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REMUNERAÇÃO-SALARIO-GRATIFICAÇOES-ADICIONAIS

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CURSO DE DIREITO DO TRABALHO
REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO
José Alfredo da Silva
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Remuneração
Gorjetas. Espécies
Salários. Espécies.
Salários. Elementos que o compõem e que não o compõem.
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Remuneração. Conceito legal.
Estabelece o art. 457 da CLT:
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
Daí se pode perceber que remuneração é gênero que tem como espécies a gorjeta e o salário.
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Remuneração. Representação.
REMUNERAÇÃO
GORJETA
SALÁRIO
Induzida
Não induzida
Fixo;
Gratificações;
Comissões;
Diárias;
Abonos
In pecunia
§ 1º
In natura
Art. 458
Alimentação;
Habitação;
Vestuário;
Outras pelo trabalho
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Remuneração. Considerações iniciais.
Vamos rever o art. 3º da CLT:
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Vê-se que o elemento de onerosidade do contrato de trabalho é o salário e não a remuneração.
Portanto, interessa ao Direito do Trabalho o salário.
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Gorjeta. Definição legal.
Está definida no art. 457 da CLT, § 1º da CLT:
Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que fôr cobrada pela emprêsa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. 
Gorjeta, portanto, é a importância paga por terceiro (cliente). Sempre de caráter facultativo, podendo ser induzida (inserida no preço) ou não induzida.
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Gorjeta. Continuação.
Se for obrigatória não é gorjeta, é taxa incluída no preço do produto ou serviço. E, se tal taxa for destinada ao empregado, então assume natureza de comissão e integra o salário como veremos a seguir.
A verdadeira gorjeta integra a remuneração mas não o salário, que é espécie diversa de remuneração. Logo, a gorjeta não é elemento de onerosidade do contrato de trabalho (Súmula 354, C. TST).
Com efeito, o empregador não pode ser onerado pela “generosidade” de seus clientes.
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Gorjeta. Continuação.
Nº 354    GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
Seria, então de se perquirir se integra nas demais verbas não mencionadas. A resposta é negativa. O TST tratou de enfrentar a questão nos dispositivos legais que tratam da base de cálculo com a expressão equivocada de “remuneração”.
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Gorjeta. Continuação.
Do contrário, seria possível concluir que o empregado poderia ser contratado apenas para receber gorjetas, o que é inviável na medida em que retiraria a natureza onerosa do contrato de trabalho.
Com efeito, se a gorjeta fosse elemento de composição do contrato de trabalho, então o empregador poderia deixar de pagar salário sempre que o valor das gorjetas superasse o mínimo previsto para aquele trabalhador e, portanto, o empregador receberia o trabalho gratuitamente.
Não é possível contratar empregado apenas para receber gorjetas.
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Salário. Definição legal.
Está definido no art. 457 da CLT, § 3º da CLT e art. 458 caput:
Art. 457, § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. 
Salário, portanto, é a importância paga pelo empregador, in pecunia ou in natura, destinada a contraprestação pelo trabalho realizado.
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Salário. Valor mínimo.
São três formas de valor mínimo a serem investigadas, conforme o caso concreto:
Salário mínimo: Art. 7º, IV, CF;
Salário profissional: Valor mínimo garantido em lei para determinada categoria profissional. Ex: Médicos e profissionais afins (art. 5º Lei 3.999/61, três vezes o salário mínimo para jornada de 04 horas diárias).
Piso salarial normativo: É estabelecido em norma coletiva (convenções ou acordos coletivos e, ainda, sentenças normativas) para toda categoria profissional.
No conflito entre estes, aplica-se a norma mais favorável.
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Salário. Formas de cálculo.
O salário pode ser fixado de três formas:
O salário pode ser fixado por unidade de tempo (hora, dia, semanal, quinzena, mês), não podendo apenas ser superior a um mês. (Art. 459, CLT). Nesta forma de contratação, o empregador remunera o empregado pelo tempo que este permanece à sua disposição, aguardando ou executando ordens, sem importar o resultado do trabalho. ;
o salário pode ser fixado por unidade de produção (comissões, percentagens, unidade produzida, etc.), ou seja, neste caso o empregador remunera não o tempo que o empregado ficou à disposição, mas o resultado final do trabalho do empregado.
Misto: Combinação dos dois sistemas anteriores, ou seja, parte por unidade de tempo e parte por unidade de produção.
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Salário. Formas de cálculo. Continuação.
É lícito contratar um empregado apenas para receber por unidade de produção, mas, neste caso, o empregador deve garantir o salário mínimo ou o piso salarial.
Veja-se que garantir é diferente de pagar.
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Salário. Elementos que compõe.
O salário é composto de vários elementos, ou várias formas de pagamento. Estas formas de pagamento são encontradas nos arts. 457, § 1º e 458, ambos da CLT, e passaremos a estuda-las uma a uma, separadamente.
 Dispõe o art. 457, § 1º da CLT:
Art. 457 - ... § 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador.
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Elementos que compõe o salário. Continuação.
Salário fixo: Como já vimos acima, o salário fixo é aquele contratado para remunerar uma determinada unidade de tempo (hora, dia, semana, quinzena ou mês).
Comissões e percentagens: Aquilo que hoje chamamos normalmente de comissões (1% sobre as vendas, por exemplo) a CLT denomina como percentagens. 
Isto porque, na época de sua edição, comissão significava a entrega de algum bem ou valor por conta do trabalho executado, sem que representasse necessariamente um percentual sobre este trabalho. Exemplo: A cada dez terrenos vendidos o vendedor recebia um terreno 
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Elementos que compõe o salário. Continuação.
Gratificações ajustadas: Gratificação é um incentivo que o empregador concede ao empregado. Este incentivo é incondicionado, ou seja, não está sujeito ao cumprimento de qualquer condição. A gratificação pode ser ajustada expressamente no contrato de trabalho ou tacitamente, pela reiteração do pagamento.
A gratificação difere do prêmio, já que este último é um incentivo condicionado, ou seja, sujeito ao cumprimento de uma determinada condição. O prêmio tem natureza salarial e, quando pago, deve compor a média salarial para o cálculo das verbas contratuais e rescisórias. Entretanto, o prêmio não integra o salário, porque o empregador tem o direito de suprimir o pagamento caso não seja cumprida a condição pelo empregado. 
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Elementos que compõe o salário. Continuação.
Diárias de viagem: As diárias de viagem se apresentam como uma verba fixa que o empregador paga ao empregado para que este faça frente às despesas quando está em viagem. O pagamento deste valor não está sujeito à comprovação do efetivo gasto. Quando o valor da diária de viagem supera 50% do salário, deve integrar o mesmo para o pagamento das verbas contratuais e rescisórias.
Abonos: também chamados de “bônus”, constituem “plus” salarial sem hipótese
condicionada.
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Outros elementos que compõe o salário.
Adicionais: Adicional é um “plus” salarial destinado a remunerar uma condição de trabalho mais gravosa. Exemplos: o adicional de insalubridade remunera uma situação de agressão à saúde, o adicional de periculosidade remunera uma situação de risco de vida, o adicional noturno remunera a condição mais gravosa de trabalhar à noite, o que contraria o relógio biológico do ser humano.
 O adicional é uma verba condicionada à existência de uma situação mais gravosa e, portanto, não integra definitivamente ao salário. Enquanto pago, tem natureza salarial e deve compor a média do salário para pagamento de todas as verbas contratuais e rescisórias. Entretanto, se suprimida a causa, pode ser suprimido também o seu pagamento. 
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Outros elementos que compõe o salário. Continuação.
Veja-se, neste sentido, o Enunciado 265 do C. TST:
 Nº 265	Adicional noturno. Alteração de turno de trabalho. Possibilidade de supressão
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 
No mesmo sentido o art. 194 da CLT:
Art . 194 - O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho 
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Verbas pagas pelo empregador. Natureza.
As verbas que o empregador paga ao empregado podem ter duas naturezas:
Salarial: Quando se destina a remunerar trabalho.
Indenizatória: Quando se destina a ressarcir o empregado por prejuízos ou danos suportados no curso do contrato de trabalho ou em virtude de seu término.
Ter natureza salarial não significa, necessariamente, integrar o salário.
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Verbas pagas pelo empregador. Natureza. Continuação.
Integram o salário aquelas verbas que, uma vez pagas, não podem ser suprimidas ou modificadas, eis que consideradas como próprio salário e, portanto, garantidas pelo art. 7º, VI da Constituição Federal. Assim se dá com todas as verbas mencionadas no art. 457, § 1º da CLT. Todas as verbas que integram o salário, por óbvio, tem natureza salarial.
Existem verbas, entretanto, que tem natureza salarial (posto que remuneram trabalho) mas não integram definitivamente o salário, podendo ser alteradas e/ou suprimidas. São as verbas condicionadas. (adicionais, prêmios, etc.). Poderão ser alteradas ou suprimidas conforme a condição.
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Elementos que não compõe o salário.
Algumas verbas são pagas ou fornecidas pelo empregador ao empregado, mas não compõe o salário e, portanto, não devem participar da média salarial para o cálculo das verbas contratuais e rescisórias. 
Ajuda de Custo: A leitura apressada do art. 457, § 2º da CLT pode trazer alguma confusão, principalmente a estudantes que têm o primeiro contato com a matéria. Vejamos sua redação: 
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Elementos que não compõe o salário. Continuação.
Art. 457 - ...§ 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinqüenta por cento) do salário percebido pelo empregado. 
Num primeiro momento pode-se pensar que a ajuda de custo que não exceda a 50% do salário não integra o mesmo e se ultrapassar este percentual integrará, mas esta leitura é equivocada.
 Devemos ler assim: Não se incluem nos salários as ajudas de custo. As diárias que não excedem 50% do salário também não serão nele incluídas. 
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Elementos que não compõe o salário. Continuação.
A ajuda de custo nunca integra o salário. Entende-se por ajuda de custo a verba de natureza indenizatória que visa ressarcir o empregado com gastos que este tenha tido para executar o trabalho. 
Já vimos que o risco do negócio pertence ao empregador (Ponto IV, item “6”). Logo, o empregado não deve assumir as despesas que são necessárias para o exercício do trabalho. Se é assim, o empregador deve ressarcir o gasto que o empregado teve. Este pagamento não está remunerando trabalho e sim indenizando despesa e, por esta razão, não integra o salário. 
Para que o valor pago tenha verdadeira natureza de ajuda de custo é preciso que o empregador exija os comprovantes das despesas que está ressarcindo. Se pagar um valor aleatório, sem comprovação, então não está ressarcindo despesas e sim remunerando trabalho (como ocorre, por exemplo, nas diárias de viagem). 
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Elementos que não compõe o salário. Continuação.
Participação nos lucros e resultados: A participação nos lucros e resultados da empresa é um incentivo comum nos países da Europa a fim de aumentar a produtividade do empregado. Foi trazido ao ordenamento jurídico nacional pelo art. 7º, inciso XI da Constituição Federal.
Trata-se de norma constitucional programática e de eficácia contida, porque necessitava de definição em lei. O legislador, entretanto, preferiu não regulamentar a matéria, outorgando o tema à negociação coletiva. É o que se vê do art. 621 da CLT, assim redigido: 
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Elementos que não compõe o salário. Continuação.
Art. 621. As Convenções e os Acordos poderão incluir entre suas cláusulas disposição sôbre a constituição e funcionamento de comissões mistas de consulta e colaboração, no plano da emprêsa e sôbre participação, nos lucros. Estas disposições mencionarão a forma de constituição, o modo de funcionamento e as atribuições das comissões, assim como o plano de participação, quando fôr o caso.  
Portanto, cabe aos sindicatos dos empregados negociarem com os sindicatos patronais (convenção coletiva) ou com os empregadores diretamente (acordo coletivo) a concessão desta verba. Entretanto, por definição constitucional será ela desvinculada do salário para qualquer fim.
Vedada apenas a estipulação em mais de duas vezes no mesmo ano e em período inferior a 06 meses.
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Elementos que não compõe o salário. Continuação.
Vale transporte: O vale transporte foi instituído pela lei 7.418 de 16/12/1985 a qual, no seu art. 2º, alínea “a” estabelece que o benefício não tem natureza salarial e nem se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos.
 O vale transporte é um benefício compartilhado. O empregado declara seu endereço residencial e os meios de transporte necessários para deslocamento de casa para o trabalho e retorno. O empregador compra os vales necessários (ônibus, trem, metrô) e entrega ao empregado. O empregador pode descontar até 6% do salário do empregado para custear o benefício. O que exceder será suportado pelo empregador. 
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Elementos que não compõe o salário. Continuação.
Alimentação fornecida por empregador cadastrado no Plano de Alimentação do Trabalhador. (PAT). Veremos mais adiante que a alimentação fornecida ao trabalhador não é salário in natura nos termos do art. 458 da CLT ali transcrito.
 Entretanto, o Estado instituiu através da lei 6.321 de 14/04/1976 o Plano de Alimentação do Trabalhador, que incentiva o empregador, através de descontos fiscais, a fornecer alimentação aos seus empregos. 
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Elementos que não compõe o salário. Continuação.
O art. 3º desta lei afirma que a alimentação fornecida nos termos desta lei não se constitui salário in natura. 
Orientação Jurisprudencial nº 133 da SDI-1 do C. TST:  
Ajuda alimentação. PAT. Lei nº 6.321/1976. Não integração ao salário.
A ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6.321/1976, não tem caráter salarial. Portanto, não integra o salário para nenhum efeito legal.
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Elementos que não compõe o salário. Fim.
Veremos mais adiante o fornecimento de salário “in natura”. Nesta ocasião, estudaremos a existência de parcelas in natura que não compõe o salário por expressa determinação legal.
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CURSO DE DIREITO DO TRABALHO
Salário “in natura”
Gratificação Natalina
Adicionais de Insalubridade e Periculosidade.
Formas e meios de pagamento do salário
Proteção do salário.
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Salário “in natura”.
Além da importância em pecúnia, constitui salário, para todos os fins,
as parcelas que o empregador entrega ao empregado in natura, ou seja, diferente de dinheiro. A matéria é regida pelo art. 458 da CLT, assim redigido: 
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
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Salário “in natura”.
Assim, o empregador pode pagar parte do salário com alimentação, vestuário, habitação e outras parcelas que não são em pecúnia, mas que indiretamente remuneram o empregado porque este deixa de ter aquela determinada despesa. 
O salário, entretanto, não pode ser pago inteiramente in natura, devendo o empregador providenciar para que pelo menos 30% do salário seja pago em dinheiro. 
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Salário “in natura”.
Entretanto, é relevante notar que no inciso I do § 2º em questão o legislador afirma que não é salário a parcela in natura fornecida para o trabalho. 
Assim, se o bem é fornecido PARA o trabalho não é salário in natura e se for fornecido PELO trabalho (ou seja, em contraprestação ao serviço recebido), então será salário in natura.
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Parcelas “in natura” que não constituem salário.
O § 2º do art. 458 da CLT foi alterado pela lei 10.243 de 19.06.2001 e passou a ter a seguinte redação:
§ 2o Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público;
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde;
V – seguros de vida e de acidentes pessoais;
VI – previdência privada;
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Salário “in natura”. Forma de Cálculo.
Nº 258    SALÁRIO-UTILIDADE. PERCENTUAIS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Os percentuais fixados em lei relativos ao salário "in natura" apenas se referem às hipóteses em que o empregado percebe salário mínimo, apurando-se, nas demais, o real valor da utilidade. 
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13º. Salário.
Surgiu nas relações de trabalho por força dos usos e costumes.
Foi incorporado ao ordenamento jurídico pela Lei 4.090/62 que se refere a todos os empregados.
É salário diferido, ou seja, adquire-se o direito a 1/12 do salário do empregado para cada mês trabalhado (ou fração igual ou superior a 15 dias) e o pagamento é postergado para o futuro.
Deve ser pago em duas parcelas. A primeira até 30/11 e a segunda até 20/12.
É calculado pelo ano civil.
A ruptura do contrato de trabalho garante o direito ao pagamento proporcional, salvo na hipótese de justa causa do empregado.
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Adicional de Insalubridade
Adicional: Remunera condição mais gravosa.
Insalubridade: Risco de agressão à saúde do trabalhador.
A insalubridade pode ser qualitativa (bastando contato, não se discute limites de tolerância) ou quantitativa (a níveis de mensuração e, portanto, discute-se tolerância).
Dividida em graus: Mínimo (10%), médio (20%) e máximo (40%).
TST: incide sobre o salário mínimo (Súmula 228), salvo na hipótese de salário profissional (Súmula 17).
STF: Jurisprudência vacilante.
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Adicional de Insalubridade. Continuação.
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. FIXAÇÃO EM PERCENTUAL DO SALÁRIO MÍNIMO. POSSIBILIDADE. O Supremo firmou entendimento no sentido de que o artigo 7º, IV, da Constituição do Brasil veda apenas o emprego do salário mínimo como indexador, sendo legítima a sua utilização como base de cálculo do adicional de insalubridade (AI-AgR 638100 / ES - ESPÍRITO SANTO,AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO; Relator: Min. EROS GRAU. Julgamento: 22/05/2007 Órgão Julgador: Segunda Turma).
 EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO. INCONSTITUCIONALIDADE. A utilização do salário mínimo como base de cálculo do adicional de insalubridade ofende a parte final do inciso IV do artigo 7o da Constituição Federal. Precedentes: RE 435.011-AgR e AI 423.622-ED. Agravo Regimental desprovido. RE-AgR 451220 / ES – ESPÍRITO SANTO.AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a): Min. CARLOS BRITTO. Julgamento: 28/11/2006 Órgão Julgador: Primeira Turma 
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Adicional de Periculosidade.
Adicional: Remunera condição mais gravosa.
Periculosidade: Risco à vida do trabalhador.
Causas: Inflamáveis, explosivos ou eletricidade.
Grau fixo: 30% sobre salário básico, exceto eletricitários (sobre remuneração). Ver Súmula 191 do TST.
TST: Se for habitual, ainda que intermitente ou apenas em parte da jornada, o adicional é devido na integralidade (30%), salvo se houver negociação coletiva fixando adicional inferior e proporcional, a qual deve prevalecer (Súmula 364, II).
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Adicional de Periculosidade e insalubridade.
Deve ser apurada por perícia (art. 195, CLT).
Se desativado o local, pode se valer o julgador de outros meios de prova (OJ. 278, SDI-1, TST).
Não há distinção de médico do trabalho ou engenheiro do trabalho (OJ. 165, SDI-1, TST).
O adicional de insalubridade pode ser deferido mesmo que o agente encontrado seja diverso do indicado na petição inicial (Súmula 293, TST).

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