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ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Profª Drª Ludmila Fontenele Cavalcanti Escola de Serviço Social – Universidade Federal do Rio de Janeiro CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • Projeto como instrumento do planejamento • Elementos conceituais na formulação de projetos sociais • Contexto e características do projeto • Ciclo de vida do projeto • Elementos que compõem o projeto • Sustentabilidade • Avaliação e monitoramento • Cronograma • Orçamento POLÍTICAS PÚBLICAS • Conjunto de ações coletivas que garantem direitos sociais, por meio das quais são distribuídos ou redistribuídos bens e recursos públicos, em resposta às diversas demandas da sociedade (Cavalcanti, 2009). • São fundamentadas pelo direito coletivo. • De competência do Estado. • Envolvem relações de reciprocidade e antagonismo entre o Estado e a sociedade civil. • O caráter governamental não implica a exclusão dos agentes privados. • Constituição de 1988 - marco político-institucional e jurídico, incorporou a visão do caráter universal dos direitos, tratando-os sob a regra de equidade e da justiça - alteração no padrão de proteção social brasileiro. • Novo desenho institucional e da prestação direta de serviços à população. • São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados. GESTÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS - CONTEXTO • Descentralização. • Dependência de fluxos e vinculações constitucionais. • Distanciamento da área econômica. • Burocracias com baixíssima articulação horizontal. • Reforma do Estado. • Focalização da ação governamental em determinadas atividades. • Entrada de organizações não-governamentais e da iniciativa privada na realização de serviços de interesse público. • Exigência dos órgãos internacionais. • Ampliação e aprofundamento dos mecanismos de controle social. • Fragmentação da problemática social. • Escassez de recursos públicos destinados à área social. • Crescimento das demandas. • Exigência por uma gestão “eficaz, eficiente e efetiva” dos projetos sociais. • Importância da efetividade das ações. • Mitos que afetam a gestão das políticas sociais. • Necessidade de aperfeiçoamento do processo de tomada de decisão na gestão dos projetos, em especial na área social. PLANEJAMENTO • Seleção de meios apropriados, para a realização de fins políticos, econômicos e sociais desejados para o bem comum. • Envolve a definição de ideias, desejos e compromissos, envolvendo pessoas que tomam decisões técnicas, políticas e administrativas de forma coerente com as conquistas e dificuldades do processo de construção de uma política pública. • Processo permanente, dinâmico e metódico de abordagem racional. • Supõe uma sequência de atos decisórios, ordenados em fases definidas e baseado em conhecimentos científicos e técnicos. • Planejar e decidir no presente as ações que se executarão no futuro para realizar propósitos pré-estabelecidos. • Processo antecipado de alocação de recursos para o alcance de fins determinados. TIPOS DE PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO • É conceituado como um processo gerencial que possibilita estabelecer o rumo a ser seguido, com vistas a obter um nível de otimização. PLANEJAMENTO TÁTICO • Tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a instituição como um todo. PLANEJAMENTO OPERACIONAL • Pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. PLANO, PROGRAMA E PROJETO • Os termos plano, programa e projeto designam modalidades de intervenção social que diferem em escopo e duração (Cohen e Franco, 1993). • O plano contém o programa, que, por sua vez, contém o projeto. • As intervenções podem ser ainda nacionais, regionais ou locais (focalizadas). PLANO • Delineia as decisões de caráter geral, as suas grandes linhas políticas, suas estratégias e suas diretrizes. • Agrega programas afins, estabelecendo um quadro de referências mais amplo para a intervenção. • Determina o modelo de alocação de recursos resultante da decisão política. • Dispõe as ações programáticas em uma sequencia temporal de acordo com a racionalidade técnica das mesmas e as prioridades de atendimento. • Inclui a estratégia - os meios estruturais e administrativos, assim como as formas de negociação, coordenação e direção. PLANO, PROGRAMA E PROJETO PROGRAMA • O programa é basicamente um aprofundamento do plano: os objetivos setoriais do plano irão constituir os objetivos gerais do programa. • Estabelece as prioridades da intervenção. • Identifica e ordena os projetos. • Define o âmbito institucional. • Aloca os recursos a serem utilizados. • Geralmente se acha sob a responsabilidade de um coordenador, de equipe de coordenadores ou de uma secretaria executiva. PROJETO, PROGRAMA E PLANO PROJETO • Unidade mínima (mais operativa) de destinação de recursos, que, por meio de um conjunto integrado de atividades, pretende transformar uma parcela da realidade, suprindo uma carência ou alterando uma situação-problema. • Empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter- relacionadas, com o fim de alcançar objetivos específicos, dentro dos limites de um orçamento e de um período de tempo dados (ONU, 1984). • Orientado à produção de determinados bens ou a prestar serviços específicos. • Instrumento gerencial. • Características: singularidade, complexidade, incerteza, delimitação de tempo, delimitação de recursos, beneficiários, gerência específica, interdisciplinaridade. PLANEJAMENTO PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS • Uma maneira clara de se fazer uma distinção entre um projeto e outras formas de planejamento é considerá-lo como uma tentativa de solucionar um problema, de preencher uma necessidade. • Empreendimentos finitos que têm objetivos claramente definidos em função de um problema, oportunidade ou interesse de uma pessoa, grupo ou organização (Maximiniano, 1997). • “Projeto social” é um planejamento para solucionar um problema ou responder a uma carência social. • É pouco provável que um projeto isolado possa resolver um problema ou uma situação social negativa. • Há programas e projetos que visam suprir necessidades agudas e temporárias, outros que pretendem enfrentar problemas duradouros, e outros que almejam prevenir problemas futuros e/ou desenvolver o potencial humano (Cotta, 1998). • Deve partir de uma percepção acurada da realidade, de forma que se possa distinguir entre potencialidades e riscos dos possíveis cursos alternativos de ação. AMBIENTE ADEQUADO À ELABORAÇÃO DO PROJETO Empreendimento coletivo que requer: Concentração. Espírito de grupo. Papel da liderança. Capacidade técnica. Criatividade. Comprometimento. Um projeto surge em resposta a um problema concreto, transformando IDÉIAS em AÇÕES. A organização do projeto em um documento nos auxilia a: Sistematizar o trabalho em etapas a serem cumpridas. Compartilhar a imagem do que se quer alcançar. Identificar as principais deficiências. Superar e apontar possíveis falhas durante a execução das atividades previstas. COMPETÊNCIA TÉCNICA • Para propor, conduzir e avaliar intervenções no campo social deve ser buscada através de: – capacitação dos executores. – contratação de consultoria externa. – cooperação técnica de especialistas. • Compreender e incorporar o conhecimento acumulado pelos próprios beneficiários e demais atores que vivenciam e estão a “driblar” cotidianamente a situação-problema (métodos participativos de planejamento, gestão e avaliação de projetos na área social) - construção de consensos e de explicitação de dissensos. • Compromisso ético. • Clareza na apresentação do problema em foco e dasalternativas escolhidas para enfrentá-lo, de forma que possa ficar explicito para o leitor quais são os resultados e impactos esperados - capacidade de comunicar (objetividade e concatenação lógica entre os elementos). • Técnicas que auxiliam na identificação do problema (priorizar) e na definição de soluções e escolha de alternativas. CICLO DE VIDA DE UM PROJETO CONCEPÇÃO OU ELABORAÇÃO • Preparação, modelagem e conceituação. • É o momento da identificação do problema, definição dos objetivos, programação das atividades e confecção da proposta técnica do projeto. ESTRUTURAÇÃO • Detalhamento dos planos operacionais, da organização da equipe executora, mobilização dos recursos e meios para a realização do projeto. DESENVOLVIMENTO OU REALIZAÇÃO • Implementação do projeto. • É o período quando as atividades previstas são realizadas e acompanhadas, de acordo com o planejado. Por vezes é necessário alterar a programação, em razão de fatos não previstos. ENCERRAMENTO • Prestação de contas, consolidação de resultados, elaboração de relatórios finais, avaliação. • É o momento de cuidar da desmobilização do projeto, caso não haja prosseguimento. DEFINIÇÃO DO PROJETO O QUE VAMOS FAZER? • Acordo geral que abra portas e promova uma linguagem comum. • Indicação de pessoas para compor a equipe de trabalho. • Seminários (com facilitador) – construção participativa (adesão e reconhecimento do grupo de trabalho, motivação dos participantes). • Levantamento das informações necessárias (contexto, problema, obstáculos, recursos, etc.) . • A confrontação com a situação-problema - perspectiva de uma possibilidade de mudança na situação atual. • Caracterização da situação-problema - é necessário reunir informações atualizadas, que possam descrevê-la em termos quantitativos e qualitativos - “indicadores” que possam auxiliar na construção do cenário do projeto com maior precisão. • Definição concreta do objeto de trabalho, os propósitos, os objetivos que se tem e uma visão clara dos problemas que se quer resolver com a realização da ideia - recortar o escopo do projeto e definir o público alvo que se quer trabalhar. • Informações que permitam responder com clareza certas questões como: quem é o público-alvo? O que ele pensa? Como ele vive? Quais são os seus desejos e necessidades? DEFINIÇÃO DO PROJETO (CONT.) • O ambiente no qual se desenvolvem os projetos sociais é caracterizado pela presença de diversos atores. • Além de garantir maior coerência ao projeto, o respeito pela cultura e posição de cada um dos atores envolvidos contribui para uma validação dos resultados esperados e um compromisso do grupo com os objetivos estabelecidos pelo projeto. • Análise das diferentes alternativas de solução. • Escolhida uma solução - programar em detalhes o que vai ser feito, o que se espera que aconteça como resultado de nossa ação e o que se necessita agenciar e disponibilizar de modo a assegurar a realização. Produto dessa etapa: • O quadro de definição do projeto preenchido. • Equipe de pessoas que vai de fato se responsabilizar pela redação do projeto. • Grupo para pesquisar fontes de recursos. • Cronograma de trabalho. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO • Título do projeto. • Local em que será implementado. • Data da elaboração. • Duração do projeto. • Previsão de início. • Identificação do proponente/executor. • Instituições parceiras do projeto. HISTÓRICO DE EXPERIÊNCIA DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE/EXECUTORA • Indica a experiência e a aptidão da instituição em desenvolver trabalhos semelhantes ao proposto e demonstra porque irá obter sucesso. ROTEIRO • Nome ou tipo dos trabalhos/projetos/campanhas executados. • Data ou período dos trabalhos/projetos/campanhas executados. • Fontes financiadoras e valor do orçamento. • Principais resultados e conquistas alcançados. • Parcerias desenvolvidas com entidades financiadoras e outros órgãos. • Descrição das experiências já desenvolvidas. • Experiência e os resultados alcançados por gestões/direções anteriores nas áreas de interesse do projeto. INTRODUÇÃO - CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA/SITUAÇÃO QUAL O CENÁRIO DO PROBLEMA? • Delimitação dos problema a ser enfrentado. • Contexto. • Dimensões. • Origens. • Histórico. • Implicações. • Magnitude do problema. • Informações gerais sobre o público-alvo e suas condições de vida. • Desafios a serem superados. • Diagnóstico situacional. • Políticas públicas referentes. O projeto é uma resposta a um determinado problema percebido e identificado pela comunidade ou pela entidade proponente. JUSTIFICATIVA POR QUE O PROJETO DEVE SER APROVADO E IMPLEMENTADO? • Relevância do projeto. • Razões pelas quais o projeto deve ser realizado. • Como trazer impactos positivos para a população alvo do projeto. • De que forma as ações previstas contribuirão para transformar a realidade. • Demonstrar conhecimento amplo do problema, de sua interferência no contexto local e regional e da base conceitual com que se vai trabalhar. • Dados, referências bibliográficas e experiências que reforcem a justificativa. • Demonstrar as evidências da viabilidade do projeto. OBJETIVOS O QUE SE PRETENDE FAZER? • Este é o momento de definir o que se quer realizar. OBJETIVO GERAL • Demonstra de forma ampla os benefícios que devem ser alcançados com a implantação do projeto. • Genérico e de longo prazo. • Situação ideal almejada. • Expressa o que se quer alcançar com o projeto a longo prazo, ultrapassando inclusive o tempo de duração do projeto. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • São palpáveis, concretos e viáveis. • São os efeitos diretos das atividades ou ações do projeto. • Devem ser apoiados por um resultado que possa ser verificado por meio de ações singulares e completas. PÚBLICO ALVO QUEM SÃO OS BENEFICIÁRIOS DO PROJETO? • Uma definição clara do público-alvo contribui para criar linguagens e métodos adequados para atingir os objetivos propostos. • Faixa etária, o grupo social que esse público representa, e sua situação socioeconômica, entre outros. • Beneficiários diretos. • Beneficiários indiretos. • Participação dos beneficiários na execução do projeto. METAS COMO FAZER PARA ALCANÇAR OS OBJEIVOS? O QUE QUEREMOS? PARA QUE O QUEREMOS? QUANDO QUEREMOS? • Consistem em uma ou mais ações necessárias para alcançar certo objetivo específico. • Devem ser concretas, contendo elementos quantitativos e qualitativos relativos aos objetivos específicos. • São quantificadas e realizadas em determinado período de tempo. • Facilitam a visualização dos caminhos escolhidos. • Contribuem para orientar as atividades que estão sendo desenvolvidas. • Contribuem para a avaliação. • Cada objetivo específico deve ter uma ou mais metas. AÇÕES PREVISTAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO • Devem ser claramente descritas e relacionadas aos objetivos específicos e suas metas. • Devem ser numeradas em ordem cronológica de execução e indicando, quando couber, unidades de medida e quantidade. PLANO DE TRABALHO COMO FAZER? • Caminho a ser percorrido pelas etapas do projeto. • Possibilita a certeza de que os objetivos do projeto realmente tem condições de serem alcançados. • Referenciais teóricos são os pressupostos que a instituição considera relevantes e que contribuem para nortear a prática do projeto. • Método de trabalho é o conjunto de técnicas, instrumentos e recursos que serão utilizados. • Razões da escolha do método e a forma como será empregado para sensibilizar e mobilizar o público alvo. • Detalhamento das atividades. – Coordenação e gerenciamento das atividades (gestão participativa?). – Atividades de capacitação e treinamento. – Acompanhamento técnico sistemático e continuado (sistema de informação?). – Desenvolvimento de ações de disseminação de informações e deconhecimentos entre os envolvidos. CRONOGRAMA Objetivos específicos Ações M 01 M 02 M 03 M 04 M 05 M 06 M 07 M 08 M 09 M 10 M 11 M 12 1. A. B. C. 2. A. B. C. D. ANDAMENTO DO PROJETO SUSTENTABILIDADE • Previsão de perpetuação do projeto – estratégias de geração de recursos. • Perspectiva de atingir a autossustentabilidade. • É possível estimar a durabilidade dos resultados e dos impactos do projeto? • Os beneficiários ou outras instituições (comunidades, famílias, prefeituras, ONGs) pretendem dar continuidade ao trabalho após o término do financiamento? DISSEMINAÇÃO DOS RESULTADOS • Importância para a continuidade do projeto e para o impacto para a população alvo. • Planejada em nível local ou regional, incluindo: – Definição do que será objeto de divulgação (metodologias, técnicas, experiências). – Definição dos produtos por meio dos quais será feita a divulgação. – Definição das atividades de divulgação. – Definição da abrangência da divulgação . – Definição do público que se pretende atingir. • Disseminar é mais do que divulgar, é tornar o projeto palpável à sociedade (modelo de trabalho). AVALIAÇÃO O QUE MUDOU? • Importância. • Plano de avaliação. MONITORAMENTO • Atividade gerencial com vistas a determinar se os recursos materiais, humanos e financeiros são suficientes e adequados, se as atividades estão de acordo com o cronograma, e se o plano de trabalho foi atingido e alcançou os objetivos esperados (a maioria dos indicadores de avaliação são utilizados no monitoramento). • Momentos: acompanhamento, monitoramento, supervisão. • Fases fundamentais: – Estabelecimento de padrões de desempenho. – Mensuração dos resultados. – Comparação do desempenho real com o desempenho estabelecido. – Adoção de ações corretivas. AVALIAÇÃO TIPOLOGIA DE AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DE PROCESSO • Se dirige às atividades realizadas pelos provedores da intervenção (componentes técnicos e as relações interpessoais), compara os procedimentos empregados com o estabelecido nas normas e rotinas. AVALIAÇÃO DE ESTRUTURA • Contém informações sobre recursos físicos, humanos, materiais, formas de organização e funcionamento (normas e procedimentos), especificação de equipamentos e tecnologias disponíveis. AVALIAÇÃO DE RESULTADO • Se refere aos efeitos e aos produtos que as ações provocam, de acordo com os objetivos da intervenção, visa dimensionar as diferenças entre o momento inicial e os objetivos (metas) atingidos ao final de uma intervenção (considerar o caráter complexo e provisório dos processos sociais). AVALIAÇÃO DE IMPACTO • Reflete as consequências do programa ou serviço para quem recebe. AVALIAÇÃO COMO MEDIR AS MUDANÇAS? • Estratégias metodológicas (triangulação de métodos). • Atores implicados no processo de avaliação. • Orçamento. • Fontes de verificação. FORMULAÇÃO DE INDICADORES • Medidas específicas explícitas e objetivamente verificáveis relacionada com a seleção da estratégia metodológica. • Funcionam como um termômetro do progresso do projeto. • Fazem referência a um contexto específico. • Construído de forma comunicativa e dialógica. • Sinalizadores que buscam expressar sinteticamente um aspecto da realidade (variável). • Os indicadores se referem aos aspectos tangíveis e intangíveis. DIFERENÇAS ENTRE OS MÉTODOS QUANTITATIVO E QUALITATIVO Quantitativo Qualitativo Descreve “quantos?” e/ou “com que freqüência?” Descreve “como e por quê?” Fornece dados numéricos e estatísticos que permitem interpretações similares feitas por diferentes avaliadores Fornece dados sobre percepções, crenças, valores, etc, que podem ser interpretados de várias maneiras por diferentes avaliadores Exige amostras grandes, de preferência com seleção aleatória Permite amostras mais limitadas, geralmente sem seleção aleatória Geralmente requer pessoal com experiência em métodos estatísticos Exige a participação de pessoal com experiência na análise de dados qualitativos, e não estatísticos Os resultados podem ser generalizados para o total da população-alvo Os resultados não podem ser generalizados com confiabilidade estatística Usa principalmente perguntas fechadas com respostas limitadas Usa mais perguntas abertas Fornece respostas menos “profundas” sobre assuntos delicados Permite respostas mais “profundas”sobre assuntos delicados FONTES DE DADOS QUANTITATIVOS • Entrevistas estruturadas – realizadas por um entrevistador treinado, que usa um questionário padronizado para aplicar um conjunto de perguntas predeterminadas exatamente da mesma maneira e na mesma sequencia a uma amostra de pessoas, em geral selecionada aleatoriamente a partir de uma população-alvo específica. • Questionários auto-aplicados – usam um questionário altamente estruturado com respostas fechadas e previamente codificadas, não demanda pessoal treinado. • Dados secundários – dados já existentes que podem ser bastante úteis à pesquisa. Ex.: estatísticas dos serviços, censos, dados demográficos. FONTES DE DADOS QUALITATIVOS • Entrevistas em profundidade – são conversas individuais entre o entrevistador e o entrevistado (selecionado por atributos determinados). O entrevistador tem um conjunto de perguntas que servem de orientação para a discussão, mas possui flexibilidade para formular as perguntas com suas próprias palavras e na sequencia que parecer mais adequada ao curso da entrevista. • Grupos de discussão – são entrevistas cuidadosamente planejadas com 6 a 12 pessoas de uma população-alvo, para discutir um tópico específico com um moderador treinado. • Observação direta – é a observação feita no local de uma atividade do programa, conduzida por um observador experiente, para monitorar como a atividade está sendo realizada. • Cliente simulado – é uma técnica em que a uma pessoa se apresenta como cliente para determinar a qualidade dos serviços que estão sendo prestados pela equipe do programa, que não sabe que está sendo observada. • Observação etnográfica – como na pesquisa antropológica, a coleta de dados etnográficos envolve trabalho de campo intensivo, no qual o pesquisador participa e observa os eventos de todo dia na comunidade ou grupo sendo estudado durante um período de tempo relativamente longo. Envolve a observação de comportamentos, redes sociais e eventos em um ambiente natural. EXEMPLO DE MATRIZ DA AVALIAÇÃO PROCESSUAL EXEMPLO DE MATRIZ DA AVALIAÇÃO DE RESULTADOS MATRIZ DA AVALIAÇÃO Objetivos específicos Perguntas de avaliação Indic. quantit. Indic. qualit. Fontes de informação Formas de coleta de dados Periodicidade 1. 1. 2. 2. ORÇAMENTO QUANTO CUSTA E QUAIS SÃO OS RECURSOS NECESSÁRIOS? • O orçamento é um resumo ou cronograma financeiro do projeto. • Indicação com o que e quando serão gastos os recursos. – Material de consumo (custeio). – Custos administrativos. – Equipe Permanente. – Serviços de terceiros. – Diárias e hospedagem. – Equipamento. – Obras e instalações. • Financiadores. • Memória de cálculo - descrição detalhada de todos os custos. • Despesas diretas de caráter administrativo. • Despesas indiretas (incorporadas ao orçamento geral da instituição). • Limite dos valores para avaliação. • Cronograma de desembolso. ORÇAMENTO Quant. Despesas diretas Despesas indiretas Valor unitário Valor total Valor unitário Valor total 1. Custo fixo 1.1. Sub-total 2. Pessoal 3. Encargos sociais 4. Escritório 5. Transporte 6. Alimentação 7. Comunicação/ divulgação 8. Outros gastos Total - EQUIPE QUEM VAI FAZER? • Pessoal administrativo. • Técnico. • Consultores. • Coordenação. • Equipe multidisciplinar. • Pessoas do local - sustentabilidade das ações. • Qualificação profissional dos integrantes da equipe técnica doprojeto – formação e experiência (currículo). • Especificidades técnicas que contribuam para implementação das ações do projeto. • Vinculação profissional. • Como serão tomadas as decisões? OUTROS ELEMENTOS • CONDIÇÕES INTERNAS E EXTERNAS • REVISÃO BIBLIOGRÁFICA • SUMÁRIO EXECUTIVO • ANEXOS
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