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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - UEM CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS – DEPARTAMENTO DE QUÍMICA 503 – 31 – Química Geral Experimental Curso: Licenciatura em Química Tratamento científico de dados e algarismos significativos. Alunos: Leandro dos Santos – R.A. 83308; Letícia Aparecida de Oliveira – R.A. 70331; Rômulo Luzia de Araújo – R.A. 82193; Trabalho realizado sob a orientação do Prof. Dr. Fábio Vandresen. Março, 2012 Maringá - PR 2 1. Introdução Na rotina de um laboratório, percebe-se que a realidade observada nos experimentos nem sempre bate com o que é mostrado na literatura. Tais diferenças são os erros experimentais. Esses erros são divididos em duas classificações: os erros sistemáticos e os erros indeterminados. Os erros sistemáticos são os que surgem por “falha humana” seja na manipulação dos instrumentos, em uma ideia errada, falta de atenção ou um método incorreto. Este erro, por ser causado por causas conhecidas, pode ser reproduzido. Já os erros indeterminados são os que acontecem por “surpresa”, não podem ser controlados, ou seja, são aleatórios. Para se determinar tal erro, deve-se realizar um experimento mais vezes, se os outros resultados forem parecidos entre si, pode-se descartar o que apresentou uma discrepância. Em qualquer situação, é melhor adotar um valor que represente melhor a grandeza medida e a margem de erro, na qual o valor real deve estar compreendida. O erro absoluto (EA) de uma medida é caracterizado como sendo a diferença entre o valor experimental com o valor apresentado na literatura, ou seja: EA = Xi - X Por sua vez, o erro relativo (ER) é calculado pelo módulo da diferença entre o valor da literatura e o obtido, dividido pelo valor da literatura. Como é apresentado em porcentagem, o valor obtido é multiplicado por cem.[1] ER = Uma ferramenta muito utilizada pelos cientistas para expressarem medidas são os algarismos significativos. Que é o número de algarismos necessários para expressar o valor de uma medida. Porém, o último número do valor de uma medida sempre está associado com uma incerteza. Tal algarismo é chamado de algarismo duvidoso, pois não há a certeza de que o valor por ele mostrado é fiel ao real. De modo geral, estes algarismos mostram a precisão de uma medida. 3 Em equipamentos como a balança, o número de algarismos, por ela mostrados, pode variar conforme sua precisão. Em balanças semianalíticas, costuma-se aparecer 2 ou 3 após a vírgula, como 0,01g e 0,001g. Já nas balanças analíticas, obtêm-se até 4 casas após a vírgulas – como 0,0001g, aumentando, assim, sua precisão. É possível fazer operações com os algarismos significativos: para adicioná-los ou subtraí-los, deve-se identificar o número com menos casas decimais, assim, o resultado final deverá conter tantas casas decimais quanto o que menos tem. Exemplo: 36,123 + 9,29 102,1876 146,6006 = 146,60 Para multiplicá-los ou dividi-los, deve-se manter o número de algarismos significativos da medida a qual tiver menor quantidade dos mesmos. Exemplo: 42,64 cm 7,32 cm = 312, 1248 = 3,12 x 102 cm 4 2. Parte Experimental. 2.1 Materiais. 2.1.1 Vidrarias e Equipamentos. Régua com precisão; Régua sem precisão; Paralelepípedo de madeira; Cilindro; Balança semi-analítica; Grãos de feijão 3. Métodos No primeiro experimento, mediu-se o comprimento, largura e altura de um paralepípedo de madeira e de um cilindro de PVC com réguas de diferentes graduações, anotando-se os dados de altura e diâmetro para notar somente a diferença de precisão entre uma régua e outra. Em seguida, mediu-se a massa de cinco grãos de feijão individualmente em uma balança semi-analítica, anotando os dados para cálculos de média da massa e de desvio médio sofrido. 5 4. Resultados e Conclusões Experimento I: Medida do primeiro integrante: R1 R2 R3 Comprimento 8 cm 8,2 cm 8,21 cm Altura 8 cm 7,9 cm 7,67 cm Largura 2 cm 1,3 cm 1,12 cm Volume 1.102 cm3 84 cm3 70,5 cm3 Medida do segundo integrante: R1 R2 R3 Comprimento 8 cm 8,1 cm 8,10 cm Altura 7 cm 7,5 cm 7,80 cm Largura 2 cm 1,8 cm 1,50 cm Volume 1.10² cm³ 11.10¹ cm³ 94,8 cm³ Medida do terceiro integrante: R1 R2 R3 Comprimento 8 cm 8,0 cm 8,15 cm Altura 7 cm 7,8 cm 7,60 cm Largura 1 cm 1,5 cm 1,50 cm Volume 5.10¹cm³ 94 cm³ 92,9 cm³ Escala: R1 : 5 cm R2: 1 cm R3: 0,1 cm 6 MEDIDAS COM A R1 (escala 5 cm) Volume (cm³) – (x1) Desvio Médio: - ( x2 – x1) Medida I 1.102 cm3 - 15 Medida II 1.102 cm3 - 15 Medida III 5.10¹ cm³ 29 Média Aritmética- (x2) 85 cm³ Desvio Médio: ∑ |( x2 – x1)|∕ n , onde n é o número de medidas. Então, o desvio médio é de: 2.10¹ Desvio Padrão: = 3.10¹ Coeficiente de variação: . 100 = 29% MEDIDAS COM A R2 (Escala com 1 cm) Volume (cm³) – (x1) Desvio Médio: - ( x2 – x1) Medida I 84 cm³ 12 Medida IIj 11.10¹ cm³ -16 Medida III 94 cm³ 2 Média Aritmética- (x2) 96 cm³ 7 Desvio Médio: ∑ |( x2 – x1)|∕ n , onde n é o número de medidas. Então, o desvio médio é de: 10 Desvio Padrão: 14 Coeficiente de variação: . 100 21% MEDIDAS COM R3 (Escala com 0,1 cm) Volume (cm³) – (x1) Desvio Médio: - ( x2 – x1) Medida I 70,5 cm³ 15,5 Medida II 94,8 cm³ -8.8 Medida III 92,9 cm³ 15,5 Média Aritmética- (x2) 86,0 cm³ Desvio Médio: ∑ |( x2 – x1)|∕ n , onde n é o número de medidas. Então, o desvio médio é de: 13,2 8 Desvio Padrão: 16,7 Coeficiente de variação: . 100 Após os dados apresentados na tabela, pode concluir que as escalas dos instrumentos têm alto fator de influencia nos resultados e que o melhor instrumento para a realização deste método é o denominado de R3 , pois além apresentar menor escala, apresenta menor coeficiente de variação, logo é o mais preciso. Experimento II: Tabela 1:Amostra de feijão (balança analítica) N Xi (g) d i- ) S │ - i│ S │ - i│ 1 0,366 0,056 0,056 3,10x10¯³ 2 0,257 -0,053 0,053 2,8x10¯³ 3 0,287 -0,023 0,023 5,2x10¯³ 4 0,366 0,056 0,056 3,1x10¯³ 5 0,277 -0,033 0,033 1,0x10¯³ =0,31 0 Desvio Médio: ∑ |( x2 – x1)|∕ n , onde n é o número de grãos da sua amostra. Então, o desvio médio desta amostra é de: 0,336+0,257+0,287+0,366+0,277 5 9 1.553= 0,310 5 Desvio Padrão: onde n é o número de grãos de sua amostragem. Então, o desvio padrão da amostra é: = 0,06 Coeficiente de variação: . 100 Logo, o coeficiente de variação da amostra: .100 = 19,3% Tabela 2:Amostra de feijão (balança semi- analítica) N Xi (g) d i- )S │ - i│ S │ - i│ 1 0,37 0,074 0,074 5,4x10¯³ 2 0,28 0,016 0,016 2,5x10¯³ 3 0,25 0,046 0,046 2,1x10¯³ 4 0,25 0,046 0,046 2,1x10¯³ 5 0,33 0,034 0,034 1,1x10¯³ =0,29 6 Desvio Médio: ∑ |( x2 – x1)|∕ n , onde n é o número de grãos da sua amostra. Então, o desvio médio desta amostra é de: 0,37+0,28+0,25+0,25+0,33 5 10 1,48= 0,296 5 Desvio Padrão: onde n é o número de grãos de sua amostragem. Então, o desvio padrão da amostra é: = 0,05 Coeficiente de variação: . 100 Logo, o coeficiente de variação da amostra: .100 = 16,8% Através das tabelas apresentadas e dos dados obtidos, pode-se concluir que o a balança analítica tem um desvio padrão maior do que a balança semi- analítica pois a balança analítica é muito mais precisa e sensível a qualquer tipo de erro que pode vim a ocorrer durante a pesagem,qualquer tipo de pertubação pode interferir em seus resultados. 11 5. BIBLIOGRAFIA: 1 – <http://www.infoescola.com/matematica/algarismos-significativos- algarismos-duvidosos/> acesso em 12 de março de 2013 2 – UEM – CCE – DQI – Apostila de Química Geral Experimental para o curso de Bacharelado e Licenciatura em Química, 2013. 10 p 3 - LENZI, E.; FAVERO, L.O.B.; TANAKA, A.S.; VIANA, E.A.; SILVA, M.B. Química Geral Experimental. Rio de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2004. 29 – 31 p.
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