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Conteúdo Metodologia e Prática do Ensino nas Creches e Educação Infantil - Aula 09

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Os Instrumentos de Trabalho do Educador/ora de Educação Infantil
CONTEÚDO, METODOLOGIA E PRATICA DE ENSINO NAS CRECHES E EDUCAÇÃO INFANTIL  
 ADELAIDE REZENDE DE SOUZA
Os Instrumentos de Trabalho do Educador/ora de Educação Infantil
O período de entrada na creche: o período de adaptação, acolhimento
A anamnese, a entrevista inicial
A observação
O diário
O planejamento 
A roda de conversa 
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 Apresentar as diferenças entre acolher e adaptar
 Compreender quem são os principais personagens envolvidos durante esse processo e as formas de integra-los
 Ressaltar a questão do tempo de permanência da família da criança na creche como um ponto fundamental na condução do processo
 Destacar os diferentes momentos de adaptação que a criança vive durante o seu percurso em uma instituição de educação infantil
Objetivos dessa aula:
Compreender a importância e os itens essenciais para a elaboração de uma anamnese ou entrevista inicial;
 Ressaltar alguns pontos fundamentais na elaboração do diário do educador infantil, destacando as formas, os momentos e os principais aspectos para a observação dos comportamentos infantis;
 Destacar os aspectos importantes para o planejamento do educador.
 Ressaltar a importância da roda de conversa
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O momento inicial da criança na creche é um momento muito importante, pois irá representar pela primeira vez uma separação da criança de sua mãe ou núcleo familiar por momentos maiores de tempo pela primeira vez.
 
Além desse aspecto representa uma nova fase em que a criança está sendo inserida em um contexto social mais amplo e em um ambiente diferente de seu cotidiano. 
A criança sai de seu lar e entra para creche que representa um ambiente diferente com mais pessoas, outras rotinas e atividades diversificadas baseadas no oferecimento da ludicidade.
Acolher ou adaptar, eis a questão
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Durante muito tempo esse momento inicial era planejado sem levar em consideração as características singulares de cada criança, estar integrado representava um processo igual para todas, onde as crianças viveriam essa experiência todas da mesma forma, obedecendo as regras da instituição.
Atualmente, se discute Acolher ao invés de adaptar. Não se trata de mudar por mudar. Não é uma mudança proposta apenas na terminologia mas, mais do que isso, é uma proposta de alterar, de repensar o processo inicial de acolhida das crianças à uma nova comunidade, a um novo grupo, seja ele de creche ou de pré-escola. Muito mais do que um novo termo, representa uma mudança de postura dos professores perante as crianças. 
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Hoje sabemos que o ser humano se constitui como sujeito a partir de processos biológicos e sociais e que o contexto social desse indivíduo o torna um ser singular. Essas diferenças devem ser consideradas pela instituição de educação infantil ao receber as crianças pela primeira vez. Garantindo o respeito a valorização de sua cultura familiar.
A compreensão de quem são os principais personagens envolvidos durante esse processo é fundamental na condução do mesmo, aqui o destaque é dado a três personagens:– em primeiro lugar a criança, em seguida a mãe (ou o membro da família que irá acompanhar de perto esse processo) e por último, mas tão importante quanto os outros, a educadora que irá recebe-los e conviver com eles por muito mais tempo.
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As conversas com os familiares, com quem busca ou entrega a criança na instituição são fundamentais. Saber as manias das crianças, aceitar junto com elas seu objeto preferido é importante, pois faz parte da estruturação de uma base emocional segura durante esse momento de separação da criança com a mãe por períodos mais prolongados.
Essa parceria irá se solidificar e será construída uma base de maior confiança a medida que a família permanece na creche o período necessário para que a adaptação possa acontecer de uma maneira tranquila e sem pressões. Este aspecto é considerado como um ponto fundamental na condução do processo.
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A entrada da criança na creche não representa o único momento em que é necessário um acolhimento, existem outros momentos diferentes em que as crianças passarão por readaptações e precisarão de atenção especial como é o caso: da mudança de turma e de educadora ou a saída da criança da instituição de educação infantil para um outro segmento do ensino. 
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Para a compreensão da importância deste instrumento é necessário observar os itens essenciais para a elaboração de uma boa anamnese ou entrevista inicial: 
identificação da criança (nome da criança, nome do entrevistado, grau de Parentesco com acriança.; 
antecedentes pessoais (concepção e gestação);
nascimento (local - hospital - em casa – outro; dados do parto); alimentação (mamou - seio - mamadeira - até que idade?)
Saúde (pediatra – nome – telefone); doenças Infantis? Quais? Já teve alguma doença grave? Sofreu algum acidente? Já foi hospitalizado (a)? A criança toma algum medicamento especificado? A criança faz algum tipo de tratamento? Qual? 
Anamnese ou Entrevista Inicial
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Sono (dorme sozinho ? Com quem? Tem o sono agitado? Como? Urina na cama? 
Relacionamento familiar (Com quem a criança vive? Quais são as formas de estabelecer limites com a criança? Tem irmãos/irmãs?)
Desenvolvimento psico-motor (Quando engatinhou? Quando andou? Quando falou? Controle Esfincteriano? 
Hábitos de aquisição de independência? (Brincadeiras? Curiosidade Sexual? 
Sociabilidade (adulto/criança - criança/criança) 
Rotina da criança (um dia comum – final de semana- férias) Religião ( qual? Qual a frequência com que frequenta?).
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Espaço para observações adicionais, caso seja necessário. Vale ressaltar, que essa entrevista deve ser realizada em ambiente privativo, onde o responsável da criança que irá fazer a entrevista sinta-se seguro para disponibilizar as informações necessárias.
Ser discreto e compreensível - quanto ao profissional da instituição que realizará a entrevista permitir que o familiar sinta-se a vontade, pois muitas vezes algumas perguntas irão levá-lo a memórias difíceis e mais ainda poder disponibilizá-las.
Informações Restritas - As informações registradas em uma entrevista inicial devem ficar disponíveis apenas para os profissionais que necessitem consultá-las com o objetivo de garantir afeto e cuidado a criança e apoio a seus familiares.
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Enredos selecionados
Personagens
Formas de expressão e interações entre crianças e com os adultos
Pensamento e linguagem
Aspectos da estrutura emocional e familiar da criança
O Diário do Educador de crianças
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Crianças de dois anos – jogo de exercício, inicio do simbólico
Põe a boneca para dormir dando tapinha na bunda e fazendo xi, xi, xi
Balançando as bonecas – serra, serra, serra...
Remédio para garganta melhorar, não e ruim e bom!
Crianças de três anos – jogo simbólico
Adulto – O que você esta fazendo M.E.?
Criança – comida e feijão
Adulto – Eu quero!
M.E. – Espera! (Ela meche as panelas e traz uma colherada para a prova
Dizendo...) – gostosa, essa comida! Sai da frente, vai espirrar em você! Deixa
 eu dar na tua boca. (Adulto abre a boca)
- tem mais metade, come essa metade! Gostoso botei morango, feijão...
Registros das falas durante as brincadeiras
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Construindo a fala: 
Criança afirma, brincando com a caixa de ferramentas:
.- “ Aqui quem conserta é o consertador!” 
Dialogo entre uma criança e o adulto:
Criança entregando para o adulto um copo de leite diz :
– toma um copo de leite!
Adulto.- Gostoso! Foi tu que fizestes?
Criança - Eu que fizeis! Eu não gosto de açúcar, gosto de docante
Crianças de quatro anos – jogo simbólico
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Criança brincando de cabelereira, penteando o cabelo do adulto:
Criança - Ta cheio de policia no meu trabalho, sabia que o fogo matou o ônibus? 
Adulto- Sua filha está chorando!
Criança - pode bater nela que ela para de chorar, para de chorar no meu ouvido! (gritando)
Representação histórico-cultural: 
Representação de uma situação que reflete um
 aspecto emocional da estrutura familiar da criança:
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Enredo 1- L e G são namorados e estão fazendo compras para o
 aniversario da boneca.
L.- Você vai ser o marido?
G.- Marido não, sou o namorado! 
G.-Namorada, vou botar este cachorro!
L.- Põe! Põe este carrinho também!
L.- Você está de capacete?
G.- To namorada
Ger.- Você ta namorando de verdade ou de mentira? (terceira criança)
L.- de mentira. (responde baixinho)
Crianças de 5 anos:
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Aparência (condição física, higiene, vestimenta)
Cooperação, esforço e atenção
Linguagem (vocabulário, fluência e articulação)
Espontaneidade e iniciativa
Nível de ansiedade (controle do impulso)
Flexibilidade na troca de atividade
Coordenação motora
Tempo de permanência com o mesmo objeto
Interação Social
Observação Individual da Criança: 
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Está presente?
Desmotivação
Resistência
Desistência fácil
Distração - inquietude
Desobediência
Dificuldade de compreensão
Atitudes em relação:
 a si próprio, ao fracasso e ao incentivo
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Permitirá organizar:
 - os materiais que serão utilizados,
 - a forma dessa utilização, 
 - a maneira como as crianças ficarão organizadas
 - a sequência do que será desenvolvido, 
Planejar – imaginar e flexibilizar 
Possibilitando uma avaliação da condução da atividade oferecida pelo educador.
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o planejamento nunca pode ser rígido, ele deverá oferecer maleabilidade que permita respeitar os interesses das crianças, seus ritmos e suas diferentes expressões.
	poderá contar com a colaboração da família que poderá pesquisar aspectos que estejam envolvendo o tema que foi escolhido para ser desenvolvido. 
	é essencial perceber a importância de articular e integrar conhecimentos, de forma prazerosa, em contato permanente com a família e a comunidade, tendo o dialogo e a interação como eixos do trabalho pedagógico
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A Roda de Conversa
Através dessa ferramenta são organizados os combinados da turma, (regras de convivência que deve contar com a participação ativa das crianças no momento da construção, elas devem dar ideias criando regras, concordando ou discordando de tudo que será permitido ou não para aquele grupo de crianças durante seu tempo de convívio na instituição). 
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Muitos adultos não sabem como abordar tais aspectos, as praticas oscilam entre ações tradicionais ou ausência de limites seguros. 
A roda de conversa também permite conhecer as novidades do final de semana, ou qualquer assunto que a criança queira compartilhar, por isso deve ser aberta e flexível para permitir a participação das crianças, acolhendo suas ideias, dúvidas e direcionamentos.
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A entrada da criança na creche é um momento crucial que irá representar o inicio de um mundo de desafios e possibilidades que deve ser vivenciado com muito afeto e alegria. 
		
Para a condução do que virá são necessários instrumentos muito importantes para o educador, tais como: a anamnese, o diário, a roda de conversa e o planejamento.
	É importante sempre lembrar que avaliar a evolução das crianças e registrar seus progressos é necessário pelo fato de que através dessas ações podemos favorecer com que a criança a sInta-se segura e capaz.
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