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Teoria Geral do Processo
Teoria Geral do Processo
O que é o Direito?
Introdução a TGP
	O Direito, ainda que de modo sucinto, pode ser entendido como sendo um conjunto de normas e princípios que visam, por meio de mandamentos, estabelecer um comportamento ideal a ser seguido pelos indivíduos.
Introdução a TGP
	Debate sobre a importância dos princípios e regras na aplicação do Direito:
O que são normas? (Princípios + Regras)
	Princípios	Regras
	Mandamentos genéricos.	Mandamentos específicos.
	Orientam o sentido de uma decisão.	Plano da validade (Tudo ou nada).
Introdução a TGP
	Direito processual é o conjunto de princípios, de regras e de instituições que visa solucionar o litígio entre as partes.
O objetivo é a solução dos litígios entre as partes.
	Existe autonomia do Direito Processual, pois ele tem conceitos e princípios próprios distintos de outros ramos do Direito.
Introdução a TGP
	O Direito Processual pertence ao Direito Público, pois a maioria das normas é de Direito Público, como a Constituição, as leis.
Direito Processual é gênero do qual são espécies o Direito Processual Penal, o Direito Processual Civil, o Direito Processual do Trabalho e o Direito Processual Militar.
Introdução a TGP
O que seria o Processo jurídico?
Direitos foram violados ou sofreram algum tipo de dano.
	Ação judicial, a sequência de atos predefinidos de acordo com a lei, com o objetivo de alcançar um resultado com relevância jurídica.
	Instrumento utilizado para se analisar um problema proposto com o objetivo de obter uma decisão sobre o conflito. Trata-se de arbitrar relações litigiosas.
Fontes do Direito Processual
Introdução a TGP
•
Fonte,
	vem do latim fons, com o significado de nascente, manancial.
O que é uma fonte? é o ponto pelo qual ela se sai das profundezas da vida social para aparecer à superfície do Direito.
Introdução a TGP
Fontes históricas: Direito Romano;
Fontes instrumentais: regras jurídicas, códigos, leis, etc;
Fontes sociológicas ou material: Condicionantes sociais que produzem determinada norma;
Fontes Orgânicas: Órgãos de produção de normas;
Fontes Técnico-jurídicas: formação e revelação das regras jurídicas;
Introdução a TGP
De uma forma geral, temos as:
Fontes formais - São as formas de exteriorização do Direito. Ex. leis, costumes, etc.
Fontes materiais - São o complexo de fatores que ocasionam o surgimento de normas, compreendendo fatos e valores. São os fatores reais que irão influenciar na criação da norma jurídica. Ex. Conflitos e negócios.
Introdução a TGP
Duas correntes interpretativas:
Fonte Formal - Ex. O Estado é a única fonte do Direito, pois goza do poder de sanção.
Fonte Material - Ex. A única fonte seria as causas sociais influenciando a edição de normas jurídica - objeto da Sociologia do Direito.
Introdução a TGP
Miguel Reale, utiliza termo modelo jurídico no lugar de fonte formal - “estrutura normativa (fonte formal) que ordena os fatos segundo valores, numa qualificação tipológica de comportamento futuros, a que se ligam determinadas consequências”.
Teoria Tridimensional do Fato - Valor - Norma.
Introdução a TGP
Fontes podem ser classificadas ainda como:
Heterônomas, são impostas por agente externo;
	Ex: Constituição, Leis, decretos, sentenças normativas, etc.
Autônomas, são as elaboradas pelos próprios interessados;
Ex: Costumes, convenção e acordos coletivos, etc.
Introdução a TGP
Podem as fontes ser:
Estatais, ex. Constituições, leis, decretos, sentenças normativas, etc.
Extraestatais, ex. regulamento de empresas, costume, a convenção, acordo coletivo, contratos de trabalho, etc.
Profissionais, ex. trabalhadores e empregadores, como a convenção e o acordo coletivo de trabalho.
Introdução a TGP
Quanto à vontade,
Voluntárias, dependentes da vontade dos interessados. Ex. Contrato de trabalho, convenção e acordo coletivo (bilateralidade);
Interpretativas, impostas coercitivamente às pessoas pelo Estado. Ex. Constituições, as leis, sentenças normativas, etc.
Introdução a TGP
ATENÇÃO! Pode-se dizer que as normas de maior hierarquia seriam o fundamento de validade das regras de hierarquia inferior.
Introdução a TGP
•
Leis Ordinárias importantes:
Lei nº 13.105/2015 - CP Civil.
Decreto-lei nº 3.689/41 - CP Penal.
Decreto-lei nº 5.452/43 - CL Trabalhistas.
Decreto-lei nº 1.002/69 - PP Militar.
Lei nº 6.830/80 - Lei de Execução Fiscal.
Introdução a TGP
Determina o art.15 do CPC de 2015 que “na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas, administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente”.
Os regimentos internos dos tribunais também versam sobre processo, especialmente sobre procedimentos no âmbito desses tribunais e no que diz respeito ao trâmite de recursos.
Introdução a TGP
•
Fontes do Direito Processual:
A jurispridência exerce importante papel ao analisar as disposições processuais.
A súmula, a jurisprudência ou o procedente passam a ser fontes de direito. Assim, passamos de um sistema de civil law para um sistema de common law.
A doutrina é fonte, porém, os juízes não estão obrigados a observar a doutrina em suas decisões, tanto que a doutrina muitas vezes não é pacífica, tendo posicionamentos opostos.
Introdução a TGP
Súmula vinculante que, a partir de sua publicação na impresa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (art.103-A da CF/88).
A autoridade competente para emitir súmulas no Brasil é o Supremo Tribunal Federal. No entanto, elas não têm poder de criar leis, sendo apenas uma interpretação consolidada das normas existentes.
Introdução a TGP
Art.28 da Lei nº 9.868/99, declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade e a declaração parcial de inconstitucionalidade têm eficácia contra todos e feito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.
	Os costumes, os tratados, as convenções internacionais, desde que tenham sido ratificadas por nosso país.
Aplicação das normas do Direito Processual
Aplicação das normas do Direito Processual
Interpretar a norma é compreender o que o legislador quer dizer.
É dar o seu significado, é mostrar o sentido da mesma.
Entender seu conteúdo e a sua extensão.
Analogia, preencher os claros deixados pelo legislador, utilizando de uma regra semelhante para o caso em exame;
Aplicação das normas do Direito Processual
	Integrar, completar, inteirar a norma, o que seria isso?
Aplicação das normas do Direito Processual
	O interprete fica autorizado a suprir as lacunas existentes na norma jurídica por meio da utilização de técnicas jurídicas.
art. 8º da CLT - As técnicas jurídicas são a analogia e a equidade, podendo também ser utilizadas os princípios gerais do Direito.
Decisão por Equidade - Decisão que julgue mais justa e equânime, busca suprir uma imperfeição da lei ou torná- la mais branda de modo a moldá-la à realidade.
Aplicação das normas do Direito Processual
	art. 4º do Decreto-Lei	nº 4.657/42 - LINDB - quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais do direito.
	art. 3º do CPP - a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais do direito.
Aplicação das normas do Direito Processual
Interpretação extensiva
	Como o próprio nome já sugere, trata-se de um mecanismo de interpretaçãoda lei penal. É aplicado nas hipóteses em que, por falha do legislador, a lei não diz tudo o que deveria dizer, cabendo ao juiz (intérprete) ampliar o seu alcance para além do que está expresso no texto legal.
Aplicação das normas do Direito Processual
Eficácia da norma (produção de efeitos).
	É a produção de efeitos jurídicos concretos ao regular as relações.
A vigência da norma diz respeito ao seu tempo de atuação;
Aplicabilidade tem osentido de pôr a norma em contato com fatos e atos;
Aplicação das normas do Direito Processual
	Em resumo, a eficácia compreende a aplicabilidade da norma e se ela é obedecida ou não pelas pessoas;
Eficácia no tempo,
refere-se à entrada da lei em vigor.
A lei entra em vigor na data de sua publicação.
Aplicação das normas do Direito Processual
	Há três teorias sobre aplicação de novas nromas de direito processual:
	1. a lei nova não poderia retroagir para alcançar atos processuais já praticados;
	2. a lei nova atigiria a fase processual que estivesse em curso;
	3. se o ato processual foi praticado sob o império da lei velha não será atingido pela lei nova.
Aplicação das normas do Direito Processual
	A lei nova não pode produzir efeitos sob ato já praticado sob império da lei anterior;
	Assim, os atos processuais já praticados estão resguardados pelo direito adquirido e pelo ato jurídico perfeito, não se lhes aplicando a lei processual nova.
art. 2º do CPP - A lei processual penal aplica-se desde logo, 	sem prejuizo da validade dos atos realizados sob a vigência 	da lei anterior.
Aplicação das normas do Direito Processual
Eficácia no espaço,
diz respeito ao território em que vai ser aplicado a norma.
De modo geral, a lei processual é territorial, aplicando-se apenas no território brasileiro.
A execução de sentença estrangeira depende de sua homologação pelo STJ (art. 105, I, i, da Constituição). É o que chama de juízo de delibação. Homologação de sentença estrangeira é feit por ato monocrático do presidente do STJ.
Princípios do Direito Processual
Princípios do Direito Processual
	São normas elementares, requisitos primordiais, proposições básicas;
	Verdadeiro alicerce do sistema jurídico, exatamente por definir a lógica e a racionalidade.
	Os princípios podem ser considerados como fora do ordenamento jurídico, pertencendo à ética.
Princípios do Direito Processual
	Os princípios podem originar-se da ética e da política, mas acabaram integrando-se e tendo aplicação no Direito.
	Os princípios estão no âmbito do direito natural, do jusnaturalismo. Para essa corrente, os princípios estariam acima do direito positivo.
	Fundamentos que irá informar e inspirar as normas jurídicas.
Princípios do Direito Processual
Norma jurídica é gênero, englobando como espécies regras e princípios. Princípios são normas jurídicas.
Regras são aplicação dos princípios. Tem o princípio acepção filosófica, enquanto a regra tem natureza técnica.
Princípios do Direito Processual
Funções dos princípios:
	1. informadora - serve de inspiração ou orientação ao legislador;
	2. normativa - fonte supletiva, nas lacunas ou omissões da lei;
	3. interpretação - serve de critério orientador para os intérpretes e aplicadores da lei;
	4. construtora - indicam o caminho que devem ser seguidos pelas normas;
Princípios do Direito Processual
	PRINCÍPIOS	OBSERVAÇÃO:	FUNDAMENTAÇÃO
	1.Devido processo legal	Contraditório, Ampla defesa, produção de provas, Assistência a advogado, Juiz imparcial, acesso ao judiciário, etc.	art.5º, inc. LIV, CF/88.
	1.1. Contraditório	Tese (Autor) x Antitese (Réu) = Síntese (Juizo).
Exceção, Tutela provisória de urgência. Ex. Cirurgia.	art. 5º, LV, CF/88.
	1.2. Ampla defesa.	Prerrogativa do Réu.	art.5º, inc. LIV, CF/88.
	1.3. Licitude da Prova		art.5º, inc. LVI, CF/88.
	1.4. Assistência a Advogado	Defensoria pública.	
	1.5. Juiz Imparcial	Vedado Tribunal de Exceção.	art.5º, inc. LIII e XXXVII, CF/88.
	1.6 Acesso ao judiciário	Prestação de Assistência jurisdicional gratuita, Dispensa de Advogado em algumas situações (habeas corpus, habeas data, causas e até 20 salários, etc.), Ações coletivas, etc.	art. 8º, Pct. São José da Costa Rica, art. 5º, inc. LXXIV e LXXVII
Princípios do Direito Processual
	PRINCÍPIOS	OBSERVAÇÕES	FUNDAMENTAÇÃO
	2.Igualdade processual	Exceções, Direito do consumidor e processo do trabalho.	art.5º, Caput, CF/88, art.7º e 139, inc. I do CPC.
	3. Razoável duração do processo		art. 8º, Pct. São José da Costa Rica, art.5º, inc. LXXVIII, CF/88 e art. 4º, 6º, 8º e 139 do CPC.
	4. Publicidade	Advogado é fiscal do juiz.	art.5º, inc. XIV e LX, art.93, inc. IX da CF/88, art.8º, 11 e 189 do CPC.
	5. Duplo Grau de Jurisdição		
	6. Motivação das decisões		art.93 inc. IX da CF/88 e art. 371 do CPC.
	7. Inafastabilidade do controle jurisdicional.	gratuidade da Justiça.	art.5º, inc. XXXV da CF/88 e art.3º, 98 ao 102 do CPC.
	8. Juiz natural.		art.5º, inc. XXXVII e LIII da CF/88.
Princípios do Direito Processual
	PRINCÍPIOS	OBSERVAÇÕES	FUNDAMENTAÇÃO
	9. Dignidade humana		art.8º e art.1048 do NCPC.
	10. Legalidade		art.5º, inc. II da CF/88 e 8º do NCPC.
	11. Eficiência processual.		
			
			
			
			
Princípios do Direito Processual
•
Devido processo legal,
	Em 1215 na Magna Carta dispunha que nenhum homem livre será capturado ou aprisionado, ou desapropriado dos seus bens , ou declarado fora da lei, ou exilado, ou de algum modo lesado, nem nós iremos contra ele, nem enviaremos ninguém contra ele, exceto pelo julgamento legítimo dos seus pares ou pela lei do país (§39).
Princípios do Direito Processual
	1791, 5ª Emenda Americana, “ninguém será privado da vida, da liberdade ou da propriedade sem o devido processo legal”.
	Na 14ª Emenda, em 1868, “Nenhum Estado [...] privará qualquer pessoa da vida, da liberdade ou propriedade sem o devido processo legal, nem negará a qualquer pessoa dentro da sua jurisdição a igual proteção da lei”.
Princípios do Direito Processual
Devido processo legal,envolve:
contraditório;
ampla defesa;
produção de provas;
assistência por advogado;
juiz imparcial;
Princípios do Direito Processual
•
Contraditório e ampla defesa,
Tese (autor)
Antítese (réu)
Juiz (síntese)
Princípios do Direito Processual
O contraditório e a ampla defesa também são assegurados em processo administrativo.
Ampla defesa diz respeito ao réu.
•
Juiz imparcial,
A imparcialidade do juíz é um pressuposto da relação processual;
Se o juiz é suspeito, fica maculada a possibilidade de o juiz atuar no processo;
Princípios do Direito Processual
A Constituição proíbe os juízes e os tribunais de exceção (art. 5º, XXXVII) não haverá juízo ou tribunal de exceção;
Há, portanto, um juiz natural para cada causa.
Princípios do Direito Processual
•
Acesso à justiça,
O Pacto de São José da Costa Rica prevê que “Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza”. (art. 08ª)
ATENÇÃO! Que princípios podemos retirar deste artigo?
Princípios do Direito Processual
Prestação de assistência gratuita;
	Nos juizados de pequenas causas até 20 salários mínimos não há necessidade de advogado;
	Ações coletivas, pois uma única ação beneficia várias pessoas ao mesmo temppo.
	Direito de ação, pois a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
São gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data.
Princípios do Direito Processual
•
Direito de Petição,
	Para a defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abusos de poder.
•
Igualdade Processual,
É o princípio da igualdade perante a lei, de forma genérica.
	O inciso I do art.139 do CPC prevê que incumbe ao juiz assegurar às partes igualdade de tratamento.
Princípios do Direito Processual
Empregado não pe igual ao empregador no processo do trabalho / Consumidor é a parte mais fraca na relação de consumo no Direito do Consumidor.
•
Equidade,
	Terão prioridade de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os procedimentos judiciais: I - em que figure com parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 anos (art. 1.048 do CPC).
Princípios do Direito Processual
•
Publicidade,
	IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serãopúblicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Princípios do Direito Processual
•
Motivação das decisões judiciais,
art. 93, IX discutido anteriormente.
•
Celeridade e razoável duração do processo,
	O direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa (art. 4º do CPC).
Incluir a atividade satisfativa é incluir a execução.
Princípios do Direito Processual
•
Legalidade processual,
Art. 05º da CF/88, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo a não ser em virtude de lei.
O Direito Processual tem natureza de direito público e depende da previsão da lei para se fazer ou deixar de fazer algo.
Princípios do Direito Processual
•
Licitude da Prova,
art. 5ª, LVI da CF/88, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
•
Oralidade,
O predomínio da palavra falada sobre a escrita, prestigiando- se mais a oralidade, também não deica de ser princípio de processo, sendo mais relevante no processo do trabalho, em razão de suas peculiaridades.
Princípios do Direito Processual
Processo do trabalho:
reclamação;
defesa ser oral em 20 minutos;
oitiva de testemunhas;
razões finais orais em 20 minutos;
Princípios do Direito Processual
•
Concentração dos atos em audiência,
	A concentração da maioria dos atos processuais em audiência é decorrência da celeridade e da oralidade.
•
Lealdade processual,
	As partes e seus advogados devem proceder em juízo com lealdade e boa-fé.
Princípios do Direito Processual
•
Economia processual,
	No processo, deve-se obter o máximo de resultado, com um mínimo de atividade processual.
	A consequência da economia processual é o aproveitamento da parte válida dos atos processuais. Não se anula todo o processo, apenas aquilo que não pode ser aproveitado (art. 283 do CPC). se o ato alcançar a sua finalidade, não se anula o processo (arts. 188, 277 e 281 do CPC).
Princípios do Direito Processual
•
Dispositivo,
Segundo o princípio dispositivo, o juiz deve julgar a causa com base nos fatos alegados e provados pelas partes, sendo-lhe vedada a busca de fatos não alegados e cuja prova não tenha sido postulada pelas partes. Tal princípio vincula duplamente o juiz aos fatos alegados, impedindo-o de decidir a causa com base em fatos que as partes não hajam afirmado e o obriga a considerar a situação de fato afirmada por todas as partes como verdadeiras.
Princípios do Direito Processual
•
Cooperação,
	Dispõe o art. 6º do CPC que “todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Resolução de Conflitos.
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
Meios de solução de conflitos:
•
a. autodefesa:
Uma parte cede a imposição da outra parte.
Ausência de um Juíz ou Árbitro.
Ex. Legítima defesa e o Estado de Necessidade no Direito Penal, art. 23. PORÉM,
art. 345, CP, ... não se admite o exercício arbitrário das próprias razões para a solução de conflitos.
art. 350, CP, ... exercício arbitrário ou abuso de poder.
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
•
b. autocomposição:
resolução de conflitos realizada pelas próprias partes.
Ex. A conciliação.
Três formas:
1. Renúncia de Direito;
2. Submissão (reconhecimento) do Direito do outro;
3.Transação (Negociação);
Ex. Acordos e Convenções coletivas.
Ações Bilaterais
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
•
c. Heterocomposição:
Solução de conflitos é determinada por terceiro.
Ex. Mediação, arbitragem e a jurisdição.
•
1. Mediação:
Características:
Terceiro imparcial sem poder decisório;
Dá orientação, porém, não decide;
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
Não tem poder de Coação e nem de Coerção;
Lítigio pode ainda não existir;
Solução é estabelecida pelas próprias partes e não imposta por um terceiro;
Faculdade das partes, ninguém é obrigado;
Ao final produz um título executivo extrajudicial;
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
	ou, um título executivo judicial, quando homologado judicialmente;
Uma mediação pode ser: qpré-processual; qprocessual;
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
•
2. Arbitragem:
	... solução de conflito, feita por um terceiro estranho à relação das partes;
Características:
	Forma voluntária de terminar um conflito;
	Temos uma decisão arbitral, ou sentença arbitral;
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
•
Instrumentos:
2.1 - Cláusula compromissória:
por contrato, art. 4º, lei nº 9.307/96.
2.2 - Compromisso arbitral: situação em que já existe o litígio e as partes irão submetê-lo a um árbitro, art. 9º, lei nº 9.307/96.
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
•
características: ....
	Impõe uma solução, mas não impõe sanção;
	Tem poder de decidir a questão;
	não existe concessões mútuas, irá se dizer quem tem a razão;
•
Possui:
oPartes; oLide; oContraditório; oCoisa julgada;
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
A arbitragem possui base contratual, é ato decorrente de compromisso.
Porém, a arbitragem não impede o acesso aos tribunais;
Pode-se pedir nulidade de sentença arbitral que esteja em desacordo com a lei 9307/96;
ATENÇÃO!
Arbitragem não constitui
tribunal de exceção;
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
De acordo com a lei, só é permitido a arbitragem quanto a direitos patrimoniais disponíveis (art.1º da Lei 9307/96).
•
Direitos patrimoniais disponíveis -
são bens de natureza privada ou contratual que podem ser alienados, que podem ser transacionados.
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
•
Vantagens da arbitragem:
1. Mais rapidez;
	2. Segredo, não incide a publicidade;
3. menos burocrática;
	4. Possibilidade da escolha do julgador - capaz, confiança e especialista;
5. Deve-se respeitar os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade e do livre consentimento;
6. Não fica sujeito a recurso;
7. Senteça arbitral tem força executória;
SOLUÇÃO DE CONFLITOS.
JURISDIÇÃO
•
Jurisdição ou Tutela
é a
forma de solucionar os conflitos por meio da intervenção do Estado, gerando o processo judicial. O estado diz o direito no caso concreto submetido ao Judiciário, impondo às partes a solução do litígio.
Definição de Jurisdição
	Dizer o Direito - este irá dizer o direito ao caso concreto que lhe foi submetido à apreciação;
Exige imparcialidade do juiz;
Decisões não cria normas;
	A jurisdição exige que haja lei anterior estabelecendo o Direito. A jurisdição não cria o Direito.
Depende de provoção;
FUNÇÕES DO ESTADO
Executivo;
Legislativo;
Judiciário;
	Prestar jurisdição - poder judiciário decorre da soberania;
	Judiciário exige lei anterior estabelecendo o Direito;
Não cria norma, Direito;
JURISDIÇÃO
“Função do Estado, pela qual este, querendo solucionar os conflitos de interesse - existencia de lide -, aplica a lei geral e abstrata aos casos concretos que lhe são submetidos”.
Através do acionamento da jurisdição - depende de provocação -, instaura-se um PROCESSO, que instituirá uma relação entre juiz-autor-réu, regido por um procedimento estabelecido pela lei.
ATENÇÃO!
Processo é meio e não finalidade.
CARACTERÍSTICAS DA JURIDIÇÃO:
	Característica	Definição.
	Inafastabilidade:	o juiz não pode se escusar de julgar um caso concreto invocando lacuna.
	Indelegabilidade:	só o Poder Judiciário pode exercer a função jurisdicional, não podendo delegar sua função, sob pena de ofensa ao princípio constitucional do Juiz Natural.
	Inércia:	a função jurisdicional não se movimenta de ofício, apenas por provocação dos interessados.
	Investidura:	a jurisdição só pode ser exercida por juiz que foi regularmente investido no cargo (característica de quem exerce a jurisdição).
CARACTERÍSTICAS DA JURIDIÇÃO:
Exige imparcialidade;
Decidir por equidade
(art. 140, CPC)
	Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
	Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstosem lei.
CARACTERÍSTICAS DA JURIDIÇÃO:
	“a equidade seria superior ao justo legal porque expressão do justo natural, ou seja, seria o justo, mas não o justo legal tal e como se desprenderia das palavras da lei, senão o autenticamente justo em relação ao caso concreto” - Parte da doutrina remete o conceito a Recaséns Siches.
CARACTERÍSTICAS DA JURIDIÇÃO:
Decidir por analogia
(art. 4º, LINDB)
	Art. 4o	Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
	“Aplica-se a solução de um caso previsto e regulado pelo direito a outro caso não regulado. O operador do direito deve argumentar que, se houvesse regulação prevista para o caso lacunoso, teria a mesma aplicação e solução do dispositivo legal o qual usa como referência”.
Poderes Jurisdicionais:
•
•
Poder de Decisão
Poder de Coerção
- proferir sentença;
- forçar as partes a cumprir com a
decisão, impor a solução do conflito as partes;
•
Poder de Documentação
- documentar os atos
processuais;
	No transito e julgado, a sentença, a vontade do Estado não poderá mais ser discutida (Princípio da Imutabilidade);
Jurisdição
	O juiz vai exercer a sua jurisdição de acordo com a previsão da lei e nos limites da circunscrição territorial determinada pela lei de organização judiciária local.
Território	Comarca	juiz de primeiro grau.
	COMARCA	ENTRÂNCIAS	OBSERVAÇÃO
	01 VARA	1º ENTRÂNCIA	Todos os assuntos relativos à justiça.
	+ 02 VARAS	2º ENTRÂNCIA	
	05 OU + VARAS	ENTRÂNCIA ESPECIAL	
CLASSIFICAÇÃO:
Quanto ao objeto (civil e penal);
Quanto a posição hierarquica (1º grau - Varas - Juizes / 2º grau - Tribunais - Desembargadores);
Quanto a proveniência - (jurisdição legal (juizes) e jurisdição convencional (arbitragem)).
Quanto ao organismo judiciário (justiça comum e especial);
QUANTO AO TIPO DE ÓRGÃO:
Nesse aspecto a Constituição Federal distingue a jurisdição entre a
justiça comum e a especial.
A ESPECIAL pode ser subdividida:
qTrabalhista (CF, art. 114)
qEleitoral (CF, art. 125)
qPenal Militar (CF, art. 122)
A competência	da	justiça	COMUM	é	supletiva	e	pode	ser subdividida em estadual (CF, art. 125) ou federal (CF, art. 109, I).
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO
	JURISDIÇÃO CONTENCIOSA	JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
	a parte busca uma solução que obrigue a parte contrária ao seu cumprimento;
a sentença sempre favorece uma das partes em detrimento da outra, já que decide um conflito.
exercida pelo juiz em razão da lide; Necessidade de proferir sentença; Há, portanto, um processo;	busca-se uma situação que servirá para a própria pessoa e a decisão beneficiará os envolvidos.
Não serve para que o juiz diga quem tem razão, mas tome providências necessárias para a proteção de um ou ambos os sujeitos da relação processual.
Não existe partes, nem lide;
existe interessados e não há contraditório; Não existe processo, mas mero procedimento;
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO
São procedimentos especiais de jurisdição voluntária: üHomologação de divórcio e separação consensuais; üHomologação de extinção consensual da união estável; üAlteração consensual de regime de bens do matrimônio; üNomeação ou remorsão de tutores ou curadores; üAutorização de venda de bens de menores; üAutorização do juiz para menor poder viajar;
üetc.
QUANTO A HIERARQUIA:
JURISDIÇÃO SUPERIOR OU INFERIOR
Os ordenamentos jurídicos instituem o duplo grau de jurisdição, princípio consistente na possibilidade de um mesmo processo, após julgamento pelo juiz inferior voltar a ser objeto de julgamento, agora por órgãos de instância superior do Poder Judiciário.
LIMITES DA JURISDIÇÃO.
Espacial, tem de ser exercida no local em que a lei determinar para o juiz;
•
Subjetivo,
se impõe aos brasileiros e a todas as pessoas
que estejam no território nacional;
O Ordenamento Jurídico.
Poder judiciário
	Juiz é a pessoa física que julga o processo, sua função é solucionar os litígios, de forma célere e justa, garantir o controle de constitucionalidade das leis e a tutela dos direitos fundamentais;
Instrumento de pacificação social;
Poder judiciário
	Tem autonomia administrativa e financeira (art.99 da CF88);
	Independência do Poder Judiciário é assegurada pelas garantias de vitaliciedade, da inamovibilidade e da irredutibilidade de subsídios;
	Independência política é a garantia do juiz para o exercício das suas funções.
Poder judiciário
Vitalicidade = aposentadoria compulsória aos 75 anos;
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
	I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
Poder judiciário
Inamovibilidade = O juiz não pode ser removido para outro local sem o seu consentimento (art.95, I, CF/88);
	II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
	Art. 93, VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
Poder judiciário
Irredutibilidade de subsídios;
Impedimentos = situações que importam que o juiz exercerá suas funções com imparcialidade e independência;
Art. 95, parágrafo único, da CF/88.
Poder judiciário
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
	I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
	IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela EC nº 45, de 2004)
	V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Poder judiciário
	Ainda, o Conselho Nacional de Justiça poderá apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos ATOS ADMINISTRATIVOS praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário;
Organização Judiciária
	Atenção! Compete a União legislar privativamente sobre Direito processual (art. 22, inc. I, da CF/88).
Estados organizarão a sua justiça (art.125 da CF/88);
	A magistratura é organizada em carreira (art. 93, Inc. I da CF/88);
	O Juízo é órgão do Poder judiciário e ele pode ter mais de um juiz;
Juiz é pessoa física que julga o processo;
Organização Judiciária
Art. 92 da CF/88, são órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC nº 45, de 2004)
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; Incluído pela EC nº 92, de 2016)
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Organização Judiciária
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal.	(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)	(Vide ADIN 3392)
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
Organização Judiciária
Tribunais são órgãos colegiados, integrado por vários juízes.
Organização Judiciária
Poder Judiciário
Órgãos jurisdicionais, art 92 da CF/88
Órgãos não jurisdicionais (CNJ, Ouvidorias dos Tribunais e a Escola de Magistratura).
Auxiliares do poder judiciário:
Secretaria;
Oficial de justiça;
Distribuidor;
Contadoria;
Organização Judiciária
Oficial de justiça não é exatamente órgão, mascargo. Entretanto, auxilia tanto na primeira instância, como nos tribunais. Sua função é cumprir os mandados determinados pelo juiz;
Distribuidor, neste caso, existindo mais de uma Vara na localidade, haverá um distribuidor, para a distribuição equitativa dos processos entrados;
Contadoria faz os cálculos de juros, correção monetária, custas e impostos a pagar, no inventário, e outras determinações atribuídas pelo juiz;
Ministério Público
Ministério Público, com a CF/88.
passou a ser considerado uma “instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis” (art. 127 da CF/88).
Exerce o papel de defesa da Constituição e de fiscal da lei.
É um órgão que está fora dos demais poderes. Tem, portanto, autonomia. É um órgão independente. Atua o MP em defesa da sociedade, tem a função de “contrapoder”.
Ministério Público
Princípios do MP:
A unidade = a instituição é una e indivisível.
A indivisibilidade = o MP não pode ser dividido.
A independência funcional = cada promotor ou procurador age de acordo com a sua consciência, não tendo subordinação aos juízes ou ao Poder Executivo;
Garantias dos membros do MP:
Vitaliciedade;
Inamovibilidade;
Irredutibilidade dos subsídios;
Ministério Público
Art. 128. O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
	O chefe do MP da União será o Procurador-Geral da Repúbluca (PGR), nomeado pelo Presidente de República;
Ministério Público
Os promotores de Justiça atuam no primeiro grau.
	Os procuradores de Justiça atuam perante o segundo grau.
	O MP tem autonomia funcional, administrativa e financeira - aqui deve-se levar em conta os limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias e os princípios da administração pública.
Ministério Público
Como fiscal da lei (custos legis) o MP oficia:
em caso de incapazes;
em casos de direito de família;
no usocapião;
em falências e recuperações judicias;
em mandados de segurança;
em habeas corpus;
em registros públicos;
Ministério Público
	O MP pode atuar como curador de menores, de fundações, de registros públicos, etc.
	Goza de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal (art.180 do CPC);
É nulo o processo quando o membro do MP não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir (art.279 do CPC);
Ministério Público
	Mesmos impedimentos dos juizes, por exemplo, exercer advocacia, receber honorários, exercer outra função pública, exercer atividade político-partidária, receber qualquer tipo de contribuição, estão sujeitos a quarentena de três anos, etc.
Advogado
	Presta serviço público e exerce função social;
	intermediário obrigatório entre as partes e o juiz, por ser quem fundamenta os poderes e instrui o processo.
Advogado
	As relações entre o advogado e o cliente são reguladas por contrato de direito privado, de pertação de serviços;
	No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público - é uma obrigação imposta por lei, em atendimento ao poder público, que beneficia a coletividade e não pode ser recusado, exceto nos casos previstos em lei.
Advogado
	A inviolabilidade do advogado é para os seus atos e manifestações no exercício da profissão, e não fora dela, mas, também, nos limites estabelecidos na lei. A inviolabilidade é uma proteção para o cliente, pois este fornece documentos ao advogado e apresenta informações, que não podem ser reveladas para outras pessoas.
Advogado
	Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do MP, devendo todos tratar-se com considerações e respeito recíprocos (art. 6º da Lei nº 8.906/94).
LEI Nº 8.906, DE 4 DE JULHO DE 1994 - Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil
	A OAB, serviço público, dotado de personalidade jurídica e forma federativa e tem como finalidade:
I. Defender a Constituição ...
	II. promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil;
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil
	A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico.
Órgão da OAB:
I. o Conselho Federal;
II. Os Conselhos Seccionais;
III. as Subseções;
IV. as Caixas de Assistência dos Advogados;
OAB - Ordem dos Advogados do Brasil
RESOLUÇÃO N. 02/2015 - (DOU, 04.11.2015, S. 1, p.
77), Aprova o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.
Defensoria Pública
	Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.
	LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Advocacia Pública
	Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado- Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Competência
Competência
é uma delimitação da jurisdição.
	Jurisdição é una (todo) X Competência é parte.
Competência, é a determinação jurisdicional atribuida pela Constituição ou pela lei a um determinado órgão para julgar certa questão;
Competência
Espécies de competência:
Competência Originária, é atribuida a determinado órgão e não a outro;
O processo neste caso, não inicia no 1º grau.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice- Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
Competência
Competência Derivada, decorre de previsão legal;
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: .... I a IX (CF/88);
Competência interna
(juizes
internacional
brasileiros) e	;
	Ex. Direito Interno e Direito Internacional.
Competência.
•
Competência Objetiva -
para determinado órgão julgar certa questão de acordo com:
Natureza da causa (matéria);
	Valor da causa (valor monetário);
Circunscrição judiciária (lugar);
Aspecto funcional;
•
Competência Subjetiva -
para determinado órgão julgar certa questão de acordo com:
Natureza dos sujeitos e pessoas, seus cargos, etc.
Competência.
	a matéria é de ordem pública, decorre da competência material e pessoal;
Competência Absoluta,	•	Competência Relativa,
a matéria não é de ordem pública, decorre da competência de lugar e valor (monentário);
Competência.
Competência relativa,
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio jurídico. (CPC)
Incompetência absoluta,
ser rescindidaArt. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode	quando:
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente - (Matéria e pessoa) - incompetente; (CPC)
Competência.
•
ATENÇÃO!
	Competência absoluta (material e pessoal) ou de função são inderrogáveis por convensão das partes
(art. 56 do CPC).
Qual eu posso alterar por 	convensão das partes?
Competência.
Competência relativa,
	Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela
conexão
ou pela
continência, observado o disposto nesta Seção.
Competência.
Conexão, é um nexo ou um vínculo que se estabelece entre duas ações pelo fato de o pedido OU a causa de pedir serem os mesmos.
Ex. Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. CPC.
Continência, quando duas ou mais ações tiverem identidade quanto às partes E à causa de pedir.
Ex. Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais. CPC.
Competência Comum,
Justiça Estadual e Federal;
Competência Especial,
Justiça Trabalhista, Eleitoral e Militar.
Competência.
•
Competência em razão do
lugar - De forma Geral,
determinada pelo domicílio;
•
Competência em razão do
lugar - De forma Especial,
determinada em razão das pessoas, coisas e fatos;
Competência.
Competência em razão de matéria, diz respeito à matéria que o juiz pode examinar num certo local;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
Competência.
•
Competência em razão de pessoa,
diz respeito às
pessoas envolvidas no litígio;
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário:
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;
Competência.
Competência em razão do valor - monetário.
•
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; (Lei nº 9.099/95)
Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. (Lei de nº 10.259/2001)
Competência.
Competência Territorial, indica o lugar que o juiz tem competência para atuar;
Ex. Tribunal de justiça, Estados.
TRFs, áreas estabelecidas por lei.
Juiz, Comarcas e Varas.
Competência.
Ainda sobre competência com relação ao lugar, exemplos,
Art. 70 do CC, é o lugar onde a pessoa estabelece a sua residência com ânimo definitivo.
Art. 71 do CC, se tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerá-se-á domicílio seu qualquer delas.
Art. 73 do CC, o lugar onde for encontrado.
etc.....
•
ATENÇÃO! Foro de eleição
é aquele que as partes, num
contrato, acordam no sentido de que qualquer pendência será resolvida em determinado local.
Competência.
Competência Funcional,
	é aquela fixada em razão de certas atribuições específicas conferidas aos órgãos judiciais em determinados processos;
	O juiz singular julga por sentença as questões que lhe são submetidas;
	No tribunal, o relator apresenta seu voto, que é analisado pelo revisor e pelo terceiro juiz. O resultado do julgamento é o acórdão, que é feito pelo colegiado que compõe a Câmara ou Turma.
Competência.
•
Perpetuação da Jurisdição
A competência do juiz perdura até o final da demanda.
	O juiz competete para conhecer e decidir a postulação continua competente até que se esgote a sua função jurisdicional com a decisão da causa.
Juiz prevento é o que tomou contato com o processo em primeiro lugar em relação a outros.
Competência.
•
Conflitos de competência,
Situações:
	a. Dois ou mais juízes se consideram incompetentes (Competência positiva);
	b. Dois ou mais juízes se consideram competentes (Competência negativa);
	c. Entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos (art.66 do CPP);
Competência.
•
A solução do conflito e um terceiro juiz:
O conflito de
competência pode envolver dois, três, quatro juízes ou mais. A solução do conflito pode recair na indicação da competência de um juiz que não tenha participado do conflito.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;
Competência.
	A parte que já tiver oposto exceção de incompetência não poderá suscitar conflito de competência [...] estar-se-ia admitindo expedientes protelatórios no processo.
•
Competência por distribuição,
	... no processo civil, o registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo (art. 59 do CPC).
Ação
Ação
	É o direito de provocar o exercício da tutela jurisdicional pelo Estado, para solucionar dado conflito existente entre certas pessoas.
Conceitos importantes:
Lide, é um conflito de interesses qualificado pela pretensão do autor, que é resistida pelo réu.
Controvérsia, são as razões de fato e de direito que o autor alega para exigir sua pretensão e o que o réu nega;
Natureza jurídica da Ação
	O direito de ação é decorrente do direito de petição, autônomo do direito material, sendo um direito público subjetivo da parte de invocar a tutela jurisdicional, que é prestada pelo Estado, e não pelo particular, como ocorreria na arbitragem ou na mediação.
	É direito subjetivo, pois se trata de faculdade de agir, de ajuizar a ação, e não de obrigação legal.
Natureza jurídica da Ação
•
ATENÇÃO!
	Na ação penal o titular da ação é o Estado;
	O Estado geralmente não é o titular da ação, salvo na ação penal ou quando é proposta pelo ente público;
Natureza jurídica da Ação
Temos no processo penal,
Ação pública incondicionada, competência do MP;
•
Ex. O Ministério Público, em caso de homicídio vai promover Ação Penal.
Ação pública condicionada, promovida pelo MP, mas condicionada à manifestação da vontade de uma pessoa, mediante representação do ofendido;
•
	Ex. Estupro de vulnerável, art. 225 do Código Penal.o estupro de vulnerável é caracterizado		
	pela conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos. Neste caso, a		
	ação penal pública era condicionada à representação da vítima ou de seu representante		
	legal.		
Natureza jurídica da Ação
Ação penal exclusivamente privada que é da competência 	do ofendido ou da pessoa que o represente.
Ex. Injúria e Difamação.
Ação penal privada subsidiária da ação pública que é 	proposta nos crimes de ação penal pública, se o MP não 	oferecer a denúncia no prazo legal.
Ex. A titularidade da ação penal nesse caso não é da vítima, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Natureza jurídica da Ação
Ação penal privada personalíssima que tem o exercício da competência, única e exclusiva, do ofendido.
Ex.
	Crime de injúria praticado contra funcionário público em razão de suas funções (art. 141, § 2º, do Código Penal).Crime de violação de correspondência (art. 151 do Código Penal)
Elementos da Ação.
Sujeitos
Causa de Pedir
objeto (pedido)
Elementos da Ação.
Sujeito da ação é a pessoa que pode ingressar com um processo perante o Judiciário.
Autor, polo ativo, são todas as pessoas que realizam a abertura de um processo na justiça, ou seja, é quem está pedindo algo ao juiz.
Réu, polo passivo, é a pessoa que responde à postulação, tem um processo contra si proposto perante o Poder Judiciário.
Elementos da Ação.
A causa de pedir vai ser a base para o pedido, que é consequência da pretensão resistida. A causa de pedir compreende os fundamentos de fato e de direito pelos quais o autor faz o seu pedido.
	O objeto da ação é o pedido de obtenção de um pronunciamento judicial, que pode ser favorável ou não ao autor;
O pedido é o que o autor deseja diretamente.
Classificação das ações individuais
A. Ações Individuais,
em que há um único autor no polo ativo;
polo ativo
e/ou Plúrimas,
em que existem vários autores no	da ação;
B. Ações Coletivas,
	ações que benefeciam um número indeterminado de pessoas;
Classificação das ações individuais
Quanto a providência jurisdicional, as ações individuais serão classificadas como:
de conhecimento;
de execução;
cautelares;
mandamentais;
Classificação das ações individuais
A. Ações de conhecimento,
são as em que se busca a solução de dado conflito de interesses ou de uma pretensão resistida, vai se buscar assegurar se o direito é devido ou não;
Quais as espécies de ações de conhecimento:
Declaratória;
Constitutivas;
Condenatórias;
Classificação das ações individuais
A.1. Ações declaratórias,
	o interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica.
Exemplo: Quando, no direito do trabalho, se reconhece o vínculo de emprego entre as partes, ou o reconhecimento da condição de filho, ou ainda a validade ou falsidade de determinado documento;
Classificação das ações individuais
A.2. Ação constitutiva,
	o autor irá pretender a criação, modificação ou extinção de dada relação jurídica;
Exemplo: sentença que reconhece causa para a separação judicial;
Classificação das ações individuais
A.3. Ação condenatória,
	são aquelas em que se busca a obtenção de um título judicial, assegurando o direito material pretendido, podendo ser uma obrigação de fazer, de não fazer e de pagar;
•
ATENÇÃO!
	Muitas vezes, nas ações constitutivas e condenatórias, é preciso que seja declarada a relação jurídica entre as partes para se modificar a relação anterior e determinar o pagamento de um valor;
Classificação das ações individuais
B. Ações executórias,
	visam à execução daquilo que já foi determinado na fase de conhecimento ou de cognição, quando se assegurou o direito material pretendido;
Classificação das ações individuais
C. As tutelas cautelares,
	Visam à concessão a certa pessoa de uma providência jurisdicional acautelatória, de cunho processual, visando ser possível a propositura de futura ação principal, na qual será discutido o mérito da questão;
	Ex. pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, penhora, etc.
Classificação das ações individuais
D. Ações mandamentais,
	Caracteriza-se por uma ordem, o juiz não condena, ordena. Essa ordem tem como principal escopo coagir o réu. Ou visam a que a autoridade cumpra uma ordem, fazendo ou deixando de fazer algo;
Exemplo, o madado de reintegração de posse expedido em favor do demandante.
Classificação das ações individuais
Quanto ao procedimento, as ações podem ser de: procedimento comum - é o “procedimento padrão,” o procedimento básico (regra geral) do processo civil. Ele é usado para a generalidade das situações de direito material.
procedimento especial - dizem respeito a situações especiais, são casos em que se demanda uma resposta rápida ou uma simplificação no procedimento, casos especificados pela legislação.
Classificação das ações individuais
•
Quanto ao objeto,
podem ser mobiliárias (bens móveis) ou imobiliárias (bens imóveis);
•
Quanto ao fim,
Ações reipersercutórias, o pedido é do que é devido à pessoa ou do que está fora do seu patrimônio. Ação em que o autor reclama a restituição de algo que se lhe deve ou lhe pertence, e que se acha fora de seu patrimônio, inclusive interesse.
Ex. penhora, hipoteca ou alienação fiduciária;
Classificação das ações individuais
Ações penais, são as que se pede uma penalidade, como a cláusula penal, a multa contratual;
Ex. condenação por homicídio.
Ações Mistas, são as ações em que há aspectos reipersercutórios e penais ao mesmo tempo.
	Ex. sonegação de bens em inventário, pede-se a devolução dos bens ao espólio, com cominação de pena;
Classificação das ações coletivas
O significado original da palavra “dissídio” é divergência, aplicada principalmente em âmbito jurídico para nomear os processos de disputa.
No direito trabalhista, o termo indica conflito, discórdia e desavença sobre as relações de trabalho.
	Assim, utiliza-se a palavra dissídio para denominar os processos judiciais que buscam solucionar os conflitos de trabalho, sejam coletivos ou individuais.
DISSÍDIO COLETIVO
Poderá ser ajuizada ação de Dissídio Coletivo, quando frustrada a auto composição de interesses coletivos em negociação promovida diretamente pelos interessados, ou mediante intermediação administrativa do órgão competente do Ministério do Trabalho.
A legitimidade para o ajuizamento é das entidades sindicais, ou quando não houver entidade sindical representativa ou os interesses em conflito sejam particularizados, cabe aos empregadores fazer o ajuizamento.
Classificação das ações coletivas
	Conforme os artigos 643 e 763 da Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT) e artigo 114 da Constituição Federal, cabe à Justiça do Trabalho processar e julgar dissídios de ações trabalhistas.
Os dissídios coletivos podem ser divididos em
econômicos ou de interesse ou jurídico ou de direito.
Classificação das ações coletivas.
Dissídios de natureza econômica,
	busca a criação de novas condições de trabalho, ou a modificação das já existentes;
Dissídios de natureza jurídica,
	visam apenas interpretar certa norma, declarando-se seu conteúdo ou sua aplicação correta. A interpretação poderá ser de um dispositivo legal, convencional ou de sentença normativa;
Classificação das ações coletivas.
Nos dissídios coletivos, não existem ações de natureza
condenatór ia, mas apenas de natureza const i tut iva ou
declaratór ia. A sentença normativa não tem natureza condenatória, apenas cria ou interpreta certa norma, que vai,
posteriormente, ser objeto de ação de cumprimento na Vara do Trabalho.
Ex. No caso corporativo, o dissídio é o desacordo que existe 	entre empregador e empregado em relação a benefícios como 	auxílio-refeição, auxílio-creche, plano de saúde, valor das horas 	extras, piso salarial e reajuste salarial.
Classificação das ações coletivas.
	Esses desacordos podem ser solucionados judicialmente ou por entendimento entre as partes fora do tribunal da Justiça do Trabalho.
	Como a maior parte das divergências entre empregador e empregado diz respeito ao valor do reajuste salarial, o tipo mais comum de dissídio sobre o qual ouvimos falar no mercado de trabalho é, justamente, o dissídio salarial.
Classificação das ações coletivas.
Dissídio coletivos originários,
Há a criação de condições de trabalho, art. 867 da CLT.
Dissídio de revisão,
	Quando destinados a rever normas e condições coletivas de trabalho preexistentes que se hajam tornado injustas ou ineficazes pela modificação das circunstâncias que as ditaram, isto é, em razão de fato superveniente, art. 873 a 875 da CLT.
Classificação das ações coletivas.
Dissídio de declaração,
sobre a paralisação de trabalho decorrente de greve dos trabalhadores;
Dissídio de extensão,
que visa estender as condições de trabalho a outras pessoas, arts. 868 a 871 da CLT.
A ação de cumprimento é a que visa cumprir o que foi estabelecidona norma coletiva, art. 872 da CLT.
Classificação das ações coletivas.
Importante não confundir o dissídio com outras normas:
Acordos Coletivos de Trabalho: acordos que ocorrem entre o sindicato do funcionário e a empresa;
•
= sindicato do funconário + empresa.
Convenções Coletivas de Trabalho: acordos entre o 	sindicato do colaborador e o sindicato da empresa, ou 	patronal.
•
= sindicato do colaborador + sindicato patronal.
Ë. TÃ NO ACORDÒ TEN FORÇA
DE LEIî
A¢ORDO
ACORDO COLETIVO DE TRABALHO
	É o acordo que estipula condições de trabalho aplicáveis, no âmbito da empresa ou empresas acordantes, às respectivas relações de trabalho. A celebração dos acordos coletivos de trabalho é facultado aos sindicatos representativos das categorias profissionais, de acordo com o art. 611 § 1º da CLT.
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	O artigo 611 da CLT, define Convenção Coletiva de Trabalho como o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.
Condições da Ação.
Possibilidade juridica do pedido
Interesse de Agir
Legitimidade da parte
Sujeitos
Causa de Pedir
objeto (pedido)
Elementos da Ação.
Condições da Ação.
Possibilidade jurídica do pedido: o pedido do autor tem de estar amparado por uma norma de direito material que o assegure;
	Hoje, o CPC de 2015 não mais considera possibilidade jurídica do pedido como condição da ação. Deve, portanto, ser considerado mérito, de analisar se existe ou não o direito da parte.
No processo penal se costuma dar o exemplo de
impossibilidade jurídica do pedido com ausência de tipicidade.
Condições da Ação.
Utilidade
Necessidade
Adequação
Interesse de agir: é o interesse da parte de recorrer ao Judiciário para a obtenção do reconhecimento de um direito ameaçado ou violado.
Utilidade, tem o sentido de obter o resultado útil na
utilização do Poder Judiciário.
Adequação, visa corrigir aquilo que pretende e não é satisfeito pelo réu.
Necessidade, é o fato de que, sem a intervenção do Poder Judiciário, não irá o autor obter o seu direito, pois a parte contrária se nega a satisfazê-lo.
Condições da Ação.
Legitimidade da parte: deve haver identidade da pessoa que faz o pedido (autor) com a pessoa a que a lei assegura o direito material. A ação só pode ser proposta por quem é o titular do direito. É a legitimação para agir.
Legitimação pode ser:
	ESPÉCIE	DEFINIÇÃO
	Ordinária ou comum	Quando é o próprio titular do direito quem ajuíza a ação;
	Extraordinária	Quando a lei autoriza que terceiro postule em nome próprio direito de outra pessoa; Ex. Condomínio. art.1.314 do CC.
Ex. o Ministério Público ao peticionar ao Poder Judiciário o mérito relacionado a crimes ambientais.
	Exclusiva	Só uma pessoa detém essa legitimidade para atuar em juízo;
Ex. é cabível a propositura para aqueles que tem o direito de representação, dentro do prazo decadencial de seis meses - Ação Penal Privada Exclusiva.
	Concorrente	Quando a ação puder ser proposta tanto pelo titular do direito como pelo terceiro; Ex. Cita-se a hipótese de que qualquer credor solidário pode incursionar em juízo a cobrança de uma dívida, ou toma-se por exemplo a propositura de ações coletivas.
Processo
Processo, Definição.
	é o complexo de atos e termos coordenados por meio dos quais a ação é exercitada, sendo concretizada a prestação jurisdicional por intermédio dos órgãos jurisdicionais.
O processo nasce com a propositura da ação.
Processo
	Processo é instrumento por meio do qual será exercitada a jurisdição.
	Processo é o complexo de atos que tem por objetivo ser proferida a sentença, que, em tese, seria a pacificação social da relação jurídica entre as partes.
Processo
Autos do processo,
	são a reunião de peças e documentos do processo, como a petição inicial, contestação, documentos e de defesa, ata de audiência, sentença, recursos, etc.
•
ATENÇÃO!
Não se consulta o processo, mas os autos do processo.
Processo
Espécies de processo:
1. Processo de conhecimento ou de cognição que envolve ações declaratórias, constitutivas e condenatórias;
2. Processo de execução que tem como fundamento o título, que pode ser judicial ou extrajudicial;
3. Processo cautelar ou tutela cautelar que pode ser preventiva ou preparatória, que é proposta antes da ação principal e incidente, depois da ação principal ser proposta;
Processo
O processo é uma relação jurídica complexa, que tem direitos, deveres e ônus a serem observados pelas partes, de acordo com a previsão da lei processual. É uma relação jurídica processual, em que são partes autor e réu, dirigidos pelo juiz.
A relação jurídica processual é uma relação de direito público, pois as normas são de ordem pública. A relação se desenvolve perante o Poder Judiciário, que é um órgão público.
Sujeitos do Processo.
O juiz não é exatamente um sujeito do processo, mas dirige o processo.
Os atores do processo são autor e réu.
•
ATENÇÃO!
Litisconsórcio é a existência de várias pessoas em cada polo da 	relação processual. O litisconsórcio pode tanto aparecer no início do 	processo, no qual vários autores ingressam com ação contra a 	mesma empresa, como no seu decorrer, em que aparecem outras 	pessoas estranhas à lide inicial;
Sujeitos do Processo.
Intervenção de terceiros.
	Terceiras pessoas, estranhas à lide, podem ingressar no processo, por provocação de uma das partes, ou, até mesmo, voluntariamente, para defender interesse próprio;
Pressupostos de EXISTÊNCIA do Processo.
Jurisdição (órgão)
Pedido (Petição)
Partes
Pressupostos de VALIDADE do Processo.
Competência;
Insuspeição [...] possibilidade da imparcialidade do juiz;
Inexistência de coisa julgada;
Inexistência de litispendência [...] o conflito de interesse não pode ser submetido duas vezes aos mesmos órgãos competentes;
Capacidade processual dos litigantes [...] as partes devem ser capazes para a propositura da ação e para a prática dos atos processuais;
Pressupostos de VALIDADE do Processo.
Regularidade da petição inicial [...] a petição inicial deverá atender os requisitos estipulados pela lei. Não atendendo esses requisitos a petição será considerada inepta;
Regularidade da citação [...] para o bom andamento do processo, há a necessidade de que a citação tenha se realizado regurlamente, sob pena de nulidade absoluta;
Pressupostos objetivos [...] pedido formulado ao juiz, citação do réu, inexistência de litispendência e coisa julgada;
Pressupostos de VALIDADE do Processo.
Pressupostos subjetivos [...] relativos ao juiz (jurisdição, competência e imparcialidade), relativo às partes (capacidade de ser parte, de estar em juízo e postulatória).
Procedimentos
Procedimento,
é a forma do andamento do processo.
	Dispões o art. 188 do CPC que os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente o exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Procedimentos
Lingua portuguesa;
Quanto a atividade
podem ser impulsionado de ofício pelo
juiz ou pode ser impulsionado pelas partes.
Quanto ao rito, procedimento pode ser ordinário e especial.
O procedimento é escrito, como a petição inicial, a contestação, a sentença.
Pode ser oral, como no caso dos depoimentos pessoais e testemunhais, mas que são transcritos na ata de audiência.
cIaudiafrancoIopesWhotmail.com
TRIBUNAL DO JURI
Pro c bifásico ou e scalonado
LEI DE DROGAS
CRIMES FUNCIONAIS
ABUSO DE AUTORIDADE
CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL
Procedimento Comum
_ _F,a¿t _ _
’'*"
’ S)aneament o
Fa5e
Instrutoria
Fase, Decisoria
Procedimentos Especiais
Apresen†açoo da denúncia pelo Ministério
Público ou queixa pelo querelante.
Art. 41 do CPP
Recebimento ou re,jeiçao da denúncia
Art 395 e A/Y 396 do C:PP
Prazo de 20 minutos, prorrogável por + 10 para cada um e 10 para o assistenteda acusação, quando houver, acrescentando
+ 10 para a defesa
¥*•••«•G•••t=• Convicçao de poss‹ dade
do crime - O processo segue para o jczri.
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