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elaboracao projetos sociais

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ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 
Profª Drª Ludmila Fontenele Cavalcanti 
Escola de Serviço Social – Universidade Federal do Rio de Janeiro 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
• Projeto como instrumento do planejamento 
• Elementos conceituais na formulação de projetos 
sociais 
• Contexto e características do projeto 
• Ciclo de vida do projeto 
• Elementos que compõem o projeto 
• Sustentabilidade 
• Avaliação e monitoramento 
• Cronograma 
• Orçamento 
POLÍTICAS PÚBLICAS 
• Conjunto de ações coletivas que garantem direitos sociais, por meio das 
quais são distribuídos ou redistribuídos bens e recursos públicos, em 
resposta às diversas demandas da sociedade (Cavalcanti, 2009). 
• São fundamentadas pelo direito coletivo. 
• De competência do Estado. 
• Envolvem relações de reciprocidade e antagonismo entre o Estado e a sociedade 
civil. 
• O caráter governamental não implica a exclusão dos agentes privados. 
• Constituição de 1988 - marco político-institucional e jurídico, incorporou a 
visão do caráter universal dos direitos, tratando-os sob a regra de equidade e da 
justiça - alteração no padrão de proteção social brasileiro. 
• Novo desenho institucional e da prestação direta de serviços à população. 
• São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados. 
GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS - CONTEXTO 
• Descentralização. 
• Dependência de fluxos e vinculações constitucionais. 
• Distanciamento da área econômica. 
• Burocracias com baixíssima articulação horizontal. 
• Reforma do Estado. 
• Focalização da ação governamental em determinadas atividades. 
• Entrada de organizações não-governamentais e da iniciativa privada na realização de 
serviços de interesse público. 
• Exigência dos órgãos internacionais. 
• Ampliação e aprofundamento dos mecanismos de controle social. 
• Fragmentação da problemática social. 
• Escassez de recursos públicos destinados à área social. 
• Crescimento das demandas. 
• Exigência por uma gestão “eficaz, eficiente e efetiva” dos projetos sociais. 
• Importância da efetividade das ações. 
• Mitos que afetam a gestão das políticas sociais. 
• Necessidade de aperfeiçoamento do processo de tomada de decisão na gestão dos 
projetos, em especial na área social. 
 
PLANEJAMENTO 
• Seleção de meios apropriados, para a realização de fins políticos, 
econômicos e sociais desejados para o bem comum. 
• Envolve a definição de ideias, desejos e compromissos, envolvendo 
pessoas que tomam decisões técnicas, políticas e administrativas de 
forma coerente com as conquistas e dificuldades do processo de 
construção de uma política pública. 
• Processo permanente, dinâmico e metódico de abordagem racional. 
• Supõe uma sequência de atos decisórios, ordenados em fases definidas e 
baseado em conhecimentos científicos e técnicos. 
• Planejar e decidir no presente as ações que se executarão no futuro 
para realizar propósitos pré-estabelecidos. 
• Processo antecipado de alocação de recursos para o alcance de fins 
determinados. 
TIPOS DE PLANEJAMENTO 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
• É conceituado como um processo gerencial que possibilita estabelecer o rumo 
a ser seguido, com vistas a obter um nível de otimização. 
 
PLANEJAMENTO TÁTICO 
• Tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a instituição 
como um todo. 
 
PLANEJAMENTO OPERACIONAL 
• Pode ser considerado como a formalização, principalmente através de 
documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação 
estabelecidas. 
 
PLANO, PROGRAMA E PROJETO 
• Os termos plano, programa e projeto designam modalidades de intervenção 
social que diferem em escopo e duração (Cohen e Franco, 1993). 
• O plano contém o programa, que, por sua vez, contém o projeto. 
• As intervenções podem ser ainda nacionais, regionais ou locais (focalizadas). 
 
PLANO 
• Delineia as decisões de caráter geral, as suas grandes linhas políticas, suas 
estratégias e suas diretrizes. 
• Agrega programas afins, estabelecendo um quadro de referências mais amplo 
para a intervenção. 
• Determina o modelo de alocação de recursos resultante da decisão política. 
• Dispõe as ações programáticas em uma sequencia temporal de acordo com a 
racionalidade técnica das mesmas e as prioridades de atendimento. 
• Inclui a estratégia - os meios estruturais e administrativos, assim como as 
formas de negociação, coordenação e direção. 
PLANO, PROGRAMA E PROJETO 
PROGRAMA 
• O programa é basicamente um aprofundamento do plano: os objetivos 
setoriais do plano irão constituir os objetivos gerais do programa. 
• Estabelece as prioridades da intervenção. 
• Identifica e ordena os projetos. 
• Define o âmbito institucional. 
• Aloca os recursos a serem utilizados. 
• Geralmente se acha sob a responsabilidade de um coordenador, de 
equipe de coordenadores ou de uma secretaria executiva. 
PROJETO, PROGRAMA E PLANO 
 
PROJETO 
• Unidade mínima (mais operativa) de destinação de recursos, que, por meio 
de um conjunto integrado de atividades, pretende transformar uma parcela 
da realidade, suprindo uma carência ou alterando uma situação-problema. 
• Empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-
relacionadas, com o fim de alcançar objetivos específicos, dentro dos limites 
de um orçamento e de um período de tempo dados (ONU, 1984). 
• Orientado à produção de determinados bens ou a prestar serviços 
específicos. 
• Instrumento gerencial. 
• Características: singularidade, complexidade, incerteza, delimitação de 
tempo, delimitação de recursos, beneficiários, gerência específica, 
interdisciplinaridade. 
PLANEJAMENTO PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS 
• Uma maneira clara de se fazer uma distinção entre um projeto e outras 
formas de planejamento é considerá-lo como uma tentativa de solucionar um 
problema, de preencher uma necessidade. 
• Empreendimentos finitos que têm objetivos claramente definidos em função 
de um problema, oportunidade ou interesse de uma pessoa, grupo ou 
organização (Maximiniano, 1997). 
• “Projeto social” é um planejamento para solucionar um problema ou responder 
a uma carência social. 
• É pouco provável que um projeto isolado possa resolver um problema ou uma 
situação social negativa. 
• Há programas e projetos que visam suprir necessidades agudas e 
temporárias, outros que pretendem enfrentar problemas duradouros, e 
outros que almejam prevenir problemas futuros e/ou desenvolver o 
potencial humano (Cotta, 1998). 
• Deve partir de uma percepção acurada da realidade, de forma que se possa 
distinguir entre potencialidades e riscos dos possíveis cursos alternativos de 
ação. 
 
AMBIENTE ADEQUADO À ELABORAÇÃO DO PROJETO 
Empreendimento coletivo que requer: 
 Concentração. 
 Espírito de grupo. 
 Papel da liderança. 
 Capacidade técnica. 
 Criatividade. 
 Comprometimento. 
 
Um projeto surge em resposta a um problema concreto, transformando IDÉIAS em 
AÇÕES. 
 
A organização do projeto em um documento nos auxilia a: 
 Sistematizar o trabalho em etapas a serem cumpridas. 
 Compartilhar a imagem do que se quer alcançar. 
 Identificar as principais deficiências. 
 Superar e apontar possíveis falhas durante a execução das atividades previstas. 
 
COMPETÊNCIA TÉCNICA 
• Para propor, conduzir e avaliar intervenções no campo social deve ser 
buscada através de: 
– capacitação dos executores. 
– contratação de consultoria externa. 
– cooperação técnica de especialistas. 
• Compreender e incorporar o conhecimento acumulado pelos próprios 
beneficiários e demais atores que vivenciam e estão a “driblar” cotidianamente 
a situação-problema (métodos participativos de planejamento, gestão e 
avaliação de projetos na área social) - construção de consensos e de explicitação 
de dissensos. 
• Compromisso ético. 
• Clareza na apresentação do problema em foco e dasalternativas escolhidas para 
enfrentá-lo, de forma que possa ficar explicito para o leitor quais são os 
resultados e impactos esperados - capacidade de comunicar (objetividade e 
concatenação lógica entre os elementos). 
• Técnicas que auxiliam na identificação do problema (priorizar) e na definição 
de soluções e escolha de alternativas. 
CICLO DE VIDA DE UM PROJETO 
CONCEPÇÃO OU ELABORAÇÃO 
• Preparação, modelagem e conceituação. 
• É o momento da identificação do problema, definição dos objetivos, programação das 
atividades e confecção da proposta técnica do projeto. 
 
ESTRUTURAÇÃO 
• Detalhamento dos planos operacionais, da organização da equipe executora, mobilização 
dos recursos e meios para a realização do projeto. 
 
DESENVOLVIMENTO OU REALIZAÇÃO 
• Implementação do projeto. 
• É o período quando as atividades previstas são realizadas e acompanhadas, de acordo com 
o planejado. Por vezes é necessário alterar a programação, em razão de fatos não 
previstos. 
 
ENCERRAMENTO 
• Prestação de contas, consolidação de resultados, elaboração de relatórios finais, avaliação. 
• É o momento de cuidar da desmobilização do projeto, caso não haja prosseguimento. 
DEFINIÇÃO DO PROJETO 
O QUE VAMOS FAZER? 
• Acordo geral que abra portas e promova uma linguagem comum. 
• Indicação de pessoas para compor a equipe de trabalho. 
• Seminários (com facilitador) – construção participativa (adesão e reconhecimento do 
grupo de trabalho, motivação dos participantes). 
• Levantamento das informações necessárias (contexto, problema, obstáculos, recursos, 
etc.) . 
• A confrontação com a situação-problema - perspectiva de uma possibilidade de 
mudança na situação atual. 
• Caracterização da situação-problema - é necessário reunir informações atualizadas, 
que possam descrevê-la em termos quantitativos e qualitativos - “indicadores” que 
possam auxiliar na construção do cenário do projeto com maior precisão. 
• Definição concreta do objeto de trabalho, os propósitos, os objetivos que se tem e uma 
visão clara dos problemas que se quer resolver com a realização da ideia - recortar o 
escopo do projeto e definir o público alvo que se quer trabalhar. 
• Informações que permitam responder com clareza certas questões como: quem é o 
público-alvo? O que ele pensa? Como ele vive? Quais são os seus desejos e 
necessidades? 
DEFINIÇÃO DO PROJETO (CONT.) 
• O ambiente no qual se desenvolvem os projetos sociais é caracterizado pela 
presença de diversos atores. 
• Além de garantir maior coerência ao projeto, o respeito pela cultura e posição de 
cada um dos atores envolvidos contribui para uma validação dos resultados 
esperados e um compromisso do grupo com os objetivos estabelecidos pelo 
projeto. 
• Análise das diferentes alternativas de solução. 
• Escolhida uma solução - programar em detalhes o que vai ser feito, o que se 
espera que aconteça como resultado de nossa ação e o que se necessita agenciar 
e disponibilizar de modo a assegurar a realização. 
 
Produto dessa etapa: 
• O quadro de definição do projeto preenchido. 
• Equipe de pessoas que vai de fato se responsabilizar pela redação do projeto. 
• Grupo para pesquisar fontes de recursos. 
• Cronograma de trabalho. 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO 
• Título do projeto. 
• Local em que será implementado. 
• Data da elaboração. 
• Duração do projeto. 
• Previsão de início. 
• Identificação do proponente/executor. 
• Instituições parceiras do projeto. 
HISTÓRICO DE EXPERIÊNCIA DA INSTITUIÇÃO 
PROPONENTE/EXECUTORA 
• Indica a experiência e a aptidão da instituição em desenvolver 
trabalhos semelhantes ao proposto e demonstra porque irá obter 
sucesso. 
 
ROTEIRO 
• Nome ou tipo dos trabalhos/projetos/campanhas executados. 
• Data ou período dos trabalhos/projetos/campanhas executados. 
• Fontes financiadoras e valor do orçamento. 
• Principais resultados e conquistas alcançados. 
• Parcerias desenvolvidas com entidades financiadoras e outros órgãos. 
• Descrição das experiências já desenvolvidas. 
• Experiência e os resultados alcançados por gestões/direções anteriores 
nas áreas de interesse do projeto. 
 
INTRODUÇÃO - CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA/SITUAÇÃO 
QUAL O CENÁRIO DO PROBLEMA? 
• Delimitação dos problema a ser enfrentado. 
• Contexto. 
• Dimensões. 
• Origens. 
• Histórico. 
• Implicações. 
• Magnitude do problema. 
• Informações gerais sobre o público-alvo e suas condições de vida. 
• Desafios a serem superados. 
• Diagnóstico situacional. 
• Políticas públicas referentes. 
 
O projeto é uma resposta a um determinado problema percebido e 
identificado pela comunidade ou pela entidade proponente. 
 
 
JUSTIFICATIVA 
POR QUE O PROJETO DEVE SER APROVADO E IMPLEMENTADO? 
• Relevância do projeto. 
• Razões pelas quais o projeto deve ser realizado. 
• Como trazer impactos positivos para a população alvo do projeto. 
• De que forma as ações previstas contribuirão para transformar a 
realidade. 
• Demonstrar conhecimento amplo do problema, de sua interferência no 
contexto local e regional e da base conceitual com que se vai trabalhar. 
• Dados, referências bibliográficas e experiências que reforcem a 
justificativa. 
• Demonstrar as evidências da viabilidade do projeto. 
 
OBJETIVOS 
O QUE SE PRETENDE FAZER? 
• Este é o momento de definir o que se quer realizar. 
 
OBJETIVO GERAL 
• Demonstra de forma ampla os benefícios que devem ser alcançados com a 
implantação do projeto. 
• Genérico e de longo prazo. 
• Situação ideal almejada. 
• Expressa o que se quer alcançar com o projeto a longo prazo, ultrapassando 
inclusive o tempo de duração do projeto. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• São palpáveis, concretos e viáveis. 
• São os efeitos diretos das atividades ou ações do projeto. 
• Devem ser apoiados por um resultado que possa ser verificado por meio de 
ações singulares e completas. 
 
 
PÚBLICO ALVO 
QUEM SÃO OS BENEFICIÁRIOS DO PROJETO? 
• Uma definição clara do público-alvo contribui para criar linguagens e 
métodos adequados para atingir os objetivos propostos. 
• Faixa etária, o grupo social que esse público representa, e sua situação 
socioeconômica, entre outros. 
• Beneficiários diretos. 
• Beneficiários indiretos. 
• Participação dos beneficiários na execução do projeto. 
 
METAS 
COMO FAZER PARA ALCANÇAR OS OBJEIVOS? 
O QUE QUEREMOS? PARA QUE O QUEREMOS? QUANDO QUEREMOS? 
• Consistem em uma ou mais ações necessárias para alcançar certo objetivo específico. 
• Devem ser concretas, contendo elementos quantitativos e qualitativos relativos aos 
objetivos específicos. 
• São quantificadas e realizadas em determinado período de tempo. 
• Facilitam a visualização dos caminhos escolhidos. 
• Contribuem para orientar as atividades que estão sendo desenvolvidas. 
• Contribuem para a avaliação. 
• Cada objetivo específico deve ter uma ou mais metas. 
 
AÇÕES PREVISTAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO 
• Devem ser claramente descritas e relacionadas aos objetivos específicos e suas 
metas. 
• Devem ser numeradas em ordem cronológica de execução e indicando, quando 
couber, unidades de medida e quantidade. 
 
PLANO DE TRABALHO 
COMO FAZER? 
• Caminho a ser percorrido pelas etapas do projeto. 
• Possibilita a certeza de que os objetivos do projeto realmente tem condições de 
serem alcançados. 
• Referenciais teóricos são os pressupostos que a instituição considera 
relevantes e que contribuem para nortear a prática do projeto. 
• Método de trabalho é o conjunto de técnicas, instrumentos e recursos que 
serão utilizados. 
• Razões da escolha do método e a forma como será empregado para sensibilizar 
e mobilizar o público alvo. 
• Detalhamento das atividades. 
– Coordenação e gerenciamento das atividades (gestão participativa?). 
– Atividades de capacitação e treinamento. 
– Acompanhamento técnico sistemático e continuado (sistema de informação?). 
– Desenvolvimento de ações de disseminação de informações e deconhecimentos 
entre os envolvidos. 
 
CRONOGRAMA 
Objetivos 
específicos 
Ações M 
01 
M 
02 
M 
03 
M 
04 
M 
05 
M 
06 
M 
07 
M 
08 
M 
09 
M 
10 
M 
11 
M 
12 
1. A. 
B. 
C. 
2. A. 
B. 
C. 
D. 
ANDAMENTO DO PROJETO 
SUSTENTABILIDADE 
• Previsão de perpetuação do projeto – estratégias de geração de recursos. 
• Perspectiva de atingir a autossustentabilidade. 
• É possível estimar a durabilidade dos resultados e dos impactos do projeto? 
• Os beneficiários ou outras instituições (comunidades, famílias, prefeituras, ONGs) 
pretendem dar continuidade ao trabalho após o término do financiamento? 
 
DISSEMINAÇÃO DOS RESULTADOS 
• Importância para a continuidade do projeto e para o impacto para a população alvo. 
• Planejada em nível local ou regional, incluindo: 
– Definição do que será objeto de divulgação (metodologias, técnicas, experiências). 
– Definição dos produtos por meio dos quais será feita a divulgação. 
– Definição das atividades de divulgação. 
– Definição da abrangência da divulgação . 
– Definição do público que se pretende atingir. 
• Disseminar é mais do que divulgar, é tornar o projeto palpável à sociedade (modelo 
de trabalho). 
 
AVALIAÇÃO 
O QUE MUDOU? 
• Importância. 
• Plano de avaliação. 
 
MONITORAMENTO 
• Atividade gerencial com vistas a determinar se os recursos materiais, humanos 
e financeiros são suficientes e adequados, se as atividades estão de acordo com 
o cronograma, e se o plano de trabalho foi atingido e alcançou os objetivos 
esperados (a maioria dos indicadores de avaliação são utilizados no 
monitoramento). 
• Momentos: acompanhamento, monitoramento, supervisão. 
• Fases fundamentais: 
– Estabelecimento de padrões de desempenho. 
– Mensuração dos resultados. 
– Comparação do desempenho real com o desempenho estabelecido. 
– Adoção de ações corretivas. 
 
 
AVALIAÇÃO 
TIPOLOGIA DE AVALIAÇÃO 
AVALIAÇÃO DE PROCESSO 
• Se dirige às atividades realizadas pelos provedores da intervenção (componentes técnicos 
e as relações interpessoais), compara os procedimentos empregados com o estabelecido 
nas normas e rotinas. 
 
AVALIAÇÃO DE ESTRUTURA 
• Contém informações sobre recursos físicos, humanos, materiais, formas de organização e 
funcionamento (normas e procedimentos), especificação de equipamentos e tecnologias 
disponíveis. 
 
AVALIAÇÃO DE RESULTADO 
• Se refere aos efeitos e aos produtos que as ações provocam, de acordo com os objetivos da 
intervenção, visa dimensionar as diferenças entre o momento inicial e os objetivos (metas) 
atingidos ao final de uma intervenção (considerar o caráter complexo e provisório dos 
processos sociais). 
 
AVALIAÇÃO DE IMPACTO 
• Reflete as consequências do programa ou serviço para quem recebe. 
 
 
AVALIAÇÃO 
COMO MEDIR AS MUDANÇAS? 
• Estratégias metodológicas (triangulação de métodos). 
• Atores implicados no processo de avaliação. 
• Orçamento. 
• Fontes de verificação. 
 
FORMULAÇÃO DE INDICADORES 
• Medidas específicas explícitas e objetivamente verificáveis relacionada com a 
seleção da estratégia metodológica. 
• Funcionam como um termômetro do progresso do projeto. 
• Fazem referência a um contexto específico. 
• Construído de forma comunicativa e dialógica. 
• Sinalizadores que buscam expressar sinteticamente um aspecto da realidade 
(variável). 
• Os indicadores se referem aos aspectos tangíveis e intangíveis. 
 
 
DIFERENÇAS ENTRE OS MÉTODOS QUANTITATIVO E QUALITATIVO 
Quantitativo Qualitativo 
Descreve “quantos?” e/ou “com que freqüência?” Descreve “como e por quê?” 
Fornece dados numéricos e estatísticos que 
permitem interpretações similares feitas por 
diferentes avaliadores 
Fornece dados sobre percepções, crenças, valores, 
etc, que podem ser interpretados de várias maneiras 
por diferentes avaliadores 
Exige amostras grandes, de preferência com seleção 
aleatória 
Permite amostras mais limitadas, geralmente sem 
seleção aleatória 
Geralmente requer pessoal com experiência em 
métodos estatísticos 
Exige a participação de pessoal com experiência na 
análise de dados qualitativos, e não estatísticos 
Os resultados podem ser generalizados para o total 
da população-alvo 
Os resultados não podem ser generalizados com 
confiabilidade estatística 
Usa principalmente perguntas fechadas com 
respostas limitadas 
Usa mais perguntas abertas 
Fornece respostas menos “profundas” sobre 
assuntos delicados 
Permite respostas mais “profundas”sobre assuntos 
delicados 
FONTES DE DADOS QUANTITATIVOS 
• Entrevistas estruturadas – realizadas por um entrevistador 
treinado, que usa um questionário padronizado para aplicar um 
conjunto de perguntas predeterminadas exatamente da mesma 
maneira e na mesma sequencia a uma amostra de pessoas, em geral 
selecionada aleatoriamente a partir de uma população-alvo específica. 
 
• Questionários auto-aplicados – usam um questionário altamente 
estruturado com respostas fechadas e previamente codificadas, não 
demanda pessoal treinado. 
 
• Dados secundários – dados já existentes que podem ser bastante 
úteis à pesquisa. Ex.: estatísticas dos serviços, censos, dados 
demográficos. 
FONTES DE DADOS QUALITATIVOS 
• Entrevistas em profundidade – são conversas individuais entre o entrevistador e 
o entrevistado (selecionado por atributos determinados). O entrevistador tem um 
conjunto de perguntas que servem de orientação para a discussão, mas possui 
flexibilidade para formular as perguntas com suas próprias palavras e na 
sequencia que parecer mais adequada ao curso da entrevista. 
• Grupos de discussão – são entrevistas cuidadosamente planejadas com 6 a 12 
pessoas de uma população-alvo, para discutir um tópico específico com um 
moderador treinado. 
• Observação direta – é a observação feita no local de uma atividade do programa, 
conduzida por um observador experiente, para monitorar como a atividade está 
sendo realizada. 
• Cliente simulado – é uma técnica em que a uma pessoa se apresenta como cliente 
para determinar a qualidade dos serviços que estão sendo prestados pela equipe 
do programa, que não sabe que está sendo observada. 
• Observação etnográfica – como na pesquisa antropológica, a coleta de dados 
etnográficos envolve trabalho de campo intensivo, no qual o pesquisador participa 
e observa os eventos de todo dia na comunidade ou grupo sendo estudado durante 
um período de tempo relativamente longo. Envolve a observação de 
comportamentos, redes sociais e eventos em um ambiente natural. 
EXEMPLO DE MATRIZ DA AVALIAÇÃO PROCESSUAL 
EXEMPLO DE MATRIZ DA AVALIAÇÃO DE RESULTADOS 
MATRIZ DA AVALIAÇÃO 
Objetivos 
específicos 
Perguntas 
de 
avaliação 
Indic. 
quantit. 
Indic. 
qualit. 
Fontes de 
informação 
Formas de 
coleta de 
dados 
Periodicidade 
1. 1. 
2. 2. 
 
ORÇAMENTO 
QUANTO CUSTA E QUAIS SÃO OS RECURSOS NECESSÁRIOS? 
• O orçamento é um resumo ou cronograma financeiro do projeto. 
• Indicação com o que e quando serão gastos os recursos. 
– Material de consumo (custeio). 
– Custos administrativos. 
– Equipe Permanente. 
– Serviços de terceiros. 
– Diárias e hospedagem. 
– Equipamento. 
– Obras e instalações. 
• Financiadores. 
• Memória de cálculo - descrição detalhada de todos os custos. 
• Despesas diretas de caráter administrativo. 
• Despesas indiretas (incorporadas ao orçamento geral da instituição). 
• Limite dos valores para avaliação. 
• Cronograma de desembolso. 
ORÇAMENTO 
Quant. Despesas diretas Despesas indiretas 
Valor 
unitário 
Valor total Valor 
unitário 
Valor total 
1. Custo fixo 
1.1. 
Sub-total 
2. Pessoal 
3. Encargos sociais 
4. Escritório 
5. Transporte 
6. Alimentação 
7. Comunicação/ 
divulgação 
8. Outros gastos 
Total - 
EQUIPE 
QUEM VAI FAZER? 
• Pessoal administrativo. 
• Técnico. 
• Consultores. 
• Coordenação. 
• Equipe multidisciplinar. 
• Pessoas do local - sustentabilidade das ações. 
• Qualificação profissional dos integrantes da equipe técnica doprojeto – 
formação e experiência (currículo). 
• Especificidades técnicas que contribuam para implementação das ações 
do projeto. 
• Vinculação profissional. 
• Como serão tomadas as decisões? 
 
OUTROS ELEMENTOS 
• CONDIÇÕES INTERNAS E EXTERNAS 
• REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
• SUMÁRIO EXECUTIVO 
• ANEXOS

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