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Periodontia - Mucosa oral: revestimento da pele da cavidade bucal. É dividida em: M. Oral Mastigatória (+ importante p/ perio) Envolve a gengiva e o revestimento do palato duro M. Oral Especializada: dorso da língua M. Oral de Revestimento: todo o resto. - Periodonto: tecidos em torno do dente FUNÇÃO: - Inserir o dente no tecido ósseo - Conservar a mucosa mastigatória - Atenuar e distribuir as forças mastigatórias DIVIDIDO EM: - Periodonto de Proteção - Periodonto de Sustentação - Também conhecido como gengiva, recobre o osso alveolar e fica em volta da porção cervical dos dentes. Dividido em: - Gengiva Marginal (livre) - Gengiva Inserida (aderida) - Gengiva Interdental GENGIVA MARGINAL LIVRE: - É a parte que fica em contato com o dente, circunda o dente como se fosse um colarinho (medindo 1mm aprox..), ela é solta do dente, acaba no final da junção amelocementária - Epitélio externo é queratinizado (pode ou não ter queratina), a queratina geralmente é formada para proteção de tecido gengival - Aspecto liso - Depressão gengival livre: limite entre as gengivas livre e inserida. GENGIVA INSERIDA: - Ela aparece logo depois da gengiva livre - Textura de casca de laranja (que é por causa das fibras colágenas inseridas no osso alveolar) - Firme e sem mobilidade, e quando pressionada se deforma, porem volta ao normal logo depois - Tem início no limite coronário, quando termina a coroa (no final da junção amelocementário) - Termina na linha muco gengival - Maior na região de incisivos, ficando menor na região dos posteriores. GENGIVA INTERDENTAL: - Ou Papila Interdental -Entre os dentes - Mistura da gengiva marginal livre e inserida - Formato piramidal nos dentes anteriores e de sela nos posteriores. (fica achatada no sentido VL) MUCOSA ALVEOLAR: - Extensão apical em relação a JMG - Fibras elásticas - Frouxa inserção ao periósteo - Mais avermelhada que a gengiva inserida - SÃO OS EPITÉLIOS: - Epitélio Oral; Epitélio de sulco; Epitélio Juncional TECIDO CONJUNTIVO DO PERIODONTO DE PROTEÇÃO: - Fibras gengivais colágenas compõem 60% do tecido. Conectam a gengiva no dente Fornecem rigidez para suportar as forças mastigatórias Nomeadas de acordo com o sentido. - COMPOSTO POR: Ligamento Periodontal Osso Alveolar Cemento Radicular LIGAMENTO PERIODONTAL: - Função de unir o cemento radicular ao osso alveolar (GONFOSE – articulação especifica entre dente e alvéolo) - É um tipo de tecido conjuntivo frouxo - Ricamente vascularizado e inervado com fibras 1 e 3 -Contém fibras colágenas: horizontal, obliquas e apicais. - Fibras obliquas presentes em maior quantidade, amortecendo as forças mastigatórias - Fibras horizontais, mais presentes no terço cervical, movimento de tensão e rotação - Fibras apicais, no ápice do dente, é necessário rompê- las quando ocorrer uma exodontia CEMENTO RADICULAR: - Tecido conjuntivo mineral rico em hidroxiapatita - Não possui vasos e nervos - Função de inserir as fibras do ligamento na raiz; reparação da raiz, e proteção da dentina. OSSO ALVEOLAR: - Parte importante do aparelho de inserção dos dentes - Distribui e absorve forças da mastigação - Tecido conjuntivo especializado, avascular - Osteoclastos: absorvem o osso - O desenvolvimento do osso alveolar acontece com o surgimento do dente, caso esse dente seja perdido ocorre a reabsorção óssea. EPITÉLIO ORAL: - Parte da região externa da gengiva; - Pavimentoso estratificado e queratinizado; - Começa na linha muco-gengival e vai até a Margem gengival. EPITÉLIO DE SULCO: - Faz parte da gengiva livre, internamente - Voltado para área externa do dente - Ausência de queratina, o que permite a passagem de fluidos gengivais, para limpar, entretanto também permite a passagem de microrganismos, o que pode iniciar a doença periodontal. - Espaço entre o dente e o epitélio é chamado de SULCO GENGIVAL (lugar mais propicio para o crescimento bacteriano anaeróbico; mede de 1 a 3mm) EPITÉLIO JUNCIONAL: - Começa no fim do epitélio sucular e terminar na inserção conjuntiva. - Aderido ao dente - Bem fino, e semipermeável. - Responsável pela junção da gengiva marginal inserida a superfície do dente. OBS: EPITÉLIO SUCULAR E JUNCIONAL SERVEM PARA PROTEÇÃO DO TECIDO GENGIVAL. – IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO FENÓTIPO: - Previsibilidade em reabilitações estéticos por meio de implantes - Alteração de coloração dos tecidos após colocação de implantes - Recessões gengivais após movimentação ortodôntica ou reabilitações restauradoras protéticas - Reabsorção severa após exodontia CONDIÇÕES E DOENÇAS PERIODONTAIS: DIVIDIDAS EM: - Saúde Periodontal e saúde gengival - Gengivite induzida pelo biofilme - Outras condições que afetam o periodonto SAÚDE CLINICA EM UM PERIODONTO INTEGRO: - Sem perda de inserção - Profundidade de sondagem de até 3mm - Sangramento a sondagem em menos de 10% dos sítios - Sem perda óssea radiográfica SAÚDE CLINICA GENGIVAL EM UM PERIODONTO REDUZIDO: PAC com periodontite estável - Teve perda de inserção quanto tinha periodontite (mas não está progredindo) - Profundidade de sondagem de até 4mm - Com sangramento a sondagem em menos de 10% dos sítios - Perda óssea radiográfica (sem progressão) PAC sem periodontite: - Perda de inserção (perdeu gengiva, por conta de outro fator, não a periodontite, pode ter sido por ex. escovação traumática) - Profundidade de sondagem de até 3mm - Com sangramento a sondagem em menos de 10% dos sítios - Possível perda óssea radiográfica (por ex. recessão gengival e aumento de coroa clínica) ASSOCIADA SOMENTE AO BIOFILME: Gengivite em periodonto integro: - Sítios com profundidade de sondagem menor ou igual a 3mm - 10% ou mais de sítios com sangramento a sondagem - Ausência de perda de inserção e de perda óssea radiográfica Gengivite em periodonto reduzido tratado periodontalmente - Histórico de tratamento de periodontite – perda de inserção - Sítios com bolsa periodontal de ate 3mm - 10% ou mais dos sítios com sangramento a sondagem - Perda óssea radiográfica (não está mais perdendo osso) Gengivite em periodonto reduzido sem periodontite prévia: - Sítios com profundidade de até 3mm - 10% ou mais de sangramento a sondagem - Perda de inserção e possível perda óssea radiográfica. GENGIVITE MEDIADA POR FATORES DE RISCO SISTÊMICOS OU LOCAIS: Fatores de risco sistêmicos (modificadores) - Tabagismo - Hiperglicemia - Fatores nutricionais Agente farmacológicos (prescritos, não prescritos e recreacionais) - Hormônios esteroides sexuais (puberdade, ciclo menstrual, gravidez e contraceptivos orais) - Condições hematológicas Fatores de risco locais (predisponentes) - Fatores de retenção de biofilme dental (ex: margens de restaurações proeminentes) - Secura bucal DIVIDIDAS EM: - Desordens genéticas e de desenvolvimento - Infecções especificas (bacteriana, viral ou fúngica) - Condições inflamatórias e imunes: Reações de hipersensibilidade Doenças autoimunes da pele e membranas mucosas Lesões inflamatórias granulomatosas - Processos reacionais: Epúlides Pré-malignas Malignas - Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas: Deficiência de vitaminas Traumamecânico/físico Pigmentação gengival DIVIDIDA EM: - Periodontite Necrosante - Periodontite PERIODONTITE NECROSANTE: - Processo inflamatório do periodonto caracterizado por necrose/ulceração da papila interdental, sangramento gengival, halitose, dor e perda óssea rápida Doenças periodontais necrosantes em pacientes comprometidos crônica e gravemente: - Em adulto - Em crianças Doenças periodontais necrosantes em pacientes comprometidos temporárias e/ou moderadamente: - Em pacientes com gengivite - Em pacientes com periodontite Doenças também reconhecidas como periodontais necrosantes: - Gengivite ulcerativa necrosante (GUN) - Periodontite ulcerativa necrosante (PUN) - Estomatite ulcerativa necrosante (EUN) GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE (GUN): - Processo inflamatório do tecido gengival caracterizado pela presença de necrose/ulceração das papilas interdentais, sangramento gengival e dor PERIODONTITE ULCERATIVA NECROSANTE (PUN) - Processo inflamatório do periodonto caracterizado pela presença de ncrose/ulceração das papilas interdentais, sangramento gengival, halitose, dor e perda óssea rápida. ESTOMATITE ULCERATIVA NECROSANTE (EUN) - Condição inflamatória severa do periodonto e da cavidade oral em que a necrose dos tecidos moles se estende além da gengiva, e a denudação óssea pode ocorrer por meio da mucosa alveolar. PERIODONTITE: - Definida como doença inflamatória crônica multifatorial associada com biofilme disbiótico e caracterizada pela destruição progressiva do aparato de inserção dental. - Clinicamente caracterizada como: Perda de inserção detectada em 2 ou mais sítios que não estão lado a lado nas interproximais. Perda de inserção de 3mm ou mais na V ou L/P; recessão de origem traumática; cárie até a área cervical do dente, etc. - A periodontite é classificada de acordo com seu ESTÁGIO e seu GRAU. ESTÁGIO: - Seu estagio tem relação com a SEVERIDADE da doença. - Principal forma de determinar é pela sua perda clínica de inserção, quando não há, é necessário verificar a perda óssea radiográfica. - Em pacientes tratados o estágio NÃO diminui. - Todos os estágios devem-se classificar quanto a sua extensão: LOCALIZADA (afeta até 30% dos dentes), GENERALIZADA (afeta 30% ou mais dentes) ou padrão molar/incisivo. ESTÁGIO I: (periodontite inicial) - Característica determinantes: perda de inserção interproximal de 1 a 2mm ou perda radiográfica no terço coronal - Características secundarias: profundidade de sondagem de ate 4mm, sem perda dental e óssea horizontal ESTÁGIO II: (periodontite moderada) - Características determinantes: perda de inserção 3 a 4mm ou perda radiográfica no terço coronal - Fatores que modificam: profundidade de sondagem de até 5mm, sem perda dental e óssea horizontal. ESTÁGIO III: (periodontite grave) - Características determinantes: perda de inserção de 5mm ou mais, perda óssea radiográfica se estendendo a metade ou ao terço apical da raiz. - Fatores que modificam o estágio: profundidade de sondagem de 6mm ou mais, com perda dental em até 4 dentes. Pode ter perda óssea vertical de até 3mm, lesões de furca grau II ou III e defeito de rebordo moderado. ESTÁGIO IV: - Características determinantes: perda de inserção de 5mm ou mais, ou perda óssea radiográfica se estendendo a metade ou ao terço apical da raiz. - Fatores que modificam o estágio: perda de 5 ou mais dentes. Além de fatores de complexidade no estagio III, pode ocorrer disfunção mastigatória, trauma oclusal secundário (mobilidade grau 2 ou 3), defeito de rebordo grave, problemas mastigatórios, menos de 20 dentes remanescentes GRAU: - O grau reflete as evidências, ou o risco, de PROGRESSÃO da doença e seus efeitos na saúde sistêmica. - Inicialmente todo paciente com periodontite deve ser considerado grau Be, assim, modificar esse grau (para A ou C), de acordo com: 1. Evidências diretas de progressão; 2. Evidências indiretas; - Após a determinação do grau da periodontite, ele pode ser modificado pela presença de fatores de risco (tabagismo e diabetes mellitus) GRAU A – PROGRESSÃO LENTA: - Características determinantes: evidência direta de não progressão da perda de inserção por 5 anos ou indireta de perda óssea/ano de até 0,25mm. - Características secundárias: pacientes com grande acumulo de biofilme, mas pouca destruição periodontal. - Sem fatores de risco GRAU B – PROGRESSÃO MODERADA: - Características determinante: evidencia direta de progressão inferior a 2mm em 5 anos ou indireta de perda óssea/ano de 0,25-1mm. - Características secundarias: destruição compatível com depósitos de biofilme - Fatores de risco: fumantes abaixo de 10 cigarros ao dia GRAU C – PROGRESSÃO RÁPIDA: - Características determinantes: evidencia direta de progressão igual ou superior a 2mm em 5 anos ou indireta de perda óssea/ano superior a 1mm. - Características secundárias: a destruição maior que a quantidade de biofilme. - Fatores de risco: tabagismo ou diabetes mellitus PERIODONTITE COMO MANIFESTAÇÃO DE DOENÇAS SISTÊMICAS - Desordens sistêmicas que apresentam um grande impacto na perda dos tecidos periodontais por influencia a inflamação gengival: Desordens genéticas: Doenças associadas com desordens imunológicas Doenças que afetam a mucosa oral e o tecido Gengival Doenças que afetam o tecido conjuntivo Desordens metabólicas e endócrinas Doenças de imunodeficiência adquirida Doenças inflamatória Outras desordens sistêmicas que influenciam a patogênese das doenças periodontais - DIVIDIDAS EM: Saúde Peri-implantar Mucosite Peri-implantar Peri-implantite Deficiência nos tecidos Peri-implantares moles e duros - São comunidades biológicas com um elevado grau de organização, onde as bactérias formam comunidades estruturadas, coordenadas e funcionais ➢ Matéria alba (resto de comida) ➢ Placa bacteriana (biofilme) ➢ Cálculo dentário (biofilme calcificado) - Proteção contra: dessecação (células em formato de plâncton que defendem nosso ph), defesas do hospedeiro - Capacidade adesiva contra o fluxo salivar (primeiro passo para o biofilme se desenvolver) - Diversidade microbiana - Concentração de nutrientes 1. FORMAÇÃO DA PELÍCULA ADQUIRIDA: 0-4h – células planctônicas se aderem ao dente, microbiota recém chegada começa a liberar polissacarídeos extracelular (função da película adquirida: lubrificação, proteção, antimicrobiano) 2. COLONIZAÇÃO: Streptococcus, e outras bactérias começam a se juntar e há a liberação de polissacarídeos extracelulares. 3. ESTRUTURAÇÃO: 4-24h – divisão celular e aderência interbacteriana por co-adesão, crescimento do biofilme acelera, aumento da diversidade microbiana, aumento da densidade do biofilme. 4. MATURAÇÃO: Após 72h há a formação da placa bacteriana madura, resistência a fagocitose, resistente a antimicrobianos em concentração 10-1000x acima do nível bactericida 5. DISPERSÃO: bactérias se deslocam da superfície do dente podendo colonizar outros locais - Microcolônias - Sistema de canais (nutre as bactérias do biofilme através da saliva) - Matriz funcional (barreira protetora do biofilme) - Pathogenesis: é definido como a origem e desenvolvimento de uma doença GENGIVA PRIMITIVA: - Pouco ou nenhum infiltrado inflamatório - Paciente com controle de placa minucioso - Minoria dos indivíduos GENGIVA CLINICAMENTE SAUDÁVEL: - Inflamação inicial em estado histológico - Aumento das estruturas vasculares - Agressão microbiana -Ausência de doença por fatores defensivos – acúmulo de acúmulo excessivo biofilme de biofilme + fatores extras Gengiva Gengiva Gengivite Primitiva clinicamente sadia lesão inicial sobrecarga alterações perda de histológicas colágeno - 2 a 4 dias de acumulo de biofilme - Inflamação de baixo grau em quadro histológico - Aumento da pressão hidrostática causa alterações histológicas: Dilatação dos microvasos sanguíneos no complexo dentogengival Aumento do espaço intercelular nos capilares: aumento do fluido gengival = diluição de substancias nocivas para o sulco e tecidos - 7 dias de acumulo de biofilme - Gengivite clinicamente detectável: alteração de cor, edema, sulco gengival mais profundo - Histologicamente: aumente de neutrófilos, degeneração de fibroblastos, destruição de colágeno em região lateral e apical do epitélio juncional. - Biofilme + suscetibilidade + fatores de risco - Grande número de células inflamatórias nos tecidos e vasos sanguíneos - Migração lateral do epitélio juncional - Transição de gengivite para periodontite - Histologicamente: continua destruição de colágeno em direção ao ligamento periodontal e osso alveolar - Reabsorção óssea: osteoclastos reabsorvem osso para evitar infiltração bacteriana nos ossos - Biofilme avança apicalmente conforme a bolsa fica mais profunda - Inflamação chega no estágio crônico, onde os danos aos tecidos continuam IMUNIDADE INATA (originada do organismo) - Barreiras mecânicas, químicas, microbiológicas que tentam impedir a invasão de patógenos no organismo, através de: Saliva Tecidos epiteliais Fluido gengival: - A quantidade de fluido varia conforme a relação saúde/doença; - Faz lavagem do sulco gengival e é o veículo de componentes do sangue; - Transporta os neutrófilos Neutrófilos: - É o principal tipo de leucócito do sulco gengival (95%) - Presente no periodonto saudável - Evita danos ao periodonto - Transporte pelos espaços intercelulares do epitélio juncional - Adquirida através de vacinas, medicamento, etc. - A ciência que estuda a FREQUÊNCIA com que uma determinada condição, doença ou fisiologia, se manifesta em uma dada população, além dos fatores que influenciam a sua distribuição. - Dados epidemiológicos: é o principal meio de estabelecer estatísticas de certas doenças periodontais em uma determinada comunidade. - Fator principal para a doença periodontal: Conter Biofilme - A condição social sempre implica nas doenças periodontais (baixo nível econômico, menor conhecimento, sem uma educação preventiva) - Determinar a quantidade e distribuição de uma doença na população - Investigar as causar da doença - Aplicar este conhecimento para o controle da doença - Agir na comunidade e não no individuo - Medidas preventivas geram medidas curativas PREVALÊNCIA: quantidade total indivíduos afetados pela doença. Análise no momento do aparecimento da doença. INCIDÊNCIA: quantidade de novos indivíduos que apresentam a doença após o período que a doença foi analisada. EXTENSÃO: quantidade de sítios afetados em relação aos sítios sadios. SEVERIDADE: perda de inserção observada RISCO: probabilidade de alguém desenvolver uma doença num período especifico. - Fator etiológico - Individuo - Doença FATORES DE RISCO: fatores ambientais, comportamentais, biológicos ou genéticos, que quando presentes aumentam a chance de desenvolvimento da doença. - Previsão do curso da doença: Perda dental Recorrência da doença Perda de função ESTUDOS TRANSVERSAIS OU DE PREVALÊNCIA: ESTUDOS DE COHORT (COORTE OU CORTE): compara 2 populações para uma determinada condição, muito aplicado em estudos de medicina periodontal. ESTUDOS LONGITUDINAIS: acompanhamento do paciente. Dividido em: Prospectivo: hoje começa e acompanha Retrospectivo: arquivos de antes do paciente (de trás para frente para ver a evolução da doença) - Inflamação dos tecidos gengivais sem perda de inserção. - Vermelhidão e edema - Alteração no contorno e consistência - Sangramento provocado - Forma mais comum de doenças periodontais - Reversível com a remoção da causa IG – LÖE E SILNESS, 1965: - Mensuração nas faces: V, L, MV e DV - Utilização da sonda periodontal 0 – Gengiva normal, sem sangramento 1 – Leve inflamação, alterações sutis de cor, forma e volume, sem sangramento 2 – Moderada inflamação, eritema, inchaço e sangramento 3 – Inflamação severa, eritema e inchaço aumentados, sangramento espontâneo e ulcerações. IG = ∑ valores de cada dente --------------------------------- nº dentes examinados Escore gengival Grau de gengivite 0,1 – 1 leve 1,1 – 2 moderada 2,1 – 3 grave IPL – LÖE E SILNESS, 1964: - Espessura de placa ao longo da margem gengival - Ignora a extensão coronária da placa na superfície dental 0 – Sem placa 1 – Fina camada visível com sonda 2 – Quantidade moderada, visível ao olho nu 3 – Placa abundante - Dentes secos com jato de ar, sem evidenciadores - Faces: DV, V, MV, L IPL = ∑ valores de cada dente --------------------------------- nº dentes examinados - Índice de placa e gengival simplificado AINSMO & BAY, 1975: % dos sítios com biofilme % de sítios com sangramento marginal Presença ou ausência de biofilme e sangramento na face examinada _ índice de sangramento gengival - índice gengival ISS – MÜHIEMANN & SON, 1971 Indica inflamação no fundo do sulco gengival Sangramento 15s após leve sondagem Índice dicotômico: presença ou ausência: + : para sangramento 15s após sondagem - : ausência de sangramento - Gengivite é bastante disseminada no brasil - Maior tendencia em classes sociais inferiores - Homens parecem ser mais prováveis que mulheres - Dados do brasil são semelhantes a outros países O QUE PODE CONTRIBUIR PARA O APARECIMENTO? - Restaurações com excesso ou falta de material - Lesão nos elementos dentais - Aumento gengival - Aparelhos ortodônticos EXISTE ALGUM FATOR QUE MASCARA A GENGIVITE? - Nicotina: Vaso constrição periférica: insquemia dos tecidos periodontais (efeito mascarador) FATORES DE RISCO: - Diabetes Mellitus: aumento de susceptibilidade da periodontite em paciente com diabetes, maior perda de inserção, recessão gengival, pois ativa os osteoclastos que fazem com que ocorra uma recessão óssea. (diabéticos bem controlados em terapia periodontal de suporte tem evolução do quadro de doenças semelhantes aos não diabéticos) TABAGISMO: - Fumantes tem de 2 a 7 vezes mais chance de ter DP do que não fumantes. - Maior perda de inserção, incluindo maior retração gengival - Condição periodontal de ex-fumantes é igual a dos não fumantes TABAGISMO X TERAPIA PERIODONTAL: - Pior prognósticos para tratamento não cirúrgico - Pior prognósticos para tratamento cirúrgico - Pior prognostico para cirurgia de recobrimento STRESS: - É a resposta não especifica do organismo a qualquer tipo de exigência - O stress ocorre quando a pressão excede sua capacidade de lidar com problemas - Inibe a migração de macrófagos - Aumenta os níveis de Aa,F.nucleatum e P. intermedia - GUN em soldados dinamarqueses - O stress do acadêmico aumenta o acumulo de placa - Distúrbios emocionais aumentam o consumo de cigarro GENGIVITE - TODO paciente que acumular placa vai apresentar quadro de gengivite (biofilme é fator principal) - As chances de encontrar biofilme em um adolescente são maiores que em pessoas mais velhas - Homens mais prováveis que mulheres - Cigarro pode mascarar a presença de gengivite - Doença infecciosa resultante da inflamação dos tecidos de suporte, com progressiva perda de inserção óssea. ESTÁGIO 2, 3 E 4 – GRAU A OU B - Doença periodontal destrutiva - Normalmente em adultos, mas pode ocorrer em crianças e adolescentes - Severidade da doença é compatível com a quantidade de agente local e calculo subgengival é um achado comum - Progressão leve à moderada DOENÇA PERIODONTAL: - Presença da destruição de tecidos de sustentação - A presença da doença é medida pela: PROFUNDIDADE DE SONDAGEM e o NÍVEL DE INSERÇÃO CLINICA. PERIODONTITE CRÔNICA: - % de adultos com perdas de inserção > 3 mm em função da idade - Pessoas mais velhas não são mais suscetíveis a doença - Apresentam um efeito acumulado maior da doença - Chances maiores de achar mais bolsas em pacientes mais velhos - Adultos acima de 30 anos: 79% - perda de NIC > 5mm 52% - perda de NIC > 7mm EPIDEMIOLOGIA DA PERIODONTITE CRÔNICA: - A grande maioria das pessoas vão apresentar alguns poucos sítios com perda de inserção - Apenas alguns dentes em poucas pessoas vão apresentar grande perda de inserção - O número de indivíduos/dentes doentes aumenta com o aumento da faixa etária O BIOFILME EM CONJUNTO COM A SUSCEPTIBILIDADE DO PACIENTE, MAIS MECANISMOS DE DEFESA, MAIS FATORES DE RISCO INFLUENCIAM PARA O APARECIMENTO DA PERIODONTITE. PERIODONTITE AGRESSIVA: - Alta taxa de destruição, levando a uma avançada perda de inserção periodontal e perda precoce do dente. ESTÁGIO 3 OU 4 – GRAU C -Perda de inserção e destruição óssea rápida - Tendencia familiar _ Quantidade de agente local é incompatível com o grau de destruição - Geralmente em pacientes jovens até 35 anos - Velocidade de progressão: 1mm/ano - De 31 a 35% dos pacientes podem evoluir para PAG em apenas 5 anos - 48% das crianças que apresentam perda de inserção clínica na dentição decídua, podem apresentar perda de NIC após a troca de dentição - PAC jovens, - PAC > 35 anos até 35 anos - Tecido gengival - Tecido gengival sem inflamação bastante inflamação - PAC apresentam - PAC apresentam Pouca placa e cálculo bastante placa e cálculo - Progressão rápida - Progressão lenta - Histórico familiar - Sem histórico familiar marcante marcante - Gengivite e periodontite moderada são processos comuns - Existe clara relação entre severidade da gengivite e higiene oral - A gengivite não evolui necessariamente para periodontite - Doença severa é rara - O número de indivíduos afetados aumenta com o aumento da faixa estaria - O número de dentes afetados também aumenta com a idade. Molares superiores e Incisivos inferiores foram os mais afetados. - Mucosite e peri-implantite apresentam microbiota semelhante a gengivite e periodontite. - A prevalência de doenças peri-implantares tem crescido conforme o aumento de implantes - Indivíduos que apresentam fatores de risco para periodontite tem mais chances de apresentarem perda de inserção que pacientes que não apresentam. - Fumo, diabetes, stress e má higiene oral são fatores de risco. - Terapia periodontal: visa proporcionar uma dentição funcional, saudável e confortável durante a vida do paciente 1. Exame inicial 2. Terapia inicial (21 dias depois) 3. Reavaliação 4. Terapia Básica (3 meses depois) 5. Reavaliação 6. Terapia Reconstrutiva ou Cirúrgica 7. TERAPIA PERIODONTAL DE SUPORTE ANAMNESE - Perfil bio-emocional do PAC - História medica: alterações sistêmicas, medicamentos, hábitos EXAME CLINICO: - Condições da saúde oral - Determinar diagnostico preliminar - Periograma/Odontograma: I.P (índice de placa) IG (índice gengival) NIC (índice de inserção clínica) - Analise radiográfica - Analise de modelos: analise oclusal/planejamento reabilitador NIC = PS + RETR NIC: nível de inserção clinica PS: profundidade de sondagem (distancia da margem gengival até o fundo da bolsa) RETR: retração/recessão FATORES: - Largura aumentada do espaço do ligamento periodontal - Altura reduzida das estruturas de suporte periodontal - Inflamação nas estruturas de inserção periodontal CLASSE I: perda óssea interradicular igual ou menor a 1/3 CLASSE II: perda óssea interradicular maior que 1/3, mas sem ultrapassar a tábua óssea adjacente CLASSE III: perda óssea interradicular ultrapassando as duas tábuas ósseas - Os instrumentos periodontais são projetados para finalidades especificas de diagnóstico e tratamentos. FINALIDADES - Remoção de cálculo - Alisamento das superfícies radiculares - Curetagem gengival - Remoção de tecidos doentes - Sondas periodontais - Exploradores - Instrumentos de raspagem, alisamento e curetagem - Instrumentos de limpeza e polimento - Sondagem: colocar a sonda no sulco e pressionar até que ocorra uma leve isquemia - Contém: a extremidade de trabalho calibradora, haste e o cabo. - Função: Localizar/Mensurar/Marcar as bolsas periodontais; Determinar seu curso em cada superfície dentaria; São utilizadas nos índices de sangramento gengival. - Sonda Williams - Sonda OMS: muito utilizada em pesquisas de condições periodontais com dentes índices. - Sonda UNC 15 ou PC 15:muito utilizada em estudos que investigam condição periodontal em todos os elementos dentais. - Sonda Nabers: avaliar a área bifurcada das raízes dentais - Função: localizar cálculos dentais - Contém: Cabo, haste e ponta ativa - Limitações: uso em bolsas profundas - Função: Remoção de biofilme Remoção de cálculos Remoção de cemento alterado Desbridamento do revestimento de tecido mole da bolsa - Contém: cabo, haste e lâmina - Divididos em: Foices Curetas Enxadas, cinzéis e limas Instrumentais sônicos e ultrassônicos CURETAS: Função: raspagem supra e subgengival; alisamento radicular; remoção do revestimento do tecido mole da bolsa, - Instrumento de eleição para remoção de cálculo - Numeração: 5-6 (anteriores-V/L/M/D); 7-8 (posteriores – V/L-P); 11-12 (posteriores – M); 13-14 (posteriores – D) - Área especifica: Padrão After Five Mini lâminas - Taças de borracha e escovas de cerdas ACESSIBILIDADE: - Posicionamento do paciente e do operador; - Visibilidade (direta e indireta), iluminação (direta e indireta - uso do espelho) e afastamento (da bochecha e língua com espelho; lábios com o dedo) CONDIÇAÕ E AFIAÇÃO DOS INSTRUMENTOS: - Identificação da borda cortante - Ponta cega -Pedras de afiar: Pedra índia plana (pedra abrasiva natural) Pedra de Arkansas plana (pedra abrasiva natural) Pedra de Arkansas cônica Pedra de cerâmica (sintética) ESTABILIZAÇÃO DO INSTRUMENTO; - Empunhadura de caneta modificada: a polpa do dedo médio se apoia na haste - Empunhadura de caneta padrão: a lateral do dedo médio se apoia na haste - Empunhadura de afiação: com a palma e polegar ao redor do cabo - Apoio digital: Estabilizar a mão e o instrumento Previne lesões e lacerações a gengiva e tecidos circundantes Podem ser classificados como apoios digitais intraorais ou fulcros extraorais. (são essenciais para instrumentaçãoeficaz de algumas porções dos dentes posteriores superiores.) ATIVAÇÃO DOS INSTRUMENTOS: - Adaptaçao: maneira em que a extremidade ativa de um instrumento é colocada contra a superfície do dente. - Angulaçao: ângulo entre a face de um instrumento com lâmina e a superfície dentaria. Também pode ser chamada relação dente-lâmina - Pressão lateral: pressão criada quando a força é aplicada contra a superfície de um dente com a borda cortante de um instrumento com lâmina - Movimentos: movimento exploratório, de raspagem (utilização de pressão firme para remoção de todo cálculo), de alisamento radicular (movimentos sobrepostos, leves e moderados para remoção de calculo residual, cemento necrótico, proporcionando uma superfície dura e hígida) - O tratamento periodontal tem como objetivo restaurar a compatibilidade biológica das superfícies radiculares contaminadas e controlar o processo inflamatório. - No longo prazo, o tratamento bem conduzido promove manutenção do dente a partir do controle do biofilme dental e do nível de inserção clinico. - As formas de tratamento periodontal podem ser cirúrgicas ou não OBJETIVOS DA TERAPIA NÃO CIRÚRGICA.: - Eliminar ou reduzir microrganismos patogênicos - Eliminar o biofilme calcificado da superfície do dente e dos tecidos adjacentes - Criar um ambiente mais adequado e prevenir a recolonização patogênica (com métodos de higiene oral), criando um ambiente menos anaeróbio. - Reduzir infecção/inflamação e criar uma condição clinica que seja compatível com a saúde periodontal. TERAPIA PERIODONTAL BÁSICA: - Orientação de higiene oral (H.O) - Motivação ao paciente - Raspagem supra e subgengival - Alisamento radicular e polimento dental - Uso de antimicrobianos -Remoção de fatores retentivos de placa (próteses, restaurações mal adaptadas, etc.) - Remoção de raízes residuais DETECÇÃO E REMOÇÃO DE CÁLCULO DENTAL: - As periodontites são d=fortemente associadas a presença de cálculo nas superfícies das raízes - Os fatores que podem influenciar na completa remoção de cálculo incluem: Extensão da doença Fatores anatômicos Habilidade do operador Instrumentos utilizados MÉTODOS UTILIZADOS PARA O DEBRIDAMENTO DAS SUPERFICIES RADICULARES: - A raspagem objetiva a remoção de placa bacteriana e cálculo das superfícies dos dentes - Ela pode ser feita por instrumentação sub ou supragengival. Cuidado com a sobre-instrumentação para evitar: Hipersensibilidade dentinária, Pulpite e lesão endo-pério TECNICA CONVECIONAL DE RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR POR QUADRANTE: - 4 sessões com periodicidade semanal para desinfecção da boca toda TECNICA FULL-MOUTH DISIFECTION (FMD): - Objetivo: evitar reinfecção de áreas já raspadas - Irrigação subgengival (repetida 3x de 10 em 10 minutos) com gel de clorexidina a 1% - Bochecho de clorexidina a 0,2% - Modificação do protocolo de desinfecção de boca toda através do debridamento ultrassônico de boca toda. DOR E DESCONFORTO APÓS TERAPIA NÃO CIRURGICA: - Ocorre trauma aos tecidos durante a terapia periodontal não cirúrgica que levam a liberação de substancias químicas e percepção da dor no SNC - Além da es=experiência de dor, pacientes relatam sensibilidade radicular após a terapia não cirúrgica - A ansiedade, depressão e estresse podem influenciar a intensidade da percepção de dor. ACOMPANHAMENTO/ REAVALIAÇÃO: - Após 2 meses a contar a denta de início do tratamento -Resultado positivo: terapia de manutenção e suporte do tratamento - Resultado negativo: avaliar porque deu negativo e reintervenção (a profundidade de o sangramento à sondagem são os parâmetros clínicos usados para indicar a necessidade de reintervenção) - Verificar a necessidade de intervenção cirúrgica (regenerativa ou ressectiva) REAVALIAÇÃO: - A cicatrização da terapia não cirúrgica está completa após 3 meses. Cicatrizações mais lentas e limitadas podem acontecer nos 9 meses posteriores ao tratamento. - Na reavaliação, a efetividade do tratamento é observada tratamento adicional, se necessário, pode ser estabelecido. - As medidas (IPV, sangramento à sondagem, sondagem de bolsas profundas,recessão, NIC, e grau de mobilidade) são feitas no dia 0 e após 3 meses do termino do tratamento (feitas em 4 dos 6 sítios em torno de cada dente)