individual. Suas vontades têm que estar em 
segundo plano. Se você ficar doente, você representará um custo ao Estado, você ocupará um leito de hospital, você 
poderá infectar outras pessoas. Não se trata de “ah, se eu pegar a doença tudo bem, sou saudável, não devo morrer”. 
A coisa vai muito além de você. 
MANUS, R. Disponível em: . 
Acesso em: 15 mar. 2020. 
[Fragmento] 
Partindo de procedimentos e objetivos distintos – por serem textos, respectivamente, literário e instrucional –, os fragmentos 
anteriores têm em comum o(a) 
A. 	 certeza da união como solução para os desafios individuais. 
B. 	 explicitação da superioridade do público sobre o privado. 
C. 	 percepção da realidade cotidiana de forma imediatista. 
D. 	 abordagem da individualidade numa perspectiva social. 
E. 	 tratamento dos problemas em perspectiva atemporal. 
Alternativa D
Resolução: Tanto o poema “Mãos dadas”, de Carlos Drummond de Andrade, quanto o texto de Ruth Manus abordam uma 
perspectiva da relação entre o ser humano em sua individualidade e o social. O eu lírico do texto I propõe que, calcado 
na realidade e considerando seus companheiros, caminhe de mãos dadas, sem se afastar muito dos demais. Assim, ele 
se projeta na esfera coletiva. Já no texto de Manus há uma clara indicação de que a ação individual, no momento de 
produção do texto, deveria ser analisada a partir das consequências geradas no âmbito coletivo. Portanto, está correta 
a alternativa D. A alternativa A está incorreta porque, ainda que o texto I proponha a união como solução aos problemas, 
em ambos os textos os desafios são coletivos, e não individuais. A alternativa B está incorreta porque, no texto I, não está 
expressa a superioridade do público sobre o privado e, no texto II, menciona-se que, no Direito, “há um princípio chamado 
‘supremacia do interesse público sobre o privado’” – nessa perspectiva, mas sem apresentar uma obrigação, a autora afirma 
que, temporariamente, o coletivo importa mais que o individual. A alternativa C está incorreta porque a realidade cotidiana, 
nos dois textos, não é entendida de forma imediatista, mas de maneira ampliada e profunda. No texto I, o sujeito poético 
esboça sua observação do que está ao redor e, no texto II, a autora demonstra como ações imediatistas podem prejudicar 
a coletividade. A alternativa E está incorreta porque em nenhum dos textos está posta uma perspectiva atemporal dos 
problemas: no poema, o eu poético situa-se em seu presente, afirmando que “O presente é tão grande” e que não será 
“poeta de um mundo caduco”, tampouco cantará o futuro; o texto de Manus também se atém ao seu presente, evidenciando 
o que é importante “nesse momento”.
YWRW
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 29BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 38 
Todo mundo menos você
 Dizem que eu ando bem melhor depois 
que eu terminei
 Todo mundo consegue enxergar o 
quanto eu melhorei
 Engraçado ver eles pensando que eu 
te superei
 Mesmo entendendo que o problema 
nunca foi você
 Se não tivesse ido, eu não ia me resolver
Tava confortável, né?
E ninguém aprende assim
Aprendi
Mas cadê você pra me aplaudir?
 Se todo mundo viu, por que você não 
tá vendo
Todo esse esforço que eu tô fazendo?
Pra fazer você se sentir orgulhoso
Pra fazer você se apaixonar de novo
MENDONÇA, M.; MAIARA & MARAISA. Festa das Patroas 35%.Disponível em: . Acesso em: 
16 ago. 2022. [Fragmento]
As letras de música sertaneja normalmente se caracterizam 
por apresentar marcas informais da língua. Nessa letra 
de Marília Mendonça e da dupla Maiara & Maraisa, o uso 
dessas marcas garante o(a)
A. 	 rima entre os vocábulos.
B. 	 encadeamento de ideias.
C. 	 tristeza dos apaixonados.
D. 	 padrão rítmico da música.
E. 	 identificação dos solteiros.
Alternativa D
Resolução: A alternativa D está correta, pois a informalidade 
presente nas letras de canções é o que ajuda a garantir, 
na maioria dos casos, a ritmicidade da música entre uma 
passagem e outra. A alternativa A está incorreta, pois não 
há rima entre uma marca informal e outra nessa letra. 
A alternativa B está incorreta, pois o encadeamento de 
ideias se dá pela letra de música como um todo, e não 
apenas pelas marcas de informalidade. A alternativa C 
está incorreta, pois a tristeza dos apaixonados pode se 
manifestar nesse público quando se escuta a música inteira, 
e não apenas os vocábulos informais. A alternativa E está 
incorreta, pois a identificação dos solteiros ocorre pela 
associação deles entre a letra de música e alguma situação 
amorosa vivida no passado ou no presente.
VIHL QUESTÃO 39 
Disponível em: . Acesso em: 13 set. 2021.
Textos dos gêneros multissemióticos são produções que 
contemplam diferentes elementos comunicativos que, 
juntos, levam o leitor a uma construção significativa. O 
outdoor em análise motiva essa significação ao apresentar, 
em conjunto com outros fatores, um(a)
A. 	 elemento indicativo de tempo, para apressar a visita à 
exposição do artista.
B. 	 extrapolação das margens, para induzir o 
estranhamento dos passantes.
C. 	 técnica famosa do artista exposto, para gerar interesse 
e envolvimento.
D. 	 divulgação pública, para indicar a democratização do 
acesso à arte.
E. 	 artifício em três dimensões, para chamar a atenção 
dos pedestres.
Alternativa C
Resolução: Um dos recursos utilizados pela publicidade 
no outdoor foi a reprodução do relógio derretido, marca 
artística reconhecida de uma das obras de Salvador Dalí, o 
quadro A persistência da memória. Nesse sentido, ao expor 
esse elemento, o outdoor motiva interesse nas pessoas, 
para que elas visitem a exposição. Portanto, está correta 
a alternativa C. A alternativa A está incorreta porque, ainda 
que exista o relógio, um elemento indicativo do tempo, não 
se pode afirmar que sua função seja apressar a visitação à 
exposição – se houvesse essa função no outdoor, ela seria 
desempenhada pela frase “Até 20 de junho”. A alternativa B 
está incorreta porque a extrapolação das margens está 
diretamente relacionada ao modo como Dalí representou os 
relógios derretidos na obra; assim, essa situação não tem 
a ver com induzir estranhamento, apesar de isso chamar a 
atenção. A alternativa D está incorreta porque a divulgação 
pública não é um recurso que colabora para a construção 
de sentido da mensagem do outdoor. A alternativa E está 
incorreta porque o recurso presente no outdoor não se 
trata somente de um artifício em três dimensões, mas, 
sim, da reprodução de um elemento fundamental na obra 
de Dalí; além disso, o público do outdoor não é somente 
os pedestres.
VFOØ
LCT – PROVA I – PÁGINA 30 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 40 
II
Entre a paisagem
o rio fluía
como uma espada de líquido espesso.
Como um cão
humilde e espesso.
Entre a paisagem
(fluía)
de homens plantados na lama;
de casas de lama
plantadas em ilhas
coaguladas na lama;
paisagem de anfíbios
de lama e lama.
Como o rio
Aqueles homens
são como cães sem plumas
(um cão sem plumas
é mais
que um cão saqueado;
é mais
que um cão assassinado.
Um cão sem plumas
é quando uma árvore sem voz.
É quando de um pássaro
suas raízes no ar.
É quando a alguma coisa
roem tão fundo
até o que não tem).
MELO NETO, J. C. O cão sem plumas. In: ______. Poesia completa. 
Rio de Janeiro: Alfaguara, 2020. [Fragmento]
A imagem do que é “o cão sem plumas” se relaciona diretamente ao sentido global do poema de mesmo nome, publicado por 
João Cabral de Melo Neto em 1950, pois o texto
A. 	 usa os recursos da ficção para construção da narrativa, caracterizando um enredo realista.
B. 	 compara o animal com as condições dos homens da região, construindo sua crítica social.
C. 	 denuncia a poluição dos rios do país na época, demonstrando sua preocupação ecológica.
D. 	 utiliza os elementos da natureza para explicação da subjetividade, constituindo sua dimensão lírica.
E. 	 apresenta o bicho como figura de linguagem da paisagem, antropomorfizando os elementos naturais.
Alternativa B
Resolução: A resposta correta é a B, pois, como se expressa nos versos “Aqueles homens / são como cães sem plumas”, 
é estabelecida uma comparação entre este animal e os humanos, mas não quaisquer indivíduos, e sim “aqueles” – isto 
é, os que vivem na lama, em suas casas “coaguladas na lama”. Com base nisso, compreende-se que essas condições 
de vida são precárias, o que constitui a dimensão crítica do poema. A alternativa A é incorreta, pois o poema não é uma 
ficção. A alternativa C é incorreta, pois o poema não expressa preocupação ecológica – o poema fala de lama, e não 
de poluição. A alternativa D é incorreta, pois, primeiro, o lirismo do poema não está restrito a elementos da natureza, e, 
segundo, não é um poema naturalista – tendo em vista a construção da imagem de um cão sem plumas. A alternativa E 
está incorreta, pois não há antropomorfização dos elementos naturais.
13GU
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 31BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
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QUESTÃO 41 
TEXTO I
Arte contemporânea
Podemos considerar que a arte contemporânea começa a dar frutos a partir de movimentos como a pop art e o 
minimalismo, que tiveram como solo fértil os EUA na década de 1960.
Nesse momento, o contexto que se vivia era do pós-guerra, do desenvolvimento tecnológico e do fortalecimento do 
capitalismo e da globalização. 
Assim, a indústria cultural e, consequentemente, a arte sofreram grandes transformações que deram as bases para 
o surgimento do que hoje chamamos de arte contemporânea.
Esse novo fazer artístico começa a valorizar mais as ideias e o processo artístico em detrimento da forma final ou 
do objeto, ou seja, os artistas passam a buscar o estímulo a reflexões sobre o mundo e sobre a própria arte. Além disso, 
empenham-se em aproximar a arte da vida comum.
AIDAR, L. Disponível em: . 
Acesso em: 22 jun. 2021.
TEXTO II
LICHTENSTEIN, R. No carro. 1963. 
Óleo e acrílico sobre tela, 172,0 x 203,5 cm.
Considerando os aspectos conceituais da arte contemporânea, o mural anterior se relaciona a essa estética, uma vez que
A. 	 representa o lirismo artístico através de inovações de caráter visual.
B. 	 encena uma performance do ideal amoroso valorizado no século XX.
C. 	 dialoga com o cotidiano ao representar elementos da cultura de massa.
D. 	 evidencia uma sentimentalidade por meio de uma proposta minimalista.
E. 	 expressa a narrativa não linear muito usada em histórias em quadrinhos.
Alternativa C
Resolução: O texto I discute o surgimento da arte contemporânea e algumas de suas características, citando o movimento 
pop art, comum na década de 1960, como um dos de maior renome dentro desse contexto. Nesse sentido, o texto II 
relaciona-se com o texto I ao apresentar justamente um exemplar da pop art. Esse movimento está fundamentado na 
crítica à sociedade do consumo, mas por meio da reprodução de imagens que remetem justamente ao consumo e à 
publicidade. Assim, a imagem de Lichtenstein traz à tona elementos da cultura de massa, conscientizando o espectador 
da estética utilizada nos meios de comunicação. Está correta, portanto, a alternativa C. A alternativa A está incorreta, pois 
o texto II não evidencia um lirismo artístico, mas uma crítica por meio da reproduçãode imagens. A alternativa B está 
incorreta, pois o texto não é a encenação de uma performance. A alternativa D está incorreta, pois, embora o minimalismo 
seja um movimento da arte contemporânea, a imagem trazida no texto II não reproduz esse movimento. A alternativa E 
está incorreta, pois não se pode afirmar que ocorra uma narrativa não linear no texto II, tampouco que isso seja comum 
em histórias em quadrinhos, ainda que as obras de Lichtenstein tenham reproduzido a estética desse gênero.
3LEO
LCT – PROVA I – PÁGINA 32 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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QUESTÃO 42 
Cordões
Era em plena Rua do Ouvidor. Não se podia andar. A multidão apertava-se, sufocada. A rua convulsionava-se como se 
fosse fender, rebentar de luxúria e de barulho. Nós íamos indo, eu e o meu amigo, nesse pandemônio. 
Abriguei-me a uma porta. Sob a chuva de confetti, o meu companheiro esforçava-se por alcançar-me. 
– Por que foges? 
– Oh! estes cordões! Odeio o cordão. 
– Não é possível. 
– Sério! 
– Mas que pensas tu? O cordão é o carnaval, o cordão é vida delirante, o cordão é o último elo das religiões pagãs. 
Eu tenho vontade, quando os vejo passar zabumbando, chocalhando, berrando, arrastando a apoteose incomensurável 
do rumor, de os respeitar, entoando em seu louvor a “prosódia” clássica com as frases de Píndaro – salve grupos floridos, 
ramos floridos da vida... 
Parei a uma porta, estendo as mãos. 
– É a loucura, não tem dúvida, é a loucura. Pois é possível louvar o agente embrutecedor das cefaleias e 
do horror? 
– Eu adoro o horror. É a única feição verdadeira da humanidade. E por isso adoro os cordões, a vida intensa, todos os 
sentimentos tendidos, todas as cóleras a rebentar, todas as ternuras ávidas de torturas. Achas tu que haveria carnaval se 
não houvesse os cordões? Há em todas as sociedades, em todos os meios, em todos os prazeres, um núcleo dos mais 
persistentes, que através do tempo guarda a chama pura do entusiasmo.
RIO, J. Cordões. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia de Bolso, 2008. [Fragmento adaptado] 
No texto, um amigo tenta convencer o narrador sobre a importância dos cordões carnavalescos, manifestando sua 
A. 	 aversão à luxúria barulhenta da multidão carnavalesca. 
B. 	 exaltação do horror como traço essencial do povo brasileiro. 
C. 	 compreensão dos cordões como um louvor às religiões pagãs. 
D. 	 reflexão do poder dos ritos compartilhados na cultura popular. 
E. 	 exposição do caráter marginalizado das manifestações populares.
Alternativa D
Resolução: No fragmento, o narrador e seu amigo estão em um cordão. Enquanto esse narrador descreve o cenário como 
um pandemônio, seu amigo busca convencê-lo da importância dessa manifestação popular, que, segundo ele, é essencial 
para o contexto cultural carnavalesco. De acordo com esse amigo, os cordões representam a vida intensa, guardando 
“a chama pura do entusiasmo”. Portanto, é correta a alternativa D. A alternativa A é incorreta, pois, enquanto um manifesta 
sua aversão aos cordões, seu amigo exalta a intensidade e o entusiasmo da vida representada nessa festa. A alternativa B 
é incorreta, pois o amigo do narrador menciona que o horror é “a única feição verdadeira da humanidade”, sem, no 
entanto, relacioná-la diretamente à população brasileira. A alternativa C é incorreta, pois, embora o amigo mencione que os 
cordões são o “último elo das religiões pagãs”, ele não associa essa manifestação brasileira ao louvor desses ritos antigos. 
A alternativa E está incorreta, pois o amigo não trata do caráter marginalizado dos cordões, mas, sim, da intensidade e do 
entusiasmo que eles representam para a cultura popular.
QUESTÃO 43 
O corpo é o maior patrimônio do homem. Por meio dele, numa ação concreta de modificação do organismo, passa-se, 
inconscientemente, a acreditar que não nascemos para ser tristes, sofrer ou sermos doentes. Nascemos para a vitória.
A partir do fortalecimento do corpo, fazendo com que a pessoa tenha mais energia, mais vitalidade, ela ganha o poder 
pelo corpo. Se uma pessoa subia uma escada e se cansava, de repente sente uma mágica, porque passa a conseguir 
fazer aquilo sem sentir cansaço.
O corpo não é para ser judiado. É para ser tratado com carinho, atenção. A pessoa aprende a empurrar os seus 
limites, mas nunca a ultrapassá-los. Se tem uma frequência cardíaca baixa, vai melhorando o rendimento, a performance. 
O indivíduo tem de fazer uma atividade compatível com seu momento cardiovascular.
BELV
SDLF
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 33BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
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Nosso organismo foi formado por milhões de anos para o movimento. Porém, o ser humano foi se tornando sedentário 
e o aparelho que mais sofreu com isso foi o cardiovascular, que acabou atrofiado. O coração do indivíduo moderno bate, 
mas não consegue enviar aos órgãos vitais o necessário sangue para uma vida em exuberância. Daí a necessidade de 
se trabalhar o músculo cardíaco para dotá-lo de maior poder de injetar mais sangue na corrente circulatória, abastecendo 
melhor o organismo e possibilitando uma vida com mais energia e disposição. Trabalhar o músculo cardíaco é vital para a 
saúde, mas sem malhação. Quando é trabalhado corretamente, ele sorri satisfeito.
COBRA, N. O segredo da vitória. Disponível em: . Acesso em: 2 ago. 2019. [Fragmento adaptado]
Nuno Cobra constrói uma ideia que associa a prática de atividade física a uma perspectiva de
A. 	 terapia psicológica esportiva.
B. 	 precaução de cardiopatias graves.
C. 	 compreensão ortopédica do esporte.
D. 	 entendimento integral do ser humano.
E. 	 treinamento esportivo individualizado.
Alternativa D
Resolução: O primeiro período do texto, tal como o segundo e terceiro, apresenta a relação entre o corpo humano, os 
sentimentos e alguns valores sociais, como a vitória. Desse modo, conclui-se que Nuno Cobra, autor desse excerto, 
atribui à atividade física uma perspectiva integral, completa dos indivíduos humanos. Portanto, está correta a alternativa D. 
A alternativa A está incorreta, pois Cobra afirma que é necessária uma terapia física para o corpo humano e que é preciso 
que a atividade física beneficie o organismo por si, como pode ser visto em “Nosso organismo foi formado por milhões 
de anos para o movimento”. A alternativa B está incorreta porque, além dos benefícios físicos, também são mencionados 
benefícios sociais e mentais, como se vê em “A pessoa aprende a empurrar os seus limites, mas nunca a ultrapassá-los”. 
A alternativa C está incorreta, uma vez que Cobra evidencia, principalmente, a relação entre o trabalho cardíaco, a circulação 
sanguínea, a respiração (e o fôlego) e, em consequência, os hormônios e as sensações de prazer e satisfação derivadas 
da atividade física. A alternativa E está incorreta porque, ainda que afirme que “O indivíduo tem de fazer uma atividade 
compatível com seu momento cardiovascular”, o autor menciona este como um dos vários outros aspectos sobre o qual 
deve ser vista a atividade física regular.
QUESTÃO 44 
A voz de d. Lúcia cortou aquele momento de intimidade. Mabel agradeceu timidamente e me olhou meio de banda, 
sem saber se aceitava ou não o abraço da patroa. 
– Vejam só, vai ser médica! Prepare-se porque mesmo numa universidade pública esse é um dos cursos mais caros do 
país... se não for o mais caro! Querida, outra vez, parabéns! – Ela bebeu um gole d’água fingindo não estar nos observando 
em nosso silêncio cheio de olhares. 
Eu já estava abrindo a porta da área de serviço, mas Mabel estancou. 
– Não, mamãe. Hoje não – disse ela, dando meia-volta e se encaminhando para a sala. 
– D. Lúcia, agradeço o seu apoio, mas eu não lhe devo nada, não. Entendi o que a senhora tentou fazer mais cedo. 
Nada vai apagar nossa felicidade, nada. 
– Seu Tiago, lembra que o senhor riu debochando achando que eu nunca conseguiria passar no curso de Medicina? 
Muito obrigadapor me fazer lembrar desse sorriso todos os dias em que eu me sentava em silêncio lá nos fundos, para 
não atrapalhar vocês, os donos deste palacete... 
CRUZ, E. A. Solitária. São Paulo: Companhia das Letras, 2022. [Fragmento]
Esse fragmento apresenta o ponto de vista de Eunice, após descobrir que a filha conquistou uma vaga no curso de Medicina. 
O momento marca também uma tensão da narrativa, revelando a 
A. 	 insubmissão de Mabel com a formalidade exigida por Lúcia. 
B. 	 dissimulação de Lúcia com a pretensão da filha da empregada. 
C. 	 ingratidão da jovem com a ajuda recebida dos patrões da mãe. 
D. 	 frustração de Mabel com o deboche de Tiago por sua aprovação. 
E. 	 apreensão da mãe com o comportamento intempestivo de Mabel.
1C5U
LCT – PROVA I – PÁGINA 34 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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Alternativa B
Resolução: No fragmento, Eunice e a filha Mabel são surpreendidas pela chegada de Lúcia, a patroa. Apesar de elogiar 
a jovem (“Querida, outra vez, parabéns!”), o cumprimento é mordaz, uma vez que ela prefere pontuar o custo do curso 
de Medicina, mesmo em uma universidade pública, sugerindo que o sonho de Mabel talvez não seja compatível com sua 
condição socioeconômica. Portanto, é correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta, pois, na cena, Mabel se mostra 
em dúvida com o gesto de Lúcia de tentar abraçá-la, mas não é possível inferir pelo fragmento que ela tenha se recusado 
a retribuir o gesto. O texto mostra que Mabel foi até os patrões da mãe para conversar; primeiro, ela rebate o cumprimento 
de Lúcia, afirmando que ela não tem nada a agradecer e, depois, relembrando a fala de Tiago, que disse que ela nunca 
passaria em um curso de Medicina. Não há, no fragmento, nenhuma menção a qualquer tipo de ajuda recebida pela jovem, 
o que invalida a alternativa C. A alternativa D é incorreta, pois Mabel relembra o comentário do patrão de sua mãe quando 
ela ainda estudava para o vestibular. A alternativa E está incorreta, pois Eunice apenas cita o comportamento da filha, 
sem apresentar nenhum juízo de valor sobre ele.
QUESTÃO 45 
TEXTO I
Um dia desses, farta de pensar e de sofrer, saí e comprei numa farmácia do bairro um soporífero qualquer. Voltei para 
casa, arrumei minhas coisas e ordenei aquilo para que, após a minha morte, fosse entregue a determinada pessoa que eu 
conheço – uma enfermeira amiga minha. Depois, tracei duas linhas ao Coronel: que me perdoasse se não tinha sido para 
ele a filha que desejava – e que me esquecesse, pois alguma coisa não ia bem comigo. Em último lugar... Bem, imagino 
por um momento que tenha sido esta a carta.
CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2021. 
[Fragmento adaptado]
TEXTO II
Crônica da casa assassinada torna-se, imediatamente, um clássico da literatura brasileira e um dos dez mais importantes 
romances brasileiros de todos os tempos, seja pela intrigante e pungente leitura da alma humana traçada pelo autor em suas 
páginas, seja pela sua estruturação narrativa – intrincada trama que se desenvolve através de narradores em primeira pessoa, 
que extravasam suas vicissitudes por meio do cruzamento híbrido de narrações, confissões, cartas, diários e depoimentos. 
Nele, Lúcio Cardoso mostra e / ou enfatiza os lados psicológicos do comportamento e das motivações humanas que são, 
para dizer o menos, perturbadores.
RIBEIRO, E. M. Sobre Lúcio Cardoso. In: CARDOSO, L. 
Crônica da casa assassinada. São Paulo: Companhia das Letras, 2021. 
[Fragmento adaptado]
O texto II traz uma análise das características narrativas de Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso. No fragmento 
do texto I, o conflito da personagem confirma o trecho crítico, ao
A. 	 usar o narrador-personagem em primeira pessoa.
B. 	 apresentar as vozes múltiplas pelos gêneros narrativos.
C. 	 enfatizar o lado psicológico do comportamento humano.
D. 	 demonstrar a relevância incontestável do romance brasileiro.
E. 	 construir a estrutura narrativa pelo sentimentalismo exagerado. 
Alternativa C
Resolução: De acordo com o texto II, o romance é reconhecido pela ênfase no lado psicológico do personagem – algo que, 
no texto I, se revela através da carta da mulher, relatando sua tentativa de suicídio. Portanto, está correta a alternativa C. 
A alternativa A é incorreta, pois o uso da primeira pessoa, em si, não é um elemento elogiado no texto II. A alternativa B 
é incorreta, pois o texto I não apresenta a multiplicidade de vozes presente no romance na íntegra. A alternativa D é 
incorreta, pois o fragmento, em si, não atesta a relevância do romance. A alternativa E é incorreta, pois o sentimentalismo 
não é exagerado, mas aprofundado pela radicalidade do comportamento humano.
5RNJ
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 35BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 (trinta) linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número 
de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;
4.2. fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
SWG7
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema “A realidade do sistema 
carcerário brasileiro”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
De acordo com a Constituição Federal de 1988, quando uma pessoa é detida, ela se torna responsabilidade do Estado, 
que tem como dever assegurar que a pena seja cumprida em estabelecimento de acordo com a natureza do delito, garantindo 
aos presos o respeito à integridade física e moral. Além disso, a Lei de Execução Penal, em seu artigo 10, ressalta que 
a assistência ao preso assumida pelo Estado deve orientar o retorno do detido à convivência em sociedade, por meio de 
assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa.
Disponível em: . Acesso em: 23 jun. 2023. [Fragmento]
TEXTO II
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública [livro eletrônico]. São Paulo: FBSP, 2023. 
TEXTO III
A título de comparação, de 1º de janeiro de 2019 a 31 de julho de 2020, a Pastoral Carcerária Nacional levantou 
162 casos de tortura. Comparando os dois períodos, houve um aumento de 37,65%. Cabe lembrar que as atmosferas 
punitivas que circundam o espaço prisional, que ameaçam e alimentam o medo dos(as) denunciantes que são coagidos(as) 
a ficarem em silêncio, dificultam a construção robusta de canais de denúncia das violações. Os dados mostram que as 
principais formas de torturar as pessoas presas envolvem agressão física, negligência na prestação da assistência material 
e negligência na prestação da assistência à saúde. 
Coordenação Nacional da Pastoral Carcerária. Vozes e dados da tortura em tempos de encarceramento em massa, 2022. 
Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 2023. [Fragmento adaptado]
TEXTO IV
Segundo o banco de dados “World Prison Brief”, o Brasil comporta a terceira maior população prisional do mundo, 
com índice superado somente pelos Estados Unidos (2,1 milhões de presos) e China (1,6 milhãode presos). Se os presos 
brasileiros vivessem em uma cidade, ela seria a 18ª na lista das mais populosas do país. Dados do Sisdepen (Sistema 
de Informações do Departamento Penitenciário Nacional), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, informam que 
2 453 pessoas presas morreram em 2022. A maior causa está relacionada a problemas de saúde, com 1 430 óbitos, seguida 
por 400 mortes ainda sem causa esclarecida e 390 vítimas de um crime. O levantamento disponível mostra que o país tem 
596,1 mil vagas para presos, ou seja, o sistema tinha um deficit de mais de 236 mil vagas, indicando uma diminuição de 
40 mil vagas em relação ao ano anterior.
Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 2023. [Fragmento adaptado]
LCT – PROVA I – PÁGINA 36 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
A proposta de redação orienta-se por uma temática geral
A REALIDADE DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO
Toda a coletânea apresenta informações referentes a esse tema e, de modo geral, também oferece elementos para que os 
alunos consigam problematizar seu enfoque. A proposição de um título não é obrigatória na redação do Enem, no entanto, 
caso os alunos decidam por dar um título a seu texto, a correção deve penalizar apenas aqueles que colocarem o tema 
neste campo. 
Itens de correção de acordo com a grade Enem: 
I. Item destinado à avaliação da composição linguística do texto (uso da norma-padrão). São considerados os 
aspectos de domínio gramatical explorados na estruturação do raciocínio: concordância verbonominal, acentuação 
gráfica, ortografia, variedade vocabular, pontuação, entre outros recursos que, caso mal utilizados, devem ser 
penalizados. O aspecto linguístico deve ser considerado em função do conteúdo do texto. Desse modo, se o texto 
for claro, mas apresentar algumas falhas gramaticais que não prejudiquem o conjunto textual, elas devem ser 
penalizadas de forma moderada ou, mesmo, não ser penalizadas. 
• Para a obtenção de nota total nessa competência, são permitidos até dois erros linguísticos. Este item é avaliado 
em consonância com o item IV. 
II. Em um primeiro momento, é preciso que os alunos atentem para o tipo de texto solicitado: o dissertativo-argumentativo. 
Devem, portanto, mesclar essas suas duas condições: precisam progredir na exposição e no aprofundamento do 
tema, ao mesmo tempo que usam as informações novas como conteúdo para seus argumentos na defesa de um 
determinado ponto de vista, sempre de maneira impessoal. Na compreensão do tema, é necessário que os alunos 
problematizem a situação abordada, que trata da realidade do sistema prisional brasileiro. O texto I lembra que a 
pessoa detida se torna, de acordo com a Constituição brasileira, responsabilidade do Estado, que deve garantir 
a integridade física e moral do preso. O fragmento menciona também o artigo 10 da Lei de Execução Penal, que 
cita outra obrigação do Estado com os presos: a assistência que deve orientar o retorno do detido à convivência 
em sociedade. O texto II, um infográfico do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, traz informações sobre 
o sistema prisional do Brasil. Segundo as informações disponíveis, 832 295 pessoas estão encarceradas, além 
de haver 91 362 presos com monitoramento eletrônico, sendo que apenas 19% da população prisional faz parte 
programas de laborterapia, que consiste na prática de atividades profissionais pelos presos. Outros dados importantes 
do infográfico abordam o perfil da pessoa que é privada de liberdade no Brasil: a maioria é do sexo masculino, 
negra e jovem. Por fim, é apresentado o número de assassinatos ocorridos no sistema penitenciário em 2022, com 
390 mortes. O texto III aborda a tortura nas prisões brasileiras, a partir do levantamento apresentado no relatório 
“Vozes e dados da tortura em tempos de encarceramento em massa”, da Pastoral Carcerária. De acordo com o 
fragmento, houve um aumento de 37,65% no número de casos de tortura identificados em 2022, em comparação 
com os dados obtidos pela Pastoral Carcerária Nacional em anos anteriores. O texto faz um alerta, sugerindo que 
os números de violência podem sofrer o impacto do silenciamento de denunciantes por conta de ações de coação 
do espaço prisional. Por fim, o fragmento lista os principais tipos de tortura às pessoas presas, como a negligência 
na prestação da assistência à saúde. O texto IV menciona que o Brasil tem a terceira população prisional do mundo, 
ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos, de acordo com o banco de dados “World Prison Brief”. Além 
disso, o fragmento aborda alguns dados do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional, por 
exemplo, o fato de que a maior causa de morte entre os presos está relacionada a problemas de saúde. O texto 
também comenta o déficit de vagas, que indicaria uma diminuição em relação ao ano anterior. 
• Sinalizar, na correção, a existência ou a ausência da tese de raciocínio. Caso não haja tese no texto dos 
alunos, este item deve ser penalizado com maior rigor: nota mínima ou zero. Penalizar também a presença de 
trechos longos que escapem às tipologias argumentativa e expositiva, como os de cunho narrativo. Este item é 
avaliado em consonância com o item III. 
III. Com relação à terceira habilidade avaliada, domínio da estrutura textual argumentativa, os alunos devem 
confirmar ou discutir sua tese por meio de estratégias argumentativas diversificadas, com certo grau de ineditismo 
e indícios de autoria, procurando fugir, ao menos parcialmente, de uma abordagem atrelada ao senso comum. No 
caso dessa proposta, podem ser utilizados os dados e as informações dos textos motivadores, cuidando para que 
não ocorra uma cópia destes. Tratando-se de um tema vinculado às demandas de saúde e sociais, a argumentação 
deve levar a uma reflexão acerca da realidade do sistema carcerário brasileiro. Em um primeiro momento, pode-se 
destacar o constante crescimento da população carcerária no Brasil, conforme apontam os dados dos textos II e IV. 
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 37BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Esse grande volume de detentos, superior à capacidade do sistema prisional, leva à superlotação das prisões, 
que seguem aquém da infraestrutura adequada, descumprindo o dever do Estado em garantir a integridade física 
e moral dos detentos (texto I). De acordo com o primeiro levantamento do Departamento Penitenciário Nacional 
(Depen), há mais de 20 anos o Brasil já convivia com o déficit de vagas no sistema prisional. Em 2020 havia 
232 755 presos em todo o país, embora o número de vagas existentes no sistema carcerário brasileiro fosse de 
apenas 135 710. Como sugerem os dados dos textos II e IV, o problema parece longe de uma solução. A isso, soma-se 
a falta de investimentos na contratação de profissionais para o acompanhamento, a ressocialização e os tratamentos 
médicos, tornando as condições desses espaços insalubres, tanto para os presos quanto para os servidores que 
atuam na linha de frente na execução penal nas unidades prisionais. Para se ter uma ideia, a proporção entre presos 
e policiais penais é de 9 presos por cada 1 servidor, de acordo com o artigo “O sistema penitenciário brasileiro e o 
quantitativo de servidores em atividade nos serviços penais”, de Cristiano Tavares Torquato e Liliane Vieira Castro 
Barbosa, o que deixa esses profissionais expostos à violência e à baixa remuneração. Por sua vez, os presos 
sofrem com maus-tratos, alimentos estragados, casos de doenças contagiosas e falta de atendimento à saúde. 
Pode-se citar como exemplo a visita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), órgão 
composto por 11 especialistas independentes, que têm acesso às instalações de privação de liberdade, e que, no 
final de 2022, foram ao Complexo Prisional de Alcaçuz e na Cadeia Pública de Ceará-Mirim, no Rio Grande do 
Norte. No relatório desse acompanhado divulgadoda linguagem ocupam-se de criar regras 
para o uso adequado da língua, enquanto outros optam 
por apontar os fatos linguísticos sem lhes impor normas. 
O texto anterior, típico desta segunda escola linguística, 
tem como principal objetivo
A. descrever como se formam palavras em inglês.
B. comentar uma mudança ocorrida na língua.
C. dar instruções para o uso do sufixo -ish.
D. explicar o que é a “desgramaticalização”.
E. elucidar a etimologia do sufixo -ish.
Alternativa B
Resolução: O texto disserta sobre a mudança que ocorreu 
no uso do afixo -ish, que passou a funcionar como um termo 
independente. O título é muito importante para perceber 
que esse é o objetivo principal do texto, pois ele introduz 
o assunto central: “Ish: How a suffix became a word” (Ish:
como um sufixo tornou-se uma palavra). A alternativa A
está incorreta porque, embora o texto comente a formação
de algumas palavras em inglês, esse não é seu objetivo
principal; os comentários servem a um propósito maior, que 
é debater a respeito da mudança na utilização do sufixo -ish.
A alternativa C está incorreta porque o texto busca mostrar
como o sufixo -ish foi adquirindo novos usos na Língua
Inglesa, e, para isso, faz uma descrição desses possíveis
usos – portanto, não se trata de instruir, mas de descrever.
A alternativa D está incorreta porque o texto menciona
superficialmente o conceito de “degrammaticalization”
(desgramaticalização), atribuído ao blogueiro Mr. Verb, mas 
não se ocupa de dar uma explicação detalhada sobre o
assunto. A alternativa E está incorreta porque, embora, no
primeiro parágrafo, o texto descreva a etimologia do sufixo
em questão, esse não é seu objetivo principal; do contrário, 
o artigo teria terminado aí.
QUESTÃO 03 
Life is short, though I keep this from my children.
Life is short, and I’ve shortened mine
in a thousand delicious, ill-advised ways,
a thousand deliciously ill-advised ways
I’ll keep from my children. The world is at least
fifty percent terrible, and that’s a conservative
estimate, though I keep this from my children.
For every bird there is a stone thrown at a bird.
For every loved child, a child broken, bagged,
sunk in a lake. Life is short and the world
is at least half terrible, and for every kind
stranger, there is one who would break you,
though I keep this from my children. I am trying
to sell them the world. Any decent realtor,
walking you through a real *hole, chirps on
about good bones: This place could be beautiful,
right? You could make this place beautiful.
SMITH, M. Disponível em: . 
Acesso em: 5 ago. 2022.
OP15
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
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It is impossible to track how much the ships fish. 
The Chinese underreport the international catch coming 
in through their ports, sa ys Alex Hearn, of MigraMar, a 
marine-wildlife research organization. But Ecuadorians got a 
glimpse in 2017, when one Chinese vessel was intercepted 
in the Galapagos Marine Reserve. The authorities found 
300 tonnes of fish, most of it scalloped hammerhead shark, 
a critically endangered species. Two thirds of hammerhead 
fins found in Hong Kong markets belong to species that 
depend on Galapagos waters.
Disponível em: . 
Acesso em: 5 out. 2020. [Fragmento]
De acordo com o texto, uma prova irrefutável das atividades 
praticadas por pesqueiros estrangeiros em águas próximas 
a Galápagos é a
A. 	 presença de uma frota de 260 pesqueiros em águas 
territoriais equatorianas.
B. 	 reclamação formal feita pelo presidente equatoriano 
às autoridades chinesas.
C. 	 venda de barbatanas de tubarões de Galápagos nos 
mercados de Hong Kong.
D. 	 prática chinesa de não fiscalizar a pesca desembarcada 
em seus portos.
E. 	 ação da Marinha chinesa para conter o saque à vida 
marinha selvagem.
Alternativa C
Resolução: De acordo com o texto, dois terços das 
barbatanas de tubarões dos mercados de Hong Kong são 
de espécies encontradas somente na região de Galápagos 
(Two thirds of hammerhead fins found in Hong Kong markets 
belong to species that depend on Galapagos waters). Sendo 
assim, a alternativa correta é a C. A alternativa A está 
incorreta porque os navios pesqueiros estavam ancorados 
em águas internacionais, e não em águas equatorianas (a 
fleet of 260 fishing vessels [...] anchored in international 
waters near the Galapagos islands). A alternativa B 
está incorreta porque o presidente equatoriano fez uma 
reclamação formal à China devido à presença de um 
grande número de navios pesqueiros chineses em águas 
próximas a Galápagos. Entretanto, essa reclamação por si 
só não constitui uma prova inquestionável das atividades 
predatórias desses navios no local. A alternativa D está 
incorreta porque, segundo o texto, os chineses omitem 
informações sobre a pesca que chega em seus portos, ou 
seja, eles a fiscalizam, mas não registram formalmente todas 
as informações (The Chinese underreport the international 
catch coming in through their ports). A alternativa E está 
incorreta porque o texto não menciona a Marinha chinesa 
e, ainda, afirma que a ação dos navios pesqueiros chineses 
está ameaçando Galápagos.
QUESTÃO 05 
Buying fair trade coffee helps thousands of families 
in Africa and Latin America to live with dignity out of their work.
This way, they can improve the lives of their families and 
their community.
Disponível em: . Acesso em: 5 out. 2020.
Considerando as informações do texto, a expressão fair 
trade sugere que o produto em questão
A. 	 promove práticas agrícolas ecologicamente corretas.
B. 	 mantém projetos assistenciais que atendem 
agricultores.
C. 	 propicia condições de vida mais justas para seus 
produtores.
D. 	 estimula o consumo responsável em países em 
desenvolvimento.
E. 	 garante oportunidades de trabalho em outros setores 
além da agricultura.
Alternativa C
Resolução: O termo fair trade refere-se a um conjunto de 
princípios que promovem o desenvolvimento sustentável e 
práticas comerciais mais justas para produtores de países 
em desenvolvimento. Pode ser traduzido como “comércio 
justo”, “mercado justo” ou “concorrência justa”, conforme 
o contexto. O texto da campanha afirma que, ao adquirir o 
café em questão, o leitor ajudará milhares de famílias na 
África e na América Latina a viver com dignidade de seu 
trabalho. Assim, elas poderão melhorar tanto sua própria 
qualidade de vida quanto a vida em suas respectivas 
comunidades. Logo, a alternativa correta é a C.
WY38
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Ajedrez
En su grave rincón, los jugadores
rigen las lentas piezas. El tablero 
los demora hasta el alba en su severo 
ámbito en que se odian dos colores. 
Adentro irradian mágicos rigores 
las formas: torre homérica, ligero 
caballo, armada reina, rey postrero, 
oblicuo alfil y peones agresores. 
Cuando los jugadores se hayan ido, 
cuando el tiempo los haya consumido, 
ciertamente no habrá cesado el rito. 
En el oriente se encendió esta guerra 
cuyo anfiteatro es hoy toda la tierra. 
Como el otro, este juego es infinito. 
BORGES, J. L. El hacedor. Madri: Alianza, 2006. [Fragmento] 
O trecho do poema “Ajedrez”, do escritor argentino Jorge Luis Borges, usa uma partida de xadrez como metáfora para se 
referir à vida. Nesses versos, o autor destaca o(a) 
A. 	 caráter eterno do jogo, que sobrevive a seus jogadores e segue sua marcha.
B. 	 magia das peças do xadrez para representar aquilo que engana os jogadores.
C. 	 soberba dos jogadores, que não veem que a morte é inevitável e chegará ao amanhecer.
D. 	 ganância de quem joga, que, ao fim, destrói as peças e o tabuleiro num ato de não aceitação.
E. 	 resistência dos jogadores, que, ao competirem por dias a fio, mostram suportar adversidades.em março de 2023, esses peritos indicaram que a situação dos 
espaços era extremamente preocupante. As condições degradantes, como aquelas observadas no Rio Grande do 
Norte, fazem parte do cotidiano de muitos centros de detenção do Brasil. Além disso, a falta de separação entre 
os detentos de diferentes graus de periculosidade, a falta de controle efetivo do problema e a presença de facções 
criminosas tornam o ambiente prisional ainda mais perigoso, cujas consequências serão observadas também na 
sociedade, com ataques como aqueles ocorridos em mais de 20 cidades do Rio Grande do Norte em março de 
2023 e que foram, de acordo com as autoridades locais, uma reação aos maus tratos identificados pelo MNPCT, 
ou os motins, como o ocorrido em janeiro de 2017 no Complexo Anísio Jobim, em Manaus, cujas causas foram a 
superlotação carcerária, as péssimas condições vividas pelos presos, além de uma briga entre facções criminosas. 
 Ainda que não tenha levantamento oficial, estima-se que existam no país mais de 70 organizações criminosas com 
articulações dentro e fora do sistema prisional atuando, sobretudo, no tráfico de drogas e armas. As três maiores são: 
o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho e a Família do Norte, todos eles estruturados a partir 
de alianças dentro das próprias unidades prisionais. O PCC, por exemplo, foi criado no estado de São Paulo após o 
massacre do Carandiru. De acordo com o jornalista, economista e cientista político Bruno Paes Manso, pesquisador 
do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e autor de A Guerra: A Ascensão do PCC 
e o Mundo do Crime no Brasil, embora não seja possível afirmar que o PCC seja resultado direto do massacre do 
Carandiru, aquele contexto de violência serviu para a unidade discursiva dessa facção criminosa. A perpetuação 
de outras práticas de violência estruturais também parece ser uma constante no sistema prisional brasileiro. 
É importante, ainda, considerar o perfil dos detentos no sistema prisional brasileiro. Muitos deles são jovens, com 
baixa escolaridade e provenientes de camadas socioeconômicas desfavorecidas. Em relação à violência, pode-se 
mencionar também outros casos de maus-tratos (texto III), destacando o já mencionado massacre do Carandiru, 
considerada a mais violenta ação policial em penitenciária brasileira, que matou 111 presos e que foi retratada 
em livros, como Estação Carandiru, de Drauzio Varela, que inspirou Carandiru: o filme de Héctor Babenco e as 
músicas Diário de um Detento, dos Racionais MC’s e Haiti, de Caetano Veloso. Esta última, aliás, fala do aspecto 
essencial para a compreensão da crise do sistema carcerário brasileiro: o perfil social das pessoas em privação 
e liberdade no Brasil: “mas presos são quase todos pretos / Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de 
tão pobres / E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos”. Com uma população carcerária 
predominantemente preta, jovem, pobre e pouco escolarizada, pode-se levantar a questão sobre as oportunidades 
negadas à essa parcela populacional, que faz com se envolvam em atividades criminosas e parem na cadeia. Além 
disso, pode-se mencionar também os “catálogos de suspeitos”, que circulam em delegacias brasileiras, e que, 
de acordo com um levantamento inédito em 2021, feito pelo Condege, entidade que reúne defensores públicos 
de todo país, e pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, os negros são, de longe, as maiores vítimas do erro 
no reconhecimento fotográfico de suspeitos, com 83% dos casos. Outra opção é argumentar sobre os presos 
provisórios – pessoas que ainda estão à espera de julgamento: de julho a dezembro de 2022, de acordo com 
o Senapen, havia 23 958 pessoas nessa situação. Esse contingente pode reunir pessoas presas injustamente, 
expostas à realidade violenta da prisão e do aliciamento das facções.
LCT – PROVA I – PÁGINA 38 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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• A ausência de problematização do enfoque deve ser penalizada com nota igual ou inferior a 50%. Este item 
deve ser avaliado em conexão com o item II, para que não haja penalização dupla dos mesmos problemas.
IV. Na quarta habilidade, domínio da estrutura linguístico-semântica, os alunos devem demonstrar uso coerente 
de sequências discursivas, especialmente no que diz respeito às cadeias coesivas construídas no texto, com o 
auxílio de determinadas ferramentas da norma-padrão: pontuação, conectores, entre outros. As relações coesivas 
devem ser avaliadas entre as sentenças e entre os parágrafos.
V. Na quinta habilidade avaliada, proposta de intervenção, os alunos devem propor estratégias para solucionar 
as situações-problema apresentadas ao longo do texto. Nesse sentido, deve haver detalhamento e variedade 
nas propostas apresentadas. Com relação ao tema em questão, devem ser apontadas medidas para solucionar 
os desafios citados na argumentação. É esperado que a proposta de intervenção apresente cinco elementos 
estruturantes: ação (o que deve ser feito); agente (quem realizará); meio / modo (como a ação será concretizada 
ou por meio de que instrumento); finalidade (para que a ação será feita); detalhamento. Considerando esses 
aspectos, pode-se propor, por exemplo, que considerando a questão da realidade do sistema carcerário brasileiro, 
é importante o entendimento que uma maneira eficaz de transformar o sistema prisional brasileiro pode ser a 
partir de uma abordagem ampla e integrada, garantindo não apenas a segurança da sociedade, mas também a 
dignidade e a reintegração dos detentos como cidadãos, para que possam contribuir positivamente para a sociedade. 
É fundamental que o poder público, em suas mais diferentes esferas, adote medidas que visem à humanização 
das prisões, à diminuição da superlotação, ao controle da violência e à promoção da ressocialização dos detentos. 
Além disso, é necessário também investir em políticas públicas que abordem as causas estruturais da criminalidade, 
oferecendo oportunidades e dignidade para os detidos e os servidores do sistema prisional. Pode-se sugerir a 
ação do poder público, no sentido de considerar o perfil social e demográfico da pessoa privada de liberdade. Essa 
realidade evidencia a necessidade de políticas públicas que visem combater as desigualdades sociais e oferecer 
alternativas ao mundo do crime, como a educação de qualidade e a criação de oportunidades de trabalho.
• A intervenção proposta pelos alunos deve estar em conformidade com a tese e a argumentação desenvolvidas 
ao longo do texto. Do contrário, deve haver penalização.
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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
Não constitui nenhuma novidade o fabuloso 
desempenho econômico da China desde as reformas 
iniciadas por Deng Xiaoping, em 1978. Nas três décadas 
seguintes a essas reformas, o Produto Interno Bruto 
(PIB) apresentou um crescimento médio anual de cerca 
de 10%. Esse crescimento foi um dos fatores por trás da 
gigantesca redução da pobreza. Segundo o Programa 
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 
apenas entre 1990 e 2002, o número de chineses com 
rendimento abaixo de US$ 1,00/dia caiu de 490 milhões 
para 88 milhões. Ainda segundo dados do PNUD, o Índice 
de Desenvolvimento Humano (IDH) da China passou de 
0,53 em 1975 para 0,78 em 2006. O grau de urbanização 
também foi impressionante. A população urbana, que 
representava cerca de 18% do total em 1978, passou a 
quase 44% em 2006. Obviamente, diversos fatores foram 
responsáveis por esse crescimento, apesar de nenhum 
desses, isoladamente, poder ser apontado como o principal. 
NONNENBERG, M. China: estabilidade e crescimento econômico. 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Texto para discussão nº 1 470, 
Brasília, fev. 2010. Disponível em: . 
Acesso em: 14 out. 2020. [Fragmentoadaptado] 
As reformas realizadas na China, a partir de 1978, que 
contribuíram para o crescimento econômico do país 
incluíram medidas como a
A. 	 estagnação do desenvolvimento tecnológico.
B. 	 abertura da economia ao mercado externo.
C. 	 redução das exportações de mercadorias.
D. 	 restrição dos investimentos estrangeiros.
E. 	 democratização do sistema político.
Alternativa B
Resolução: A partir da década de 1980, a China entrou em 
um período de grande crescimento econômico, o que foi 
promovido através da abertura da economia, que passou 
a ter uma grande inserção no mercado internacional e a 
receber investimentos estrangeiros. Portanto, a alternativa B 
está correta. A alternativa A está incorreta, pois o crescimento 
econômico da China está associado ao avanço do seu 
desenvolvimento tecnológico. Tanto que, atualmente, o país é 
considerado uma potência tecnológica e apresenta disputas 
com os Estados Unidos nesse aspecto. A alternativa C 
está incorreta, pois o crescimento econômico chinês 
foi acompanhado da ampliação das suas exportações, 
tendo o país conquistado uma grande ascensão no 
mercado mundial. A alternativa D está incorreta, pois o 
crescimento econômico chinês foi associado à abertura da 
economia aos capitais estrangeiros; a criação das Zonas 
Econômicas Especiais (ZEEs) representou uma medida 
adotada nesse sentido, ao estabelecer algumas cidades 
litorâneas do país como áreas preferenciais para atrair e 
receber o capital externo e abrigar atividades industriais. 
IO4R
A alternativa E está incorreta porque, apesar da abertura 
econômica, o sistema político da China procura manter 
alguns princípios derivados da Revolução Chinesa de 1949, 
como a manutenção da existência de um único partido 
(Partido Comunista da China).
QUESTÃO 47 
Taxa de crescimento da população brasileira 
(2013-2019)
0,86%
0,83%
0,80% 0,82%
0,79%
0,77%
2013 / 2014 2014 / 2015 2015 / 2016 2016 / 2017 2017 / 2018 2018 / 2019
Disponível em: . 
Acesso em: 14 out. 2020 (Adaptação). 
Os dados do gráfico mostram que, no período representado, 
prevaleceu uma tendência de queda da taxa de crescimento 
da população brasileira, o que resulta de fatores como a 
A. 	 imposição do controle de natalidade. 
B. 	 diminuição da expectativa de vida. 
C. 	 restrição das políticas migratórias. 
D. 	 ampliação da mortalidade infantil. 
E. 	 redução da taxa de fecundidade. 
Alternativa E
Resolução: Os dados do gráfico mostram que, no período 
representado, prevaleceu uma tendência de queda da 
taxa de crescimento da população brasileira, o que está 
associado à redução da taxa de fecundidade (estimativa 
do número médio de filhos por mulher em uma população) 
no país. A queda nacional da taxa de fecundidade vem 
ocorrendo desde as últimas décadas do século XX, e é 
resultado de fatores como o crescimento da urbanização, 
a ampliação do acesso a serviços de educação e saúde, a 
inserção da mulher no mercado de trabalho, as mudanças 
culturais, entre outros. Portanto, a alternativa E está 
correta. A alternativa A está incorreta, pois no Brasil não 
há uma política governamental explícita de imposição de 
controle de natalidade. A alternativa B está incorreta, pois a 
população brasileira tem passado por um contínuo aumento 
da expectativa de vida, o que é reflexo das melhorias das 
condições de vida, por exemplo através da ampliação do 
acesso a serviços de educação e saúde; com isso, o índice 
de envelhecimento populacional tem crescido. A alternativa C 
está incorreta, pois não há uma restrição das políticas 
migratórias brasileira – tanto que o país tem recebido 
fluxos de refugiados, com destaque para os originados da 
Venezuela. A alternativa D está incorreta, pois a mortalidade 
infantil tem sido reduzida no Brasil, o que é reflexo de fatores 
como as melhorias das condições médico-sanitárias.
LR98
CH – PROVA I – PÁGINA 40 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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QUESTÃO 48 
Disponível em: . 
Acesso em: 26 jul. 2023. 
Produzida no contexto do Estado Novo varguista, a imagem 
tinha o intuito de 
A. 	 construir uma imagem positiva do governo no exterior. 
B. 	 conquistar o apoio da população brasileira ao governo. 
C. 	 consolidar um sentimento nacionalista entre 
os brasileiros. 
D. 	 impedir as ações do movimento de oposição 
ao governo. 
E. 	 desconstruir a imagem de Getúlio como inimigo 
do povo. 
Alternativa B
Resolução: O Departamento de Imprensa e Propaganda 
(DIP), criado em 1939, era o órgão responsável 
pela propaganda do governo e pela censura. O DIP 
buscava realizar identificação entre Vargas, o povo e 
o Brasil. Com esse fim, produzia programas de rádio, 
documentários cinematográficos, cartazes, folhetos e 
cartilhas. No cartaz retratado na questão, as conquistas 
sociais das classes trabalhadoras são apresentadas 
como uma concessão do Governo Vargas, com o 
objetivo de garantir o apoio da população ao governo 
e suas ações. Portanto, a alternativa B está correta. 
GZUX A alternativa A está incorreta, pois a mensagem do cartaz era 
direcionada à população brasileira e, portanto, não tinha a 
preocupação em construir uma imagem positiva do governo 
no exterior. A alternativa C está incorreta, pois a propaganda 
varguista objetivava exaltar a nacionalidade brasileira, já 
consolidada. A alternativa D também está incorreta, pois o 
cartaz buscava exaltar as ações do governo. Além disso, 
embora o aparelho repressor de Vargas censurasse e 
perseguisse seus opositores, o governo não foi capaz de 
impedir as ações de movimentos de oposição. Por fim, a 
alternativa E está incorreta, pois Vargas, muito em função 
da propaganda estatal, era tido como amigo do povo.
QUESTÃO 49 
As l lactas eram cidades artificiais planejadas 
e construídas pelo Estado Imperial Inca para atuar 
principalmente como centros administrativos e de poder. 
Por este motivo, se registra o maior número de llactas ao 
norte e no nordeste do Tahuantinsuyo [Império dos quatro 
cantos], já que as etnias submetidas naquela região tornam 
necessário o envio de incontáveis mitmas [translado de 
famílias ou populações inteiras, sob organização e a serviço 
do Estado] para seu controle. 
FREITAS, L. C. T. In: OLIVEIRA, D. F. M.; MEDEIROS, E. W. 
O urbanismo incaico: as llactas e a construção do tahuantinsuyo. 
Disciplinarum Scientia, v. 5, n. 1, 2004, p. 46-49. [Fragmento adaptado] 
Do texto anterior, infere-se que a construção das chamadas 
llactas no Império Inca tinha como objetivo 
A. 	 promover a expansão territorial. 
B. 	 controlar o território e a população. 
C. 	 acomodar o excedente populacional. 
D. 	 garantir o desenvolvimento econômico. 
E. 	 consolidar a integração dos povos incas.
Alternativa B
Resolução: Diante da grande dimensão territorial do 
Império Inca, foram construídas as chamadas llactas, para 
atuar como centros administrativos e de poder, que tinha 
entre seus objetivos o controle do território e da população, 
o que torna correta a alternativa B. A alternativa A está 
incorreta, pois a construção das llactas estava relacionada 
à preocupação imperial em controlar o imenso território, e 
não em expandi-lo. A alternativa C também está incorreta 
porque, embora o texto mencione o deslocamento 
de famílias e populações, este se dava com o objetivo de 
prestar serviços ao Estado, e não para acomodação 
de excedentes populacionais. Contrariamente ao indicado 
na alternativa D, o texto não associa a criação das llactas a 
aspectos econômicos, mas administrativos e políticos. Por 
fim, a alternativa E está incorreta, pois o texto não relaciona 
a construção das llactas a uma pretensa integração dos 
povos incas.
UCYQ
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 41BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 50 
TEXTO I
A adesão dos condutores dos bondes e da Light à greve paralisou a cidade. [...] Nesse momento críticodo conflito, os 
operários criam um novo instrumento: o Comitê de Defesa Proletária (CDP). O CDP formulou um programa de reivindicações 
[...]. Na iminência da perda de controle da cidade, a burguesia cedeu e se comprometeu a aumentar salários em 20%, dar 
liberdade aos presos, não demitir lideranças, aceitar a liberdade de organização, eliminar o trabalho infantil e feminino à noite.
DEL ROIO, J. L. A greve de 1917: os trabalhadores entram em cena. Resenha de: AGUIAR, T. T. Crítica Marxista, n. 47, 2018, p. 230 (Adaptação).
TEXTO II
Em 2012, ocorreram quase 900 greves no país, 53% das quais em empresas privadas, sendo 330 na indústria, segundo 
o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). [...] E ainda, segundo o Dieese, 75% das 
greves podem ser consideradas vitoriosas, já que tiveram as reivindicações atendidas no todo ou em parte, e em 34% dos 
casos as negociações prosseguiriam após a greve. [...] Desde pelo menos 2008, 80% ou mais das categorias negociaram 
reajustes salariais acima da inflação, proporção que atingiu quase 95% das negociações em 2012.
CARDOSO, A. Os sindicatos no Brasil. Boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise, n. 56, 2014, p. 24 (Adaptação).
A comparação entre o contexto da greve de 1917, na cidade de São Paulo, e os movimentos grevistas do século XXI indica 
que, no Brasil contemporâneo, a 
A. 	 recorrência de protestos particulares e individualistas definiu a aniquilação do sindicalismo brasileiro.
B. 	 associação formal de trabalhadores persiste enquanto ferramenta coletiva de conquista e garantia de direitos.
C. 	 diminuição de alcance da ação sindical limitou as conquistas trabalhistas aos empregados do setor privado.
D. 	 cooptação do movimento organizado de proletários pelos governos suprimiu o poder de mediação dos sindicatos.
E. 	 estrutura das agremiações de trabalhadores continua favorecendo objetivos econômicos e projetos políticos das elites.
Alternativa B
Resolução: A história do movimento de trabalhadores e dos sindicatos no Brasil tem um marco importante no início do 
século XX, quando começam a ser mobilizadas as primeiras grandes greves urbanas de operários na cidade de São Paulo 
e outras capitais do país. No texto I, percebe-se que a criação do Comitê de Defesa Proletária (CDP) indica a formação de 
uma espécie de associação de trabalhadores voltada para a organização das reivindicações de modo coletivo, buscando 
fortalecer o movimento dos operários. Essa associação indica, também, as raízes do sindicalismo no Brasil. Os sindicatos 
foram evoluindo e se institucionalizando ao longo da história do Brasil republicano, em seus períodos democráticos e de 
governos autoritários / ditatoriais. Na atualidade, contexto abordado no texto II, percebe-se que os sindicatos continuam 
tendo extrema relevância na organização de greves e centralização das demandas de trabalhadores, seja junto às empresas 
privadas ou aos governos, sendo que a maioria dos movimentos obtém êxito, o que vai ao encontro da alternativa B e 
invalida as demais.
QUESTÃO 51 
A desigualdade não é legítima do ponto de vista natural. Segundo a reflexão ensina, houve uma alteração da alma e das 
paixões humanas, chegando à transformação da natureza; o homem natural desapareceu gradativamente e cedeu lugar a 
agrupamentos de homens artificiais e de paixões fictícias sem fundamento na natureza. A observação confirma-o: o homem 
selvagem conhece o repouso e a liberdade: seu próprio testemunho basta-lhe para ser feliz. Não possuem sentido, para 
ele, as palavras poderio e reputação. O homem policiado conhece o trabalho e a escravidão. Só é feliz pelo testemunho 
de outrem. Vive para as aparências: suas virtudes, no fundo, não passam de vícios disfarçados. 
ROUSSEAU, J. J. Do Contrato Social: Discurso sobre a origem 
e os fundamentos da desigualdade entre os homens. 
4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. [Fragmento]
Rousseau defende no texto uma visão sobre a origem das sociedades marcada por uma 
A. 	 formulação de viés econômico liberal. 
B. 	 crítica à naturalização da iniquidade social. 
C. 	 apologia aos ideais do materialismo dialético. 
D. 	 retomada da aspiração teocêntrica dos medievais. 
E. 	 oposição à formação de grupos sociais heterogêneos.
ØE4O 
NBRM 
CH – PROVA I – PÁGINA 42 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa B
Resolução: Em seu discurso, Rousseau diferencia a desigualdade natural da desigualdade política, entendendo que a 
segunda é fruto da formação da sociedade e dos grupos de poder que se estabeleceram. No texto, lemos: “A desigualdade 
não é legítima do ponto de vista natural. Segundo a reflexão ensina, houve uma alteração da alma e das paixões humanas, 
chegando à transformação da natureza; o homem natural desapareceu gradativamente e cedeu lugar a agrupamentos de 
homens artificiais e de paixões fictícias sem fundamento na natureza”. Nesse trecho, Rousseau se refere à desigualdade 
social, que não deve ser naturalizada. Além disso, no texto ele defende uma visão marcada por uma crítica à naturalização 
da iniquidade social, o que torna correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque, do ponto de vista econômico, 
Rousseau não deve ser considerado liberal. A alternativa C está incorreta porque o materialismo dialético é uma tradição 
constituída posteriormente a Rousseau, nomeadamente por Feuerbach, em meados do século XIX. A alternativa D está 
incorreta porque Rousseau, como seus pares iluministas, visava consolidar o antropocentrismo moderno. Por fim, a alternativa 
E está incorreta porque Rousseau não volta sua crítica à heterogeneidade social, mas à desigualdade econômico-política.
QUESTÃO 52 
Nos espaços coletivos e por meio dos movimentos sociais organizados, o cidadão pode, por uma educação política, se 
construir e se reconstruir para uma ação que vai além do simples ato de votar, mas sim legitimamente investir-se no direito 
constitucional de compartilhar continuamente para a construção e, principalmente, no controle democrático participativo para 
implementação de políticas públicas que efetivamente garantam-lhe o exercício dos seus direitos individuais, coletivos e 
principalmente sociais. 
ALEIXES, R. Política, cidadania e movimentos sociais. Disponível em: 
. Acesso em: 20 mar. 2018. 
[Fragmento]
De acordo com o texto, os espaços coletivos e os movimentos sociais organizados favorecem uma 
A. 	 organização de pessoas guiadas por questões individuais. 
B. 	 participação mais ampla do cidadão na vida em sociedade. 
C. 	 contribuição para a cercear os direitos fundamentais dos cidadãos. 
D. 	 insatisfação por parte dos sujeitos que utilizam o voto como protesto. 
E. 	 institucionalização de políticas públicas voltadas para uma classe social. 
Alternativa B 
Resolução: O texto destaca que, através dos espaços coletivos e dos movimentos sociais organizados, os cidadãos podem 
ir além do simples ato de votar, investindo no direito de construção e controle democrático participativo das políticas públicas, 
o que implica uma participação mais ampla na vida em sociedade. Portanto, a alternativa B é a que responde corretamente 
o enunciado da questão. A alternativa A está incorreta, pois o foco da autora é mostrar a importância da organização coletiva 
para que os cidadãos lutem por causas coletivas, e não por questões individuais. A alternativa C está incorreta porque os 
instrumentos apontados no texto não contribuem para o cerceamento dos direitos, mas para sua ampliação. A alternativa D 
está incorreta, uma vez que o texto destaca a importância da participação para além do voto. A alternativa E está incorreta 
porque o texto não vincula os instrumentos destacados a classes sociais específicas.
QUESTÃO 53 
Um vídeo sobre inflação de 1977 viralizou no TikTok e mostra que as campanhas publicitárias no período 
responsabilizavam consumidores e comerciantes pela alta dos preços. A inflaçãoestava perto de 40% ao ano. Em um 
dos anúncios, o locutor diz que “o custo de vida é culpa de quem compra e de quem vende”. [...] O contexto do governo 
militar, a economia e as propagandas relacionadas à inflação guardavam relação com a maneira de a ditadura se legitimar 
frente à sociedade. 
Disponível em: . 
Acesso em: 27 ago. 2022 (Adaptação).
De acordo com o texto, as peças publicitárias governamentais do final da década de 1970 no Brasil indicam que o Regime 
Militar fez uso dos meios de comunicação para 
A. 	 ocultar políticas ineficazes. 
B. 	 fomentar a insatisfação social. 
C. 	 criticar a instabilidade econômica. 
D. 	 divulgar a transparência institucional. 
E. 	 mobilizar investimentos internacionais. 
U9IM
GP4T
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 43BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa A
Resolução: O texto faz referência ao período posterior ao chamado “milagre econômico”, fase da Ditadura Civil-Militar na 
qual ocorreu um rápido crescimento econômico, com aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e avanço da industrialização. 
No entanto, esse “milagre” ocorreu às custas da tomada de largas quantias de capital em empréstimos internacionais, 
grande desequilíbrio fiscal e aumento da corrupção institucional. Por esses motivos, os anos 1970 foram marcados pela 
hiperinflação e altíssima dívida externa, consequências do descontrole governamental, o que motivou o uso dos meios de 
comunicação para conscientizar a população a respeito da grave situação econômica do país. No entanto, como o próprio 
texto indica, a propaganda governamental camuflou os reais motivos da alta inflação e responsabilizou os hábitos de 
consumo da sociedade brasileira, deixando de indicar a ineficácia das políticas do “milagre econômico” como causadores 
da crise, o que vai ao encontro da alternativa A. O objetivo das peças publicitárias, portanto, não era criticar a instabilidade 
nem abrir as contas institucionais para a população, como afirmam incorretamente as alternativas C e D, respectivamente. 
Os militares também visavam incentivar o engajamento social, já que dependiam do apoio da população para superar a 
crise, invalidando a alternativa B. Por fim, a alternativa E está incorreta porque, como a propaganda era voltada para a 
população brasileira, não tinha o objetivo de mobilizar investimentos internacionais para o Brasil.
QUESTÃO 54 
Paraíso de ninguém
Um dos lugares mais vigiados do mundo, a Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias – um corredor de 
4 km de largura por 250 km de extensão – virou um refúgio ecológico exuberante. Há 60 anos quase ninguém entra lá. A 
fronteira ao longo do “Paralelo 38º”, que separa a Coreia do Norte da Coreia do Sul, é toda ocupada pela Zona Desmilitarizada. 
Disponível em: . 
Acesso em: 9 out. 2020. [Fragmento adaptado] 
A Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias representa, atualmente, um(a) 
A. 	 centro urbano densamente povoado e industrializado. 
B. 	 área disputada devido aos seus recursos naturais. 
C. 	 fronteira herdada do contexto da Guerra Fria. 
D. 	 parque ambiental sob proteção internacional. 
E. 	 região conflituosa devido a questões étnicas.
Alternativa C
Resolução: Em 1950, durante a Guerra Fria, eclodiu a Guerra da Coreia. A Coreia do Norte tinha o apoio indireto da União 
Soviética e invadiu a Coreia do Sul, que era aliada dos Estados Unidos, em uma tentativa de reunificar a região. Em 1953, foi 
assinado um armistício entre as duas Coreias, impondo um cessar-fogo que continua em vigor sem que um acordo de paz 
formal tenha sido assinado. Além disso, criou-se uma Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias e representa uma 
fronteira herdada do período da Guerra Fria. Portanto, a alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta, pois a Zona 
Desmilitarizada representa uma região intensamente vigiada e com quase nenhuma presença humana, o que contribuiu para 
que a área se tornasse um refúgio ecológico exuberante. A alternativa B está incorreta, pois a Zona Desmilitarizada não é alvo 
de disputas em função de seus recursos naturais; na realidade, ela serve para separar dois países que, oficialmente, ainda estão 
em guerra. A alternativa D está incorreta, pois a Zona Desmilitarizada não é um parque ambiental sob proteção internacional, 
mas uma fronteira intensamente vigiada por soldados de ambos os lados. A alternativa E está incorreta, pois a origem étnica da 
população da Coreia do Norte e do Sul é a mesma, de modo que as origens do conflito estão associadas a divergências quanto 
ao sistema político e econômico.
QUESTÃO 55 
A filosofia pitagórica baseava-se na suposição de que a causa última das várias características do homem e da matéria 
são os números inteiros. Isso levava a uma exaltação e ao estudo das propriedades dos números e da aritmética (no 
sentido de teoria dos números), junto com a geometria, a música e a astronomia, que constituíam as artes liberais básicas 
do programa de estudos pitagórico.
MOTERLE, J. Teorema de Pitágoras. Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, 2010. [Fragmento adaptado]
A filosofia pré-socrática abordada no texto encontrava-se, prioritariamente, na pretensão de
A. 	 reconhecer a natureza sensível.
B. 	 revigorar os estudos metafísicos.
C. 	 abolir os saberes epistemológicos.
D. 	 anular os conhecimentos mitológicos.
E. 	 descobrir os fundamentos ontológicos.
PC7I 
LOX3 
CH – PROVA I – PÁGINA 44 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa E 
Resolução: O principal objetivo da corrente pré-socrática e que fundamenta o nascimento da Filosofia em distinção ao tipo 
de conhecimento produzido pela mitologia é a proposta de investigar racionalmente os fundamentos ontológicos do real. 
Desse modo, a alternativa correta é a E. A alternativa A está incorreta, pois não se trata de reconhecer a natureza sensível, 
mas, sim, de desenvolver uma reflexão acerca do elemento que constitui a essência de todas as coisas: das sensíveis 
e das que, para alguns autores dessa corrente, não sejam também. A alternativa B está incorreta, posto que os estudos 
metafísicos estavam em seu início – assim, não é adequado utilizar um termo como “revigorar”. A alternativa C está incorreta, 
já que o intuito desses autores é justamente criar um saber epistemológico. A alternativa D está incorreta, pois o trecho e 
o enunciado direcionam a questão para uma análise das propostas positivas dessa corrente filosófica; isso quer dizer que o 
debate sobre a contraposição entre Filosofia e mitologia não é apropriado nesse cenário.
QUESTÃO 56 
São pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundados temores de perseguição relacionados a questões 
de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um determinado grupo social ou opinião política, como também devido à 
grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados. 
Disponível em: . 
Acesso em: 17 ago. 2023. [Fragmento]
A situação descrita no texto define um fluxo populacional de 
A. 	 mão de obra qualificada. 
B. 	 migrantes sazonais. 
C. 	 população rural. 
D. 	 refugiados. 
E. 	 nômades. 
Alternativa D
Resolução: O texto elenca situações em que as pessoas são forçadas a saírem do seu local de origem para garantirem a 
própria segurança, o que configura uma condição de refugiado. Portanto, a alternativa D está correta. As demais alternativas 
estão incorretas, pois se referem a tipos de migrações espontâneas. A alternativa A refere-se à fuga de cérebros, em que 
trabalhadores com elevada qualificação migram em busca de melhores oportunidades profissionais. A alternativa B refere-se 
à migração sazonal (ou transumância), em que trabalhadores se deslocam de forma periódica; por exemplo, pessoas que 
saem do seu local de origem para trabalhar em colheitas agrícolas, e para o primeiro retornam quando otrabalho se encerra. 
A alternativa C refere-se ao êxodo rural (migração do campo para a cidade). A alternativa E refere-se ao nomadismo, que 
é o deslocamento realizado de forma contínua.
QUESTÃO 57 
Além dos confrontos abertos que resultaram em centenas de mortes, a relação entre israelenses e palestinos nas 
últimas décadas tem sido marcada por atentados, conflitos entre militares israelenses e civis palestinos, intifadas (revoltas 
populares) e tentativas de acordos de paz que sempre são emperradas por algum motivo e esbarram em pontos de desacordo. 
Disponível em: . 
Acesso em: 14 out. 2020. [Fragmento adaptado] 
Entre os pontos que dificultam as negociações de um acordo de paz entre israelenses e palestinos, tem-se questões como a 
A. 	 retirada das tropas militares dos EUA que ocupam a região para apoiar os palestinos. 
B. 	 ausência de um reconhecimento pela ONU em relação à criação do Estado de Israel. 
C. 	 presença de assentamentos israelenses instalados na região da Cisjordânia. 
D. 	 devolução a Israel dos territórios perdidos durante a Guerra dos Seis Dias. 
E. 	 ocupação pelos palestinos da cidade de Jerusalém com o apoio da ONU. 
LHNI 
4JØQ 
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 45BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa C
Resolução: Uma das questões que dificultam a negociação 
de acordos de paz entre Israel e os palestinos é a presença 
de assentamentos israelenses instalados na região da 
Cisjordânia. A implantação desses assentamentos decorre 
da tentativa de Israel de impedir que a Cisjordânia seja um 
território contíguo pertencente aos palestinos. Portanto, a 
alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta, pois 
os Estados Unidos apoiam Israel, e não há tropas militares 
desse país ocupando a região da Palestina. A alternativa B 
está incorreta porque, em 1947, a Organização das Nações 
Unidas (ONU) aprovou a partilha da Palestina entre árabes e 
judeus, e a criação do Estado de Israel. A alternativa D está 
incorreta porque, durante a Guerra dos Seis Dias, ocorrida 
em 1967, Israel saiu vitorioso e conquistou algumas porções 
territoriais, sendo que algumas delas já foram devolvidas 
aos países árabes envolvidos. A alternativa E está incorreta 
porque, quando a ONU aprovou a partilha da Palestina, foi 
estabelecido que a cidade de Jerusalém ficaria sob a sua 
administração – além disso, parte de Jerusalém está sob 
o controle de Israel. A situação da cidade de Jerusalém é 
um ponto crucial nas negociações de paz entre israelenses 
e palestinos, pois ambos a reivindicam como parte de seu 
território, já que a cidade possui locais sagrados tanto para 
os mulçumanos como para os judeus.
QUESTÃO 58 
Pela primeira vez na história nacional, uma Constituição 
seria escrita sem texto-base enviado pelo governo, sem um 
processo decisório prévio acordado entre as elites e com 
reduzida tutela dos donos do poder. O processo organizou-
-se por meio de um conjunto de mais de 20 comissões 
e subcomissões temáticas que passaram a produzir um 
anteprojeto fragmentário, posteriormente submetido a uma 
Comissão de Sistematização e, finalmente, a um plenário 
unicameral no Congresso. 
A CONSTITUIÇÃO cidadã. Revista de História da Biblioteca 
Nacional, Ano 10, n. 114, mar. 2015, p. 41. [Fragmento adaptado] 
A elaboração da Constituição Federal brasileira de 1988, 
como apresentada no texto, representou a 
A. 	 imposição de pautas defendidas pelo Governo 
Federal. 
B. 	 ausência de participação dos setores da sociedade civil. 
C. 	 primazia dos interesses do grupo econômico dominante. 
D. 	 influência ideológica de cartas magnas de outros 
países. 
E. 	 ruptura com modelos de escritura constitucional 
anteriores. 
PL3R 
Alternativa E
Resolução: O texto afirma que, “pela primeira vez na 
história nacional, uma Constituição seria escrita sem texto-
-base enviado pelo governo, sem um processo decisório 
prévio acordado entre as elites e com reduzida tutela dos 
donos do poder”, revelando, assim, uma ruptura em relação 
aos modelos de escritura das Constituições anteriores. 
Portanto, a alternativa E está correta. A alternativa A está 
incorreta, pois a Constituição de 1988, segundo o texto, 
foi escrita sem um texto-base enviado pelo governo e 
submetida a um plenário unicameral no Congresso. 
Contrariamente à alternativa B, o texto afirma que “o 
processo organizou-se por meio de um conjunto de mais 
de 20 comissões e subcomissões temáticas”, indicando, 
portanto, a participação da sociedade civil. A alternativa D 
está incorreta porque, não há, no texto, subsídios que 
permitam afirmar a influência ideológica das Constituições 
de outros países. Por fim, a alternativa C está incorreta, 
pois o texto afirma que a elaboração da Constituição de 
1988 se deu sem “um processo decisório prévio acordado 
entre as elites”.
QUESTÃO 59 
Os militares estavam sendo chamados para defender 
o governo contra uma sedição aberta e, neste caso, 
à medida que as Forças Armadas tinham de optar por 
um dos dois lados, o papel dos militares extrapolava a 
tradicional postura institucional para postar-se a favor de 
um dos blocos do conflito. A posição de árbitros, em última 
instância, estava, portanto, cancelada, e a correlação 
de forças no interior do aparelho militar já se mostrava 
favorável a uma solução extraconstitucional. Na leitura da 
corrente que prevaleceria no alto comando, aos militares 
importava salvar a nação, e não um governo que, de 
acordo com essa visão, já havia deixado de ser legal. Ao 
contrário de outubro de 1972, portanto, a presença militar 
no governo acentuaria mais ainda as fortes dissensões no 
interior das Forças Armadas. 
AGGIO, A. Democracia e Socialismo: A experiência chilena. 
São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 
1993, p. 150. [Fragmento adaptado] 
O texto expressa a dificuldade do governo chileno de 
Salvador Allende (1970-1973) de 
A. 	 desarticular o plano golpista. 
B. 	 ampliar a ação do Executivo. 
C. 	 enfrentar a vontade do Exército. 
D. 	 afastar as influências estrangeiras. 
E. 	 implementar um governo democrático. 
PVK6 
CH – PROVA I – PÁGINA 46 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa A
Resolução: Conforme o texto demonstra, o presidente Allende encontrou dificuldade de desmantelar o movimento golpista 
articulado pelos setores da elite chilena junto ao Exército, que acabou culminando no Golpe Militar de 1973, comandado pelo 
general Augusto Pinochet, que ainda contou com o apoio dos EUA, como a alternativa A afirma corretamente. A alternativa B 
está incorreta, pois a ampliação das atribuições do Executivo não estava nas intenções do presidente Allende, devido ao seu 
caráter democrático. A alternativa C está incorreta, pois em momento algum o Governo Allende se absteve de resistir à intenção 
golpista dos militares; ao contrário, Allende resistiu até o seu martírio. A alternativa D está incorreta porque, embora saibamos 
da atuação de forças estrangeiras, como os Estados Unidos, contribuindo na articulação do golpe, o texto não trata sobre 
esse aspecto. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois o presidente chileno Salvador Allende, por seu viés democrático, 
salvaguardava os princípios da Constituição chilena, não sendo essa, portanto, uma dificuldade em seu governo – o novo 
governo, instaurado com o Golpe Militar, ignorou os princípios democráticos do país.
QUESTÃO 60 
Ainda hoje, a violência e a intolerância estão presentes. Desde 2013, o Centro de Referência de Combate ao Racismo 
e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela registrou 16 ataques contra terreiros na Bahia. E de acordo com a Secretaria de 
Promoção da Igualdade Racial da Bahia (Sepromi), a intolerância religiosa entre 2017 e 2018 aumentou em 124%. “Essa 
é a grande contradição: a gente mora em Salvador, o lugar com o maior número de negros fora da África. Por outrolado, 
tem essa sociedade que foi construída toda na ideia da inferiorização do outro, e esse outro era o negro.” 
Religiões afro-brasileiras sofrem com a violência e intolerância. Disponível em: . Acesso em: 19 mar. 2019. [Fragmento] 
No contexto apresentado, o que motiva a intolerância religiosa é a presença de um imaginário coletivo e negativo sobre o(a) 
A. 	 continente africano. 
B. 	 população negra. 
C. 	 nação brasileira. 
D. 	 estrutura social. 
E. 	 estado baiano. 
Alternativa B 
Resolução: O texto-base da questão concede informações sobre a intolerância religiosa na Bahia. Como a reportagem 
demonstra, embora Salvador seja o lugar com mais negros fora da África, os índices de violência e intolerância contra as 
religiões afro-brasileiras são altos. Além disso, o texto aponta que nossa sociedade foi construída a partir da inferiorização 
do outro – no caso, do negro. Dessa forma, esse processo de inferiorização constante da cultura e do corpo negro é tido 
como um dos responsáveis pela existência de um imaginário coletivo e negativo sobre a população negra no Brasil. Assim, 
a alternativa B é a correta. A alternativa A é incorreta porque o texto-base liga o imaginário coletivo e negativo à população 
negra, não necessariamente à África. A alternativa C é incorreta porque o imaginário negativo e coletivo não é ligado à nação 
brasileira, mas a uma parte de sua constituição (população negra). A alternativa D é incorreta porque o imaginário coletivo e 
negativo é sobre a população negra, não sobre a estrutura social como um todo. Por fim, a alternativa E é incorreta porque 
o estado baiano só é mencionado no texto para ilustrar os dados da intolerância religiosa no local.
QUESTÃO 61 
Naturalmente, as fontes de água contêm certas quantidades de sais minerais em várias formas iônicas, todas essenciais 
para o solo e para o consumo humano. Se a taxa de evaporação for muito alta, a água passará para o estado gasoso, 
enquanto os sais minerais não, e se acumularão no solo em excesso, ocasionando problemas de salinidade. Em regiões de 
climas áridos ou semiáridos, esse evento é muito comum, já que a taxa de evaporação é muito alta. Não é de se estranhar 
que o problema de salinização dos solos seja mais pronunciado em regiões com esse tipo de clima. 
BORTULUCI, C. Salinização do solo. Disponível em: 
. 
Acesso em: 17 ago. 2023. [Fragmento adaptado] 
Na agricultura, uma forma de evitar a forma de degradação do solo descrita é através do(a) 
A. 	 manejo mecanizado das culturas. 
B. 	 irrigação adequada das lavouras. 
C. 	 adubação química dos plantios. 
D. 	 aração periódica dos terrenos. 
E. 	 uso intensivo de defensivos. 
MHXI 
8TBO 
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 47BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa B
Resolução: Uma prática agrícola que pode levar à 
salinização dos solos é a irrigação inadequada de lavouras, 
pois provoca um excesso de água, que, quando evaporada, 
leva à precipitação e acumulação de sais. Portanto, uma 
forma de evitar esse tipo de degradação do solo é através 
da garantia de que as condições de irrigação sejam 
adequadas, estando correta a alternativa B. A alternativa 
A está incorreta, pois a mecanização pode desencadear 
alterações físicas no solo em função da pressão exercida 
pelo peso das máquinas; essa pressão diminui a porosidade 
do solo (espaço entre as suas partículas), causando a 
sua compactação. A alternativa C está incorreta, pois a 
adubação química adiciona sais minerais ao solo; portanto, 
se essa prática for combinada a condições inadequadas de 
irrigação e à intensa evaporação, ela pode contribuir para 
a salinização. A alternativa D está incorreta, pois a aração 
consiste no revolvimento do solo, o que também altera as 
suas condições físicas e o torna mais suscetível à erosão. 
A alternativa E está incorreta, pois o uso de defensivos 
pode causar a contaminação química do solo e dos 
recursos hídricos.
QUESTÃO 62 
Para o Brasil, que sustentou praticamente sozinho a 
guerra, as consequências foram também desastrosas. De 
fato, a monarquia teve de concentrar esforços para vencer 
o Paraguai, e isso contribuiu em grande parte para trazer 
à tona as contradições do Império brasileiro: a escravidão, 
que até então se mantinha como sua mais sólida base, 
começou a ser contestada com grande intensidade. Ao 
mesmo tempo, ao se fortalecer, o Exército, que então 
superou a tradicional Guarda Nacional, tomou consciência 
de seu poder, recusando as lideranças civis que ocupavam 
as pastas militares. Assim, na Guerra do Paraguai, embora o 
Brasil tenha saído vitorioso, a monarquia foi derrotada. Seu 
declínio foi concomitante à guerra, e as críticas atingiram o 
seu ponto vital: a escravidão. 
KOSHIBA, L.; PEREIRA, D. M. F. História do Brasil. São Paulo: 
Editora Atual, 1996, p. 192. [Fragmento] 
As consequências desastrosas, sinalizadas no texto como 
fatores da decadência do Império, 
A. 	 levaram à adoção do parlamentarismo às avessas. 
B. 	 favoreceram a propagação dos ideais republicanos. 
C. 	 acentuaram a rejeição das elites às lideranças 
militares. 
D. 	 incentivaram a campanha pela extinção do tráfico 
negreiro. 
E. 	 provocaram a unificação dos partidos Liberal e 
Conservador. 
QUØØ 
Alternativa B
Resolução: Conforme descrito no texto, a Guerra do 
Paraguai trouxe diversas consequências desastrosas, não 
só para o Paraguai, que saiu devastado após o conflito, 
mas também para o Brasil. Destaca-se o endividamento 
brasileiro com a Inglaterra, que forneceu inúmeros 
empréstimos financeiros ao Império para que este se 
mantivesse na Guerra. O fortalecimento do Exército, a partir 
da Guerra do Paraguai, passou a exercer um grande papel 
político no Brasil, e os questionamentos da escravidão, 
nesse momento, surgiram com maior força, tendo em vista 
a grande presença de escravos no conflito, que participaram 
com a promessa de liberdade quando findasse a Guerra. 
Todas essas questões trazem à tona as contradições do 
Império brasileiro, bem como acentuam o seu desgaste, 
favorecendo a propagação dos ideais republicanos, o 
que vai ao encontro da alternativa B. A alternativa A está 
incorreta, pois a adoção do parlamentarismo às avessas 
não se relaciona com as consequências da Guerra do 
Paraguai, tendo em vista que esse sistema foi implementado 
em um período anterior ao conflito. A alternativa C está 
incorreta, pois, ao contrário do indicado, o exército saiu do 
conflito fortalecido e com grande prestígio social, exercendo 
maior influência nas atividades políticas brasileiras; não 
ocorrendo, portanto, uma rejeição das elites a esse setor, 
nem mesmo às lideranças militares. A alternativa D está 
incorreta, pois as consequências da Guerra do Paraguai 
não se relacionam a um incentivo à campanha pela extinção 
do tráfico negreiro, que também ocorreu anteriormente 
ao conflito. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois a 
suposta união dos Partidos Liberal e Conservador também 
não se relaciona com as consequências do conflito tratado.
QUESTÃO 63 
RIBEIRO, M. (@o.ribs). Disponível em: 
. Acesso em: 1 nov. 2024.
De acordo com a charge, um dos efeitos sociais nas 
relações laborais atuais é o(a) 
A. 	 inserção tecnológica. 
B. 	 aumento da autonomia. 
C. 	 precarização do trabalho. 
D. 	 dinamização do indivíduo. 
E. 	 valorização do empreendedorismo.
MPØX 
CH – PROVA I – PÁGINA 48 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa C 
Resolução: O texto aborda uma crítica ao avanço da tecnologia, que, em vez de funcionar como uma forma de libertação 
do trabalhador, exerce uma maior precarização das relações de trabalho, ao mesmo tempo que é vendida como uma ode 
à autonomia e ao empreendedorismo do indivíduo. Portanto, a alternativa que indica corretamente os efeitos sociais das 
relações laborais abordadas na chargeé a C. A alternativa A está incorreta porque a inserção tecnológica é um aspecto 
das formas atuais de precarização do trabalho, mas não é um efeito social da relação laboral abordada na charge. 
As alternativas B, D e E são formas de discurso do capitalismo que visam romantizar a precarização das relações laborais 
contemporâneas, estando, portanto, incorretas.
QUESTÃO 64 
Na realidade trata-se do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para melhor compreensão dos textos bíblicos e 
dos ensinamentos dos padres da Igreja. A razão é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à 
Teologia, para a interpretação da Escritura (exegese) ou para construção doutrinária sistemática (dogmática). 
REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São Paulo: Paulus, 2003. [Fragmento adaptado]
A reflexão descrita no trecho sobre o modo de filosofar durante a Idade Média está relacionada com a 
A. 	 valorização da razão na teologia cristã. 
B. 	 elevação da Filosofia ao nível da religião. 
C. 	 exploração do humanismo na filosofia medieval. 
D. 	 substituição do conhecimento tradicional pelo cristianismo. 
E. 	 implantação do dogmatismo nas universidades europeias.
Alternativa A 
Resolução: O trecho menciona que, durante a Idade Média, a Filosofia servia principalmente à Teologia, ou seja, estava 
subordinada à fé cristã. A razão era usada como uma ferramenta para uma melhor compreensão dos textos bíblicos e dos 
ensinamentos dos padres da Igreja. Portanto, a Filosofia era valorizada por sua capacidade de ajudar na interpretação 
da Escritura (exegese) e na construção doutrinária sistemática (dogmática). Essa abordagem reflete a importância da 
razão na teologia cristã, tornando a alternativa A correta. A alternativa B está incorreta, pois o trecho não reflete sobre a 
elevação da Filosofia ao nível da religião, mas, sim, sobre como a Filosofia estava a serviço da teologia cristã – não se 
trata de colocar a Filosofia no mesmo nível que a religião, mas de usá-la como uma ferramenta para melhor compreensão 
dos ensinamentos religiosos. A alternativa C está incorreta porque o texto enfatiza a relação entre a Filosofia e a teologia 
cristã, destacando seu papel na interpretação dos textos bíblicos e na construção da doutrina religiosa. A alternativa D 
está incorreta, já que o excerto não trata da substituição do conhecimento tradicional pelo cristianismo; em vez disso, 
aborda como a Filosofia foi usada como uma ferramenta dentro do contexto da teologia cristã durante a Idade Média. 
Além disso, não há menção à substituição do conhecimento tradicional. A alternativa E está incorreta, uma vez que 
o texto-base se concentra na relação entre a Filosofia e a teologia cristã, não abordando a influência específica do 
dogmatismo nas instituições de ensino.
QUESTÃO 65 
Um dos aspectos fundamentais do protesto por meio das comunidades de fugitivos em várias partes da América foi 
a tentativa, por parte dos cativos, de forjar uma comunidade camponesa independente. De modo geral, os quilombolas 
no Brasil procuravam estabelecer-se não muito distante de locais onde pudessem realizar trocas mercantis diversas. 
Frequentemente, os quilombos desenvolveram práticas econômicas e relações sociais complexas que podiam contar com 
a participação de vários setores sociais envolventes – taberneiros, por exemplo – de uma determinada região. 
GOMES, F. S. Sonhando com a terra, construindo a cidadania. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. (Orgs.). 
História da cidadania. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2012, p. 455-456. [Fragmento adaptado] 
De acordo com o texto, alguns quilombos construídos no Brasil, durante a vigência do regime escravagista no país, 
caracterizavam-se, entre outros aspectos, pela 
A. 	 reprodução de modelos de sociedades preexistentes na África. 
B. 	 interferência político-administrativa de elementos externos. 
C. 	 presença de representantes de diferentes grupos sociais. 
D. 	 estruturação de uma economia vinculada ao comércio local. 
E. 	 fragilidade de suas estruturas políticas e econômicas.
T31N 
GR6O 
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 49BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D
Resolução: De acordo com o texto, de modo geral, “os 
quilombolas no Brasil procuravam estabelecer-se não muito 
distante de locais onde pudessem realizar trocas mercantis 
diversas” e, “frequentemente, os quilombos desenvolveram 
práticas econômicas” que eram integradas à economia local, 
o que aponta para a existência de uma estrutura econômica 
vinculada ao comércio local. Portanto, a alternativa D 
está correta. A alternativa A está incorreta, pois, embora 
muitos quilombos reproduzissem modelos de algumas 
sociedades africanas, esse aspecto não está presente no 
texto. A alternativa B também está incorreta, pois o texto 
afirma que os quilombos representavam uma tentativa 
“de forjar uma comunidade camponesa independente”, 
ainda que se relacionasse com as economias locais. 
A alternativa C está incorreta, pois, apesar de destacar a 
complexidade das relações sociais, o texto não evidencia 
a presença de representantes de diferentes grupos sociais 
nos quilombos, que eram, de modo geral, compostos por 
escravizados fugidos. Por fim, a alternativa E está incorreta, 
pois, além de o texto não apontar uma eventual fragilidade 
dos quilombos, essas comunidades, apesar dos inúmeros 
combates das forças governamentais, mostraram-se 
muito bem-organizadas.
QUESTÃO 66 
Na década de 1970, o elevado crescimento da economia 
brasileira, espacialmente concentrado, fez “explodir” as 
metrópoles nacionais e ensejou a metropolização de 
outros importantes centros urbanos. Esse fenômeno fez 
surgir o termo “macrocefalia” urbana, denunciativo de 
que a concentração espacial das atividades econômicas 
e da população ultrapassava limites, não só prejudicando 
as condições de vida nesses centros, mas também 
colocando em risco a capacidade das metrópoles em 
permanecer exercendo a função – “cerebral” – de comando 
da economia nacional.
Disponível em: . 
Acesso em: 14 ago. 2023. [Fragmento adaptado]
Uma das consequências do fenômeno abordado no texto 
é o(a) 
A. 	 precarização da infraestrutura urbana. 
B. 	 enfraquecimento do trabalho informal. 
C. 	 declínio da ocupação desordenada. 
D. 	 redução da especulação imobiliária. 
E. 	 diminuição do deficit habitacional. 
GUMT 
Alternativa A
Resolução: A macrocefalia urbana caracteriza-se pela 
concentração demográfica e de atividades econômicas 
em uma área urbana. Isso causa uma saturação das 
condições de infraestrutura (relacionadas a moradia, 
trânsito, saneamento, entre outros aspectos), que se 
tornam incapazes de atender às demandas da população 
e das atividades econômicas de forma satisfatória. 
Portanto, a alternativa A está correta. A alternativa B 
está incorreta, pois a concentração de pessoas nas 
cidades leva a uma saturação do mercado de trabalho 
formal, que não é capaz de absorver toda a mão de obra 
disponível – isso gera desemprego, fazendo com que 
parte dos trabalhadores recorram ao mercado informal 
(que não gera vínculos empregatícios) como forma de 
obter uma renda. A alternativa C está incorreta, pois a 
intensa concentração demográfica urbana leva à ocupação 
desordenada, causando a expansão de áreas residenciais 
sobre locais desprovidos de infraestrutura. A alternativa D 
está incorreta, pois a ampla concentração das atividades 
econômicas e das pessoas em áreas urbanas gera 
uma grande demanda por imóveis e terrenos, levando 
à sua valorização financeira e, assim, favorecendo a 
especulação imobiliária. A alternativa E está incorreta, pois 
a grande concentração demográfica urbana estabelece 
uma elevada demanda por moradia; quando essa 
demanda não é atendida, gera-se um déficit habitacional.
QUESTÃO 67 
A Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) elevou 
de 12% para 18% a tarifa de importação sobre queijosprocessados de fora do Mercosul. A medida engloba os 
queijos brie, roquefort e gorgonzola, além de manteiga e 
óleos de manteiga importados de fora do bloco. A decisão 
foi tomada durante reunião ordinária do Comitê Executivo 
de Gestão (GECEX), órgão executivo colegiado da CAMEX, 
realizada nesta terça-feira [15/08/2023]. O incremento das 
tarifas sobre esses lácteos importados era uma demanda do 
setor leiteiro, alegando que os elevados volumes importados 
dos produtos afetam a rentabilidade dos produtores locais. 
TOLEDO, L. Queijos: CAMEX aumenta tarifa de importação 
de produtos de fora do Mercosul. Disponível em: 
. Acesso em: 16 ago. 2023. 
[Fragmento adaptado] 
A adoção da medida citada é uma implicação do grau de 
integração do Mercosul, que estabelece a 
A. 	 unificação das instituições financeiras. 
B. 	 padronização dos subsídios agrícolas. 
C. 	 estatização das atividades produtivas. 
D. 	 efetivação de uma união aduaneira. 
E. 	 utilização de uma moeda única. 
VHGQ 
CH – PROVA I – PÁGINA 50 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D
Resolução: O Mercosul encontra-se em um estágio de integração correspondente a uma união aduaneira, o que implica a 
adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC) sobre as mercadorias importadas de fora do bloco. A medida citada no texto 
ilustra essa situação, pois mostra uma padronização entre os países-membros da tarifa de importação sobre determinados 
laticínios. Portanto, a alternativa D está correta. As alternativas A e E estão incorretas, pois apontam aspectos presentes em 
uma união monetária e econômica, que representa um grau de integração mais avançado do que o do Mercosul. A alternativa B 
está incorreta, pois a integração entre os países do Mercosul não prevê uma padronização dos subsídios agrícolas; estes 
consistem em um apoio governamental às atividades econômicas nacionais que visam reduzir artificialmente os custos 
financeiros de produção e tornar os produtos mais competitivos. A alternativa C está incorreta, pois o estabelecimento de 
uma união aduaneira também não prevê que as atividades produtivas sejam desempenhadas pelo Estado.
QUESTÃO 68 
Muitas das representações cartográficas do mundo usadas atualmente são baseadas na projeção feita em 1569 pelo 
cartógrafo Gerhard Mercator, destinada aos navegadores da época. Seus gráficos respeitam a forma dos continentes, mas 
não os tamanhos – a Europa e a América do Norte são vistas maiores do que realmente são e a África parece menor do 
que é na realidade. 
Uma das razões para as distorções cartográficas é a dificuldade de se projetar uma esfera em uma superfície plana. 
Mas, atrás dos erros de Mercator, há também outra razão. “A maioria dos primeiros mapas do mundo foi criada por europeus 
do norte”, disse Vernon Domingo, professor de Geografia da Universidade Estadual de Bridgewater, em declaração ao jornal 
The Boston Globe. “Eles tiveram a perspectiva do Hemisfério Norte – e também uma perspectiva colonialista.”
Disponível em: . Acesso em: 1 set. 2021. [Fragmento adaptado]
A análise contida no texto evidencia que a projeção cartográfica de Mercator foi marcada por 
A. 	 mapear com exatidão as áreas do Hemisfério Norte.
B. 	 refletir o contexto da Expansão Marítima europeia.
C. 	 reforçar a neutralidade ideológica da Cartografia.
D. 	 valorizar a perspectiva dos povos colonizados.
E. 	 combater formas de dominação colonialistas.
Alternativa B 
Resolução: A projeção cartográfica de Mercator foi elaborada no contexto histórico-geográfico da Europa do século XVI, 
marcado pela sua expansão marítima e comercial, na qual alguns países europeus conquistaram territórios, estabelecendo 
domínios coloniais e favorecendo a sua acumulação de capitais. A projeção reflete esse contexto, visto que é considerada 
eurocêntrica ao representar as áreas do Hemisfério Norte de forma exagerada e menosprezar áreas situadas no Hemisfério 
Sul, que eram alvo da colonização europeia. Portanto, a alternativa B está correta. A alternativa A está incorreta, pois a 
projeção de Mercator é conforme, ou seja, preserva as formas, mas distorce as áreas representadas. A alternativa C está 
incorreta, pois a projeção de Mercator veicula uma determinada perspectiva sobre o mundo. A alternativa D está incorreta, 
pois a projeção em questão expressa a visão de mundo dos povos colonizadores europeus da época em que foi elaborada. 
A alternativa E está incorreta, pois a projeção de Mercator reforça uma visão colonialista.
QUESTÃO 69 
Nos anos 1860, as informações sobre mão de obra nos estabelecimentos industriais do Rio de Janeiro já são mais 
escassas, mas, mesmo assim, pode-se constatar a presença de escravos entre os seus empregados [...]. Nas manufaturas 
de rapé, a predominância do trabalhador escravo era incontestável. [...] No ramo de sabão e velas, encontramos também 
a predominância do trabalhador escravo sobre o livre. [...] As fábricas de charutos do Rio de Janeiro, [...] até os anos 1850, 
empregavam quase que exclusivamente cativos.
SOARES, L. C. A escravidão industrial no Rio de Janeiro do século XIX. 
Anais do V Congresso Brasileiro de História Econômica, Caxambu, 2003, p. 10-13 (Adaptação).
Os aspectos apresentados no texto sobre manufaturas brasileiras no Período Imperial indicam a
A. 	 eficiência da produção fabril em empresas escravistas.
B. 	 preferência do proletariado imperial pelos trabalhos manuais.
C. 	 coexistência do sistema escravista com trabalho assalariado.
D. 	 carência de operários livres para funções especializadas.
E. 	 recorrência da alforria gratuita de cativos profissionalizados.
4NUU 
UZJF 
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 51BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa C
Resolução: O texto indica como, na segunda metade 
do século XIX, predominava o emprego de mão de obra 
escravizada em determinados estabelecimentos industriais 
do Rio de Janeiro. O texto deixa clara a coexistência do 
trabalho escravo com o trabalho livre nesses setores 
industriais, o que torna a alternativa C correta. As 
manufaturas eram estabelecimentos que combinavam o 
uso de máquinas com trabalhos manuais e artesanais, o 
que invalida a alternativa B. As alternativas A e D estão 
incorretas, pois não há, no texto, subsídios para afirmar 
que a predominância de escravos nas manufaturas em 
questão decorreu da maior eficiência das fábricas que 
utilizavam trabalhadores escravizados ou da carência 
de trabalhadores livres – mesmo porque o texto indica a 
existência de trabalhadores livres e, portanto, assalariados. 
Por fim, a alternativa E está incorreta, pois também não são 
abordadas, no texto, supostas alforrias para escravizados 
profissionalizados industriais.
QUESTÃO 70 
A agricultura familiar continua representando o maior 
contingente (77%) dos estabelecimentos agrícolas do país, 
mas, por serem de pequeno porte, ocupam uma área menor, 
80,89 milhões de hectares, o equivalente a 23% da área 
agrícola total. Em comparação aos grandes estabelecimentos, 
responsáveis pela produção de commodities agrícolas de 
exportação, como soja e milho, a agricultura familiar responde 
por um valor de produção muito menor: apenas 23% do 
total no país. Considerando-se, porém, os alimentos que 
vão para a mesa dos brasileiros, os estabelecimentos de 
agricultura familiar têm participação significativa. Nas culturas 
permanentes, o segmento responde por 48% do valor da 
produção de café e banana; nas culturas temporárias, são 
responsáveis por 80% do valor de produção da mandioca, 
69% do abacaxi e 42% da produção do feijão.
Disponível em: . 
Acesso em: 27 ago. 2021. [Fragmento]
Um dos aspectos que caracterizam a agricultura familiar 
no Brasil é a
A. 	 predominância sobre as terras agricultáveis.
B. 	 falta de diversificação dos tipos de cultivo.
C. 	 produção voltada para o mercado interno.
D. 	 priorizaçãoCom isso, o agricultor tem, em diferentes 
épocas do ano, um maior número de produtos disponíveis para a comercialização.
Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2021. [Fragmento]
Entre as vantagens apresentadas pelo Sistema Agroflorestal, destaca-se o(a)
A. 	 mutação genética das espécies agrícolas em contato com as nativas.
B. 	 utilização de herbicidas benéficos para a vegetação original florestal.
C. 	 fertilização natural do solo com a formação de horizonte orgânico.
D. 	 avanço de monoculturas que causam baixo impacto ambiental.
E. 	 aproveitamento de mão de obra temporária nas propriedades.
Alternativa C 
Resolução: No Sistema Agroflorestal (SAF), a combinação entre espécies florestais e a plantação de espécies agrícolas 
permite o fornecimento para o solo de matéria orgânica, que forma um horizonte superficial de coloração escura e rico em 
nutrientes para as próprias plantas. Portanto, a alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta, pois as mutações 
genéticas que ocorrem na natureza nem sempre resultam em uma característica que seja vantajosa para a agricultura. 
A alternativa B está incorreta, pois o Sistema Agroflorestal procura ser mais sustentável, reduzindo a utilização de herbicidas 
químicos, que podem ser prejudiciais para a vegetação original. A alternativa D está incorreta, pois as monoculturas 
caracterizam-se pelo cultivo de uma única espécie. No Sistema Agroflorestal, coexistem diversas espécies, tanto florestais 
quanto agrícolas; além disso, as monoculturas geram impactos ambientais, como a exaustão dos solos, o aumento da 
pressão sobre os recursos hídricos e a ameaça à biodiversidade. A alternativa E está incorreta, pois a mão de obra temporária 
foi, tradicionalmente, utilizada no Brasil em grandes lavouras monocultoras, como para o corte da cana-de-açúcar e na 
colheita de café.
QUESTÃO 75 
Localizada na Zona da Mata de Minas Gerais, Cataguases possui um rico acervo de arquitetura moderna, construído 
entre as décadas de 1940 e 1960. No início do século XX, a facilidade de comunicação com o Rio de Janeiro, proporcionada 
pela ferrovia, possibilitou o desenvolvimento de um cenário propício às artes, principalmente as ligadas ao Movimento 
Modernista, pelo qual a cidade tornou-se conhecida. A família Peixoto, proprietária de indústrias têxteis – além de suas 
residências – financiou boa parte das obras modernas, algumas moradias para funcionários de suas indústrias, escola, 
cineteatro, hospital, monumentos, praças, entre outros equipamentos urbanos. Além de todas as características estilísticas 
modernas dessas obras, entre suas peculiaridades estão os acabamentos cuidadosos, o uso de materiais e revestimentos 
diversos e sua combinação cromática.
Cataguases (MG). Disponível em: . 
Acesso em: 6 jul. 2021. [Fragmento adaptado]
O título de patrimônio cultural concedido aos bens de Cataguases, conforme o texto, é justificado pelo(a)
A. 	 intercâmbio dos estados sudestinos.
B. 	 presença da arquitetura modernista.
C. 	 estímulo ao turismo mineiro.
D. 	 existência da indústria têxtil.
E. 	 valorização da arte familiar.
Alternativa B 
Resolução: O texto-base aponta que Cataguases (MG) possui um grande acervo de arquitetura moderna. Estando na lista 
do IPHAN de conjuntos urbanos tombados, as características das obras, além do traço modernista, incluem um acabamento 
cuidadoso, a combinação cromática e o uso de materiais e revestimentos diversos em suas composições. Portanto, a 
alternativa B é correta, uma vez que a presença da arquitetura modernista, assim como o rico acervo em Cataguases, é 
o que justifica o título de patrimônio para a cidade. A alternativa A é incorreta, dado que o intercâmbio entre os estados do 
Rio de Janeiro e Minas Gerais propiciou um cenário favorável às artes na cidade, mas não é a causa da concessão do 
título de patrimônio. A alternativa C é incorreta, visto que o texto-base não debate o estímulo ao turismo em Minas Gerais. 
A alternativa D é incorreta, uma vez que o texto não compreende a presença das indústrias têxteis como sendo a razão 
para a cidade ser considerada um conjunto urbano tombado. Por fim, a alternativa E está incorreta, dado que a família 
Peixoto financiou as artes, mas essa não é a razão que o IPHAN considerou ao conceder o título de patrimônio à cidade.
RNPØ 
YHH6 
CH – PROVA I – PÁGINA 54 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 76 
[...] E, como a multiplicidade de leis frequentemente fornece desculpas aos vícios, de modo que um Estado é muito 
mais bem regrado quando, tendo pouquíssimas leis, elas são rigorosamente observadas; assim, em vez desse grande 
número de preceitos de que a lógica é composta, acreditei que me bastariam os quatro seguintes, contanto que tomasse 
a firme e constante resolução de não deixar uma única vez de observá-los. 
O primeiro era de nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que conhecesse evidentemente como tal; ou seja, 
evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e não incluir em meus juízos nada além daquilo que se apresentasse 
tão clara e distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.
DESCARTES, R. Discurso do método. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 22-23. 
René Descartes, filósofo do racionalismo, ao enunciar os preceitos que o texto traz, tem por objetivo 
A. 	 destruir o conhecimento escolástico e fundar o cartesianismo, tomando como base elementos políticos. 
B. 	 fundamentar uma nova concepção de conhecimento embasada no uso da razão, do rigor e da lógica. 
C. 	 reformular a teoria política propondo sistemas de governo pautados num número mínimo de leis. 
D. 	 estabelecer a evidência como regra única do conhecimento, tornando as demais supérfluas. 
E. 	 amparar suas conclusões em conhecimentos empíricos provenientes da sensação e da reflexão.
Alternativa B
Resolução: O Discurso do método é considerado por muitos a maior obra de René Descartes e uma das obras mais 
importantes da Filosofia moderna. Nesse livro, Descartes apresenta quatro princípios básicos para a construção de um 
conhecimento sólido e seguro. Para que o conhecimento de algo seja possível, os princípios são:
• 1º princípio (evidência): deve estar clara e evidente essa teoria na mente da pessoa que a apresenta;
• 2º princípio (análise): deve-se demonstrar as partes que compõem a teoria, não omitindo nenhuma delas;
• 3º princípio (síntese): deve-se resolver individualmente cada uma das partes da teoria, demonstradas pela análise, 
partindo das mais simples às mais complexas; 
• 4º princípio (enumeração): deve-se revisar constantemente o raciocínio, contando as partes que o compõem 
e verificando se os princípios anteriores foram observados e se a conclusão é verdadeira.
Assim, os preceitos – ou princípios – a que se faz referência no texto têm por objetivo fundamentar uma nova concepção 
de conhecimento, embasada no uso da razão, do rigor e da lógica. Portanto, está correta a alternativa B. A alternativa A 
está incorreta porque, apesar de Descartes criticar aspectos do conhecimento escolástico, seu objetivo não era fundar o 
cartesianismo com base em elementos políticos. O cartesianismo é fundamentado no método racional e lógico, sem vinculação 
a estruturas ou ideais políticos; o foco de Descartes era epistemológico, não político. A alternativa C está incorreta, já que 
Descartes não estava preocupado em reformular teorias políticas ou propor sistemas de governo com base em um número 
mínimo de leis – a menção a um governo bem regrado com poucas leis é uma metáfora para ilustrar a simplicidade e eficácia 
das regras do método cartesiano na busca do conhecimento, não uma proposta política. A alternativa D está incorreta, 
uma vez que Descartes não estabelece a evidência como a única regra do conhecimento: ele desenvolveu um conjunto de 
quatro regras para guiar a investigação e a construçãoAlternativa A
Resolução: O trecho do poema “Ajedrez”, de Jorge Luis Borges, é uma metáfora para representar a vida e a morte, ou a 
passagem dos seres humanos pela vida. O texto apresenta jogadores que disputam uma partida de xadrez. Essa partida, de 
acordo com o texto, tem caráter infinito (“[...] este juego es infinito”) e, mesmo depois de os jogadores terem ido, ou morrido, 
esse jogo continuará sua marcha, seu ritual (“Cuando los jugadores se hayan ido, / cuando el tiempo los haya consumido, 
/ ciertamente no habrá cesado el rito”). Portanto, a alternativa A está correta. A alternativa B está incorreta porque não se 
afirma no poema que a magia das peças de xadrez engane os jogadores, apenas que suas formas irradiam um rigor, uma 
severidade mágica. No texto, os jogadores fazem suas manobras, o que seria o decorrer da vida, mas o fato de jogarem não 
significa um engano. A alternativa C está incorreta porque os jogadores não demonstram soberba, tampouco o texto deixa 
entrever que desconheçam a inevitabilidade da morte; os jogadores apenas seguem o curso do jogo sem questionamentos 
ou dúvidas. Além disso, não se afirma no texto que a morte chegará necessariamente quando o dia nascer; o tabuleiro, 
uma metonímia para se referir ao jogo, detém os jogadores até o amanhecer (“El tablero / los demora hasta el alba [...]”), 
e isso está relacionado à passagem do tempo, ao fato de sempre o jogador estar manejando peças até que o tempo o 
tenha consumido. A alternativa D está incorreta porque os jogadores não destroem as peças, mas, como mencionado, são 
consumidos pelo tempo (“cuando el tiempo los haya consumido”). A alternativa E está incorreta porque não se destaca, no 
texto, a resistência dos jogadores, tampouco se afirma que joguem por dias a fio ou que suportem adversidades. O que se 
apresenta no texto é a finitude dos jogadores e a permanência das coisas.
O293
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 02 
La vieja, apretándose el pañuelo que llevaba en las sienes, terció en esta forma: 
– Era que el Jaspe los perseguía con los vaqueros y con el perraje. Onde mataba uno, prendía candela y hacía como 
que se lo taba comiendo asao, pa que lo vieran los fugitivos o los vigías que atalayaban sobre los moriches. 
– Mamá, jué que los indios le mataron a él la familia, y como puaquí no hay autoridá, tié uno que desenredarse solo. Ya 
ven lo que pasó en el Hatico: macetearon a tóos los racionales y toavía humean los tizones. Blanco, ¡hay que apandillarnos 
pa echarles una buscáa! 
RIVERA, J. E. La vorágine. Bogotá: Ministério de Cultura; 
Biblioteca Nacional da Colômbia, 2015. [Fragmento] 
O trecho do romance La vorágine expressa o conflito entre indígenas e outros personagens. No texto, a variação linguística 
é usada para 
A. 	 ressaltar a contribuição cultural de diferentes grupos. 
B. 	 comprovar a ligação entre tipos de fala e classes sociais. 
C. 	 demonstrar o deterioramento social de uma comunidade. 
D. 	 retratar a comunicação de um grupo com verossimilhança. 
E. 	 revelar as dificuldades de relacionamento entre os falantes.
Alternativa D
Resolução: No trecho do romance La vorágine, de José Eustasio Rivera, percebe-se a utilização de termos de modo 
a reproduzir a linguagem oral de certos personagens, como as palavras taba (estaba), asao (asado), pa (para), puaquí 
(por aquí), tié (tiene), etc. Essa variação linguística, relacionada à informalidade situacional e a questões sociais, busca 
retratar com verossimilhança e coerência a expressão linguística dos personagens. Portanto, está correta a alternativa D. 
A alternativa A está incorreta porque, por meio da variação linguística, não se tem acesso à contribuição cultural do grupo 
retratado. Além disso, não é possível afirmar que, no trecho, estejam retratados grupos diferentes. A alternativa B está 
incorreta porque, embora exista a variação linguística social, segundo a qual grupos sociais diferentes expressam-se de 
maneiras diversas, não é possível inferir que haja necessidade de se comprovar que um tipo de fala esteja atrelado a 
um grupo social específico. A alternativa C está incorreta porque o texto não cita o deterioramento de uma comunidade. 
A alternativa E está incorreta porque os personagens que dialogam, os quais se deduz serem mãe e filho, não demonstram 
dificuldade de relacionamento.
QUESTÃO 03 
Disponível em: . 
Acesso em: 8 ago. 2023. 
6VLK
7Ø3J
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
A campanha do município de Orihuela, na Espanha, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a crise hídrica. 
Para isso, utiliza como recurso de convencimento a
A. 	 simulação do princípio da vida no planeta Terra.
B. 	 exposição dos benefícios da economia de água.
C. 	 oposição entre a ideia de seca e a de afogamento.
D. 	 orientação sobre técnicas para economizar a água.
E. 	 representação da seca como fenômeno imprevisto.
Alternativa C
Resolução: A campanha em análise objetiva conscientizar a população de Orihuela sobre a crise hídrica. Para convencer 
o público-alvo a economizar água, recorre-se a um jogo de palavras, opondo os termos sequía e ahoga. Por meio desses 
termos, constrói-se a imagem paradoxal de que a seca pode afogar – algo relacionado à água. Portanto, está correta a 
alternativa C. A alternativa A está incorreta porque a imagem que ilustra a campanha mostra, à esquerda, o planeta Terra 
seco (representado por árvores secas) e, à direita, o planeta com água (representado por árvores frondosas), como se a seca 
estivesse avançando sobre o território com água; desse modo, não se vê retratada a simulação do princípio da vida na Terra. 
A alternativa B está incorreta porque a campanha não cita benefícios da economia de água. A alternativa D está incorreta 
porque a campanha não oferece orientações sobre técnicas de economia de água. A alternativa E está incorreta porque não 
se representa, na campanha, a seca como fenômeno imprevisto. Devido ao conhecimento de mundo compartilhado pelos 
leitores-alvo da campanha, deduz-se que a seca seja o resultado de processos humanos que comprometem a natureza, 
por isso, prevista.
QUESTÃO 04 
¿Te sientes que no puedes ahorrar, porque no te alcanza el dinero? 
Quiero convencerte de que cada uno puede hacerlo, incluso ganando el mínimo.
A veces buscamos ahorrar pero siempre surgen muchas excusas: 
• el dinero no me alcanza, tengo muchos gastos, 
• la vida está muy cara, 
• las mensualidades del colegio subieron… 
Entre ellas también se encuentra una muy usada: “No puedo ahorrar porque gano solo el salario mínimo”. 
Sí, puedes hacerlo. Pero, Leticia, ¿cuándo únicamente gano el salario mínimo? Hago malabares para que este me 
alcance para todo, y ahora tú me hablas de ahorrar. 
Sí, es lo que dije. ¡Puedes ahorrar! Y es precisamente, porque no te alcanza, que deseo darte 6 herramientas para que 
no tengas que vivir del salario mínimo el resto de tu vida: 
• Pon un destino para tu dinero; 
• Asigna primero tu ahorro; 
• Usa el preahorro;
• Pon metas para el ahorro; 
• Ahorra cuidando lo que ya tienes; 
• Invierte tus ahorros.
Disponível em: . 
Acesso em: 20 ago. 2018. [Fragmento adaptado] 
O artigo anterior dedica-se a sanar um questionamento recorrente dos leitores sobre como economizar dinheiro mesmo 
recebendo baixos salários. Nele, a utilização da expressão hago malabares indica que os leitores 
A. 	 desejam ganhar mais que um salário mínimo por mês. 
B. 	 confiam nos conselhos dos blogueiros para economizar. 
C. 	 acreditam que gastar dinheiro é mais vantajoso do que guardar. 
D. 	 consideram que poupar é uma tarefa praticamente impossível. 
E. 	 apresentam desculpas para justificar sua incapacidade de poupar.
H6FY
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardimdo conhecimento, e a evidência clara e distinta é apenas a primeira 
delas. A alternativa E está incorreta, posto que Descartes, sendo um racionalista, ampara suas conclusões primariamente 
na razão, não em conhecimentos empíricos ou na sensação; ele era cético em relação à confiabilidade dos sentidos e 
procurou uma base sólida e indubitável para o conhecimento através do raciocínio lógico e analítico.
QUESTÃO 77 
A função de caixa-d’água exercida pelas chapadas do domínio do Cerrado é condicionada por sua topografia plana ou 
suave-ondulada e pelas características dos latossolos profundos e porosos que aí predominam, fazendo com funcionem 
como uma esponja absorvedora de água que alimenta o lençol freático.
SILVA, C. O Cerrado em disputa: apropriação global e resistências locais. Brasília: CONFEA, 2009. [Fragmento adaptado]
O texto evidencia que algumas características ambientais do Cerrado favorecem o(a)
A. 	 assoreamento fluvial.
B. 	 intemperismo físico.
C. 	 recarga hídrica.
D. 	 abrasão eólica.
E. 	 erosão pluvial.
WCIB 
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ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 55BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa C 
Resolução: O texto aponta que algumas características 
ambientais das chapadas do Cerrado (topografia plana ou 
suave-ondulada e com solos profundos e porosos) favorecem 
a infiltração da água, o que contribui para a recarga hídrica 
do lençol freático. Portanto, está correta a alternativa C. 
A alternativa A está incorreta, pois o assoreamento dos 
rios é causado pelo acúmulo de sedimentos em seu leito; 
esse processo é causado pela erosão pluvial, que realiza o 
transporte e a deposição de sedimentos nos canais fluviais. 
As condições ambientais das chapadas do Cerrado, ao 
favorecerem a infiltração hídrica, contribuem para evitar 
a erosão e, assim, o assoreamento. A alternativa B está 
incorreta, pois o intemperismo físico é o processo de 
desagregação mecânica das rochas. A alternativa D está 
incorreta, pois a abrasão eólica refere-se ao processo 
de erosão executado pelos ventos. A alternativa E 
está incorreta, pois as características ambientais citadas no 
texto favorecem a infiltração das águas da chuva no solo, 
o que evita a erosão pluvial, realizada pelo escoamento 
superficial das águas das chuvas.
QUESTÃO 78 
Os primeiros passos da indústria elétrica norte- 
-americana foram marcados pela rivalidade entre as três 
maiores empresas do setor: Thomson-Houston, Edison e 
Westinghouse. [...] A acirrada concorrência levou a uma 
queda geral dos preços e o setor sofreu uma séria crise 
que levaria a Edison e a Thomson-Houston fundirem-se em 
abril de 1892, dando origem à General Electric Company 
(GE). Enquanto isso, a Westinghouse rivalizava com a GE 
na produção de equipamentos de geração e distribuição, 
motores e aparelhos de controle. No entanto, em 1896 
a GE e a Westinghouse firmaram um acordo geral de 
reconhecimento de patentes. 
Disponível em: . 
Acesso em: 29 set. 2020 (Adaptação). 
O exemplo descrito no texto evidencia a reorganização que 
os sistemas industrial e capitalista passaram na segunda 
metade do século XIX, período em que se tornou 
recorrente a 
A. 	 desconcentração da aplicação de capitais e dispersão 
das empresas. 
B. 	 associação de grupos e investidores visando à 
constituição de monopólios. 
C. 	 imposição de controle estatal sobre as transações 
entre diferentes empresas. 
D. 	 propagação dos investimentos privados e da prática 
da livre competição comercial. 
E. 	 eliminação de propriedade intelectual sobre inventos, 
técnicas e processos industriais. 
SMMG 
Alternativa B
Resolução: A partir da segunda metade do século XIX, é 
possível verificar inúmeras transformações estruturais e 
infraestruturais no sistema capitalista e industrial, a essa 
altura já bem instalado na Europa Ocidental e nos Estados 
Unidos. As novidades em termos de tecnologia e processos 
industriais provocaram o aumento da produtividade e, 
consequentemente, do volume de investimentos no setor 
industrial. Para controlar o aumento da concorrência (que 
naquele momento gerava crises relacionadas à queda dos 
preços), as empresas do mesmo setor passaram a se fundir – 
como foi o caso da Edison e da Thomson-Houston, que 
se transformaram na GE – e a disseminar práticas com a 
intenção de dominar o mercado, tornando a alternativa B 
correta. Aqui cabe o exemplo do acordo entre a GE e a 
Westinghouse a respeito das patentes, ou seja, do controle 
sobre propriedade intelectual de processos e técnicas da 
indústria elétrica, o que torna a alternativa E inválida. Essas 
práticas centralizaram a aplicação do capital financeiro 
e eram contrárias à ideia de livre competição, já que 
controlavam artificialmente a concorrência, o que invalida 
as alternativas A e D. Por fim, a alternativa C está incorreta 
porque, no período e contexto tratado, não ocorria controle 
estatal sobre as transações das empresas.
QUESTÃO 79 
O desenvolvimento da mineração vem causando 
grandes impactos para a população do local como: 
deposição de resíduos e rejeitos de minerais em locais 
impróprios, que muitas vezes serviria para agricultura; 
depredação de imóvel pela proximidade das minas; 
geração de áreas degradadas e também transtornos 
associados ao tráfego de veículos, que altera toda a rotina 
do local ou cidade pelo aumento do tráfego de transportes 
de grande porte, como caminhões e carretas.
PORTELLA, M. Efeitos colaterais da mineração no meio ambiente. 
Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 5, n. 2, 2015. 
Disponível em: . 
Acesso em: 24 ago. 2022. [Fragmento adaptado]
O texto aponta alguns impactos das atividades de mineração 
que são responsáveis por
A. 	 reduzir as transações comerciais com outras regiões.
B. 	 aumentar o desemprego entre a população local.
C. 	 provocar a retração do contingente demográfico.
D. 	 gerar conflitos pelo uso e ocupação do solo.
E. 	 manter as dinâmicas territoriais tradicionais.
DVFP 
CH – PROVA I – PÁGINA 56 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D 
Resolução: O texto menciona impactos causados pelas atividades de mineração que são responsáveis por gerar 
conflitos pelo uso e ocupação do solo. Por exemplo, o texto aponta que rejeitos da mineração são depositados 
em locais que poderiam ser aproveitados para a agricultura. Portanto, a alternativa D está correta. A alternativa A 
está incorreta, pois os minérios extraídos são comercializados com outras regiões do país e do mundo. A alternativa B está 
incorreta, pois a mineração pode trazer o benefício de gerar empregos e renda para a população local. A alternativa C 
está incorreta, pois a instalação das atividades de mineração tende a atrair trabalhadores de outras localidades para a 
área do empreendimento, causando uma ampliação da sua população. A alternativa E está incorreta, pois a implantação 
de um grande empreendimento econômico, associado às atividades de mineração, altera as dinâmicas locais; o texto 
aponta essa situação, mencionando que a rotina local é alterada, por exemplo, pelos efeitos gerados pelo aumento do 
trânsito de veículos.
QUESTÃO 80 
É sustentável afirmar que a estrutura de combate ao terrorismo internacional atingiu, após o 11 de Setembro, níveis de 
institucionalização, cooperação e consentimento que permitem sua classificação como um regime internacional. A despeito 
da inexistência de uma definição unânime de terrorismo, os documentos internacionais antiterroristas, sobretudo aqueles das 
Nações Unidas, são percebidos como sistema coerente que constitui verdadeiro código de conduta na matéria. A eficácia 
desse regime dependeria da condenação geral ao terrorismo como método político e da fiscalização dessa condenação 
pelos principais atores internacionais, sobretudo os EUA.
Disponível em: . Acesso em: 25 ago. 2022.
Combase no texto, os atentados de 11 de setembro modificaram as configurações do mundo contemporâneo, no que diz 
respeito ao(à)
A. 	 expansão do ideal democrático.
B. 	 impedimento das práticas do Islã.
C. 	 alteração da agenda internacional.
D. 	 assistência aos países empobrecidos.
E. 	 enfrentamento das heranças coloniais.
Alternativa C
Resolução: O texto aborda sobre as consequências geradas pelo atentado terrorista aos Estados Unidos em 11 de setembro 
de 2001. Dois dos maiores símbolos dos Estados Unidos, o Pentágono (centro de defesa militar do país) e o World Trade 
Center (centro econômico de Nova Iorque), foram alvejados simultaneamente por meio da explosão de grandes aviões que 
colidiram com esses prédios. Os atentados foram assumidos pela organização terrorista Al-Qaeda, liderada por Osama 
bin Laden. Esse episódio levou o governo estadunidense a iniciar a execução da chamada Doutrina Bush, um conjunto 
de princípios e métodos que tinha como objetivo consolidar a hegemonia dos Estados Unidos mundialmente. No cenário 
mundial, alterou-se a agenda internacional, que passou a ter o terrorismo como tema central – nota-se a maior cobrança que 
os países sofrem para prevenir e reprimir o fenômeno, cobrança que vem principalmente dos Estados Unidos. É importante 
ressaltar que, apesar da Guerra ao Terror, o terrorismo internacional não se intimida; muito pelo contrário, tem se tornado 
cada vez mais ousado, intensificando suas ações. Outras nações sofreram com esses ataques, como a Espanha, por 
exemplo, em março de 2004. Fato é que as ações de 11 de setembro fizeram com que o terrorismo passasse a ser uma 
preocupação mundial, o que vai ao encontro da alternativa C. As demais alternativas apresentam informações equivocadas 
e, por isso, estão incorretas.
QUESTÃO 81 
A liberdade humana precede a essência do homem e torna-a possível: a essência do ser humano acha-se em suspenso 
na liberdade. Logo, aquilo que chamamos liberdade não pode se diferençar do ser da “realidade humana”. O homem não 
é primeiro para ser livre depois: não há diferença entre o ser do homem e seu “ser-livre”.
SARTRE, J.-P. O ser e o nada: Ensaio de ontologia fenomenológica. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. [Fragmento]
A reflexão apresentada por Jean-Paul Sartre no texto entende o ser humano como
A. 	 determinado, comandado por sua natureza.
B. 	 autônomo, desgarrado de sua comunidade.
C. 	 amoral, irresponsável por suas atitudes.
D. 	 livre, constituinte de seu sujeito.
E. 	 virtuoso, conduzido por sua fé.
HMOG 
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ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 57BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D 
Resolução: Para Sartre, o sujeito humano é o único animal em que sua existência precede a essência. Ou seja, por ser 
absolutamente livre, o ser humano não está condicionado pelos instintos a agir de um modo específico. Por isso, ele é 
capaz de determinar-se a si mesmo. Desse modo, a alternativa D é a correta. A alternativa A está incorreta, pois é contrária 
ao que Sartre concebe para o ser humano. A alternativa B está incorreta, já que o filósofo não nega que o ser humano é 
um ser social. A alternativa C está incorreta, uma vez que o texto não discute essa questão; além disso, o existencialismo 
é uma doutrina de absoluta responsabilização do indivíduo por seus atos – ou seja, uma vez que a liberdade é central 
para essa teoria, as ações, que são necessariamente livres, são de responsabilidade de seus autores. A alternativa E está 
incorreta porque Sartre não menciona a religião no trecho; ademais, trata-se de um autor ateu e antropocentrista, que faz 
duras críticas à religião em sua obra.
QUESTÃO 82 
O primeiro desses centros era animado pelo clero: a Igreja, centro da vida paroquial. Na Idade Média a Igreja não 
foi apenas um foco de vida espiritual comum – muito importante, aliás, pois em torno de temas de propaganda da Igreja 
formavam-se mentalidades e sensibilidades –, mas também um lugar de assembleia. Ali se realizavam reuniões, e seus 
sinos chamavam a comunidade em caso de perigo, notadamente de incêndios. Ali ocorriam conversações, jogos, negócios. 
Malgrado os esforços do clero e dos concílios visando limitar seu papel ao de casa de Deus [...].
LE GOFF, J. A civilização do ocidente medieval. Trad. de José Rivair de Macedo. Bauru, SP: Edusc, 2005, p. 312 (Adaptação).
De acordo com o texto, o papel da Igreja durante a Idade Média esteve associado às
A. 	 relações de sociabilidade entre os indivíduos da sociedade.
B. 	 definições democráticas referentes à ordenação das cidades.
C. 	 perspectivas de estudos científicos sobre as questões terrenas.
D. 	 limitações dos poderes senhoriais nas relações de vassalagem.
E. 	 intervenções restritas aos costumes dos indivíduos do medievo.
Alternativa A
Resolução: A Igreja, durante a Idade Média, teve um importante papel na sociedade, adquirindo o status de instituição mais 
poderosa do período, controlando várias esferas sociais, como a educação, por meio do monopólio da escrita e da leitura; 
estava presente nos momentos principais da vida do ser humano, como nascimento, casamento e morte. Através de seu 
poder, intervinha no comportamento dos indivíduos, que, caso não seguissem suas regras, poderiam ser excomungados. 
Entretanto, para além disso, conforme destacado no texto, a Igreja também cumpria outros papéis, como o lugar de reuniões, 
de encontros, de abrigo em caso de perigo, de negócios, portanto era um lugar de relações de sociabilidades, o que torna 
a alternativa A correta e invalida a alternativa E. A alternativa B está incorreta, pois, nesse período, não se pode falar em 
democracia e, assim, não existiram definições democráticas referentes a cidades. A alternativa C está incorreta porque, 
nesse período, a religiosidade definia as concepções da época, e perspectivas diferentes (que não se baseassem nas 
explicações divinas) eram duramente condenadas e reprimidas. Por fim, a alternativa D está incorreta porque o texto não 
aborda sobre o papel da Igreja como um limitador de poderes senhoriais em relação à vassalagem.
QUESTÃO 83 
Populações tradicionais da Floresta Amazônica – como indígenas, seringueiros e castanheiros – baseiam-se seu 
modo de vida na extração de produtos como a borracha, a castanha, os óleos vegetais e outros. Além disso, dedicam- 
-se à caça e à pesca não predatória, bem como à agricultura de subsistência. Os povos da floresta são grupos sociais 
que precisam da mata e dos rios para sobreviver, e sabem como utilizar os recursos naturais sem destruí-los.
Disponível em: . Acesso em: 29 ago. 2022. [Fragmento adaptado]
Os povos tradicionais da Floresta Amazônica contribuem para a sua preservação ao promoverem o(a)
A. 	 extração crescente de recursos não renováveis.
B. 	 desvalorização dos conhecimentos populares.
C. 	 manejo sustentável dos seus recursos.
D. 	 avanço contínuo da fronteira agrícola.
E. 	 exploração de commodities minerais.
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CH – PROVA I – PÁGINA 58 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa C 
Resolução: O texto indica que as populações tradicionais da Floresta Amazônica usam os seus recursos naturais de forma 
sustentável, pois praticam atividades extrativistas e agrícolas sem causar a degradação ambiental. Além disso, essas 
populações mantêm um modo de vida em que a sua sobrevivência depende da própria preservação da floresta. Portanto, 
a alternativa C está correta. A alternativa A está incorreta, pois o texto cita que as populações extraem recursos renováveis 
da floresta; a extração indiscriminada de recursos não renováveis compromete a preservação ambiental. A alternativa B 
está incorreta, pois as populações tradicionais usam seus conhecimentos populares para realizar o manejo sustentável da 
floresta, evidenciando a sua importância. A alternativa D está incorreta, pois o avanço contínuo da fronteira agrícola sobre 
a Floresta Amazônica podecausar o seu desmatamento; além disso, as populações tradicionais praticam a agricultura de 
subsistência. A alternativa E está incorreta, pois a exploração mineral pode causar grandes impactos ambientais, como o 
desmatamento, a erosão do solo e o assoreamento dos rios; além disso, as populações tradicionais não são responsáveis 
pela realização da exploração de commodities minerais.
QUESTÃO 84 
Uma das características das grandes cidades do mundo capitalista é a constante mudança que ocorre no uso do solo 
urbano. Essas transformações foram muito acentuadas em países onde foi muito intenso o processo de concentração 
geográfica da industrialização e da renda, como no Brasil. Isso não significa, porém, que formas antigas deixem de conviver 
com novas. Dependendo da intensidade com que ocorrem, muitas áreas da cidade acabam transfigurando-se, perdendo suas 
características originais tanto na paisagem quanto nas formas de interação social. Como exemplo, habitações residenciais 
são transformadas em escritórios e antigas relações de vizinhança acabam sendo desestruturadas.
SCARLATO, F. População e urbanização brasileira. In: ROSS, J. (org.). Geografia do Brasil. 6. ed. São Paulo: EDUSP, 2019. [Fragmento adaptado]
O processo descrito no texto tem como consequência o(a)
A. 	 suspensão das políticas de revitalização urbana.
B. 	 enfraquecimento da modernização das cidades.
C. 	 preservação das formas de convivência social.
D. 	 alteração dos vínculos afetivos com o espaço.
E. 	 esgotamento da especulação imobiliária.
Alternativa D 
Resolução: O texto aponta que, nas grandes cidades capitalistas, as mudanças no uso do solo urbano são constantes, 
causando alterações nas formas e funções das edificações urbanas. Com isso, áreas residenciais, por exemplo, podem 
ser substituídas por centros comerciais e administrativos, rompendo com as relações afetivas criadas pelas pessoas com o 
espaço e alterando seus laços sociais. Portanto, a alternativa D está correta. A alternativa A está incorreta, pois as políticas 
de revitalização urbana podem promover alterações nas formas e funções das edificações urbanas. A alternativa B está 
incorreta, pois as mudanças citadas no texto estão associadas ao processo de crescente modernização das grandes cidades. 
A alternativa C está incorreta, pois o texto aponta que as mudanças na paisagem urbana estão relacionadas a alterações 
nas formas de interação social. A alternativa E está incorreta, pois nas grandes cidades há intensa especulação imobiliária; 
que trata-se da aquisição de terrenos ou imóveis com o intuito de vendê-los ou alugá-los posteriormente, esperando que 
seu valor de mercado aumente durante o período transcorrido.
QUESTÃO 85 
O Pan-Africanismo do século XIX teve, em sua inspiração fundante, a vertente de volta à Terra Mãe [...]. Se a África 
é o ponto comum, seu despertar através das primeiras manifestações culturais e intelectuais no Novo Mundo foi a forma 
encontrada de pertencer a uma história, a algum lugar, já que lhe era negado um lugar de cidadão, de filiação nacional.
SANTOS, K. J. F. P. Dos orixás ao black is beautiful: a estética da negritude na música popular brasileira. 
Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 2014, p. 38 (Adaptação).
A narrativa do Pan-Africanismo do século XIX, expresso no texto anterior, promoveu a
A. 	 imposição de crenças africanas na cultura mundial.
B. 	 eliminação das referências culturais de matriz africana.
C. 	 ressignificação das formas de resistência do povo africano.
D. 	 miscigenação de identidades culturais no contexto colonial.
E. 	 supressão do patrimônio africano para uniformização cultural.
SO5V 
SOSH 
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 59BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Liceu
Professores: Tomaz Acioli, Benjamin Acioli e Jorge de 
Souza (genro de Acioli)
Escola Normal
Tomaz Acioli, José Acioli, e mais sobrinho, sobrinha e 
irmão do presidente
Intendência Municipal
Secretário: Antonio Gardelha (cunhado de um filho de 
Acioli)
Câmara Municipal
Secretário: Jovino Pinto (sobrinho de Acioli)
Procurador Fiscal: Antonio Acioli
Batalhão do Exército
Comandante: Capitão Raimundo Borges (genro de 
Acioli)
JANOTTI, M. L. M. O Coronelismo: uma política de compromissos. 
São Paulo: Editora Brasiliense, 1987. (Coleção Tudo é História). 
[Fragmento adaptado]
Na prática política característica da República Oligárquica 
(1894-1930) no Brasil, as articulações presentes no texto 
indicam que o
A. 	 curral eleitoral dos coronéis abarcava a população 
das grandes cidades.
B. 	 voto de cabresto dependia do suborno das autoridades 
políticas estaduais.
C. 	 aliciamento político estava fortemente sedimentado 
na solidariedade familiar.
D. 	 patrimonialismo político acentuou as distinções entre 
a coisa pública e a privada.
E. 	 coronelismo enfraqueceu o papel do município na 
execução da política nacional.
Alternativa C
Resolução: Os aspectos presentes no texto revelam o 
contexto social-político da Primeira República. A estrutura 
política era controlada pelas oligarquias, que possuíam 
grande poder de influência nas esferas de poder. O texto 
traz os dados referentes à distribuição de cargos e funções, 
revelando a extensão do controle oligárquico da família Acioli 
no Ceará – os vários cargos são ocupados por membros 
da família Acioli. Dessa forma, a confusão entre coisa 
pública e privada eram inerentes ao patrimonialismo da 
Primeira República. O aliciamento político se sedimentava 
na solidariedade familiar, o que torna a alternativa C correta 
e invalida a alternativa D. A alternativa A está incorreta, 
pois os aspectos presentes no texto não abordam sobre o 
curral eleitoral dos coronéis, nem mesmo dos mecanismos 
de controle e manipulação das eleições, como o voto de 
cabresto, o que também invalida a alternativa B. Por fim, a 
alternativa E está incorreta, pois, ao contrário do indicado, 
o coronelismo foi um vetor importante na engrenagem 
política, sendo que sua ação não enfraqueceu o papel dos 
municípios na política nacional.
Alternativa C
Resolução: O Pan-Africanismo é um movimento que 
surge no contexto de luta dos povos africanos e seus 
descendentes em todo o planeta, contra o escravismo, o 
colonialismo e o imperialismo. Entre o final do século XIX 
e início do XX, é difundida a ideia de diáspora africana, ou 
seja, que a população africana se espalhou pelo planeta 
durante séculos devido aos fluxos forçados de tráfico de 
pessoas escravizadas. Essa dispersão fez com que africanos 
renunciassem a sua história, cultura, religiosidade e, até 
mesmo, suas identidades nacionais. No contexto imperialista, 
o Pan-Africanismo ganhou uma grande repercussão: de 
acordo com os defensores dessa ideia, os povos africanos, 
tendo um destino e um inimigo comum, precisavam unir 
os seus esforços para vencer os desafios e impedir a 
dominação imperialista no continente. Portanto, no contexto 
do Pan-Africanismo, o retorno à África – literal ou simbólico 
– seria como uma alternativa de luta contra a exploração e 
opressão de africanos e seus descendentes, além de indicar 
sua emancipação e autoafirmação em todo o mundo. Logo, 
seria um modo de ressignificar a resistência negra, o que 
vai ao encontro da alternativa C. Esse retorno aconteceria 
por meio da cultura e da educação, e não pela imposição 
ou uniformização cultural, o que invalida as alternativas A 
e E. Por fim, as alternativas B e D estão incorretas porque 
nesse contexto ocorre a busca pelo retorno à matriz cultural 
e identitária africana, ou seja, negação da visão eurocêntrica 
sobre os negros e povos afrodescendentes e momento de 
ressignificação da cultura africana.
QUESTÃO 86 
Quadro de distribuição de cargos e funções na 
República Oligárquica
Presidente do Estado: Nogueira Acioli
Secretário do Interior: José Acioli
Diretor de Secção: Lindolfo Pinto (sobrinho do 
presidente)
Deputados Estaduais: Benjamin Acioli, Raimundo 
Borges e Jorge de Souza (genros do presidente),Jovino 
Pinto, José Pinto, Pinto Brandão, Padre Vicente Pinto 
(primos do presidente) e Antonio Gadelha (cunhado de 
um filho de Acioli)
Senadores Federais: Tomás Acioli e Francisco Sá (filho 
e genro de Acioli)
Deputados Federais: João Lopes (primo de Acioli) e 
Gonçalo Souto (tio de uma nora de Acioli)
Academia de Direito
Diretor: Nogueira Acioli
Vice-Diretor: Tomaz Pompeu (cunhado de Acioli)
Lente de Direito Internacional: Tomaz Acioli
Lente de Direito Civil: Antonio Acioli
Lente de Economia Política: Tomaz Pompeu (cunhando 
de Acioli)
Lente de Medicina Legal: Jorge de Souza (genro de 
Acioli)
ZXFX 
CH – PROVA I – PÁGINA 60 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 87 
Novas mídias reforçam o narcisismo e os padrões de beleza vigentes, e alguns estudos avaliaram seu impacto sobre 
a imagem corporal (IC). Holland e Tiggemann apontaram como problemática algumas atividades nessas redes, tais como 
visualização e upload de fotos. Essas atividades favoreceram a comparação social baseada na aparência, reforçando sua 
relação com a IC e o comer transtornado. A mídia atua reforçando e popularizando maneiras de se atingir o “corpo ideal”. 
A indústria da beleza cria desejos e reforça imagens.
LIRA, A. et al. Uso de redes sociais, influência da mídia e insatisfação com a imagem corporal de adolescentes brasileiras. 
Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 66, 2017. [Fragmento adaptado]
Correlacionando novas tecnologias com beleza, o texto aponta que a mídia atua no sentido de
A. 	 conscientizar os cidadãos brasileiros.
B. 	 padronizar os conteúdos veiculados.
C. 	 proporcionar os debates públicos.
D. 	 legitimar o discurso médico.
E. 	 favorecer a saúde mental.
Alternativa B 
Resolução: O texto-base aponta que as novas mídias atuam reforçando o narcisismo e os padrões de beleza vigentes no 
mundo social. Esses fatos, ainda conforme o texto, fazem com que haja uma comparação social nas redes baseada na 
aparência dos indivíduos. Nesse sentido, pode-se afirmar que a mídia e as novas tecnologias reforçam o padrão do “corpo 
perfeito”, por meio da padronização dos conteúdos e do reforço de imagens consideradas “ideais”. Assim, a alternativa 
correta é a B. A alternativa A é incorreta, uma vez que o texto-base não menciona o papel de conscientização da mídia. 
A alternativa C é incorreta, dado que a questão dos debates públicos não é trabalhada no texto-base. A alternativa D é 
incorreta, visto que o texto-base não passa a compreensão de uma legitimação do discurso médico pelas mídias. Por fim, 
a alternativa E está incorreta, dado que o texto-base aponta o contrário, ou seja, as novas mídias tendo consequências 
ruins para a saúde em geral.
QUESTÃO 88 
Não, o aparecimento de um vidente, de um profeta, de um apóstolo, não causaria mais surpresa e admiração do que a 
chegada de M. de Voltaire. Esse nosso prodígio anulou por um momento todas as outras atrações. O orgulho enciclopédico 
pareceu cair pela metade, a Sorbonne estremeceu, o Parlamento silenciou, o mundo literário ficou emocionado, Paris inteiro 
acorria para chegar aos pés do ídolo, e jamais o herói de nosso século fruiria de modo tão brilhante sua glória, se a Corte 
lhe houvesse dado a honra de um olhar mais favorável ou pelo menos não tanto indiferente.
La Correspondance Littéraire, fev. 1778. Disponível em: . 
Acesso em: 24 jun. 2021. [Fragmento]
O relato de um contemporâneo ao filósofo francês, Voltaire, demonstra a
A. 	 vaidade do intelectual em sustentar a admiração do povo francês.
B. 	 capacidade do Iluminismo de transitar entre vários estratos sociais.
C. 	 rivalidade iluminista ao disputar a atenção da monarquia absolutista.
D. 	 popularidade de Voltaire por frequentar os círculos da Corte francesa.
E. 	 arbitrariedade do Estado em impedir a propagação do conhecimento.
Alternativa B
Resolução: Conforme o texto demonstra, o filósofo Voltaire era um indivíduo reconhecido na sociedade francesa por sua 
capacidade intelectual e, desse modo, seu pensamento atingia diferentes estratos sociais, dos populares até os círculos 
acadêmicos, políticos e a própria Corte, o que torna a alternativa B correta. A alternativa A está incorreta porque, por mais 
que o texto destaque a admiração do povo francês em relação ao filósofo Voltaire, ele não faz nenhuma referência ao 
comportamento do pensador diante dessa popularidade. A alternativa C está incorreta porque, embora tenham ocorrido 
certas rivalidades acadêmicas entre os intelectuais da época, esse fato não é mencionado no relato do contemporâneo 
francês. A alternativa D está incorreta porque, conforme o texto demonstra, apesar de Voltaire possuir grande prestígio na 
França, por sua produção intelectual, seu pensamento era visto com ressalvas pela monarquia absolutista da época. Por fim, 
a alternativa E está incorreta porque, por mais que o pensamento de Voltaire pudesse incomodar a monarquia absolutista 
em vigor, o Estado tinha dificuldade em coibir a circulação das ideias iluministas na sociedade.
LC6X 
I46S 
ENEM – VOL. 0 – 2025 CH – PROVA I – PÁGINA 61BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 89 
No início de 1864, ele [o Imperador] fez ver aos 
recém-empossados ministros de um novo Gabinete que 
“os eventos nos Estados Unidos nos obrigam a pensar no 
futuro da escravidão no Brasil, de forma que o que ocorreu 
em relação ao tráfico de escravos não venha a acontecer 
conosco outra vez”. O impacto da questão religiosa (1872) 
e o breve bloqueio naval imposto pela Inglaterra também 
eram uma lembrança da vulnerabilidade constante do Brasil 
em função da escravidão.
LIMA, I.; GRINBERG, K.; REIS, D. A. (Orgs.). Instituições nefandas. 
Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2018, p. 32. 
[Fragmento adaptado]
O texto evidencia que a manutenção da escravidão no 
Brasil, durante a segunda metade do século XIX,
A. 	 levou à extinção dos vínculos entre a Igreja Católica e 
o Governo Imperial.
B. 	 causou o rompimento de relações comerciais entre o 
Brasil e a Inglaterra.
C. 	 impactou positivamente a imagem do Brasil nas 
monarquias imperialistas.
D. 	 contribuiu para fortalecer as relações com países 
escravistas como os Estados Unidos.
E. 	 provocou pressões externas que justificaram ações 
da Coroa em direção ao abolicionismo.
Alternativa E
Resolução: Os conflitos diplomáticos marcaram as relações 
externas durante o Segundo Reinado, sobretudo a partir da 
década de 1860. O texto indica que, perante o cenário 
internacional, a persistência da escravidão no Brasil afetou 
a imagem do Império e impactou negativamente as relações 
internacionais do país, sobretudo com as nações liberais. 
Os exemplos do texto explicam esse contexto: de um 
lado, os Estados Unidos haviam abolido a escravidão (no 
momento da Guerra Civil Americana); de outro, a Inglaterra, 
maior parceira comercial do Brasil, era uma defensora do 
emprego da mão de obra livre assalariada. Também é 
importante citar a mudança de postura da Igreja Católica 
com relação à escravização de pessoas negras. Assim, 
sob essa perspectiva, o abolicionismo também foi uma 
pauta da política externa imperial, o que torna a alternativa 
E correta e invalida a alternativa C. As alternativas A e B 
estão incorretas porque, embora nenhum rompimento com 
a Igreja nem comercial em definitivo tenha acontecido, o 
imperador temia as possíveis consequências e, portanto, 
conduziu o processo abolicionista para superar a situação 
de vulnerabilidade do Império no cenário internacional. 
G23I Por fim, a alternativa D está incorreta porque, conforme 
mencionado, os Estados Unidos não eram mais um país 
escravista naquele contexto, tendo em vista a abolição 
durante a Guerra Civil.
QUESTÃO 90 
A economia informacional é caracterizada pelo peso 
crescente da ciência, da tecnologia e da informação na 
produção, pela flexibilização e reorganização da produção 
em relação à demanda e poruma globalidade sistêmica 
onde os elementos se organizam em fluxos supranacionais. 
A economia informacional é tão global como desigual, 
implicando em nova Divisão Internacional do Trabalho, 
cuja dinâmica condiciona a evolução da economia mundial, 
assim como as possibilidades de desenvolvimento dos 
diversos países e áreas. 
CASTELLS, M. A economia informacional, a nova Divisão 
Internacional do Trabalho e o projeto socialista. 
Cadernos CRH, v. 5, n. 17, Salvador, mar. 2007. 
Disponível em: . 
Acesso em: 18 ago. 2023. 
[Fragmento adaptado] 
A fase atual da economia informacional é acompanhada 
do(a) 
A. 	 consolidação de redes globais. 
B. 	 declínio do desemprego estrutural. 
C. 	 introdução da organização fordista. 
D. 	 redução da competitividade comercial. 
E. 	 enfraquecimento da circulação financeira.
Alternativa A
Resolução: A consolidação da economia informacional foi 
possibilitada pela evolução tecnológica dos sistemas de 
comunicação, estabelecendo redes globais que conectam 
diferentes pontos da superfície e veiculam fluxos imateriais 
(como capitais e informações). Portanto, a alternativa A 
está correta. A alternativa B está incorreta, pois a intensa 
evolução tecnológica substitui a força de trabalho humana 
por máquinas, configurando o desemprego estrutural. 
A alternativa C está incorreta, pois o texto menciona uma 
“flexibilização e reorganização da produção em relação à 
demanda”, o que constitui uma característica do toyotismo. 
A alternativa D está incorreta, pois a fase atual da economia 
é marcada por uma forte competitividade comercial; a 
globalização, acompanhada da abertura comercial e de 
modernos sistemas de transporte e comunicação, permitiu 
uma ampliação dos mercados a que as empresas têm 
acesso, estabelecendo uma intensa concorrência entre si. 
A alternativa E está incorreta, pois a abertura dos mercados 
e as tecnologias informacionais possibilitam uma intensa e 
rápida circulação mundial de capitais.
6A52 
CH – PROVA I – PÁGINA 62 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
	SE2025_V0_LINGUAS_PROVAI_TE.pdf
	SE2025_V0_POR_PROVAI_TE.pdf
	SE2025_V0_RED_PROVAI_TE.pdf
	SE2025_V0_CHUM_PROVAI_TE.pdfda Babilônia 
Alternativa D
Resolução: A expressão hago malabares é composta pelo verbo hacer e pelo termo malabares (juegos malabares), e 
significa “fazer malabares” ou “fazer malabarismos”. Isso está relacionado ao fato de lidar com situações complicadas. No 
texto em análise, a expressão é usada para demonstrar que pessoas que recebem o salário mínimo têm se esforçado ao 
máximo para que o pouco dinheiro que recebem cubra todas as despesas do mês; por isso, poupar é uma tarefa muito difícil 
de ser realizada. Assim, está correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta porque, como explicitado, a expressão 
hago malabares está relacionada a uma situação difícil, não ao desejo de algo. A alternativa B está incorreta porque, além 
de a expressão em estudo não se referir à confiança nos blogueiros, o texto não menciona que as pessoas confiam ou 
não neles. A alternativa C está incorreta porque não se menciona no texto que as pessoas acreditam ser melhor ou mais 
vantajoso gastar do que poupar. A alternativa E está incorreta porque a expressão não está relacionada ao que seriam 
as desculpas das pessoas para não pouparem; inclusive, a autora expõe seis dicas para pessoas cujo salário, por ser 
mínimo, não cobre todas as despesas (“Y es precisamente, porque no te alcanza, que deseo darte 6 herramientas [...]”), o 
que prova que o argumento de “fazer malabarismo com o salário” não se trata de uma desculpa, mas de algo verdadeiro.
QUESTÃO 05 
El lenguaje
La primera actitud del hombre ante el lenguaje fue la confianza: el signo y el objeto representado eran lo mismo. Pero 
al cabo de los siglos los hombres advirtieron que entre las cosas y sus nombres se abría un abismo. Las ciencias del 
linguaje conquistaron su autonomía apenas cesó la creencia en la identidad entre el objeto y su signo. La primera tarea 
del pensamento consistió en fijar un significado preciso y único a los vocablos; y la gramática se convirtió en el primer 
peldaño de la lógica. Mas las palabras son rebeldes a la definición. Y todavía no cesa la batalla entre la ciencia y el lenguaje. 
El equívoco de toda filosofía depende de su fatal sujeción a las palabras. Casi todos los filósofos afirman que los 
vocablos son instrumentos groseros, incapaces de asir la realidad. Ahora bien, ¿es posible una filosofía sin palabras? Los 
símbolos son también lenguaje, aun los más abstractos y puros, como los de la lógica y la matemática. Además, los signos 
deben ser explicados y no hay otro medio de explicación que el lenguaje. El hombre es inseparable de las palabras. Sin 
ellas, es inasible. El hombre es un ser de palabras.
PAZ, O. Disponível em: . 
Acesso em: 17 ago. 2021. [Fragmento adaptado]
A reflexão sobre a utilização da linguagem é comum entre muitos intelectuais. A perspectiva de Octavio Paz sobre isso 
leva o leitor a constatar que a
A. 	 possibilidade de inventar palavras representa a confiança do ser humano nas diversas línguas.
B. 	 definição de um termo é tarefa da gramática na medida em que compreende a dificuldade da ação.
C. 	 autonomia das ciências da linguagem se consolidou pelo esforço de relacionar vocábulos e objetos.
D. 	 realidade é inapreensível pelos símbolos ao mesmo tempo que estes dimensionam a existência humana.
E. 	 filosofia é a área em que foi possível fugir ao dilema do uso das palavras para questionar sua própria validade.
Alternativa D
Resolução: De acordo com as reflexões de Octavio Paz sobre a linguagem, as palavras são rebeldes à definição e incapazes 
de capturar a realidade (“Casi todos los filósofos afirman que los vocablos son instrumentos groseros, incapaces de asir 
la realidad”), porém o ser humano é inseparável das palavras e inapreensível sem elas (“El hombre es inseparable de las 
palabras. Sin ellas, es inasible. El hombre es un ser de palabras”). Portanto, está correta a alternativa D. A alternativa A está 
incorreta porque o texto não menciona a possibilidade de inventar palavras como representação de confiança. A alternativa B 
 está incorreta porque as palavras, como mencionado, são rebeldes à definição; além disso, o texto não menciona que a 
gramática compreenda a dificuldade da ação. A alternativa C está incorreta porque a autonomia das ciências da linguagem 
ocorreu quando estas se desfizeram da crença na identidade entre objetos e signos. A alternativa E está incorreta porque 
é justamente na área da Filosofia que se questiona a validade do uso das palavras por meio delas mesmas.
GVSV
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 06 
Esse ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo 
exige que prestemos alguma atenção à natureza – essa 
natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela 
matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma 
safira implacável se não houvesse a longa barra de névoa 
a toldar a linha entre céu e chão – névoa baixa e seca, 
hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que 
algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se 
lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições 
mais urgentes. Estavam todas verdes, menos uma. Uma 
que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, 
companheira mais chegada de um homem e sua vida, 
espécie de vegetal proposto ao seu destino.
ANDRADE, C. D. Fala, amendoeira. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2012. [Fragmento] 
A crônica de Carlos Drummond de Andrade desenvolve 
uma reflexão metalinguística, ao 
A. 	 valorizar a efemeridade da vida.
B. 	 observar a diferença entre as árvores.
C. 	 pontuar a destruição para o progresso.
D. 	 ressaltar a apreciação do instante presente.
E. 	 apontar a necessidade de defesa da natureza.
Alternativa D
Resolução: A crônica é metalinguística, pois se dedica a 
refletir sobre a própria prática de escrita do gênero (“esse 
ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo”); nesse 
sentido, o autor chama atenção para a temporalidade 
envolvida nas transformações da natureza (a névoa 
que se instala e as árvores plantadas na rua) enquanto 
ele olha a janela. Portanto, está correta a alternativa D. 
A alternativa A é incorreta, pois o foco está na observação 
feita pelo cronista ao abrir a janela, e não, necessariamente, 
em uma reflexão sobre as efemeridades da existência. 
A alternativa B é incorreta, pois a observação das árvores, 
da mesma maneira, faz parte dessa reflexão mais ampla 
sobre a natureza. A alternativa C é incorreta, pois, no texto, 
a reflexão sobre o ofício de escrever diz respeito às “coisas 
sobre o tempo”, e não à destruição motivada pelo progresso. 
A alternativa E está incorreta, uma vez que a observação 
sobre as árvores que resistem em frente à porta não se 
trata de uma reflexão em defesa da natureza.
QUESTÃO 07 
Imagine um show que mistura circo, artes cênicas, 
dança, acrobacia e música ao vivo. É mais ou menos 
isso o que faz a companhia artística Fuerza Bruta, 
liderada pelo argentino Diqui James, que estreou em 
2005 e, nestes dez anos, já rodou o mundo inteiro e 
atualmente conta com uma “filial” nos EUA e outra 
na China. Em Buenos Aires, onde tudo começou, os 
espetáculos acontecem num galpão do Centro Cultural. 
Não existe espaço cênico: enquanto a obra acontece, 
a plateia precisa se adequar a isso de forma orgânica. 
2GSZ
1GCU
Haverá momentos em que o show será por cima de nossas 
cabeças; em outros, teremos de nos espremer contra a 
parede e abrir caminho para os artistas no chão. Prepare-se 
para se agachar, pular, dançar, gritar e sentir uma descarga 
intensa de adrenalina no Fuerza Bruta. Afinal, não são só 
eles que extravasam, mas também – e principalmente – o 
público. No site do Fuerza Bruta, eles gostam de informar 
que, embora tudo seja muito abstrato, não existe um 
conceito de representação. “O espectador está ativo, dentro 
de uma realidade extraordinária e não está emocionalmente 
a salvo em momento algum”, alertam.
Disponível em: .Acesso em: 8 ago. 2022. [Fragmento adaptado]
Considerando a proposta da companhia artística, esse 
trabalho é apresentado como inovador por
A. 	 fugir da ideia de representação abstrata.
B. 	 rodar o mundo com suas apresentações.
C. 	 retratar as tradições culturais argentinas.
D. 	 incluir o espectador ativamente no show.
E. 	 mesclar diferentes manifestações artísticas.
Alternativa D
Resolução: A alternativa correta é a D, pois o texto 
menciona a necessidade de a plateia se adequar ao espaço 
cênico indefinido, que obriga o espectador a se “agachar, 
pular, dançar, gritar e sentir”. O texto traz, ainda, uma 
informação do site da companhia artística Fuerza Bruta, que 
informa o papel ativo do espectador em seus espetáculos. 
A alternativa A é incorreta, pois o texto afirma que não 
existe, no show, um conceito definido de representação. 
A alternativa B é incorreta porque a itinerância do Fuerza Bruta 
não é uma característica inovadora, mas consequência do 
reconhecimento artístico desenvolvido pelo grupo argentino. 
É incorreta a alternativa C, pois a descrição do espetáculo 
indica o uso de artes que não são exclusivas da tradição 
cultural argentina. Finalmente, é incorreta a alternativa E, 
pois a mescla de diferentes manifestações artísticas é 
uma prática já utilizada por outras companhias artísticas, 
como é o caso, por exemplo, do Cirque du Soleil.
QUESTÃO 08 
Nas últimas décadas, o Brasil passou por mudanças 
que evidenciaram transformações no modo de vida 
da população. 
As principais doenças que atualmente acometem 
os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a 
ser crônicas. Apesar da intensa redução da desnutrição 
em crianças, as deficiências de micronutrientes e a 
desnutrição crônica ainda são prevalentes em grupos 
vulneráveis da população. Simultaneamente, o Brasil 
vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e 
da obesidade em todas as faixas etárias, e as doenças 
crônicas são a principal causa de morte entre adultos. 
O excesso de peso acomete um em cada dois adultos e 
uma em cada três crianças brasileiras.
BJ2M
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Para o enfrentamento desse cenário, é emergente a necessidade da ampliação de ações intersetoriais que repercutam 
positivamente sobre os diversos determinantes da saúde e nutrição. Nesse contexto, o setor saúde tem importante papel 
na promoção da alimentação adequada e saudável, compromisso expresso na Política Nacional de Alimentação e Nutrição 
e na Política Nacional de Promoção da Saúde. 
A promoção da alimentação adequada e saudável no Sistema Único de Saúde (SUS) deve fundamentar-se nas dimensões de 
incentivo, apoio e proteção da saúde e deve combinar iniciativas focadas em políticas públicas saudáveis, na criação de ambientes 
saudáveis, no desenvolvimento de habilidades pessoais e na reorientação dos serviços de saúde na perspectiva da promoção 
da saúde.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. [Fragmento] 
O texto apresenta uma reflexão sobre saúde nutricional da população brasileira e sugere que as transformações no modo 
de vida da população 
A. 	 disseminaram os problemas nutricionais no país em grupos etários diversos. 
B. 	 destacaram a ineficiência das políticas públicas em prol da alimentação saudável. 
C. 	 apresentaram as limitações do SUS na orientação e promoção da saúde alimentar. 
D. 	 repetiram os desafios já enfrentados na Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 
E. 	 acentuaram a crise no controle de doenças crônicas que desencadearam o sobrepeso.
Alternativa A
Resolução: O fragmento aborda as transformações no modo de vida da população brasileira em relação à saúde nutricional 
– menciona que as principais doenças no Brasil deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas, afetando diversos 
grupos etários, e destaca que o sobrepeso e a obesidade aumentaram em todas as faixas etárias. Assim, a alternativa A 
está correta. A alternativa B é incorreta, pois o texto não aborda a ineficácia de políticas públicas voltadas para a saúde 
nutricional; apenas sugere a necessidade da ampliação de ações intersetoriais para essa questão. A alternativa C é incorreta 
porque o texto enfatiza o compromisso do SUS na promoção da alimentação saudável, mas não apresenta as limitações 
do sistema no tratamento do tema. O texto aborda a importância da ampliação de iniciativas intersetoriais para contemplar 
as transformações nutricionais no país, o que invalida a alternativa D. A alternativa E é incorreta, pois, ainda que o texto 
mencione que as doenças crônicas são a principal causa de morte entre adultos no Brasil, e que o sobrepeso é um problema 
crescente, não é discutida uma “crise” no controle dessas doenças.
QUESTÃO 09 
Disponível em: . Acesso em: 22 jun. 2021.
Pelos procedimentos verbais e não verbais empregados no texto, seu objetivo comunicativo está aliado a uma função social de
A. 	 incentivar o registro de boletins de ocorrência em casos de violência doméstica.
B. 	 mostrar as ações tomadas pelo governo no sentido de reduzir a criminalidade.
C. 	 estimular o aumento das denúncias em casos de violência contra a mulher.
D. 	 provar que a sociedade pode eliminar os casos de feminicídio ao se unir.
E. 	 exigir a denúncia dos crimes contra as mulheres que se presenciar.
UØD7
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa C
Resolução: No texto não verbal, observa-se uma mulher com um sinal de onda sonora em frente à boca, indicando a voz, 
ou seja, o instrumento usado para denúncia. Esse elemento imagético associa-se ao texto verbal, que indica a redução 
dos crimes contra as mulheres por meio de denúncias. Além disso, o imperativo nos verbos “Denuncie” e “Ligue” reforça 
essa mensagem comunicativa, cujo objetivo é estimular a denúncia de crimes contra as mulheres por parte da população 
em geral. Está correta, assim, a alternativa C. A alternativa A está incorreta, pois o texto não fala diretamente do registro de 
boletins de ocorrência, mas, sim, de um canal de denúncia que pode ser acessado por qualquer pessoa que presencie ou 
tenha ciência de um crime contra a mulher. Além disso, a campanha aborda a violência contra a mulher de modo geral, e 
não somente aquela realizada dentro de casa. A alternativa B está incorreta, pois, embora indique uma ação tomada pelo 
Governo, não é essa a função social do texto, nem se pode falar de criminalidade de modo geral, haja vista que o texto é 
claro ao se referir ao tipo de crime. A alternativa D está incorreta, pois o texto não apresenta provas nem dá a entender que 
a sociedade pode eliminar os casos de feminicídio. Além disso, essa é apenas uma forma de violência contra a mulher, 
havendo outras, e o texto é abrangente nesse sentido. A alternativa E está incorreta, pois o texto não exige a denúncia 
de crimes contra a mulher, mas, sim, a incentiva, por ser uma atitude positiva que todo cidadão pode tomar para ajudar a 
reduzir a violência contra mulheres.
QUESTÃO 10 
TEXTO I
MUNIZ, V. John Lennon. Gallery. New York, 2020. Disponível em: . Acesso em: 1 ago. 2023. 
TEXTO II 
O conceito de ready-made criado por Marcel Duchamp constitui a manifestação cabal de certo espírito que caracteriza 
os ideais dadaístas. A contestação de um conceito de arte leva à defesa, pelo grupo, de que a “verdadeira” arte é a antiarte. 
Com isso, o movimento dadá nega as definições disponíveis de arte e o próprio sistema de validação dos objetos artísticos.
READY-MADE. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Disponível em: 
. Acesso em: 1 ago. 2023. [Fragmento]
O trabalho do artista plástico contemporâneo Vik Muniz se caracteriza pela exploração de diferentes materiaise técnicas. 
Sua obra John Lennon apresenta um diálogo com o conceito de ready-made, uma vez que ela evoca a ideia de 
A. 	 repetição da crítica à adoração de ídolos modernos. 
B. 	 apuração do encontro aleatório de objetos díspares. 
C. 	 degradação do status de artista a partir do século XX. 
D. 	 subversão do sistema de validação do produto artístico. 
E. 	 recorrência da função utilitária da arte para o cotidiano. 
UKYU
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
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isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D
Resolução: O conceito de ready-made, criado por Marcel Duchamp e associado ao movimento dadaísta, envolve a ideia 
de pegar objetos do cotidiano, muitas vezes não considerados objetos artísticos, e transformá-los em arte simplesmente 
por escolhê-los e apresentá-los como tal. Isso subverte o sistema tradicional de validação do produto artístico, abrindo 
um questionamento sobre o que é arte e quais são as suas convenções. Na obra de Vik Muniz, o rosto de John Lennon 
é apresentado pela combinação entre grãos de café, que formam a face, os cabelos e o pescoço do cantor, e dois copos 
de café coados, que fazem as vezes de óculos. Com isso, Muniz evoca a ideia de ready-made, transformando materiais 
comuns, presentes no cotidiano, em obra de arte. Assim, está correta a alternativa D. A alternativa A é incorreta, pois o 
ready-made está associado à ideia de uso de objetos comuns na arte, ressignificando-os. Não há, necessariamente, uma 
crítica à adoração de ídolos. A alternativa B é incorreta, pois o ready-made envolve a escolha consciente de objetos comuns 
para transformá-los em arte – a seleção de itens que se originam do mesmo produto, como é o caso da obra de Vik Muniz, 
é um exemplo de como essa escolha não é aleatória. Embora o ready-made possa questionar as convenções tradicionais 
sobre o que é arte, não se trata necessariamente de degradar o status do artista, o que torna incorreta a alternativa C. 
Por fim, é incorreta a alternativa E, pois o ready-made propõe a transformação de objetos comuns em arte, muitas vezes 
removendo sua função utilitária, como ocorre no texto I.
QUESTÃO 11 
TEXTO I 
EUA querem reduzir proteção legal de Google e Facebook e exigir “policiamento” de postagens
O Departamento de Justiça americano enviará ao Congresso uma proposta para reduzir as proteções legais que dão 
imunidade a gigantes de tecnologia como Google, Facebook e Twitter, informou o Wall Street Journal. 
Em paralelo, as grandes plataformas da internet chegaram a um acordo para combater os conteúdos que incitam o 
ódio, após um movimento de boicote por sua suposta “vista grossa”. 
O acordo inclui o desenvolvimento de critérios para detectar o discurso de ódio, o estabelecimento de uma supervisão 
independente e ferramentas para evitar anúncios com conteúdo prejudicial, acrescentou a WFA. 
Disponível em: . 
Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento] 
TEXTO II 
Internet sem ódio
Uma das grandes brechas para os discursos de ódio na internet, a chamada “imunidade das redes sociais”, está em xeque. 
Na semana passada, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos enviou ao Congresso uma proposta para reduzir as proteções 
legais a gigantes como Facebook, Google e Twitter em relação a conteúdos produzidos por terceiros. 
O lado perverso dessa liberação são as mais de 800 denúncias diárias de discursos de ódio, assédio, racismo, xenofobia 
e ameaças em redes sociais relatadas apenas no Brasil à SaferNet, ONG de promoção dos direitos humanos na rede. 
A responsabilização das gigantes do setor sobre o conteúdo de terceiros é um passo crucial para acabar com a impunidade 
e tornar o ambiente virtual um espaço de integração, e não de ódio. 
Editorial. Disponível em: . 
Acesso em: 29 set. 2020. [Fragmento] 
O texto I, uma notícia, e o texto II, um editorial, abordam o mesmo assunto, mobilizando diferentes recursos linguísticos 
para a progressão textual. Nesse sentido, além do tema, os textos apresentam semelhança no(a) 
A. 	 escolha linguística ao tratar as empresas envolvidas, denominadas “gigantes”. 
B. 	 menção de que a investigação irá acabar com a impunidade das empresas. 
C. 	 argumentação exposta para criticar a decisão do Departamento de Justiça. 
D. 	 apresentação de uma crítica às empresas de tecnologia contemporâneas. 
E. 	 tratamento cuidadoso na abordagem dos detalhes sobre o fato apontado.
MZDG
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa A
Resolução: Em ambos os textos o assunto tratado é o mesmo, contudo, com objetivos diferentes. A notícia é apenas 
informativa, sem expressar juízo de valor sobre os fatos. Já o editorial é um texto de natureza argumentativa, que expõe 
o ponto de vista do veículo de informação sobre determinado assunto. Embora tenham objetivos e tratamentos diferentes, 
observa-se que a linguagem dos dois textos é muito próxima, devido ao fato de ambos serem jornalísticos, usando recursos 
linguísticos semelhantes, como o termo “gigantes” para se referir às empresas envolvidas no caso. Assim, a alternativa A 
está correta. A alternativa B está incorreta, pois nenhum dos textos menciona taxativamente que a investigação realmente 
acabará com a impunidade dessas empresas; apenas colocam isso como possibilidade. A alternativa C está incorreta, pois 
nenhum dos textos critica a decisão do Departamento de Justiça: enquanto o texto I não expõe qualquer opinião, o texto II 
concorda com a decisão e acredita ser um importante passo para acabar com a impunidade das empresas. A alternativa D 
 está incorreta, pois, como dito, o texto I é uma notícia e, como tal, não deve expor pontos de vista ou posicionamentos 
críticos. A alternativa E está incorreta, pois o texto I traz mais detalhes sobre o tema pelo fato de ser informativo, enquanto 
o texto II é opinativo e se preocupa em expressar um ponto de vista.
QUESTÃO 12 
TEXTO I
Disponível em: . 
Acesso em: 2 jun. 2021. 
TEXTO II 
Flávio de Carvalho coloca no cerne de sua criação o quesito fronteiriço entre arte e vida numa repercussão existencial. 
Em 1956, ele anda nas ruas de São Paulo vestido com uma saia, uma blusa de mangas curtas e uma sandália de couro 
como meio de propor uma roupa mais adequada ao clima tropical do Brasil. Com essa ação, ele questiona e critica a sujeição 
do brasileiro ao uso de roupas europeias e, se avançarmos nessa reflexão, aos costumes e tradições que o país herdou 
como colônia, mas que não faz parte de sua realidade social. A importância de Flávio de Carvalho se dá no pioneirismo 
performático, em um exercício de liberdade no qual a estética, a ética e a política percorrem a poética. 
BEUTNER, V. G. Arte performática no campo das artes visuais 
no Brasil e a construção de uma poética pessoal. Disponível em: 
. Acesso em: 29 jul. 2021. 
[Fragmento adaptado] 
O experimento artístico de Flávio de Carvalho com a moda como linguagem corporal levanta uma discussão relacionada à 
A. 	 contestação da arte conceitual, por expor uma intolerância. 
B. 	 inexistência da simbologia de gênero, por valorizar o uso de saias. 
C. 	 inviabilidade de delimitar vestimentas, por revelar o fim de categorias. 
D. 	 reprodução de padrões estéticos, por trazer transposições tidas como indevidas. 
E. 	 liberdade de escolha, por mostrar uma censura a um sinal de personalidade.
BC5D
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D
Resolução: A partir de seu experimento artístico, Flávio 
de Carvalho expõe, pela diferença, a padronização 
cultural advinda de modelos europeus, representada 
pela indumentária dos homens da época – basta ver, 
na fotografia, a distinção entre o seu novo visual e a 
roupa de todos os homens do entorno. No texto II, essequestionamento é demonstrado: “Com essa ação, ele 
questiona e critica a sujeição do brasileiro ao uso de 
roupas europeias”. Portanto, está correta a alternativa D. 
A alternativa A é incorreta, pois, pela foto, não se pode 
afirmar que houve uma contestação da arte conceitual, 
mas uma reação de estranheza e preconceito à roupa de 
Carvalho. A alternativa B é incorreta, pois não há valorização 
do uso de saia em si; o que se busca é desconstruir a 
atribuição de gênero à peça de roupa. A alternativa C 
é incorreta, pois Flávio de Carvalho não revela uma 
inviabilidade de delimitar vestimentas, mas, ao contrário, 
propõe algo novo por meio de sua intervenção performática. 
A alternativa E é incorreta, pois a indumentária de Carvalho 
não está posta como sinal de sua personalidade, mas como 
uma provocação artística a um modelo de vestuário imposto 
ao povo brasileiro.
QUESTÃO 13 
A noção de letramento como habilidade de ler e escrever 
não abrange todos os diferentes tipos de representação 
do conhecimento existentes em nossa sociedade. Na 
atualidade, uma pessoa letrada deve ser uma pessoa capaz 
de atribuir sentidos a mensagens oriundas de múltiplas 
fontes de linguagem, bem como ser capaz de produzir 
mensagens, incorporando múltiplas fontes de linguagem.
KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (Orgs.). 
Gêneros textuais: reflexões e ensino. 4. ed. 
São Paulo: Parábola Editorial, 2011, p. 131.
Em meio às diferentes circunstâncias comunicacionais, 
mídias e inovações na internet, surgiram gêneros textuais 
adaptados a essa nova realidade: os gêneros digitais. 
Considerando o fragmento do texto, a relação atual entre 
as práticas de letramento e os gêneros digitais traduz-se, 
sobretudo, pela necessidade de
A. 	 entender os processos de fixação do conhecimento e 
abreviaturas da linguagem.
B. 	 acessar saberes do mundo virtual, adquiridos por 
meio de experiências diretas.
C. 	 considerar o espaço virtual como informal e liberto de 
condições normativas.
D. 	 transitar entre diferentes formas de linguagem para 
construir um sentido.
E. 	 apresentar domínio das diferenças entre fala informal 
e escrita interativa.
VTMF
Alternativa D
Resolução: De acordo com o texto em análise, a noção 
de letramento deve abranger não apenas as habilidades de 
ler e escrever, mas também a competência da atribuição 
de sentido a textos de diversas fontes e linguagens, e a 
produção de mensagens que incorporem essas fontes. 
Desse modo, a prática do letramento associa-se aos 
gêneros digitais na medida em que é a ferramenta pela qual o 
indivíduo poderá compreender esses gêneros e construir um 
sentido acerca deles. Portanto, está correta a alternativa D. 
A alternativa A está incorreta porque o texto não menciona 
a fixação de conhecimentos e a abreviatura da linguagem, 
mas, sim, que as habilidades de ler e escrever não 
contemplam todas as representações de conhecimento 
existentes. A alternativa B está incorreta porque a relação 
entre letramento e gêneros digitais, segundo o texto, não 
tem a ver com acessar saberes específicos do mundo 
virtual, mas com a construção de sentido das mensagens 
expressas por esses gêneros. A alternativa C está incorreta 
porque o letramento para a compreensão dos gêneros 
digitais não se relaciona com o fato de se considerar o 
espaço virtual informal e sem condições normativas, mas 
sim com a interpretação dos gêneros. A alternativa E está 
incorreta porque não se menciona no texto a diferença 
entre fala e escrita. Além disso, o letramento ajuda o 
indivíduo a interpretar e produzir tanto mensagens orais 
quanto escritas.
QUESTÃO 14 
Disponível em: . Acesso em: 29 set. 2020. 
A construção do sentido crítico na charge é formulada, no 
campo linguístico, pela 
A. 	 classificação igual dos substantivos utilizados. 
B. 	 construção das orações na ordem indireta. 
C. 	 utilização de termos adjetivos sinônimos. 
D. 	 repetição da mesma estrutura sintática. 
E. 	 afirmação duvidosa das personagens. 
S4IO
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D
Resolução: Na charge, colabora para a construção do sentido crítico a repetição da mesma estrutura sintática com termos 
essenciais: sujeito e predicado. Observa-se, assim, que as duas personagens expressam afirmações parecidas em forma, 
mas não em sentido. Enquanto uma diz que a Terra é plana, a outra diz que a burrice é plena, usando da aproximação gráfica 
e sonora entre os dois adjetivos. Está correta, assim, a alternativa D. A alternativa A está incorreta, pois os substantivos 
não são classificados da mesma forma, sendo “Terra” um substantivo concreto e “burrice”, abstrato. A alternativa B está 
incorreta, pois as orações não estão na ordem indireta, mas, sim, na ordem direta: sujeito e predicado. A alternativa C 
está incorreta, pois os adjetivos não são sinônimos, uma vez que “plana” e “plena” não guardam relação de sentido entre si. 
A alternativa E está incorreta, pois as afirmações das duas personagens não se apresentam como duvidosas, estando os 
dois homens apontando certeza do que falam, apesar de a segunda ser uma reflexão sobre a primeira.
QUESTÃO 15 
Atividades físicas para pessoas com deficiência também ajudam o aspecto psicológico
A prática de atividades esportivas é muito indicada para quem busca uma melhoria da saúde. E para as pessoas com 
alguma deficiência não é diferente. Ajuda na descoberta de potencialidades, na produção de autonomia para o autocuidado, 
na reabilitação e na ampliação do ciclo de amizades. 
Para fortalecer a importância do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o site Saúde Brasil conversou com 
o profissional de Educação Física Guigo Lopes, que também trabalha com pessoas com deficiência (PCD). “A pessoa 
com deficiência tende ao sedentarismo e pode ter complicações cardiovasculares ou respiratórias, por exemplo”, explica. 
“A atividade física desempenhada por pessoas com deficiência é também muito importante pela questão emocional. Existem 
treinos de força ou de coordenação com finalidades diferentes, que geram uma motivação muito maior. Os benefícios que 
eles conseguem na fisioterapia também podem conseguir no esporte, mas com uma motivação diferenciada”. 
O aspecto social de atividades físicas em grupo também é muito importante. “A pessoa com deficiência tende a entrar 
em um estado de solidão e infelicidade. Mas quando ela se depara com um grupo de pessoas que passou pelo mesmo 
que ela e que pratica esportes, aprende a lidar melhor com essa dificuldade. A pessoa passa a enfrentar essa deficiência 
com outra perspectiva. Ela sente uma sensação de capacidade que antes não tinha”, aponta Lopes. 
Disponível em: . 
Acesso em: 14 abr. 2019. [Fragmento] 
A prática de uma atividade física orientada é recomendada a qualquer cidadão, especialmente às PCD, tendo em vista 
os inúmeros benefícios que esse trabalho corporal pode trazer à vida desses indivíduos. Nesse sentido, o educador físico 
entrevistado defende que 
A. 	 a razão para prática da atividade corporal por PCD é o aspecto emocional. 
B. 	 a prática de atividades físicas coletivas supre a lacuna de convívio dessas pessoas. 
C. 	 a atividade física por PCD pode reverter o olhar social sobre a capacidade dessa minoria. 
D. 	 as modalidades esportivas praticadas por PCD devem ser adaptadas à sua condição física. 
E. 	 os benefícios do esporte inclusivo englobam um entendimento integral sobre a saúde.
Alternativa E
Resolução: Por meio da estratégia argumentativa da citação, a reportagem expõe a defesa do educador físico, de que o 
esporte para as pessoas com deficiência (PCD) apresenta, como resultado, benefícios à saúde física, mental e à integração 
social – ou seja, o conceito de saúde relaciona-se com o bem-estar físico, psicológico e moral, o que torna a alternativa E 
correta. Dentre outras razões, o educador físico defende a prática daatividade física por PCD devido aos benefícios 
emocionais – porém, não apenas por isso, o que torna incorreta a alternativa A. Um dos argumentos do texto é que o esporte 
é uma das formas de convivência social dos PCD – no entanto, não é apenas isso o que é argumentado, favoravelmente, 
sobre a prática esportiva, o que torna incorreta a alternativa B. A atividade física aumenta a representatividade dos PCD – no 
entanto, essa é uma forma restrita de analisar o que defende o educador entrevistado, o que torna a alternativa C incorreta. 
A adaptação das modalidades esportivas aos PCD é uma ressalva do educador físico para garantir a esses indivíduos 
qualidade na prática, contudo, a tese defendida pelo educador físico vai além – o que torna a alternativa D incorreta.
8416
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 16 
Raimundo entrou firme, Luiz Carlos voou longe. A bola espirrou pela linha de fundo... 
– Pô, Mundo! – disse Luiz Carlos, do chão. 
– É pra homem – disse Raimundo. E em seguida foi pra cima do juiz, que tinha dado escanteio. – Bola prensada! Bola prensada! 
No vestiário, Luiz Carlos mostrou a perna para o Raimundo. 
– Olha o que você fez. 
– É do jogo, meu. 
– Do jogo, não. Tu é que é um animal. 
A discussão continuou no carro. Luiz Carlos dava carona para o Raimundo. Todas as terças, do condomínio para o 
ginásio, do ginásio para o condomínio. Os dois se conheciam desde a adolescência. Eram sócios numa firma de engenharia. 
Eram cunhados. Moravam em casas pegadas, no mesmo condomínio. Sempre jogavam no mesmo time. Naquela noite, 
Raimundo fora aliciado pelo outro time. Tinha fama de bom marcador. Viril, mas leal. 
VERISSIMO, L. F. A dívida. In: ______. Comédias para se ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2001.
Na crônica, a mobilização do uso de uma variante oral justifica-se pelo(a) 
A. 	 narrativa de episódio cotidiano. 
B. 	 ambientação da situação irônica. 
C. 	 desconhecimento da norma culta. 
D. 	 demarcação do momento histórico. 
E. 	 conflito entre os personagens amigos.
Alternativa A
Resolução: Como a narrativa aborda um episódio cotidiano (a discussão entre amigos), o cronista utiliza traços da 
variante oral (como expressões e a contração “pra”), dando verossimilhança ao que é narrado, indicando a informalidade 
em que aconteceu o contratempo e confirmando a proximidade entre os interlocutores (“Os dois se conheciam desde 
a adolescência. Eram sócios numa firma de engenharia. Eram cunhados. Moravam em casas pegadas, no mesmo 
condomínio.”). Assim, a alternativa A está correta. A alternativa B é incorreta, pois a escolha da variante não se relaciona 
com a ironia da situação, mas com o enredo da crônica. A alternativa C é incorreta, uma vez que não é possível inferir que 
o autor desconheça a norma culta – pelo contrário, se considerado o parágrafo sem diálogo. A alternativa D é incorreta, 
pois a variante utilizada retrata a contemporaneidade, mas não é isso que justifica seu uso (como seria, caso fosse uma 
variante utilizada no passado). A alternativa E está incorreta, pois o conflito entre os personagens é um elemento do 
enredo, mas não é o que justifica a variante utilizada. 
QUESTÃO 17 
Pandora, de Ana Paula Pacheco, é possivelmente o livro mais estranho da história da Literatura brasileira – e talvez, 
também, a melhor resposta ficcional ao mais estranho dos contextos. O romance envereda pelo fantasioso sem ser fantástico, 
pelo absurdo sem ser nonsense, colocando questões de fundo sobre a representação de situações traumáticas – e não 
apenas do trauma que ele deflagra. 
Sua narradora e protagonista, Ana, é uma professora de Literatura que relata experiências vividas com um pangolim 
e com um morcego. Como o leitor logo se dá conta, os parceiros animais de Ana correspondem às espécies apontadas 
como responsáveis pela disseminação do vírus da covid-19. 
A linguagem analítica, descritiva, minuciosamente atenta aos detalhes de cada situação é atravessada por lapsos e 
reminiscências deslocadas, clichês linguísticos e associações de ideias que aproximam registros díspares entre si. 
Aqui são morcegos ou pangolins, ou faxineiras de uma Ocupação – seres ínfimos e indistintamente reduzidos a coisas –, 
que saem da mitologia da caixa de Pandora desencadeando atribulações em escala mundial e sendo incinerados como bodes 
expiatórios em nome da restauração de uma ordem que continuará, se assim for, produzindo novos holocaustos. 
COSTA, M. CULT. Edição 294 (Jun.). São Paulo: Editora Bregantini, 2023. [Fragmento adaptado] 
De acordo com a resenha de Manuel da Costa, o romance da escritora Ana Paula Pacheco traz uma resposta ficcional ao 
contexto contemporâneo, pois 
A. 	 personifica a resposta da natureza à opressão humana. 
B. 	 privilegia a linguagem técnica para descrever a pandemia. 
C. 	 analisa o peso individual nas implicações de proporção global. 
D. 	 apresenta uma alternativa terapêutica para os traumas modernos. 
E. 	 ignora a abordagem do gênero fantástico pela atualidade temática.
TPM3
CHR3
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa C
Resolução: De acordo com a resenha, a obra de Ana Paula Pacheco mostra que personagens ínfimos, como o morcego, 
o pangolim – espécies indicadas como responsáveis por disseminar o vírus da covid-19 – e faxineiras de uma ocupação 
podem ser apontados como causadores de atribulações em larga escala, sendo bodes expiatórios de ações mais complexas. 
Assim, está correta a alternativa C. A alternativa A está incorreta, pois a resenha menciona que a obra traz personagens 
apontados como problemáticos à humanidade, mas não os qualifica como uma personificação de uma resposta da natureza. 
A alternativa B é incorreta, pois, de acordo com a resenha, o livro apresenta uma linguagem analítica e descritiva. A alternativa D 
é incorreta, pois a resenha não se refere ao livro de Ana Paula Pacheco como uma alternativa terapêutica, mas, sim, como 
a melhor resposta ficcional de uma situação traumática. A alternativa E é incorreta, pois a resenha menciona que o romance 
envereda pelo gênero fantástico, embora não seja considerado fantástico no sentido tradicional.
QUESTÃO 18 
Como dois animais
Foi mistério e segredo 
E muito mais 
Foi divino brinquedo 
E muito mais 
Se amar como 
Dois animais 
Meu olhar vagabundo 
De cachorro vadio 
Olhava a pintada 
E ela estava no cio 
E era um cão vagabundo 
E uma onça pintada 
Se amando na praça 
Como os animais 
VALENÇA, A. Como dois animais. In: ______. Cavalo de pau. 
Rio de Janeiro: Gravadora Eriola, 1982. [Fragmento]
A música “Como dois animais”, de Alceu Valença, se relaciona com a estética do período naturalista, na medida em que 
A. 	 alude ao aspecto primário dos seres, que recorrem a instintos primitivos quando em sociedade. 
B. 	 aproxima os seres humanos de animais, evidenciando um forte elemento social condicionante. 
C. 	 aborda a temática do desejo sexual e as condições sociais que impedem a sua concretização. 
D. 	 argumenta sobre a necessidade do ser humano de ser colocado em evidência na sociedade. 
E. 	 atesta a natureza animalesca dos homens quando dominados por seus desejos antinaturais. 
Alternativa B
Resolução: Uma das características mais marcantes do Naturalismo foi a aproximação dos seres humanos a 
comportamentos animalescos. O compositor Alceu Valença canta sobre o encontro entre um homem e uma mulher 
que, em seu desejo carnal, aproximam-se de animais, assemelhando-se a eles; tanto que o título da canção é “Como 
dois animais”. Essa caracterização animalesca evidencia um forte elemento social condicionante, na medida em que os 
personagens são frutos de sua natureza e do meio em que vivem. Está correta, portanto, a alternativa B. A alternativa A 
está incorreta, pois não se pode dizer que todos os seres humanos, quando em sociedade, recorram a aspectos 
primários e instintivos.A alternativa C está incorreta, pois o texto não aborda os elementos que impeçam a realização 
do desejo da voz poética. A alternativa D está incorreta, pois o texto não apresenta argumentação, além de não aludir 
à necessidade de o ser humano ser colocado em evidência. A alternativa E está incorreta, pois não se pode dizer que 
os desejos humanos sejam antinaturais; ao contrário, o Naturalismo é justamente caracterizado por comportamentos 
e instintos relacionados à sua natureza.
T256
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
QUESTÃO 19 
O TikTok entrou na mira de um grupo de procuradores-gerais dos Estados Unidos por seu suposto impacto prejudicial 
em jovens. Representantes de sete estados diferentes devem conduzir uma investigação para descobrir se a rede social 
violou as leis de proteção ao consumidor no país e colocou o público em risco. A ação tem como foco analisar se o TikTok 
projeta, opera e promove sua plataforma para crianças, adolescentes e jovens de maneira que cause ou agrave danos à 
saúde física e mental. Segundo a procuradora Maura Healey, líder da investigação, essas pessoas estão mais vulneráveis 
a problemas como ansiedade, pressão social e depressão.
O TikTok disse que fornecerá aos procuradores todas as informações necessárias, além de mostrar os mecanismos 
de proteção da privacidade e segurança dos adolescentes. “Nós nos preocupamos profundamente em construir uma 
experiência que ajude a proteger e apoiar o bem-estar de nossa comunidade e apreciamos que os procuradores-gerais 
do estado estejam se concentrando na segurança dos usuários mais jovens”, disse um porta-voz da companhia ao CNET. 
Na semana passada, foi adicionada uma nova seção dedicada a boatos e desafios perigosos. No início de fevereiro, a 
plataforma disse que pretende adicionar um sistema de classificação indicativa para seu algoritmo, assim as crianças não 
teriam acesso a conteúdos com violência, indicados para maiores de 14 anos, por exemplo.
Disponível em: . 
Acesso em: 16 ago. 2022. [Fragmento adaptado]
O texto relata polêmicas em torno do uso feito por adolescentes de uma rede social virtual. Esse fato revela que as 
tecnologias de informação e comunicação 
A. 	 impactam a vida dos jovens.
B. 	 abarcam os impasses do Direito.
C. 	 desconhecem as leis dos países.
D. 	 promovem a violência aos jovens.
E. 	 ignoram os problemas da sociedade.
Alternativa A
Resolução: O texto demonstra como o impacto do TikTok nos jovens é uma questão para os Estados nacionais, como os 
Estados Unidos, mas também para a empresa – que tem políticas voltadas à proteção do segmento. Assim, a alternativa A está 
correta. A alternativa B é incorreta, pois o texto não aborda impasses do Direito em geral, mas a questão jurídica da proteção dos 
adolescentes em redes sociais. A alternativa C é incorreta, pois não é possível afirmar que a rede social desconheça a legislação 
dos países em que atua. A alternativa D é incorreta, pois o texto fala que as redes sociais podem ser maléficas para a saúde 
física e mental dos jovens, mas não que ela, em si, promova a violência. A alternativa E é incorreta porque, vistas as políticas 
e a resposta da empresa, não é possível dizer que as redes sociais ignoram os problemas da sociedade a elas vinculados.
QUESTÃO 20 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2022, existiam cerca de 30 milhões de animais 
abandonados nas ruas do Brasil, dos quais 10 milhões são gatos e 20 milhões, cães. No Brasil, o abandono de animais 
é crime desde 1998, de acordo com a Lei Federal 9 605/98. Em 2020, com a aprovação da Lei Federal 14 064/20, 
teve-se o aumento da pena de maus-tratos com reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda, quando se 
tratar de cão ou gato. Para sanar o problema, é preciso lembrar que a guarda de um animal precisa ser responsável e, 
para tanto, conhecer que a média de vida de um cão ou gato é de 15 anos e que existem gastos financeiros para suprir 
as liberdades durante o ciclo de vida do animal, garantindo a saúde e o bem-estar. Outra forma de contribuir é com a 
participação direta da população no combate a esse crime. Quem presenciar o ato criminoso deve realizar denúncia 
à Polícia Civil. Essa ação protege a saúde da comunidade e evita o sofrimento animal. As sanções da Lei de Crimes 
Ambientais coíbem e punem os infratores por maus-tratos aos animais. 
REIS E SILVA, L.; PARES, L. A. Abandono de animais é crime. 
Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2023. 
[Fragmento adaptado] 
O texto busca conscientizar os leitores sobre a questão do abandono de animais, mas também adota uma estratégia para 
promover a ideia secundária de 
A. 	 apresentar um ponto de vista imparcial sobre o tema. 
B. 	 fornecer estatísticas nacionais para a instrução do público. 
C. 	 usar uma pergunta para despertar a solidariedade do leitor. 
D. 	 sugerir as formas de contribuir para o combate aos maus-tratos. 
E. 	 trazer os dados da OMS como forma de reconhecer sua relevância.
D5UA
7LDL
ENEM – VOL. 0 – 2025 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
Alternativa D
Resolução: Além de informar sobre os dados referentes ao abandono dos animais, o texto também aponta como os 
cidadãos podem atuar para combater esse cenário – assim, sensibiliza os leitores para a ação, que podem tomar as medidas 
necessárias para evitar os maus-tratos de um modo mais amplo. Portanto, está correta a alternativa D. A alternativa A 
é incorreta, pois as autoras apresentam um juízo de valor ao condenarem o abandono e os maus-tratos aos animais. 
A alternativa B é incorreta, pois o objetivo do texto não é instruir a população por meio de estatísticas, posto que é um 
texto argumentativo. A alternativa C é incorreta, pois os dados apresentam a questão, mas não é a estratégia utilizada 
para sensibilizar os leitores à ação. A alternativa E é incorreta, pois os dados da OMS ajudam a fundamentar o argumento 
sobre o abandono de animais, mas não ajudam a sustentar a função secundária do texto: orientar a população para evitar 
os maus-tratos aos animais.
QUESTÃO 21 
A marcha da História
Eu me encontrei no marco do horizonte 
Onde as nuvens falam, 
Onde os sonhos têm mãos e pés 
E o mar é seduzido pelas sereias. 
Eu me encontrei onde o real é fábula, 
Onde o sol recebe a luz da lua, 
Onde a música é pão de todo dia 
E a criança aconselha-se com flores, 
Onde o homem e a mulher são um, 
Onde espadas e granadas 
Transformaram-se em charruas, 
E onde se fundem verbo e ação. 
MENDES, M. Antologia Poética. São Paulo: Cosac & Naify, 2014. 
Nesse poema do escritor Murilo Mendes, a voz poética dirige uma crítica à ideia de progresso, expressa a partir do(a) 
A. 	 ataque à cultura racionalista. 
B. 	 valorização do mundo natural. 
C. 	 exaltação dos aspectos nacionais. 
D. 	 sugestão de um espaço idealizado. 
E. 	 subversão das dicotomias existenciais. 
Alternativa D
Resolução: No início do poema o eu lírico posiciona-se para além do presente (expresso “no marco do horizonte”), em um 
cenário alternativo, onde as características da sociedade moderna são subvertidas (com o predomínio do onírico, da arte e 
da beleza, por exemplo, além da dissolução das diferenças entre os sexos e da transformação de armas, dando um fim a 
suas existências com finalidade bélica), constituindo a crítica do poema. Portanto, a alternativa D está correta. A alternativa A 
é incorreta, uma vez que não há uma crítica direta à cultura racionalista, mas ao progresso que se constrói a partir da 
violência. A alternativa B é incorreta, pois não há, no poema, a valorização do mundo natural, mas de um espaço utópico. 
A alternativa C é incorreta, pois não há menção à ideia de nação e / ou aos aspectos nacionais. Embora o eu lírico sugira um 
marco em que algumas oposições são superadas, como o real que se tornauma globalidade sistêmica 
onde os elementos se organizam em fluxos supranacionais. 
A economia informacional é tão global como desigual, 
implicando em nova Divisão Internacional do Trabalho, 
cuja dinâmica condiciona a evolução da economia mundial, 
assim como as possibilidades de desenvolvimento dos 
diversos países e áreas. 
CASTELLS, M. A economia informacional, a nova Divisão 
Internacional do Trabalho e o projeto socialista. 
Cadernos CRH, v. 5, n. 17, Salvador, mar. 2007. 
Disponível em: <https://periodicos.ufba.br>. 
Acesso em: 18 ago. 2023. 
[Fragmento adaptado] 
A fase atual da economia informacional é acompanhada 
do(a) 
A. 	 consolidação de redes globais. 
B. 	 declínio do desemprego estrutural. 
C. 	 introdução da organização fordista. 
D. 	 redução da competitividade comercial. 
E. 	 enfraquecimento da circulação financeira.
Alternativa A
Resolução: A consolidação da economia informacional foi 
possibilitada pela evolução tecnológica dos sistemas de 
comunicação, estabelecendo redes globais que conectam 
diferentes pontos da superfície e veiculam fluxos imateriais 
(como capitais e informações). Portanto, a alternativa A 
está correta. A alternativa B está incorreta, pois a intensa 
evolução tecnológica substitui a força de trabalho humana 
por máquinas, configurando o desemprego estrutural. 
A alternativa C está incorreta, pois o texto menciona uma 
“flexibilização e reorganização da produção em relação à 
demanda”, o que constitui uma característica do toyotismo. 
A alternativa D está incorreta, pois a fase atual da economia 
é marcada por uma forte competitividade comercial; a 
globalização, acompanhada da abertura comercial e de 
modernos sistemas de transporte e comunicação, permitiu 
uma ampliação dos mercados a que as empresas têm 
acesso, estabelecendo uma intensa concorrência entre si. 
A alternativa E está incorreta, pois a abertura dos mercados 
e as tecnologias informacionais possibilitam uma intensa e 
rápida circulação mundial de capitais.
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CH – PROVA I – PÁGINA 62 ENEM – VOL. 0 – 2025 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D
isponibilizado por Jardim
 da Babilônia 
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