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Resumo de FisioterapiaResumo de Fisioterapia
NeurofuncionalNeurofuncional
@FATOSDAFISIOTERAPIAOFICIAL
Dadlla Pereira 
Conteúdo produzido por Dadlla Pereira
Dadlla Pereira 
Ribeirão Preto - SP
2024
Direitos reservados. É proibida a venda ou reprodução total ou
parcial deste e-book, sejam quais forem os meios empregados:
eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer
outros, sem permissão por escrito do editor.
@Fatosdafisioterapiaa
 FISIOTERAPIA
NEUROFUNCIONAL
 FISIOTERAPIA
NEUROFUNCIONAL
Avaliação Neurológica....................................................4
Sensibilidade......................................................................5
Atividades de vida diária (AVDs)......................................12
Tônus muscular..................................................................13
Coordenação motora.......................................................14
Sistema motor...................................................................17
Reflexos.............................................................................19
Equilíbrio..........................................................................22
Mobilidade.......................................................................24
Marchas patológicas....................................................26
Doenças neurológicas...................................................34
Acidente vascular cerebral..............................................35
Parkinson..........................................................................43
Traumatismo cranioencefálico.........................................50
Esclerose múltipla.............................................................60
Guillain Barré....................................................................73
Paralisia facial.................................................................82
Lesão medular..................................................................90
Esclerose lateral amiotrófica..........................................109
Neuropatias periféricas....................................................114
Doenças neuromusculares................................................119
Neuroplasticidade........................................................124
Sumário
AvaliaçãoAvaliação
NeurológicaNeurológica
anamnese, faça um resumo
de tudo o que foi respondido
pelo paciente e repita para
ele. Após isso, pergunte se as
informações estão corretas
Para inicio de uma avaliação
é necessário uma
identificação do paciente
com os seguintes dados:
Assim como também:
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
5
• Nome 
• Idade 
• Sexo 
• Endereço 
• Telefone 
• Profissão 
• Hobby 
• Diagnóstico clínico
• Diagnóstico funcional
• Queixa principal
• História da moléstia atual
• História da moléstia pregressa
• Exames Complementares
Após a realização da 
SENSIBILIDADE
A integridade sensorial é a
habilidade de organizar e
usar a informação sensorial. 
macio. O paciente deve
nomear ou apontar a área
estimulada.
A avaliação do sistema
sensorial é subjetiva e
depende diretamente da
cooperação do paciente. É
indicado que seja feita em um
ambiente silencioso e o
paciente deve estar de olhos
fechados. Há dois padrões de
teste: distal para proximal e
lado a lado; o examinador
deve comparar um ao outro, e
enfocar nos principais
dermátomos e distribuições
de nervos periféricos. Em
caso de alterações, o exame
deve ser repetido.
Sensibilidade geral
superficial:
Sensibilidade tátil: testa-se
com um algodão ou pincel 
Sensibilidade dolorosa:
utiliza-se um estilete de ponta
romba, que é capaz de
provocar dor sem ferir o
paciente.
Sensibilidade térmica:
utiliza-se dois tubos de vidro,
um com água fria, outro com
água a 45ºC
Sensibilidade geral
profunda: 
Sensibilidade barestésica:
faz-se compressão digital ou
manual
6
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
sensorial, muito utilizada em
membros braço/plexo
braquial, antebraço, punho e
mão. 
Sensibilidade palestésica:
pesquisada com diapasão de
128Hz, colocado em
saliências ósseas.
O que é estesiometria?
Geralmente a estesiometria é
utilizada para avaliar o limiar 
Para realizar o teste, a mão
(ou membro) deve estar bem
apoiada para não ativar outro
sistema e alterar o teste e,
durante o mesmo, o paciente
permanecerá de olhos
fechados, devendo informar
se sente o monofilamento. O
filamento é aplicado
perpendicularmente á pele e
pressionado suavemente até
se curvar, mantendo a
pressão por 1,5 segundos. Os
filamentos mais finos são
aplicados 3 vezes em cada
ponto (azul e verde) e os
demais apenas 1 vez, sendo o 
Sensibilidade cinética
postural (artrocinética):
desloca-se, suavemente, um
segmento corpóreo em várias
direções e, pede-se ao
paciente para reconhecer a
posição.
A sensibilidade tátil pode ser
avaliada através de
estesiometria, método fácil,
eficaz e com uma boa
precisão desde que realizado
de maneira correta 
7
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
Geralmente, os filamentos
são aplicados em pontos
específicos de inervação
(mapas)
teste iniciado com o filamento
verde. Caso o paciente não
sinta o filamento, o seguinte é
aplicado, e assim por diante,
até que o paciente sinta.
O procedimento deve ser
previamente demonstrado em
uma área do corpo do
paciente onde há uma boa
sensibilidade, de modo que
tanto o paciente quanto o
examinador se sintam
confiantes nos
procedimentos.
Plexo Braquial
8
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
INTERPRETAÇÃO DO EXAME - ESTESIOMETRIA
9
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
DERMÁTOMOS E MIÓTOMOS
10
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
palavras ou números escrita
sobre a pele estando de olhos
fechados.
Sensibilidade profunda: A
sensibilidade profunda é
avaliada através do
movimento e posicionamento
articular, através de
descriminação de dois
pontos, grafestesia,
Esterognosia
Descriminação de dois
pontos: é um teste clássico,
de fácil aplicação e baixo
custo, que determina a
sensibilidade tátil funcional, e
a reprodutibilidade deste
pode facilitar o
acompanhamento do
tratamento e das condutas
adotadas.
Grafestesia: capacidade de
perceber a escrita de 
Esterognosia: A
estereognosia gnose tátil é a
capacidade de perceber e
reconhecer a forma de um
objeto na ausência de
informações visuais e
auditivas
A sensibilidade pode
apresentar diferentes
alterações, como por
exemplo:
11
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
mobilizar-se, manter controle
sobre suas eliminações.Registros
Normoestesia
Hipoestesia
Hiperestesia
Anestesia
sensibilidade
sem alteração
diminuição da
sensibilidade
sensibilidade
abolida
aumento da
sensibilidade
ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA
Atividades Básicas de Vida
Diária (ABVDs)
envolvem o auto cuidado
como alimentar-se, banhar-
se, vestir-se, arrumar-se, 
Atividades Instrumentais de
Vida Diária (AIVDs) – 
capacidade do indivíduo de
levar uma vida independente
dentro da comunidade onde
vive e inclui a capacidade
para preparar refeições,
realizar compras, utilizar
transporte, cuidar da casa,
utilizar telefone, administrar
as próprias finanças, tomar
seus medicamentos.
Devemos realizar
questionamentos em relação
as atividades de vida diária;
Aplicar um índice de
independência nas atividades
12
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
a trajetória do movimento
(rigidez em “cano de
chumbo”) e/ou um movimento
que ocorre com pequenos
solavancos (rigidez em roda
dentada).
como por exemplo, a escala
de Katz e o índice de Barthel 
Os resultados indicam uma
condição envolvendo o
sistema extrapiramidal
TÔNUS MUSCULAR
O tônus de um músculo é a
tensão na qual o músculo se
encontra quando não está
sendo deliberadamente
tensionado. 
Interpretação
Achados anormais
• Rigidez
• Espasticidade
• Hipotonia
Rigidez - Pode ser uma
resistência ao longo de toda 
Espasticidade - É uma
resistência que existe apenas 
13
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
músculo foi interrompida, por
exemplo, como o resultado de
uma lesão grave de um nervode
regulação da micção está no
cone medular (S2-S3-S4) . 
Quadro clínico:
Na fase aguda da lesão,
encontra-se flacidez dos
membros paralisados,
abolição dos reflexos
tendinosos e retenção urinária
- choque medular, havendo
recuperação entre 24 a 48
horas, podendo realizar um
teste através do reflexo
bulbocavernoso
Infecções do trato urinário 
Alterações sexuais: 
Sexo masculino: Pode
ocorrer Infertilidade,
ejaculação retrógrada,
disfunção erétil
Sexo feminino:: Alterações
de lubrificação vaginal,
fertilidade preservada.
5101
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Úlceras por Pressão:
Complicação comum e
debilitante encontrada em
pacientes com lesão medular.
Podem ser responsáveis por
hospitalizações e longos
períodos de imobilidade.
Quando a circulação é
interrompida por tempo
prolongado, as células
morrem e surgem úlceras,
geralmente, nas áreas onde
os ossos são pouco
protegidos por músculos;
Distúrbios circulatórios:
Hipotensão ortostática,
trombose venosa profunda,
crise autonômica
hipertensiva.
Complicações osteo-
articulares: Osteoporose,
fraturas, calcificação
heterotópica
Deficiências motoras e
sensitivas: Controle térmico
prejudicado – disfunção do
controle hipotalâmico do
fluxo sanguíneo cutâneo com
perda da resposta
termorreguladora;
Deficiências respiratórias;
Espasticidade 
5102
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Prognóstico:
A fisioterapia é fundamental
para evitar ou minimizar
deformidades articulares,
osteopenia (diminuição da
trama óssea) com fraturas
secundárias e trombose
venosa profunda. 
A incapacidade na lesão
medular varia de acordo com
o grau da lesão, do segmento
medular e das vias nervosas e
neurônios da medula
envolvidos.
A maioria dos pacientes
apresenta melhora que se
inicia a partir da primeira
semana e vai até o 6º mês do
trauma. A possibilidade de
melhora espontânea diminui
após o 6º mês. 
Estratégias de reabilitação
instituídas precocemente
podem minimizar a
incapacidade a longo prazo.
Fisioterapia Respiratória -
facilita a eliminação de
secreções e reduz a 
5103
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
incidência de infecções e
outras complicações
pulmonares. 
completo para determinar o
nível neurológico da lesão -
avaliação do níveis sensitivos
e motores que foram
afetados. Exame os
dermátomos; Determinação
do nível neurológico da lesão
- o mais baixo segmento da
medula que apresenta função
sensitiva e motora normais,
em ambos os lados do corpo. 
Todas estas medidas podem
reduzir a morbidade e a
mortalidade, além de
melhorar a qualidade de vida
do paciente.
 Avaliação
Deve-se realizar: Exame 
Os níveis sensitivos e motores
precisam ser avaliados em
ambos os lados do corpo.
Deve-se verificar também:
Função respiratória: função
dos músculos respiratórios,
expansão torácica, padrão
respiratório; Avaliação da 
5104
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Capacidades motoras:C2 - Occipital atrás da orelha
C3 - Fossa supraclavicular
C4 - Articulação acromioclavicular
C5 - Epicôndilo lateral do cotovelo
S1 - Borda lateral do calcâneo
S2 - Fossa poplítea
S3 - Tuberosidade isquial
S4/S5 - Região perianal
C6 - Superfície dorsal da FP do polegar
C7 - Superfície dorsal da FP do dedo médio
C8 - Superfície dorsal da FP do dedo mínimo 
T1 - Epicôndilo medial do cotovelo
T2 - Sulco deltopeitoral
L2 - Região medial da coxa 
T4 - Linha mamilar
T6 - Processo xifoide 
T10 - Umbigo
T12 - Linha média do ligamento inguinal
L1 - Ponto médio entre T12 e L2
L3 - Côndilo femoral medial, acima do joelho
L4 - Maléolo medial
L5 - Dorso do pé no terceiro metatarsofalângica comum
C5 - Flexores de cotovelo - Bícepa Braquial
C6 - Extensores de punho - Extensor longo e curto
C7 - Extensores de cotovelo - Triceps braquial 
C8 - Flexor profundo dos dedos - 3 dedo 
T1 - Abdutor do mínimo 
L2 - Flexores de quadril - Iliopsoas 
L3 - Extensores de joelho - Quadríceps 
L4 - Dorsiflexores de tornozelo - Tibial anterior 
L5 - Extensor longo do hálux 
S1 - Flexores plantares - Tríceps sural 
T2 - T6 - intercostais 
T7-T10 - Abdominais superiores 
T11-T12 - Abdominais inferiores 
pele: observação visual
principalmente das regiões
mais suscetíveis à pressão;
Teste muscular manual
(TMM); Avaliação da
amplitude de movimento;
Avaliação da habilidade
funcional
Dentre os dermátomos estão:
5105
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Devemos realizar:
Continuidade do programa
para os cuidados
respiratórios, amplitude de
movimento e posicionamento;
Exercícios resistidos para
todos os músculos que
permaneceram inervados;
Aquisição de controle
postural e equilíbrio;
Atividades em colchonete
(rolar em todas as posições,
realizar apoio ventral sobre os
cotovelos, apoio ventral sobre
as mãos, apoio dorsal sobre
os cotovelos, adquirir postura
sentada) 
Tratamento fase aguda: 
Temos como objetivos:
Restabelecimento e
conservação do equilíbrio
vital; Prevenir complicações
secundárias; Cuidados
posturais; Manutenção de
posições funcionais
Dentre as condutas estão:
Cinesioterapia; Fisioterapia
respiratória; Vigilância dos
esfíncteres; Treino para
aquisição de posturas mais
altas; Suporte psicológico;
Orientação à família;
Fortalecimento seletivo;
Orientação para a posição
vertical (mesa ortostática)
Tratamento fase subaguda: 
5106
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
C4: Cadeira de rodas
motorizada; Dependência em
AVDs, em transferências e
Ortostatismo em prancha
Mudanças de posição na
cadeira (alívio de pressões);
Transferências; Manejo da
cadeira de rodas; Treino para
deambulação com apoio
Metas funcionais:
C5: Cadeira de rodas
motorizada; Semi
dependência em AVDs (com
adaptações); Dependência
em transferências;
Ortostatismo em ‘stand-in
table
C6: Cadeira de rodas com
pinos em planos; Semi
Independência nas AVDs
(com adaptações); Semi
dependência em
transferências; Ortostatismo
em ‘stand-in table’
C7: Cadeira de rodas com 
5107
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
pouco funcionalpinos; Independência nas
AVDs (com adaptações);
Independência em
transferências (com tábua);
Ortostatismo em ‘stand-in
table’
C8: Cadeira de rodas;
Independência nas AVDs;
Independência em
transferências; Ortostatismo
em ‘stand-in table’; Dirige
carro adaptado
T1-T10: Cadeira de rodas;
Independência nas AVDs e
transferências; Dirige carro
adaptado; Órtese longa com
cinto= ortostatismo
T10-T12: Órtese longa com
cinto + muletas = marcha 
L1-L2: Órtese longa com
apoio isquiático + muletas =
marcha para curtas e médias
distâncias
L3-L4: Órtese curta bilateral +
muletas = marcha funcional
L5: Marcha sem órteses, com
muleta ou bengala em
ambiente externo
5108
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
A descrição do seu nome,
Esclerose Lateral Amiotrófica,
significa:
A esclerose lateral
amiotrófica (ELA) é uma
doença neurodegenerativa
progressiva, caracterizada
por perda de neurônios
motores na medula espinhal,
tronco cerebral e córtex
motor que reduz
drasticamente a expectativa
de vida do doente
ESCLEROSE LATERAL
AMIOTRÓFICA
A etiologia da doença é
complexa e multivetorial, mas
estudos recentes permeiam
sua explicação por fatores
como: 
Esclerose - endurecimento e
cicatrização;
Lateral - endurecimento da
porção lateral da medula
espinhal;
Amiotrófica - fraqueza que
resulta na redução do volume
real do tecido muscular,
atrofia.
Genéticos; Exotocicidade; 
5109
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
normalmente começam a
aparecer após os 50 anos,
mas também podem surgir em
pessoas mais novas. Entre
outros sinais e sintomas,
pessoas com ELA têm:
Fatores quimiotáxicos de
neutrófilos; Estresse oxidativo;
Lesão Mitocondrial; Fatores
ambientais; Infecções
Viróticas e Auto Imunidade
A ELA é uma das principais
doenças neurodegenerativas
ao lado das doenças de
Parkinson e Alzheimer. A
idade é o fator preditor mais
importante para a sua
ocorrência, sendo mais
prevalente nos pacientes
entre 55 e 75 anos de idade.
Ainda não existem evidências
em nível mundial de
tratamento que levem à cura
da doença.
Os sintomas da ELAPerda gradual de força e
coordenação muscular;
Incapacidade de realizar
tarefas rotineiras, como subir
escadas, andar e levantar;
Dificuldades para respirar e
engolir; Engasgar com
facilidade; Babar; Gagueira
(disfemia); Cabeça caída;
Cãibras musculares;
Contrações musculares;
Problemas de dicção, como
um padrão de fala lento ou
anormal (arrastando as 
5110
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Familiar: ao contrário do
esporádico, esse tipo está
associado ao histórico
familiar, ou seja, a doença é
hereditária.
palavras); Alterações da voz,
rouquidão; Perda de peso.
Existem dois tipos da
doença:
Esporádico: considerado o
mais comum, responde por
cerca de 90% a 95% dos
casos. Eles são aleatórios, ou
seja, não têm causa
conhecida.
O tratamento da ELA envolve
uma equipe multidisciplinar
formada por fisioterapeutas,
psicólogos, nutricionistas,
enfermeiros e neurologista.
Em geral, esses profissionais
desenvolvem um plano de
tratamento personalizado,
com terapias que melhoram a
locomoção, a alimentação e
a respiração. 
A fisioterapia tem como
objetivos gerais: Otimização
da função muscular ainda 
5111
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
determinando intensidade,
duração e repetições
apropriadas para cada
situação, sempre evitando
que o paciente sinta fadiga e
dor. Isso é muito importante,
pois, exercícios excessivos,
além de fadigar, podem levar
à progressão da doença, com
maior degeneração do
neurônio motor, segundo
estudos.
existente; Prevenção das
complicações decorrentes do
desuso e da lesão;
Manutenção do tônus
muscular; Prevenção de
possíveis quadros álgicos e
edemas.
Em ambos os casos, são
indicados exercícios de
resistência baixa a moderada,
e a prescrição deverá ser
feita de acordo com o quadro
apresentado pelo paciente, 
5112
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
para a manutenção da
amplitude de movimento,
para otimizar a função
muscular ainda existente e
para prevenir as
complicações decorrentes do
desuso e da lesão, para a
manutenção do tônus
muscular, e prevenção de
possíveis quadros álgicos e
edemas, realizando exercícios
de preferência sem
resistência
Lembre-se: a fisioterapia
motora deve ser indicada
após uma avaliação
minuciosa e individualizada,
visto que a fisioterapia
excessiva pode agravar os
sintomas da doença. A
justificativa é de que essas
atividades, feitas de maneira
leiga e sem o
acompanhamento médico,
podem provocar fadiga
muscular ao exigir maior
consumo de oxigênio. E uma
das principais deficiências
dos portadores de E.L.A. diz
respeito à insuficiência
respiratória e de oxigenação.
O fisioterapeuta busca
avaliar e prescrever exercícios 
5113
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
Causas e complicações:
A neuropatia é comumente
caracterizada como um
conjunto de patologias que
acometem o sistema nervoso
periférico (SNP), afetando os
nervos periféricos, que são os
responsáveis por encaminhar
informações do cérebro e da
medula espinhal para o
restante do corpo.
NEUROPATIAS PERIFÉRICAS
Algumas complicações mais
graves da Neuropatias
Periféricas pode causar danos
permanentes aos nervos,
sendo algumas vezes um
problema incapacitante e até
mesmo fatal. 
Tendo em vista que há
diversos fatores que podem
estar por trás deste problema,
uma análise clínica
sequencial e lógica é a 
O aparecimento das
Neuropatias Periféricas (NP) é
de certo modo variável e as
causas são inúmeras, pois
nem sempre é fácil pontuar a
causa.
114
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Quadro clínico:melhor conduta médica para
o diagnóstico e o tratamento,
se possível precoce. Isso se
dá através da combinação do
quadro clínico, do exame de
eletroneuromiografia (ENMG)
e dos exames laboratoriais.
O quadro clínico das
neuropatias periféricas possui
algumas manifestações
clínicas das NP que variam
muito. Algumas
manifestações clínicas podem
ter diversas combinações
quanto a presença e a
intensidade dos sinais e
sintomas sensitivos,
autonômicos e motores,
seguindo a fibra que é
acometida.
Em grande parte, é possível a
definição da etiologia da
neuropatia, permitindo assim
saber o prognóstico e o
tratamento da doença.
Epidemiologia:
A prevalência das
Neuropatias Periféricas (NP)
no mundo é em torno de 2 a
4%. Nota-se que em pessoas
com idade superior a 55 anos
a prevalência aumenta para
8%.
5115
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Alguns parâmetros devem ser
considerados na avaliação e
na classificação das
Neuropatias Periféricas,
dentre eles, destacam-se: a
velocidade de instalação que
pode ser classificada como
aguda, subaguda e crônica; e
o tipo de fibra nervosa
envolvida: motora, sensitiva,
autonômica ou mista. Isso vai
revelar quais são as possíveis
complicações.
paciente pode ter mais de
uma fibra acometida, no caso
das fibras mistas.
Caso um indivíduo tenha a
fibra nervosa motora
prejudicada, o paciente
poderá apresentar dores
musculares, alterações dos
reflexos osteotendíneos,
dentre outros, além disso, o 
Ademais, o tamanho da fibra
nervosa envolvida: grossa,
fina ou mista também é
importante, visto que os sinais
e sintomas poderão revelar
qual tipo de fibra foi
acometido: as fibras grossas
irão causar problemas na
sensibilidade vibratória, no
tato de pressão (protopático)
e até mesmo na
propriocepção. Já as fibras
finas, terão
comprometimento,
principalmente, da dor e da
temperatura.
5116
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Outro parâmetro a ser
considerado é a distribuição,
sendo proximal, distal e
difusa. Tal fato irá determinar
o local onde a fibra será
comprometida. Ademais, o
padrão de acometimento
nervoso também é relevante,
podendo ser mononeuropatia,
mononeuropatia múltipla,
polineuropatia.
macrófagos. Na
desmielinização segmentar há
acometimento interno isolado
ou múltiplo da bainha de
mielina.
O último fator é a patologia,
que pode ser classificada
quanto a degeneração
axonal, desmielinização
segmentar ou mista. Na
degeneração axonal não há
modificações que indiquem
degeneração dos axônios,
tais como restos de mielina
em células de Schwann ou 
Ao se avaliar o panorama
clínico, nos pacientes em que
a história e o exame
neurológico sugerem o
diagnóstico de Neuropatias
Periféricas, a confirmação
pode ser realizada pelo 
5117
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
exame de
eletroneuromiografia (ENMG).
Na fibra nervosa, o elemento
que é considerado mais
suscetível é a mielina,
acometida de forma primária
ou secundária. Como dito
anteriormente, a
degeneração focal da bainha
de mielina com preservação
do axônio é chamada de
desmielinização segmentar.
Pode-se, então, classificar a
distribuição do acometimento
periférico, podendo ser
mononeuropatia,
mononeuropatia múltipla ou
polineuropatia, tal como o
tipo de acometimento
fisiopatológico, seja ele
axonal ou desmielinizante.
Já o estudo
anatomopatológico mostra
diversos processos distintos
que podem estar presentes
em várias combinações em
um mesmo paciente. São
eles: degeneração
walleriana, desmielinização
segmentar e degeneração
axonal
A mononeuropatia ou
mononeurite, é um tipo de 
5118
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
neuropatia que só acarreta
um único nervo periférico ou
craniano. É importante que
haja a diferenciação da
neuropatia periférica da
neuropatia autonômica. Essa
diferenciação é feita por
meio da limitação da
extensão, haja vista que a
mononeuropatia é um trauma
localizado. Geralmente, a
neuropatia do nervo ulnar é
uma das mais comuns, devido
a compressão na região do
cotovelo. A mais comum é a
síndrome do túnel do carpo,
provocada pela compressão
do nervo mediano no túnel
carpiano.
As doenças neuromusculares
incluem um grupo de
enfermidades de etiologia
hereditária ou adquirida,
muitas vezes com caráter
progressivo, que podem
afetar os componentes do
sistema nervoso periférico ,
responsável por conduzir as
informações de movimento e
sensibilidade através da
medula espinal, dos nervos e
músculos. O
comprometimento dessas
estruturas pode ocasionar
doenças específicas, tais
como: 
DOENÇAS
NEUROMUSCULARES
-Doenças do neurôniomotor; 
119
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Dentre as doenças
neuromusculares estão:
-Radiculopatias
-Plexopatias
-Ganglionopatias
-Neuropatias periféricas
-Miastenia gravis 
-Miopatias
são relativamente raras, mas
quando somadas afetam um
número expressivo de
pacientes, com
comprometimento
significativo da qualidade de
vida. 
As doenças neuromusculares 
Podem se desenvolver em
todas as etapas da vida
humana: infância,
adolescência, adultos e
idosos, em ambos os sexos.
Apesar de potencialmente
incapacitantes, na maioria
dos casos não afetam as
aptidões intelectuais ou
cognitivas dos seus
portadores. Estes são
diariamente confrontados
com diversas dificuldades 
5120
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
que, com o apoio de uma
equipe multidisciplinar
especializada, podem ser
minimizadas.
Esta anamnese é seguida por
um exame clínico que
avaliará sinais de:
Fraqueza muscular 
Alterações dos reflexos
Anormalidades sensitivas
e autonômicas, bem como
informações sobre dor e
prejuízo funcional. 
A avaliação de um paciente
com doença neuromuscular se
inicia com uma anamnese, ou
seja, um histórico completo,
que inclui a duração e a
progressão dos sintomas, os
antecedentes pessoais,
sociais e familiares,
comportamentos e hábitos. 
A hipótese diagnóstica pode
ser confirmada através de
testes específicos, como
exames de imagem
121
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Tratamento: secreção e os pulmões
devidamente expandidos. 
Mesmo quando não há um
tratamento definitivo para a
doença, há muito o que fazer
para melhorar a qualidade de
vida e a independência
desses pacientes. 
A reabilitação tem
importância fundamental. Um
paciente com doença
neuromuscular vai necessitar
por exemplo, de exercícios
físicos adequados e
especificamente indicados
para o seu caso. A função
respiratória, da mesma forma,
pode ser melhorada por meio
de exercícios e equipamentos
que auxiliam a manter as vias
respiratórias livres de 
As atividades de vida diária,
como autocuidados e de
trabalho, frequentemente
podem ser facilitadas quando
indicadas adaptações que
melhoram sua funcionalidade.
Quando há dificuldades para
deglutir, a avaliação
profissional permite
implementar terapias e 
5122
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
orientar a tomada de
refeições de maneira segura,
que garantam o aporte
nutricional adequado ao
paciente. 
ma equipe interdisciplinar
com diferentes especialistas,
engajada na melhora de
cada indivíduo, faz grande
diferença na evolução dessas
doenças. 
5123
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
NeuroplasticidadeNeuroplasticidade
5
A capacidade de alterar sua
função, seu perfil químico ou
a estrutura do neurônio é
designada como
neuroplasticidade
orientar a tomada de
refeições de maneira segura,
que garantam o aporte
nutricional adequado ao
paciente. 
Uma equipe interdisciplinar
com diferentes especialistas,
engajada na melhora de
cada indivíduo, faz grande
diferença na evolução dessas
doenças. 
NEUROPLASTICIDADE
Conexões neurais estão
continuamente sendo
estabelecidas e
desestabelecidas, todas
modeladas por nossas
vivências e nossos estados de
saúde ou doença.
A Neuroplasticidade inclui
três processos:
-Habituação 
-Aprendizado e memória 
-Recuperação celular após
lesão
125
NeuroplasticidadeNeuroplasticidade
estão mais presentes. 
Entretanto, a repetição
prolongada da estimulação
pode gerar alterações
permanentes – o número de
conexões sinápticas diminui
Habituação
É uma das formas mais
simples da plasticidade. É
uma diminuição da resposta a
um estímulo benigno
repetitivo. Ex: resposta a
estímulo doloroso leve
(habituação do reflexo flexor
devido a uma diminuição da
atividade sináptica entre os
neurônios sensoriais e os
interneurônios)
Alterações imediatas na
liberação de
neurotransmissores e na
sensibilidade dos receptores
pós-sinápticos levam a uma
resposta diminuída a 
Sabe-se que com a
habituação há uma
diminuição na liberação de
neurotransmissores
excitatórios; Após alguns
segundos de repouso, os
efeitos da habituação já não 
5126
NeuroplasticidadeNeuroplasticidade
Repetição da tarefa diminui o
número de conexões
sinápticas a serem ativadas
no cérebro durante a
execução das mesmas.
estímulos específicos
repetidos.
Aprendizado e memória:
Lesões que danificam ou
seccionam os axônios de
neurônios causam alterações
degenerativas, mas podem
não ocasionar a morte da
célula. 
Envolvem alterações
persistentes e duradouras na
potência das conexões
sinápticas. 
Ex: fases iniciais do
aprendizado motor há muitas
repetições, diminuindo a
região cortical ativada devido
ao aprendizado e memória. 
Recuperação celular após
lesão:
Alguns neurônios podem
regenerar seu axônio
(periféricos), sendo que ao
destruir o corpo celular há
morte neuronal.
5127
NeuroplasticidadeNeuroplasticidade
ramos restantes recebem
todos os neurotransmissores,
liberando uma quantidade
maior de neurotransmissores
nos receptores pós-sinápticos 
Após a morte celular existe
alterações e recuperação da
lesão
Alterações sinapticas:
Recuperação da eficácia
sináptica: Ex: compressão do
corpo celular ou axônio de um
neurônio por edema. 
Hipersensibilidade de
denervação: Após destruição
de terminais pré sinápticos,
novos receptores são
formados no neurônio pós-
sináptico.
Hipereficácia sináptica:
Ocorre quando são destruídos
apenas alguns ramos do
axônio pré-sináptico, os 
Desmascarar de sinapses
silenciosas: A destruição de
uma via pode acarretar na
ativação de sinapses antes
silenciosas (inativas).
5128
NeuroplasticidadeNeuroplasticidade
do córtex sensorial à
estimulação excessiva e vice
versa
Reorganização Funcional do
Córtex Cerebral
Há justes contínuos das áreas
corticais ativadas. As áreas
de representação cortical,
denominadas mapas
corticais, podem ser
modificadas por estímulos
sensórias, experiência e
aprendizado e após lesões
corticais.
Existe alterações na liberação
de Neurotransmissores
relacionadas à Atividade. A
estimulação repetida de vias
somatossensoriais pode
causar aumento em
neurotransmissores inibitórios,
ocasionando menor resposta 
5129
NeuroplasticidadeNeuroplasticidade
Conteúdo produzido por Dadlla Pereira
Dadlla Pereira 
Ribeirão Preto - SP
2024
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parcial deste e-book, sejam quais forem os meios empregados:
eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer
outros, sem permissão por escrito do editor.
@Fatosdafisioterapiaa
 FISIOTERAPIA
NEUROFUNCIONAL
 FISIOTERAPIA
NEUROFUNCIONAL
5130periférico ou danos agudos
do trato corticoespinhal, o
tônus muscular não estará
presente
durante uma parte da
trajetória do movimento e o
ponto em que ocorre varia.
Após uma flexão persistente,
a perda da resistência
acontece de forma abrupta
(rigidez em canivete).
Este achado indica o
envolvimento da via
corticoespinhal (sistema
piramidal). 
Hipotonia: O paciente não é
capaz de manter qualquer
tônus muscular
Normalmente, mesmo quando
um paciente está relaxado o
músculo está ligeiramente
contraído. No entanto, se a
condução sensorial para o 
COORDENAÇÃO MOTORA
Coordenação motora é a
capacidade que uma pessoa
tem de realizar movimentos
articulados com os músculos
esqueléticos, permitindo que
a mesma domine seu corpo
no espaço e controle seus
movimentos. Ou seja, a
coordenação é a capacidade
de sincronizar vários
movimentos por meio do
cérebro, músculos e 
14
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
jogo de basquete.articulações
A coordenação motora pode
ser dividida em quatro
categorias, sendo elas:
Coordenação Motora
Geral – Faz com que o
indivíduo consiga dominar
seu próprio corpo e controlar
todos os movimentos. É
essencial para andar, pular e
realizar outros exercícios do
tipo.
Coordenação Motora
Específica – Faz com que o
indivíduo controle os
movimentos específicos para
realizar um tipo determinado
de atividade, como chutar
uma bola ou participar de um 
Coordenação Motora
Grossa – Envolve
principalmente grandes
grupos musculares, podendo
ser desenvolvida a partir da
prática de atividades físicas.
15
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
Pacientes com distúrbios da
sensibilidade profunda não
conseguirão atingir o alvo, ou
o fazem de modo imperfeito,
com a particularidade de
agravar a ataxia ao fecharem
os olhos. Pode-se utilizar
variantes da prova índex-nariz
como: índex-lobo da orelha;
índex-nariz do examinador.
Coordenação Motora Fina:
Relaciona-se com atividades
que exigem muita precisão,
envolvendo músculos
menores, como escrever,
costurar
A coordenação muscular
(taxia) é proporcionada pela
sensibilidade profunda e
cerebelo. Analisaremos a
seguir a coordenação
dinâmica:
Prova índex-nariz: Pede-se
ao paciente para estender o
braço e, em seguida, tocar a
ponta do nariz com o dedo
indicador. Inicialmente o
paciente deve estar com os
olhos abertos, e
posteriormente fechados.
Prova calcanhar-joelho:
Paciente em decúbito dorsal
com ambos os membros
inferiores estendidos, pede-se
para o paciente tocar o
joelho com a ponta do
calcanhar do lado oposto.
16
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
atento ao realizar a prova,
evitando que a continuidade
do movimento machuque o
paciente.
A prova deve ser repetida
diversas vezes, com olhos
abertos e fechados. Pode-se
sensibilizar a prova pedindo
para o paciente deslizar o
calcanhar ao longo da crista
da tíbia após tocar o joelho.
Prova de Stewart-Holmes:
Paciente sentado, pede-se
para realizar flexão do
antebraço contra resistência
feita pelo examinador. O
examinador bruscamente
relaxa a resistência; em caso
de distúrbio cerebelar o
paciente terá assinergia
muscular (não parando o
movimento), de modo à
continuar a flexão e bater o
braço na região peitoral. O
examinador deve estar 
17
Motricidade Voluntária:
SISTEMA MOTOR
A avaliação da força
muscular analisa a
capacidade do paciente de 
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
Semiotécnica: o paciente
realiza movimentos da
motricidade voluntária, e o
examinador faz oposição aos
mesmos, comparando os
dimídios, avaliando a força
de cada movimento. Como
se trata de uma avaliação
comparativa, a experiência
do examinador auxilia em um
exame fidedigno.
Deve-se fazer uma
avaliação individual dos
movimentos com os grupos 
Flexão, extensão, abdução e
adução contra a gravidade e
a favor da gravidade.
Ou podemos utilizar as
chamadas provas
deficitárias:
18
movimentar voluntariamente
o sistema osteoarticular por
meio dos músculos. A escala
mais utilizada é a do Medical
Research Council, listada
abaixo.
musculares: 
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
chamadas provas
deficitárias:
Manobra de Mingazzini,
semiotécnica: Paciente de
olhos fechados, estende os
braços e os mantém
estendidos em pronação por
30 segundos. A prova será
deficitária (positiva) caso o
membro superior caia. A
manobra de Mingazzini pode
ser realizada nos membros
inferiores: o paciente fica em
decúbito dorsal, com os olhos
fechados e com as pernas em
posição ginecológica (90/90), 
deve-se manter-se na
posição por 30 segundos.
Prova de Barré,
semiotécnica: 
Paciente em decúbito ventral
com as pernas flexionadas
em 45º, manter-se na
posição por 30 segundos
Podemos realizar também
outros testes, como: Prova
da queda do membro
inferior em abdução; Sinal
da pronação; Sinal do
quinto dedo
REFLEXOS
Os reflexos são uma parte
fundamental da avaliação,
onde é realizada com o
martelo neurológico, e
pesquisa reflexos profundos e
superficiais.
Martelo de reflexos:
19
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
Reflexos Cutâneos ou
Superficiais
Deve-se observar o limiar de
deflagração da resposta; a
latência da resposta;
amplitude da resposta;
tamanho da área reflexora e
número de respostas
Os reflexos profundos podem
ser graduados com cruzes:
0 → arreflexia
+ → Hiporreflexia
++ → Reflexo normal
+++ →Reflexo aumentado
++++ → Hiperreflexia ou clônus
São respostas à estimulação
da pele ou de mucosas. São
produzidos em resposta a um
estímulo cutâneo superficial,
com toque leve. A resposta
ocorre na mesma área geral
de aplicação do estímulo
(sinal local). São
polissinápticos, e a resposta
ao estímulo é mais lenta que
a do estiramento.
Exemplos desses reflexos
martelo neurológico, e
pesquisa reflexos profundos e
superficiais.
Reflexo palmar (C6-T1): 
20
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
5
Reflexos abdominais
superficiais: passa-se
levemente na linha mediana
dos três andares abdominais,
a contração do músculo reto
do abdome estimula desvio
do umbigo (altura de T10)
para o lado estimulado.
faz-se um estímulo deslizante
através da palma, seguido
pela flexão dos dedos ou
fechamento da mão. Quando
exagerado é denominado
reflexo de preensão. Inervado
pelos nervos mediano e ulnar.
pontiagudo, normalmente
feito com abaixador de
língua, inicia-se na parte
lateral da planta do pé
subindo em direção a parte
medial. O reflexo esperado é
a flexão dos dedos. Será
positivo quando o paciente
estender o primeiro
pododáctilo ou abrir os dedos
em leque (realizar extensão)
Reflexo cutâneo plantar (L5
S1): paciente em decúbito
dorsal com pernas
estendidas. Com objeto 
21
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
5
O equilíbrio estático depende
da integridade de três
sistemas aferentes:
propriocepção, visão e
função vestibular. Quando
duas destas funções estão
íntegras, o equilíbrio se
mantém. Tradicionalmente
utiliza-se o sinal de Romberg,
criado em 1851, para avaliar a
função proprioceptiva do
paciente.
fixando o olhar a um ponto
fixo a uma distância de 60 cm
do paciente, ficando nessa
posição por 60 segundos. O
paciente fecha os olhos e
mantém-se na posição por
mais 30 segundos. Este teste
afere a função proprioceptiva
com e sem a função visual.
Para o teste ser positivo basta
que o paciente tenha uma
latência para um dos lados,
indicando disfunção
vestibular homolateral.Sinal de Romberg 
Paciente preferencialmente
sem sapatos, com tornozelos
encostados um no outro. 
O examinador deve realizar
mandatoriamente o teste de
forma sensibilizada, o =
EQUILÍBRIO
Equilíbrio Estático
Braços cruzados em frente ao
tórax. Inicialmente o paciente
mantém-se de olhos abertos,
22
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
5
Na mesma posição inicial do
primeiro exame, pede-se que
o paciente alinhe em uma
linha vertical pé ante pé, de
forma a reduzir a base de
sustentação corpórea,
tornando o teste mais difícil.
Solicita-se ficar de olhos
abertos por 30 segundos, e
fechados por mais 30
segundos. O teste é dado
como positivo e encerrado
quando o paciente move
algum dos braços ouos pés. É
importante salientar que o
teste pode ser positivo sem
indicação de doença em
pacientes com mais de 65
anos.
Nesta etapa observamos a
marcha do paciente, é
solicitado ao paciente para
que este ande pelo
consultório e sente-se
novamente.
Equilíbrio Dinâmico
chamado Romberg pé ante
pé (romberg tandem ou
sharpened) 
23
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
5
Para avaliação de equilíbrio,
também podemos utilizar o
teste de alcance funcional,
Timed up and go (TUG), 
MOBILIDADE
24
A mobilidaade pode ser
avaliada através da
goniometria, onde vamos
verificar a amplitude de
movimento apresentada pelo
paciente e comparar com
valores normais.
Avaliação NeurológicaAvaliação Neurológica
525
MarchasMarchas
PatológicasPatológicas
5
Marchas patológicas são
formas de caminhar com
características específicas,
causadas diversas doenças.
Sua observação pode facilitar
o fisioterapeuta a
identificação deste algumas
patologias.
Existem oito tipos de marchas
patológicas básicas que
podem ser atribuídos a
condições neurológicas: 
hemiplégica, espástica,
neuropática, miopática,
parkinsoniana, coreiforme,
atáxica (cerebelar) e
sensorial. A observação
dessa marcha é um aspecto
importante do diagnóstico
que pode fornecer
informações sobre diversas
condições
musculoesqueléticas e
neurológicas.
27
Marchas PatológicasMarchas Patológicas
5
O paciente fica em pé com
fraqueza unilateral no lado
afetado, braço flexionado,
aduzido e rodado
internamente. Perna do
mesmo lado está em extensão
com flexão plantar do pé e
dedos dos pés. Ao caminhar,
o paciente mantém o braço
de lado e arrasta a perna
afetada em semicírculo
(circundução) devido à
fraqueza dos músculos distais
(pé caído) e hipertonia
extensora do membro inferior.
Essa marcha é mais
comumente visto em
acidentes vasculares
cerebrais. Com hemiparesia 
leve, a perda do balanço
normal do braço e leve
circundução podem ser as
únicas anormalidades.
MARCHA HEMIPLÉGICA
MARCHA PARKINSONIANA
Nessa marcha patológica, o
paciente apresentará rigidez
e bradicinesia. Ele ou ela
ficará inclinado com a
cabeça e o pescoço para a
frente, com flexão nos
joelhos. Toda a extremidade 
28
Marchas PatológicasMarchas Patológicas
5
superior também está em
flexão, com os dedos
geralmente estendidos. O
individuo caminha com
pequenos passos lentos
conhecidos por marcha
festinante (caminhada de
pequenos passos). O
paciente também pode ter
dificuldade para iniciar as
etapas e pode apresentar
uma inclinação involuntária
para dar passos acelerados,
conhecida como festinação.
MARCHA ESPÁSTICA
Pacientes com esse tipo de
marcha patológica
apresentam envolvimento de
ambos os lados com
espasticidade pior nas
extremidades inferiores do
que nas extremidades 
Essa marcha é observada na
doença de Parkinson ou em
qualquer outra condição que
causa parkinsonismo, como
efeitos colaterais de drogas.
29
Marchas PatológicasMarchas Patológicas
Imagem desmonstrativa:
superiores. O paciente
caminha com uma base
anormalmente estreita,
arrastando ambas as pernas e
raspando os dedos do pé.
Essa marcha é observada em
lesões periventriculares
bilaterais, como as
observadas na paralisia
cerebral. Há também uma
rigidez extrema característica
dos adutores do quadril, que
pode fazer com que as
pernas cruzem a linha média,
conhecido como marcha em
tesoura
MARCHA NEUROPÁTICA
Pacientes com paralisia
cerebral podem ser
submetidos à cirurgia de
liberação dos adutores do
quadril para minimizar a
tesoura.
Visto em pacientes com pé
caído (fraqueza na
dorsiflexão do pé), a causa
dessa marcha patológica se
deve à tentativa de levantar a
perna suficientemente alto
durante a caminhada para
que o pé não arraste no chão.
530
Marchas PatológicasMarchas Patológicas
MARCHA MIOPÁTICA
Se unilateral, as causas
incluem paralisia do nervo
fibular e radiculopatia L5. Se
bilateral, as causas incluem
esclerose lateral amiotrófica,
doença de Charcot-Marie-
Tooth e outras neuropatias
periféricas, incluindo aquelas
associadas ao diabetes não
controlado.
Os músculos do quadril são
responsáveis por manter o
nível da pelve ao caminhar.
Se você tem fraqueza em um
lado, isso levará a uma queda
na pelve no lado contralateral
da pelve durante a
caminhada, com fraqueza
bilateral, você terá o gingado.
Essa marcha é observada em
pacientes com miopatias,
como distrofia muscular.
531
Marchas PatológicasMarchas Patológicas
5
MARCHA COREIFORME
Neste tipo de marcha
patológica podemos observar
certos distúrbios dos gânglios
da base, incluindo coreia de
Sydenham, doença de
Huntington e outras formas de
coreia, atetose ou distonia. O
paciente apresentará
movimentos irregulares,
espasmódicos e involuntários
em todas as extremidades.
Caminhar pode acentuar seu
distúrbio de movimento basal.
marcha é descrita como
movimentos desajeitados e
cambaleantes com uma
marcha ampla. Enquanto está
parado, o corpo do paciente
pode balançar para frente e
para trás e de um lado para o
outro, o que é conhecido
como titubação. Os pacientes
não conseguem andar do
calcanhar aos dedos do pé
ou em linha reta. A marcha da
intoxicação alcoólica aguda
será semelhante à marcha da
doença cerebelar. 
MARCHA ATÁXICA
Mais comumente observada
na doença cerebelar, essa 
Imagem ilustrada
demonstrando a marcha
atáxica para um melhor
entendimento, uma melhor
assimilação do conteúdo
32
Marchas PatológicasMarchas Patológicas
5
MARCHA SENSORIAL
Quando nossos pés tocam o
solo, recebemos informações
propioceptivas para nos dizer
sua localização. A marcha
sensorial atáxica ocorre
quando há perda dessa
entrada propioceptiva. Em um
esforço para saber quando os
pés pousam e sua
localização, o paciente vai 
bater o pé com força no chão
para senti-lo
Esse tipo de marcha
patológica às vezes também
é chamada de marcha
pisoteada, pois os pacientes
podem levantar as pernas
muito alto para atingir o solo
com força, logo essa marcha
pode ser observada em
distúrbios das colunas dorsais
(deficiência de B12 ou tabes
dorsalis) ou em doenças que
afetam os nervos periféricos
(diabetes não controlada). 
33
Marchas PatológicasMarchas Patológicas
Em sua forma grave, essa
marcha pode causar uma
ataxia que se assemelha à
marcha atáxica cerebelar.
DoençasDoenças
NeurológicasNeurológicas
5
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO
funcionais e qualidade de
vida do paciente, trazendo a
ele diversas limitações e com
isso, uma menor
funcionalidade. Na maioria
dos casos, devido a grande
limitação que o AVC trás, ele
afasta o paciente do convívio
com outras pessoas, podendo
o levar a exclusão social e
depressõo.
O Acidente Vascular Cerebral
(ou encefálico) (AVC ou AVE)
ou popularmente chamado
“derrame cerebral" é uma
emergência médica em que
parte do cérebro é privado de
oxigênio. Ocasionado por um
déficit neurológico,
geralmente focal, de
instalação súbita ou com
rápida evolução, de
insuficiência vascular do
cérebro de origem arterial:
espasmo, isquemia,
hemorragia, trombose. 
35
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Essa afecção afeta de forma
significativa as atividades 
existem subtipos dele, como: Essa disfunção afeta em
maior parte a população 
idosa, sendo que 20% dos
AVC’s, ocorrem em indivíduos
65 anos, atingindo em maior
parte a raça negra e o sexo
masculino. 85% dos acidentes
vasculares encefálicos têm
origem isquêmica, 15%
restantes são hemorrágicos.
O AVC é a Terceira causa de
morte no mundo. 
Há dois tipos de AVC, porém 
O AVC isquêmico Ocorre
devido a uma falta de
irrigação sanguínea (por
obstrução parcial ou total de
uma artéria) em um
determinado território
cerebral, causando morte de
tecido nervoso
Tipos de AVCI: 
-Embólico 
-Trombótico 
-Lacunar
Em relação a fisiopatologia
do AVC, o tecido nervoso 
536
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Lacunar Trombótico Embólico
Hemorrágico Cerebral
(Intracerebral) Meníngeo
(Subaracnóide) 
5
possui aporte sanguíneo e
células nervosas ativas que
não possuem reservas. A
interrupção sanguínea leva a
falta de oxigênio e glicose,
altera o metabolismo e leva a
uma parada da atividadefuncional da área do cérebro
afetada.
Dentre as principais causas
do acidente vascular estão: 
Tipos de AVCH
-Cerebral 
-Meningeo 
-Trombos; 
-Embolismo; 
-Traumatismo craniocervical;
-Hipertensão arterial; 
-Enfarte 
-Hemorragia cerebral; 
-Meningite/encefalite 
-Crises convulsivas; 
-Enxaqueca; 
-Hiper e hipoglicemia;
-Abuso de drogas; 
-Trauma; 
-Tumores; 
-Malformação arteriovenosa; 
O AVC hemorrágico ocorre
pela ruptura de um vaso
sanguíneo intracraniano,
levando a uma hemorragia e
a formação de um coágulo.
37
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
-Abcessos; 
-Doença hematológica;
-Agentes anticoagulantes;
-Hemorragia secundária; 
-Histórico familiar de AVC; 
-Predisposição genética; 
-Esclerose múltipla
-ETC
Cefaléias sentinelas; Rigidez
de nuca; Alteração do nível
de consciência; Déficit
neurológico; Convulsões –
25% 
-Hipertensão arterial; 
-Doença cardíaca; 
-Colesterol elevado; 
-Tabagismo e bebidas alcool;
-Estresse; 
-Diabete melitos; 
-Idade; 
-Dieta rica em sal e gorduras;
-Anticoncepcionais orais; 
-Sedentarismo; 
-Obesidade. 
Dentre os principais sinais e
sintomas estão: 
Tríade clássica: cefaléia
súbita, náuseas e vômitos; 
Fatores de risco do AVC:
Sinais indicativos:
538
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Os sintomas, sinais e
gravidade dependem do local
afetado, extensão da lesão e
possibilidade de
estabelecimento de fluxo
colateral.
O tratamento fisioterapêutico
é fundamental após o
AVCAVE, sendo que durante
o processo de reabilitação, o
paciente vai buscar
reaprender a utilizar o
segmento corporal acometido
pelo AVC, voltando a realizar
suas atividades de vida diária. 
Dentre os objetivos da
reabilitação estão: Aumentar
tolerância a posições e
atividades; Diminuir o risco de 
-Perda de força; 
-Cefaléia súbita; 
-Alteração visual; 
-Dificuldade de equilíbrio; 
-Perda da fala; 
-Alteração da sensibilidade; 
-Instabilidade;
-Vertigem súbita; 
-Náuseas ou vômitos; 
-Aumento da fadiga; 
-Mudanças na personalidade,
emoções ou humor
539
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Imagem demonstrativa:
5
comprometimentos
secundários; Manutenção e
melhora da integridade e
mobilidade articular; Adequar
e melhorar a consciência em
relação ao lado hemiplégico;
Melhorar a função motora
(aprendizado motor);
Melhorar o controle do tronco
e o equilíbrio; Adequar a
ação muscular; Ganhar
independência funcional nas
AVDs; Possibilitar o
conhecimento e a
consciência em relação à
patologia, seu diagnóstico,
prognóstico, metas,
resultados; Determinar as
necessidades de adaptação
ambiental; Melhorar a
sensação de bem-estar;
Reabilitação durante a fase
flácida (metas)
Minimizar os efeitos das
anormalidades de tono;
Manter ADM normal e impedir
deformidades; Melhorar as
funções respiratórias;
Estimular atividades
funcionais; Promover a
conscientização,
Movimentação ativa e o uso
do lado hemiparético;
Melhorar o controle do tronco
e o equilíbrio na posição
sentada; Iniciar as atividades
de cuidados pessoais
Reabilitação durante a fase
flácida
Nessa fase, é importante a 
40
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
– Movimentação passiva
– Ponte 
– Rolamento
– Exercícios de tronco
– Transferências
Minimizar os efeitos da
espasticidade e promover um
equilíbrio dos antagonistas;
Manter ADM e impedir
deformidades; Promover o uso
funcional e a reintegração do
lado parético, e o controle
dos movimentos seletivos.;
Melhorar o controle postural e
equilíbrio; Desenvolver
independências; Melhorar a
resistência
cardiorrespiratória. 
realização das seguintes
condutas:
1.Posicionamento
2.Mudanças de posições
3.Ex de exercícios no leito:
Reabilitação durante a fase
flácida (metas)
Reabilitação durante a fase
flácida 
Adequação do tono
Estimulação Sensorial:
Estímulos facilitatórios nos
antagonistas ao padrão 
541
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
no membro superior; Controle
e ativação do membro
superior; Treino de marcha 
(inibição recíproca):
Exteroceptivo: escovação, uso
repetitivo de gelo; Estímulos
inibitórios: Imersão com
gelo; Tala; Terapia de
restrição para indução do
movimento
Inibição do padrão flexor
membro superior;
Transferência lateral –
controle do tronco e
equilíbrio; Descarga de peso 
Sem ação dos sinergistas,
minimizar a marcha ceifante.
– Transferências de peso
– Inibição da espasticidade
– Dissociação de cinturas
– Equilíbrio
– Diferentes trajetos
– Uso de dispositivos auxiliares.
– Treino com obstáculos
– Fortalecimento muscular
- Uso da esteira
- Marcha simétrica
- Descarga de peso
- Dissociação de cinturas
- Suporte parcial de peso
542
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
A Doença de Parkinson é uma
doença degenerativa do
sistema nervoso central,
crônica e progressiva.
Deve-se trabalhar também o
Equilíbrio; Descarga de peso
unilateral; Tratamento para
subluxação de ombro
– Mobilização escapular
– FES
– Fortalecimento muscular
– KinesioTaping
Orientações pata facilitação
de tarefas também devem ser
feitas, assim como para
transferências da cama para
cadeira 
PARKINSON
É causada pela perda de
neurônios no SNC em região
conhecida como substância 
43
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Sabe-se que os sintomas da
doença devem-se à
degeneração dos neurônios
da substância negra, no
entanto, na maioria das
vezes, é desconhecido o
motivo que leva a essa
degeneração.
negra. Os neurônios dessa
região sintetizam o
neurotransmissor dopamina
(substância química que
ajuda na transmissão de
mensagens entre as células
nervosas).
A dopamina ajuda na
realização dos movimentos
voluntários do corpo de forma
automática. 
Na falta da dopamina, na
região da substância negra, o
controle motor do indivíduo é
perdido, ocasionando sinais e
sintomas característicos da
doença.
Causas:
A DP é também chamada de
parkinsonismo primário ou
idiopático porque é uma
doença para a qual nenhuma
causa conhecida foi
identificada.
544
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
anos, sendo raro antes dos 20
anos (parkinson juvenil),
acometendo em maior parte
a população masculina. Em
relação ao risco de
desenvolvimento da doença, 1
em cada 40 é a proporção
Doença de Parkinson
primária (ou idiopática) e
secundária. 
O parkinsonismo primário
envolve a perda de neurónios
pigmentados na substância
negra, também conhecida por
paralysis agitans.
O parkinsonismo
secundário é causado por
doenças que não Parkinson,
isto é, traumas, infecções,
neoplasma, aterosclerose,
toxinas, intoxicação por
fármacos, encefalites,
doenças vasculares.
No geral a doença acomete
indivíduos com mais de 50 
Os fatores que podem
desencadear a síndrome
parkinsoniana ou
parkinsonismo, são:
545
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
acinesia refere-se à
dificuldade para iniciar o
movimento. A bradicinesia
refere-se a lentidão e
dificuldade de realizar o
movimento.
Doença de Parkinson primária
(ou idiopática) e secundária. 
Manifestações clínicas:
Uso exagerado e contínuo de
medicamentos; Trauma
craniano repetitivo ( lutadores
de boxe); Isquemia cerebral;
Frequentar ambientes tóxicos
(indústria de manganês);
Rigidez: é uma das marcas
clínicas da DP, os pacientes
se queixam de “peso” e
“dureza” dos membros, a
rigidez é definida como
resistência ao movimento
passivo que não depende da
velocidade; 
Acinesia e Bradicinesia: a 
Tremor: é o sintoma inicial da
DP, consiste em uma
oscilação involuntária de uma
parte do corpo, ocorrendo à
baixa frequência, cerca de 4
a 7 ciclos por segundo.
546
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Característica faciais: a
expressa facial é como uma
face em mascara com piscar
infrequente e falta de
expressão. 
Complicações:
Pobreza dos movimentos: há
uma diminuição geral no
número total e na excursão
dos movimentos
Fadiga: dificuldade para
manter a atividade e
experimenta o aumento da
fraqueza e letargia a medida
que vai passando o dia.
Distúrbios da marcha:
caracterizado por pobreza de
movimentos e diminuição da
velocidade, os movimentos de
quadril, joelho e tornozelo são
reduzidos com falta deextensão nas três 
547
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Disfunções autonômicas:
problemas comuns incluem
respiração excessiva, pele
oleosa, aumento da salivação,
disfunção de bexiga e
impotência.
articulações. 
A fase de apoio e apoio
duplo são mais longas. O
posicionamento encurvado
pode contribuir para o
desenvolvimento da marcha
festinada.
Complicações:
Disfunções
cardiovasculares: as
anormalidades podem incluir
a hipotensão ortostática e
pressão arterial baixa em
repouso, e também arritmias
cardíacas como resultado da
toxidade da L-dopa.
O diagnóstico precoce da DP
é difícil de ser obtido. 
O diagnóstico é feito com 
548
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Existem diversas técnicas que
auxiliam, como: Técnica de
FNP de iniciação rítmica
(movimentos progridem de
passivo para ativo-assistido
para levemente resistidos ou
ativo); Exercícios de
flexibilidade – tanto
exercícios de ADM passivos e
ativos; Exercícios de
mobilidades – padrões de
movimentos que envolvam
vários segmentos do corpo ao
mesmo tempo; Atividades de
equilíbrio – movimentos de
transição (sentado para em
pé ou semi ajoelhado para
em pé); Exercícios
respiratórios – exercícios de
respiração diafragmática,
técnicas de transferência de
ar, exercícios 
base na história e no exame
clínico, amostras de escrita à
mão, análise da fala e o
exame físico são usados no
estágio pré-clínico para
detectar as primeiras
manifestações.
A fisioterapia é fundamental
para os indivíduos que
possuem essa disfunção,
auxiliando nos sintomas
apresentados.
549
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
que recrutem os músculos do
pescoço, ombro e tronco;
Exercícios para amplitude
de movimento; Exercícios de
mobilidade: deve basear-se
nos padrões de movimentos
funcionais que envolvam os
diversos segmentos corporais,
enfatizando-se os
movimentos extensores,
abdutores e rotatórios;
Treinamento de marcha:
este treinamento busca
suplantar as seguintes
deficiências primarias:
deambulação festinada e
arrastada, mau alinhamento
postural e reflexos posturais
anormais;
TRAUMATISMO
CRANIOENCEFÁLICO
Ò traumatismo craniano pode
ser caracterizado por
agressão ao cérebro, não de
natureza degenerativa ou
congênita, mas causada por
uma força física externa, que
pode produzir um estado
diminuído ou alterado de
consciência ou do
funcionamento motor,
podendo provocar
comprometimento funcional
parcial ou total.
50
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
O traumatismo
cranioencefálico (TCE) é
considerado a maior causa
de morte e incapacidade em
todo mundo, principalmente
entre adultos jovens. (1 aos 44
anos).
Entende-se por TCE qualquer
agressão de ordem
traumática que acarrete
lesão anatômica ou
comprometimento funcional
do couro cabeludo, crânio,
meninges, encéfalo ou seus
vasos. 
No Brasil, estima-se que mais
de um milhão de pessoas
vivam com sequelas
neurológicas decorrentes do
TCE
Em relação a sua
classificação, ela pode ser da
seguinte forma:
-Fechado ou contuso
-Fratura com afundamento
-Fratura exposta
Fechado ou contuso:
Caracterizado quando não há
ferimentos no crânio, ou
existe apenas fratura linear
que não acarrete desvio da 
551
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
estrutura óssea. Lesões difusas: Acometem o
cérebro como um todo e,
usualmente ocorrem por
forças que levam a rotação
do encéfalo dentro da caixa
craniana.
Fratura com afundamento:
Couro cabeludo e músculo
pericrânio estão íntegros,
porém o fragmento do osso
fraturado se encontrará
afundado, podendo comprimir
ou lesionar o cérebro.
Fratura exposta: A fratura
exposta do crânio é denotada
pela evidência de laceração
do couro cabeludo e músculo
pericrânio. Concomitante a
isso, existe comunicação
direta entre o a região
externa do crânio com o
parênquima cerebral, através
dos fragmentos ósseos e pela
duramáter também lacerada
Mecanismo do TCE
Lesões focais: Compostas
por hematomas- intra ou
extracerebrais, que
acometem apenas uma
região do cérebro
552
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
A Lesão cerebral pode ser
causada por: 
da substância cinzenta e
lesões difusas da substância
branca
-Lesões corto-contusas;
-Perfurações
-Fraturas de crânio
-Golpe
-Contragolpe
Tipos de traumatismos
(Fisiopatologia)
Golpe: lesões no local do
impacto (contusão cerebral)
Contragolpe: lesões
distantes da parte do cérebro
que recebeu o golpe.
Lesão primária: inclui
fraturas do crânio, contusões 
Lesão secundária: inclui
edema cerebral, hematoma
intracraniano, hipoxia
cerebral e isquemia.
Lesões fechadas: Comoção;
Contusão; Hematoma
53
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
Comoção: Perda da
consciência em consequência
de um golpe na cabeça”.
Extradural: entre a placa
óssea do crânio e a
duramáter.
Contusão: 
Com objeto pequeno:
hemorragia imediata debaixo
do lugar de impacto.
Com objeto grande: pode
romper os vasos sanguíneos
que unem o cérebro e as
meninges.
Hemorragias:
Na hemorrogia, há derrame
de sangue por ruptura de
algum vaso sanguíneo
(sangue nas meninges).
Subdural: entre a duramáter
e as aracnoides
Índices de gravidade: A
profundidade e a duração do 
54
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
coma são consideradas como
índices de gravidade de TCE
pontuação inicial igual ou
inferior a 8 na Escala de
Coma de Glasgow.
Leve: quando o distúrbio
fisiológico da função
cerebral, induzido pelo
trauma, é manifestado por ao
menos um dos sintomas de
qualquer período de perda de
consciência ou memória;
pontuação inicial de 13 a 15
na Escala de Coma de
Glasgow; 
Moderado: pontuação inicial
de 9 a 12 na Escala de Coma
de Glasgow; amnésia pós-
traumática de 1 a 24 horas; 
Grave: Perda de consciência
por mais de seis horas; 
Avaliação da consciência
Existem dois componentes da
consciência a serem
analisados. 
Primeiro componente é o 
555
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
nível de consciência, que
corresponde ao grau de
alerta que um indivíduo
apresenta.
Usados para observar o
estágio de recuperação
imediato à lesão e durante o
processo de recuperação na
fase aguda.
O segundo componente da
consciência é o conteúdo,:
Soma de todas as funções
cognitivas e afetivas do ser
humano, sendo mais
dependente da função do
córtex cerebral. 
Situações como os distúrbios
psiquiátricos, oligofrenia
(déficit de inteligência) e
demência podem alterar o
conteúdo da consciência sem
alterar o nível de consciência.
Estágios de recuperação do
traumatismo craniano
A -Escala de coma de
Glasgow é bastante urilizada
É uma escala neurológica que
parece constituir-se num
método confiável e objetivo
de registrar o nível de
consciência de uma pessoa. 
556
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Sequelas e complicações causa comum de alterações
do comportamento; As
consequências sociais do
comportamento inadequado
são desastrosas e um
obstáculo para a aquisição
das metas terapêuticas.
Físicas: 
Distúrbios motores:
hemiparesia/ hemiplegia;
Quadriparesia/ quadriplegia.
Perda do controle seletivo,
perda do equilíbrio, perda das
reações de endireitamento,
alteração da sensibilidade e
tônus anormal.
Cognitivas:
Distúrbios da memória e da
função intelectual;
Diminuição da capacidade de
atenção, falta de iniciativa.
Comportamentais: 
Lesões do lobo frontal são 
Prognóstico
A recuperação depende de
fatores como: idade; área
lesada; dimensão da lesão ou
lesões extensão da lesão
557
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
O prognóstico depende não
só da gravidade da lesão mas
também ao tratamento clínico
inicial, reabilitação e
envolvimento familiar.
Metas a curto prazo devem
estar relacionadas aos
problemas iniciais como,
mobilidade no leito e
transferências.
Reabilitação
Inicialmente, em qualquer tipo
de situação, deve=se realizar
a avaliação
fisioterapêutica, sendo que
no trauma craniano,
iniciamos com os seguintes
objetivos:
Determinar o estado inicial e
atual da recuperação do
paciente; Desenvolver metas
e planos de tratamento
fisioterapêuticos.
Metas a longo prazo devem
estar relacionadas a algum
tipo de função (AVD).Estágio agudo:
-Posicionamento do paciente
-Cuidados com a pele
-Função respiratória
-Exercícios motores 
-Exercícios para mobilidade
Recobrada a consciência o
fisioterapeuta deverá iniciar
programa de reabilitação
especializado.
558
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Objetivos básicos do
Programa de Posicionamento
nos dois tipos de paciente
-Posicionamento no leito
-Posicionamento sentado-
-Mudanças de decúbito
-Exercícios motores -
Tratamento
hipotônico (flácido)
Evitar encurtamentos
musculares; Evitar limitações
articulares; Caso evolua para
hipertonia, evitar fortes
padrões a normais (p. ex
pronação do antebraço ou
flexão plantar do pé) 
hipertônico (rígido)
Reduzir encurtamentos
musculares; Reduzir limitações
articulares; Diminuir padrões
anormais de hipertonia
Condutas (EX)
559
Foco nas deficiências
funcionais; Estratégias para o
incremento da função
cardiopulmonar,
musculoesquelética e
neurológica; Aprendizado das
habilidades motoras –
compreensão da tarefa
(demonstração); Início da
prática pelo paciente, da
tarefa em partes e
posteriormente a tarefa
completa; Comando verbal;
Intervenção do terapeuta na
presença de movimentos 
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
inadequados; Evitar fadiga;
Agrupar os elementos
corretos e refinar o controle
isolado do movimento;
Concentração para a
realização das tarefas;
Inibição das atividades
indesejadas; Escolher
posturas que inicialmente
auxiliem a realização da
função; Posteriormente mudar
para posturas mais difíceis
que desafiem o
desenvolvimento; Auxiliar o
movimento para a função
inicialmente e progredir para
atuação ativa e contra
resistência assim que possível;
Órteses.
Foco nas deficiências 
(demonstração); Início da
prática pelo paciente, da
tarefa em partes e
posteriormente a tarefa
completa; Comando verbal;
Intervenção do terapeuta na
presença de movimentos 
Imagem demonstrativa da
órtese
ESCLEROSE MÚLTIPLA
A esclerose múltipla (EM) é
uma doença desmielinizante 
60
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
inflamatória crônica, auto-
imune, confinada ao sistema
nervoso central (SNC), com
predomínio de lesão da
substância branca.
As proteínas da bainha de 
mielina constituem os alvos
das agressões. 
de diversos processos
fisiopatológicos que incluem
inflamação, desmielinização,
lesão axonal.
Tais processos caracterizam a
EM como uma doença de
evolução progressiva e
imprevisível.
Trata-se de uma condição
complexa pelo envolvimento 
Estima-se que 2.3 milhões em
2013 obtiveram a doença. 100
por 100.000 na Europa e 
561
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
América do Norte. Acomete
em 2 : 1 no sexo feminino,
atingindo em média de idade 
30 anos Ela possui maior
associação com brancos.
Fatores de risco:
Em relação a etiologia, a
causa envolve predisposição
genética (com alguns genes
já identificados que regulam
o sistema imunológico) ;
Fatores ambientais; Infecções
virais (vírus Epstein Barr);
Exposição ao sol e
consequente níveis baixos de
vitamina D prolongadamente;
Exposição ao tabagismo ;
Obesidade, principalmente na
fase da adolescência;
Contato com solventes
orgânicos
Exposição à luz solar: Em
locais de baixa exposição
solar há maior incidência de
EM, o que poderia estar
relacionado a baixa produção
de vitamina D interferindo
com a atividade imunológica.
562
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Exposição a fatores
estressores: pacientes
expostos a fatores estressores
como: conflitos, perdas,
doenças variadas, entre
outros, apresentaram
evolução mais rápida da
doença;
Agentes infecciosos: Entre
os agentes infecciosos mais
estudados com influência na
EM está o virus Epstein-Barr
(EBV). Outros agentes
infecciosos têm sido
relacionados dentre outros
vírus, como: da Poliomielite,
Adenovírus, varicela zoster.
Tabagismo: A incidência de
EM nas mulheres tabagistas 
(acima de 15 cigarros/ dia) é
1,8 maior que em mulheres
não fumantes.
A destruição e a remoção da
bainha de mielina levam à
perda da condução saltatória
rápida de impulsos. 
O axônio descoberto leva a
alterações na distribuição dos
canais de sódio e potássio,
levando à perda da eficiência 
563
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
de condução e propagação
de impulsos.
Pode ocorrer um bloqueio
fisiológico da condução, que
resulta em retorno transitório
de sintomas até a resolução
de estresse fisiológico.
A recuperação resulta de uma
combinação de fatores que
restauram a condução,
incluindo a resolução do
processo inflamatório agudo,
e ativação de vias colaterais.
Os axônios desmielinizados
são particularmente sensíveis
ao aumento da temperatura e
alteração nos níveis de cálcio
e outros eletrólitos, que
podem causar flutuações
temporárias na expressão dos
sintomas.
A função pode retornar em
vários graus; entretanto
estresses fisiológicos, como:
fadiga, calor ou doença
intercorrente podem
aumentar a demanda além
da capacidade do impulso de
ser conduzido através das
fibras afetadas. 
64
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
surgimento de um novo
sintoma neurológico ou piora
significativa de um sintoma
“antigo”, com duração mínima
de 24 horas. (Novo surto -
intervalo mínimo de 30 dias
entre eles)
Os oligodendrócitos
(principais fabricantes
mielina) são formados por um
tipo de células-tronco no
cérebro chamadas de células
progenitoras de
oligodendrócitos (OPC) e são
responsáveis pela
remielinização de axônios
com mielina em resposta a
lesão ou doença. 
Esta capacidade de
regeneração diminui com a
idade e a esclerose múltipla.
O desenvolvimento da
esclerose múltipla
•Os surtos (desmielinização)
ocorrem a partir do 
O quadro clínico de cada
surto é variável e pode
associar-se a mais de um
sintoma
Piora dos sintomas na
ocorrência de febre ou
infecções, frio extremo,
calor, fadiga, exercício
físico, desidratação,
variações hormonais e
estresse emocional
565
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
uniformes, podendo
apresentar-se de formas
simples até formas de
evolução extremamente
agressivas. 
As lesões ocasionam um
quadro clínico com
manifestações multiformes de
déficits funcionais
decorrentes de lesão de
qualquer parte do neuroeixo,
frequentemente
incapacitantes.
A evolução da doença,
gravidade e sintomas não são 
Sintomas:
Os déficits funcionais e
clínicos se relacionam com
áreas localizadas de
desmielinização no sistema
nervoso central.
Os sintomas podem se
desenvolver rapidamente, em
horas, ou lentamente durante
vários dias ou semanas, mais
comum se desenvolvem em 6
a 15 horas.
A rapidez de aparecimento 
566
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
principalmente nos membros
inferiores. 
dos sintomas dependa do
local e tamanho da lesão de
fundo
Também pode ocorrer
fraqueza secundária à atrofia
por desuso e a inatividade
As conexões com o tronco
cerebral, a partir do cerebelo,
geralmente são
comprometidos causando
dismetria, ataxia da marcha e
tremor conhecido com a
Tríade de Charcot, além da
incoordenação do tronco e
membros.
A incidência dos sintomas
iniciais: Fraqueza motora, 
Neurite retrobulbar (optica),
Parestesia, Marcha instável,
Visão dupla, Vertigem
Fadiga - A fadiga é um dos
mais frequentes e
incapacitantes sintomas,
atingindo entre 75-90% dos
pacientes.
Fraqueza - Os sinais de
fraqueza muscular secundária
à lesão dos tratos piramidais,
podem variar desde uma leve
paresia até a total paralisia
dos membros envolvidos, 
Ataxia, Dismetria, Tremor e
Incoordenação –
A marcha apresenta padrão
titubeante, base alargada, 
567
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
ou surto remissão
A primeira forma de esclerose
múltipla e a manisfestação
mais comum, engloba cerca
de 85% dos casos. É
caracterizada pela
ocorrência dos surtos e
melhora após o tratamento
(ou espontaneamente). 
mau posicionamento dos pés
Os sintomas podem variar
com perda mínima do déficit
funcional, à perda grave do
controle resultando em
incapacidade para utilizar as
extremidades superiores em
tarefas funcionais.
Tipos de esclerose 
Remitente-Recorrente (EMRR) 
Secundariamente
Progressiva(EMSP) ou
Progressivo secundária
Nesta etapa os pacientes não
se recuperam mais
plenamente dos surtos e
acumulam sequelas. Por
exemplo, perda visual
definitiva ou maior
dificuldade para andar
568
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
A fisioterapia é fundamental
para pacientes portadores
dessa doença, agindo de
forma efetiva nos sintomas
apresentados
Progressiva Primária (EMPP)
Ocorre gradativa piora das
funções – sem ter
necessariamente surtos. 5%
dos pacientes apresentam a
quarta forma da doença,
mais rápida e agressiva,
chamada progressiva com
surtos (EMPS). Nesta quarta
forma estão combinados a
progressão paralela do
processo desmielinizante e
comprometimento mais
precoce dos axônios. 
Deve-se realizar uma
avaliação precisa com os
seguintes dados: 
 - Amplitude de movimento; 
 - Sensibilidade;
 - Tônus muscular; 
 - Força muscular 
 - Controle motor;
 - Coordenação e equilíbrio; 
 - Marcha;
 - Padrões de fadiga; 
 - Estado da pele; 
 - Padrões respiratórios; 
 - Habilidades cognitivas; 
 - Estado funcional.
569
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
O fisioterapeuta atua tanto na fase aguda (pós-surto) quanto
na fase remissiva. 
570
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
mesmo tempo em que se faz
o relaxamento do
antagonista.
 
•Espasticidade - Iniciar o
tratamento:
Atividades do tronco como
rolar e rotações do tronco
superior e inferior, evoluindo
para posições mais
complexas como sentada,
quatro apoios até ficar de pé;
Movimento ativo assistido;
Padrões de facilitação
neuromuscular; O
posicionamento correto no
leito, na cadeira de rodas
pode maximizar/adequar o
tônus muscular; Inibir padrões
de reflexos primitivos e
normalizar a postura; Para
melhorar a mobilidade
funcional, fortalecimento dos
músculos agonistas
relativamente fracos ao 
Fraqueza muscular:
Exercícios ativo ou ativo-
resistido de facilitação 
571
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Disfunções Cerebelares - 
neuromuscular proprioceptiva
(combinação vários grupos de
movimento, reduzindo
fadiga); Atividades com baixa
carga e pouca repetição, pois
reduz fadiga; Apesar dos
exercícios de fortalecimento
não reverterem o processo da
doença, pode-se conseguir o
fortalecimento de grupos
musculares não afetados; Uso
de órteses melhorar a
mobilidade e diminuir as
anormalidades da marcha e
melhorar a habilidade do
indivíduo com menos esforço.
geral progredindo de controle
motor grosseiro para fino,
jogos adaptados e exercícios
de membros superiores com
demandas crescentes de
velocidade e precisão;
Exercícios de Frenkel
Atividades de coordenação 
Nos casos de pacientes
acamados, cadeirantes em
especial, com alívio rotineiro
da pressão e uso de
almofadas, colchões de água,
além da inspeção e cuidado
com a pele.
572
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
Marcha e Dispositos
Auxiliares 
Encorajar a marcha e prevenir
o desenvolvimento de
sintomas relacionados ao
desuso e a possibilidade de
aprender ou reaprender a
andar mesmo com o uso de
auxiliares.
Inicialmente os problemas da
marcha envolvem pouco
equilíbrio, sensação de peso
nos membros inferiores.
Depois, envolvem,
espasticidade, fraqueza
crescente, perda sensitiva,
ataxia
Imagem demonstrativa:
GUILLAIN-BARRÉ
A Síndrome de Guillain-Barré
(SGB) consiste em um dos
mais frequentes subtipos de
polineuropatia periférica. É
uma doença neurológica
aguda inflamatória-
autoimune, sendo a principal
causa de paralisia 
flácida em indivíduos
saudáveis.
73
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Há indícios de maior
ocorrência da doença entre a
população masculina e
pessoas entre 50 a 74 anos,
porém ela pode atingir
indivíduos de todas as faixas
etárias, ambos sexos ou raça. 
Entre 04 a 15% dos pacientes
com SGB morrem durante o
tratamento e cerca de 20%
ficarão com alguma
deficiência
A SGB enquanto inflamação
aguda adquirida leva à
desmielinização dos nervos
periféricos, causando
fraqueza motora e alterações
sensoriais 
Causas:
Não se conhece a causa
específica da síndrome. Duas
ou três semanas antes, os
portadores da síndrome
manifestaram uma doença
aguda provocada por vírus.
Entre os agentes infecciosos
mais comuns que precedem a
SGB, encontramos
citomegalovirus,
Campylobacter jejuni,
Epstein-Barr vírus (HHV-4), 
574
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
entre outros. Cirurgias,
vacinação, traumas, gravidez,
linfomas, gastrenterite aguda
e infecção das vias
respiratórias altas podem ser
consideradas outras causas
possíveis da
polirradiculoneuropatia
aguda.
produzir anticorpos contra os
micro-organismos invasores.
No entanto, a resposta
imunológica é mais intensa do
que seria necessário e, além
do agente infeccioso, ataca
também a bainha de mielina
dos nervos periféricos.
A hipótese é que uma
infecção aciona o sistema de
defesa do organismo para 
O agente infeccioso
apresenta moléculas
químicas, que são
reconhecidas pelo sistema
imunológico como antígenos.
O organismo passa a produzir
uma resposta específica
contra esses antígenos
levando à produção de
anticorpos específicos.
Moléculas químicas presentes
nos nervos periféricos e raízes
espinhais podem apresentar 
575
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
semelhança estrutural com os
antígenos e serem atacadas
pelos anticorpos produzidos
em função da infecção. A
semelhança química entre
essas moléculas é chamada
de mimetismo molecular
curado. Em alguns casos, a
doença pode tornar-se
crônica ou recidivar.
O processo inflamatório e
desmielizante interfere na
condução do estímulo nervoso
até os músculos e, no sentido
contrário, na condução dos
estímulos sensoriais até o
cérebro. Em geral, a moléstia
evolui rapidamente, atinge o
ponto máximo de gravidade
por volta da segunda ou
terceira semana e regride
devagar. Por isso, pode levar
meses até o paciente ser
considerado completamente 
Síntomas:
A evolução clínica se
caracteriza por progressiva
perda motora simétrica
ascendente (de membros
inferiores para os superiores);
576
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Hiporreflexia ou arreflexia,
com comprometimento do
nervo craniano; A progressão
da fraqueza motora se dá de
forma rápida; A fase aguda
começa com os primeiros
sintomas até a estabilização
da desmielinização, a qual
pode durar dias e atingir
semanas; Após esse período
inicia-se a fase de
recuperação, que pode durar
cerca de 2 anos e coincide
com a remielinização e
regeneração dos axônios;
Fraqueza muscular pode estar
acompanhada ou não de
parestesias (alterações da
sensibilidade, como coceira,
queimação, dormência, etc.),
que se manifesta inicialmente
nas pernas;
Com a evolução da doença, a
fraqueza pode atingir o
tronco, braços, pescoço e
afetar os músculos da face,
da orofaringe, da respiração
e da deglutição; -Em número
menor de casos, podem
produzir sintomas
relacionados com o sistema
nervoso autônomo, como
taquicardia, oscilações na
pressão arterial,
anormalidades na sudorese,
no funcionamento dos
intestinos e da bexiga, no
controle dos esfíncteres e
disfunção pulmonar; -O
envolvimento do sistema
autonômico é frequente e
pode causar, taquicardia,
hipertensão, hipotensão
postural e arritmia cardíaca. 
577
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
Outras complicações
associadas são: insônia,
formação de úlceras de
pressão, dificuldade de
comunicação, deficiência
nutricional, imobilismo e
trombose venosa. Os sintomas
regridem no sentido inverso
ao que começaram, isto é, de
cima para baixo.
Polineutopatia Inflamatória
Aguda Desmielinizante
(PIAD), que afeta a bainha de
mielina.
Há dois tipos principais de
SGB: 
Neuropatia Motora Axonal
Aguda (NMAA), conhecida
por ser puramente motora.
Na do tipo Desmielinizantes
há as seguintes
caracteristicas: 
Arreflexia (ausência de
reflexos); Sinais e sintomas
sensoriais discretos,
particularmente parestesia e
hiperestesia (situação
anormal e desagradável
sobre a pele); Disfunção
autonômica como taquicardia 
78
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
e arritmias, sintomas
vasomotores; Ausência de
febre no início dos sintomas;
Comum históricode quadro
semelhante à gripe;
eletrodiagnóstico, velocidade
de condução nervosa em
geral alterada; A descrição
mais comum de dor, é
desconforto muscular
tipicamente associado a
exercício vigoroso ou
excessivo; A dor é
especialmente mais
perturbadora durante a noite;
Alta concentração de
proteínas no líquor na 1ª
semana do surgimento dos
sintomas; Exame 
Na Neuropatia motora
axonal aguda (NMAA) há as
seguintes caracteristicas: 
Variante axonal da SGB,
caracterizada por início
abrupto de fraqueza
generalizada, com músculos
distais mais gravemente
afetados do que os proximais;
Déficit de nervos cranianos e 
579
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
insuficiência respiratória
exigindo VM estão presentes
em 33% dos casos. Ao
contrário da SGB e da
NASMA, sintomas sensitivos
estão ausentes, e os reflexos
tendinosos podem ser
normais; Os pacientes com
NMAA costumam apresentar
boa recuperação dentro do
primeiro ano, mas fraqueza
distal residual é comum.
dias) da fraqueza
generalizada, sendo
necessária VM para a maioria
dos pacientes. O prognóstico
da NASMA é pior do que o da
SGB e a maioria dos casos
exibe recuperação motora
lenta e incompleta. Forma
mais grave, com
comprometimento sensitivo.
Originam-se de um mesmo
tipo de ataque autoimune ao
axônio. (Presença de
macrófagos no espaço
periaxonal realizando
fagocitose dos axônios).
Outras formas da doença:
Neuropatia axonal sensitivo-
motora aguda (NASMA)
Apresentação clínica similar a
forma desmielinizante;
evolução mais rápida (poucos 
580
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Síndrome de Miller-Fisher A recuperação costuma ser
completa; Melhora clínica,
fisiológica e funcional
acontece, geralmente, entre
2 e 4 semanas; A síndrome
geralmente não progride por
mais de 5 semanas. ; A
recuperação total pode
demorar meses ( a maioria se
recupera funcionalmente até
o 6º mês); A necessidade de
ventilação mecânica e a
ausência de melhora
funcional 4 semanas após a
doença ter atingido o pico
máximo são sinais de
evolução mais grave
É uma variante da SGB,
caracterizada pela tríade
ataxia, arreflexia a
oftalmoplegia; Diplopia é a
queixa inicial mais frequente,
seguida por ataxia; Fraqueza
apendicular proximal pode
ser demonstrada ao longo do
curso da doença, podendo
haver progressão para
fraqueza generalizada mais
grave de forma semelhante à
vista na SGB; A recuperação
em geral se dá após 2
semanas do início dos
sintomas, com evolução
favorável após 3-5 meses. 
Prognóstico:
As metas do tratamento
fisioterapêutico são:
581
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
Mobilização passiva auxilia na
prevenção de contraturas;
Exercícios isométricos e
isotônicos, promovem
redução da perda de força
muscular. Manutenção do
trofismo muscular; Treino de
marcha; Fortalecimento
muscular global
Minimizar os problemas
respiratórios; Prevenir
contraturas e úlceras de
decúbito; Manter e melhorar
a amplitude de movimento
(ADM); Melhorar força
muscular (desenvolver um
programa de exercícios,
evitando a fadiga, com
períodos frequentes de
repouso); Indicar uso de
órteses quando necessário;
(prevenir deformidades e
auxiliar na marcha)
PARALISIA FACIAL
A paralisia de Bell ou paralisia 
82
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
-Infecciosa
-Traumática
-Tumoral
-Iatrogênica 
-Síndrome de Ramsey-Hunt
(reação inflamatória aguda
do nervo facial, causada pelo
vírus varicela-zoster - vírus do
Herpes Zoster) 
facial periférica é uma
condição na qual o nervo
facial que controla a
contração da musculatura do
rosto, é lesado por uma
inflamação, que leva o nervo
a parar de funcionar
parcialmente ou
completamente.
Etiologia:
-Idiopática (+ comum)
Nervo facial:
Função: motora, sensitiva,
vegetativa
Ele origina-se na ponte
(sulcobulbo-pontino), penetra
no osso temporal, deixa o
crânio pelo forame
estilomastóideo, atravessa a 
583
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
glândulaparótida até os
músculos da mímica facial,
suprindo a inervação motora
dos músculos da mímica
facial, das regiões temporal,
zigomática, bucal, marginal
da mandíbula e cervical
Tipos de paralisia facial
A Paralisia Facial Periférica
(PFP) é uma mononeuropatia 
com diversos tipos de
afecção do nervo.
Em 1830, Sir Charles Bell
descreveu pela primeira vez a
debilidade unilateral da face,
por disfunção do nervo facial,
condição idiopática com
denominação - paralisia de
Bell
Segundo Cambier et al.
(1998), a paralisia facial
periférica, também conhecida
como Paralisia de Bell é
caracterizada por uma
paralisia do conjunto dos
músculos da face,
comprometendo os territórios
faciais superior e inferior.
O tipo mais frequente de 
584
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
paralisia facial. A Prevalência
é de 10 a 30 por 100.000 na
população em geral,
principalmente entre 15-40
anos de idade. Pode estar
associada a dor
retroauricular, parestesia,
disacusia e disgeusia
(distorção paladar)
homolaterais. Lesão do nervo
facial em qualquer parte do
seu percurso, desde sua saída
na ponte até a musculatura
resulta em paralisia da
musculatura da mímica da
face da metade lesada
(quadrante superior e
inferior).
rima bucal para o lado normal
 - o músculo elevador da
pálpebra (inervado pelo III
nervo) fica ativo – mantendo o
olho aberto; Há déficit de
sensibilidade e diminuição da
secreção lacrimal e salivar.
Ela é homolateralmente à
lesão; Possui desvio da 
A paralisia facial central é
causada por lesão
supranuclear.
585
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
É a Afecção da motricidade
contralateral da metade
inferior da face;
Menorafecção da
motricidade da metade
superior da face; Há
preservação das funções de
gustação e de secreção; Há
Desvio da rima bucal para o
lado normal.
A avaliação
fisioterapêutica conta com:
Anamnese, observação,
exame físico, onde temos que
verificar:
Desvio dos traços
fisionômicos para o lado são;
Piscar ausente ou menos
evidente do lado
comprometido; Dor no olho;
Sulcos da pele menos
pronunciados do lado da
lesão; Lagoftalmo (rima
palpebral mais aberta do
lado da lesão); Epífora
(escorrimento da lágrima pelo
lado paralisado);
Verificamos também:
Incapacidade para assoprar e 
586
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
assoviar; Falta do
enrrugamento da dapele com
o levantar das sobrancelhas;
Sinal de Bell – desvio do globo
ocular para cima, ficando
grande parte da córnea
recoberta pela pálpebra
superior; Sincinesias:
caracterizadas por um
movimento involuntário em
associação a um movimento
voluntário lado da lesão);
Epífora (escorrimento da
lágrima pelo lado paralisado);
funcional; Estabelecer
objetivos e metas do
tratamento, revendo e
reavaliando conforme a
progressão e evolução do
quadro clínico do paciente;
Reabilitar o paciente parcial
ou totalmente, permitindo o
reestabelecimento de suas
funções e atividades de vida
diária e profissionais e/ou
diminuir sua dependência;
Evitar deformidades e
contraturas
Objetivos gerais da
Fisioterapia:
Qualificar e quantificar os
déficits motores; Realizar
diagnóstico cinético 
587
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Manuais: manobras de
deslizamentos orofaciais
passivos, massagens,
alongamentos
Objetivos específicos da
Fisioterapia:
Restituição total da simetria
facial; Aumentar o tônus da
hemiface afetada; Favorecer
a propagação da excitação
nervosa. 
Reabilitação:
O músculo depende da fibra
nervosa para suas funções;
Por isso, a integridade da
relação nervo-músculo e
junção neuromuscular são
fundamentais; Na paralisia,
quanto mais precoce a
reinervação, maiores as
perspectivas de recuperação
favorável. 
Recursos:
Cinesioterapêuticos:
estimulação sensorial, método
Kabat, exercícios faciais,
exercícios isométricos,
cinesioterapia ativa assistida
e treinamento funcional.
588
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Mecânicos: acupuntura e
ventosa; 
Na reabilitação dos
movimentos orofaciais:
Solicita-se mais a repetição
rápida do orbicular dos olhos
que a do orbicular da boca;
Quando são solicitados
exercícios para o orbicular da
boca, deve-se repetir menos
e manter mais tempode
contração (isométrico) para
se buscar o que músculo tem
de melhor
Eletrotermofototerapêutico
s: FES, eletroacupuntura,
laser e infravermelho
As características das fibras
musculares e o potencial de
resistência à fadiga muscular
que os músculos orofaciais
apresentam fazem refletir
como se deve solicitar esta
musculatura. 
O músculo orbicular dos olhos
atua com mais velocidade e
tem menor resistência à
fadiga quando comparado ao
músculo orbicular dos lábios. 
589
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
5
•Na reabilitação da PFP,
verificar se os exercícios
desencadeiam respostas
corretas; Identificar o mais
precocemente possível as
prováveis alterações de
inervação durante a
regeneração do nervo;
evitando a sincinesia
(hiperexcitabilidade ou à
regeneração aberrante das
fibras nervosas).
gelo; Kinesio
Há diferentes recursos
também citados na literatura
como:
Método Rood com
escovação; Exercícios de
mímica facial em frente ao
espelho; Estimulação com 
LESÃO MEDULAR
O termo Lesão Medular é
utilizado para se referir a
qualquer tipo de lesão que
ocorre nos elementos neurais
localizados dentro do canal
espinhal, o canal medular.
A medula espinhal é o meio
de comunicação do cérebro
com o restante do corpo.
90
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Organização da medula
espinhal
segmentos da medula
cervical são oito (C1 a C8) e
controlam a sensibilidade e o
movimento da região cervical
e dos membros superiores. 
Ao nível cervical, as raízes
emergem acima da vértebra
correspondente. •As demais
raízes emergem abaixo da
vértebra correspondente.
Regra - costumamos somar
dois ao número da vértebra
para estimar o segmento
medular correspondente (em
correspondência à 8ª
vértebra torácica temos o 10°
segmento torácico medular)
Raízes nervosas de cada
segmento inervam regiões
específicas do corpo: Os 
Os segmentos torácicos (T1 a
T12) controlam o tórax e
abdome. 
Os segmentos lombares (L1 a
L5) estão relacionados com
movimentos e sensibilidade
dos membros inferiores. 
Os sacrais (S1 a S5)
controlam parte dos membros
inferiores, sensibilidade da
região genital e
funcionamento da bexiga e
intestino. 
591
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
segmentos da medula
cervical são oito (C1 a C8) e
controlam a sensibilidade e o
movimento da região cervical
e dos membros superiores. 
Os segmentos torácicos (T1 a
T12) controlam o tórax e
abdome. 
Os segmentos lombares (L1 a
L5) estão relacionados com
movimentos e sensibilidade
dos membros inferiores. 
Os sacrais (S1 a S5)
controlam parte dos membros
inferiores, sensibilidade da
região genital e
funcionamento da bexiga e
intestino. 
592
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
ou motociclísticos, mergulho
em água rasa, agressão com
arma de fogo ou queda
resulta em lesão das
estruturas medulares
interrompendo a passagem
de estímulos nervosos através
da medula. 
Etiologia clínica
Segundo Greve et al (2001),
as lesões podem ser
classificadas, didaticamente,
em: 
Traumáticas: Fraturas;
luxações de vértebras;
compressão medular, causas
que produzem secção da
medula
Não Traumáticas:
Congênitas; Degenerativas;
Tumorais; Infecciosas;
Doenças Neurológicas; 
Doenças vasculares.
Ocorre quando um evento
traumático, como o associado
a acidentes automobilísticos 
Coeficiente de incidência de
lesão medular traumática no
Brasil é desconhecido.
De acordo com a rede
SARAH, 57,5 % dos pacientes 
593
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
que sofreram lesão medular
evoluíram com sequela de
traumatismo medular. 
Segundo Masini (2009), no
Brasil ocorrem mais de 10.000
novos casos de lesão medular
todo ano. O trauma é a causa
predominante.
Mecanismos traumáticos:
Flexão forçada da cabeça
sobre o tronco: Coluna
cervical (C4 a C7).
Áreas biomecanicamente
mais susceptíveis:
-Craniovertebral (C1 a C2);
-Cervical (C5 a C7);
-Toracolombar (T12 a L2)
Forças de impacto em alta
velocidade: Maioria das
lesões na coluna resultam de
forças indiretas geradas pelo
movimento da cabeça e do
tronco
594
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Flexão forçada do tronco
sobre si próprio: Coluna
junção toracolombar (T12 a
L2).
A lesão pode ser completa ou
incompleta.
Lesões em extensão: mais
em nível cervical geralmente
com ruptura do ligamento
longitudinal anterior e fratura
dos elementos posteriores da
coluna
Mecanismos não
traumáticos:
Compressão medular:
neoplasias 
Prolapso de disco
intervertebral para dentro
do canal medular
Classificações das lesões:
A lesão é completa quando
não existe movimento
voluntário abaixo do nível da
lesão.
É Incompleta quando há
algum movimento voluntário
ou sensação abaixo do nível
da lesão. 
595
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Lesão medular completa: Tendem a preservar uma
mistura de função motora e
sensitiva; A maioria não
apresenta padrões definidos
de recuperação, nem quadros
clínicos distintos.
Não existe função motora ou
sensorial abaixo do nível da
lesão; Medula completamente
seccionada, gravemente
comprimida, ou
comprometida por deficiência
na circulação.
Os pacientes são arreflexivos,
há paralisia, perda de todas
as modalidades sensitivas
(tátil, dolorosa, para
temperatura, pressão e
localização de partes do
corpo no espaço) abaixo da
lesão e alteração do controle
esfincteriano (urinário e
fecal).
Lesão medular incompleta:
As lesões medulares
incompletas são classificadas
como: síndrome medular
anterior, síndrome medular
posterior, síndrome medular
central, síndrome
hemimedular e síndrome
radicular (inclui a síndrome da
cauda eqüina).
596
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Síndrome Medular Anterior
Geralmente relacionada com
lesões medulares da região
cervical. Envolve a
compressão da medula
cervical anterior por, fratura-
luxação ou protusão de disco.
-Sensação do movimento,
-Posição;
-Vibração.
Síndrome de Brown-
Sequard
Caracterizada por: perda da
função motora (trato córtico
espinhal), dor e temperatura
(trato espinotalâmico) no nível
da lesão e abaixo dele.
A coluna posterior é
preservada:
Hemisecção da medula
espinhal (lesão de um dos
lados); Causada tipicamente
por feridas cortantes (arma
branca).
Aspectos clínicos:
Lado ipsolateral: Perda da
sensibilidade no dermátomo
correspondente à lesão; 
597
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Perda da propriocepção e
cinestesia
Aspectos clínicos:
Ocorre por hiperpressão da
região cervical; Estenose
degenerativa do canal
vertebral; Forças 
Lado contralateral: Perda
da sensação de dor e
temperatura
Síndrome Medular Central
compressivas originam
edemas e hemorragia
gerando danos às regiões
mais centrais da medula;
Envolvimento mais severo dos
membros superiores do que os
membros inferiores.
-Déficit motor 
-Menor déficit sensitivo 
-Normalmente estes
pacientes recuperam a
capacidade para andar com
alguma debilidade
598
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
Síndrome Medular Posterior
Extremamente rara
No limite inferior da primeira
vértebra lombar há uma
coleção de raízes nervosas
que são caracterizadas por
cauda equina
Aspectos clínicos:
Preservação motora e das
sensações de dor e tato leve;
Perda da propriocepção e
tato epicrítico (discriminação
entre dois pontos,
esterognosia) 
Lesões da cauda equina
Injúrias de nervos periféricos,
com mesmo poder de
regeneração, porém sem o
completo retorno da
inervação.
A Regeneração axonal pode
não ocorrer pois pode ser
bloqueada por cicatrização
599
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
ou completa dos quatro
membros e do tronco,
inclusive músculos
respiratórios, sendo resultante
de lesão da medula cervical
Paraplegia: paralisia parcial
ou completa do tronco, ou
parte do tronco, e de ambos
os membros inferiores,
resultante de lesões da
medula espinhal torácica ou
lombar, ou das raízes sacrais. 
Classificação funcional:
As lesões são divididas em
duas grandes categorias
funcionais:
Tetraplegia: paralisia parcial 
5100
Doenças NeurológicasDoenças Neurológicas
(ITU) são muito frequentes
durante o período de
reabilitação. O centro

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