Prévia do material em texto
Caso Clínico 1: Paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC) Isquêmico Histórico Clínico: Paciente de 68 anos, com diagnóstico recente de AVC isquêmico há 3 meses. Refere queixa de fraqueza no lado direito do corpo e dificuldades para se comunicar (disartria). Relata também cansaço e dor ao tentar movimentar o braço direito. Queixas: · Fraqueza no lado direito do corpo (hemiparesia direita). · Dificuldade de articulação verbal (disartria). · Dificuldade para manter a atenção em tarefas por longos períodos. · Sensação de cansaço e dores ao realizar atividades simples. Exame Clínico: · Estado mental: Orientado, sem alteração no estado de consciência. Apresenta dificuldades na realização de tarefas cognitivas simples, como contar de 7 em 7 (erro). · Força muscular: Hemiparesia direita, força 3/5 nos músculos do braço direito (escala MRC). · Tônus muscular: Espasticidade no membro superior direito, com aumento da resistência à movimentação passiva. · Reflexos: Reflexo de Babinski positivo no pé direito, indicativo de lesão no trato corticoespinhal. Ações que você pode aplicar: 1. Anamnese neurofuncional: Investigar histórico de AVC, tempo de evolução, fatores de risco, como hipertensão ou diabetes. Avaliar a recuperação e as dificuldades cognitivas. 2. Exame cognitivo: Aplicar testes para avaliar a memória (como lembrança de palavras) e o processamento mental. 3. Avaliação da força muscular: Utilizar a escala MRC para mensurar a força nos membros superiores e inferiores e documentar progressão. 4. Avaliação de tônus muscular: Verificar a espasticidade com a Escala de Ashworth, monitorando a resistência passiva no membro superior direito. 5. Reflexos: Verificar outros reflexos osteotendinosos, como o reflexo patelar, e observar anomalias. Intervenção: Focar na reabilitação da mobilidade e comunicação, buscando melhorar a força muscular e a coordenação. Além disso, desenvolver estratégias para reduzir a espasticidade. Caso Clínico 2: Paciente com Doença de Parkinson Histórico Clínico: Paciente de 75 anos, com diagnóstico de Doença de Parkinson há 4 anos. Refere rigidez muscular, tremores em repouso e dificuldades com o equilíbrio. Também relata que está começando a ter dificuldades para se concentrar e lembra de algumas situações passadas com dificuldade. Queixas: · Rigidez muscular (principalmente em membros inferiores). · Tremores em repouso. · Dificuldade de equilíbrio ao caminhar. · Labilidade emocional (mudanças rápidas de humor). · Dificuldades cognitivas iniciais, como lapsos de memória e dificuldade de concentração. Exame Clínico: · Estado mental: Apresenta dificuldade para lembrar de eventos recentes (por exemplo, memória de curto prazo). · Força muscular: Força preservada, mas rigidez muscular evidente nos membros inferiores. Músculos tensos e dificultando movimentos fluidos. · Tônus muscular: Rigidez nas pernas, caracterizada como hipertonia. · Reflexos: Reflexo patelar diminuído (hiporreflexia) devido ao tônus muscular alterado. Ações que você pode aplicar: 1. Anamnese neurofuncional: Investigar a história de tremores, rigidez, e dificuldades de equilíbrio. Perguntar sobre histórico familiar de Doença de Parkinson. 2. Exame cognitivo: Aplicar o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para investigar mais detalhadamente a memória, atenção e linguagem. 3. Avaliação de força muscular: Verificar a presença de rigidez utilizando a avaliação passiva do movimento articular e a escala MRC. 4. Avaliação de tônus muscular: Avaliar a rigidez nos membros inferiores utilizando o teste de resistência passiva (Escala de Ashworth) e monitorar a evolução ao longo do tempo. 5. Reflexos: Verificar outros reflexos, como o reflexo de Aquiles, para observar se há alteração associada à rigidez muscular. Intervenção: Propor exercícios de mobilidade, como alongamentos para reduzir a rigidez, exercícios de fortalecimento e atividades que melhorem o equilíbrio, além de trabalhar técnicas para facilitar a memória e concentração. Caso Clínico 3: Paciente com Esclerose Múltipla (EM) Histórico Clínico: Paciente feminina, 38 anos, diagnosticada com Esclerose Múltipla há 2 anos. Relata episódios de fadiga, dificuldade para caminhar e alterações sensoriais em membros inferiores. A paciente tem queixas de visão dupla e dificuldade para manter o equilíbrio durante atividades que exigem mudanças rápidas de posição. Queixas: · Fadiga intensa durante a realização de tarefas simples. · Dificuldade em andar longas distâncias e manter o equilíbrio. · Alterações sensoriais em membros inferiores, como formigamento e sensação de dormência. · Dificuldade em alternar entre categorias cognitivas, como compreender textos complexos. Exame Clínico: · Estado mental: Orientada, porém com dificuldades cognitivas leves, especialmente em tarefas de atenção dividida. · Força muscular: Leve fraqueza nos membros inferiores, força 4/5 na perna direita. · Tônus muscular: Hipotonia nos membros inferiores. · Reflexos: Reflexos tendinosos profundos normais, sem sinais de Babinski. Ações que você pode aplicar: 1. Anamnese neurofuncional: Investigar histórico de fadiga, sintomas sensoriais e alterações no equilíbrio. Observar o impacto das recaídas e períodos de remissão da doença. 2. Exame cognitivo: Testar a atenção e memória, utilizando escalas específicas para avaliar o processamento mental e atenção dividida. 3. Avaliação de força muscular: Medir a força nos membros inferiores com a escala MRC e documentar a progressão durante o tratamento. 4. Avaliação de tônus muscular: Monitorar a hipotonia nas extremidades inferiores e realizar testes de resistência passiva para observação da tonicidade. 5. Reflexos: Avaliar os reflexos tendinosos profundos, como o patelar, para garantir que não haja alterações. Intervenção: Focar no fortalecimento muscular, no controle do equilíbrio e na reabilitação das funções sensoriais. Técnicas de fisioterapia podem ajudar a reduzir os sintomas de fadiga e melhorar o equilíbrio dinâmico. Caso Clínico 4: Paciente com Lesão Medular Traumática (LMT) Histórico Clínico: Paciente masculino, 25 anos, vítima de acidente de moto há 6 meses, resultando em lesão medular na região torácica (T10). Relata paralisia abaixo do nível da lesão (membro inferior) e alterações sensoriais. Queixa-se de dificuldades na mobilização, controle da bexiga e intestino, além de dor crônica em regiões específicas da coluna. Queixas: · Paralisia nos membros inferiores (T10). · Alterações sensoriais, como diminuição da sensibilidade tátil nos membros inferiores. · Dificuldade para controlar bexiga e intestinos (disfunção autonômica). · Queixa de dor crônica, especialmente em nível da lesão, irradiando para a região lombar. Exame Clínico: · Estado mental: Totalmente orientado, sem alterações cognitivas, mas com preocupação com a adaptação à nova condição e ansiedade. · Força muscular: Membros inferiores com força 0/5, sem movimento voluntário. Membros superiores com força 4/5 (básica). · Tônus muscular: Espasticidade nas pernas (hipertonia), com dificuldade em movimentar as articulações devido à resistência passiva. · Reflexos: Reflexos patelares normais, mas reflexo plantar ausente nas pernas. Ações que você pode aplicar: 1. Anamnese neurofuncional: Investigar o impacto da lesão medular, incluindo a perda de controle motor e alterações sensoriais, e o impacto emocional na adaptação do paciente à paralisia. 2. Exame cognitivo: Avaliar o estado mental de forma geral, mas também focar na parte emocional, já que as lesões medulares frequentemente causam mudanças psicológicas devido à perda de função física. 3. Avaliação de força muscular: Realizar a avaliação da força muscular nos membros superiores e inferiores utilizando a escala MRC. 4. Avaliação de tônus muscular: Avaliar e monitorar a espasticidade nas pernas com a Escala de Ashworth. A espasticidade pode ser tratada com técnicas de relaxamento e alongamento. 5. Reflexos: Verificar os reflexos, principalmente o reflexo patelar e o reflexo de Babinski, para monitorar a função neurológica e as alterações relacionadasà lesão medular. Intervenção: O foco deve ser na manutenção do tônus muscular, prevenção de complicações secundárias (como úlceras de pressão e contraturas), além de melhorar a função muscular nos membros superiores para promover a independência do paciente. Técnicas de fisioterapia para espasticidade, como alongamentos e exercícios de fortalecimento, também são essenciais. Caso Clínico 5: Paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC) Hemorrágico Histórico Clínico: Paciente feminino, 54 anos, diagnosticada com AVC hemorrágico há 2 meses. Refere dificuldade para falar, caminhar e realizar atividades cotidianas, como alimentação e higiene pessoal. Ela apresenta melhora parcial nas funções motoras, mas ainda mantém dificuldades com a linguagem e coordenação motora fina. Queixas: · Disartria (dificuldade na articulação da fala). · Hemiparesia esquerda (fraqueza no lado esquerdo do corpo). · Dificuldade para manter o equilíbrio e caminhar sem apoio. · Dificuldade para realizar movimentos finos (por exemplo, escrever ou pegar objetos pequenos). · Queixas de cansaço frequente e dificuldade de concentração. Exame Clínico: · Estado mental: Paciente orientada, mas com dificuldades cognitivas moderadas. Apresenta problemas na atenção e memória de curto prazo. · Força muscular: Fraqueza no membro superior e inferior esquerdo (força 3/5 nos membros inferiores e 4/5 nos membros superiores). · Tônus muscular: Leve aumento de tônus (hipertonia) no membro inferior esquerdo, sem sinais de espasticidade grave. · Reflexos: Reflexos normais nos membros superiores, mas reflexo de Babinski positivo no lado esquerdo. Ações que você pode aplicar: 1. Anamnese neurofuncional: Realizar uma avaliação detalhada sobre a extensão do AVC, a presença de sequelas e o impacto funcional. Investigar histórico de comorbidades (hipertensão, diabetes) e tratamento médico pós-AVC. 2. Exame cognitivo: Aplicar a avaliação cognitiva para investigar a memória e a atenção. Testar a capacidade de concentração e memória a curto prazo (como a lembrança de palavras). 3. Avaliação de força muscular: Usar a escala MRC para avaliar a força nos membros superiores e inferiores, observando a progressão de recuperação. 4. Avaliação de tônus muscular: Monitorar a hipertonia e verificar se há sinais de espasticidade, utilizando a Escala de Ashworth. 5. Reflexos: Observar os reflexos, como o reflexo de Babinski, que pode indicar lesão no trato corticoespinhal, e testar os reflexos tendinosos profundos. Intervenção: Focar na reabilitação motora com exercícios de fortalecimento, mobilidade e equilíbrio. Trabalhar com a disartria para melhorar a comunicação e promover o uso de estratégias para lembrar informações importantes. Também é fundamental realizar exercícios que melhorem a coordenação motora fina, como manipulação de objetos e escrita.