Buscar

2ª Aula D Processual Civil II 2008 Processo de execução

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Processo de execução – primeira aula – sexto termo 
Professor Alexandre – dia 20/08/2015
Do processo de execução 
Noções gerais 
O processo de execução pode ser compreendido como um instrumento processual colocado a disposição do credor afim de que se possa pleitear ao poder judiciário a realização de providencias concretas materiais, que tenham por finalidade a satisfação quanto ao cumprimento de uma obrigação que não foi espontaneamente satisfeita pelo devedor. 
 Atualmente em razão das alterações legislativas o processo de execução está disciplinado em regra no livro 2 e também no livro 1 do CPC. Estará disciplinado no livro 1 quando se tratar de execução de titulo judicial decorrente de processo civil de conhecimento de natureza condenatória. Nesse sentido, merece destaque a lei nº 11.232/05 que tratou do denominado cumprimento de sentença versando sobre a execução da sentença judicial proferida em processo civil de conhecimento condenatório.
Na hipótese de se tratar de sentença arbitral, de sentença penal condenatória, sentença estrangeira homologada pelo STJ, sentença proferida contra a fazenda publica, não será observado este procedimento de execução imediata denominado fase de cumprimento de sentença, mas sim será instaurado um novo processo.
No caso de uma sentença proferida em processo civil de cunho condenatório não haverá um novo processo de execução, mas sim uma fase de execução denominada fase de cumprimento de sentença que se realiza em um processo único. Esse processo único onde ocorre essa fase de cumprimento de sentença é denominado processo sincrético. Essa denominação ocorre porque temos um único processo dotado de funções distintas, sendo uma delas a função cognitiva e a outra a função executiva ou de cumprimento de sentença em que se busca a satisfação do credor compelindo o réu ao cumprimento da sentença já proferida e que se constituiu em um título executivo judicial. É importante mencionar que neste processo sincrético embora dotado de duas funções, a cognitiva e a executiva, continua sendo um único processo, de maneira que o réu somente será citado uma única vez no processo de conhecimento que trata da função cognitiva e será intimado para cumprimento da sentença em razão dessa outra função executiva.
Técnicas de cumprimento ou satisfação da obrigação 
Essas técnicas de cumprimento da obrigação correspondem a sub-rogação e a coerção, que podem ser utilizadas na execução tradicional e na execução imediata ou cumprimento de sentença. 
A sub-rogação ocorre quando o Estado juiz substitui-se à figura do devedor no cumprimento da obrigação, satisfazendo o direito do credor sem nenhuma participação do devedor. Por exemplo, quando o Estado Juiz promove a constrição ( penhora) judicial de bens do devedor e os adjudica ao credor ou promove a sua alienação em hasta pública e em seguida paga o credor. 
Essa técnica não é admitida quando a obrigação do devedor for personalíssima como, por exemplo, quando o devedor tiver como obrigação a pintura de um quadro, sendo que neste caso a técnica adequada será a de coerção. 
A técnica de coerção é aquela utilizada para satisfazer as obrigações de natureza personalíssima. Através desta técnica o Estado juiz não substituirá o devedor no cumprimento da obrigação, mas sim imporá uma multa ou fará uso de outros instrumentos que venham a forçar o devedor quanto ao cumprimento da sua obrigação.
Não obstante estas técnicas serem diferenciadas, ambas poderão ser utilizadas em um mesmo processo de execução, respeitando-se as respectivas características. 
 No processo de execução decorrente do cumprimento de sentença judicial é possível fazer uso dessas duas técnicas de satisfação da obrigação. 
Tratando-se de uma obrigação infungível, em razão das suas características somente será admitida a técnica de coerção. 
 Na hipótese de se tratar de uma obrigação fungível, é admissível tanto a técnica de sub-rogação quanto a técnica de coerção. 
Em relação ao processo de execução por quantia certa a técnica predominante é a da sub-rogação, onde o Estado Juiz se substitui ao devedor visando a satisfação do credor. 
Essas mesmas considerações também se aplicam ao processo de execução tradicional, seja aquele por obrigação de fazer, de não fazer e de entregar coisa ou por quantia certa.
O parágrafo 5º do artigo 461 do CPC evidencia essas duas técnicas como se percebe pelos seus termos: 
Para a efetivação da tutela jurisdicional ou a obtenção de um resultado prático equivalente, poderá o juiz de ofício ou a requerimento determinar medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividades nocivas, se necessário com requisição de força policial.
Como bem se observa esse dispositivo legal faz menção á multa como técnica de coerção, assim como dentre outros se refere à busca e apreensão como técnica de sub-rogação. 
Execução por titulo extrajudicial e execução por titulo judicial
A execução por titulo extrajudicial é aquela que pressupõe um processo autônomo onde haverá a citação do devedor para cumprir uma obrigação de fazer, de não fazer, de entregar certa coisa ou de pagar certa quantia, fundada em um titulo executivo extrajudicial.
A execução por titulo judicial é aquela que decorre de um processo civil de conhecimento de cunho condenatório, desenvolvendo-se como uma fase de cumprimento de sentença em um processo sincrético.
Excepcionalmente essa execução por título judicial será realizada de forma tradicional, quando a execução for fundada em sentença estrangeira, sentença arbitral, sentença penal condenatória, sentença proferida contra a fazenda pública ou quando a sentença tiver por objeto alimentos do direito de família. Nesses casos, como estabelecido a execução não será imediata ou como faze de cumprimento de sentença, mas sim de forma tradicional, através de um processo autônomo e com nova citação do executado.

Continue navegando