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Coesão e Coerência Textuais IT0153 - (Enem) Expostos na web desde a gravidez Mais da metade das mães e um terço dos pais ouvidos em uma pesquisa sobre compar�lhamento paterno em mídias sociais discutem nas redes sociais sobre a educação dos filhos. Muitos são pais e mães de primeira viagem, frutos da geração Y (que nasceu junto com a internet) e usam esses canais para saberem que não estão sozinhos na empreitada de educar uma criança. Há, contudo, um risco no modo como as pessoas estão compar�lhando essas experiências. É a chamada exposição parental exagerada, alertam os pesquisadores. De acordo com os especialistas no assunto, se você compar�lha uma foto ou vídeo do seu filho pequeno fazendo algo ridículo, por achar engraçadinho, quando a criança �ver seus 11, 12 anos, pode se sen�r constrangida. A autoconsciência vem com a idade. A exibição da privacidade dos filhos começa a assumir uma caracterís�ca de linha do tempo e eles não par�ciparam da aprovação ou recusa quanto à veiculação desses conteúdos. Assim, quando a criança cresce, sua privacidade pode já estar violada. OTONI, A. C. O Globo, 31 mar. 2015 (adaptado). Sobre o compar�lhamento parental excessivo em mídias sociais, o texto destaca como impacto o(a) a) interferência das novas tecnologias na comunicação entre pais e filhos. b) desatenção dos pais em relação ao comportamento dos filhos na internet. c) distanciamento na relação entre pais e filhos é provocado pelo uso das redes sociais. d) fortalecimento das redes de relações decorrente da troca de experiências entre as famílias. e) desrespeito à in�midade das crianças cujas imagens têm sido divulgadas nas redes sociais. IT0149 - (Enem) Quando quis agilizar o processo de seleção de novos alunos, a tradicional faculdade britânica de medicina St. George usou um so�ware para definir quem deveria ser entrevistado. Ao reproduzir a forma como os funcionários faziam essa escolha, o programa eliminou, de cara, 60 de 2.000 candidatos. Só por causa do sexo ou da origem racial, numa dedução baseada em sobrenome e local de nascimento. Um estudo sobre o caso foi publicado em 1988, mas, 25 anos depois, outra pesquisa apontou que esse �po de discriminação segue firme. O exemplo recente envolve o buscador do Google: ao digitar nomes comuns entre negros dos EUA, a chance de os anúncios automá�cos oferecerem checagem de antecedentes criminais pode aumentar 25%. E pode piorar com a pergunta “de�do?” logo após a palavra procurada. Disponível em: h�ps://tab.uol.com.br. Acesso em: 11 ago. 2017 (adaptado). O texto permite o desnudamento da sociedade ao relacionar as tecnologias de informação e comunicação com o(a) a) agilidade dos so�wares. b) passar dos anos. c) linguagem. d) preconceito. e) educação. IT0154 - (Enem) Na semana passada, os alunos do colégio do meu filho se mobilizaram, através do Twi�er, para não comprarem na can�na da escola naquele dia, pois acharam o preço do pão de queijo abusivo São adolescentes. Quase senhores das novas tecnologias, transitam nas redes sociais, varrem o mundo através dos teclados dos celulares, iPads e se organizam para fazer um movimento pacífico de não comprar lanches por um dia. Foi parar na TV e em muitas páginas da internet. GOMES, A. A revolução silenciosa e o Impacto na sociedade das redes sociais. Disponível em: www.hsm.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012 O texto aborda a temá�ca das tecnologias da informação e comunicação, especificamente o uso de redes sociais. Muito se debate acerca dos bene�cios e male�cios do uso desses recursos e, nesse sen�do, o texto 1@professorferretto @prof_ferretto a) aborda a discriminação que as redes sociais sofrem de outros meios de comunicação. b) mostra que as reivindicações feitas nas redes sociais não têm impacto fora da internet. c) expõe a possibilidade de as redes sociais favorecem comportamentos e manifestações violentos dos adolescentes que nela se relacionam. d) trata as redes sociais como modo de agregar e empoderar grupos de pessoas, que se unem em prol de causas próprias ou de mudanças sociais. e) evidencia que as redes sociais são usadas inadequadamente pelos adolescentes, que, imaturos, não u�lizam a ferramenta como forma de mudança social. IT0170 - (Enem) Blog é concebido como um espaço onde o blogueiro é livre para expressar e discu�r o que quiser na a�vidade da sua escrita, com a escolha de imagens e sons que compõem o todo do texto veiculado pela internet, por meio dos posts. Assim, essa ferramenta deixa de ter como única função a exposição de vida e/ou ro�na de alguém — como em um diário pessoal —, função para qual serviu inicialmente e que o popularizou, permi�ndo também que seja um espaço para a discussão de ideias, trocas e divulgação de informações. A produção dos blogs requer uma relação de troca, que acaba unindo pessoas em torno de um ponto de interesse comum. A força dos blogs está em possibilitar que qualquer pessoa, sem nenhum conhecimento técnico, publique suas ideias e opiniões na web e que milhões de outras pessoas publiquem comentários sobre o que foi escrito, criando um grande debate aberto a todos. LOPES, B. O. A linguagem dos blogs e as redes sociais. Disponível em: www.fateczl.edu.br. Acesso em: 29 abr. 2013 (adaptado). De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua função inicial e vem se destacando como a) estratégia para es�mular relações de amizade. b) espaço para exposição de opiniões e circulação de ideias. c) gênero discursivo subs�tuto dos tradicionais diários pessoais. d) ferramenta para aperfeiçoamento da comunicação virtual escrita. e) recurso para incen�var a ajuda mútua e a divulgação da ro�na diária. IT0359 - (Enem) “Vida perfeita” em redes sociais pode afetar a saúde mental Nas várias redes sociais que povoam a internet, os chamados digital influencers estão sempre felizes e pregam a felicidade como um es�lo de vida. Essas pessoas espalham conteúdo para milhares de seguidores, ditando tendências e mostrando um es�lo de vida sonhando por muitos, como o corpo esbelto, viagens incríveis, casas deslumbrantes, carros novos e alegria em tempo integral, algo bem improvável de ocorrer o tempo todo, aponta Carla Furtado, mestre em psicologia e fundadora do Ins�tuto Feliciência. A problemá�ca pode surgir com a busca incessante por essa felicidade, que gera efeitos colaterais em quem consome diariamente a “vida perfeita” de outros. Daí vem o conceito de posi�vidade tóxica: a expressão tem sido usada para abordar uma espécie de pressão pela adoção de um discurso posi�vo, aliada a uma vida editada para as redes sociais. Para manter a saúde mental e evitar ser a�ngido pela posi�vidade tóxica, o uso racional das redes sociais é o mais indicado, aconselha a médica psiquiatra Renata Nayara Figueiredo, presidante da Associação Psquiatra de Brasília (APBr). Disponível em: h�ps://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 21 nov. 2021 (adaptado). Associada ao ideário de uma “vida perfeita”, a posi�vidade tóxica mencionada no texto é um fenômeno social recente, que se cons�tui com base em a) representações estereo�padas e superficiais de felicidade. b) ressignificações contemporâneas do conceito de alegria. c) es�los de vida inacessíveis para a sociedade brasileira. d) a�tudes contraditórias de influenciadores digitais. e) padrões idealizados e nocivos de beleza �sica. IT0151 - (Enem) O projeto DataViva consiste na oferta de dados oficiais sobre exportações, a�vidades econômicas, localidades e ocupações profissionais de todo o Brasil. Num primeiro momento, o DataViva construiu uma ferramenta que permi�a a análise da economia mineira embasada por essa perspec�va metodológica complexa e diversa. No entanto, diante das possibilidades oferecidas pelas bases de dados trabalhadas, a plataforma evoluiu para um sistema mais completo. De maneira intera�va e didá�ca, o usuário é guiado por meio das diversas formas de navegação dos aplica�vos. Além de informações sobre os produtos exportados, bem como acerca do volume das exportações em cada um dos estadosdiferentes gerações indígenas relatam suas experiências com os artefatos tecnológicos. Os comentários revelam a) uma preferência pela possibilidade de uso do computador. b) um elogio à u�lidade da tecnologia no co�diano indígena. c) uma crí�ca à própria iden�dade antes da inclusão digital. d) o gosto pela ilusão em telenovelas transmi�das na TV. e) o desejo de possuir um aparelho importado. IT0572 - (Enem PPL) A ascensão das novas tecnologias de comunicação causou alvoroço, quando não gerou discursos apocalíp�cos acerca da finitude dos objetos nos quais se ancorava a cultura letrada. As atenções voltaram-se, sobretudo, para o mais difundido de todos esses objetos: o livro impresso. A crer nesses diagnós�cos sombrios, os livros e a noção român�ca de autoria estavam fadados ao desaparecimento. O triunfo do hipertexto e a difusão dos e-books inscreveriam um marco na linha do tempo, semelhante aos daqueles suscitados pelo advento da escrita e da “revolução do impresso”. Decerto porque as mudanças no padrão tecnológico de comunicação alteram prá�cas e representações culturais. Contudo, os inves�gadores insistem que uma perspec�va evolu�va e progressiva acaba por obscurecer o fato de que as normas, as funções e os usos da cultura letrada não são compar�lhados de maneira igual, como também não anulam as formas precedentes. Apesar dos avanços, a história da leitura não pode restringir seu interesse ao livro, tendo de considerar outras formas de impresso de ampla circulação e suportes de textos não impressos. Isso é par�cularmente relevante no Brasil, onde a imprensa aportou tardiamente e o letramento custou a se espalhar pela sociedade. SCHAPOCHNIK, N. Cultura letrada: objetos e prá�cas – uma introdução. In: ABREU, M.; SCHAPOCHNIK, N. (Org.). Cultura letrada no Brasil: objetos e prá�cas. Campinas: Mercado das Letras, 2005 (adaptado). Nesse texto, ao abordar o desenvolvimento da cultura letrada no país, o autor defende a ideia de que a) livros eletrônicos revolucionam ações de letramento. b) veículos midiá�cos interferem na formação de leitores. c) tecnologias de leitura novas desconsideram as anteriores. d) aparatos tecnológicos prejudicam hábitos culturais. e) prá�cas dis�ntas constroem a história da leitura. IT0630 - (Enem PPL) 19@professorferretto @prof_ferretto A mulher entra no quarto do filho decidida a ter uma conversa séria. De novo, as respostas dele à interpretação do texto na prova sugerem uma grande dificuldade de ler. Dispersão pode ser uma resposta para parte do problema. A extensão do texto pode ser outra, mas nesta ela não vai tocar porque também é professora e não vai lhe dar desculpas para ir mal na escola. Preguiça de ler parece outra forma de lidar com a extensão do texto. Ele está, de novo, no computador, jogando. Levanta os olhos com aquele ar de quem pode jogar e conversar ao mesmo tempo. A mãe lhe pede que interrompa o jogo e ele pede à mãe “só um instante para salvar”. Curiosa, ela olha para a tela e espanta-se com o jogo em japonês. Pergunta-lhe como consegue entender o texto para jogar. Ele lhe fala de alguma coisa parecida com uma “lógica de jogo” e sobre algumas tenta�vas com os ícones. Diz ainda que conhece a base da história e que, assim, mesmo em japonês, tudo faz sen�do. Aquela conversa acabou sendo adiada. A mãe-professora, capturada por outros sen�dos de leitura, não se sen�a pronta naquele momento. Consciente, suspende a ação. BARRETO, R. G. Formação de professores, tecnologias e linguagens: mapeando velhos e novos (des)encontros. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado). A reação da mãe-professora frente às habilidades da “geração digital” contemporânea reflete o desafio que se tem enfrentado de a) aplicar as mesmas formas de ler textos impressos a textos digitais. b) interpretar as várias informações na leitura de textos em mul�mídia. c) lidar com as novas prá�cas de leitura que emergem com a tecnologia. d) superar as dificuldades de leitura geradas pelos jogos de computadores. e) trabalhar a dificuldade de leitura usando as tecnologias como ferramentas. IT0599 - (Enem PPL) O jornal vai morrer. É a ameaça mais constante dos especialistas. E essa nem é uma profecia nova. Há anos a frase é repe�da. Experiências são feitas para atrair leitores na era da comunicação nervosa, rápida, mul�colorida, performá�ca. Mas o que é o jornal? Onde mora seu encanto? O que é sedutor no jornal é ser ele mesmo e nenhum outro formato de comunicação de ideias, histórias, imagens e no�cias. No tempo das muitas mídias, o que precisa ser entendido é que cada um tem um espaço, um jeito, uma personalidade. Quando surge uma nova mídia, há sempre os que a apresentam como tendência irreversível, modeladora do futuro inevitável e fatal. Depois se descobre que nada é subs�tuído e o novo se agrega ao mesmo conjunto de seres através dos quais nos comunicamos. Os jornais vão acabar, garantem os especialistas. E, por isso, dizem que é preciso fazer jornal parecer com as outras formas da comunicação mais rápida, eletrônica, digital. Assim, eles morrerão mais rapidamente. Jornal tem seu jeito. É imagem, palavra, informação, ideia, opinião, humor, debate, de uma forma só dele. Nesse tempo tão mutante em que se tuíta para milhares, que retuítam para outros milhares o que foi postado nos blogs, o que está nos sites dos veículos on- line, que chance tem um jornal de papel que traz uma no�cia está�ca, uma foto parada, um infográfico fixo? Terá mais chance se con�nuar sendo jornal. LEITÃO, M. Jornal de papel. O Tempo, n. 5 684, 8 jul. 2012 (adaptado). Muito se fala sobre o impacto causado pelas tecnologias da comunicação e da informação nas diferentes mídias. A par�r da análise do texto, conclui-se que essas tecnologias a) mantêm inalterados os modos de produção e veiculação do conhecimento. b) provocam rupturas entre novas e velhas formas de comunicar o conhecimento. c) modernizam prá�cas de divulgação do conhecimento hoje consideradas obsoletas. d) subs�tuem os modos de produção de conhecimentos oriundos da oralidade e da escrita. e) contribuem para a coexistência de diversos modos de produção e veiculação de conhecimento. IT0612 - (Enem PPL) Como se apresentam os atos de ler e escrever no contexto dos canais de chat da internet? O próprio nome que designa estes espaços no meio virtual elucida que os leitores-escritores ali estão empenhados em efe�var uma conversação. Porém, não se trata de uma conversação nos moldes tradicionais, mas de um projeto discursivo que se realiza só e através das ferramentas do computador via canal eletrônico mediado por um so�ware específico. A dimensão temporal deste �po de interlocução caracteriza-se pela sincronicidade em tempo real, aproximando-se de uma conversa telefônica, porém, devido às especificidades do meio que põe os interlocutores em contato, estes devem escrever suas mensagens. Apesar da sensação de estarem falando, os enunciados que produzem são construídos num “texto falado por escrito”, numa “conversação com expressão gráfica”. A interação que se dá “tela a tela”, para que seja bem-sucedida, exige, além das habilidades técnicas anteriormente descritas, muito mais do que a simples 20@professorferretto @prof_ferretto habilidade linguís�ca de seus interlocutores. No interior de uma enorme coordenação de ações, o fenômeno chat também envolve conhecimentos paralinguís�cos e socioculturais que devem ser par�lhados por seus usuários. Isso significa dizer que esta a�vidade comunicacional, assim como as demais, também apresenta uma vinculação situacional, ou seja, não pode a língua, nesta esfera específica da comunicação humana, ser separada do contexto em que se efe�va. BERNARDES, A. S.; VIEIRA, P M. T. Disponível em: www.anped.org.br. Acesso em: 14 ago. 2012. No texto, descreve-se o chat como um �po de conversação “tela a tela” por meio do computador e enfa�za-se a necessidade de domínio de diversas habilidades. Uma caracterís�ca desse �po de interação é a a) coordenação de ações, ou a�tudes, que reflitam modelos deconversação tradicionais. b) presença obrigatória de elementos iconográficos que reproduzam caracterís�cas do texto falado. c) inserção sequencial de elementos discursivos que sejam similares aos de uma conversa telefônica. d) produção de uma conversa que ar�cula elementos das modalidades oral e escrita da língua. e) agilidade na alternância de temas e de turnos conversacionais. IT0678 - (Enem PPL) Interfaces Um dos mais importantes componentes do hipertexto é a sua interface. As interfaces permitem a visualização do conteúdo, determinam o �po de interação que se estabelece entre as pessoas e a informação, direcionando sua escolha e o acesso ao conteúdo. O hipertexto retoma e transforma an�gas interfaces da escrita (a noção de interface não deve ser limitada às técnicas de comunicação contemporânea). Cons�tui-se, na verdade, em uma poderosa rede de interfaces que se conectam a par�r de princípios básicos e que permitem uma “interação amigável”. As par�cularidades do hipertexto virtual, como sua dinamicidade e seus aspectos mul�midiá�cos, devem- se ao seu suporte ó�co, magné�co, digital e à sua interface amigável. A influência do hipertexto é tanta, que as representações de �po cartográfico ganham cada vez mais importância nas tecnologias intelectuais de suporte informá�co. Esta influência também é devida ao fato de a memória humana, segundo estudos da psicologia cogni�va, compreender e reter melhor as informações organizadas, especialmente em diagramas e em mapas conceituais manipuláveis. Por isso, imagina-se que o hipertexto deva favorecer o domínio mais rápido e fácil das informações, em contraponto a um audiovisual tradicional, por exemplo. Disponível em: vsites.unb.br. Acesso em: 1 ago. 2012. O texto informa como as interfaces são reaproveitadas pelo hipertexto virtual, influenciando as tecnologias de informação e comunicação. De acordo com o texto, qual é a finalidade do uso do hipertexto quanto à absorção e manipulação das informações? a) Mesclar an�gas interfaces com mecanismos virtuais. b) Auxiliar os estudos de psicologia cogni�va com base nos hipertextos. c) Amparar a pesquisa de mapas e diagramas relacionados à cartografia. d) Salientar a importância das tecnologias de informação e comunicação. e) Ajudar na apreensão das informações de modo mais eficaz e facilitado. IT0692 - (Enem PPL) A leitura nos tempos do e-book Não é só nas bibliotecas e livrarias que se encerra o conhecimento. A internet, por meio de seu infinito conteúdo, e através de sites como Domínio Público e muitos outros similares, demonstra as transformações ocorridas na disponibilização de obras literárias ou de todas as outras áreas. Sites, como o citado acima, contêm arquivos com textos digitalizados dos mais variados autores, dos clássicos aos contemporâneos. Antes, esse conteúdo todo só seria passível de consulta em suporte material. O suporte virtual, também conhecido como e- book, é, digamos, semimaterial, pois nos põe em contato com o texto através do computador, mas não nos põe o livro nas mãos, a não ser que queiramos imprimir o texto digital. Nossa geração passa por um período de transição lento que transformará profundamente o hábito da leitura. Paradoxalmente, a alta velocidade com que se proliferam as informações faz com que também seja aumentada a nossa velocidade de captação dessas informações, ou seja, aos poucos e de modo geral a leitura vai ficando cada vez mais fragmentada. Isso já apresenta reflexos no modo como lemos os diversos textos con�dos em revistas, jornais ou internet, e igualmente na produção literária contemporânea. Disponível em: www.tecnosapiens.com.br. Acesso em: 28 fev. 2012 (adaptado). A criação dos e-books oferece vantagens e facilidades para a leitura. No texto, ressalta-se a influência desse meio virtual, sobretudo no contexto atual, pois 21@professorferretto @prof_ferretto a) livrarias e bibliotecas estão se tornando lugares pouco atra�vos para os leitores, uma vez que os livros impressos estão em desuso. b) a semimaterialidade dos e-books garante maior interação entre o leitor e o texto. c) os e-books possibilitam maior difusão da leitura, tendo em vista a velocidade e a dinamicidade da informação. d) as obras clássicas e contemporâneas ficaram gratuitas, devido às digitalizações propiciadas com o surgimento da internet. e) a velocidade de proliferação e captação de informações transforma a leitura fragmentada em uma solução para o acesso às obras. IT0698 - (Enem PPL) Hipertextualidade O papel do hipertexto é exatamente o de reunir, não apenas os textos, mas também as redes de associações, anotações e comentários às quais eles são vinculados pelas pessoas. Ao mesmo tempo, a construção do senso comum encontra-se exposta e como que materializada: a elaboração cole�va de um hipertexto. Trabalhar, viver, conversar fraternalmente com outros seres, cruzar um pouco por sua história, isto significa, entre outras coisas, construir uma bagagem de referências e associações comuns, uma rede hipertextual unificada, um texto compar�lhado, capaz de diminuir os riscos de incompreensão. LEVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informá�ca. São Paulo: Editora 34, 1992 (adaptado). O texto evidencia uma relação entre o hipertexto e a sociedade em que essa tecnologia se insere. Constata-se que, nessa relação, há uma a) estratégia para manutenção do senso comum. b) prioridade em sanar a incompreensão. c) necessidade de publicidade das informações. d) forma de construção colabora�va de conhecimento. e) urgência em se estabelecer o diálogo entre pessoas. IT0657 - (Enem PPL) Como estamos na “Era Digital”, foi necessário rever os velhos ditados existentes e adaptá-los à nova realidade. Veja abaixo... 1. A pressa é inimiga da conexão. 2. Amigos, amigos, senhas à parte. 3. Para bom provedor uma senha basta. 4. Não adianta chorar sobre arquivo deletado. 5. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando. 6. Quem clica seus males mul�plica. 7. Quem semeia e-mails, colhe spams. 8. Os fins jus�ficam os e-mails. Disponível em: www.abusar.org.br. Acesso em: 20 maio 2015 (adaptado). No texto, há uma reinterpretação de ditados populares com o uso de termos da informá�ca. Essa reinterpretação a) torna o texto apropriado para profissionais da informá�ca. b) atribui ao texto um caráter humorís�co. c) restringe o acesso ao texto por público não especializado. d) deixa a terminologia original mais acessível ao público em geral. e) dificulta a compreensão do texto por quem não domina a língua inglesa. IT0897 - (Unicamp) Nunca conheci quem �vesse sido tão feliz como nas redes sociais (...) Eu tenho inveja de mim no Instagram. (...) Eu queria ser feliz como eu sou no Instagram. Eu queria ter certeza, como eu tenho no Facebook, sobre as minhas posições polí�cas. E no Twi�er, bem, no Twi�er eu não sou tão feliz nem certa e é por isso que de longe essa ganha como rede social de mi corazón. E quanto mais eu me sinto angus�ada (quem nunca?), mais eu entro no Instagram e vejo a foto das pessoas superfelizes. E mais angus�ada eu fico. Por mais que eu saiba que aquela felicidade é de men�ra. Outro dia uma editora de moda que faz muito sucesso no Instagram escreveu em uma legenda: "até que estou bem depois de tomar um s�llnox e um rivotril." (!!!!! Gente!) Mas ufa, ela assumiu. Até então, seus seguidores talvez pudessem achar que ela era uma super-heroína que nunca �nha levado porrada (nem conhecido quem �vesse tomado). Ela viaja de um lado para o outro, acorda cedo, mas tem uma decoração linda na mesa, viaja de país em país. Trabalha loucamente. Mas ela sempre está disposta e apaixonada pelo que faz. Escuta! Quanta men�ra! Nenhuma de nós está apaixonada o tempo todo pelo que faz. Eu, hoje, escrevi esse texto com muito esforço. Eu, hoje, estou achando que eu escrevo mal e que perdi o jeito para a coisa. Quem nunca? Quem nunca muitas vezes? Quem estamos querendo enganar? A gente. Mas tem vezes, como agora, em que não dá. Eu queria muito voltarno tempo quando as redes sociais não exis�am só para lembrar como era... Às vezes eu acho que, com todas as vantagens da vida em rede..., talvez a gente se sen�sse melhor. Sério. "Estou farto de semideuses. Onde 22@professorferretto @prof_ferretto é que há gente nesse mundo?", grita o Fernando Pessoa lá do túmulo. (Adaptado de Nina Lemos, disponível em h�p://revistatpm. uol.com.br/blogs/berlimmandaavisar/2015/07/13/nunca- conheci-quem- �vesse-sido-tao-feliz-como-nas-redes- sociais.html.) Considerando os recursos linguís�cos e discursivos presentes na configuração do texto, é correto afirmar que: a) “Nunca conheci quem �vesse sido tão feliz como nas redes sociais / Eu tenho inveja de mim no Instagram” é um enunciado que se espelha nos versos “Nunca conheci quem �vesse levado porrada / Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo”, do Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa, por meio do recurso ao paralelismo de estruturas sintá�cas. b) No texto de Nina Lemos, alguns recursos linguís�cos e discursivos são mobilizados de modo a promover um �po par�cular de interação entre o produtor do texto e seus leitores por meio de diálogos entre personagens, pontuação com funções es�lis�camente diversas, um léxico de natureza coloquial e perguntas retóricas. c) Baseado no Poema em Linha Reta de Fernando Pessoa, o texto de Nina Lemos apresenta argumentos para convencer seus leitores de que ela tem uma vida di�cil em relação à de outras pessoas felizes que conhece pelo Instagram, e de que é possível mostrar a essas pessoas que a vida não é tão boa quanto parece. d) O texto de Nina Lemos apresenta uma organização textual e sintá�ca �pica da esfera jornalís�ca, que se caracteriza pelo uso de marcas de oralidade como o recurso a sequências de diálogos (“Quem estamos querendo enganar? A gente.”), o uso de marcadores discursivos (“bem”, “sério”) e de enunciados inseridos (“quem nunca?”). IT0914 - (Unicamp) Em relação ao post adaptado da página do Facebook “Caneta Desmanipuladora”, é correto afirmar que a “desmanipulação” (subs�tuição de “já” por “só” e acréscimo de “até agora”) explicita a tenta�va do jornal de levar o leitor a pensar que a) ainda falta muito a ser pago pela mineradora e há atrasos no pagamento. b) a Samarco teria pago uma grande parte do que devia e o prazo provavelmente está sendo cumprido. c) a Samarco já quitou o que devia , conforme valor homologado na jus�ça. d) a mineradora não deveria arcar sozinha com a despesa da tragédia de Mariana. IT0920 - (Unicamp) Uma página do Facebook faz humor com montagens que combinam capas de livros já publicados e memes que circulam nas redes sociais. Uma dessas postagens envolve a obra de Henry Thoreau, para quem a desobediência civil é uma forma de protesto legí�ma contra leis ou atos governamentais considerados injustos pelo cidadão e que ponham em risco a democracia. 23@professorferretto @prof_ferretto O efeito de humor aqui se deve ao fato de que a montagem a) refuta as razões para a desobediência civil com base na desculpa apresentada pela criança. b) antecipa uma possível avaliação nega�va da desobediência sustentada pelo livro. c) equipara as razões da desobediência civil à jus�fica�va apresentada pela criança. d) contesta a legi�midade da desobediência civil defendida por Thoreau. IT0930 - (Enem) Teclado amazônico Em novembro de 2023, uma professora indígena recebeu uma missão: verter as regras de um jogo de tabuleiro infan�l do português para o tukano, sua língua na�va. Com vinte anos de experiência como professora de línguas em Taracuá, no Amazonas, ela já se dedicava à tradução havia tempos. O trabalho ficou mais fácil graças a um aplica�vo lançado no ano anterior: com o Linklado em seu computador, ela traduziu as sete páginas das instruções do jogo em dois dias. Sem esse recurso, a tarefa seria bem mais trabalhosa. Antes dele, diz a professora, as transcrições de línguas indígenas exigiam o esforço quase manual de produzir diacrí�cos (acentos gráficos) e letras que não constam no teclado de aplica�vos de mensagens ou programas de texto. Para a pesquisadora do Ins�tuto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), idealizadora do aplica�vo, o Linklado representa uma revolução. O programa não restringe combinações de acentos, e isso poderá facilitar a criação de representações gráficas para fonemas que ainda não têm forma escrita. “Eu mirei em uma dor e a�ngimos várias outras”, diz. “O Linklado possibilita que o Brasil reconheça a sua diversidade linguís�ca”, afirma uma antropóloga que é colega da pesquisadora no Inpa e faz parte da equipe do aplica�vo. Ela defende que escrever na língua materna é uma das principais formas de preservá-la. Disponível em: h�ps://piaui.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 fev. 2024 (adaptado). De acordo com esse texto, o aplica�vo Linklado contribuiu para a a) criação de fonemas representa�vos de línguas indígenas no meio digital. b) democra�zação do registro escrito de línguas dos povos originários. c) adaptação de regras de jogos de tabuleiro de origem indígena. d) divulgação das técnicas de tradução de línguas indígenas. e) aprendizagem da língua portuguesa pelos indígenas. IT0933 - (Enem) Memes e fake news: o impacto na educação das crianças Há quem diga que o Brasil nunca mais foi o mesmo depois dos memes. Na economia da velocidade, alguns apostam no humor, outros no engajamento polí�co, e tem gente inves�ndo alto na men�ra também. Diante desse cenário, uma pergunta se torna essencial: será que todo mundo está conseguindo traduzir as mensagens postadas, cur�das e compar�lhadas? Essa dúvida incen�vou uma professora de língua portuguesa a desenvolver uma proposta de leitura e análise crí�ca de memes com estudantes do ensino fundamental, na rede pública do Distrito Federal, na cidade de Samambaia. “Percebi que muitos alunos e pais estavam divulgando conteúdos sem saber o que havia por trás das palavras”, relata a professora. “O que antes era engraçado para os alunos passou a ser visto com outros olhos”, afirma a professora. Para ela, que u�lizou a representação da criança em memes de WhatsApp como material gerador das discussões em sala de aula, aguçar o olhar sobre essas mensagens impacta diretamente a a�tude de postar, cur�r e compar�lhar conteúdos ao es�mular o uso consciente da informação que circula nas plataformas de mídia social. Letramento polí�co e midiá�co é um desafio intergeracional. Em tempos de no�cias falsas, de imagens manipuladas e de memes sendo usados como triunfo da verdade de cada um, checagem de informação e 24@professorferretto @prof_ferretto interpretação de texto acabam se tornando moedas valiosas. Disponível em: h�ps://lunetas.com.br. Acesso em: 15 jan. 2024 (adaptado). Ao abordar a relação dos memes com a educação, a reportagem sustenta uma crí�ca à a) falta de fiscalização no uso de aplica�vos de mensagens por crianças. b) divulgação de informação manipulada em postagens virtuais. c) u�lização de ferramentas digitais no trabalho educacional. d) exploração de conteúdos humorís�cos nas mídias sociais. e) propagação de mensagens com obje�vos polí�cos. IT0940 - (Enem) Telemedicina é para todos, mas nem todos estão preparados A telemedicina, nos úl�mos anos, tem se destacado como uma ferramenta valiosa, proporcionando uma gama de bene�cios que vão desde a ampliação do acesso à assistência médica até a o�mização dos recursos de todo o ecossistema de saúde. O governo federal propõe a Estratégia de Saúde Digital, um programa des�nado à transformação digital da saúde no Brasil. Seu principal obje�vo é facilitar a troca de informações entre os diversos pontos da Rede de Atenção à Saúde, promovendo a interoperabilidade e, assim, possibilitando a transição e a con�nuidade do cuidado nos setores público e privado. Também está em discussão um projeto de lei que dispõe sobre o prontuário eletrônico unificado do cidadão, o que indica o quanto o tema está em evidência tanto para os gestores públicos quanto para os privados. Contudo, éimportante reconhecer que nem todas as pessoas estão igualmente preparadas para aproveitar plenamente os cuidados ofertados pela telemedicina. Um dos principais bene�cios do atendimento de saúde a distância é a capacidade de superar barreiras geográficas, proporcionando acesso a serviços médicos, especialmente para pacientes que residem em áreas remotas e/ou carentes de certas especialidades médicas, os chamados “vazios assistenciais”. A equidade no acesso é uma questão crí�ca, uma vez que nem todos têm ao seu alcance disposi�vos tecnológicos ou uma conexão à internet que seja confiável, entre outros problemas de infraestrutura. É um desafio tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, que, em muitos casos, não contam com estrutura para o trabalho remoto nem com letramento digital para desenvolver as funções. OLIVEIRA, D. Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 21 jan. 2024 (adaptado). Ao tratar da telemedicina, esse texto ressalta que um dos bene�cios dessa tecnologia para a sociedade é o fato de ela a) disponibilizar prontuário único do cidadão tanto na rede pública quanto na privada. b) oportunizar o acesso a atendimento médico a pacientes de áreas periféricas. c) fornecer disposi�vos tecnológicos para a realização de exames. d) promover a interação entre diferentes especialidades médicas. e) garan�r infraestrutura para o trabalho remoto de médicos. IT0945 - (Enem) Já ouvi gente falando que o podcast é o renascimento do rádio. O rádio é genial, uma mídia imorredoura, mas podcast não tem nada a ver com ele. O formato está mais próximo do ensaio literário do que de um programa de ondas curtas, médias ou longas. Podcasts são an�podas das redes sociais. Enquanto elas são dispersivas, levam à evasão e à desinformação, os podcasts são uma possibilidade de imersão, concentração, aprendizado. Depois que eles surgiram, lavar a louça e me locomover pela cidade viraram um programaço. Um pós-almoço de domingo e aprendo tudo sobre bonobos e gorilas. Um táxi pro aeroporto e chego ao embarque PhD em reforma tributária. PRATA, A. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 7 jan. 2024 (adaptado). Segundo a argumentação construída nesse texto, o podcast a) provoca dispersão da atenção em seu público. b) funciona por meio de uma frequência de ondas curtas. c) propicia divulgação de conhecimento para seus usuários. d) tem um formato de interação semelhante ao das redes sociais. e) cons�tui uma evolução na transmissão de informações via rádio. IT0954 - (Unesp) A questão toma por base uma passagem do ar�go Os operários da música livre, de Ronaldo Evangelista. 25@professorferretto @prof_ferretto Desde o final do século 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformações, como o surgimento e disseminação de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3, as redes de compar�lhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de conteúdo, ferramentas de publicação on-line – tudo à disposição de quem quisesse dividir com os outros suas canções e discos favoritas. A era pós-industrial a�ngiu toda a indústria do entretenimento, mas o braço da música foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras mul�nacionais, as chamadas majors, que sofreram um declínio em todas as etapas de seu an�go negócio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeiçoavam ferramentas baratas e caseiras de produção que diminuíam a distância entre amadores e profissionais. A era digital é também chamada de pós-industrial porque confronta o modelo de produção que dominava até o final do século 20. Esse modelo industrial é baseado na repe�ção, em formatar e embalar. Por trás disso, a ideia é obter a máxima produção – o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parâmetros são aplicados à arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do conteúdo (a canção). À canção que vai resultar nessa “produção máxima” é buscada por meio de um equilíbrio entre cria�vidade e uma fórmula de sucesso que desperte o interesse do público. Como estudos ainda não conseguiram decifrar como direcionar a cria�vidade de uma maneira que certamente despertará esse interesse (e maximizará a produção), a opção normalmente costuma ser pela solução mais simples. “Cada um tem descoberto suas fórmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogêneo”, opina o baiano Lucas Santana, que realizou seus discos recentes às próprias custas. “Claro que ainda existe uma distância em relação aos ar�stas chamados mainstream”, con�nua. “Mas você muda o tamanho da escala e já está tudo igual em termos de business. A pergunta é se essa geração faz uma música para esse grande mercado ou se ela está formando um novo público. Outra pergunta é se o grande mercado na verdade não passa de uma imposição de uma máfia que dita o que vai ser popular.” (Galileu, março de 2013. Adaptado.) No primeiro parágrafo, o termo tudo, por sua relação sintá�ca e semân�ca com a sequência que o precede, representa a) uma forte redundância devida a um lapso do escritor. b) a negação do que foi dito pelos termos antes enumerados. c) uma circunstância de tempo acrescentada à enumeração. d) o elemento que encerra uma enumeração, resumindo- a. e) toda a engrenagem tradicional do mercado musical. IT0956 - (Unesp) A questão toma por base uma passagem do ar�go Os operários da música livre, de Ronaldo Evangelista. Desde o final do século 20, toda a engrenagem industrial do mercado musical passa por intensas transformações, como o surgimento e disseminação de novas tecnologias, em grande parte gratuitas, como os arquivos MP3, as redes de compar�lhamento destes arquivos, mecanismos torrents, sites de armazenamento de conteúdo, ferramentas de publicação on-line – tudo à disposição de quem quisesse dividir com os outros suas canções e discos favoritas. A era pós-industrial a�ngiu toda a indústria do entretenimento, mas o braço da música foi quem mais sofreu, especialmente as grandes gravadoras mul�nacionais, as chamadas majors, que sofreram um declínio em todas as etapas de seu an�go negócio, ao mesmo tempo em que rapidamente se aperfeiçoavam ferramentas baratas e caseiras de produção que diminuíam a distância entre amadores e profissionais. A era digital é também chamada de pós-industrial porque confronta o modelo de produção que dominava até o final do século 20. Esse modelo industrial é baseado na repe�ção, em formatar e embalar. Por trás disso, a ideia é obter a máxima produção – o que, para produtos em geral, funciona muito bem. Quando esses parâmetros são aplicados à arte, a venda do produto (por exemplo, o disco) depende do conteúdo (a canção). À canção que vai resultar nessa “produção máxima” é buscada por meio de um equilíbrio entre cria�vidade e uma fórmula de sucesso que desperte o interesse do público. Como estudos ainda não conseguiram decifrar como direcionar a cria�vidade de uma maneira que certamente despertará esse interesse (e maximizará a produção), a opção normalmente costuma ser pela solução mais simples. “Cada um tem descoberto suas fórmulas e possibilidades, pois tudo tende a ser cada vez menos homogêneo”, opina o baiano Lucas Santana, que realizou seus discos recentes às próprias custas. “Claro que ainda existe uma distância em relação aos ar�stas chamados mainstream”, con�nua. “Mas você muda o tamanho da escala e já está tudo igual em termos de business. A pergunta é se essa geração faz uma música para esse 26@professorferretto @prof_ferretto grande mercado ou se ela está formando um novo público. Outra pergunta é se o grande mercado na verdade não passa de uma imposição de uma máfia que dita o que vai ser popular.” (Galileu, março de 2013. Adaptado.) Como estudos ainda não conseguiram decifrar como direcionar a cria�vidade de uma maneira que certamente despertará esse interesse (e maximizará a produção), a opção normalmente costuma ser pela solução mais simples. O período em destaque apresentamuitos ecos (coincidências de sons de finais de palavras). Uma das formas de evitá-los e tornar a sequência mais fluente seria colocar “conduzir”, “tal”, “quan�dade produzida” em lugar de, respec�vamente, a) direcionar, esse, produção. b) decifrar, esse, solução. c) direcionar, interesse, produção. d) conseguiram, que, opção. e) decifrar, interesse, maximizará. IT0976 - (Unicamp) Texto I Texto II O que levou Marta, seis vezes a melhor do mundo, a enfrentar a Austrália de chuteiras pretas? Adianto, não foi o futebol “raiz”. Marta não fechou patrocínio com nenhuma das gigantes do mercado espor�vo. Não recebeu nenhuma proposta à altura do seu futebol. Isso diz muito sobre o machismo no esporte. A par�r disso, a atleta decidiu calçar a luta pela diversidade. (Fonte: h�ps://www.hypeness.com.br/2019/06/chuteira- sem-logo-e-com-simbolo-de-igualdade-de-genero-foi- mais-um-golaco-de-marta/. Acessado em 18/06/2019.) Considerando o tweet e o texto acima, é correto afirmar que a atleta a) enfrentou o �me adversário com chuteiras pretas, mesmo que não tenha sido influenciada pelo futebol “raiz”. b) usou chuteiras sem logo�po e luta pela igualdade de gênero no esporte, mesmo sendo considerada seis vezes a melhor do mundo. c) não recebeu patrocínio de nenhuma grande empresa, embora a chuteira preta sem logo�po simbolize o futebol “raiz”. d) optou por lutar contra o machismo no esporte, embora as propostas de patrocínio não tenham considerado seu valor. IT1000 - (Fuvest) “A mídia digital é uma mídia da presença. A sua temporalidade é o presente imediato. A comunicação digital se caracteriza pelo fato de que informações são produzidas, enviadas e recebidas sem mediação por meio de intermediários. Mediação e representação são interpretadas como não transparência e ineficiência, como conges�onamento de tempo e de informação. Uma mídia eletrônica de massa clássica como o rádio só permite uma comunicação unilateral. O des�natário da mensagem é condenado à passividade. Hoje não somos mais des�natários e consumidores passivos de informação, mas sim remetentes e produtores a�vos. Não nos contentamos mais em consumir informações passivamente, mas sim queremos produzi-las e comunicá-las a�vamente nós mesmos. Somos simultaneamente consumidores e produtores.” HAN, Byung-Chul. No enxame: Perspec�vas do digital. São Paulo: Editora Vozes, 2018. p.35-36 (Adaptado). Segundo o texto, a mídia digital dis�ngue-se da mídia de massa tradicional por a) reforçar a separação entre consumidor e produtor, resultante da ampliação da comunicação unilateral na internet. b) apostar na passividade do público, que precisa de um mediador para poder comunicar informações a�vamente. c) gerar excesso de informação, que consolida estrutura capaz de condenar todos os consumidores à passividade. d) provocar presen�ficação, decorrente da dissolução dos intermediários e da combinação dos papéis de consumidor e produtor. e) dissolver a dis�nção entre produtor e consumidor, causadora de conges�onamento de tempo e de informação. 27@professorferretto @prof_ferrettoe municípios do País, em poucos cliques, o interessado pode conhecer 2@professorferretto @prof_ferretto melhor o perfil da população, o �po de a�vidade desenvolvida, as ocupações formais e a média salarial por categoria. MANTOVANI. C. A. Guardião de informações. Minas faz Ciência. n. 58. jun.-jul.-ago. 2014 (adaptado). Entre as novas possibilidades promovidas pelo desenvolvimento de novas tecnologias, o texto destaca a a) auditoria das ações de governo. b) publicidade das en�dades públicas. c) obtenção de informações estratégicas. d) disponibilidade de ambientes cole�vos. e) comunicação entre órgãos administra�vos. IT0160 - (Enem) Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro Ao tuitar ou comentar em baixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você provavelmente se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão “enviar”. Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com uma imensa carga de informações. Mas o que você talvez não saiba é que os seres humanos usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, autor do livro Wri�ng on the Wall – Social Media, The first 2.000 Years (Escrevendo no mural – mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre). Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e polí�co romano, teria sido, junto com outros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cícero usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em rolos de papiro que eram enviados a uma espécie de rede de contatos. Estas pessoas, por sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. “Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos �nham escravos e escribas que transmi�am suas mensagens”, disse Stand age à BBC Brasil. “Membros da elite romana escreviam entre si constantemente, comentando sobre as úl�mas movimentações polí�cas e expressando opiniões”. Além do papiro, outra plataforma comumente u�lizada pelos romanos era uma tábua de cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou transmi�am os principais pontos da acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fórum de Roma. Essa tábua, o “iPad da Roma An�ga”, era levada por um mensageiro até o des�natário, que respondia embaixo da mensagem. NIDECKER, F. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 7 nov. 2013 (adaptado}. Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação an�gas e atuais. Quanto ao gênero mensagem, iden�fica-se como caracterís�ca que perdura ao longo dos tempos o(a) a) imedia�smo das respostas. b) compar�lhamento de informações. c) interferência direta de outros no texto original. d) recorrência de seu uso entre membros da elite. e) perfil social dos envolvidos na troca comunica�va. IT0168 - (Enem) Cordel resiste à tecnologia gráfica O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a literatura de cordel, que atravessa os séculos sem ser destruída pela avalanche de modernidade que invade o sertão lírico e telúrico. Na contramão do progresso, que informa�zou a indústria gráfica, a Lira Nordes�na, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam, em suas oficinas, velhas máquinas para impressão dos seus cordéis. A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confecção de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a impressora, também manual, para imprimir. A manutenção desse sistema an�go de impressão faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a confecção da xilogravura para a capa do cordel. As xilogravuras são ilustrações populares ob�das por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordes�na até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua técnica aos índios, como uma a�vidade extra-catequese, par�ndo do princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente não fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clichê, placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era u�lizada nos jornais impressos em rotoplanas. VICELMO, A. Disponível em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado). A estratégia gráfica cons�tuída pela união entre as técnicas da impressão manual e da confecção da xilogravura na produção de folhetos de cordel 3@professorferretto @prof_ferretto a) realça a importância da xilogravura sobre o clichê. b) oportuniza a renovação dessa arte na modernidade. c) demonstra a u�lidade desses textos para a catequese. d) revela a necessidade da busca das origens dessa literatura. e) auxilia na manutenção da essência iden�tária dessa tradição popular. IT0147 - (Enem) A realidade virtual é uma tecnologia de informação que, conforme sugere a imagem, tem como uma de suas principais funções a) promover a manipulação eficiente de conhecimentos e informações de di�cil compreensão no mundo �sico. b) conduzir escolhas profissionais da área de ciência da computação, oferecendo um leque de opções de atuação. c) transferir conhecimento da inteligência ar�ficial para as áreas tradicionais, como as das ciências exatas e naturais. d) levar o ser humano a experimentar mentalmente outras realidades, para as quais é transportado sem sair de seu próprio lugar. e) delimitar tecnologias exclusivas de jogos virtuais, a fim de oferecer maior emoção ao jogador por meio de outras realidades. IT0166 - (Enem) Rede social pode prever desempenho profissional, diz pesquisa Pense duas vezes antes de postar qualquer item em seu perfil nas redes sociais. O conselho, repe�do à exaustão por consultores de carreira por aí, acaba de ganhar um status, digamos, mais cien�fico. De acordo com resultados da pesquisa, uma rápida análise do perfil nas redes sociais pode prever o desempenho profissional do candidato a uma oportunidade de emprego. Para chegar a essa conclusão, uma equipe de pesquisadores da Northern Illinois University, University of Evansville e Auburn University pediu a um professor universitário e dois alunos para analisarem perfis de um grupo de universitários. Após checar fotos, postagens, número de amigos e interesses por 10 minutos, o trio considerou itens como consciência, afabilidade, extroversão, estabilidade emocional e recep�vidade. Seis meses depois, as impressões do grupo foram comparadas com a análise de desempenho feita pelos chefes dos jovens que �veram seus perfis analisados. Os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre as caracterís�cas descritas a par�r dos dados da rede e o comportamento dos universitários no ambiente de trabalho. Disponível em h�p://exame.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). As redes sociais são espaços de comunicação e interação on-line que possibilitam o conhecimento de aspectos da privacidade de seus usuários. Segundo o texto, no mundo do trabalho, esse conhecimento permite a) iden�ficar a capacidade �sica atribuída ao candidato. b) cer�ficar a competência profissional do candidato. c) controlar o comportamento virtual e real do candidato. d) avaliar informações pessoais e comportamentais sobre o candidato. e) aferir a capacidade intelectual do candidato na resolução de problemas. IT0163 - (Enem) 4@professorferretto @prof_ferretto O consumidor do século XXI, chamado de novo consumidor social, tende a se comportar de modo diferente do consumidor tradicional. Pela associação das caracterís�cas apresentadas no diagrama, infere-se que esse novo consumidor sofre influência da a) cultura do comércio eletrônico. b) busca constante pelo menor preço. c) divulgação de informações pelas empresas. d) necessidade recorrentede consumo. e) postura comum aos consumidores tradicionais. IT0157 - (Enem) A internet proporcionou o surgimento de novos paradigmas sociais e impulsionou a modificação de outros já estabelecidos nas esferas da comunicação e da informação. A principal consequência cri�cada na �rinha sobre esse processo é a a) criação de memes. b) ampliação da blogosfera. c) supremacia das ideias ciberné�cas. d) comercialização de pontos de vista. e) banalização do comércio eletrônico. IT0162 - (Enem) Textos e hipertextos: procurando o equilíbrio Há um medo por parte dos pais e de alguns professores de as crianças desaprenderem quando navegam, medo de elas viciarem, de obterem informação não confiável, de elas se isolarem do mundo real, como se o computador fosse um agente do mal, um vilão. Esse medo é reforçado pela mídia, que costuma apresentar o computador como um agente nega�vo na aprendizagem e na socialização dos usuários. Nós sabemos que ninguém corre o risco de desaprender quando navega, seja em ambientes digitais ou em materiais impressos, mas é preciso ver o que se está aprendendo e algumas vezes interferir nesse processo a fim de o�mizar ou orientar a aprendizagem, mostrando aos usuários outros temas, outros caminhos, outras possibilidades diferentes daquelas que eles encontraram sozinhos ou daquelas que eles costumam usar. É preciso, algumas vezes, negociar o uso para que ele não seja exclusivo, uma vez que há outros meios de comunicação, outros meios de informação e alterna�vas de lazer. É uma questão de equilibrar e não de culpar. COSCARELLI. C. V. Linguagem em (Dis)curso. n. 3. set.-dez. 2009. A autora incen�va o uso da internet pelos estudantes, ponderando sobre a necessidade de orientação a esse uso, pois essa tecnologia a) está repleta de informações contáveis que cons�tuem fonte única para a aprendizagem dos alunos. b) exige dos pais e professores que proíbam seu uso abusivo para evitar que se torne um vício. c) tende a se tornar um agente nega�vo na aprendizagem e na socialização de crianças e jovens. d) possibilita maior ampliação do conhecimento de mundo quando a aprendizagem é direcionada. e) leva ao isolamento do mundo real e ao uso exclusivo do computador se a navegação for desmedida. IT0150 - (Enem) Deu vontade de jogar, mas não sabe como reunir os amigos... 5@professorferretto @prof_ferretto Muitas vezes é di�cil encontrar grupos para bater uma bola. Em função disso, estão sendo disponibilizados aplica�vos que reúnem �mes e reservam espaços para os adeptos da paixão nacional. Num exemplo dessas inicia�vas, é possível organizar uma par�da de futebol, se inscrever para par�cipar de um jogo, alugar campos e quadras, convidar jogadores. O aplica�vo tem dois �pos de usuários: um que o usa como ferramenta de gestão do grupo, convidando amigos para jogar, vendo quem confirmou e avaliando os jogos. Outro usuário é o que busca par�das perto de onde ele está, caso de pessoas que estão de passagem numa cidade. BENEDICTO, M.; MARLI, M. Bola na rede. Retratos: a revista do IBGE, n. 2, 2017 (adaptado). A inter-relação entre tecnologia e sociedade tem es�mulado a criação de aplica�vos. Nesse texto, isso é percebido pelo desenvolvimento de aplica�vos para a) organização de eventos de compe�ções espor�vas. b) agendamento de viagens para eventos de esporte amador. c) mapeamento dos interesses dos pra�cantes acerca dos esportes. d) iden�ficação da escassez de espaços para a vivência dos esportes. e) formação de grupos em comunidades virtuais para a prá�ca espor�va. IT0336 - (Enem) São vários os fatores, internos e externos, que influenciam os hábitos das pessoas no acesso à internet, assim como nas prá�cas culturais realizadas na rede. A u�lização das tecnologias de informação e comunicação está diretamente relacionada aos aspectos como: conhecimento de seu uso, acesso à linguagem letrada, nível de instrução, escolaridade, letramento digital etc. Os que detêm tais recursos (os mais escolarizados) são os que mais acessam a rede e também os que possuem maior índice de acumula�vidade das prá�cas. A análise dos dados nos possibilita dizer que a falta de acesso à rede repete as mesmas adversidades e exclusões já verificadas na sociedade brasileira no que se refere a analfabetos, menos escolarizados, negros, população indígena e desempregados. Isso significa dizer que a internet, se não produz diretamente a exclusão, certamente a reproduz, tendo em vista que os que mais a acessam são justamente os mais jovens, escolarizados, remunerados, trabalha dores qualificados, homens e brancos. SILVA, F. A. B.; ZIVIANE, P.; GHEZZI, D. R. As tecnologias digitais e seus usos. Brasília; Rio de Janeiro: Ipea, 2019 (adaptado). Ao analisarem a correlação entre os hábitos e o perfil socioeconômico dos usuários da internet no Brasil, os pesquisadores a) apontam o desenvolvimento econômico como solução para ampliar o uso da rede. b) ques�onam a crença de que o acesso à informação é igualitário e democrá�co. c) afirmam que o uso comercial da rede é a causa da exclusão de minorias. d) refutam o vínculo entre níveis de escolaridade dificuldade de acesso. e) condicionam a expansão da rede à elaboração de polí�cas inclusivas. IT0325 - (Fuvest) O Twi�er é uma das redes sociais mais importantes no Brasil e no mundo. (...) Um estudo iden�ficou que as fake news são 70% mais propensas a serem retweetadas do que fatos verdadeiros. (...) Outra conclusão importante do trabalho diz respeito aos famosos bots: ao contrário do que muitos pensam, esses robôs não são os grandes responsáveis por disseminar no�cias falsas. Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações men�rosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas. Superinteressante, “No Twi�er, fake news se espalham 6 vezes mais rápido que no�cias verdadeiras”. Maio/2019. No período “Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações men�rosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas.”, os dois-pontos são u�lizados para introduzir uma a) conclusão. b) concessão. c) explicação. d) contradição. e) condição. IT0165 - (Enem) O hoax, como é chamado qualquer boato ou farsa na internet, pode espalhar vírus entre os seus contatos. Falsos sorteios de celulares ou frases que Clarice Lispector nunca disse são exemplos de hoax. Trata-se de boatos recebidos por e-mail ou compar�lhados em redes sociais. Em geral, são mensagens dramá�cas ou alarmantes que acompanham imagens chocantes, falam de crianças doentes ou avisam sobre falsos vírus. O obje�vo de quem cria esse �po de mensagem pode ser apenas se diver�r com a brincadeira (de mau gosto), 6@professorferretto @prof_ferretto prejudicar a imagem de uma empresa ou espalhar uma ideologia polí�ca. Se o hoax for do �po phishing (derivado de fishing, pescaria, em inglês) o problema pode ser mais grave: o usuário que clicar pode ter seus dados pessoais ou bancários roubados por golpistas. Por isso é tão importante ficar atento. VIMERCATE, N. Disponível em: www.techtudo.com.br. Acesso em: 1 maio 2013 (adaptado). Ao discorrer sobre os hoaxes, o texto sugere ao leitor, como estratégia para evitar essa ameaça, a) recusar convites de jogos e brincadeiras feitos pela internet. b) analisar a linguagem u�lizada nas mensagens recebidas. c) classificar os contatos presentes em suas redes sociais. d) u�lizar programas que iden�fiquem falsos vírus. e) desprezar mensagens que causem comoção. IT0156 - (Enem) O que é so�ware livre So�ware livre é qualquer programa de computador construído de forma colabora�va, via internet, por uma comunidade internacional de desenvolvedores independentes. São centenas de milhares de hackers, que negam sua associação com os “violadores de segurança”. Esses desenvolvedores de so�ware se recusam a reconhecer o significado pejora�vo do termo e con�nuam usando a palavra hacker para indicar “alguém que ama programar e que gosta de ser hábile engenhoso”. Além disso, esses programas são entregues à comunidade com o código fonte aberto e disponível, permi�ndo que a ideia original possa ser aperfeiçoada e devolvida novamente à comunidade. Nos programas convencionais, o código de programação é secreto e de propriedade da empresa que o desenvolveu, sendo quase impossível decifrar a programação. O que está em jogo é o controle da inovação tecnológica. So�ware livre é uma questão de liberdade de expressão e não apenas uma relação econômica. Hoje existem milhares de programas alterna�vos construídos dessa forma e uma comunidade de usuários com milhões de membros no mundo. BRANCO, M. So�ware livre e desenvolvimento social e econômico. In: CASTELLS, M.; CARDOSO, G. (Org). A sociedade em rede: do conhecimento à ação polí�ca. Lisboa: Imprensa Nacional, 2005 (adaptado). A criação de so�wares livres contribui para a produção do conhecimento na sociedade porque a) democra�za o acesso a produtos construídos cole�vamente. b) complexifica os sistemas operacionais disponíveis no mercado. c) qualifica um maior número de pessoas para o uso de tecnologias. d) possibilita a coleta de dados confidenciais para seus desenvolvedores. e) insere profissionalmente os hackers na área de inovação tecnológica. IT0148 - (Enem) Atualmente os jovens estão imersos numa sociedade permeada pela tecnologia. Nesse contexto, os jogos digitais são artefatos muito empregados. Videogames a�vos ou exergames foram introduzidos como forma de permi�r que o corpo controlasse tais jogos. Como resultado, passaram a ser vistos como uma ferramenta auxiliar na adoção de um es�lo de vida menos sedentário, com efeitos posi�vos sobre a saúde. Tem-se defendido que os exergames podem contribuir para a prá�ca regular de a�vidade �sica moderada, bem como promover a interação entre jogadores, reduzindo o sen�mento de isolamento social. Por outro lado, argumenta-se que os exergames não podem subs�tuir a experiência real das prá�cas corporais, pois não mo�vam a longo prazo a prá�ca permanente de a�vidades �sicas. FINCO, M. D.; REATEGUI, E. B.; ZARO, M. A. Laboratório de exergames: um espaço complementar para as aulas de educação �sica. Movimento, n. 3, 2015 (adaptado). Pela sua intera�vidade, os exergames apresentam-se como possibilidade para es�mular o(a) a) exercitação �sica, promovendo a saúde. b) vivência de exercícios �sicos sistemá�cos. c) envolvimento com a�vidades �sicas ao longo da vida. d) jogo por meio de comandos fornecidos pelo videogame. e) disputa entre jogadores, contribuindo para o individualismo. IT0155 - (Enem) A rede é, antes de tudo, um instrumento de comunicação entre pessoas, um laço virtual em que as comunidades auxiliam seus membros a aprender o que querem saber. Os dados não representam senão a matéria-prima de um processo intelectual e social vivo, altamente elaborado. Enfim, toda inteligência cole�va do mundo jamais dispensará a inteligência pessoal, o esforço individual e o tempo necessário para aprender, pesquisar, avaliar e integrar-se a diversas comunidades, sejam elas virtuais 7@professorferretto @prof_ferretto ou não. A rede jamais pensará em seu lugar, fique tranquilo. LÉVY, P. A máquina universo: criação, cognição e cultura informá�ca. Porto Alegre: Artmed, 1998. No contexto das novas tecnologias de informação e comunicação, a circulação de saberes depende da a) o�mização do tempo. b) confiabilidade dos sites. c) contribuição dos usuários. d) quan�dade de informação. e) colaboração de intelectuais. IT0345 - (Enem) TEXTO I Projeto Mural Eletrônico desenvolvido no INT, semelhante a um totem, promete tornar o acesso à informação disponível para todos A inclusão de pessoas com deficiência se cons�tuiu um dos principais desafios e preocupações para a sociedade ao longo das úl�mas décadas. E o uso da tecnologia tem se revelado um aliado fundamental em muitas inicia�vas voltadas para essa área. Exemplo disso é uma das recentes criações do Ins�tuto Nacional de Tecnologia (INT) — unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Ali, com o obje�vo de que as diferenças entre pessoas não sejam sinônimo de obstáculos no acesso à informação ou na comunicação, engenheiros e tecnólogos vêm trabalhando no desenvolvimento do projeto Mural Eletrônico. O Mural Eletrônico nasceu da necessidade de promover a inclusão nas escolas. Com interface mul�mídia e intera�va, todos têm a possibilidade de acessar o Mural Eletrônico. Por meio do equipamento, podem ser disponibilizados vídeos com Libras, leitura sonora de textos, que também estarão acessíveis em uma plataforma de braille dinâmico, ao lado do teclado. KIFFER, D. Inclusão ampla e Irrestrita. Rio Pesquisa, n. 36, set. 2016 (adaptado). TEXTO II Projeto Surdonews, desenvolvido na UFRJ, garante acesso de surdos à informação e contribui para sua “inclusão cien�fica” Para não permi�r que a falta de informação seja um fator para o isolamento e a inacessibilidade da comunidade surda, a jornalista e pesquisadora Roberta Savedra Schiaffino criou o projeto “Surdonews: montando os quebra-cabeças das no�cias para o surdo”. Trata-se de uma página no Facebook, com no�cias constantemente atualizadas e apresentadas por surdos em Libras, e veiculadas por meio de vídeos. A ideia de criar o projeto surgiu quando Roberta, ela própria surda profunda, ainda cursava o mestrado. Para isso, ela procurou traçar um diagnós�co do conhecimento informal entre as pessoas com surdez. Ela entrevistou cinquenta alunos surdos do ensino fundamental e viu que eles �nham muita dificuldade de ler, além de não captar a no�cia falada. “Isso é muito grave, pois 90% do saber de um indivíduo vem do conhecimento informal, adquirido em feiras cien�ficas, conversas, cinema, teatro, incluindo a mídia, por todas as suas possibilidades disseminadoras”, explica a pesquisadora. “Prezamos pelo conteúdo cien�fico em nossas pautas. Contudo, independentemente disso, nosso principal trabalho é, além de informar e atualizar, fazer com que os textos não sejam empobrecidos no processo de ‘tradução’ e, sim, acessíveis”. KIFFER, D. Comunicação sem barreiras. Rio Pesquisa, n. 37, dez. 2016 (adaptado). Considerando-se o tema tecnologias e acessibilidade, os textos I e II aproximam-se porque apresentam projetos que a) garantem a igualdade entre as pessoas. b) foram criados por uma pesquisadora surda. c) �veram origem em um curso de pós-graduação. d) estão circunscritos ao espaço ins�tucional da escola. e) têm como obje�vo a disseminação do conhecimento. IT0159 - (Enem) Farejador de Plágio: uma ferramenta contra a cópia ilegal No mundo acadêmico ou nos veículos de comunicação, as cópias ilegais podem surgir de diversas maneiras, sendo integrais, parciais ou paráfrases. Para ajudar a combater esse crime, o professor Maximiliano Zambona�o Pezzin, engenheiro de computação, desenvolveu junto com os seus alunos o programa Farejador de Plágio. O programa é capaz de detectar: trechos con�nuos e fragmentados, frases soltas, partes de textos reorganizadas, frases reescritas, mudanças na ordem dos períodos e erros foné�cos e sintá�cos. Mas como o programa realmente funciona? Considerando o texto como uma sequência de palavras, a ferramenta analisa e busca trecho por trecho nos sites de busca, assim como um professor desconfiado de um aluno faria. A diferença é que o programa permite que se pesquise em vários buscadores, gerando assim muito mais resultados. Disponível em: h�p://reporterunesp.jor.br. Acesso em: 19 mar. 2018. Segundo o texto, a ferramenta Farejador de Plágio alcança seu obje�vo por meio da 8@professorferretto @prof_ferretto a) seleção de cópias integrais. b) busca em sites especializados. c) simulação da a�vidade docente. d) comparação de padrões estruturais. e) iden�ficação de sequência de fonemas. IT0161 - (Enem) Mas assim que penetramos no universo da web, descobrimos que ele cons�tui não apenas um imenso “território” em expansão acelerada, mas que também oferece inúmeros “mapas”,filtros, seleções para ajudar o navegante a orientar-se. O melhor guia para a web é a própria web. Ainda que seja preciso ter a paciência de explorá-la. Ainda que seja preciso arriscar-se a ficar perdido, aceitar “a perda de tempo” para familiarizar-se com esta terra estranha. Talvez seja preciso ceder por um instante a seu aspecto lúdico para descobrir, no desvio de um link, os sites que mais se aproximam de nossos interesses profissionais ou de nossas paixões e que poderão, portanto, alimentar da melhor maneira possível nossa jornada pessoal. LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999. O usuário iniciante sente-se não raramente desorientado no oceano de informações e possibilidades disponíveis na rede mundial de computadores. Nesse sen�do, Pierre Lévy destaca como um dos principais aspectos da internet o(a) a) a espaço aberto para a aprendizagem. b) grande número de ferramentas de pesquisa. c) ausência de mapas ou guias explica�vos. d) infinito número de páginas virtuais. e) dificuldade de acesso aos sites de pesquisa. IT0152 - (Enem) “O computador, dando prioridade à busca pela própria felicidade, parou de trabalhar para os humanos”. E assim que termina o conto O dia em que um computador escreveu um conto, escrito por uma inteligência ar�ficial com a ajuda de cien�stas humanos. Os cien�stas selecionaram palavras e frases que seriam usadas na narra�va, e definiram um roteiro geral da história, que serviria como guia para a inteligência ar�ficial. A par�r daí, o computador criou o texto combinando as frases e seguindo as diretrizes que os cien�stas impuseram. Os juízes não sabem quais textos são escritos por humanos e quais são feitos por computadores, o que mostra que o conto estava bem escrito. O dia só não passou para as próximas etapas porque, de acordo com os juízes, os personagens não foram muito bem descritos, embora o texto es�vesse estruturalmente impecável. A ideia dos cien�stas é con�nuar desenvolvendo a cria�vidade da IA para que ela se pareça cada vez mais com a humana. Simular esse �po de resposta é di�cil, porque o computador precisa ter, primeiro, um banco de dados vasto vinculado a uma programação específica para cada �po de projeto – escrita, pintura, música, desenho e por aí vai. DANGELO, H. Disponível em: h�ps: /isuper.abril.com.br. Acesso em: 5 dez. 2018. O êxito e as limitações da tecnologia u�lizada na composição do conto evidencia a a) indis�nção entre personagens produzidos por máquinas e seres humanos. b) necessidade de reformulação da base de dados elaborada por cien�stas. c) autonomia de programas computacionais no desenvolvimento ficcional. d) diferença entre a estrutura e a cria�vidade da linguagem humana. e) qualidade ar�s�ca de textos produzidos por computadores. IT0167 - (Enem) Opportunity é o nome de um veículo explorador que aterrissou em Marte com a missão de enviar informações à Terra. A charge apresenta uma crí�ca ao(à) 9@professorferretto @prof_ferretto a) gasto exagerado com o envio de robôs a outros planetas. b) exploração indiscriminada de outros planetas. c) circulação digital excessiva de autorretratos. d) vulgarização das descobertas espaciais. e) mecanização das a�vidades humanas. IT0158 - (Enem) ABL lança novo concurso cultural: “Conte o conto sem aumentar um ponto” Em razão da grande repercussão do concurso de Microcontos do Twi�er da ABL, o Abletras, a Academia Brasileira de Letras lançou no dia do seu aniversário de 113 anos um novo concurso cultural in�tulado “Conte o conto sem aumentar um ponto”, baseado na obra A cartomante, de Machado de Assis. “Conte o conto sem aumentar um ponto" tem como obje�vo dar um final dis�nto do original ao conto A cartomante, de Machado de Assis, u�lizando-se o mesmo número de caracteres – ou inferior – que Machado concluiu seu trabalho, ou seja, 1.778 caracteres. Vale ressaltar que, para par�cipar do concurso, o concorrente deverá ser seguidor do Twi�er da ABL, o Abletras. Disponível em: www.academia.org.br. Acesso em: 18 out. 2015 (adaptado). O Twi�er é reconhecido por promover o compar�lhamento de textos. Nessa no�cia, essa rede social foi u�lizada como veículo/suporte para um concurso literário por causa do(a) a) limite predeterminado de extensão do texto. b) interesse pela par�cipação de jovens. c) atualidade do enredo proposto. d) fidelidade a fatos co�dianos. e) dinâmica da sequência narra�va. IT0171 - (Enem) Para Carr, internet atua no comércio da distração Autor de “A Geração Superficial” analisa a influência da tecnologia na mente O jornalista americano Nicholas Carr acredita que a internet não es�mula a inteligência de ninguém. O autor explica descobertas cien�ficas sobre o funcionamento do cérebro humano e teoriza sobre a influência da internet em nossa forma de pensar. Para ele, a rede torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de fragmentar a atenção de seus usuários. Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lucro com a recente fragilidade de nossa atenção. “Quanto mais tempo passamos on-line e quanto mais rápido passamos de uma informação para a outra, mais dinheiro as empresas de internet fazem”, avalia. “Essas empresas estão no comércio da distração e são experts em nos manter cada vez mais famintos por informação fragmentada em partes pequenas. É claro que elas têm interesse em nos es�mular e �rar vantagem da nossa compulsão por tecnologia.” ROXO, E. Folha de S.Paulo, 18 fev. 2012 (adaptado). A crí�ca do jornalista norte-americano que jus�fica o �tulo do texto é a de que a internet a) mantém os usuários cada vez menos preocupados com a qualidade da informação. b) torna o raciocínio de quem navega mais raso, além de fragmentar a atenção de seus usuários. c) deses�mula a inteligência, de acordo com descobertas cien�ficas sobre o cérebro. d) influencia nossa forma de pensar com a superficialidade dos meios eletrônicos. e) garante a empresas a obtenção de mais lucro com a recente fragilidade de nossa atenção. IT0164 - (Enem) Até que ponto replicar conteúdo é crime? “A internet e a pirataria são inseparáveis”, diz o diretor do ins�tuto de pesquisas americano Social Science Research Council. “Há uma infraestrutura pequena para controlar quem é o dono dos arquivos que circulam na rede. Isso acabou com o controle sobre a propriedade e tem sido descrito como pirataria, mas é inerente à tecnologia”, afirma o diretor. O ato de distribuir cópias de um trabalho sem a autorização dos seus produtores pode, sim, ser considerado crime, mas nem sempre essa distribuição gratuita lesa os donos dos direitos autorais. Pelo contrário. Veja o caso do livro O alquimista, do escritor Paulo Coelho. Após publicar, para download gratuito, uma versão traduzida da obra em seu blog, Coelho viu as vendas do livro em papel explodirem. BARRETO, J.; MORAES, M, A internet existe sem pirataria? Veja, n. 2 303, 13 fev. 2013 (adaptado). De acordo com o texto, o impacto causado pela internet propicia a a) banalização da pirataria na rede. b) adoção de medidas favoráveis aos editores. c) implementação de leis contra crimes eletrônicos. d) reavaliação do conceito de propriedade intelectual. e) ampliação do acesso a obras de autores reconhecidos. IT0169 - (Enem) 10@professorferretto @prof_ferretto O texto introduz uma reportagem a respeito do futuro da televisão, destacando que as tecnologias a ela incorporadas serão responsáveis por a) es�mular a subs�tuição dos an�gos aparelhos de TV. b) contemplar os desejos individuais com recursos de ponta. c) transformar a televisão no principal meio de acesso às redes sociais. d) renovar técnicas de apresentação de programas e de captação de imagens. e) minimizar a importância dessa ferramenta como meio de comunicação de massa. IT0354 - (Enem) O texto sobre os chamados na�vos digitais traz informações com a função de a) propor ações específicas para cada etapa da infância. b) estabelecer regras que devem ser seguidas à risca. c) explicar os efeitos do acesso precoce à internet. d) determinar a incorporação de rituais à educaçãodos filhos. e) educar com base em um conjunto de estratégias forma�vas. IT0432 - (Enem PPL) O boato insiste em ser um gênero da comunicação. Um rumor pode nascer da má-fé, do mal-entendido ou de uma trapalhada qualquer. O primeiro impulso é acreditar, porque: 1 – confiamos em quem o transmite; 2 – é fisicamente impossível verificar a veracidade de tudo; 3 – os meios de comunicação estão sistema�camente relapsos com a verificação de seus conteúdos e, se eles fazem isso, o que nos impede? O boato não informa, mas ensina: mostra como uma sociedade se prepara para tomar posição. A nossa tem se aplicado na tarefa de desmantelar equipes de jornalistas que dão nome de “informação” a todo �po de “copia e cola” difundido pela internet como se fosse um fato verídico. A comunicação atual depende, cada vez mais, do modo como vamos lidar com os rumores. PEREIRA JR., L. C. Língua Portuguesa, n. 93, jul. 2013 (adaptado) Em relação aos boatos que circulam ininterruptamente na internet, esse texto reconhece a importância da posição tomada pelo internauta leitor ao a) confiar nos contatos pessoais que transmi�ram a informação. b) acompanhar e reproduzir o comportamento dos meios de comunicação. c) seguir as contas dos jornalistas nas diversas redes sociais existentes. d) excluir de seus contatos usuários que não confirmam a veracidade das no�cias. e) pesquisar em diferentes mídias a veracidade das no�cias que circulam na rede. IT0455 - (Enem PPL) A produção em massa em grandes fábricas se tornou o símbolo da Segunda Revolução Industrial. Agora, após um século, uma nova transformação se anuncia. Ela é trazida por aparelhos do tamanho de um micro-ondas que constroem um objeto real a par�r de um arquivo digital: as impressoras tridimensionais. Elas funcionam como uma impressora convencional que muitos têm em casa. Basta apertar o botão na tela do computador para que o arquivo digital, com o desenho em três dimensões 11@professorferretto @prof_ferretto do objeto a fabricar, seja enviado para a máquina. Em vez de �nta, elas usam materiais como plás�co, gesso, silicone, borracha ou metais para fazer sapatos, próteses dentárias, joias, luminárias, brinquedos ou peças de equipamentos hospitalares. Até há pouco tempo, esses equipamentos custavam centenas de milhares de reais e ficavam restritos às grandes indústrias. Hoje já é possível levar para casa uma impressora 3D e usá-la para fabricar objetos. “Uma nova revolução industrial está a caminho”, diz o jornalista e �sico Chris Anderson. Disponível em: h�p://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado). Segundo esse texto, as impressoras tridimensionais prenunciam uma nova Revolução Industrial porque são tecnologias que a) diminuíram de tamanho. b) �veram seus preços reduzidos. c) trabalham com um arquivo digital. d) facilitam a confecção de objetos 3D. e) permitem a individualização da manufatura. IT0397 - (Enem PPL) É vantajoso que as crianças possam entender o funcionamento por trás da tecnologia que está presente em diversos aspectos da vida co�diana, aproveitando a curiosidade infan�l como impulso inicial. A computação ajuda a desenvolver o raciocínio, a melhorar a comunicação e a trabalhar a capacidade de resolver problemas. Os computadores executam tarefas por meio de comandos dados em uma programação. Essa, por sua vez, é feita com linguagens próprias, que funcionam como uma espécie de “idioma”, por meio do qual o programador se comunica com as máquinas. Porém, mais do que dominar essas linguagens, o programador precisa empregar a lógica computacional. O programador precisa expressar em seu código as condições e seus efeitos, como “se acontecer A, faça B, a não ser que haja X, então faça C”. A escrita de um algoritmo é repleta de condições interconectadas, do �po “se”, “então”, “senão”, “ou”, “até que”, “enquanto” etc. Por isso, para programar, é necessário compreender esse �po de raciocínio. Para as crianças, isso é tarefa fácil; afinal elas têm uma capacidade incrível de assimilar informações novas. Disponível em: h�ps://catracalivre.com.br. Acesso em: 25 nov. 2021. Esse texto promove uma reflexão sobre o ensino de programação na infância. A defesa da proposta está ancorada na caracterização da programação com base na sua a) conexão com aspectos lúdicos da infância. b) autonomia em relação ao raciocínio lógico. c) presença crescente no dia a dia das pessoas. d) similaridade com o funcionamento das línguas. e) capacidade de inovação na resolução de tarefas. IT0398 - (Enem PPL) A solidão nas cidades grandes é muito mais um sinal da precariedade do sen�do da comunidade e da convivência, é mais um problema sociocultural do que de escolha individual. Certamente ela reflete a impossibilidade de retornar às florestas, como um dia fez Henry Thoreau. As florestas estão em ex�nção, assim como, curiosamente, a ideia de humanidade. Resta fugir para a moderna caverna na selva de pedra – sem querer reeditar lugares-comuns – que é a cada de cada um. A solidão é, assim, a categoria polí�ca que expressa a nostalgia de uma vivência em si mesmo. Ela é, por isso, a tenta�va de preservar a subje�vidade e a in�midade consigo mesmo que não tem lugar no contexto de relações sociais transformadas em mercadorias baratas. A sociedade da an�polí�ca precisa tratar a solidão como uma pena e um mal-estar quando não consegue olhar para a miséria da vez: o fei�che da hiperconec�vidade, que iludo que não estamos sozinhos. TIBURI, M. Disponível em: h�ps://revistacult.uol.com.br. Acesso em: 7 out. 2011. Marcia Tiburi trata de um tema relevante para a sociedade moderna: a convivência interpessoal e a hiperconec�vidade vivenciada no ciberespaço. O texto classifica-se, quanto ao gênero textual, como ar�go de opinião, porque a) busca resolver a causa da perda de sen�do ocorrida na convivência interpessoal. b) procura definir a solidão como uma epidemia que está além das doenças humanas. c) tenta explicar o comportamento do homem contemporâneo tendo como padrão o homem das cavernas. d) obje�va expressar o ponto de vista de que o mal-estar provocado na sociedade decorre da hiperconec�vidade. e) procura discu�r os desejos dos an�polí�cos que destroem a in�midade na tenta�va de preservar a subje�vidade. IT0412 - (Enem PPL) Foram 11 bilhões de palavras examinadas em mais de três milhões de livros que mostraram que a linguagem 12@professorferretto @prof_ferretto usada em romances, durante mais de cem anos, é sexista. Um grupo de cien�stas realizou um descomunal trabalho de campo no qual analisou de forma maciça textos escritos em inglês em livros publicados entre 1900 e 2008. O que foi analisado exatamente? A correlação entre gêneros e qualifica�vos em busca de um padrão: o tratamento diferente entre mulheres e homens em textos escritos. O estudo u�lizou um sistema baseado em inteligência ar�ficial e aprendizagem de máquina para analisar, palavra por palavra, as obras publicadas nesse período. A análise concluiu que as mulheres recebem apenas qualifica�vos relacionados ao seu �sico, enquanto para os homens as referências se concentram principalmente em sua força e personalidade. Os atributos nega�vos relacionados ao �sico e à aparência nessas obras são observados até cinco vezes mais nas mulheres do que nos homens. Os algoritmos aprendem com os textos já escritos e publicados. Assim, um sistema pode considerar bom um modelo que se repete várias vezes (por exemplo, aquele relacionado à beleza e à mulher) e assimilá-lo em sua execução atual. ZURIARRAIN, J. M. Disponível em: h�ps://brasil.elpais.com. Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado). O desenvolvimento de tecnologias, como os algoritmos e a inteligência ar�ficial, permite a análise de um grande volume de dados. Nesse texto, a u�lização desses recursos a) avalia as qualidades posi�vas atribuídas aos homens. b) revela a materialidade linguís�ca de estereó�pos de gênero. c) indica a pouca eficácia da aprendizagem de máquina. d) ques�ona a linearidade de padrões linguís�cos. e) atesta cien�ficamenteas diferenças sociais. IT0414 - (Enem PPL) No tempo em que assis�amos televisão no meio da praça O que eu vou contar nestas próximas linhas não fará sen�do para os leitores mais jovens, mas houve um tempo em que assis�amos televisão no meio da praça. Nessa fase, a propriedade de aparelhos ainda era restrita às camadas mais abastadas. Seja no meio de uma praça pública, seja na sala de casa, a televisão cumpriu um importante papel de sociabilização, mesmo que de forma mi�gada. Isso porque, ao contrário do que acontecia na an�guidade, as praças não eram (como ainda não são) espaços de convivência pública a�va, no máximo um lugar para gastar o tempo, bater um papo. Naqueles tempos, os aparelhos de TV nas praças reverteram um pouco dessa lógica. Ao que parece, está se inaugurando no Brasil um novo tempo no campo da pesquisa sobre a televisão e sua inserção sociocultural nas camadas populares. Essas pesquisas não podem e não devem ignorar, especialmente, a intensa concentração desses veículos nas mãos de poucas famílias e grupos econômicos, sob o risco de a televisão no Brasil con�nuar centrada num modelo an�democrá�co, an�mediador, intransi�vo, tendo como consequência direta a limitação crescente da par�cipação da população nas instâncias públicas de decisão (a televisão é uma concessionária de serviço público), só que agora com o agravante da falsa sensação de que a comunicação se tornou mais democrá�ca com a internet. Que a televisão permaneça por muitos e muitos anos, mas que o seu atual modelo tenha seus dias contados! Quem sabe com isso um dia voltemos para o meio da praça, não mais para assis�r TV, mas para fazermos valer uma cultura de par�cipação polí�ca realmente a�va e instruída, como uma democracia de fato merece. ARAÚJO, F. P. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado). Embora reconheça o impacto social da televisão e seu importante papel de sociabilização ao longo do tempo, o texto defende que essa tecnologia passe por mudanças que contribuam para a) ampliar o acesso a aparelhos de TV para toda a população. b) transformar a praça pública em um lugar de convivência social. c) divulgar os resultados de pesquisas sobre sua inserção social. d) fomentar uma maior par�cipação da população nas esferas públicas. e) viabilizar sua permanência no futuro em contraposição ao advento da internet. IT0458 - (Enem PPL) O impacto das tecnologias de informação na geração do ar�go cien�fico: tópicos para estudo O interesse pela comunicação cien�fica e pela produção da literatura cien�fica foi intenso nas décadas de 1960 e 1970 e produziu estudos hoje considerados clássicos, mas diminuiu gradualmente de meados de 1970 em diante. Agora, no entanto, há um fato novo, que traz de volta o tópico à discussão e consideração. O estágio atual da tecnologia da comunicação permite, com o auxílio do computador pessoal, contatos muito abrangentes, rápidos e eficientes, entre pessoas 13@professorferretto @prof_ferretto localizadas em qualquer lugar, desde que tenham acesso a redes de comunicação. O desenvolvimento nessa área tem sido muito grande e con�nua em passo muito acelerado. A internet está se tornando presente e acessível em toda parte, especialmente aos professores e pesquisadores nas universidades, permi�ndo, além da conversa reservada entre duas ou mais pessoas, acesso a uma gama imensa de informações e serviços. O impacto potencial das novas formas de comunicação para o periódico cien�fico e para as bibliotecas universitárias e de pesquisa é enorme. Não é só a comunicação informal que é afetada. A edição de trabalhos, acabados ou não, e a sua distribuição, mediante as várias possibilidades que o meio eletrônico oferece, são tão fáceis que podem tornar cada usuário um editor e distribuidor. As inicia�vas nessa área, documentadas na literatura, incluem a presença de editoras comerciais, universidades e indivíduos. Quer dizer: o fluxo da informação cien�fica está sendo alterado. MUELLER, S. P. M. Disponível em: h�p://revista.ibict.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado). De acordo com o texto, o uso das tecnologias de informação e comunicação no ambiente acadêmico está a) promovendo mudanças significa�vas no desenvolvimento da sociedade, com novas estratégias de construção do conhecimento. b) proporcionando a troca de informações entre os centros de pesquisa, com redução de custos para as bibliotecas e universidades. c) acelerando as formas de publicação dos trabalhos cien�ficos, com impactos nega�vos para as editoras e bibliotecas universitárias. d) incen�vando o desenvolvimento de pesquisas com a u�lização de computadores, com resultados consagrados na literatura cien�fica. e) gerando a publicação de trabalhos inacabados, com a divulgação de pesquisas sem comprovação e avaliação de professores e pesquisadores. IT0459 - (Enem PPL) Google, Apple, Facebook, Amazon, Microso�. Esse conjunto de grupos empresariais — ocasionalmente designado como Gafam, Big Tech ou Big Five — é conhecido por sua hegemonia na indústria de tecnologia digital. Nós u�lizamos seus sistemas operacionais, fazemos compras e buscas por meio de suas plataformas, mantemos contas em suas redes sociais e conhecemos os nomes e rostos de seus fundadores. Isso ocorre, muitas vezes, sem que sequer tenhamos consciência: quando mandamos áudios por WhatsApp ou vemos stories no Instagram, não é óbvio que esses serviços pertençam à Facebook Inc. Similarmente, o usuário padrão ignora que o sistema Android é desenvolvido pela Google e que ela pertence à Alphabet Inc., conglomerado que também é proprietário do YouTube. Os problemas associados a essa concentração de poder econômico, polí�co e cultural têm sido um foco cada vez maior de atenção pública. Muito se fala sobre como filtros-bolha, bots e desinformação fragilizam a democracia, e manchetes sobre violações da privacidade e da liberdade de expressão dos usuários pelas empresas se tornaram comuns nesta década. Disponível em: h�ps://irisbh.com.br. Acesso em: 29 maio 2019 (adaptado). Esse texto problema�za os resultados do desenvolvimento tecnológico da sociedade contemporânea, denunciando o(a) a) controle das informações que os usuários fornecem no ambiente virtual. b) disponibilização irrestrita de ferramentas digitais para os usuários da web. c) abuso no domínio do mercado tecnológico por um grupo pequeno de empresas. d) desenvolvimento de tecnologias que visam expor os dados dos usuários nas redes. e) desinformação em relação à iden�dade daqueles que comandam os grupos empresariais. IT0460 - (Enem PPL) Gírias das redes sociais caem na boca do povo Nem adianta fazer a egípcia! Entendeu? Veja o glossário com as principais expressões da internet Lacrou, biscoiteiro, crush. Quem nunca se deparou com ao menos uma dessas palavras não passa muito tempo nas redes sociais. Do dia para a noite, palavras e frases começaram a definir sen�mentos e acontecimentos, e o sucesso desse tour foi parar no vocabulário de muita gente. O dialeto já não se restringe só à web. O contato constante com palavras do ambiente on-line acaba rompendo a barreira entre o mundo virtual e o mundo real. Quando menos se espera, começamos a repe�r, em conversas do dia a dia, o que aprendemos na internet. A par�r daí, juntamos palavras já conhecidas do nosso idioma às novas expressões. Glossário de expressões Biscoiteiro: alguém que faz de tudo para ter atenção o tempo inteiro, para ter cur�das. Chamar no probleminha: conversar no privado. Crush: alguém que desperta interesse. Divou: estar muito produzida, sair bem em uma foto, assim como uma diva. Fazer a egípcia: ignorar algo. 14@professorferretto @prof_ferretto Lacrou/sambou: ganhar uma discussão com bons argumentos a ponto de não haver possibilidade de resposta. Stalkear: inves�gar sobre a vida de alguém nas redes sociais. Disponível em: h�ps://odia.ig.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019 (adaptado). Embora migrando do ambiente on-line para o vocabulário das pessoas fora da rede,essas expressões não são consideradas como caracterís�cas do uso padrão da língua porque a) definem sen�mentos e acontecimentos corriqueiros na web. b) cons�tuem marcas específicas de uma determinada variedade. c) passam a integrar a fala das pessoas em conversas co�dianas. d) são empregadas por quem passa muito tempo nas redes sociais. e) complementam palavras e expressões já conhecidas do português. IT0462 - (Enem PPL) TEXTO I A gestão da ignorância Novas tecnologias mudaram a forma de pensar, planejar e também de se relacionar dentro das empresas. Agora, o que vale é ter flexibilidade, colaboração, segurança digital e confiança nas relações. Mas quais são as oportunidades para crescer nesse ambiente cada vez mais disrup�vo? CAMANHO, R. Revista da ESPN, n. 4, out.-nov.-dez. 2017 (adaptado). TEXTO II A falsa sensação de segurança O número de usuários cresce, e, paralelo a isso, a falsa sensação de que a conexão digital é completamente segura e livre de ameaças. Profissionais de TI têm enfrentado problemas com falhas de segurança. E isso porque, em certos cenários, apenas um an�vírus e/ou firewall bem configurados não são mais suficientes para mi�gar os riscos atuais. MOGAMI, S. Guia de produtos para infraestrutura de data centers. RTI Redes, Telecom e Instalações, n. 213, fev. 2018. Ao abordarem a temá�ca da tecnologia, os textos I e II apresentam como ponto comum a) o aumento dos riscos de disseminação de vírus. b) o incremento do número de usuários das redes sociais. c) a falta de conhecimento para lidar com problemas da web. d) os avanços alcançados no campo da gestão de problemas de TI. e) a preocupação com a vulnerabilidade inerente ao ambiente digital. IT0471 - (Enem PPL) TEXTO I O usufruto de jogos eletrônicos, vinculado à psicopatologia, pode ser considerado um comportamento desadapta�vo quando são apresentados sinais de excesso na u�lização de tais tecnologias. Isso ocorre quando o comportamento afeta o sujeito de forma que ele se encontre incapaz de controlar a frequência e o tempo diante de um comportamento que anteriormente era considerado inofensivo. LEMOS, I. L.; SANTANA, S. M. Rev. Psiq. Clín., n. 1, 2012. TEXTO II A maior parte da literatura cien�fica relacionada aos exergames e educação se concentra no potencial do jogo para melhorar a saúde �sica dos alunos, envolvê-los em a�vidades sociais e melhorar seu desempenho acadêmico. Resultados de pesquisas recentes também têm mostrado que tais jogos podem contribuir para o treinamento de prá�cas espor�vas e outras a�vidades envolvendo movimento, ou para o desenvolvimento de habilidades motoras. FINCO, M. D.; REATEGUI, E. B.; ZARO, M. A. Movimento, n. 3, jul.-set. 2015. Apesar de interpretarem de forma dis�nta os jogos eletrônicos, ambos os textos abordam o(a) a) doença como foco central. b) relação do jogo com o indivíduo. c) controle do tempo de uso do jogo. d) necessidade de treinamento �sico. e) envolvimento em prá�cas cole�vas. IT0475 - (Enem PPL) Seja por meio de uma conversa, uma mensagem de texto ou uma fotografia, a interação em sociedade acontece por meio da comunicação, e isso não é diferente na internet. Como colaborar para a inclusão digital de outros usuários para uma internet mais livre, aberta e, de fato, comunica�va? 15@professorferretto @prof_ferretto Os termos “acesso”, “usabilidade” e “inclusão digital” sempre acabam aparecendo em conjunto em discussões sobre como a sociedade se comunica pela internet. Ter um computador com acesso à internet é, como primeiro passo, essencial — mas saber u�lizá-lo e conseguir, de fato, se comunicar, acessar a informação disponível na internet e usá-la é uma questão de caráter social muito mais profunda e diversa. Estar conectado é, acima de tudo, estabelecer comunicação com o outro — o qual pode viver em contextos sociais, econômicos e até mesmo �sicos totalmente diferentes dos nossos. Ao levarmos em conta a internet como um ambiente que reflete e traz novas possibilidades à sociedade off-line — se é que podemos fazer essa dis�nção —, é indispensável considerar, na infraestrutura, na linguagem e nos conteúdos que circulam em rede, todas as diferenças presentes em nossa sociedade. Pensar em inclusão digital, como já dito, é pensar sempre no lugar do outro na interação e comunicação. Nem sempre a forma como costumamos escrever posts, criar imagens ou publicar vídeos é a mais adequada para que aquilo que elaboramos seja, de fato, acessível a todos. Reconhecer que nossa perspec�va é diferente da perspec�va do outro é imprescindível para que pensemos, incluindo todos esses outros, em novas formas de criar que levem em consideração diversas realidades de uso na internet. Disponível em: h�ps://irisbh.com.br. Acesso em: 5 maio 2019 (adaptado). No contexto das tecnologias de informação e comunicação, o texto amplia o conceito de inclusão digital ao a) vincular a u�lização da linguagem e do conteúdo ao reconhecimento do interlocutor. b) ressaltar a importância do acesso aos aparelhos tecnológicos. c) destacar a infraestrutura da internet como imprescindível. d) descrever o aspecto mul�mídia das mensagens virtuais. e) comparar a vida virtual on-line com a vida real off-line. IT0497 - (Enem PPL) Os quadrinhos apresentam a sequência de certos disposi�vos eletrônicos criados no decorrer da história, destacando a) a alienação provocada pelo uso excessivo da tecnologia nas sociedades urbanas contemporâneas. b) o estágio mais recente da evolução tecnológica para o armazenamento de dados digitais. c) os diferentes �pos de disposi�vos usados atualmente para a gravação de dados digitais. d) o desperdício de matéria-prima proveniente da indústria tecnológica. e) a comparação entre evolução humana e tecnológica. IT0507 - (Enem PPL) Um dos aspectos essenciais da mídia virtual é a centralidade da escrita, pois a tecnologia digital depende totalmente da escrita. Assim, nesta era eletrônica não se pode mais postular como propriedade �pica da escrita a relação assíncrona, caracterizada pela defasagem temporal entre produção e recepção, pois os bate-papos virtuais são síncronos, ou seja, realizados em tempo real e essencialmente escritos. Assim, se com o telefonema tornou-se um dia impossível con�nuar postulando a copresença �sica dos interlocutores como caracterís�ca exclusiva da oralidade, já que era possível interagir oralmente estando em espaços diversos, hoje se re�ra dela também a concomitância temporal. MARCUSCHI, L. A. Disponível em: h�p://www.progesp.u�a.br. Acesso em: 9 jul. 2012. O trecho discute algumas mudanças que surgiram com os avanços das tecnologias de comunicação e informação, fazendo uma comparação entre o telefonema e os bate- papos virtuais. Ao comparar esses dois meios de comunicação, constata-se que 16@professorferretto @prof_ferretto a) tanto a escrita quanto a oralidade, atualmente, são modalidades realizadas sempre em tempo real. b) tanto o telefonema quanto o bate-papo virtual são considerados gêneros com caracterís�cas exclusivas da oralidade. c) enquanto o telefonema exige a presença �sica dos interlocutores, o bate-papo virtual não apresenta essa caracterís�ca. d) tanto o telefonema quanto o bate-papo virtual mudaram algumas concepções sobre a oralidade e a escrita: essa quanto ao tempo e aquela quanto ao espaço. e) enquanto a conversação não mais exige que os interlocutores estejam no mesmo local graças ao advento do telefone, os bate-papos virtuais não têm mais a escrita como essencial. IT0511 - (Enem PPL) Hoje, crí�cas e frustrações dos clientes encontram um canal imediato nas redes, que funcionam como amplificadoras de rápido alcance. O monitoramento constante de tudo que é publicado sobre determinada marca é vital para reagir rapidamente em situações que podem ser prejudiciais à imagem corpora�va. Uma possibilidade é recorrer a agências que oferecem serviços especializados de estratégias de comunicação. Como esses serviços custam caro, é comum as pequenas e médias empresas apostarem em �mes internospara realizar o monitoramento. Os especialistas alertam: não transforme as redes sociais em um serviço de atendimento ao consumidor. Sempre que possível, �re a conversa do espaço público. Se uma reclamação surgir em sua página, responda rapidamente, lamentando o ocorrido. Em seguida, peça e-mail e telefone de contato e resolva a questão diretamente com o consumidor. Esse �po de a�vidade faz com que essa mesma pessoa volte à internet, mas agora para falar bem da empresa. DATT, F.; RIBEIRO, M. Como manter uma boa reputação on-line? Pequenas Empresas Grandes Negócios, n. 280, maio 2012. As novas tecnologias têm alterado a dinâmica entre empresas e consumidores. Essa nova ordem do mercado tem efeitos benéficos para a sociedade, como a a) construção de relações sociais mais responsáveis. b) garan�a das informações propiciadas pelas redes sociais. c) promoção de relações mercadológicas pautadas em interesses pessoais. d) propagação de relações interpessoais mediadas por interesses de mercado. e) divulgação de informações para a�ngir a reputação de empresas. IT0516 - (Enem PPL) CAPTCHA, herói ou vilão? Todas as pessoas que já u�lizaram a web para realização de tarefas como criar um perfil em uma rede social, fazer um cadastro em um sistema de comércio eletrônico ou em um portal de no�cias, entre tantas outras, já se depararam com o CAPTCHA. Esse teste apresenta-se como um conjunto de caracteres que aparecem em imagens distorcidas (conforme Figura 1) e que as pessoas precisam decifrar e digitar num campo de formulário. Elas precisam realizar essa tarefa para provar que são seres humanos, e não robôs. O uso do CAPTCHA com esse obje�vo presume, portanto, que qualquer ser humano, mas nenhum robô, seria capaz de executar a tarefa proposta. Para as empresas que u�lizam o CAPTCHA, ele é o “herói” que tem a missão de diferenciar pessoas de robôs. Para as pessoas que precisam passar pelo teste do CAPTCHA para executarem suas tarefas, certamente ele é um vilão. Em muitos casos, quando tentam passar pelos testes, veem-se obrigados a repe�r diversas vezes até conseguirem acertar. Além de problemas com a falta de segurança e da experiência ruim para a maioria das pessoas, outro fator nega�vo para o CAPTCHA são as suas barreiras de acessibilidade. Isso representa um grande problema, principalmente para as pessoas que são cegas, têm baixa visão ou dificuldades de aprendizagem, como a dislexia, as quais podem ficar impedidas de realizar importantes tarefas na web. Disponível em: h�p://acessodigital.net. Acesso em: 30 out. 2015 (adaptado). 17@professorferretto @prof_ferretto Os efeitos causados pelo surgimento de novas tecnologias podem contribuir posi�va ou nega�vamente para a sociedade. De acordo com o texto, a ferramenta CAPTCHA causa impacto social porque a) dificulta o acesso dos usuários a ambientes virtuais. b) busca a dis�nção de pessoas e máquinas para garan�a de proteção. c) interfere na u�lização de diversos sistemas por pessoas competentes. d) auxilia no preenchimento de informações em um formulário. e) resolve problemas de invasão de sistemas por programas automa�zados. IT0524 - (Enem PPL) De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compar�lhando no�cias falsas, fotos modificadas, boatos de todo �po. O problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é uma matéria falsa que não foi criada por mo�vos humorís�cos ou literários (sim, considero o “jornalismo ficcional” uma interessante forma de literatura), mas para prejudicar a imagem de algum par�do ou de algum polí�co, não importa de que posição ou tendência. Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda-se o resultado. Nesse caso, a mul�plicação da no�cia falsa (que está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias direções. Antes de cur�r, comentar ou compar�lhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais. TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015 (adaptado). O texto expõe a preocupação de uma leitora de no�cias on-line de que o compar�lhamento de conteúdos falsos pode ter como consequência a a) displicência natural das pessoas que navegam pela internet. b) desconstrução das relações entre jornalismo e literatura. c) impossibilidade de iden�ficação da origem dos textos. d) disseminação de ações criminosas na internet. e) obtenção de maior popularidade nas redes. IT0528 - (Enem PPL) Ao relacionar o problema da seca à inclusão digital, essa charge faz uma crí�ca a respeito da a) dificuldade na distribuição de computadores nas áreas rurais. b) capacidade das tecnologias em aproximar realidades distantes. c) possibilidade de uso do computador como solução de problemas sociais. d) ausência de polí�cas públicas para o acesso da população a computadores. e) escolha das prioridades no atendimento às reais necessidades da população. IT0531 - (Enem PPL) 10 anos de “hashtag”: a ferramenta que mobiliza a internet A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou em 2017 seus primeiros 10 anos de uso no acompanhamento dos grandes eventos mundiais com um efeito de mobilização e expressão de emoção e humor. A palavra-chave precedida pelo símbolo do jogo da velha foi popularizada pelo Twi�er antes de ser incorporada por outras redes sociais. A invenção foi de Chris Messina, designer americano especialista em redes sociais. Em 23 de agosto de 2007, o usuário intensivo do Twi�er propôs em um tuíte usar o jogo da velha para reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto. Ele lançou, então, a primeira “hashtag” #barcamp sobre oficinas par�cipa�vas dedicadas à inovação na web. O compar�lhamento das palavras-chaves — que já são citadas 125 milhões de vezes por dia no mundo — já serviu de trampolim para mobilizações em massa. Alguns slogans que �veram grande efeito mobilizador foram o #BlackLivesMa�er (Vidas negras importam), após a morte de vários cidadãos americanos negros pela polícia, e #OccupyWallStreet (Ocupem Wall Street), referente ao movimento que acampou no coração de Manha�an para denunciar os abusos do capitalismo. 18@professorferretto @prof_ferretto AFP. Disponível em: h�p://exame.abril.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado). Ao descrever a história e os exemplos de u�lização da hashtag, o texto evidencia que a) a incorporação desse recurso expressivo pela sociedade impossibilita a manutenção de seu uso original. b) a incorporação desse recurso expressivo pela sociedade o flexibilizou e o potencializou. c) a incorporação pela sociedade caracterizou esse recurso expressivo de forma defini�va. d) esse recurso expressivo se tornou o principal meio de mobilização social pela internet. e) esse recurso expressivo precisou de uma década para ganhar notabilidade social. IT0562 - (Enem PPL) Para que serve a tecnologia Computador “Com os computadores e a internet, mudei muito. A Lian de hoje é totalmente diferente daquela de antes da informá�ca. Me abriu portas e, além de tudo, fui aceita por pessoas que achava que não iriam me aceitar. Com a internet, viajei o mundo. Fui até Portugal e à África. Eu nem sabia que lá a realidade era tão forte. Perto deles, estamos até muito bem.” – Tânia “Lian” Silva, 26, índia pankararu. TV “Eu gosto muito de televisão. Assisto às novelas, me divirto muito. Mas, ao mesmo tempo, sei que aquilo tudo que passa lá não é verdade. É tudo uma ilusão.” – Valen�na Maria Vieira dos Santos, 89, índia fulni-ô da aldeia Xixi a cla. MP3 Player “Cuido do meu tocador de MP3 como se fosse um tesouro. É um pen drive simples, mas é muito especial para mim. Nele ouço músicas indígenas e bandas da própria aldeia. Ele vive emprestado porque acaba sendo a diversão da aldeia inteira. Uso até para exibir uns vídeos que baixo da internet. Basta colocar no aparelho de DVD com entrada USB que tenho.” – Jailton Pankararu, 23, índio pankararu. Disponível em: www2.uol.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012. Os depoimentos apresentados no texto retratam o modo como