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Resumo P1_DPPI_manhã

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AULA 01 – 26/04/14
Conceito: conceito na verdade é uma escolha, deve ser analisado dentro do seu contexto histórico, se observarmos que Aristóteles considerava homem livre aquele sujeito que era dotado de condições financeiras, com o olhar de hoje, poderíamos considerá-lo preconceituoso, elitista.
Poder: pensamos aqui em poder institucional que é aquela forma de poder que define a organização social. 
Poder a partir de 2 perspectivas:
- Poder a partir da perspectiva instrumental: quais são os meios que eu preciso empregar, estratégias, mecanismos aqueles que exercem o poder precisam, devem empregar para obter uma subordinação. 
OS INSTRUMENTOS: IDEOLÓGICO, ECONÔMICO E POLÍTICO.
INSTRUMENTO ECONÔMICO: o que há dentro das relações econômicas que faz com que as pessoas estabeleçam relações?
Quem exerce o poder em uma relação econômica é aquele que tem, possui um bem escasso, como mecanismo de imposição da sua vontade em uma relação de poder.
Elemento de negociação para exercer poder >> sanções econômicas. 
INSTRUMENTO IDEOLÓGICO: o Papa, os pareceres de grandes advogados. Quem exerce o poder, quem estabelece padrões de comportamento, é aquele que consegue convencer o outro de suas capacidades, do seu conhecimento sobre determinado assunto. 
INSTRUMENTO POLÍTICO: capacidade de impor a força para fazer cumprir decisões: pode punir, penhorar bens, mandar prender. Uso da Força institucional para obter a subordinação. 
Para que esses instrumentos possam atuar, deve haver uma aceitação desse Poder. 
Poder a partir do ponto de vista relacional
Poder x Dominação
Poder: capacidade de uma pessoa em uma relação social se impor sobre a outra independente da aceitação ou não dela. Ponto de partida para falar sobre Poder e Dominação para WEBER são as relações sociais, não são mais os instrumentos. Para Weber o que é fundamental é olhar o indivíduo nas suas relações sociais. 
Legitimidade é o elemento que faz com que o outro aceite livremente a vontade do outro não necessariamente pela força.
Dominação é o exercício do poder em uma relação social combinado com a respectiva obediência ou subordinação (sem legitimação).
Há na história 3 tipos de dominação:
Dominação Tradicional >> eu me subordino porque eu acredito que aquele costume, aquela tradição é válida. Dominação Carismática >> você acredita em uma figura, em uma pessoa que tem carisma, então você acredita nessa pessoa (pela oratória, pelos atributos), Hitler (poder discursivo), Lula (Brasil), Hugo Chávez (Venezuela). 
Dominação Racional ou Burocrática >> pagamento de uma multa de estacionamento, pagamento de IPTU ou IR, por que nós aceitamos essa imposição? Há uma série de normas jurídicas que pautam isso. Sua subordinação está na crença que aquela pessoa está tomando determinada decisão baseada em normas, leis, regras. Essas normas/leis vêm do poder legislativo, quem escolhe esse poder é o povo através do voto. Essas leis partem do interesse coletivo e vão moldar essa sociedade.
Política em sentido amplo é política enquanto governo. Organização da sociedade dos grupos sociais, gestão da coisa pública. (MACROPOLÍTICA)
Política em sentido estrito: como são trabalhadas, regulamentadas as relações de poder... Exemplo: como escolhemos os nossos representantes? Formas de eleição, interações entre diferentes pessoas e partidos no exercício da função política. (MICROPOLÍTICA)
Aula 2 10/04/14
Autonomia: dar a ela uma esfera específica de atuação. Qual é a particularidade do político?
Carl Schimdt classifica as ações entre amigo-inimigo. Amigo não é necessariamente o amigo pessoal. As relações na esfera política se travam entre amigos e inimigos. A pessoa é compatível com as suas ideias, ou interesses dessa pessoa não são compatíveis com o seu.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma questão moral que se torna uma questão política, ou seja, entra no campo político ao ser debatido no Congresso, para que o judiciário reconheça.
Micropolítica é para entender essa sociedade plural, dar conta desses conflitos (aborto, casamento homoafetivo, células-tronco).
A classificação das ações no campo político se dá entre amigos e inimigos, isso é o que dá autonomia na esfera do político >> Carl Schimdt. 
ESTADO 
Conceito moderno: organização coletiva
Contrato social: é o momento que marca o início deste Estado Moderno. Uma concepção mais individualista em que você abre mão de parte da sua liberdade para que uma organização proteja os seus interesses.
IDEOLOGIA 
Há duas vertentes:
 
1) Enquanto conjunto de ideias que orientam as minhas ações. 
A sua forma de ver o mundo, as suas ideias é que orientam as suas ações, o seu comportamento social.
2) Ideologia com sentido de alienação. [Marilena Chauí] sentido negativo
Você faz com que as pessoas que se alienem não se deem conta das várias versões que estão por trás daquela ideia defendida por você.
IDEOLOGIA para CHAUÍ: inversão entre ideia e realidade. É a ideologia que quer esconder.
Ideologia > inversão da ideia e da realidade. Tornando ideias como se representassem fatos, escondendo outros fatos, fazendo com que aqueles que recebam determinada ideia não questionem. 
A ideologia faz um ocultamento da realidade, torna universais determinados comportamento e relações sociais, reproduzindo essa ideia, inserindo-a na educação, nas atividades culturais, você deve fazer uma publicidade dessa ideia.
Finalidade de toda ideologia: servir como base de orientação do comportamento das pessoas.
Aula 4 – 30/04/2014 – (caderno)
PENSAMENTO POLÍTICO - ARISTÓTELES
A ideia de liberdade para a sociedade moderna é você ter a sua individualidade respeitada, ter autonomia.
Para os Antigos, a liberdade estava em você fazer parte do espaço público, participar da atividade política da cidade. 
POLÍTICA COMO CIÊNCIA 
1) Relação: Estado Indivíduo
- Precursores do pensamento político como ciência: Aristóteles e Platão. A partir deles, a política passa a ser entendida como ciência.
Política: algo natural que existe antes do sujeito. Existe independente do sujeito.
Função principal do Estado é a realização das potências dos indivíduos. O indivíduo se realiza enquanto cidadão no espaço público. O Estado existe para permitir ao cidadão a realização da sua condição de sujeito. 
2) SER HUMANO
- Natureza social boa vida
- Linguagem
O espaço ideal de realização do sujeito é chamado de pólis. O sujeito para Aristóteles se diferencia das demais pessoas, e dos outros animais. O ser humano nasceu para ser um ser social, para buscar sua vida em um espaço coletivo. 
3) MORAL e POLÍTICA 
Teoria Moral: o sujeito participa da pólis. As regras, os valores que importam a sua vida. 
A moral: regras e valores compartilhados socialmente. Cada momento histórico, a moral é diferente. Quais são os valores, as regras que são buscadas no espaço individual (moral individual ou ética para Aristóteles) e quais são os valores, as regras de atuação que devem formar um espaço público? Essa é a moral política (dignidade da pessoa humana, direito à propriedade privada, liberdade de expressão, etc. valores que devem formar a base do sistema jurídico). Moral coletiva relacionada a atividade política (sujeito participando da vida política).
4) RACIONALIDADE pode ser:
Teórica (THEÔRA): capacidade filosófica, de reflexão, da sua construção, da construção social é uma primeira premissa para o sujeito exercer a sua racionalidade. 
Prática (PHRONÊSIS): exercício da sua atividade na esfera coletiva.
RACIONALIDADE PLENA: a combinação entre a racionalidade teórica + racionalidade prática = a plena realização do sujeito. 
Sujeito teórico é incompleto. Sujeito Completo: pensa, desenvolve e atua na prática da sua organização política.
5) Comunidades: espaços de atuação do sujeito.
Casa espaço privado familiar 1º tipo de comunidade (não há discussão política)
Constituída por: mulher, filhos e escravos (poder despóticoem relação aos escravos). 
DESPÓTICO: Há uma relação de dependência do escravo com o Senhor. 
Quando ele é marido e pai, ele é o chefe. Quando ele está na relação com os escravos, ele é o Senhor.
Vila conjunto de várias casas comunidade
Pólis conjunto de várias casas ou vilas como exercício de uma atividade política comum. É a comunidade ideal, onde o sujeito se realiza enquanto cidadão.
6) CIDADÃO >> Liberdade; autossuficiência; ociosidade. Para ser cidadão, o cara deveria ter tempo ocioso, para isso era preciso ter escravo que faria as atividades para o senhor.
Possuindo essas características, o cidadão exercia a Jurisdição (comparável ao que hoje seria o Judiciário e o Executivo): capacidade de resolver os conflitos e executar as decisões deliberadas. Além disso, ele poderia exercer também a Deliberação (funções políticas: discursos sobre interesses sociais).
- Artesãos e mercadores: não tem ociosidade / - Escravos: não eram livres nem autossuficientes
Liberdade para os Modernos: baseada na autonomia privada (direito de ir e vir; ter uma casa).
7) PÓLIS (fisicamente: conjunto de casas, vários núcleos familiares) é o espaço associativo político. É a comunidade perfeita, marcada pelo político que é necessário). A vila não tem espaço coletivo de decisão.
ESTADO é uma comunidade associativa, política, junção de pessoas, no qual há o exercício da atividade política (conceito Weberiano)
ORIGEM da PÓLIS: pela vida, para garantir uma boa vida.
QUALIDADE (o que a diferencia de uma vila, por exemplo): comunidade perfeita
FINALIDADE: práxis, garantir o bem, virtude.
8) Tipos de Constituição* (regras de funcionamento político):
Monarquia: poder centralizado em uma ou talvez duas pessoas.
Aristocracia: um grupo restrito que exerce o poder.
Democracia (República): todos os cidadãos participam do processo decisório, tanto da jurisdição quanto da deliberação.
* Constituição enquanto constituição política, regime político, como se dão as relações de poder – são as regras de exercício da atividade política.
Quando há um desvirtuamento daquele que comanda, surgem as FORMAS IMPURAS. 
- MONARQUIA DESPOTISMO, TIRANIA, AUTORITARISMO.
- ARISTOCRACIA OLIGARQUIA
- DEMOCRACIA DEMAGOGIA (várias pessoas ocupando o poder, visando seus próprios interesses).
Modelo ideal: aristocracia (modelo centrado nas mãos de alguns) e república (democracia no sentido positivo; em alguns momentos, participação de todos).
Aula 5 07/05/14
Pensamento antigo – Continuação
Esfera privada – necessidades labor+ família
Esfera pública – ação, liberdade
Domínio em uma pólis: sujeitos livres e interesse comum. 
Melhor governo: condição de cidadão e grande quantidade de cidadãos participando do poder político.
POLITÉIA: ordem jurídica e política (regime em que vários cidadãos participam do processo de governo).
CIDADANIA ANTIGA: cidadão, natureza pólis, constituição.
Cidadão na política antiga: tem ócio, condição financeira racional para fazer parte das relações políticas e liberdade.
Pólis: espaço de exercício das atividades políticas na realização do interesse comum.
AULA 6 21/05/2014
IDADE MÉDIA (século XV ao Século XII- XIII)
O que marca a Idade Média? A queda do Império Romano. As invasões bárbaras contribuíram para a queda do império romano, há uma pulverização da estrutura social, o que marca o feudalismo?
Dentro do feudo há relações hierárquicas (senhores, vassalos, nobres, plebeus...), há uma descentralização do poder. O que determina uma hegemonia na Idade Média Europeia? A Igreja. 
Cristianismo influencia o poder político. O conjunto do coletivo, corporativismo do Cristianismo define papeis, obrigações, direitos dentro da sociedade. O elemento que dá legitimidade ao governo é a religião Cristã, e isso determina a estrutura de governo e a base religiosa. Poder terreno convivendo com o poder divino. Há uma autorização divina para o exercício do poder. A base para definir direitos e obrigações estão nas escrituras e nas pessoas que fazem parte do clero.
O Cristianismo busca justificar essa estrutura hierárquica, própria da Idade Média.
 
Sociedade é um corpo dentro do qual cada sujeito (parte desse corpo) desempenha uma função específica. A sociedade é embasada em um fim maior, está para além dos interesses de cada indivíduo, fim coletivo. O indivíduo nada mais é do que uma parte desse corpo mais completo. Cada indivíduo existe paracooperar nesse corpo na Idade Média. Cada um enquanto parte desse grupo é protegido de acordo com as tarefas que desempenha nesse corpo.
A base da Constituição medieval está para além da vontade do sujeito.
Poder político justificado por Deus para limitar a atividade dos homens. Como se dá a legitimidade divina? Igreja faz a mediação entre a origem do poder (que vem de Deus) que legitima o poder político dos homens (Reis e príncipes). 
Pacto social da Idade Moderna: quem são os pactuantes da fundação desse Estado? A sociedade que abre mão de parte da sua liberdade, sujeito que no estado de natureza: dotado de razão, liberdade, igualdade, autonomia de propriedade (LOCKE). Características existenciais de um sujeito moderno. 
Os Direitos Naturais dentro do pacto social medieval:
Há um respeito das relações e funções hierárquicas por parte dos governantes. Há respeito dos direitos das categorias, não dos indivíduos. 
A punição, a sanção do governante se dá mais na esfera espiritual. Os governantes podem receber sanção se não tiverem o apoio da Igreja, perdem o poder político.
 AULA 7 04/06/2014 (Caderno) 
O elemento comum nessa sociedade é a religião. 
Há uma dualidade dos poderes que existem nesse momento. De onde emana o poder na Idade Média? Vem de Deus, é algo metafísico. Santo Agostinho e São Tomás de Aquino tentam através dos seus escritos conciliar o Poder Temporal com o Poder Divino. 
Quais são os elementos utilizados para justificar essa dualidade de poder?
Santo Agostinho busca o aspecto religioso para justificar esse poder. Já São Tomás de Aquino usa o aspecto racional do sujeito, aliando-o a existência de Deus.
Baixa Idade Média (a ciência, a reflexão dos homens começa, a filosofia é resgatada) e Alta Idade Média consolidação da fragmentação da sociedade, invasões bárbaras, religião como elemento central).
SANTO AGOSTINHO (340 a 430 a.C.) 
Principais obras: Confissões e A Cidade de Deus
ALTA IDADE MÉDIA
Base: Platão e São Paulo >> Santo Agostinho busca explicar sua filosofia com base em Platão e São Paulo. 
Base de Compreensão: fé (não experiência). A crença, a abertura do sujeito aos valores espirituais permite ao sujeito entender os desígnios de Deus, o que socialmente, espiritualmente a sociedade espera dele. O que importa para Santo Agostinho é a capacidade do homem de ter fé.
Homem: mal - livre arbítrio >> dado por Deus, mas o homem com isso, peca (come a maçã). O homem é representado como pecador, problemático, imperfeito. 
Para Santo Agostinho existiam duas cidades: a Cidade de Deus (a cidade da perfeição, dos valores religiosos, a que o homem procura sempre atingir) e a dos Homens (cidade do pecado, das falhas humanas). A cidade dos homens pode servir como um passo para chegar à cidade de Deus. Como fazer isso? Através da Fé, seguindo os ensinamentos de Deus: moral, virtudes do mundo espiritual.
Como aliar os valores religiosos às questões políticas? Trabalhando regras de comportamento através de 3 espécies de leis que regem o comportamento do ser humano.
Cristianismo + leis:
- Divina: lei inatingível, suprema, está no mundo espiritual, estabelecida por Deus. O homem reconhece essas leis por meio das leis naturais.
- Natural: as escrituras que revelam um pouco das leis divinas (bíblia, novo testamento, sagradas escrituras), parcial tradução da lei divina. A partir do momento que o homem põe em prática a sua fé, ele consegue se aproximar e identificar as leis divinas a partir das leis naturais.
- Humana (necessária): relações sociais, contratos, regras de comportamento mundano, terreno que pautam a vida do homem terreno. Essas leis são necessárias legitimadas pelo poder divino, porque o homem é imperfeito, é pecador. 
Justiça: Cristianismo (amor e caridade) >> Só é possível dentro das práticas do amor e da caridade, dentro do Cristianismo, dos valores cristãos. 
SÃO TOMÁS DE AQUINO (1225 – 1274 a.C.)
Principal obra: Suma teológica
Baixa Idade Média: valores medievais estão sendo questionados, há a retomada da filosofia da Antiguidade, o Cristianismo está sendo questionado por não aceitar a racionalidade. 
São Tomás de Aquino usa a filosofia de Aristóteles para explicar a dualidade.
Elementos essenciais da teoria Aristotélica, o homem é um animal político que precisa exercer a teoria e prática para poder ser racional. 
Escolástica (lógica formal) >> doutrina filosófica, outra linha de pensamento filosófico para explicar a essência das coisas e como isso interfere no social. Tenta explicar a partir da racionalidade das coisas como existe Deus, buscando um fundamento, uma origem, chegando a Deus.
O homem, sujeito capaz de pensar, raciocinar, consegue refletir, usando a sua racionalidade consegue chegar a existência de Deus. A base de compreensão de Deus, dos valores, dos elementos espirituais é alcançada por meio do uso da reflexão, do raciocínio.
O mundo temporal existe porque o homem é um animal político, por isso ele precisa viver em um mundo temporal. A condição de existência do homem é ter essa vida social essa vida política.
Natureza política do Homem
Para Aristóteles, o Estado só existe para atingir o bem comum. Para São Tomás de Aquino, o Estado só existe para alcançar esse bem comum. 
Estado: serve aos cidadãos
O poder divino é mantido, mas a identificação, a captação é feita pelo homem por meio da razão. O homem se aproxima do poder divino através da razão, o meio não é só a Igreja.
Leis: 
- Lei eterna: está para além do acesso do sujeito, o sujeito tem acesso através da fé;
- Lei natural: o homem tem acesso através do raciocínio;
- Lei humana: necessária em função da natureza política inerente à existência do homem.
Justiça: proporcionalidade
 
Para São Tomás de Aquino: a justiça nasce da observação das relações entre os indivíduos e dos indivíduos em relação à sociedade. 
Não basta ser caridoso, deve haver proporcionalidade entre benefícios de um sujeito em relação ao outro.
Verificar os bens (valores) entre os sujeitos. A minha condição pessoal comparada a toda a sociedade. Ideia de Justiça: não é só caridade e amor. Deve haver níveis proporcionais (distribuição de renda). Até que ponto os atos de bondade e caridade geram a proporcionalidade entre indivíduos e sociedade.
Justiça Comutativa: indivíduos (benefício de um sujeito em relação a outro sujeito)
Justiça Distributiva: indivíduos e comunidade (compara a sua condição pessoal proporcionalmente a condição de toda a sociedade)
São Tomás de Aquino opta pela Monarquia.
AULA 8 - 11/06/14
Valores Morais na Idade Média: a Igreja faz a mediação entre a moral espiritual e a moral mundana, e traz para o mundo temporal.
Poder Temporal e Poder Espiritual
 
Na sociedade medieval, quem traduz a moral é a Igreja. É ela quem legitima, coroa o rei. Esses dois ambientes de poder se impõem em relação ao sujeito.
O sujeito como elemento dessa sociedade, ele é um elemento dentro do corpo mais amplo. 
A Igreja vai perdendo aos poucos o seu papel de base espiritual. A base moral vai passar pelo sujeito. Os valores da sociedade passam a fazer parte do sujeito. O sujeito passa a ser protagonista na sociedade. 
A reforma
Conflito começa dentro da Igreja e leva a perda de força da Igreja e do seu poder político. 
Definição de uma nova função do sujeito e do Estado. 
Século XV e Século XVI
- Questionamentos em relação a Igreja; descoberta da América; tomada de Constantinopla. A Reforma Protestante ocorre dentro da religião Cristã, não questionando os valores morais e espirituais impostos pela Igreja. 
REFORMA PROTESTANTE – 1517 A 1570
Também aconteceu na França com Calvino, não só na Alemanha com Lutero. O questionamento que a Igreja Romana sofre em vários países da Europa. Não se questiona a importância da religião, mas como a Igreja Católica define a forma de comportamento das pessoas.
Questionamento do poder religioso dentro da própria religião.
Relação entre o profano e oteológico
Ela teve o apoio de príncipes e imperadores. O problema: as obrigações impostas pela Igreja de Roma (a Igreja dizia o que era pecado, quais eram as obrigações materiais para se atingir a Cidade de Deus). A crítica é a forma de interpretação dos dogmas da Igreja Católica. O conflito que se estabelece entre os favoráveis a Igreja de Roma e aqueles que seguem essa nova interpretação (os Protestantes).
Os príncipes questionavam a limitação do poder temporal feita pela Igreja. 
MARTIN LUTERO 
Questiona a dogmatização da Igreja para com a sociedade naquele período. 
Lutero achava as vendas de indulgência um absurdo (quando ele foi a Roma). Ele questionava também o celibato.
Os príncipes apoiavam Lutero pois queriam maior autonomia. Por ter ido contra a Igreja católica, ele corria risco de vida. Sendo assim, ele se apoiou nos reis germânicos, e deu a eles o Poder Temporal, ficando sob a responsabilidade de Lutero.
Ele traduz a bíblia para o alemão, ampliando o acesso do povo alemão às palavras de Deus, ampliando o seu discurso à época do desenvolvimento da imprensa. 
Princípios fundamentais da REFORMA DE LUTERO
- Princípio material: o homem se aproxima de Deus através da fé e não das atitudes/obras (não é por meio da acumulação de bens, compra de indulgências) que ele obtém a salvação. A justificação do sujeito se dá pela fé.
- Princípio formal: não é através do poder da Igreja. A bíblia, ou a Sagrada Escritura, permite a aproximação entre os homens e Deus. A bíblia é a base da moral religiosa, não é a Igreja, ou a interpretação da Igreja e a interpretação/ hierarquia do clero que formam a base moral. As condições de vida do sujeito (moral e valores) estão na bíblia, sem a necessidade da interpretação desses valores. 
Lutero não é um Humanista. Ele acredita que deve haver uma ordem e essa ordem deve ser severa. Os senhores devem usar da violência, da agressividade para manter/regular o comportamento do sujeito. 
Importância do Martin Lutero? >> Ele quebra a hegemonia da igreja católica.
JOÃO CALVINO (FRANÇA)
Calvino conseguiu conciliar os valores da igreja com a acumulação de bens e riquezas. 
A filosofia protestante permitiu o desenvolvimento do capitalismo (Max WEBER). 
Ele teve uma formação religiosa, mas não foi monge. A fé continua como elemento material de salvação.
Calvino coloca em questão a culpa, a heresia (atividade econômica não tinha função importante para a moral religiosa), o trabalho não era visto como algo positivo pela Igreja Católica. Calvino transforma esses elementos em algo positivo. Calvino: fim do celibato e fim das obrigações cristãs (deixar de pagar dízimo, deixar herança para a Igreja, a ir à missa em determinadas ocasiões, o monge não precisava abrir mãos dos benefícios da vida mundana – voto de pobreza). Equivalência entre monges e homens, liberdade para todos dentro da vida mundana). 
Calvino adota a Doutrina da Predestinação.
- Doutrina da Predestinação: Deus quis assim, isso foi uma escolha divina, você deve aceitar o que Deus escolheu para você. Você está predestinado a realizar determinada função e aceitar isso. Você evita a revolta, a discordância. A pessoa passa a aceitar a desigualdade econômica. 
- Reconhecimento do trabalho: vocação que Deus te deu e você deve desenvolvê-lo da melhor maneira possível. O trabalho não é mais algo puramente material. Você reconhece o direito a bens, posses. Roubar é atentar contra o patrimônio do outro é ir contra aquilo que Deus quer. O empréstimo não é mais heresia, aceita-se o exercício da atividade econômica. Aceitando com menos culpa a acumulação de riquezas, fundamental para o desenvolvimento do capitalismo. 
Calvino não questiona a religião, mas que aceita com mais força a atividade econômica.
Por que você estuda DPP? Porque através das ideias você justifica mudanças paradigmáticas da sociedade.
AULA 9 	16/07/14
A Reforma não questiona a religião, tão somente o poder da Igreja Católica.
Lutero questiona a venda de indulgências e outras práticas. Resgata o princípio material (salvação pela fé) e o princípio formal (bíblia: fonte da palavra de Deus). 
Calvino acrescenta elementos dentro da ideologia protestante: predestinação do sujeito (a condição do sujeito já está preestabelecida, o sujeito deve se conformar); liberta os fiéis e o clero de obrigações da Igreja (privação, castidade), valoriza o trabalho (elemento fundamental dignificador do homem), a atividade econômica.
Marcas principais da Modernidade:
Direito subjetivo, do indivíduo, da atividade econômica>> reconhecimento da racionalidade >> há todo um processo que leva a consolidação da ideologia do que hoje se chama de moderno.
A CONTRA-REFORMA CATÓLICA
Resposta da Igreja Católica a perda de fiéis para o protestantismo. Ela precisava recuperar fiéis e o seu poder. 
A tentativa de reconquista se dá através de duas ações: apresentando um novo discurso que justifique essa ova adequação. 
- Concílio de Trento (século XVI): expansão dos territórios (e influência da Igreja), intensificação da atuação dos jesuítas (catequizar), retomada da Inquisição e criação do Index (proibindo a circulação de determinadas obras que questionavam a condição hegemônica da Igreja). Aumentou a punição a atitudes contrárias aos valores da Igreja Católica. 
- Escolástica Espanhola: retomam a Suma Teológica e adaptam algumas características, reconhecendo o homem, como um ser racional, inteligente, que pode reconhecer o que é certo. 
“Contrato Social” >> as pessoas entram em um acordo e a partir das somas das vontades individuais, eles definem, pactuam um contrato que leva ao surgimento da organização política, do Estado. A organização social é produto do sujeito. Não é mais a Igreja que vai organizar a sociedade. 
NOMINALISMO
Nominalismo: questiona os universais (ser humano, animais para designar um gênero). São Tomas de Aquino trabalha com o universal
Guilherme de Occam: não existe o universal, o que existe é o indivíduo. Você não pode falar em uma ordem de Franciscanos. O conhecimento do universal é falho: quando você vê uma sombra de um homem (você identifica que é um homem), mas o conhecimento verdadeiro só se dá quando o homem se aproxima de você e você consegue identificar quem é esse homem. A ciência moderna foca no individuo, base para o Direito Subjetivo. 
Direito: ideia de poder sobre algo >> uso de determinado bem não pressupõe direito sobre o bem. 
AULA 10 – 23/07/2014
RENASCIMENTO / HUMANISMO
 Movimentos observados nas ciências, nas artes >> trazendo para o indivíduo a centralidade das questões. Momento de mudança paradigmática. 
Renascimento: o pensamento se volta para o sujeito. Vários aspectos da cultura (grega) renascem nesse período, complementando essa visão humanista. Homem no centro do conhecimento, no centro do universo
MAQUIAVEL – “O PRÍNCIPE”
Reconhece o político, o Estado como algo autônomo, independente da moral privada e da religião. Maquiavel confere ao espaço do Estado, do exercício das funções públicas para exercer administrar as atividades coletivas.
Há uma secularização (é dar um olhar específico - dentro do século, dá uma autonomização do político, sem excluir a religião) do exercício do poder político. O exercício do poder de organização da sociedade. Afasta as questões do Estado das questões morais, religiosas – seria o Estado Laico. Separa a moral particular, a do Estado e a da religião.
O que estabelece dentro do Estado as condições de quem governa. Priorização ao que é próprio ao exercício da atividade privada. A religião perde o elemento de legitimação do poder político. A política apresenta características que são próprias. 
Maquiavel busca entender quais são as características que marcam a atividade política. Não se preocupa em dizer o conceito de Estado. A preocupação de Maquiavel é como se forma e como se mantém o Estado.
A lógica das estratégias é usada para manter o poder político, mantendo a centralidadeou poder do príncipe. O fim é manter a estabilidade do governo. 
Moralidade do cidadão: moralidade lógica. Finalidade manutenção do poder e bem comum.
Política: base de justificação do Estado. Política é o que precisa em cada momento ser realizado pela busca da manutenção do governo.
Os fins (conquista e manutenção do Estado) justificam os meios (qualquer tipo de ação) para a manutenção do Estado (realidade específica, independente do que a Igreja, o sujeito dizem). Não há preocupação com as situações de cada sujeito. Autonomia do Estado perante à Igreja – desvinculação do Estado com a política.

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