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AULA 2 - procedimentos 
cirúrgicos da 
otorrinolaringologia
ADENOIDECTOMIA e AMIGDALECTOMIA
https://www.youtube.com/watch?v=o0ERxv068M
https://www.youtube.com/watch?v=bk0IfhBj6pU
https://www.youtube.com/watch?v=0TztSQCKjjg
→ adenoide ou tonsila faríngea: 
Massa única de tecido piramidal.
Base localizada na parede posterior da nasofaringe.
Ápice voltado para o septo nasal.
Superfície com pregas e criptas simples (menos complexas que as das 
amígdalas palatinas).
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 1
https://www.youtube.com/watch?v=o0ERxv068-M
https://www.youtube.com/watch?v=bk0IfhBj6pU
https://www.youtube.com/watch?v=0TztSQCKjjg
Revestida por epitélio pseudoestratificado ciliado, infiltrado por folículos 
linfoides.
Irrigação sanguínea:
Artéria facial Ramo palatino ascendente.
Artéria faríngea ascendente.
Artéria maxilar interna Ramo faríngeo.
Artéria do canal pterigoide.
Tronco tireocervical Ramo cervical ascendente.
Drenagem venosa: Plexo faríngeo e plexo pterigoide, com drenagem final 
para as veias facial e jugular interna.
Inervação: Nervos glossofaríngeo e vago.
Drenagem linfática: Linfonodos retrofaríngeos e cervicais profundos 
superiores.
→ amigdala ou tonsila palatina:
Localização anatômica:
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 2
Situadas na fossa tonsilar.
Limitadas anteriormente pelo arco palatoglosso e posteriormente pelo 
arco palatofaríngeo.
Músculo constritor faríngeo superior localizado lateralmente.
Envolvidas por uma cápsula fibrosa.
Irrigação sanguínea:
Artéria facial Ramos tonsilar e palatino ascendente.
Artéria faríngea ascendente.
Artéria lingual Ramo tonsilar da dorsal lingual.
Artéria maxilar Ramo palatino menor.
Observações importantes:
A artéria carótida interna está aproximadamente 2,02,5 cm 
posterolateralmente à amígdala.
As veias tonsilares perfuram o músculo constritor faríngeo superior e 
drenam para as veias palatina externa, faríngea e facial.
Inervação Ganglio esfenopalatino via nervos palatino menor e 
glossofaríngeo.
Drenagem linfática Linfonodos cervicais profundos superiores.
Epidemiologia
 Cirurgia ainda comum em crianças, apesar da queda na frequência nos últimos 
anos.
 Pico nos anos 1970, com cerca de 1 milhão de procedimentos anuais.
 Mudança na principal indicação: de infecções recorrentes para obstrução das 
vias aéreas.
 A tonsilectomia e a adenoidectomia são frequentemente realizadas juntas, 
pois o pico de crescimento da adenoide coincide com o da tonsila palatina. 
Além disso, a remoção das amígdalas pode levar à hipertrofia compensatória de 
outros componentes do Anel de Waldeyer, como a adenoide, o que justifica a 
remoção simultânea caso esta já apresente tamanho moderado.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 3
Indicações:
→ o principal sintoma das tonsilas faríngeas são as amigdalites e da adenoide é a 
obstrução nasal
→ amigdalectomia
SAOS Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono)
amigdalite de repetição 
crianças gravemente afetadas - Critérios de Paradise 7 episódios em um 
ano, 5 episódios em cada um dos dois anos ou 3 episódios em cada um 
dos três anos)
abcesso peritonsilar
prevenção de febre reumática
síndrome de febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite cervical 
PFAPA
Obstrução tonsilar da orofaringe que interfere na deglutição 
Obstrução amigdaliana que altera a qualidade da voz.
Tumor maligno da amígdala (ou suspeita de malignidade).
Hemorragia incontrolável dos vasos sanguíneos das amígdalas.
Halitose refratária a outras medidas
→ adenoidectomia
obstrução nasal grave
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fácies adenoideana
sinusite crônica refratária
otite média
Contraindicações
 Diátese hemorrágica (distúrbios de coagulação).
 Risco anestésico elevado ou doença médica não controlada.
 Anemia.
 Infecção aguda (relativa) - tonsilectomia a quente pode ser uma opção 
razoável para abscesso peritonsilar 
Possíveis complicações
Sangramento, infecção, reação à anestesia.
Lesão em estruturas adjacentes (lábios, dentes, língua).
Insuficiência velofaríngea VPI  risco de regurgitação nasal de 
alimentos/líquidos e fala hipernasal.
Fácies adenoideana - respirador bucal
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Alteração do paladar e dormência da língua.
Dor intensa na garganta durante a cicatrização.
Técnica da amigdalectomia
→ técnica de Sluder
� Introduzir o anel do amigdalotomo na faringe
� Aproximar o cabo do aparelho da comissura labial do lado oposto
� Inserir a amígdala no anel do instrumento
� Fechar a haste cortante do amigdalotomo
→ técnica de dissecção total extra-capsular
� Exposição da Amígdala Utiliza-se o abre-boca de Mc Ivor com abaixa-língua 
para fixar metade da língua, expondo a amígdala a ser removida primeiro. A 
anestesia local permite boa visualização do polo inferior, enquanto o superior 
pode ficar parcialmente encoberto.
� Incisão e Dissecção Inicial A amígdala é fixada com pinça de Allis, sem 
tração excessiva. A incisão é realizada de baixo para cima, do polo inferior até 
próximo à úvula, utilizando um bisturi-descolador-aspirador.
� Descolamento da Amígdala Identifica-se o plano de clivagem no terço 
inferior. Com uma pinça, inicia-se o descolamento posterior e ascendente, 
liberando a amígdala gradualmente. O polo superior pode apresentar maior 
resistência, exigindo cuidado extra para evitar lesões.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 6
� Remoção da Amígdala Após o descolamento completo, a amígdala é retirada. 
O local é enxugado e preenchido com gaze.
� Repetição no Lado Oposto O abre-boca é reposicionado para expor a outra 
amígdala, repetindo-se os passos anteriores.
� Hemostasia e Finalização Remove-se a gaze do primeiro lado, 
inspecionando a hemostasia. Pequenos vasos são ligados com fios 
absorvíveis. O mesmo procedimento é realizado do lado oposto. O paciente é 
posicionado em decúbito lateral para recuperação.
 pós-op bem doloroso (conforme o tamanho do paciente)
Técnica da adenoidectomia
→ materiais
afastador bucal de Crowe-Davis
pinça Allis
bisturi nº 12
tesoura curva de Metzenbaum
dissecador de amígdalas de Fisher
cureta de Beckmann 
pinça de St-Claire-Thompson
pós operatório não é doloroso, e o paciente não tem restrições alimentares, 
apenas abstenção de atividade física
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SEPTOPLASTIA
https://www.youtube.com/watch?v=2NLTARNN9e8
Definição
 Procedimento comum em otorrinolaringologia e cirurgia plástica.
 Principal indicação: desvio do septo com obstrução nasal significativa.
 Pode ser funcional (para melhorar a respiração) ou associada à rinoplastia.
 Técnicas Cirúrgicas
Abordagens: endonasal, endoscópica e aberta.
Pode ser combinada com rinoplastia, turbinoplastia ou cirurgia endoscópica 
dos seios paranasais.
Recuperação: algumas semanas; complicações graves são raras.
Anatomia do Septo Nasal
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https://www.youtube.com/watch?v=2NLTARNN9e8
 Estruturas principais:
Membranoso (fibroso, anterior ao septo cartilaginoso).
Cartilaginoso (quadrangular, principal suporte estrutural).
Ósseo (formado pelo vômer e pela lâmina perpendicular do etmoide).
 Nasal Valve: ponto mais estreito da passagem nasal, essencial para o fluxo 
aéreo.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 9
 Pontos Cirurgicamente Críticos
Keystone Area: junção entre osso nasal, cartilagem quadrangular e 
cartilagens laterais superiores.
Espinha nasal anterior da maxila: importante para fixação do septo.
 Irrigação Sanguínea
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 10
Carótida interna → artérias etmoidais (anterior e posterior).
Carótida externa → artérias facial e maxilar.
Plexo de Kiesselbach: principal local de epistaxe.
 Inervação
Nervo trigêmeoCN V → ramos oftálmico V1 e maxilar V2.
Nervo olfatório CN I → responsável pela percepção de odores.
Indicações
 Desvio do septo nasal → causa obstrução nasal e dificuldade no fluxo aéreo.
 Sintomas de obstrução nasal → pioram com esforço físico ou exercícios.
 Causas comuns → trauma, anormalidades ósseas/cartilaginosas.
 O Nasal Obstruction Symptom Evaluation NOSE é uma escala usada para 
avaliar a gravidade da obstrução nasal. A pontuação final é calculada somando as 
respostas do paciente e multiplicando por 20, resultando em um escore de 0 a 
100.
 25 → Obstrução leve (provavelmente sem necessidade de cirurgia).
25  50 → Obstrução moderada (pode ser candidato à cirurgia 
dependendo dos sintomas).
 50 → Obstrução grave (cirurgia frequentemente indicada).
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 11
 Outras indicações:
Epistaxe recorrente.
Apneia obstrutiva do sono.
Sinusite crônica.
Dor facial/cefaleia Síndrome de Sluder).
Acesso cirúrgico → para cirurgias endoscópicas dos seios paranasais, 
base do crânio ou órbita.
Contraindicações
 Doenças não tratadas → rinossinusite, vasculite ou inflamação nasal crônica 
sem terapia médica prévia.
 Uso recente de drogas recreativas → especialmente cocaína (risco de 
perfuração septal e colapso nasal).
 Uso crônico de descongestionantes → risco de rinite medicamentosa.
 Expectativas irreais → necessidade de aconselhamento pré-operatório 
detalhado.
 Sintomas funcionais mínimos → podem não justificar a cirurgia.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 12
 Condições médicas graves → idade avançada, comorbidades significativas ou 
risco anestésico elevado.
Técnica
1. Preparação
Paciente em posição supina, com a cabeça inclinada em direção ao cirurgião.
Tricotomia em pelos nasais se necessário.
Descongestionante nasal (oximetazolina ou solução de Moffatt) pode ser 
utilizado.
Anestesia local: lidocaína 1% com epinefrina 1100.000, infiltrada 
bilateralmente para analgesia, hemostasia e hidrodissecção dos planos.
2. Elevação dos Retalhos Mucopericondrais
Exposição do septo cartilaginoso com espéculo nasal.
Incisão:
Hemi-transfixante: incisão vertical unilateral no septo membranoso.
Incisão de Killian: incisão vertical mais posterior, sobre a cartilagem 
quadrangular.
Dissecção com tesouras e elevadores Freer/Cottle) até o quadrangular, PPE e 
vômer.
A A incisão de Killian e a incisão de hemitransfixação para o retalho muco-condral. B A 
septotomia com preservação adequada da estrutura em L-strut. C A septotomia realizada 
na junção ósseo-cartilaginosa.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 13
Evitar perfuração da mucosa, principalmente sobre esporões ósseos.
Se houver perfuração unilateral, evitar perfuração no lado oposto para não 
gerar uma comunicação septal.
3. Correção da Deformidade Septal
Avaliação do tipo e localização da deformidade.
Ressecção do segmento desviado com:
Lâmina de bisturi
Elevador Freer
Pinças Jansen-Middleton ou Takahashi
Preservação do "L-strut" para manter estabilidade dorsal e caudal.
Largura mínima de 1015 mm do L-strut deve ser mantida para suporte 
adequado.
Evitar fratura da lâmina cribriforme e risco de fístula liquórica.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 14
Cartilagem removida pode ser remodelada e usada para reforço do septo ou 
enxertos.
4. Fechamento
Reposição dos retalhos mucopericondrais.
Sutura com fio absorvível (ex: chromic gut).
Suturas em colchão contínuo (“quiltingˮ) podem ser usadas para evitar 
hematomas.
Algumas técnicas incluem uso de grampeador septal em vez de sutura 
manual.
Splints de Silastic podem ser fixados transseptalmente para evitar aderências.
Aplicação de creme antibiótico intranasal.
5. Cuidados Pós-Operatórios
Alta no mesmo dia na maioria dos casos.
Prescrição de creme antibiótico tópico e analgésicos orais.
Sprays de oximetazolina e solução salina auxiliam na recuperação.
Revisão pós-operatória em 12 semanas para remoção de splints, se 
utilizados.
Antibióticos geralmente não são necessários, exceto se houver 
tamponamento nasal para estabilização óssea.
TURBINECTOMIA
https://www.youtube.com/watch?v=UXFaRTQ6I6w
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 15
https://www.youtube.com/watch?v=UXFaRTQ6I6w
 A turbinectomia é um procedimento cirúrgico para reduzir o tamanho dos 
cornetos nasais, indicado para aliviar a obstrução nasal crônica quando o 
tratamento clínico não é eficaz. O objetivo é melhorar o fluxo de ar nasal. Pode ser 
unilateral (uma narina) ou bilateral (ambas as narinas).
→ hipertrofia bilateral
rinossinusite crônica
rinite alérgica
rinite medicamentosa - uso de vasoconstritores
→ síndrome do nariz vazio - retirada excessiva
perda da sensibilidade do turbilhonamento de ar
 A turbinectomia remove parte ou toda a concha nasal (corneto), enquanto a 
turbinoplastia remodela o corneto, preservando sua função. A turbinoplastia é 
menos invasiva, tem menor risco de complicações, como a Síndrome do Nariz 
Vazio, e oferece um tempo de recuperação mais curto. A escolha entre os 
procedimentos depende da gravidade da obstrução e das condições do paciente
Técnica
� Vasoconstrição local Realiza-se a vasoconstrição para reduzir o 
sangramento durante o procedimento.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 16
� Ressecção da cabeça da concha inferior Utiliza-se uma pinça cortante para 
remover a cabeça da concha inferior, o que distingue essa técnica da 
turbinoplastia de Mabry.
� Elevação de um retalho medial de mucosa O retalho é elevado, com sua 
extensão variando de acordo com a situação clínica do paciente.
� Ressecção da porção óssea e mucosa inferior e lateral Realiza-se a 
remoção das partes ósseas e da mucosa inferior e lateral da concha.
� Reposicionamento do retalho medial O retalho medial é reposicionado para 
cobrir a área tratada.
SINUSECTOMIA
https://www.youtube.com/watch?v=DaQfrEwRnzE
 A sinusectomia é indicada para tratar rinossinusite crônica (com ou sem 
polipose nasossinusal) e, em alguns casos, neoplasias nasais e dos seios 
paranasais. . 
 As complicações são raras, sendo as mais comuns sangramento nasal e 
sinéquia (aderências)
 Complicações oftalmológicas e neurológicas também foram descritas, mas 
são muito raras.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 17
https://www.youtube.com/watch?v=DaQfrEwRnzE
→ medialização do corneto médio
→ processo uncinado - primeira lamela - dá acesso ao seio maxilar
Técnica cirúrgica
1. Identificação de Marcos Anatômicos
Revisão da tomografia pré-operatória para avaliar variações anatômicas.
Identificação das seguintes estruturas:
Coana
Óstio do seio esfenoidal
Óstio do seio maxilar
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 18
Parede medial da órbita (lamina papirácea)
Base do crânio na altura da fossa olfatória
Ducto nasolacrimal
2. Abertura do Seio Esfenoidal
Localizar o óstio do seio esfenoidal medialmente à inserção posterior do 
corneto superior.
Se o óstio não for visível, utilizar cureta ou punch para encontrá-lo e ampliá-
lo.
Caso haja osteíte severa, pode ser necessário uso de broca com irrigação 
abundante.
3. Abertura do Seio Maxilar
Identificação do óstio natural do seio maxilar, localizado próximo à parede 
medial da órbita.
Se o óstio estiver obstruído, utilizar o acesso pela fontanela posterior.
Abertura cuidadosa para evitar lesão do ducto nasolacrimal.
4. Etmoidectomia
Remoção das células etmoidais para permitir drenagem adequada dos seios.
Utilização da lâmina papirácea como limite lateral e do corneto médio como 
limite medial.
Dissecção cuidadosa para evitar perfuração da base do crânio.
5. Cirurgia do Seio Frontal
Revisão da área do recesso frontal e remoção de eventuais células 
bloqueadoras.
Se necessário, realização de Draf I, IIa, IIb ou III para ampliar a drenagem do 
seio frontal.
DACRIOCISTORRINOSTOMIAhttps://www.youtube.com/watch?v=PPTVTUUfzao
https://www.youtube.com/watch?v=rLgmV3OBUw
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 19
https://www.youtube.com/watch?v=PPTVTUUfzao
https://www.youtube.com/watch?v=rLgmV3O-BUw
 A Dacriocistorrinostomia DCR é um procedimento cirúrgico indicado para 
tratar a obstrução das vias lacrimais, restaurando o fluxo adequado da lágrima 
para a cavidade nasal. 
 A obstrução pode ser congênita ou adquirida, sendo causada por fatores 
como infecções crônicas, sinusites, desvio de septo, trauma, neoplasias e 
doenças sistêmicas como sarcoidose e granulomatose de Wegener. 
 O sintoma mais comum da obstrução é a epífora (lacrimejamento excessivo).
 Tipos de DCR A escolha da técnica cirúrgica depende da causa da obstrução, 
da anatomia do paciente e da experiência do cirurgião. Existem três principais 
abordagens:
� DCR Externa
Realizada por meio de uma incisão na pele, geralmente no canto medial 
do olho, sulco nasojugal, pálpebra inferior ou face lateral do nariz.
Proporciona excelente visualização das estruturas anatômicas, facilitando 
a criação da comunicação entre o saco lacrimal e a cavidade nasal.
Apesar da incisão, as cicatrizes são discretas e raramente causam 
impacto estético.
� DCR Endonasal
Técnica minimamente invasiva, feita com auxílio de endoscópio, evitando 
cicatrizes externas.
Permite a correção simultânea de desvios septais e outras alterações 
nasais que possam estar contribuindo para a obstrução.
Apesar da vantagem estética, a taxa de sucesso pode ser ligeiramente 
menor em comparação com a técnica externa.
� DCR Transcanalicular
Utiliza laser para desobstrução do ducto lacrimal, associado à 
visualização endoscópica nasal.
Procedimento menos invasivo, porém pode apresentar maior taxa de 
reestenose devido à formação de tecido cicatricial.
 Diagnóstico
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 20
Teste de Jones: Avalia o funcionamento do sistema lacrimal, diferenciando 
obstruções completas de parciais.
Dacriocistografia Uso de contraste radiopaco para identificar o local exato 
da obstrução.
Dacriocintilografia Avalia o fluxo da lágrima com uso de radioisótopos.
Tomografia computadorizada Útil para casos suspeitos de obstrução 
secundária a fraturas ou tumores.
 Pós-operatório e Prognóstico
A cirurgia pode ser feita sob anestesia geral ou local, dependendo do caso.
Na maioria das vezes, não é necessária internação hospitalar, e o paciente 
pode retomar suas atividades rapidamente.
O uso de tubos de silicone pode ser necessário para manter a via lacrimal 
aberta durante a cicatrização.
O pós-operatório costuma ser indolor, com poucos riscos de complicações.
AULA 2  procedimentos cirúrgicos da otorrinolaringologia 21

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