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09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 1/27 Imprimir INTRODUÇÃO Querido aluno! Nesta aula, você será introduzido ao estudo do genoma humano e aprenderá conceitos que serão a base para a aprendizagem de conteúdos de diferentes disciplinas dentro das áreas biológicas e das ciências da saúde. Começaremos falando um pouco sobre o que é o material genético, suas funções, sua importância e como ele �ca organizado dentro de uma célula eucariótica. Em seguida, conheceremos o conceito de gene e entenderemos qual é o papel dele na formação de componentes importantes para o organismo humano. Você também aprenderá sobre como podemos aplicar o conhecimento de identi�cação de genes ou outras partes do DNA. Então, acompanhe-me nesse aprendizado para explorarmos o genoma humano e aprendermos como aplicar todo esse conhecimento de forma prática. Aula 1 ORGANIZAÇÃO DO GENOMA HUMANO Nesta aula, você será introduzido ao estudo do genoma humano e aprenderá conceitos que serão a base para a aprendizagem de conteúdos de diferentes disciplinas dentro das áreas biológicas e das ciências da saúde. 31 minutos BASES CROMOSSÔMICAS E MOLECULARES DA HEREDITARIEDADE Aula 1 - Organização do genoma humano Aula 2 - Estrutura do cromossomo e principais técnicas de análise Aula 3 - Mecanismos mendelianos e não mendelianos de transmissão Aula 4 - Metodologias laboratoriais e moleculares em genética Referências 131 minutos 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 2/27 O GENOMA: ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E APLICAÇÃO Toda a informação genética que carrega as características hereditárias para a formação de diversos componentes celulares e participa da regulação de diferentes processos biológicos está contida em moléculas denominadas ácidos nucleicos. Eles consistem em moléculas capazes de armazenar informação em sequências especí�cas capazes de serem transmitidas ao longo das gerações. Nos organismos, você poderá identi�car dois tipos de ácido nucleicos: o ácido desoxirribonucleico (DNA) e o ácido ribonucleico (RNA) (Figura 1). Nas células humanas, o ácido nucleico responsável pela estocagem dos dados é o DNA, podendo essa informação ser transmitida ao RNA através de um processo denominado transcrição. Figura 1 | Estrutura do DNA e RNA Fonte: Wikimedia Commons. O conjunto de todo o DNA de uma célula é denominado genoma. Em uma célula eucariótica, que é caracterizada pela compartimentalização (núcleo, citoplasma e membrana plasmática), o genoma humano pode ser organizado na forma de cromossomos, classi�cando-se da seguinte maneira: DNA nuclear e DNA mitocondrial. O DNA nuclear encontra-se no interior do núcleo celular, apresentando morfologia linear, mas tendo a capacidade de se compactar na forma de cromossomos. Se você examinasse uma célula somática (ex.: hepatócito) em um microscópio, você encontraria o DNA nuclear organizado em 23 pares de cromossomos (46 cromossomos no total), enquanto nos gametas (ex.: espermatozoide) você encontraria 23 cromossomos 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 3/27 no total. O DNA nuclear é capaz de codi�car a maior parte das proteínas e RNAs do nosso organismo. O DNA mitocondrial, por sua vez, está contido dentro da mitocôndria, possui morfologia circular e codi�ca para, basicamente, enzimas relacionadas ao metabolismo dessa organela. O código genético é organizado no DNA através de sequências de pares de bases nitrogenadas. Essa região no DNA é denominada parte variável da molécula, podendo mudar ao longo de toda sua extensão. Ela diferencia-se da parte monótona da molécula que permanecesse sempre igual e sendo formada pela estrutura de um grupamento fosfato e uma pentose (Figura 1). A união dessas duas partes da molécula denomina-se nucleotídeo. As sequências de bases nitrogenadas, por sua vez, podem representar diferentes tipos de informações de acordo com a sua localização dentro da molécula de DNA e de sua função. Podemos dividir, então, o DNA em sequências gênicas, que correspondem aos genes, e sequências intergênicas, que ocorrem entre os genes. O gene é caracterizado por ser uma sequência capaz de codi�car um produto funcional especí�co (ex.: proteínas e RNAs). Porém, você deve perceber que, em sua estrutura, o gene pode apresentar regiões codi�cantes e não codi�cantes. Atualmente, sabe-se que apenas 2% de todo o DNA é codi�cante. Todo o resto do DNA é dividido em diferentes regiões não codi�cantes (ex.: íntrons, transposons LINEs, SINEs, entre outros), que ainda são estudadas para melhor compreender suas diferentes funções. O entendimento da organização e estrutura do genoma humano é de extrema importância porque, além de auxiliar na compressão de diferentes processos biológicos e na pesquisa e elucidação de diversas doenças, também permite aplicações práticas, como a identi�cação humana. Através da descoberta de padrões de sequências dentro do DNA, é possível o desenvolvimento de técnicas laboratoriais que permitem a comparação do DNA de diferentes amostras, sendo usadas para a identi�cação de pessoas, estabelecimento de grau de parentesco, entre outros. GENE E OUTRAS SEQUÊNCIAS DO DNA Para você compreender mais profundamente o genoma humano, lembre-se de que o nosso organismo é formado por tecidos que são compostos por células. É dentro de cada uma dessas células que encontramos o nosso DNA. A informação genética é guardada na forma de bases nitrogenadas que se alternam ao longo da molécula, formando diferentes sequências. As bases encontradas no DNA são denominadas Adenina (A), Citosina (C), Guanina (G) e Timina (T). Elas encontram-se em cada uma das �tas de DNA, formando pares: adenina com timina, guanina com citosina. O par �ca ligado entre si através de pontes de hidrogênio. Você deve perceber que a interpretação da informação genética se dará através da leitura dessas diferentes sequências de “letras” (bases nitrogenadas) presentes no DNA. Para entender isso, aprenderemos um pouco mais sobre o gene. A estrutura do gene é composta por três regiões principais (Figura 2): Figura 2 | Estrutura do gene 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 4/27 Fonte: Wikimedia Commons. • Região promotora: sequência que sinaliza o início do gene. • Exóns: sequências codi�cantes que serão transcritas a RNA e, posteriormente, traduzidas a proteínas. • Íntrons: sequências não codi�cantes que regulam a expressão do gene. Além do gene, o DNA possui diversas outras sequências não codi�cantes que possuem não só importância biológica mas também aplicabilidade prática ao serem utilizadas para pesquisa e outras atividades. Essas sequências podem ser divididas em: elementos repetitivos em bloco e dispersos. Os elementos repetitivos em bloco consistem em sequências de bases nitrogenadas no DNA que se repetem em pequenos grupos ou blocos. Ex.: AATC AATC AATC... O principal exemplo é o DNA satélite: • DNA satélite: consiste em repetições curtas, estando presente em estruturas como os centrômeros e telômeros. Sua função ainda não é bem de�nida, sendo estudado, principalmente, seu papel com relação ao encurtamento dos telômeros. No entanto, uma classe de DNA satélites, denominada VNTRs, possui grande aplicação prática por ser utilizada em testes de identi�cação humana, como testes de paternidade, de identi�cação individual, mapeamento genético, entre outros. Os VNTRs dividem-se em: minissatélites (15 a 100 nucleotídeos) e microssatélites ou STRs (1 a 14 nucleotídeos). Se cortarmos o DNA de diferentes cromossomos em regiões correspondentes aos minis e microssatélites, podemos criar um padrão de sequências de diferentes tamanhos (DNA �ngerprinting) que é característica daquele indivíduo em questão. A comparação dos diferentes padrões entre indivíduos permite a realização dos conhecidos testes de DNA.Figura 3 | Fingerprinting de DNA 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 5/27 Fonte: Wikimedia Commons. Os elementos repetitivos dispersos são sequências móveis de DNA que possuem a capacidade de se proliferarem e transporem cópias em diferentes regiões do DNA. Eles se dividem em duas classes: • Movem-se por meio do DNA: transpõem diretamente o DNA por processo de excisão e reinserção ou cópia. Em bactérias, por exemplo, esses elementos podem inserir um gene para conferir resistência a antibióticos. Exemplos: elementos de inserção (IS) e transposons. • Movem-se por RNA intermediário: transpõem-se por mecanismo de transcrição reversa. Exemplos: retrotransposons (semelhantes a retrovírus, LINEs e SINEs) e pseudogenes. A função de cada uma das sequências não codi�cantes do DNA ainda não é conhecida, mas já se tem conhecimento de que muitas delas possuem papel regulatório dentro do genoma e da célula. USO DO ESTUDO DO DNA NAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Agora que você já entende como a informação genética é guardada e como o genoma é organizado, assim como a estrutura do DNA, você poderá entender um pouco mais da aplicação prática desses conhecimentos. Ao saber como o DNA funciona e entendendo que ele dita a formação de diferentes componentes celulares (como proteínas e RNA), você poderá perceber melhor como processos bioquímicos e �siológicos acontecem. Com isso, poderá entender o funcionamento de uma célula especí�ca e, por sua vez, de um órgão e um sistema. Por exemplo, sabemos que o pâncreas é um órgão que produz vários hormônios, como a insulina, que tem papel no controle da glicemia. A insulina é uma proteína que é sintetizada pelas células beta do 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 6/27 pâncreas. Porém, para que isso aconteça, primeiramente é necessário que se tenha a informação genética sobre ela. Como vimos, essa informação está contida no DNA em forma de gene. Então, de um modo geral, o controle da glicemia depende da expressão de pelo menos um gene presente em uma região do DNA. Dessa forma, você agora conhece a estrutura do gene e de outras sequências encontradas no DNA. Nós vimos que temos regiões codi�cantes (que produzem um produto funcional) e regiões não codi�cantes. A partir desse conhecimento, você poderá entender que alterações em cada uma das partes de um gene podem levar a diferentes consequências dentro do corpo humano. Essas alterações poderiam, por exemplo, in�uenciar na estrutura de uma proteína que, por sua vez, pode ter um papel fundamental para o desenvolvimento de uma doença ou característica. Por outro lado, se essas alterações ocorressem naquelas sequências não codi�cantes regulatórias, outros processos celulares poderiam ser afetados indiretamente. Sabendo disso, você poderá entender o funcionamento de uma doença ou, até mesmo, realizar uma pesquisa em busca de alterações genéticas que estejam associadas a ela. Conhecendo o que é normal e esperado do organismo, �cará mais fácil para você entender o mecanismo das diferentes patologias, ou até mesmo entender como uma característica física é expressa no corpo humano. Com isso, a compreensão da estrutura do DNA e das sequências que o compõem é necessária para o diagnóstico de várias patologias, uma vez que algumas delas podem ser causadas por versões defeituosas de um ou mais genes. Já quando falamos de regiões não codi�cantes do DNA, vimos que podemos detectar sequências especí�cas e compará-las entre pessoas para a realização de teste de paternidade, auxiliar na identi�cação de um criminoso ou, então, realizar a identi�cação de um cadáver. O conhecimento de genética pode ser útil também no desenvolvimento de fármacos através do processo de biotecnologia. Conhecendo um gene que codi�cará para uma proteína de interesse, é possível cloná-lo em um microrganismo, como uma bactéria, e fazê-lo sintetizar essa proteína em larga escala. Esse processo é utilizado, por exemplo, para produzir a insulina utilizada por paciente com Diabetes Mellitus. VÍDEO RESUMO Caro estudante! Neste vídeo, você verá como a informação genética é armazenada e usada pelo corpo humano e compreenderá um pouco sobre cada parte do DNA, incluindo os genes. Com isso, você aprenderá conceitos que serão a base para várias disciplinas dentro das áreas biológicas, assim como poderão ser aplicadas na prática em diferentes campos. Saiba mais Aprendemos que os genes são sequências de DNA capazes de produzir um produto, como uma proteína ou RNA. Nós, seres humanos, por sermos organismos mais complexos, deveríamos, então, ter mais genes do que organismos menos complexos, como um verme? Neste artigo, intitulado Revisitando o 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 7/27 Dogma Central: a relação entre genes e proteínas, publicado na revista Genética na Escola pelo autor Felipe de Vasconcelos e colaboradores, propõe uma discussão sobre o processo de transmissão genética e a relação entre genes e proteínas. Acesse o link do artigo para conhecer mais profundamente sobre esse tema. Disponível em: https://www.geneticanaescola.com.br/revista/article/view/380/348. Acesso em 16 nov. 2022. Você sabia que o genoma humano já foi sequenciado? Os pesquisadores já sabem a sequência de bases nitrogenadas de todo o genoma humano. Essa análise foi iniciada pelo chamado Projeto Genoma Humano e foi de grande importância para o entendimento da estrutura dos genes e diferentes sequências do DNA humano. Nesse artigo, intitulado Projeto Genoma Humano: um retrato da construção do conhecimento cientí�co sob a ótica da revista Ciência Hoje, publicado na Revista Ciência & Educação pelos autores Andréa Carla de Souza Góes e Bruno Vinicius Ximenes de Oliveira, você poderá entender como esse projeto foi realizado, assim como suas implicações para construção do conhecimento cientí�co. Acesse o link do artigo para conhecer mais profundamente sobre esse tema. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/6NMQtBZN8C98xyFcZSgsWFn/?lang=pt#. Acesso em 16 nov. 2022. INTRODUÇÃO Querido aluno! Nesta aula, você poderá se aprofundar mais sobre o estudo do nosso genoma e das principais características que nosso DNA possui. Começaremos entendendo como o DNA nuclear se organiza dentro das células, como o DNA �ca compactado e de�niremos o que é um cromossomo. Em seguida, você aprenderá as principais características dos pares de cromossomos homólogos, incluindo os cromossomos sexuais. Com isso, você terá o conhecimento necessário para aprender as diferenças entre eles e compreender como podem ocorrer Aula 2 ESTRUTURA DO CROMOSSOMO E PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE Nesta aula, você poderá se aprofundar mais sobre o estudo do nosso genoma e das principais características que nosso DNA possui. Começaremos entendendo como o DNA nuclear se organiza dentro das células, como o DNA �ca compactado e de�niremos o que é um cromossomo. 32 minutos https://www.geneticanaescola.com.br/revista/article/view/380/348 https://www.scielo.br/j/ciedu/a/6NMQtBZN8C98xyFcZSgsWFn/?lang=pt 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 8/27 modi�cações do estado normal dos cromossomos. Por �m, abordaremos as principais técnicas de análise dos cromossomos, reconhecendo a sua importância e aplicações. Preparado? Então, vamos juntos conhecer mais sobre esse assunto tão importante para o entendimento do organismo humano. O CROMOSSOMO: ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E APLICAÇÃO A informação genética está contida dentro da nossa sequência de DNA, estando, em sua maioria, presente no núcleo celular. O DNA nuclear é organizado de forma que a molécula de DNA está associada a proteínas, sendo esse conjunto chamado de cromatina. Se você conseguisse observar uma célula em tempo real sob um microscópio, você veria que ela sofre modi�cações ao longo do seuciclo celular (etapas de interfase e divisão celular). Da mesma forma, a cromatina encontra-se em diferentes graus de compactação de acordo com a fase do ciclo celular em que se encontra. A compactação do DNA (Figura 1) ocorre através do enovelamento da �ta com proteínas associadas, denominadas histonas. Esse conjunto forma estruturas ao longo do DNA chamadas nucleossomos. Por sua vez, os nucleossomos se enrolarão uns aos outros até atingirem o grau máximo de compactação. Desse modo, conseguimos entender que o DNA nuclear não se encontra em um estado estático, mas, sim, funciona de forma dinâmica. Durante a interfase, quando o DNA precisa ser acessado em vários pontos para a expressão de genes, a cromatina encontra-se relaxada em alguns locais (eucromatina), mas também podendo estar condensada em outros pontos (heterocromatina). Já durante a divisão celular, a cromatina enovela-se, atingindo o grau máximo de compactação: o cromossomo. Figura 1 | Compactação do DNA Fonte: Wikimedia Commons. Novamente, se você observasse os cromossomos compactados em uma célula somática do corpo humano (ex.: hepatócito), encontraria ali um total de 46 cromossomos, arranjados em pares (23 pares de cromossomos). Dessa forma, podemos compreender que temos uma célula diploide (2n), isto é, temos duas 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 9/27 cópias de cada cromossomo. Isso se deve ao fato de que, ao sermos formados através dos gametas, recebemos uma cópia do pai e outra cópia da mãe. Por essa razão, se você observasse o núcleo de uma célula gamética (ex.: espermatozoide ou ovócito II), você encontraria ali 23 cromossomos no total. Com isso, temos uma célula haploide (n), ou seja, com uma cópia de cada cromossomo. Ao examinar os cromossomos, você também perceberia que eles apresentam semelhanças entre os cromossomos que foram um par e diferenças entre os pares de cromossomos. Saber as características normais de cada cromossomo é importante para identi�car qualquer possível alteração. A�nal de contas, rupturas ou defeitos ao longo da estrutura do cromossomo em última instância podem signi�car defeitos na sequência de bases nitrogenadas, que, por sua vez, podem afetar genes ou sequências regulatórias. Para que se faça o exame da estrutura dos cromossomos, é possível realizar um exame denominado cariótipo, onde os cromossomos são ordenados e classi�cados com o intuito de pesquisar a presença de qualquer possível alteração. Conjuntamente, outras técnicas podem ser associadas para a pesquisa de variações especí�cas no DNA. Esses métodos de análise são chamados de técnicas de hibridização, isto é, são metodologias que utilizam sondas formadas por um pedaço especí�co de DNA ou RNA que se ligará (ou hibridizará) a uma sequência-alvo de DNA (aquela sequência que queremos detectar no DNA da amostra, por exemplo). Essas sondas emitem algum tipo de sinal �uorescente ou colorimétrico ao hibridizarem, permitindo, então, a detecção da presença ou ausência da sequência na amostra. Duas técnicas de hibridização muito utilizadas no estudo da genética são o método de FISH e Southern blot. CARACTERÍSTICAS DOS CROMOSSOMOS E CARIÓTIPO Os cromossomos representam o grau máximo de condensação da �ta de DNA e organizam-se em forma de pares em uma célula somática eucariótica. Um cromossomo é herdado da linhagem materna e outro cromossomo é herdado da linhagem paterna. Esse par de cromossomos possui semelhanças genéticas com relação aos tipos de sequências de DNA, ao tamanho e à localização do centrômero, sendo chamados de cromossomos homólogos. As células humanas possuem 23 pares de cromossomos, sendo 22 pares de cromossomos autossômicos e um par de cromossomos sexuais. Os cromossomos eucarióticos possuem três elementos principais: • Origens de replicação: locais que marcam o início da replicação do DNA. • Centrômero: local que contém sequências repetitivas de DNA e que serve sítio de ligação das cromátides- irmãs. • Telômeros: são as extremidades do cromossomo, contêm sequências repetitivas de DNA e sofrem encurtamento ao longo da vida. Se você observasse os cromossomos ao longo do ciclo celular, veria que ora eles apresentam-se de forma simples, ora estão duplicados. Nesse último caso, os cromossomos apresentam DNA duplicado em duas �tas, chamadas de cromátides-irmãs. 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 10/27 O cariótipo é uma técnica para a visualização e o estudo dos cromossomos. Nessa técnica, a amostra de DNA é cultivada com agentes que estimulam a divisão celular até o ponto de metá�se, em que os cromossomos estão mais fáceis de serem visualizados. A partir daí os geneticistas conseguem separar cada par cromossômico e avaliar suas características. Se você �zesse o cariótipo de uma célula, observaria no microscópio que os cromossomos possuem tamanhos, posições do centrômero e bandeamento (padrão de bandas de acordo com o corante utilizado) diferentes. Assim, poderíamos classi�cá-los em relação ao centrômero em (Figura 2): • Metacêntrico: posição central do centrômero com os braços do mesmo tamanho (denominados braços curtos e longos). • Submetacêntrico: posição deslocada do centrômero, com tamanhos diferentes de braços. • Acrocêntrico: posição do centrômero muito próxima a uma das pontas dos braços. Figura 2 | Tipos de cromossomos Fonte: Wikimedia Commons. Através da análise do cariótipo, classi�cando cada cromossomo e fazendo a comparação com um padrão normal, é possível identi�car alterações cromossômicas. Além disso, é possível determinar o sexo genético através do cariótipo pela presença de dois cromossomos sexuais X (XX, feminino) ou um cromossomo sexual X e um Y (XY, masculino). Na Figura 3, você poderá observar a aparência de um cariótipo normal do sexo masculino. Figura 3 | Cariótipo normal 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 11/27 Fonte: Wikimedia Commons. Além do cariótipo, outras técnicas podem ser utilizadas para a análise cromossômica, principalmente quando o objetivo é determinar a presença ou ausência de uma sequência especí�ca no DNA. Esses métodos, chamados de técnicas de hibridização, utilizam sondas que se ligam a regiões especí�cas do DNA, podendo ser detectado o sinal de ligação de várias maneiras: • Southern blot: nessa técnica, o DNA é digerido em pequenos pedaços e separados por tamanho. Por �m, uma sonda é adicionada para se parear a uma região de interesse no DNA. Caso o DNA estudado possua essa região de interesse, a sonda emite um sinal visual através do uso de um átomo radioativo ou corante �uorescente. • FISH (hibridização �uorescente in situ): uma sonda marcada com um ativo �uorescente se liga a uma região de interesse do DNA de uma amostra. Ao ser realizado um cariótipo nessa amostra, é possível observar os cromossomos com regiões �uorescentes, indicativas da presença dessa sequência. O ESTUDO DOS CROMOSSOMOS NAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Agora que você já entende como são os cromossomos normalmente e como podemos detectar alterações através de diferentes técnicas, você poderá entender um pouco mais da aplicação prática desse conhecimento. 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 12/27 A análise cromossômica é a base para o entendimento de diversas doenças genéticas, assim como a própria detecção dessas patologias. Através do uso de técnicas, como cariótipo, e técnicas de hibridização, como o FISH e Southern blot, é possível realizar a análise dos cromossomos, detectando-se a presença de alterações. Essas alterações que são detectadas a nível cromossômico representam, por sua vez, alterações na sequência de bases nitrogenadas do DNA, podendo afetar vários genes. Com isso, essas alterações podem estar ligadas a várias patologias. Podemos classi�car algumas dessas alterações como: • Alteraçõescromossômicas numéricas: quando o indivíduo apresenta diminuição ou aumento do número de cromossomos além do normal (46 cromossomos). Muitas dessas alterações são incompatíveis com a vida e, portanto, são alvo de detecção em amostras de aborto. Outras causam diferentes síndromes. O exemplo mais clássico é a Síndrome de Down, causada pela presença de três cromossomos de nº 21, ao invés de dois. • Alterações cromossômicas estruturais: quando o indivíduo apresenta cromossomos com perda de algum dos braços, inversão da estrutura do cromossomo, translocação de pedaços entre cromossomos não homólogos, entre outras. Essas alterações podem estar presentes em tumores, malformações e outras síndromes, por exemplo. É através do estudo das características dos cromossomos que é possível realizar a detecção dessas alterações e estabelecer o diagnóstico de diferentes doenças, além de promover o mapeamento genético em famílias que são afetadas por essas patologias. Através do rastreamento dessas doenças e observando o padrão de herdabilidade delas, é possível realizar o aconselhamento genético, orientando casais, por exemplo, com relação à probabilidade de seus �lhos nascerem com algumas das patologias estudadas. Você também aprendeu que a cromatina se encontra em um estado dinâmico de compactação, com pontos relaxados (eucromatina) e tensos (heterocromatina). Isso signi�ca que o DNA é capaz de controlar o acesso de diferentes proteínas com relação às suas sequências, isto é, através disso é possível realizar o controle da expressão gênica (processo que forma produtos funcionais a partir de genes). Tendo isso em mente, você poderá compreender que existem processos que podem estimular a compactação ou não de regiões especí�cas do DNA, afetando, assim, a expressão de um gene especí�co. Um dos exemplos desses processos é chamado de metilação do DNA, que consiste na adição de um grupamento metil em uma região determinada da molécula de DNA. Esse processo promove a compactação do DNA em certo ponto, diminuindo a expressão dos genes presentes naquele local. A metilação ocorre naturalmente no organismo humano, mas já foram detectados níveis anormais de metilação do DNA em doenças, como o câncer. Por isso, a análise da metilação de DNA em regiões onde se encontram genes importantes para funcionamento e regulação das células é alvo de diversas pesquisas. VÍDEO RESUMO Olá, querido aluno! Nesse vídeo, você aprenderá sobre as diferentes formas que o DNA nuclear se apresenta e seus graus de compactação, como também a de�nição, a estrutura e a classi�cação dos cromossomos. Compreenderá de que forma podemos analisar o conjunto de cromossomos das nossas células com o uso de diferentes técnicas. Por �m, verá como aplicar todo o conhecimento adquirido de forma prática. 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 13/27 Saiba mais Aprendemos que a cromatina é uma estrutura dinâmica, apresentando diferentes pontos de compactação e relaxamento da �ta de DNA. Através desse mecanismo é possível realizar o controle da expressão gênica. No entanto, outros mecanismos também podem afetar a expressão dos genes, sendo estudados pela epigenética. Neste artigo, intitulado Epigenética: conceito, mecanismos e impacto em doenças humanas, publicado na revista Genética na Escolha, em 2019, pela autora Maria Prates Rivas e colaboradores, você poderá aprender sobre esses mecanismos e entender como eles podem in�uenciar diversas doenças e características humanas. Acesse o link do artigo para conhecer mais profundamente sobre esse tema. Disponível em: https://www.geneticanaescola.com.br/revista/article/view/311/280 . Acesso em 16 nov. 2022. O cariótipo é uma das principais ferramentas de análise dos cromossomos, podendo ser detectados vários tipos de alterações na estrutura normal dos cromossomos. Essa técnica auxilia no diagnóstico e na pesquisa de várias doenças genéticas. No capítulo Estudo do cariótipo humano e principais cromossomopatias”, do livro Genética Baseada Em Evidências - Síndromes e Heranças, dos autores Zan Mustacchi e Sergio Peres, do Centro de Estudo e Pesquisas Clínicas de São Paulo, você poderá aprender um pouco mais sobre essa técnica. A publicação encontra-se disponível para leitura on-line no próprio site do Centro de Estudo e Pesquisas Clínicas de São Paulo. Disponível em: http://www.sindromededown.com.br/wp-content/uploads/2015/05/capitulo06.pdf . Acesso em 16 nov. 2022. INTRODUÇÃO Querido aluno! Aula 3 MECANISMOS MENDELIANOS E NÃO MENDELIANOS DE TRANSMISSÃO Nesta aula, você poderá aplicar seus conhecimentos de organização do genoma e estrutura dos cromossomos, uma vez que você aprenderá algumas formas como a informação genética é passada através das gerações. 33 minutos https://www.geneticanaescola.com.br/revista/article/view/311/280 http://www.sindromededown.com.br/wp-content/uploads/2015/05/capitulo06.pdf 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 14/27 Nesta aula, você poderá aplicar seus conhecimentos de organização do genoma e estrutura dos cromossomos, uma vez que você aprenderá algumas formas como a informação genética é passada através das gerações. Iniciaremos aprendendo sobre a classi�cação dos diferentes padrões de herança dos genes e entenderemos os principais achados dos estudos de Gregor Mendel com relação à herança mendeliana. Você aprenderá os principais conceitos utilizados em genética. Em seguida, você aprenderá sobre a classi�cação dos padrões de herança e como cada uma delas expressa uma característica ou patologia. Por �m, você poderá compreender como aplicar todo esse conhecimento em questões práticas dentro da área da saúde. Então, vem comigo entender mais sobre herdabilidade e como ela nos ajuda a entender mais sobre diferentes doenças genéticas! CONCEITOS GERAIS DE GENÉTICA CLÁSSICA As células humanas possuem 23 pares de cromossomos que contêm a informação genética para formar as características do organismo humano. Cada par de cromossomo homólogo possui os mesmos genes, sendo herança do pai e da mãe, e promovem a transmissão de características ao longo das gerações. A forma como ocorre esse processo pode seguir diferentes padrões e podemos dividir da seguinte forma: • Padrões de herança mendeliano ou monogênico: forma características ou doenças determinadas por apenas um gene. • Padrões de herança não mendelianos: forma características ou doenças determinadas por mais genes, além de ter efeito de fatores como epigenética ou serem extracromossômicas. A herança mendeliana é descrita a partir dos resultados dos estudos de Gregor Mendel, um monge austríaco que deduziu vários princípios genéticos importantes a partir de experimentos com ervilhas de jardim. A partir desses resultados, foi possível descrever vários conceitos e princípios sobre a maneira que alguns genes serão transmitidos. Os conceitos descritos são: • Existe um fator que é transmitido pelas gerações e que é responsável por formar uma característica: o gene. • Podem existir várias versões desse fator (ou gene). Eles são os alelos, que são variações de um gene, podendo existir diversas. Ex.: Alelo A e alelo a. • Como temos dois pares de cromossomos homólogos (diploide), podemos apresentar até duas versões de um gene (cada uma herdada de um pai), que é denominada genótipo. • Quando o indivíduo possui duas versões iguais (alelos) do gene, ele é denominado homozigoto (Ex.: AA ou aa). Já quando possui duas versões diferentes, ele é denominado heterozigoto (Ex.: Aa). • Cada gene é capaz de determinar uma característica ou doença que é chamada de fenótipo. Ex.: cor verde, cor amarela, aspecto liso, aspecto rugoso etc. • Durante a formação dos gametas (Figura 1), esse par de genes se separa de forma igual entre as células (Princípio da segregação igual). 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=331495015/27 • Dois ou mais pares de genes diferentes se separarão de forma independente (Figura 1) entre as células gaméticas (Princípio da segregação independente). Figura 1 | Princípios da segregação igual e independente Fonte: elaborada pelo autor. • Alguns alelos possuem um padrão de dominância sobre outros. O alelo será dominante (designado pela letra maiúscula, ex.: A) quando ele expressa o seu fenótipo tanto quando se encontra em homozigose (AA) quanto em heterozigose (Aa). Já o alelo recessivo (designado pela letra minúscula, ex.: a) só expressará seu fenótipo quando estiver em homozigose (aa). A partir desses conceitos gerais sobre a herança mendeliana, você poderá entender como alguns genes são transmitidos e compreender, assim, a herdabilidade de diferentes patologias ou características. Isso será de grande utilidade, principalmente, para o aconselhamento genético de famílias. O método de estudo dessas doenças envolve a avaliação de famílias, sendo utilizada uma ferramenta denominada heredograma. O heredograma é uma representação grá�ca de uma árvore genealógica usando uma série de símbolos padronizados. Nele são indicados todos os indivíduos por geração, identi�cando-se aqueles que são ou não são afetados pela patologia. A partir da análise do heredograma, é possível determinar o padrão de herança envolvido em uma patologia ou característica e determinar a possibilidade de ela afetar a prole. Na Figura 2, você poderá ver um exemplo de heredograma, assim como os principais símbolos utilizados. Figura 2 | Exemplo de heredograma 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 16/27 Fonte: elaborada pelo autor. A determinação do genótipo de cada indivíduo e seus possíveis cruzamentos é realizado com o uso do Quadro de Punnett, que permite uma simulação do cruzamento dos gametas. PADRÕES DE HERANÇA E SUAS VARIAÇÕES Os padrões de herança de genes podem ser classi�cados de acordo com a região ou o cromossomo em que esse gene se localiza: • Herança autossômica: referente a genes que estão presentes nos cromossomos autossômicos (1 a 22). Ela pode ser do tipo dominante, quando o fenótipo é causado pela presença de um ou dois alelos dominante de um gene (AA ou Aa). Ao analisarmos um heredograma desse tipo de herança, veremos que: ela está presente em todas as gerações; pode afetar tanto homens quanto mulheres; pode ser transmitida de pai para �lho homem e só é transmitida à prole através de um indivíduo afetado. Quando for do tipo recessiva, o fenótipo será causado pela presença de dois alelos recessivos de um gene (aa). A análise do seu heredograma permite a visualização das seguintes características: não está presente em todas as gerações (saltos de gerações); afeta tanto homens quanto mulheres; pode ser transmitida de pai para �lho homem e indivíduos normais podem ter �lhos afetados. • Herança ligada ao X (ou ao sexo): referente a genes presentes no cromossomo X. Nas mulheres, como possuem duas cópias de cromossomos X, o padrão de herança será parecido com o autossômico, enquanto nos homens será diferente em razão de apresentarem somente um cromossomo X (hemizigotos). Essa herança também pode se apresentar de forma dominante e recessiva. A principal característica nos heredogramas é que a distribuição de indivíduos afetados não é igual entre os sexos, assim como a transmissão de pai para �lho homem. 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 17/27 • Herança holândrica: referente a genes presentes no cromossomo Y. Por isso, somente homens serão afetados, sendo que pais afetados transmitem a característica para 100% dos seus �lhos homens. • Herança pseudoautossômica: referente a genes presentes nos cromossomos sexuais (X e Y), mas que possuem um padrão de herança parecido com o autossômico. Além disso, os princípios das Leis de Mendel também podem apresentar variações, nas quais os genes podem existir em mais de dois estados alélicos, e cada alelo pode ter um efeito diferente no fenótipo. • Genes letais: nesse caso, uma combinação de alelos de um gene é capaz de provocar algum defeito ou deformidade no indivíduo que causa sua morte. Ex.: nos genótipos AA ou AA , indivíduo é saudável; mas, caso ele possua o genótipo A A , o indivíduo morre. • Alelos múltiplos: nesse caso, temos a presença de mais de dois alelos possíveis para um gene. E as diferentes combinações de alelo controlam diferentes características. Ex.: os grupos sanguíneos (A, B, AB e O) podem ser formados pela combinação de pares dos três alelos possíveis (I , I e i). • Herança codominante: nesse caso, o genótipo heterozigoto (Aa) codi�cará para um fenótipo que apresenta características do genótipo homozigoto dominante (AA) e homozigoto recessivo (aa) ao mesmo tempo. Ex.: AA codi�ca para o fenótipo pelagem vermelha e o aa para pelagem branca. O indivíduo Aa terá pelagem malhada (vermelho com manchas brancas). • Herança semidominante ou dominância incompleta: nesse caso, o genótipo heterozigoto (Aa) codi�cará para uma característica intermediária daquelas codi�cadas pelos genótipos homozigotos. Ex.: AA codi�ca para coloração vermelha, aa para coloração branca, e o indivíduo Aa terá coloração rosada. APLICAÇÃO PRÁTICA DAS HERANÇAS GENÉTICAS Querido aluno, agora você é capaz de compreender o que são e onde se encontram os genes além de entender como é a estrutura e organização dos cromossomos humanos. Você aprendeu a forma como a informação genética é transmitida de pai para �lho através dos cromossomos e entendeu que a herdabilidade de algumas características difere entre si. Com esse conhecimento, você poderá compreender que existem diferentes mecanismos de expressão de uma característica ou patologia e que eles podem ser causados por um ou mais genes. Dessa forma, quando você for estudar diferentes doenças genéticas, você poderá entender melhor os mecanismos que a envolvem. Por exemplo, agora você entende que algumas patologias são causadas por um genótipo ou variação (alelo) de um gene especí�co, e que isso está ligado a alterações na sequência de DNA, as quais, por sua vez, podem estar relacionadas à alteração de uma proteína especí�ca. Essa proteína, por sua vez, pode ter papel-chave em uma via bioquímica, que é essencial para o funcionamento normal de um órgão ou sistema. E, com isso, você poderá compreender melhor os sintomas ou as consequências causadas por aquela patologia. Por exemplo, a anemia falciforme, patologia que se caracteriza pela morfologia anormal (em foice) das hemácias dos pacientes afetados, é uma doença genética caracterizada como uma herança autossômica recessiva. Isto é, ela é uma doença causada por alteração em um gene em um cromossomo autossômico x x x A B 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 18/27 (cromossomo 11), que se manifestará quando o indivíduo possuir dois alelos recessivos (SS) para a doença. Como você pode ver na Figura 3, a mutação na sequência de DNA causará uma mudança no aminoácido traduzido, que, por sua vez, causará uma alteração estrutural na hemoglobina e na hemácia. No entanto, para que essa patologia seja expressa, é necessário que a mutação ocorra nos dois cromossomos homólogos. Por isso, para que um indivíduo herde essa patologia, é necessário que ambos os pais possuam o alelo recessivo (S), ou seja, os pais devem ser heterozigotos (AS x AS) ou um heterozigoto e outro homozigoto recessivo (AS x SS). Os possíveis cruzamentos podem ser conferidos utilizando-se o Quadro de Punnett. Figura 3 | Alterações genéticas da anemia falciforme Fonte: Wikimedia Commons. Além disso, agora você sabe que existe uma forma de análise de uma doença genética ao longo de gerações: o heredograma. Com ele, é possível identi�car como uma doença genética é transmitida de pais para �lhos e, assim, analisar que tipo de herança genética está sendo apresentada. Dessaforma, casais que desejam ter mais �lhos poderão entender a probabilidade do aparecimento da mesma patologia em sua prole. Em alguns casos, a chance pode ser pequena e, em outros casos, todos os �lhos serão afetados. O heredograma é útil, inclusive, para a identi�cação do padrão de herança de novas patologias, sendo, portanto, também utilizado no âmbito da pesquisa. 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 19/27 VÍDEO RESUMO Olá, querido estudante! Neste vídeo, você aprenderá sobre as diferentes formas de como a informação genética é passada através das gerações. Além disso, compreenderá os principais conceitos derivados dos achados dos estudos de Gregor Mendel com relação à herança mendeliana. Em seguida, verá sobre a classi�cação dos padrões de herança e como aplicar todo esse conhecimento em questões práticas dentro da área da saúde. Saiba mais Os conceitos descritos por Gregor Mendel explicam a herdabilidade de várias doenças e características e revolucionaram a maneira como o ser humano entende o DNA, o gene e os cromossomos. O processo de ensino e aprendizagem desses conceitos, no entanto, nem sempre é tão fácil. Neste artigo, intitulado Geneticats: Jogo Digital para Ensino de Genética, publicado na revista SBC – Proceedings of SBGames, em 2018, pelo autor Arthur Robinson de Oliveira Madureira e colaboradores, você poderá encontrar a descrição de um aplicativo desenvolvido pelos autores que lhe auxiliará, de forma mais lúdica, na compreensão das leis de Mendel. Acesse o link do artigo para conhecer mais profundamente sobre esse tema e busque o aplicativo em sua loja de apps. Disponível em: https://www.sbgames.org/sbgames2018/�les/papers/EducacaoShort/188193.pdf. Acesso em 16 nov. 2022. Uma série de doenças genéticas apresentam um padrão de herança já estudado, sendo alvo de estudos de famílias que buscam entender a forma como essa patologia é passada ao longo das gerações. O aconselhamento genético é uma ação que busca auxiliar essas pessoas a atingirem seu objetivo. Nesse artigo, intitulado Aconselhamento genético: será que eu preciso?, publicado na revista Genética na Escola, em 2019, por Regina Célia Mingroni Netto, você poderá aprender um pouco mais sobre o aconselhamento genético, como é realizado e para quais famílias é indicado. Acesse o link do artigo para conhecer mais profundamente sobre esse tema. Disponível em: https://www.geneticanaescola.com.br/revista/article/view/308/277 . Acesso em 16 nov. 2022. https://www.sbgames.org/sbgames2018/files/papers/EducacaoShort/188193.pdf https://www.geneticanaescola.com.br/revista/article/view/308/277 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 20/27 INTRODUÇÃO Querido aluno! Agora que você já conhece mais sobre o genoma humano e a herdabilidade, que tal aprender sobre como analisamos o DNA? Nesta aula, você conhecerá algumas técnicas que podem ser utilizadas para a análise de DNA. Começará entendendo como obtemos o DNA de amostras e o preparamos para análise através das metodologias de extração de DNA e eletroforese. Depois, compreenderá como podemos ampli�car sequências especí�cas de DNA com a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase. Por �m, aprenderá sobre diferentes metodologias para detectar sequências especí�cas do DNA e como podemos sequenciar um genoma. Vem comigo entender o funcionamento dessas técnicas e aprender como podemos utilizá-las em diferentes áreas das ciências biológicas! ANÁLISE DO DNA: COMO É FEITA? Querido aluno, imagine que você é um pesquisador e deseja detectar mutações presentes no DNA de um indivíduo. Você se pergunta: de que forma isso pode ser feito? De onde você pode retirar o DNA? Como fazer isso e como analisá-lo? Para isso, ao longo dos anos, foram desenvolvidas diferentes técnicas de análise do DNA, cada qual com suas vantagens e desvantagens, mas todas com utilidade dentro das ciências biológicas. Vamos conhecer algumas delas! Primeiro passo para analisar o DNA é retirá-lo das células (lembre-se de que a maior parte do genoma se encontra no núcleo celular). Para isso, você terá que escolher qual seria a melhor amostra a ser coletada do indivíduo a ser analisado. Podemos dividir os tipos de amostras em dois: • Fontes abundantes: permitem a obtenção de grande quantidade de DNA. Ex.: sangue. Aula 4 METODOLOGIAS LABORATORIAIS E MOLECULARES EM GENÉTICA Agora que você já conhece mais sobre o genoma humano e a herdabilidade, que tal aprender sobre como analisamos o DNA? Nesta aula, você conhecerá algumas técnicas que podem ser utilizadas para a análise de DNA. 34 minutos 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 21/27 • Fontes escassas: de difícil extração e permitem obtenção de pouca quantidade de DNA. Ex.: �o de cabelo com bulbo, raspado da mucosa bucal. A escolha da amostra dependerá da disponibilidade do tecido para análise, sabendo-se que a qualidade e a abundância do DNA diferirão entre elas, assim como a técnica de extração utilizada. A escolha também dependerá do tipo de análise que será feita no DNA (PCR, sequenciamento, hibridização). O segundo passo é extrair o DNA. As técnicas de extração de DNA são metodologias que possuem a capacidade de isolar o DNA de outras substâncias da célula. A�nal de contas, o DNA encontra-se dentro do núcleo, isolado pela carioteca e, ainda, empacotado junto a proteínas, como as histonas. Esses métodos, através de processos químicos e/ou físicos, conseguem fazer a separação de cada componente. Existem diferentes técnicas, cada uma indicada para um tipo de amostra, mas, de modo geral, a extração consistirá em três passos: Quadro 1 | Etapas da extração de DNA 1-Lise das membranas celulares 2-Descomplexação das proteínas 3-Separação do DNA Adição de agentes que causam a ruptura da membrana plasmática e nuclear. Ex.: detergentes e agentes caotrópicos. Adição de agentes que degradam as proteínas. Ex.: detergentes (SDS) e enzimas proteolíticas (proteinases). Adição de substâncias (ex.: sal altamente concentrado) que precipitará as proteínas, separando-as do DNA. Fonte: elaborado pelo autor. A terceira etapa é ampli�car o DNA. Como a molécula de DNA é microscópica, a multiplicação desse DNA (fazer várias cópias) facilitará a detecção da sequência de interesse. Para isso, em 1983, um pesquisador chamado Kary Mullis desenvolveu uma técnica que “imita” a replicação do DNA in vitro. Nasceu, então, a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase. Nesse método são utilizadas pequenas sequências sintéticas de DNA (primers) que se ligarão no início e no �nal da sequência de DNA que se quer ampli�car. A partir da inclusão de uma enzima DNA polimerase e o uso de ciclos com diferentes temperaturas (etapas de desnaturação, anelamento e extensão), essa enzima faz a replicação dessa sequência-alvo repetidamente, utilizando-se nucleotídeos sintéticos chamados de desoxirribonucleotídeos trifosfato ou dNTPs (Figura 1). Com isso, ao �nal do experimento, é possível obter várias cópias dessa sequência. Figura 1 | Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 22/27 Fonte: Wikimedia Commons. Os próximos passos dependerão do tipo de sequência a ser analisada e do objetivo do pesquisador. A PCR descrita anteriormente é denominada PCR convencional. Ela pode servir de início para diferentes técnicas, como de separação de fragmentos do DNA ou de hibridização. Por sua vez, a própria PCR possui modi�cações que permitem não só a ampli�cação mas também a detecção simultânea de uma sequência de interesse. Ex.: PCR em tempo real. Já outras permitem a análise RNA (RT- PCR), a detecção de múltiplas sequências-alvo (PCR multiplex) ou ampli�cação de uma sequência interna a outro fragmento que já havia sido ampli�cado (Nested-PCR). Além disso, em alguns casos, é necessáriaa análise de uma longa sequência de DNA, na qual o pesquisador deseja saber a sequência exata de bases nitrogenadas no DNA de uma amostra. Para isso, é realizado o sequenciamento do DNA. METODOLOGIAS DE ANÁLISE DO DNA Durante um processo de análise do DNA, após a extração e ampli�cação dele pela técnica de PCR, uma série de outras técnicas podem ser realizadas de acordo com o objetivo do pesquisador. Uma das técnicas que é realizada posteriormente à PCR é a eletroforese em gel de agarose. Nessa técnica, o DNA ampli�cado é injetado em um gel que serve como um tipo de “rede”, limitando a passagem das sequências de DNA por tamanho. À medida que uma corrente elétrica é gerada (Figura 2), o DNA (uma molécula negativa) migrará através em direção ao polo positivo. Desse modo, as sequências maiores terão mais di�culdade de passar pelo gel e migrarão mais lentamente do que as sequências menores. Com isso, a eletroforese permite a separação do DNA em tamanhos conhecidos (comparáveis a uma escala padrão). Figura 2 | Eletroforese em gel de agarose 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 23/27 Fonte: Wikimedia Commons. O produto de uma eletroforese, por sua vez, pode ser associado a uma técnica de hibridização chamada Southern blot. Nessa técnica, os fragmentos de DNA separados pela eletroforese são transferidos para uma membrana e, posteriormente, submetidos a uma sonda (sequência de DNA especí�ca marcada com uma substância sinalizadora), a qual se ligará a uma sequência-alvo de interesse. Em seguida, é feita uma impressão em �lme fotográ�co do sinal (geralmente, �uorescente) emitido pela sonda ligada à região-alvo. Além disso, como explicado anteriormente, a PCR possui alguns tipos de variações, como: • PCR em tempo real (qPCR): essa técnica combina a ampli�cação de fragmentos já descrita no PCR convencional conjuntamente com a detecção simultânea de �uorescência. Dessa forma, a ampli�cação, a detecção e a quanti�cação do DNA são realizadas em uma única etapa. Nesse método, além dos ingredientes básicos da PCR, também é adicionada uma molécula repórter �uorescente, que permite monitorar a reação de PCR a cada ciclo. Isso permite uma maior sensibilidade e especi�cidade de análise. • PCR Multiplex: essa técnica utiliza mais de um par de primers em uma única reação, permitindo a detecção de mais de uma sequência de DNA em uma única amostra. • Nested-PCR: nessa técnica, em vez de se usar uma amostra diretamente extraída, utiliza-se o produto de uma PCR anterior. Então, utiliza-se um par de primers que sejam internos ao par utilizado na primeira reação, ou seja, é a PCR do produto de outra PCR. É utilizada para aumentar a sensibilidade e a especi�cidade em amostras utilizadas cuja qualidade não é muito boa. • RT-PCR: essa técnica permite a detecção de amostras de RNA ou análise de expressão gênica. Nesse caso, partimos de uma amostra de RNA que será submetida ao processo de transcrição reversa pelo uso de uma enzima chamada transcriptase reversa. O produto desse processo é chamado de DNA complementar ou cDNA. A partir daí é realizada uma PCR para a detecção de uma sequência ou quanti�cação do RNA original através do cDNA. 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 24/27 Caso o objetivo do pesquisador seja descobrir a sequência de bases nitrogenadas no material genético de um organismo, como foi realizado para o vírus SARS-CoV-2 (Covid-19), é necessário realizar o sequenciamento de DNA. Um dos métodos mais conhecidos de sequenciamento foi desenvolvido por Sanger em 1977. Nessa técnica, o DNA é ampli�cado em várias cópias, como em uma PCR. No entanto, no sequenciamento de Sanger é utilizado um desoxirribonucleotídeo modi�cado (ddNTP), que �naliza a formação da cadeia de DNA pela enzima quando ele é utilizado (Figura 3). Isso permite a geração de várias sequências de tamanhos diferentes, as quais, posteriormente, serão separadas por eletroforese. A partir do resultado da eletroforese, consegue-se determinar a sequência de DNA. Figura 3 | Sequenciamento de Sanger Fonte: Wikimedia Commons. Atualmente, novas técnicas de sequenciamento surgiram, denominadas Sequenciamento de Nova Geração (NGS), que apresentam mais automatização e alto rendimento. APLICAÇÃO PRÁTICA DA ANÁLISE DE DNA Querido aluno, agora que você já compreende de que forma obtemos o DNA de diferentes tipos de amostra, como o ampli�camos e o analisamos, vamos entender como podemos aplicar as diferentes técnicas no contexto da saúde? 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 25/27 As metodologias de análise do DNA poderão ser utilizadas tanto no âmbito de diagnóstico quanto de pesquisa. A PCR em tempo real, por exemplo, pode ser utilizada na detecção de mutações ou outras alterações genéticas na sequência de DNA de uma amostra. Isso permite o diagnóstico de algumas doenças genéticas, por exemplo, a anemia falciforme. Com essa técnica, é possível realizar a genotipagem, isto é, detectar o genótipo do indivíduo e, no caso da anemia falciforme, veri�car a ausência ou presença do alelo associado à patologia. Da mesma forma, a genotipagem pode ser utilizada na pesquisa quando se procura associar um alelo de alguma alteração genética (ex.: polimor�smo de nucleotídeo único ou SNP) com o risco aumentado de desenvolver uma doença ou apresentar um mau prognóstico. Quando a qPCR é associada à RT-PCR, podemos detectar a presença do RNA de microrganismos que estejam infectando um indivíduo. É dessa forma, por exemplo, que é feita a detecção do vírus SARS-CoV-2 em pacientes com suspeita de Covid-19. Por sua vez, a RT-PCR também pode ser utilizada na pesquisa quando se quer comparar a expressão de genes em diferentes amostras. Por exemplo, quando se quer veri�car se um gene especí�co está sendo mais ou menos expresso em amostras normais versus amostras tumorais. Desse modo, os pesquisadores podem conhecer mais sobre as alterações que as células tumorais possuem e pensar no desenvolvimento de métodos diagnósticos ou na formulação de prováveis alvos terapêuticos. O sequenciamento de DNA, por sua vez, é aplicado com o objetivo de conhecer parte ou todo o genoma de um organismo. Ele pode ser utilizado para se conhecer a genética de um novo microrganismo, como foi feito com o sequenciamento do SARS-CoV-2. Isso, por sua vez, foi essencial para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas contra ele. O sequenciamento pode ser utilizado para a análise de produtos de biotecnologia e o controle de qualidade de alimentos. Um exemplo desse caso é veri�car se a carne que está sendo vendida como bovina é composta apenas por isso ou se compõe uma mistura de carnes de outros animais. Outra aplicação é na análise de microbioma no ambiente, para que se entenda a população de microrganismos que nos cercam e como eles podem in�uenciar a saúde humana. Uma das aplicações mais importantes do sequenciamento foi o Projeto Genoma Humano. Ele foi desenvolvido em um consórcio internacional, que tinha como objetivo sequenciar todo o DNA humano para que conhecêssemos toda a sequência de bases nitrogenadas que possuímos. A partir daí foi possível começar a compreender mais sobre o funcionamento do nosso corpo. Os resultados desse projeto foram publicados em 2003, nas revistas Nature e Science, e permitiram que conhecêssemos melhor a composição dos nossos genes, possibilitando uma melhor compreensão do mecanismo de doenças, assim como o desenvolvimento de testes genéticos, metodologias de análise e medicamentos. VÍDEO RESUMO Olá, querido estudante! Neste vídeo, você aprenderá sobre diferentes metodologias de análise do DNA; compreenderá como extraímos o DNA de amostras e como podemos ampli�cá-lo; conhecerá diferentes técnicas de detecção de sequências especí�cas de DNA e como podemos sequenciar o DNA e, por �m, saberá de que forma podemos aplicarcada uma das técnicas em diferentes contextos dentro das ciências biológicas. 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 26/27 Saiba mais A reação em cadeia da polimerase (PCR) é uma das principais técnicas de análise na área da genética, permitindo a ampli�cação de sequências-alvo de DNA. Neste artigo, intitulado A Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), publicado na revista Genética na Escola, pelos autores Ernna Hérida Domingues de Oliveira e Tiago Campos Pereira, você poderá conhecer mais detalhadamente sobre essa técnica, assim como aprender sobre outras aplicações práticas. Acesse o link do artigo para conhecer mais profundamente sobre esse tema. Disponível em: https://www.geneticanaescola.com/revista/article/view/318/286 . Acesso em 16 nov. 2022. O sequenciamento de DNA é uma ferramenta muito útil, sendo utilizada para a detecção da sequência de bases nitrogenadas de um genoma ou parte dele. Neste artigo, intitulado Sequenciamento de DNA: métodos e aplicações, publicado no XIII Safety, Health and Environment World Congress, pela autora Welika Faria Santos e colaboradores, você poderá aprender um pouco mais sobre os diferentes tipos de sequenciamento de DNA e suas aplicações. Acesse o link do artigo para conhecer mais profundamente sobre esse tema. Disponível em: https://copec.eu/congresses/shewc2013/proc/works/33.pdf . Acesso em 16 nov. 2022. Aula 1 STRACHAN, T.; READ, A. Genética Molecular Humana. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2013. WATSON, J. et al. Biologia Molecular do Gene. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2015. Aula 2 DOMINGOS, P. P. Genética. Londrina, PR: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. STRACHAN, T.; READ, A. Genética Molecular Humana. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2013. WATSON, J. et al. Biologia Molecular do Gene. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2015. REFERÊNCIAS 1 minutos https://www.geneticanaescola.com/revista/article/view/318/286 https://copec.eu/congresses/shewc2013/proc/works/33.pdf 09/02/2024, 13:52 wlldd_231_u1_gen_med https://www.avaeduc.com.br/mod/url/view.php?id=3314950 27/27 Imagem de capa: Storyset e ShutterStock. Aula 3 BORGES-OSÓRIO, M. R. L.; ROBINSON, W. M. Genética Humana. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2013. DOMINGOS, P. P. Genética. Londrina, PR: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. JORDE, L. B. Genética Médica. Rio de Janeiro, RJ: Grupo GEN, 2017. Aula 4 LIPAY, M. V. N.; BIANCO, B. Biologia Molecular: métodos e interpretação. São Paulo, SP: Grupo GEN, 2015. SIMI, L. D. Biologia celular e molecular. Londrina, PR: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. STRACHAN, T.; READ, A. Genética Molecular Humana. Porto Alegre, RS: Grupo A, 2013. https://storyset.com/ https://www.shutterstock.com/pt/