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PEDAGOGIA DA 
EDUCAÇÃO: 
EDUCAÇÃO 
FÍSICA E 
ESPORTE
Alex Ribeiro Nunes
Planejamento das aulas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Determinar os objetivos a serem alcançados pelos alunos.
 Desenvolver aulas que otimizem o tempo de aprendizagem em
educação física.
 Construir planos de aula de educação física bem estruturados.
Introdução
Ao pensarmos em aspectos relacionados ao planejamento no campo 
da educação física, geralmente, torna-se evidente a diversidade que 
acomete o sujeito e que, consequentemente, necessita ser considerada 
ao se planejar uma disciplina tão marcante.
Os corpos, os movimentos, os contextos, as relações, as diferenças, 
enfim, estes e muitos outros aspectos necessitam estar em pauta quando 
o assunto é a elaboração e o desenvolvimento do plano da educação
física. É necessário e urgente que, dentro das instituições escolares, sejam 
construídos planejamentos mais efetivos, acessíveis e significativos, de
modo a se configurarem como propostas coerentes e abrangentes,
que consigam perceber e acolher a pluralidade no âmbito escolar, bem
como compreender e contribuir com todos que estão envolvidos nesse 
processo de construção da aprendizagem.
Este capítulo propõe a determinação dos objetivos a serem alcan-
çados pelos alunos, bem como apresenta aspectos importantes para o 
desenvolvimento de aulas que otimizem o tempo de aprendizagem em 
educação física. Nesta perspectiva, busca, ainda, propor a construção de 
planos de aula bem estruturados para essa disciplina. 
A partir dessa leitura, são possíveis o aprofundamento e a apropriação 
de estratégias e conhecimentos que demonstram a construção de um 
planejamento para a educação física. 
Objetivos a serem alcançados pelos alunos
Pensar o planejamento das aulas de educação física para o contexto da educação 
atual requer pensar em aspectos que denotam uma complexidade teórico-prática 
no que se refere a tal disciplina, visto que esta surge como um marcador de 
ricas experiências e descobertas individuais e coletivas. Portanto, se confi -
gura como um instrumento para possíveis transformações do espaço escolar, 
percebendo nesse cenário o fi o condutor para refl exão e discussão acerca de 
inúmeras temáticas, tais como: diversidade, gênero, meio ambiente, relações 
afetivas, corporeidade, responsabilidade social, dentre outras. 
Considerando todo o avanço da educação física nos últimos tempos, tanto 
nas descobertas científicas quanto nas estratégias de ensino-aprendizagem no 
âmbito escolar, é possível afirmar que, cada vez mais, tem se tornado uma 
área que vem se destacando no desenvolvimento das qualidades necessárias 
ao bem-estar do ser humano, indo para além da prática de esportes. 
Quanto à importância de se planejar no contexto educacional, Luckesi 
(1998) afirma que:
[...] planejar implica uma escolha e envolve juízos e valores sobre uma de-
terminada realidade. Ele ressalta que o planejamento é uma atividade-meio 
orientada para uma finalidade e que esta contém opções políticas e filosó-
ficas acerca da sociedade na qual vivemos. O autor faz ainda uma crítica 
àqueles que defendem o planejamento como uma técnica neutra que deve ser 
utilizada somente para racionalizar a ação, pois entende que agindo assim 
pouco ou nada se discute a respeito do significado social e político da ação 
que se está planejando. Não se pergunta pelas determinações sociais que 
estão na base do problema a ser enfrentado, assim como não se discutem as 
possíveis consequências político-sociais que decorrerão do projeto em pauta 
(LUCKESI, 1998, p. 107).
Nessa perspectiva, vale ressaltar, portanto, que é necessário que a educação 
física siga um planejamento coerente, abrangente, diversificado e sequenciado, 
que atinja o interesse, seja acessível e tente contribuir as reais necessidades 
das comunidades escolares e da sociedade em geral. 
Planejamento das aulas2
A educação física é uma área e disciplina que deve abordar os conhecimentos 
produzidos pelo homem acerca da cultura corporal e deve desenvolver uma 
reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que 
o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão 
corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismos, 
contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como formas 
de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente 
criadas e culturalmente desenvolvidas (METODOLOGIA..., 1992, p. 38).
Portanto, compreende-se que, no decorrer da história, existiu e existe 
uma série de atividades que utilizam a expressão corporal como linguagem 
e assim devem ser apresentadas e socializadas pela escola. Essa concepção 
deve servir de instrumento para uma forma diferente de se apropriar desse 
conhecimento e, também, para fazer emergir novas maneiras de perceber e 
de se relacionar com esses conteúdos, possibilitando o rompimento com as 
possíveis subjetividades. 
Um planejamento eficaz para as aulas de educação física deve propor os 
objetivos a serem alcançados pelos alunos e preocupar-se em desenvolver 
estratégias para atingi-los.
Os apontamentos a seguir se baseiam nos Parâmetros Curriculares Nacio-
nais (PCNs) (BRASIL, 1998) e são sugestões de alguns objetivos que podem 
ser considerados e inseridos em um planejamento de aulas de modo a contribuir 
e enriquecer com as aulas de educação física.
Vale ressaltar que os PCNs (BRASIL, 1998) foram elaborados procurando, 
de um lado, respeitar diversidades regionais, culturais e políticas existentes no 
país e, de outro, considerar a necessidade de construir referências nacionais 
comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso, 
pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos nossos jovens ter 
acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos 
como necessários ao exercício da cidadania. São eles:
  Compreender a origem e a dinâmica de transformação das representa-
ções e práticas sociais que constituem a cultura corporal de movimento, 
seus vínculos com a organização da vida coletiva e individual e com os 
agentes sociais envolvidos em sua produção (estado, mercado, mídia, 
instituições esportivas, organizações sociais, etc.).
  Conhecer o próprio corpo e responsabilizar-se por ele, de modo a saber 
dos limites e excessos.
  Apreciar e desfrutar a pluralidade das práticas corporais sistematizadas, 
compreendendo suas características e a diversidade de significados 
3Planejamento das aulas
vinculados à origem e à inserção em diferentes épocas e contextos 
socioculturais.
  Apreciar as diferenças e diversidades do outro, de modo a compreendê-
-la como uma riqueza.
  Analisar as experiências propiciadas pelo envolvimento com práticas 
corporais sistematizadas, privilegiando aspectos relativos ao uso, à 
natureza, às funções, à organização e à estrutura dessas manifestações, 
além de se envolver no processo de experimentação, criação e ampliação 
do acervo cultural nesse campo. 
  Respeitar o ambiente de modo a se colocar como responsável por ele.
  Conhecer e usar algumas práticas corporais sistematizadas, de forma 
proficiente e autônoma, para potencializar o envolvimento em atividades 
recreativas no contexto do lazer e a ampliação das redes de sociabilidade. 
  Perceber a colaboração como aspecto fundamental para o sucesso.
  Conhecer e usar práticas corporais sistematizadas para fruir a natureza 
(levando em conta o sentido de preservação), percebendo-se integrante, 
dependente e agente de transformação ambiental. 
  Utilizar a linguagem corporal para produzir e expressar ideias, atri-
buindo significados às diferentes intenções e situações de comunica-
ção e para interpretar e usufruir as produções culturais com base no 
movimento expressivo. 
  Compreender e utilizar as práticas corporais sistematizadas para acesso 
a outras culturas, como uma forma de refletir sobrea própria cul-
tura, fortalecer as relações de pertencimento e valorizar a pluralidade 
sociocultural. 
  Preservar manifestações da cultura corporal de movimento de outras 
épocas como forma de constituir a memória cultural e torná-la acessível 
às novas gerações. 
  Interferir na dinâmica de produção da cultura corporal de movimento 
local em favor da fruição coletiva, bem como reivindicar condições 
adequadas para a promoção das práticas de lazer, reconhecendo-as 
como uma necessidade básica do ser humano e um direito do cidadão. 
  Compreender a relação entre a prática de atividades físicas e a com-
plexidade de fatores coletivos e individuais que afetam o processo 
saúde/doença, reconhecendo os vínculos entre as condições de vida 
socialmente produzidas e as possibilidades/impossibilidades do cuidado 
de si e dos outros. 
  Compreender o universo de produção de padrões de desempenho, saúde, 
beleza e estética corporal e o modo como afetam a educação dos corpos, 
Planejamento das aulas4
analisando criticamente os modelos disseminados na mídia e evitando 
posturas bitoladas, consumistas e preconceituosas.
  Conhecer e praticar diferentes modalidades esportivas, de modo a 
desenvolver aptidões ou interesses pelo esporte, objetivando o lazer, o 
entretenimento, a qualidade de vida e a saúde. 
Enfim, a partir do que foi apontado até aqui, é fundamental pensarmos que 
conceber a educação física para a atualidade necessita conceber uma disciplina 
diversa e abrangente, que proponha ações que perpassem pela prática do 
reconhecimento e da expressão corporal (danças, movimentos, dramatização 
etc.) e que deve ainda alinhar-se à prática da arte (músicas, cores e contextos) 
e propor ações de responsabilidade social (debates, campanhas, problema-
tizações, ações cooperativas, etc.). Tudo isso alinhado à prática do esporte, 
mas que essa não seja a única opção e conduta assumida no planejamento e 
no desenvolvimento da disciplina, considerando, inclusive, que, ao planejar 
tais ações, requer pensar, também, no tempo como pano de fundo e aspecto 
fundamental na elaboração e na execução de um planejamento, especialmente 
da educação física. 
Ao planejar aulas de educação física para crianças, muitos são os aspectos a serem 
observados. É fundamental que a criança seja enxergada em sua diferentes dimensões 
e, portanto, os objetivos devem ser pensados e traçados cautelosamente. Quanto 
ao desenvolvimento da criança, deve ser percebido, não apenas o que se refere à 
atividade física, mas também aspectos que favorecem o ensino-aprendizagem e o 
convívio social. De acordo com Oliveira ([2013?]), são exemplos de objetivos a serem 
propostos e alcançados pelas crianças: 
  Obter desenvolvimento corporal harmônico (físico-mental).
  Adquirir controle corporal.
  Desenvolver a habilidade psicomotora.
  Condicionar os sistemas orgânicos a suprir demandas diárias e de emergência.
  Assumir a responsabilidade do seu próprio bem-estar.
  Desenvolver a habilidade de utilização do movimento como instrumento de co-
municação e expressão.
  Utilizar sadiamente as horas de lazer.
  Adquirir comportamentos e valores referentes ao ajustamento pessoal e social.
  Desenvolver atitudes favoráveis à atividade física.
5Planejamento das aulas
Aulas de educação física: otimizando o tempo 
de aprendizagem
Ao planejar as aulas de educação física, o professor deve tentar perceber 
as maiores demandas de seus alunos para, assim, dedicar seus esforços em 
pensar e construir estratégias que sejam coerentes, efi cazes e signifi cativas, 
de modo a envolver os alunos em um processo de desenvolvimento contínuo 
e promissor, contribuindo com a aprendizagem deles. 
Nesse processo de elaboração, é válido reforçar que tal construção não se 
refere a um planejamento de aulas restrito unicamente às modalidades espor-
tivas. Deve ser algo que contemple, além do esporte, atividades que valorizem 
as relações, que enfatize as diversidades culturais, que promova o lazer, que 
resgate e trabalhe valores diversos, que se ocupe das inúmeras possibilidades 
de manifestação do corpo (dança, dramatização, performance, música e artes 
em geral) e que proponha a consciência e a responsabilidade social. Ainda, ao 
propor atividades esportivas, deve se preocupar com as devidas adaptações, 
adequações e acessos para que todos os envolvidos sintam-se pertencentes. 
Portanto, para que o plano de aula englobe todos esses aspectos, é indispen-
sável que o tempo seja um fator considerado e que as ações sejam muito bem 
parametrizadas temporalmente. 
Um plano de aula bem elaborado certamente promoverá ações que elevem 
e movimentem todos os sujeitos envolvidos (professores, gestores, alunos e 
até familiares). O tempo, no entanto, necessita ser retirado do lugar de “vilão”, 
visto que, muitas vezes, é considerado como motivo para “o não fazer” e “o 
não realizar”. 
No plano de aula, o tempo necessita ser reconhecido como aliado e isso 
somente acontecerá quando houver a gestão eficaz do tempo, para que assim 
possa haver uma otimização deste em função da aprendizagem. Em educação 
física, existem algumas nomenclaturas utilizadas no que se refere ao tempo. 
De acordo com Esquadro (2016), são elas: 
Tempo programa: o primeiro nível da efi cácia de ensino consiste em aproveitar 
ao máximo o tempo programa de que dispõe para que o aluno passe o máximo 
de tempo possível nos espaços onde estão sendo propostas as atividades. 
Tempo útil: decorre desde o momento em que o professor começa propria-
mente a aula até a sua conclusão. É apresentado por duas medidas: duração 
ou percentagem sobre o tempo programa (respectivamente, 50 minutos ou 
100%, como valores teóricos máximos).
Planejamento das aulas6
Tempo em instrução: a apresentação das tarefas representa normalmente 
15% a 25% das intervenções do professor ou da interação professor-aluno. Na 
apresentação das tarefas, o professor deve explicar explicitamente o propósito 
da atividade e as estratégias cognitivas a serem usadas para ajudar os alunos 
a se concentrarem no trabalho.
Tempo em organização: o tempo de organização refere-se à soma acumulativa 
de tempo em que os alunos necessitam para realizar suas tarefas de organização 
e de transição e outras relacionadas com a proposta. 
Tempo disponível para a prática: consiste na subtração ao tempo útil do 
tempo gasto em instrução e organização, nas quais os alunos não se encontram 
em atividade física. A capacidade do professor em disponibilizar o maior tempo 
possível para a prática das atividades físicas dos alunos é uma das habilidades 
técnicas de ensino que potencializam o sucesso pedagógico em educação física.
Tempo potencial de aprendizagem: é a quantidade de tempo que o aluno 
passa envolvido numa tarefa de aprendizagem com elevado índice de sucesso. 
Este integra quatro variáveis fundamentais:
1. O tempo proporcionado pelo professor para aprendizagem de uma 
atividade específica.
2. A percentagem do tempo que o aluno realmente despende na execução 
dos exercícios.
3. A pertinência da tarefa relativamente aos objetivos de aprendizagem.
4. A percentagem de sucesso na tarefa, considerando o alcance do aluno, 
suas aprendizagens e a superação de seus desafios. 
A diferença desses momentos está na forma como o professor percebe 
e age sob cada um deles. Para aumentar o tempo/percentagem que o aluno 
realmente despende na execução dos exercícios, é necessário que o professor 
seja ágil e objetivo: apresente a proposta rapidamente, entregue o material 
com precisão e deixe para fazer a chamada quando os alunos já estivem em 
atividade, portanto, o planejamento é fundamental para que tudo isso aconteça. 
Na prática, cada um desses momentos deve ser organizado de modo coe-
rente, possibilitando que o aluno tenha tempo para realizar a atividade e que 
esta seja significativa e agregadora ao processo de aprendizagem. 
De acordo com Carniel e Toigo ([2003?]), o tempo de aprendizagem ou 
tempo de aprendizagem ativo é umaimportante variável que interfere na 
7Planejamento das aulas
qualidade da aprendizagem. Por definição, o tempo de aprendizagem ativo 
na educação física escolar refere-se ao período em que os aprendizes estão 
engajados em alguma atividade física dentro do objetivo da aula. Portanto, a 
aula de educação física pode ser dividida em diferentes momentos, ou seja, o 
tempo total de um período em quatro subtempos, a saber: 
a) Tempo de aprendizagem ativo, o qual está relacionado ao tempo no 
qual os alunos estão envolvidos em alguma atividade física, como: 
recebendo uma bola, arremessando em um alvo, correndo, dançando 
e dramatizando.
b) Tempo de administração, que consiste no momento em que os alunos 
estão se dirigindo ao local da prática ou não estão recebendo instrução 
ou envolvidos na atividade da aula (respondendo à chamada, mudando 
de atividade, carregando equipamentos, escutando regras de conduta 
ou relembrando algo).
c) Tempo de instrução, o qual ocorre quando os aprendizes estão rece-
bendo informações sobre como se mover ou como desempenhar uma 
habilidade (por exemplo, como se movimentar no espaço, discutindo 
as regras de um jogo) ou observando uma demonstração.
d) Tempo de espera, o qual refere-se ao período em que os alunos aguardam 
enquanto outros colegas estão realizando uma atividade (por exemplo, 
afastado da aula por quebra de protocolo, esperando o professor até que 
inicie a instrução, esperando pela vez em uma fila).
Nessa perspectiva, considerando as variáveis de tempo, pode-se observar 
que a significância e a eficácia do processo de ensino-aprendizagem consistem 
em aproveitá-lo ao máximo, desde o planejamento da atividade até o tempo 
previsto para a avaliação desta. Portanto, você deve utilizar o seu tempo para 
elaborar um plano ou um projeto, deve pensar nos objetivos, nas atividades 
a serem desenvolvidas e na avaliação, principalmente. Em seguida, deve 
registrar todas as suas ideias, de modo que seja possível revisitá-las sempre 
que necessário e, inclusive, apresentá-las aos gestores ou demais professores. 
Posteriormente, deve demarcar o melhor momento para desenvolvê-las, per-
cebendo tudo o que está fluindo e o que não saiu como esperado, de acordo 
com o planejamento. 
Assim, já que o tempo é um aspecto tão importante no planejamento de 
uma aula, é pertinente que emerja a seguinte pergunta: de modo geral, o que 
é o tempo na/para a organização escolar?
Planejamento das aulas8
O tempo é algo fundamental para a instituição escolar, o tempo de planejar, 
o tempo de aplicar, o tempo de avaliar, o tempo de revisar, o tempo de ensino, 
o tempo da aprendizagem, enfim, o tempo é um aspecto que se configura como 
pano de fundo em todas as ações dentro da organização escolar. 
Vale ressaltar, ainda, que a escola, tal como qualquer outra instituição, 
necessita organizar as suas atividades de acordo com o tempo que dispõe, 
sejam elas referentes aos alunos, professores, auxiliares ou gestores. Todos 
os personagens que fazem parte do processo educativo, inclusive os profis-
sionais em educação, devem se instrumentalizar, principalmente por meio de 
formações continuadas e aperfeiçoamentos, para gerirem conscientemente o 
seu tempo, para, desse modo, poderem contribuir com o sucesso na obtenção 
dos seus objetivos, bem como a organização e o bom desenvolvimento do 
que foi proposto. 
Vivenciando a otimização do tempo na educação 
infantil
Com base no tema peteca, por exemplo, uma professora elaborou em casa, por 
uma hora, atividades que, certamente, envolveriam os alunos e contribuiriam 
com suas aprendizagens (tempo de planejamento).
Em sala, inicialmente durante 15 minutos, a professora deu dicas para 
que as crianças adivinhassem qual o tema a ser abordado no dia, em seguida, 
por mais 5 minutos, escreveu a palavra peteca no quadro e pediu para que as 
crianças identificassem as letras, soletrassem a palavra e, por fim, contassem 
a quantidade de letras (tempo de instrução e tempo útil).
Posteriormente, a professora entregou um livro a cada criança para que 
realizassem a tarefa que consiste em quatro etapas:
1. Ligar os pontos que formam o desenho da peteca.
2. Colorir o desenho formado.
3. Recortar e colar as letras que correspondem à palavra peteca.
4. Contar as letras escrevendo o número no espaço indicado. 
Foram programados 30 minutos para essa parte da atividade (tempo útil, 
de prática e de aprendizagem). Observação: a chamada é realizada enquanto 
os alunos desenvolvem as atividades. 
9Planejamento das aulas
Vivenciando a otimização do tempo no ensino médio
Por meio de atividades práticas, o professor pode propiciar aos alunos a expe-
rimentação dos fundamentos básicos do voleibol: toque, saque, recepção de 
saque ou manchete, levantamento, cortada e bloqueio. Deve pôr em prática 
a atividade social e a interação com os colegas durante situação de jogo, em 
que os grupos devem levar em consideração o jogo limpo ( fair play). Deve 
mediar momentos em que as regras devem ser seguidas de acordo com as 
normas ofi ciais e também propor situações em que elas possam ser adaptadas 
em situações específi cas (tempo de planejamento — 1 hora e 30 minutos).
  Exercícios de aquecimento (tempo de preparação — 10 minutos): 
exercícios de aquecimento preparam os músculos para executar esses 
movimentos explosivos e também podem ajudar a reduzir o risco de 
contusões. O aquecimento deve imitar o movimento que os atletas 
farão durante o jogo.
  Aquecimento de ombros: esse movimento imita a cortada. Posicione um 
jogador a cada 7 metros com uma bola de vôlei. Usando o movimento dos 
atletas de jogar com as mãos levantadas, pise com o pé contralateral e 
jogue a bola para o parceiro (preste atenção para o adequado mecanismo 
de arremesso). Após 10 arremessos corretos, faça os jogadores ficarem 
10 metros afastados. Arremesso com as duas mãos acima da cabeça: 
esse movimento imita o bloqueio. Coloque um jogador a cada 7 metros 
e dê instruções para que eles façam 15 arremessos corretos. Os atletas 
devem observar mãos e cotovelos fechados no ponto de lançamento.
  Aproximações sem a bola (tempo útil, de prática e de aprendizagem 
— 40 minutos): os jogadores devem começar na linha de ataque, correr 
até a rede para aproximação, recuar em direção da linha de ataque e 
repetir 10 vezes.
  Treino de aquecimento de sete minutos: os jogadores devem fazer o 
número de repetições possíveis. Trabalhe por 45 segundos e descanse 
15 segundos enquanto vai para a próxima estação: pular corda (condi-
cionamento aeróbico); triturações (músculos abdominais necessários 
para atacar); flexões (desenvolvem força nos braços para atacar e blo-
quear); sentar-se na parede (fortalece quadríceps e tendões da perna 
necessários para pular); escorregar, mergulhar e retomar (escorregue 
diagonalmente três passos, mergulhe e retome); bloqueio; e treino de 
ida e volta (coloque cones a cada três metros — o jogador desliza na 
direção do cone, ao redor dele e volta).
Planejamento das aulas10
Otimização do tempo em sala de aula:
Júnior é professor de educação física e, considerando que tem apenas duas aulas 
dessa disciplina em cada turma, necessita se organizar para não perder tempo em 
suas aulas. De antemão, Júnior otimiza seu tempo planejando todas as suas aulas: 
tema, conteúdo, explicação, prática e avaliação. É determinado um tempo para cada 
um desses itens, de modo que não haja atropelos e confusões. Dentre as atividades 
de rotina que fazem parte de sua atuação prática, estão: encaminhar os alunos para a 
quadra de esportes e organizá-los, delimitar os materiais de uso na atividade, apresentar 
e orientar quanto à proposta a ser realizada, mediar e intervir na prática, avaliar e encerrar 
a atividade — tudo isso dentro dos prazos previamente estabelecidos. A atividade 
de ensino-aprendizagem proposta pelo professor pode ser percebida e dividida da 
seguinte maneira: planejamento prévio, introdução (explicação), desenvolvimento 
(organização) e prática (realização).Aplicação do tempo:
  Tempo de programação: 2 horas para planejar, inclusive já deixando os materiais 
que serão utilizados separados e organizados.
  Tempo de instrução: 5 minutos para orientar.
  Tempo de organização: considerando que os alunos já têm o hábito de aguardar 
o professor na quadra, 5 minutos para organizar a atividade.
  Tempo para a prática: 40 minutos para o desenvolvimento da atividade. 
Observação: enquanto os alunos praticam a atividade, o professor, utilizando o celular, faz a chamada 
por meio de uma plataforma educacional virtual, utilizada pela escola. 
Considerando todos os aspectos levantados, pode-se concluir que o tempo 
é um importante fator a ser discutido e previsto na organização de uma aula, 
inclusive para que haja a construção coerente de planos de aula bem estrutu-
rados na disciplina de educação física. Para tal, reafirma-se a necessidade em 
manter um planejamento atento e contínuo de aulas, uma boa gestão do tempo 
e, ainda, manter uma permanente preocupação em atender às diversas tarefas 
propostas pelos PCNs, a cada um dos elementos, habilidades e competências, 
com qualidade e em tempo útil propenso à aprendizagem. 
11Planejamento das aulas
Os PCNs de educação física trazem uma proposta que procura democratizar, hu-
manizar e diversificar a prática pedagógica da área, buscando ampliar, de uma visão 
apenas biológica, para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas 
e socioculturais dos alunos. Incorpora, de forma organizada, as principais questões 
que o professor deve considerar no desenvolvimento de seu trabalho, subsidiando as 
discussões, os planejamentos e as avaliações da prática de educação física (BRASIL, 1998).
Construção de planos de aula de educação física 
bem estruturados 
Na construção de um plano de aula para a disciplina de educação física, 
muitas vezes, encontramos alguns equívocos muito comuns que necessitam 
ser percebidos e superados se quisermos construir, de fato, uma educação de 
qualidade. Um desses desacertos se refere ao paradigma de que todo plano de 
aula bem construído irá resultar em uma aula brilhante. Na verdade, elaborar 
um bom plano nem sempre lhe garantirá que tudo que você planejou dará certo. 
Um plano bem elaborado, certamente, sustentará sua prática e lhe norteará 
em suas ações educativas, contudo, pode haver imprevistos que devem ser 
considerados nesse processo. 
Outro aspecto importante a ser considerado é que, a qualquer momento 
que você perceber que o que foi planejado para a sua aula não está resultando 
naquilo que foi programado como objetivo, você deve abortar a proposta e, 
dessa forma, refazer o seu plano de aulas. Se entendermos que a função do 
plano de aulas é organizar a prática docente cotidiana, veremos que a ideia 
de considerar este como algo estático é uma contradição, visto que o plano de 
aulas deve atender, inclusive, a demanda e o retorno dos alunos. 
O plano de aulas, principalmente da disciplina de educação física, assim 
como outros tipos de planejamentos didático-pedagógicos, deve ser visto 
como um processo e, sendo assim, orienta a organização da ação docente que 
acontece no exercício de sua função. Portanto, deve estar sujeito a alterações 
impostas pela realidade cotidiana.
Outro equívoco é a falta de percepção de que o plano de aulas está estrei-
tamente relacionado à dinâmica da prática cotidiana. É comum que o plano 
Planejamento das aulas12
de aulas seja elaborado, por alguns docentes, apenas por ser uma exigência 
institucional, sendo este deixado de lado e reduzido a uma mera burocracia. O 
plano é um instrumento de apoio ao professor que, certamente, o possibilitará 
perceber os avanços ou as dificuldades apresentadas por sua turma, visto que 
os objetivos e as propostas elaborados se configuram como estratégias para 
que as aprendizagens aconteçam. 
Enfim, o plano de aulas deve ser construído pelo professor, contudo, este 
não deve se manter de forma isolada, ou seja, é fundamental agregar os co-
nhecimentos provindos dos alunos e as contribuições oferecidas pelos demais 
professores, coordenadores e diretores educacionais. 
Por que construir planos de aula?
Se for para organizar o trabalho do professor, é preciso saber quais objetivos se 
busca com essa organização. Nesse sentido, entende-se que restringir o plano 
de aulas a um simples instrumento capaz de melhorar a qualidade do trabalho 
do professor é destituí-lo do seu papel político, social e transformador, visto 
que uma aula tem todas essas dimensões. O plano de aula da educação física 
não pode ser resumido a um instrumento neutro e sem sentido. Ao fazermos 
isso, estaríamos imersos na ilusão de que o trabalho pedagógico é neutro e 
não interfere nas características do sujeito que estamos formando.
O plano de aula se configura, ainda, como exigência para a prática da 
disciplina de educação física, compreendida para além do esporte. Visa a 
possibilitar maior diversidade de atividades culturais, de reconhecimento dos 
movimentos corporais, de socialização, de convivência com a diversidade, 
de ações recreativas, dentre diversas outras, para assim despertar nos alunos 
um sentimento de integração, inclusão, reconhecimento de si e do outro, 
responsabilidade social, prazer, entretenimento e lazer. 
São aspectos fundamentais para a construção de um plano de aulas:
  Quanto às temáticas: as temáticas poderão ser abordadas a partir de 
danças, dramatização, ginástica, práticas corporais expressivas, práticas 
corporais junto à natureza, práticas corporais e sociedade, práticas 
corporais e saúde, além de esportes e muitas outras formas. Dentro 
de cada tema existem objetos de estudo específicos que permitem 
organizar as competências e os conteúdos a eles vinculados com certo 
grau de autonomia.
  Quanto aos objetivos: conhecer o próprio corpo, responsabilizar-se 
por ele, movimentar-se, apreciar as diferenças culturais, religiosas, de 
13Planejamento das aulas
gênero e tantas outras quantas surgirem para, portanto, compreendê-las 
e integrá-las, respeitar o ambiente e sentir-se pertencente a ele, perceber 
a cooperação como aspecto fundamental para o sucesso, etc.
  Quanto aos aspectos gerais a serem atingidos: reconhecimento dos 
limites do corpo, qualidade de vida e noções de saúde, equilíbrio emo-
cional, habilidades psicomotoras, trabalho em equipe, responsabilidade 
social, reconhecimento dos espaços e contextos, diversidades e culturas, 
gênero e sexualidades, meio ambiente, etc. 
  Quanto a algumas dimensões a serem contempladas:
 ■ Biológicas: diminuição da pressão arterial, controle do peso corporal, 
resistência física, aumento da densidade óssea e melhora da força 
muscular, no que se refere a atividades físicas e esportes.
 ■ Psicológicas: aumento da autoestima, diminuição da depressão, redu-
ção do isolamento social, aumento do bem-estar e alívio do estresse.
 ■ Escolares: aumento da frequência nas aulas, aumento da responsa-
bilidade, redução de distúrbios de comportamento, diminuição do 
uso de drogas e melhora nas relações familiares. 
Enfim, considerando todos os aspectos apresentados neste texto, de modo 
a problematizar para fazer emergir novas reflexões e posturas sobre o plane-
jamento de aulas de educação física, inclusive no que se refere aos objetivos 
propostos e à otimização do tempo de aprendizagem, apresenta-se um modelo 
de plano de aula (Quadro 1).
Colégio Carlos 
Cristino de 
Carvalho
Ensino Médio 
Plano de aula semanas 1 e 2
Disciplina Educação física.
Turma / Período 
/ Ano
1ª série do Ensino Médio.
Data 01/08/2018 a 14/08/2018.
Tema Educação física e responsabilidade social: a exclusão e a 
inclusão das pessoas com deficiência na sociedade 
contemporânea.
Quadro 1. Modelo de plano de aula
(Continua)
Planejamento das aulas14
Colégio Carlos 
Cristino de 
Carvalho
Ensino Médio 
Plano de aula semanas 1 e 2
Objetivos  Reconhecer as fases históricas do tratamento dado 
às pessoas com deficiência e as origensda educação 
especial.
  Identificar o nosso papel como responsáveis pelos 
processos de inclusão.
  Pensar e elaborar estratégias para atividades, na 
educação física, que sejam acessíveis e abrangentes. 
Habilidades e 
competências
Desenvolver habilidade crítica, criativa e dinâmica para 
a apropriação de ideias, valores e posicionamentos 
fundamentados na responsabilidade social, na 
justiça e na ética que reflitam na participação 
ativa na sociedade, inclusive no que se refere 
às questões da educação especial e inclusiva, 
minimizando os distanciamentos e a exclusão. 
Aplicar uma formação humanística pautada na 
compreensão de seu meio social, educacional, político, 
econômico e cultural para interpretar e compreender 
o processo educacional nas diferentes particularidades 
das pessoas com necessidades especiais.
Reconhecer, remontar e ressignificar os conteúdos 
apresentados na disciplina para desenvolver 
ações, projetos e pesquisas sobre a temática. 
Conteúdo 
programático
  Percurso histórico das pessoas com deficiência.
  Origens da educação especial.
  Sociedade atual e educação inclusiva.
  Pessoas com deficiência.
  A educação física e a inclusão. 
Metodologia de 
aprendizagem
1ª aula:
Cinema em debate: assistir um resumo do filme 
Extraordinário (20 minutos); realizar uma tempestade 
de ideias (25 minutos) direcionadas pelo professor 
a partir das seguintes problematizações: Qual 
é a percepção acerca do filme? De que modo 
o aluno se vê na escola? Como a escola e a 
Educação Física poderiam ajudá-lo a se sentir mais 
confortável? Considerações finais (5 minutos).
Quadro 1. Modelo de plano de aula
(Continuação)
(Continua)
15Planejamento das aulas
Acesse o link a seguir para conhecer o site Educação Diferente e se apropriar de artigos 
sobre a educação física, a educação especial e o “tempo escolar”. É uma possibilidade 
de aprofundamento e ampliação do conhecimento: 
https://goo.gl/a3gVNi
Colégio Carlos 
Cristino de 
Carvalho
Ensino Médio 
Plano de aula semanas 1 e 2
2ª aula:
Atividade em duplas: produção de um texto a partir 
da temática “Inclusão: responsabilidade de todos” (10 
minutos para discussão e 35 minutos para a escrita).
3ª aula:
Na quadra, os alunos foram convidados a 
participar de dinâmicas vivenciando algumas 
condições de pessoas com deficiência. Explicação 
e organização da atividade (8 minutos).
Desenvolvimento da atividade: 1) cabra-cega 
(20 minutos); 2) em duplas, montar uma torre 
de baralho, de modo que possam ser utilizadas 
apenas uma das mãos de cada um da dupla 
(20 minutos); encerramento (2 minutos). 
4ª aula: 
Laboratório de informática: os alunos deverão 
realizar uma pesquisa em sites governamentais 
e blogs levantando propostas inclusivas e 
apresentando a inserção de pessoas com diferentes 
deficiências em aulas ou projetos de educação física. 
Orientações e desenvolvimento (40 minutos). 
Avaliação: impressões relatadas oralmente 
pelos alunos (10 minutos).
Quadro 1. Modelo de plano de aula
(Continuação)
Planejamento das aulas16
Considerando as ideias apontadas neste capítulo, conclui-se que a elaboração 
de um plano de aula da disciplina de educação física deve estar bem delineada 
a partir de aspectos como o planejamento, o tempo, os objetivos, as temáticas, 
dentre outros. Deve, ainda, estar entrelaçada à elaboração dos demais projetos 
da escola, inclusive do projeto político pedagógico. Vale ressaltar que, quando 
isso ocorre, o plano de aula ganha um referencial sólido, pois se baseia e passa 
a ter clareza de onde se quer chegar, ou seja, em que sociedade se quer viver 
e, em função disso, que ser humano necessita ser formado. Portanto, neste 
ponto, é válido discutir a importância de se relacionar o plano de aula com os 
objetivos da formação do sujeito na escola e, ainda, que escola devemos ter.
1. Os estudantes de uma turma de 6º 
ano do ensino fundamental estão 
formados em fila, aguardando a vez 
de conduzir a bola para executar 
o quique com a mão esquerda 
e fazer a cesta do outro lado da 
quadra, de acordo com a atividade 
proposta pelo professor. O aluno 
Pedro observava atentamente, 
mas, na sua vez de executar, erra na 
forma de conduzir a bola. Diante 
disso, o professor diz, gritando: 
“Atenção, rapaz! Olha aí... olha 
aí! Não complica! Não complica! 
Faça de novo... novamente”. Pedro 
tenta outra vez, mas não acerta. O 
professor grita com mais energia: 
“Já disse para prestar atenção, seu 
complicador”. Diante das falas 
do professor, é possível perceber 
que ele avaliou o desempenho 
do estudante Pedro. Sua atitude 
evidencia que a sua avaliação:
a) proporcionou feedback 
positivo para o estudante.
b) observou o aspecto atitudinal 
na execução da atividade.
c) indicou com clareza os critérios 
que seriam avaliados.
d) levou em conta as 
dificuldades do estudante.
e) privilegiou o aspecto 
procedimental na execução 
de movimentos.
2. Planejar aulas envolventes e 
desafiadoras e maximizar o desejo 
natural das crianças de serem 
ativas é uma importante tarefa do 
professor para realizar o plano de 
aula. Para determinar se as atividades 
de aprendizagem planejadas 
são adequadas, devemos fazer 
algumas considerações, como:
a) conhecer o nível de 
desenvolvimento dos alunos não 
é fundamental ao planejar uma 
aula de educação física, pois será 
nas aulas que eles irão adquirir 
habilidades motoras básicas.
b) ensinar rapidamente um 
determinado movimento 
17Planejamento das aulas
para que possa passar para 
outra atividade; assim, o 
aluno poderá vivenciar o 
maior número de habilidades 
motoras básicas possíveis.
c) incluir apenas jogos no seu 
currículo, pois a aceitação 
dos alunos do ensino 
fundamental é positiva para 
esse tipo de atividade.
d) desenvolver aulas em que todos 
os alunos possam ter sucesso; é 
preciso evitar atividades como 
corridas de revezamento.
e) propor aulas em que os 
alunos utilizem toda a quadra 
esportiva, independentemente 
da ocupação do espaço, pois 
o importante é usar todos os 
equipamentos e locais possíveis.
3. Na parte procedimental, 
normalmente, há três seções 
para o plano de aula. A primeira 
seção é a introdução, a segunda 
seção refere-se às atividades de 
aprendizagem que foram planejadas 
e a terceira seção é uma revisão 
da matéria. Cada seção contém 
pontos de ensino e diagramas que 
ajudam a lembrar como a lição é 
fisicamente estruturada. No plano 
de aula, devem ser considerados os 
pontos especiais a serem enfatizados 
com os alunos. Provavelmente, um 
dos aspectos mais importantes 
dos pontos de ensino é:
a) ao dar instruções verbais durante 
a atividade, deve-se evitar 
informações excessivas por vez.
b) ao dar orientações verbais, estas 
devem ser bem detalhadas 
para que os alunos não tenham 
dúvidas ao realizar a atividade.
c) ao dar orientações verbais, 
deve-se gastar o tempo que 
for necessário, mesmo que seja 
longo, pois o importante é que 
o aluno não fique com dúvidas 
antes de realizar a atividade.
d) deve-se dar instruções verbais 
breves ao final da aula, para 
facilitar o entendimento dos 
alunos que já vivenciaram 
a prática e que serão mais 
capazes de distinguir o erro.
e) concentrar em passar 
orientações sobre a atividade 
física de forma breve.
4. Professores que planejam aulas de 
educação física cuidadosamente 
estruturadas se preocupam quanto 
à aquisição de habilidades que 
facilitem a capacidade dos alunos de 
serem mais ativos ao longo da vida. 
Com relação ao planejamento de 
aula, é CORRETO o que se afirma em:
a) o planejamento de aula consome 
muito tempo e é muito menos 
satisfatório do que interagir 
diretamente com as crianças.
b) os professores experientes 
não necessitam tanto realizar 
planos de aula, pois conseguem 
dominar a turma e manter todos 
os alunos ocupados e felizes.
c) os professores que planejam 
as aulas cuidadosamente 
com planos de aula escritos 
e objetivos de aprendizagem 
bem delimitados têm alunos 
que passam menos tempo 
ociosos, esperando na fila. 
Assim,é possível utilizar 
melhor o tempo de aula.
d) os planos de aula podem ser 
redigidos de forma global, 
porque o processo de 
Planejamento das aulas18
ensino-aprendizagem, na 
educação física, trabalha todos os 
domínios de aprendizagem, não 
se limitando a um único objetivo.
e) para a escolha do objetivo no 
plano de aula, é necessário 
avaliar as atividades 
propostas para os alunos.
5. Em todas as áreas da educação, 
há três domínios nos quais a 
aprendizagem ocorre. Na educação 
física, mais do que em qualquer 
outra disciplina, todos eles são 
enfatizados. Ao ensinar um jogo, é 
preciso que o professor considere 
o que o aluno deve saber, o que se 
deve saber fazer e quais atitudes 
serão executadas durante o jogo. 
Assinale a alternativa que contém 
esses domínios, respectivamente.
a) Afetivo, psicomotor e prático.
b) Psicomotor, instrumental 
e afetivo.
c) Cognitivo, psicomotor e prático.
d) Cognitivo, psicomotor e afetivo.
e) Afetivo, instrumental e cognitivo.
19Planejamento das aulas
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: 
Educação Física. Brasília, DF: MEC, 1998. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2018. 
CARNIEL, M. Z.; TOIGO, A. M. O tempo de aprendizagem ativo nas aulas de educação 
física em cinco escolas particulares de Porto Alegre, RS. [2003?]. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2018. 
ESQUADRO, D. V. A gestão de tempo na aula de educação física: estudo comparativo 
entre Professor Licenciado e o Médio. 2016. Disponível em: . Acesso 
em: 11 set. 2018. 
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
METODOLOGIA do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992. (Série Formação 
do Professor).
OLIVEIRA, A. Educação física: objetivos gerais e objetivos específicos. [2013?]. Disponível 
em: . Acesso em: 25 jul. 2018.
Leituras recomendadas
BATISTA, C. A. M.; MANTOAN, M. T. E. Educação inclusiva: atendimento educacional 
especializado para a deficiência mental. 2. ed. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2006.
COSTA, M. I. P. As três fases do voleibol brasileiro: amadorismo, romantismo e profissio-
nalismo. 2012. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2018.
FERREIRA, F.; DIAS, M.; SANTOS, P. O tempo escolar. 2006. Disponível em: . Acesso em: 25 jul. 2018.
JESUS, S. N.; MARTIN, M. H. Práticas educativas para a construção de uma escola inclusiva. 
Revista Educação Especial, n. 18, p. 1-9, 2001. Disponível em: . Acesso em: 11 set. 2018. 
Planejamento das aulas20
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