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AULA 01 Instrumentos Básicos de Enfermagem modificado 2013

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Profª Sílvia Helena C. de A. Carvalho
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1) Conceito
	
	São recursos empregados para se alcançar um objetivo ou conseguir um resultado, a partir do conjunto de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício das atividades profissionais.
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2) Importância
- Base para a prática profissional
- Desenvolvem o conhecimento científico do aluno
- Permite aos professores uma forma de avaliação dos alunos
- Essenciais em todo o processo de enfermagem proposto por Horta.
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3) Tipos
3.1 Observação
3.2 Método Científico
3.3 Princípio Científico
3.4 Criatividade
3.5 Comunicação
3.6 Trabalho em equipe
3.7 Planejamento
3.8 Avaliação
3.9 Destreza manual
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3) Tipos
3.1 Observação
Conceitos
 Instrumento de coleta de dados que subsidia na transformação da realidade.
 É o primeiro passo.
 Decide o sucesso e o fracasso do processo cuidativo.
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	“É a ação ou efeito de observar, olhar com atenção para examinar com minúcia, atenção que se dá a certas coisas”.
	É preencher todos os órgãos dos sentidos o mundo que nos rodeia.
	“Observar em Enfermagem implica a percepção de estímulos internos e externos captados através dos órgãos dos sentidos, dependendo de experiências anteriores”.
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b) Tipos de Observação
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b.1) Sistemática
	
	É estruturada, planejada (roteiro). Sabe-se como e quando observar.
	É mais fácil de organizar e é menos flexível. Ex: anamnese.
b.2) Assistemática
	
	É espontânea; não usa meios técnicos; é mais rica e mais flexível, contudo é mais difícil de ser organizada (sem roteiro).
	É uma experiência casual.
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b.3) Não-participante
	O observador é só um espectador. Não interage com a realidade observada.
b.4) Participante
	O observador participa, integrando-se ao grupo e vivenciando o contexto. Ex: cuidado
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b.5) Individual
	Feita por uma única pessoa. É mais objetiva, contudo pode haver mais interferências pessoais.
b.6) Em equipe
	Feita por várias pessoas. Cada qual observa um aspecto.
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b.7) Vida real
	A observação é registrada no momento em que ocorre.
b.8) Laboratório
	É realizada dentro de condições estabelecidas.Ex: boneco.
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c) A percepção x observação
	Consiste em receber informações internas e externas ao indivíduo através dos órgãos do sentido.
	Pode ser interferida por emoções, valores e situações (O “sexto sentido”).
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d) Vantagens e Desvantagens da Observação
e) A observação na prática do cuidar
	“É o ato,hábito ou poder de ver, notar e perceber; é prestar atenção para aprender alguma coisa; é examinar, contemplar e notar algo através da atenção dirigida”.
	“ A conseqüência natural da observação é uma decisão para atuar ou não em relação ao que é observado”.
	É essencial no ensino e na pesquisa em Enfermagem, como coleta de dados.
“ Observar é trazer o mundo para dentro de nós”.
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3.2 Método Científico
Introdução
	
	A qualidade da Enfermagem está na dependência da tomada de decisões.
	A sua utilização requer o desenvolvimento de pensamento crítico, essencial para a resolução de problemas.
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b) Conceitos envolvidos
-Investigação científica = implemento + técnica + método científica
- Pensamento científico = raciocínio + julgamento + tomada de decisões 
Sendo:
 Implemento = instrumento para ampliar o alcance. Ex: computadores
 Técnica = modo de usar o instrumento
- Método científico
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 Raciocínio = processo mental, coerente e lógico que usa argumentos indutivos e dedutivos. 
 Julgamento = baseia-se em crenças e valores.
- Tomada de decisão = avalia, julga e levanta uma resposta.
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c) Conceito do Método Científico
	Meio que leva à formação de um corpo de conhecimento, através da elaboração organizada e formal de uma determinada questão, com verificação dos resultados do fenômeno observado, frente aos objetivos da investigação.
d) O Processo do Método Científico X Processo de Enfermagem
	
	O Processo de Enfermagem consiste em um método organizado e sistematizado para a resolução de problemas. É a aplicação específica de uma abordagem científica.
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3.3 Princípio Científico
Introdução
	
	- Déc. 50 – Enf. Intuitiva;
	- Enf. – incorpora outras ciências
	- Prática fragmentada; Passou a 
elaborar princípios científicos quanto às 
suas ações;
	- Enf. preparados para gerenciar e não 
executar o cuidar;
	- Prática com humanização.
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b) Conceito
	
	Consiste nos conhecimentos específicos que norteiam a prática do cuidar em enfermagem, enquanto ciência; busca explicar e ampliar as ações, direcionando-as a tomadas de decisões mais adequadas; Permitem identificar as prioridades das ações de enfermagem.
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b) Princípio Científico no contexto da Enfermagem
	
	O processo cuidativo e o método de resolução de problemas favorece a aplicação do princípio científico, já que ele ajuda a estabelecer prioridades.
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3.4 Criatividade
a) Conceitos
	- Função inventiva da imaginação criadora, “dissociada” da inteligência
	- Disposição para criar, sendo um estado latente dependente de um ambiente sociocultural que propicie condições favoráveis à liberdade de expressão.
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	- “ uma necessidade humana e social, cuja utilização gera processo, desenvolvimento e a evolução da humanidade nos mais variados campos, o que se torna essencial para a Enfermagem”.
	- impele o indivíduo à auto-realização, para o ajustamento ao ambiente que o cerca.
b) Habilidades de um pensador criativo X Criatividade em Enfermagem
 fluência verbal e de idéias
 flexibilidade e originalidade
 percepção de problemas e reconstrução
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c) Criatividade na Assistência, Ensino e Pesquisa
	- o Processo de Enfermagem amplia a visão de mundo, criando novas alternativas
	- nos três âmbitos ela deve ser utilizada a cada minuto.
	- “capacidade que estimula o crescimento individual e coletivo, impulsiona a humanidade rumo a novas descobertas, confere ao ser humano a capacidade de associar idéias que estimulem seu ajustamento ao ambiente que o cerca, aperfeiçoando-o e modificando-o, e propicia o caminho para a resolução de situações não-rotineiras”.
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3.5 Comunicação
a) Conceitos
	
	- é a capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar, de conversar com vistas ao bom relacionamento entre as pessoas.
b) Componentes
Emissor
Receptor
Mensagem
Resposta
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c) Formas de Comunicação
Verbal = falada e escrita
Não-verbal = toque e territorialidade
Paraverbal = tom da voz, ritmo, suspiros,etc.
d) Barreiras da Comunicação
Falta de concentração
Limitação dos componentes
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e) Comunicação no Processo de Enfermagem
Consiste em uma NHB;
Utilizada em todas as etapas do Processo;
É utilizada nos demais instrumentos para o cuidar;
Essencial na assistência, ensino e pesquisa.
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3.6 Trabalho em equipe
Conceitos
	- consiste na interação, organização e cooperação de um grupo de pessoas para alcançar um mesmo resultado
b) Relação com o Processo de Enfermagem
	- a equipe de enfermagem deve estar orientada para a obtenção de uma única meta: o “cuidar”.
	- a união entre os membros da equipe é que determinarão a eficácia das ações para um bom resultado.
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3.7 Planejamento
Conceitos
	- é um processo intelectual porque determina conscientemente um curso de ação baseado em objetivos, fatos e estimativas
	- é prescrever o futuro e traçar um programa de ação determinando os objetivos que se pretende atingir, buscando as melhores estratégias de ação.
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b) Níveis de atuação
	
Planejamento estratégico = longo alcance, mais amplo (administração)
Planejamento tático = médio alcance, é intermediário (assistência coletiva)
Planejamento operacional = curto alcance, operações atuais (assistência individual)
c) Características 
- Unidade e continuidade
 Flexibilidade
 Clareza e precisão
 Viabilidade
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d) O Planejamento e a Enfermagem 
 Nível operacional = objetivos da assistência
 Nível tático = implantar SAE
 Nível estratégico = norteia os recursos disponíveis 
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3.8 Avaliação
Conceitos
	- processo de determinar qualitativa e quantitativamente, mediante
métodos apropriados, o valor de algo
	- é interpretar dados para obter um parecer ou julgamento de valor. É contínuo e sistemático.
	- processo que visa à coleta de dados e ao uso de informações que permitem a tomada de decisões
	- meio para identificar as possibilidades e restrições de determinadas ações
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b) Características da Avaliação
 Avaliação como processo social = contexto sociopolítico
 Avaliação como julgamento moral = crenças e valores
 Avaliação em seu aspecto técnico = na assistência, ensino e pesquisa
c) Avaliação na Enfermagem
 Avaliação no gerenciamento de serviços de Enfermagem 
 Avaliação no processo de Enfermagem
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3.9 Destreza manual
Conceitos
	- é o reflexo de uma competência, permanente e adquirida de executar uma tarefa e que implica o domínio que o indivíduo deve ter sobre si próprio
	- é o “saber-fazer”
- é o conjunto de ações traduzidas por respostas motoras em séries seqüenciais, ou seja, a ação sempre pressupõe a atuação do pensamento e dos mecanismos cognitivos
	- necessita ser aprendida para ser executada correta e eficientemente.
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b) Estágios de aprendizagem
Estágio cognitivo = nível básico
Estágio associativo = associa ao conhecimento básico
Estágio autônomo = habilidade automática ou habitual
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c) Aspectos da Destreza manual em Enfermagem
Coordenação dos membros, dedos, punhos
Precisão de controle
Tempo de reação
Velocidade de movimentação
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4) Instrumentos básicos no desenvolvimento do processo cuidativo
	- o saber cuidativo permite ao enfermeiro a possibilidade de alcance de uma autonomia profissional, onde a competência e o domínio do fazer e do saber refletem-se sobre os níveis de decisão que lhe são designados.
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“ Se você der a um homem um peixe ele terá uma única refeição; se ensiná-lo a pescar ele terá sempre o que comer”.
Kuan Tzer
Nesta aula iremos iniciar nossos estudos sobre os Instrumentos Básicos de Enfermagem. E você deve estar se perguntando o que serão Instrumentos Básicos de Enfermagem? A ansiedade de conhecer os equipamentos que utilizamos na profissão muitas vezes faz-nos pensar que os instrumentos em questão são as pinças, seringas, agulhas... Mas na verdade são habilidades que o enfermeiro necessita possuir para atuar profissionalmente. Para tanto, é necessário saber que os instrumentos foram relacionados por Wanda de Aguiar Horta, nos anos 1970. Horta foi enfermeira e destacou-se no âmbito internacional por seus estudos e pela criação da Teoria das Necessidades Humanas Básicas. Dentre seus inúmeros estudos, destacam-se a relação dos Instrumentos Básicos de Enfermagem. A seguir iniciaremos a aula com o objetivo de que vocês, alunos, compreendam e assimilem os Instrumentos Básicos de Enfermagem desde já como recursos imprescindíveis para que o enfermeiro possa atuar com conhecimento e a consciência da necessidade de desenvolvê-los ainda durante o seu trajeto enquanto acadêmico. 
Pag
A enfermagem ao longo de sua história, vem construindo um corpo de saber/conhecimento instrumentalizando a enfermeira para desenvolver o processo de cuidar com autonomia, responsabilidade e ética. As técnicas de enfermagem, os princípios científicos, as teorias de enfermagem e os Instrumentos Básicos de Enfermagem – IBE (observação, planejamento, método científico, princípio científico, comunicação, trabalho em equipe, destreza manual, criatividade, avaliação e utilização dos recursos da comunidade) são compreendidas, a partir de alguns autores como expressões do saber/conhecimento profissional.
Durante o curso de graduação, o aluno de enfermagem, através de inúmeras experiências tanto no campo teórico, quanto no estágio teórico prático, é capacitado para o exercício profissional legítimo. Entretanto é comum que o novo profissional ao adentrar ao mercado de trabalho, encontre algumas dificuldades para aplicar seus saberes/conhecimentos, principalmente os IBE. Por que encontra essa dificuldades?
(3,4)
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Muitas vezes “agimos” e não sabemos porque o fizemos. Fazemos de uma forma que
“todos sempre fizeram”, se
O caminhar da ciência, entretanto, não aceita
mais este tipo de atitude? colocando de lado aqueles que
não agem com o rigor que requer o agir profissional. Sob
esta ótica, surge a necessidade do enfermeiro ter o
conhecimento que lhe instrumentaliza a ação. A base de
sua atuação encontra-se alicerçada no conhecimento do
ambiente que o cerca, bem como no domínio de um saber
científico próprio, direcionado para a sua atuação de
forma organizada e sistematizad m parar para refletir antes, e nem depois.
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“o verdadeiro ABC de um enfermeiro é
ser capaz de ler cada mudança que se opera na fisionomia
do paciente, sem causar-lhe o esforço de dizer o que está
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b.1  A grande vantagem é que os dados já são colhidos de forma organizada, porém deve-se dar atenção a significados e interpretações diferentes dadas a palavras.
b.2 este tipo de observação a vantagem de ser mais rica e como desvantagem as dificuldades em organizar esses dados.
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d) A observação é uma forma de trazer uma grande variedade e profundidade de informações. O ser humano - o observador se constitui num meio sensível e inteligente, porém passível de falhas. Dessa forma, pode-se enfrentar problemas éticos, reações indesejadas ou falta de consentimento do ser observado. Por ser um ato humano, certos fatores relativos ao observador, tais como, estado emocional, valores pessoais, prejulgamentos, podem interferir, positiva ou negativamente, no resultado da observação
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o método científico vem trazer um subsídio de inegável valor, como instrumento de apoio para a busca das explicações, de previsões, de entendimento, enfim, a solução de problemas que pedem respostas, e que emergem através de produção científica.
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Enfermagem
Até 1950 – ações intuitivas
Não cientificidade
1959 (EUA) – “Princípios científicos aplicados à 
Enfermagem”
Saber da Enfermagem (conhecimento de outras 
ciências: sociais, físicas e biológicas)
Nova concepção: “A enfermagem tem como essência o cuidado. A aplicação dos princípios cientí-ficos não se restringe a procedimentos técnicos, mas abrange outras esferas do processo do cuidar.”
Princípio científico: fio condutor da ação de enfermagem e aplica-se tanto em suas ações expressivas como instrumentai
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