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REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS (1)

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DIREITO EMPRESARIAL I – REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS
7
UNIDADE II 
AULA 04 
REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS 
O art. 967 do CC/2002 estabelece que o empresário individual a Eireli e a sociedade empresária têm obrigação de se registrar no Registro Público de Empresas Mercantis (JUNTA COMERCIAL), da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Apesar da obrigação estabelecida por lei, não é o registro empresarial imprescindível para que se caracteriza a atividade empresarial.
O registro serve para dar regularidade para a atividade empresarial. Nesse sentido o Enunciado nº 199 da III Jornada de Direito Civil do CJF, determina que “ a inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização”. 
Existe empresário e sociedade empresária independentemente do registro, mas serão irregulares;
Podem sofrer falência- art. 1º da Lei 11.101/2005;
Mas não podem requerer a falência de seu devedor- art. .97, § 1º da Lei 11.101/2005; 
Não podem requerer a própria recuperação de empresas – art. 48, caput, da Lei 11.101/2005.
Quem exerce atividade rural, só terá sua atividade considerada como empresarial, submetendo-se ao risco da falência e à possibilidade de recuperação de empresas, se for registrada no Registro Público de Empresas. 
O art. 971 do CC/2002, ressalta que é faculdade e não obrigação de se registrar no Registro Público de Empresas. 
CUIDADO: A EIRELI SÓ EXISTE COMO DEFINIDA PELO LEGISLADOR, SE FOR REGULARMENTE REGISTRADA.
 2. 1 ORGANIZAÇÃO DO REGISTRO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
O Registro Público de Empresas Mercantis é:
Regulamentado pela Lei 8.934/1994; 
Tem por finalidade:
 
 
O Registro Público de Empresas Mercantis prestará serviços em todo o território nacional pelo SINREM – SISTEMA NACIONAL DE REGISTRO DE EMPRESAS MERCANTINS, que é composto pelos seguintes órgãos: Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) e as Juntas Comercias. 
DREI – DEPARTAMENTO DE REGISTROS EMPRESARIAL E INTEGRAÇÃO 
Órgão federal vinculado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com as principais funções 
Propor ações políticas, diretrizes, normas e implementar as medidas decorrentes, relativas ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e 
Coordenar a ação dos órgãos incumbidos da execução dos serviços do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.
AULA 05
JUNTAS COMERCIAIS 
São órgãos existentes em cada unidade da federação e subordinam-se:
Administrativamente ao governo estadual e;
Tecnicamente ao DREI 
Em virtude dessa natureza, os atos técnicos da Junta, quando questionados judicialmente, seriam julgados na Justiça Federal, em virtude de sua subordinação ao DNRC/DREI, que é um órgão FEDERAL.
Por outro lado, os atos administrativos seriam apreciados pela Justiça Estadual 
Com exceção da Junta Comercial do Distrito Federal que se subordina administrativa e tecnicamente ao DREI. 
Por esta razão fala-se que a Junta Comercial tem natureza híbrida.
Pelo fato da Junta Comercial ter uma atribuição estadual, se uma empresa tem sua sede num determinado ESTADO, ela deve ser registrada na Junta Comercial do respectivo ESTADO.
Exemplo:
Se constituir uma filial, agencia ou sucursal em outra cidade, mas no mesmo ESTADO, a regularização da filial ocorrerá pela simples averbação no registro da sede.
Se pretender constituir filial, agencia ou sucursal em outro ESTADO, precisará averbar a constituição da filial, agencia ou sucursal no registro da sede e registrar o ato de instituição das mesmas na Junta Comercial do Estado onde está a filial – art. 969 do CC/ 2002.
A Junta Comercial tem as seguintes atribuições: 
A matricula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e interpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns – gerais;
O arquivamento dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas individuas, sociedades empresárias e cooperativas; 
dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a lei 6.404/76; 
atos concorrentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no brasil ; 
das declarações de microempresa ; 
de atos ou documentos que , por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis ou daqueles que possam interessar ao empresário e às sociedades empresárias.
A autenticação dos instrumentos de escrituração (livros empresariais) da empresas registradas e dos agentes auxiliares do comercio, as copias dos documentos assentados ( arts. 32 e 39 da Lei 8.934/1994). 
O registro da atividade empresarial ocorre em uma das juntas comerciais espelhadas pelos Estados da federação. 
Para as sociedades simples, as fundações e as associações, o local correto para a efetivação do registro é o cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas (art. 998, caput do CC/2002). 
No caso das sociedades de advogados, apesar de serem sociedade simples, são registradas no Conselho Seccional da OAB (art.15, § 1º, da Lei 8.906/1994).
É importante ressaltar que, por ser a cooperativa uma sociedade simples, o local adequado para seu registro deveria ser no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, de acordo com o CC/2002 (art. 998, caput), mas, de acordo com o art. 18 da Lei 5.764/1971 (Lei de cooperativismo) e com o art.32, II, a, da Lei 8.934/1994, o registro da cooperativa continua ocorrendo na Junta Comercial. 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA JUNTA COMERCIAL 
O registro das atividades empresariais ocorre com o arquivamento doa atos constitutivos. 
Se o registo ocorre dentro de 30 dias contados da assinatura desses atos, o arquivamento retroagirá a data da assinatura.
Após este prazo, o arquivamento acontecerá a partir que o conceder (art. 36 da Lei 8.934/1994.
Se a documentação apresentada tiver vícios sanáveis, o empresário terá 30 dias contados da data da ciência pelo interessado ou da publicação do despacho para sanar irregularidades. 
Se o prazo não for cumprido ou se houver vícios insanáveis, o pedido será indeferido (art. 40 da Lei 8.934/1994).
As decisões proferidas pela Junta Comercial podem ser revistas por meio do pedido de RECONSIDERAÇÃO, recurso de plenário ou recurso ao Ministro de Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior.
Todos os recursos têm prazo de 10 dias úteis, contados a partir da intimação ou da publicação da decisão proferida pela Junta (art. 50 da Lei 8.934/1994).
As procuradorias e os interessados podem apresentar contrarrazões em igual prazo (art. 51 da Lei 8.934/1994).
 Os recursos citados não terão efeitos suspensivos (art. 49 da Lei 8.934/1994).
LIVROS EMPRESARIAIS 
É uma obrigação para quem exerce a atividade, como são instrumentos eficazes para auxiliar a fiscalização e a tributação do empresário.
A ausência dos livros obrigatórios traz para o empresário algumas consequências tais como: 
A ocorrência de crime falimentar pela falta desses livros, se for decretada a falência do empresário ou da sociedade empresaria – art. 178 da lei 11.101/2005;
A exclusão do benefício da recuperação de empresas – art. 51 da lei 11.101/2005; 
A impossibilidade de usar os livros como meio de prova.
Os livros empresariais possuem as seguintes funções: 
Administrativas, para que o empresário ou a sociedade empresaria tenha conhecimento do andamento de seu negócio;
Documental, a fim de servir como meio de prova contra ou a favor do empresário ou da sociedade empresária e de suas relações com terceiros;
Fiscal, para fins de tributação e fiscalização dos lançamentos realizados.
Para que os livros cumpram essas funções eles precisam ser autenticados pela Junta Comercial e, para tanto, os apontamentos devem ser feitos em – (art. 1.183 do CC/201):
Idioma e moeda corrente nacional e em;
 Forma contábil;
 Por ordem cronológica;
 Sem rasuras;
 Espaços em branco;
 Nem entrelinhas;
 Borrões;
 Rasuras ou emendas 
Os livros empresarias podem ser obrigatóriosou facultativos.
O único livro que é obrigatório para qualquer atividade é o livro Diário, que pode ser substituído pelo livro de Balancetes Diários e Balanços, quando o empresário ou a sociedade empresária adotar o sistema de fichas de lançamentos (art. 1.185 do CC). 
É evidente que o livro Diário, ou qualquer escrituração equiparada pela lei, não é o único registro obrigatório da atividade empresarial, de tal modo que, dependendo da atividade exercida pela empresa, outros livros devem ser autenticados, como, por exemplo:
o Livro de Registro de Duplicatas, quando ocorre a emissão de duplicatas, ou ainda
o Livro de Registro de Ações Nominativas, para as sociedades por ações. 
Além dos livros obrigatórios, o empresário ou sociedade empresária podem adotar outros livros que acharem necessários (parágrafo único do art. 1.181 do CC), como, por exemplo:
o Livro de Contas Correntes, 
o Livro de Vendas etc. "
É importante ressaltar que, como regra, os livros são sigilosos e que, se alguém precisar ter acesso aos livros dependerá de uma decisão judicial de exibição de livros (arts. 1.190 a 1.193 do CC). 
É claro que o sigilo não prevalece perante o fisco e a previdência. Súmula 439 do STF.
ATIVIDADE EMPRESARIAL IRREGULAR 
A ausência do registro torna a atividade empresarial irregular, impedindo ao empresário o usufruto dos benefícios do empresário regular, ou seja: 
a) não terá legitimidade ativa para requerer falência de seu devedor (art. 97, IV e § 1.°, da Lei 11.101/2005); 
b) poderá ter sua falência requerida e decretada, que será necessariamente fraudulenta, porque a ausência dos livros empresariais autenticados, por si só, constitui crime falimentar (art. 178 da Lei 11.101/2005); 
c) não poderá participar de licitações por falta da inscrição no CNPJ e da ausência de matrícula no INSS (arts. 28 e 29 da Lei 8.666/1993); 
d) não poderá requerera recuperação judicial (art. 48 da Lei 11.101/2005). 
" Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: IV - qualquer credor. § 1.° O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades". 
Em contrapartida, o empresário que não estiver regularizado, não poderá requerer a falência do devedor.
"Art. 1 78. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios: Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. "

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