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Ética profissional por Mª Lúcia Silva Barroco

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;L~.: ". 'JêlUélfllOS lima ação certa ou erruds; cohsideramos que um Dlnigo nornpor.tou-se b(!~nou mal; ficamos .ern dú-.: t
i~!j:vj;h se um,a o?,.iio cscolhlrla Iol n mctbor; entrnrnos 1:)01 conflito quando wl11o~comid(;!rnd(ls~lljusioç ouincor,-ctos:',,'.,t
lF ':..~ ; i . [siús '!.Í tU:l,;:éí~s pr éticas; diz ern respeito ao comporuunento dos homens em sccledsdc ~ a juIZos que são fujo : \:
IL~~ -toS' a 'eles, -btillllü5 .u'a iando, m,st(!~casos; de RçÕe!. ~lo':Í1If.:de.um rawLf (\rnli!Uic_ó".,po;laf1lCnl.t.i··dian1~: de de terrnlna- '!~ti3:.·do~ p' obtem as l' de :()u',,~niO~ juíz;\:,dr. valer !:Jl,!U àprovern ou lIesaprovhlll luis comp ortumentos. .. . !
1(" ~l . rJi'lS, a pàrtir d'l.quais· critérios ó'LI"d';ClíJios'cmitililos jll(7.0S de valor? "!
. '~ . I'ure '\:i!;;,I" 'ju /;.0 cxistujirnn flom18:cone~ponrJentH; ;>ül'a jUI'Jilr, por exemplo, 1../IoraII/1I.NI((! .coudenévc! lllTl \.
~~~ ato cle cborto, é preciso que exis ta urn ptincCj)io queaprescntc .a ''Í:on~(!pçaocorno e ms!s. flolJre:íunção da ml!p;er; 011 L
!~': ~!l1tÍjOr.omicle~ar, o ~dultório múrf!IiIlDf1W CU,'PO,~v,prU$Sup~Q acatar, 0. princCpio qU7 considera o ,!)a~rill1ônio noturet .. '! .
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~~~ .M.}~, todos os individuos pensam tia mesma ·forma? Existe um s~ código mora] ou c:;;istero valorlJ$ qyc ,13 ': r
i~.:::~\~;?~trê;:~{}~;~?lJ\tn~lIrll Ó_óImesma nas d~ver.~ili; sociedades ou ela rnll~:' flb.lOri~Qmellle7 .' ." ~ :",' . i,
iL.,,:,:;:·'; z, .··-,.y.?~~squ:stçe~ íi.pt'l1t(lm para ,{I' caráter de ~r.ill1S~Onnêlç:r.olllstónc:a, da moral P2m ~rnopara ;1 rcl;.:çél::J,~XIS'/ .
.,./::!!Jj. ll'I)te C.~tri) ",oral c Id(iOIr.-9W de clesse, Nesta perspectiva de ab\Jrdé)~"!Il1. ccnslderurnos que existem numa dr;t~.rmlJ'\i1l1a ': t "o
!-!~. s;()t;:,ie.~!;Jdcc1i(,?mú/:s côdiças morais em 'contrnposiçéo ~lIS'.quef.~i~LCIi1~nlJ;!m UI!lil moral ~/o(l'lil,al!t~,,?>:~.,.Co.I:I:e~p~I.1dl3'.']
t:;',:~~:-éI l'~sa~)-tlom~"./f/()das clusses qull d~!l.hn o poder (~COnól1\I'::(l, poltüco, soclnl ~,clJlt,vra~. ,; -: ;:~":,~:":.,., ,;t
I: '. r .:.'F'l1rll qll\~ 1I,:TI::Jrl,1 domlnante $C reproduz a o prnclso haver urna VCC!ItiI;:~;), um- cousenso: ..sociat, 0',1 Selé!,." i,.
, drl:-.r!'!':'~1a.d6s V~iQi~i;~p·~s!:.,ril a scr:lriültirna?o~ I~O,ll~ore?,e~piila!'i'iOS de t,~~lil a soci~ci3de, .E~la "<Jd~s~o~~':é ~?C;ifl,mas .{
1::.cXisl~ ta.mbém ~: ll(y~I.II:,~i\'!duiJl,;~~~i(,tivo. 1\~~~I~, _c}<~~t(:rrI:;~ilU,a\:0~s (l'JO n~o ,irnpli~(1~ c~n.sar\~ões}~gdis l:ilto selalll ':.l:
r~!i';'-".~8~I.lsideraclil~·~or~Im.,c,,r't~ ..:In~orr~!:~~.;NSo ~orn~s luip"~os ~Y'p~l1\dO~,I()tt31~nen.te S(~men\l,rrti,osa um. al;l~ItJ0;~Q ,f,~lta,rmos.:· L .. ~'i
~~:' a. um .'f!nc:on,~,ro;s~:;~I!,t,~rfn.os"p(lr,nf.lgar os valói·e5;n:cil:als.cstil,!J~\·lecldqs~?omo corretos, ':anfvel de npssa,vlc/aye$~Q~I'r' '<
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.~ :JTJ.o~~1I/ltf!n!é'I!lado·!(lC/m.Nl1en~eJqLio aprovaou desaprova, "cutpas (3 deveres; E como,-!'oolho.éle:p'elJ.s Cfllc.e~t~.llm,,;'i.~,
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A ccnstatacão de que existo um nfvel vnlor ação moral Que é individual, suble tivo coloca a relação Ilnt, i
Indivfduo e j) sociedade. Mesmo entcnucndo que temos, li nível individunl, nossos vatores (que foram aceitos intim ••'
rncrue}, n5u podemos esquecer qUI! somos influenciados Q determinados pelos valores oSlillxlecidos sociotmente, corres-
pondam eles aos valores dominantes ou n50.
Coloca-se assim o caréter social da moral. Umà ccão que n50 envolve outras pessoas n50 é uma ;;'Ç'fi.,moral.
Mesmo em situações Que ap arentemante Implicam nll resaonsotntiüed» de um' só indivfdIJo,' (devo di~c" a verdild27 .
sou livre para decidir meus atosl), ~xistem consequências das açõus lndívidueis Que olutar50 outro indivíduo, gruJ.)os SO'
.clais ctc. Assim, todo ato moral implica numa retnção social, Il portanto num compromisso,
A nfvel do senso comum, moral e ética são usados corno sinônimos. Dizernos que ~ folta ele érlcn aqir da
determinada maneira: na verdade a ética "parece ser daquelas coisas que todo-mundo sabe o qUI! Ó mil~ não sabe ex-
, plicar". •
O comportamento prático moral dos homens existe desde as sociedade primitivas, porém a retlexão teóri-
ca-fllosôficc ~obre ele ocorre posteriormente com o início da íilosofi~ Assim, quando tr atumos lia reflll,.;50 sobra os
. ~'n. '.•.•nrnis a nlvcl da filosofia, da teoria, A ética trata portanto de entender, compreender questões COIllO a liberdade,
•. ,-,~-, rl!!n'A IlHOS vnlores historlcamonto.
Define-se portilrno 11 t: ,'<,•• ~~"'_
c 3 relaçiio entre Moral e ética como "/I relação .entre urna ciência especr rrca t;J .~ ••• v_,,,,
. Vi\squezl.l. 1,
I:' Recorrendo o estudos, da 'E tica, encontramos as seguintes definições de. Mora~:
·_· •• ~I rlno homens um soctcdadc"
"Moral' é um conjunto sistemático de normas Que orientam o homem para a rCB-
1izaçãq de seu fim, sendo o timúttimo do homem, .o de reallz ar, peto exercfcio do sua li-
betdsda, a perfeição de sua natureza". (Pequena Enciclopédia de loAoral e Civismo - Fer-
nando B. Ávilal. ~' " • ~' ,
"M oral é um sistema de normas, prlnctpfos e valores. segundo os quais.são rcqu-
lament'ldas as relações mútuas dos homens em .sociedade, entre os lndlv íduos ou eútre
estes e a comunidade. Estas norrnasrdotadas de .urn caráter históriéo a social, devem ser
.acatadas /iflre e conscientemente, por uma convtcaçãé íntima e não de maneira rnecãnica e
imp~ssoal;'. (~tjca -,Adolló S. Va~que:).· ; . .: '
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Aparentemente, ;imbas as deflnlções referem-se à relação entre moral e valor, tendo em vista um dos valores
mais ,signiliciltivos na reflexão. ótica: ,a' liberdade. Entretanto: se analisarmos rnals pr olundernente as duas concepções,
veremos que existerndlterenças de ordem filosófica entre elas, o que lrnptica em carecterlzá-las como visões de mundo
que se contrapõem nu busca de explicar a realtdade., ~...•t.. •.. .' .'. -
A primeira refere-se ao homern entendido corno ser universal; a, existência social. é o meio pari! que ele en-
contre 3 sua' esséncie, que Iaz parte da sua 'natureza. ~ (ia 'naturezá do homem ser perfeito c a SUiIrcaliz açâo como ser
humano é dnda pela perspectiva -do conheclmento li da busca, tios vetares universsis, que alcançados o aproxlrnarão de
um modelo de pertoiçéo, Deus, o ser mais perfeito ao qual e5les-valon:~ 5U referernr Amol'al-deve orieruar os homens
na busca da reallz ação do "fim último do homem: a perfeiç[io de sua ruuurezo", i .
Tr ata-se de 'uma leitura rnet.7f/~ica da realidade, encontrada na Doutrine Social da Igrtlj:J e tendo Gomo base
filosófica a filosol,io de Sento Tomás da ,d.quino. ;
A segundo concepção, aborda a rnornl não em relação a um homem universal, genérico, mas um homem his-
toriciln1Cntesituado. Situa-se o caráter societ da rr.oral e a relação entreos homens, pcrturuo uma relnçõo socinl, .A liber-
cade ~ colocada em relação 11consciêncis, caracjerlzaudo-se a possibilidade de escolha dos v~lorp.s e nã~ de urna ucnita-
cão dosmesmos como princlplos eternos. i ' f'
" Tra ta-sade uma leitura da realid'ade que se pauta no, teoria social de Marx, cujo reler enctal fol utilizado na
reflexão' introdutória aqui exposta. ' , '.: '.' ,", • . r' .
Conclue-se assim que diferentes concepções de ética. estão também 'presentes nas abordagens que o :serviço
social faz da I.·ci.llid~de moral. Não é possfvel portanto trotar da quesrão da Ética Profissional, sem apresentnr ~iguma's
caracter fstica~ das visões de mundo.que erubasarn os dois Códigos de Ética aserern analisados. ,. T '
No Código da Ética vigente até 86 encontr amos os pressupostos filosóficos d,; Doutrimide Santo Tomás de
Aquino, que influenciam o serviço social desde ~ sua origem e fazem parte de um; visão da serviço social, que aqui cha-
maremos de "trodicionet", Nesta visão encontramos também pressupostos ele Positivismo e do Funcionalismo que repre-
sentam também influ!\nclas historicamentn lncorporudas pela temia e prática dos assistentes sociais.ti Código de Ética aprovado em 8G, representa urna tentativa do romper com a visão "u adicional" e
coloca- se, enquanto re terencíat teórico, numa perspectiva histórica c dialé tica de Ir·)j tur a da rnalidade , pau tada pelos
rI essupostos :Vlarxistfls. Na medida em que o no .••o 'código coloca-se CCITlO uma leltura de realidade que c()r responde n
mudanças determinadas hi.toricamellta na própria profissão, entendemos ser hupor tante abordarrrros os d'Ji~ c6digos
como correspondentes a duas tendências raórloo-rnctodológlces e ideolóqicas qLIC coex is tern no serviço social, C) qUI!
como tais devem estar p rusentes em nossa análise da Ética Profissional do Serviço Social.
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, - O Código tio Etka Profissional. Aprovado em 1975
Por dnh!"mi"l<çiiIlI:Slô1lulbri", ctlJa pltJfis~iio devccs tabulecnr seu céldigo de ética espccrtico, que servirá para
~l!pUlilnH!nt;Jr n pr ofiçsITo no seu asnecro f)UOtJ.l(('IO ~. iuridico., '
O prlmnlro cl)(iigo de p.lil:il dos asslstcntcs sociais loi aprovado em 19"i e elaborado pela Allt}s - Associsção
Rrõlsilci;'(I de I-\~sistc"tc:s Sociais, Depois de dezoito anos eiu vigor o código sofreu uma primeira rnoditicnçâo ern Hl65 c
outra em, 1975. II nartir do CFAS . Conselho I=cuerul dos Assistentea Sociais e CRAS - Conw'lhos Be·giollnis. E;m 1(JOG,
(l1'1'0\,OU-5e o :1\l.;: I c">digo de ética em vigor, após- um processo de discussões nos vários estados bias iluir os, através dos
Consulhcs R(!gi(lIlai~ e do Conselho Fcdcrul. 0..(';;. .
Ob~crva·s~ que apesar U'l terem 'havido duas mudanças no pril;'Biro código de ética, em tou.os eles per ma-'
neca I' mesma base filosófica. POdt!l\10S afirmar que, dll <17 a 75,0$ valor es da pr ol issão, exptichudos auavús do seu có-
digo cspnc ílico, lUlldllmcntilnl.se rUIfilosofia du 'San'to Tomás de AQuin~ que, através do Neotomismo informa;", de for-
mil preponder ame n visão de mundo dos assistentes sociais. pela influência histórica que a pr otissão recebe ela DOlJ\rina
S,OCi.l' da IYrI!j:l..· . .,. .
"r-- ---'-', .•••.. .- ••••.,•• , -~ •..•.•••.••.•.•.••••••••, ••" ••"••••":" ••• "".., •• ~••••.••, ••• '""u '~I"'JU vU,"UII\"'" c,; u
Neotornlsrno foi o insplrador de sua visão de homem e de mundo: que permanece até
'hoje, niío 'porém com iI mesma Intensidade. , , A posiç~o do Serviço Social era clara e de-
finida:'assumir sob todos os aspectos a doutrina social da igreja; os principios básicos do
Nuotomlsmo são assumidos pelo serviço social. E'él ideologia da reforma social encon-
trará fundamentação no Humanismo Intf!gral de Jacques Marilain, A par tir da década de
40. passamos a ter também a influência do serviço social norte-americano. Esta influ'énc'i"
trará para o serviço social no Brasil, a presença de novas técnicas, sob a per spectiva lun-
cionalista. Mas, 'não podemos falar da in'fluência urner icana apenas nu postura fu;,ciona-
list á, A lnf luüncia americana se ~!lréí,tarnbél1l pel/! presença Tomista". (1) , . ....J.
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1, D I\!EOTOMISr~1O· :'" ·P.
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Principais Aspectos da. Filosofia de Santo Tomás ''0, -: :
~.
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. . \.' ,., '.": ...:,
O principio primeiro é Q da existência de Deus, fonte dos valores absolutos e criador de todos os seres. : •
", Q' homem, criádo por Deus, distingue-se dos outros seres por ser dotado de reeõo, de inteliçénci«, Pelo uso'
,da rsclonelldede, o homem torna-se o único ser no universo, capaz. de ser livre, ou seja, escolher seus, caminhos e lJU-
to-rcotirsr-se. '_. :. .' , ;~i
Mas o que si9nifiC<J est a auto-reatizaçãoêSendo inteligente, este homem, pelo LISO da vontade e da responss-
.bilktnde, poderá chegar mais perto da perfeição. A perfectibifidude é portanto uma característica que faz pai te da sua
osséncie de humano. . , .,' ".;' . . +ÓÓ, • , • • .1
Com efeito, nem todos os atos do homem são atos humanos (digerij' é um.ato do horneminão é um ato hu-
mano. Será ato humano, aquele que o faz chegar mais 'perto da perfeição •.aqueles .atos quc o humaniz arn, que ruallz am
a neturez e do ser homem, que é ser perfeito. . t .
. Assim os valores: liberdade, responsabilidade, vontade, dignidade, perfectibilidade fazem parte da runurese
do. homem e são os-meios que o possibilitam alcançar éJ 'perteiçôo e portanto atlngir.a suto-reetiseção possivel a todo ser
Irlf,fJlano. ,; '., ' , (. '
Mas como atingir esta realização? Como realizar o fim último ao qual' todo, homem se destina? -. . ~'
Para orientar os homens na busca da sua suto-restizsçêo ou do fim 'último é que existem as leis morais, que
~IToleis netursis, A moral torna se assim uma obrigação, no sentido de que por ser inteligente. o homerutern:vontade e é
Ilvre para escolher.mas a escolha só pode ser uma: aquela que obedeça às leis MOl;ilis, qUI! orientarn para a felicidade.
. Assim, a obr iqação moral s6 será reconhecida como tal se for a expressão de uma lei divina, que exige respeito absoluto
e não pode ser Questionada.' . " , ,
!: poss ível entendurlnos a fundamentação da lei moral como decorrente da lei divina c portanto inques tio-
n:í~el, se atentarmos par a o contexto da iílosofia de Santo Tomás. Tratavu-se de unir a filosofia à teoloçie, tornar os.
dogrnas ela Iyrcja (os princípios da fé, que são absolutos e inquestionáveis) mais acessfveis a um conhecimento racional,
lógico e mais facilmente 'entendido pelos leigos laqueies que, não dominam o conhecimento teol6gicol. A i~reja Cató-
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111Aguior, Antonio Geraldo "Serviço Social e Filoso'fia - Dos Origons B Araxa", pg. 144.
• O NootomismQ d 'a.retomada; nos séc: XIX e XX. da filosofia do Santo Tomás de Aquino, lilósofo do sec, XII. c . uVA
. f0':j# {f
') 1/1/ o ./Ifí I' s:
lica mundlal incorpora esra filosofia na sua doinrioa, que permanece mesmo qunndo, na idade moderna iI ciência e a .
losi!ia buscam um conhecimento cemr ado no homem, que pOSS3 ser COn1rH\lvJtI~) independentemente da fé'.
Assim, a filosofia Tomistu, recuperada pelo Ncotomismo, baseia-se cln principios mctetistcos: eternos, imu-
(jveis li inoucstionévois pelo hornum. A ét icu t: a moral exp licar âo e 01 ienlilrão o comportnmunto prático do homem
na b\,~ca dnquito que ó õ/b.~olu(o, porque derivado do Deus. Asstrn, os prlnclpios rnoruls, expticndos pcla ética, bu-
seiamse numa DtlOllrolvyi.7 ou "ciência dos deveres", aquiloque é justo c conveniente que o homem faça. Estes pr incr-
pios s50 universais porque se referem a todos os homens; e porque s50 universalrnente reconhecidos como válidos.
Mas se rodos os homens tp.lidem il buscar a felicidade o que vurn aser o fim último do homem, uquiloque
o humanize] Porque nem todos os homens a alcançcrn? Como t1istinuuir os valores vur dndoiros dos n50 vCl'cl;ideiro~?
) S6 existe 11m fim último: o bem verdadeiro que é fuma d., felicidade. O desejo ele ser feliz .ícz parte da"a- \
turom tuunsn», todos 1\ desejam mus nem todos sabem como encorur á-Ia. Uns pensam oncontr ã-lu nos bens curporuis, F
', ouu os nos bens muter iats , mas o intt!lin~nciil n50 age no aceso e por ter inteligcncia o homem pode ter consciêncie da t·
! ~ j \.I},up finalidada no mundo dos' homens.· .,. . .' '.
-<. O que é o bem e o mal? O bem é' aqullo que faz o homem realizar sua pnrf(!iç50;o mal Ú tudo o que nlnstn
) dessa pérteição. Aprender a ser virtuoso é um exercício que se dá pela consciência do bem e PI!!O eslorço e/ri rJomi/lilr'i!S
DV;N,~IlI";.~~ rll'u.rrlp.tlllrl.U dos sentidos. Os vicias que afastam o homem do bem, da Iulicidade s50 adquiridos 1\0 vida 50'
i
Em relação ao social, trata-se de mais urna cnractcrístic<lllatl./m( do homem. Santo I umas OUSl;d tI~\t: IJ' ,,,,,,.
pio em Aristótcles :'0 homem é um animal social e polltico". Se é da naturezo humana buscar o bem, será' também desta
mesma natureza buscar o bem social, dado que naturalmente o homem á um ser social -,O bem social é o bem comum:
'fim último da vida em sociedade, realização da telicidod« geral. .': I .'.. '.: '..
( "Santo Tomás mostra que existam três leis que dirl~ICnl. (I comunidade. para o bem comum: o lei natural, a
•• 1r.1 humana e a lei. dlvinu. -Pqr decorrência da lei natural, Ô homem, por ser um animal social é urn-anirnat político, 10(10,
para que ha]a o bem comurri é necessário o Estado. O Estado supõo autorldade e toda forma de aurorlclade deriv~ de
Deus, d•• lei divina. Rp.~peitá-Ia é respp.itar a DeU!.; toda forma de Governo, desde que respeite e garanta os direitos ela
pessoa e o bem-estar da comunidade é boa, O'Estado deve respeitar a Igreja. Àssim n1ío existeconflitoentre jé e razão,
e,.se,cada um procura realizar sua taruf a não há conflito entre Igreja (l Estado". (2)' . ; .. ' ,. t-
, Assim, o bem comum slqnilica a rcaliz,7çlio social do destino do homem na vida terreno, Toda per Icição e [
todo o bem derivem de Deus e portanto o bem verdadeiro, a perfciçfír. verdadeiro, a telicidade verdadeiras só podem ser' ;
viJI~rc:; absolutos, ou soja, não podem ser encontrados em 'sua pleni tudo nesta' vida. O' bem s,IIpremo não pode ser ne- :
n~lIIn bem criado nestl? mundo, pois estes são instáveis li não s50 comuns a todos.. . .,
) Emende-se assim, que a verdadeira flllicidade s6 será encontrada quando 'este homem se aproximar de
"
~'o• Deus, posslbilldade dada pelo pressuposto da existéncia da alma e .da vida eterna. Porém, a proximidade com Deus, na
) vida tarrcna, é que vai permitir a posslbilidede- deste encontro final, pois é a partir do conhecimento e aceitação dos
J valores absolctos 'que nesta vida os homens pcdern.exercitar-se nri virtude, ou seja, estarem aptos àquela proximidade final.
Decorre daí um entendimento de que o valor morá! da justiça, por exemplo, tem sua realização social
'.) (através 'rJos sanções éticas, dás I~is sociais, da órdem decorrente do Estndo l, mas como todos os valores, refere-se a
.) um modelo-absoluto: aquele .qua.derlve de' Deus. A justiça de Deus coloca-se como uma sansão que ex tr apcla a vicia"
:) social, c é el;,' que or.J.enta· as (!!>COlllDSmorais; a nív~l-d()--c-onsciênda-individual. Quem cometer err os.r ou optar pelo
mal, seró julgi\do ~ punido em último instüncia, por Deus. "
.) " .. '. 3 justiça exige que o bem seja recompenssdo e o mal punido. Ora, isto n50 pode realizar-se senão pela.
~) SLlJlSÜQda vida Iutura, Somente esta pode ser 'rigorosamente justu, uma vez' que dependede Deus, que "senda os rins e;'
"'\..• os corações" - reol.mente eficaz, porque ninguém pode escnper-lhe; Nenhum sub\terfúgio daquele que é culpado, ne-, '
j nhum erro de [ulz. são agora possfveis. A justiça será restabelecida na sua lntcgr idade por aquele que, tendo restabcle- :
.. ) cido a lei, tem o direi to de' exigir conta daqueles a quem elevou à dignIdade de agentes .inorais, autor~s e pais dos nossos
.) ,úos."(3) , .. '\ r.. .. \
O ilU.IO,. desta citação, um filósofo Tornista, coloca um papel a ser desempenhado pelos' "agentes morais", ,
) o que nes\a perspectiva, refere-se aos filósofos cristãos, tanto aqueles pertencentes à 'Igreja, corno Santo' Tomás; como;
.). tam bérn os leigos, que têm uma missão a curriprlr na sociedade. O entendimento que os, assistentes sociais têm da sua;
ação, dado petns determinações históricas na origem da profissão no Brasi], coloca piir~ os mesmos o desernpenhodes- i
...;::;} , ·'tafunção moral. ,.. ' . . :,.. ". -:. .. ,'. .. '"i, .' .
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"sem uma perspectiva moral não existe prática profissional", (Anais do II Congresso Pan
Americano de S.S. 1940) (4)
"(I missão d05 i1ssisie,ites sociais: o cristianismo hum~nlz(lntp. pnra 11conquista da paz, A
exemplo de Maria, os assistentes sociais t~m 11 tarefa de .anunciar a Redenção". (I X Con-
venção de AO ESS . 195~).
121 Idem, P!l· 43. i
(31 Joliver, Renis "Curso de Filosofia", pg. 409." .
(4) Pinheiro, M. Isoílna "Serviço S.l}cial: Documento Hislórico" :1-'9.29,
.4·VII..'~
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"o, serviço soclal I catiz a toda a aspiração da solidariedade. Impõe-se pela nobreza ci.e sun
mis$ão, qlll~ visa o clesenvolvimcntu equilibrodo 0'.1 persolt.1lid.,de humana, Por ele o eper-
(éiçOIlI//(!nrO das coruíiçôcs de vida surgiré1 pl oyll!s~ivan1elltl,!", {Serviço Social . Documen-
\0 His\ólicol (1\1
Entender iI Iorçe destes princlpius ~Iicos na D' 01;$550 está, portento. relacionado ao cntendimcmo ela mcs-
. il.3 num contexto histórlco. A illlponliflcill do elernento morul e do pUlSpu\.\iv;, de Mlftliso 61icII, como tem so cnlccauo
tradicionalmr.~tc! pelo serviço social, é expücada pelo entendimento do papel e do I;erfll histórico que este p~(lrission;J1
A~~llll1e, Entondido e s~ reatizado ~rorissionalment(! corno o "rnissionár ic ", o "técnico da ajuda", aquele que busca iI
p'olissf.o por "vocncâo", o asslstentc soclal trodicionlllmunlu passa" dusompemhaf uma "missão CJue n50 d só dele, runs
de tOdlj~ aquelus que por serem crls iãos, dudlcam-se 11 conu ibuir pura que a socledade ulcnnce o burn comum,
. A {orça da filosofia Tomista, base da ação di! Igreja mundial, ,,50 se dá somente através do serviço social,
mas faz parte dos princ/pios que orientam a visão de mundo da civilização cristã de modo geral. '
i-.Jos~a n:l\!rência à importãncia <10 entendimento do que é ~Iica e Moral, para a profissão, está relacionuda à
·necesstdadc de pensar o pr o lissionnl no sua complexidade de ser social e como têll lendo uma visão de mundo que é ex·
plicad« lustnricnmcnto.
2, O NEOTOMISMO'E O S~RVIÇO SOCIAL,
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Conforme foi visto, o Ncolomismo, base, filos6fic:a da Doutrina Soci~1 da 1!lreja, marcará trediclonctmente'
o serviço social pela influência que esta profitsão recebe, desde a sua origem, ligadil ao bloco católico.
Encontremos os prindpios da fili>sofia de Santo TC;;más nos documentos e produções teóricas do serviço
socinl,' não somente naqueles referentes à oriqem da profissão, mas tambem em produções mais recentes, como por
cx'clllplu no DoclJll\el~to 'de Araxá, marco de teorizaçêo da protlssão, ocor~ido num' momento em que o serviço SO~iill'
já incorporava o"Movimento d~ Beconceituação. Latino-Amerlcanc. (67) ', .. : ":..',. r' i
Os postuledos do serviço social, "r.t'incipios .nos quais os profissionais devem 'pautar sua aç!i.o", são encon-
irados tanto rio Documento acima citado,corno também no Céidigo de Ética Profissional, aproyado em 1975: I'
, 7. postulado da dignidade da pessoa bumane: "quese entende corno uma concepção dos seres humiJno~ nu-
ma posição de eminência ontoloçíca na ordem universal e ao qual todas as coisas devem ser referidas'.', .. . .' '.'
2. postutudo da soclebitidsde: essenciot da pessoal humana: "que é o reconheclmeruo da dimensão social
intrínseca à natureza humana e, em decorrência do que se afi'r\T'la, o direito de a pessoa bumene encontrar, na socie- •
· dade, as ,condições p ara sua auto-realização." ' . . '.
. 3. postuledo da portecttbitidsde humsns:' "compreende-se como o reconhecimento de que o homem é.
: na ordem ontolôçíce, um ser que se auto-realiza no plano da historicidade humana, em decorrência do que se admite,
/I r.ifpacirJi7dr.e p:01'p.nciaHdades-naturais-dos-'indivlduos,-grupos._comunidades c populações para progredirem e se auto,
.vpromoverem ", (~I . .'
O~servamos B presença do Neotomisrno em produções clássicas do serviço social. através de suas I etcrén-
das à ética. moral e aos valores QU_ll servem de base à profissrr~:
"a ética pretende estudar em profundidade o ser e o sentido das norrnas-rnorais, Isto é, explicar o bem mo:'
· ral e suas caracter Isticas".
, "a ética trata das condições mais gerais do dever, formula ju(zos que estabelecem o valor absoluto dos íun-
darnehtos da moral. !: a ciência dos princípios universais que determinem a retidão da consciéncie",
"a ética constitui a moral, ciência norrnativa e construtiva, que orienta o homem para a realização de seus. .
fins",
"'> _ , "os valores reliqlosos ou filosóficos - do dever ser - são os mais altos; neles se fundamentam os demais;
,siío dUré}do~ros e universeis ri servem de base a determinados 'postulados 'que constlunrão to alicerce da ação protis- .
• .! .,.. . •
· sionsl", . '. .' . ' :
"o valor principal para o serviço social é o homem-pessos e a importância deste valor se traduz nos postu-
lados: dignidade. pertcctibitidode, liberdade, responsabilidade e natureza social do ser humano". (6)
, ,
Ar estãoapr esemados os pressupostos da filosofia Tomistn recuperada pelo Neotomismo. A ética deve ex-
'pucar o Bem moral. explicar l! estabelecer os valores áb.solu~os, Estes são considerados como filosofia ou religião:
.!
(4) Pinheiro. M. lsolina "Serviço Social: Documento Histórico", pg. 29.-
(5) Debates Sociais.' CBCISS· "Documento de Araxã", pg. 16.
(61Vieira: 8'8lbina O, Honi "Meto?Qlogia do Serviço Sociul". pgs. t 82, t 87.
"
.I
união da (6 com o rorõo, Através da observação destes valores, o assistente social podo, através da sua ólÇSO, contribuir
para a ilu(o·rcaliz,'7ç5o dos homens e cnnsaquenternum o para o bem coml/m. .
Observa-se t:II,,~m exi~!ir um forte componente tlil Iilosott •• do SlIflIO,Tof1)!,s, de "momli,w;ú'" dos co.n-
portornentos ", nu sentido de "ensinar os lvamens '" se estorçnrom uoro dominnr os vicios, c ;;t!quirir o :,,'IbifO cJ~'oçir
bem", O serviço social, peln sua esnecitidade de trabalhar COI1\ todos os problemas dccorrerucs UO questão social, pass'l
a ser, historicilmente o prntissional apto il desenvolver uma oção educ.uivs, no sentido dn "frlor;i1izoç.ro dos costumes",. ,
" •• miss50 cio assistente socinl, sendo a de nuxilinr os illilividuos e a famOi ••, t:IUVilllrlO' seu nivc! da exis-
~cflc:i •• e prcscrvonüo-os rios charnndos ma/as sociais ou individuais. reclnmu umu tormoçiio moral, olevoda I! apropria-
da, S'!\J objutive 6 trabalb ar hoje o máxi.'TI~, arnanhã, .talvez , ainda mais paru 8 comptcxn ccusa do hor'nelll ücssjus- '
todo", (7) ,
"todo O segregado é um recnlcado, Ó um disslrnulado." ignorando SU;1S próprias tendancins, dcscouíiundo
) dI! SI!lIS próprios impulsos, Quem saber á o que eles Iar ão ao cntr ar em contccto com 11 socicdudu? Ainda mesmo quu
tenham boas tendéncios, o deslocamento c 'o desao oio social, do tal ordem, 55'0 CUplJl!!S do' pr~duzir rlesequilibrios
preiuüicieis, Todos os recalcarneruos »vicium a pcrsonsliüodo, ~'prcc:iHl dar libardildr: à criança piara o coul iccirncruo
no hnl'nnn\ dp :lmanh;\ t rl~ Pltn.:.t/l<,.-.ãn rl;J..:. rllf;l/;,I::u/pf:: :.lt;V:H: nu,.. :)(' "nrt~';V!l(, C'D "'n~.*I,.,;,..••/~,.....,,"' .....•,../.tr""r\-'t •••..•,..n' •..n •.•••" 10\
u ~ ••••,""""'.~"" ~•••" •••I\J' t--.J/"U..IIIf.IV U "'''''IIU''y<4 v.., ..• ~UIIIII'U.), .,uyult.,; J.l/ç·.u,ylt.~ t: UUCUII(/,IUt1 '-Iut: ~~ t:)lt:llue'u \J
direção moro/ dos adultos e 11educação das crianças". (9)
"o serviço social não reforma a sociedade a pon to de f"zd·/a feliz, inteirnmente .esctuecida dos sofrimen-
tos, mas dê-lhe a compreensão de que a luta p.(!'lólvida é natural e que dentro dela pode-se relativamente ser feliz", (101. ~ . .
'; "o serviço social é o 6rg50 controlador dos deseqcihbrios porque ag!;-dentro de cada necessidade sociat,
visando reconduzir os dcsaiustedos à vida normal", (.11), ' . ' .', . '" ~: i' , .
:" . .. . . .. ' .
Nestas referências que devem ser entendidas no seu contexto histórico (referem·se à origem da profissão
'"O Bravil}, além da fone inFluência da concepção crlstã, informada fllosotlcamenre pelo Neotornismo, observa-se a
presença da visão de mundo positivlsta, bem como das taorias Fuucionalistas que também fazem parta do re üiren-
dai de unállse de lealidilcJe'ulillzado pelo serviço socinl na sua vi~ão "tr.ndici,onal", ' '!.' '".
'.)
(-.!.
)
-.
3, O rOSITIVISMO; CARACTE-fUSTI8AS PRINCIPAIS ..~-, ".~" "
."..~r;'"
l:. ) Para O Positivismo, 'as leis que regulam o Iuncionsmento.de natureza são ss mesmes que regulam o Iuncio-
'ni3menio da sociedade ..
(, ) ~I)mo na naturez a, tudo tende ao equilíbrio, t~nlbérn a sociedade tenderá à hermonie; faz parte da natureza
;. }, do social ser ccuitibredo, harmônico, .
'.. Se so~i.edade~dos horrrens e mundo-natural são regidos pelos mesmos princtplos, pelas mesmas leis, a.rnbos
( )
....•.; passam po: uma evolução que pode ser prevista ..
:<) Co locnse ai a questão da investigilçiio cleruüice: pode-se usar então os mesmos métodos, tanto parn' estudar
, 1./1'/1 Ienõrneno f(sico CO';lO um tato social. Asslrn.tas 'ciêncins da natureza serão mais exatas quanto mais se aproximarem
(lu obietlvidede, Da mesma torrna são entendidas as ciências sociais: o estudo de um fato souial deverá- se pautar nos
.. .-1 métodos das ciências exatils.·O estudo de um objeto, seja elo um átomo ou um problema social será mais verdadeiro
Quanto mais veriticávet e objetivo ele for. .)
Para que uma investigação seja objetiva. é preciso que' o investigador' não se deixê influenciar, no seu tra-
.). halho, pelos seus juizos de vstor, é preciso qUI) el~ seja "neutra", ,. . .,. ,'. .
( ) Decorre desta vísão que as mudanças sociais independem da ação do homem, pois são transformações na- ,
.": ,.turais o corno as mudanças do mundo social têm o mesmo caráter da evolução do mundo.!.-J ,: " , ; : . ' . .', .
.(-) .
) 4, O FUNCIONALISMO
'.•
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Os principios do positivislno aparecem no.servlço social pela,inflüência das teorias Iunclonallstas,
\l}: I:' . . I
17) Pinheiro, MarlI) Isoliiltl "Sorvlço Soclni ' Docu;lIe~to Htstórlco", pg, 1,30.
181 .Ide/ll pg. 81. ;.,;' , •
(9) Idem P9.25. '!
(10) Idem pg.·17.
111) Idem pg, 17,
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o Funcionetiuno concebe i1 sociedade corno um organismo Iorrnado de parfes que se interrelacionarn c
Que slio iuterdnpendentes entre ~I, A cada panu 'corrc~polldc uma ftlllí-ii<l, sendo as {ullções sociois mutuamente de-
pendcrues; Assim como no mundo natural ey.iste o equilíbrio, a har,,:,onia, também na sociedade cxiHirà esta ordem
na tur a]. , '
A sociedade cresce ccntiuunmerue , li medida que cresce sua estrutura torna-se mais complexa assim com
as f uriçõ us. Como os funções são i"tcrdependcnlcs, seocorrer nl911ma dislunção (o não Iunciouamemo de uma das
P:lr'lCs) a sociedade po, ucré\ o seu couittbrio . ~ preciso então que est?s dlstunções sei.1m corriçidss para que o todo
volte iI ser tuumonico.
5, A INFLUENCIÁ DO 1'0SITlylSMO E DO FUNCIONALISMO NO SERViÇO SOCIAL
A.~influõncia destes :prcssllPo~tos no serviço sociul. Inz decorrer urna visão de sociedade .natur almente har-
cuuililn adu. Os problemns socials: sUo vistos COIIIO distunçõos que levam ao üesiquitthrio sociui, 1\ /lção do
L'" •
U' (J I't/V ••••••,.'j';ô>IJU.,\IV.,v",J t;., ••.", u f-'j",~,,",oI"''''' W•••••...•.••.•., ...•.•.•~••.. 'W •• -- •• , •••••• - -,._- _ -I" ". ,
T;lInb~rn SI! untonde Que os problhrnas sociais s50 problemas morais: vícios, mau comportomenio, des~gre9..,ç5() (;;1111', •
tier, pcrsonatidodes mal esttutursdns erc. Da( decorre u tendência ao serviço social "c1lnico" baseado na atuação do
prolissiol~al ,que metodolojjicumente prcscrev~ um "u'aturuento" 110 seu "cliente". Existe também urna tendência de
ênfase ao pslcolóçlco, traduz ido corno o uatamento "bio·psico·social",
Outra caracterfsticu, nesta abordagem, é a questão da "neutralidade" do profissional, considerada como
um pré-requisite da suà atuação.,« assistente social deve .abster·se de cotocarvseus valores pessoais" ao "cliente".
Na titerutura clássica do serviço social, encontramos esta visão de mundo que corresponde a uma visão .
entendida corno "trlldicionul;' ao, serviço social: . .
"A SOCIEDAD'E .I::STABELECE CONSTANTEMENTE verdadeiros padrões mfnilllo~ de .
vida Que. devem se.r atingidos pelos intlivfduos dos diferentes grupos sociais, Quando a
'etividede do lndividuo ou da famí/(a se afastam 'desta érbita, estebetecem-se os desa-
justamentos e'collflitos consequentes", (12)
"SURGe ASSI,M A Nt:CESSIDADE DE if\stituições que realizem o serviço de apoio e.
estimulo iios desojus uutos, comourna de terrriinante legítima da harmonia social, em be-
nef ício para a sociedade". (13) , .
"Ó SERViÇO SOCJAL GRAVITA em torno desta idéia mestra: prevenir o mel, sob
. qualquer forma que se aprescnte i-ev/rar que os flage/qs socia.is ~omprometam, o equilí-
brio da famflia c o iuturo da raça". (14)
. . . .~~
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S. ANÁLISE DO CÓDIGO qE ÉTICA E PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS 'E T.EÓRICOS
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No códiqo de ética identificamos os pressupostos do Poshivisrno e do Funclcnalisrno nàs referências ~!":
"estabilidsde, harmonia, correção dos desniveis sociais",
Na pg. 12, sobre os "deveres ao assistente social" encontramos:
, "tratar os colegas com lealdade, solidariedade e apreço, auxiliando-se no cumprimento dos respectivos
deveres e contribuindo para ~ harmonia e prestígio da profissão".
Na pg. 14, sobre "as relações com a comunidnde": ,
.. "zelar pela família, defendendo a prioridade de seus direitos e encorajando as medidas que tsvoreçem fi
sua estabitiüede c inte!]ridade", " . . .
"partlcipar de programas nacionais c internacionais destinados à elevação das condições de vida e corre-
ção dos tlesniveis sociais ••,·· .
Ainda na pg, 14 coloca-se um principio do positivismo: a neutralidade do técnico:, ,
"agir, quando perito, com isollçlfo da ânimo e ímpurcia~idlJd(J~'• .'~
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112) Idem pg, 17,
(13\ Idem P9, 16,
(14) Idem pg, 17,
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Mais adiante, sobre as proibições ao assistente social:
,"formular, pertun« cliente, critice aos serviços dD insti tuiçâo , 11 atuação dos colegas e demais rncn.
da equipo Intelllrofissional", .
"divulgar intormoções ou estucc« ela lnstituiçêo", \.
"funcionarem pericia quando o caso escape da sua competência ou quendo se trotar de ouostõo q!
envolva cliente, amigo, inimigo ou pessoa da própria fam(\ia", '
Na pg. , B ncvamente se coloca o principio do bem co~um, em retação 00 sc~redo profissional:
"d admlssrvel revelar segredo p,rofissional para evitar dano grave, iniusto e atual ao próprio clientu,
essisteme social, a terceiro oU,ao bem comum.
o NeotomÍ5mo está presento no c6digo de ótica através dos prlnclplos, postulodos oda visãu ele "ornem e
mundo que os ernbasarn, '
Na pg. DO, coloca-se a vlsão de bem comum, buscada em Santo Tomás:
"exiçôncios do bem comum legitimam, com efeito, D ação leçitimedor« do Estado, conterindo-tbe o dlre.
de dlsp or sobro os atividades profissionais - formas de vincutuçõo do liomem a ordem social, exnressões concre
, ' ... --- --~:~.I~AA'" ( ••nll; ;1I<tifiC:õI'S8a acão do estado pois considern-sc quu suo au
),
nuaau Ut;:IIYu Uf,; "",eu,;, I.- ~ •...•.•• t-'....,. ~""" ~ .
j
não importa qual estado, em qual sociedade, porque é um modelo de estado ideal, que presume-se todos devem
guir, A atlvidade profissional é vista como a intermediação entre a ordem estabetecidu e o homem, entre o estado
scclel. Sendo assim, toda forma' de interferência do estado na profissão é entendida corno dlrelto i- direi 10 nau,
que advém'ríc sua função de legislador do bem de toda a sociec:ta.de), . ,~.
. Na mesma pg, coioca-se a noção de bem total bumtmo: .
"as profissões envolvem ingredientes lndisponsâveis D cpmpreensõo do bem total humano; encerram Vi
res sociais lnestimâveis como lionestltlude e verdade". (aqui os valores se referem' a um modelo ideal - aos vale..' . :
absolutos Que são pré-deterrninados ao homem porque fazem parte de sua natureza humana, dada por Deus). t:
; ,
Em seguida coloca-se li definição de homem:
"em slnresp., ria dlatátlco homem-socledsde deve esseçurpr-se O mais ser do Homem", (homem COIT
maiúsculo significa a referência ao homem na sua' essência. Assegurur o mais ser do homem significa assegurar a
realização, o' atingir do seu fim; auto-r ealizartdo-se, auto-aperfeiçoando-se o homem S~ aproxima do Ser prime
Ue\ls) , .
"
. " !", ~.to ~o :: •• _00 I • • ! ::0· , '
..'; •. Na pg. 07 apresenta-se o principio dá ação do serviço social: : ' ,C:',
"o valor central que serve de fundamento' ao serviço social é 'a pessoa huma~a. Reveste-se de essencial
· portância Uma concepção personetiste que permite ver 'a pessoa humana como centro, objeto e fi~ da vida soei
(a conccituQção de pessoa humana tanto é encontrada no' Neotornlsino corno em outras concepções humanistas .
tãs, Aqui salierna-se O Porsonetismo - corrente do exlstenclalisrno cristão que influência o serviço 'social ti I->ilrti
, -,década de eo, principalmente através de Emmanuel Mounier}. ',,: ' , ' . i. .. '
Ainda na pg: 07 conceituam-se os valores que fundamentam -a-plena, realização dos homells..na-/)u.s~i-
porteição:
"dois valores 'São essenciais à plena realização de pessoa humana: o bem comum e a justiça sociat", (a, . ,
tiça é uma Qualidade moral natural. Como os outros valores, ó dado ao homem enquanto essência, Este , por ser
tado de raz âo e intcligp"ncia" podo escolher seus caminhos e auto-r ealiz ar-se. Porém nem -todcs sabem •. ou tem' c
ciência dos caminhos' "certos", A [ustiça social é natural ao Estado, Governo e instituições que deverão realizar o-
comum, ou seja ser naturalmente justos. 'Pa~a guiar ,as consciências no sentido do bem geral exis te a justiça social,
· por slja vez emana da Justiça divina).
\!::'i:' •
· ' ,'" Na pg. 08 são colocados os principies ou postulados do serviço' social, que baseiam-se em "valores exi.
nos quals e serviço 50:ial deve 'pau tar sua ação: auto determioeçiioçpérticlpeçêo e subsldieriededs. '
-t .
7; S(NTE$E DA VISÃO DE MUNDO E DE HOMEM 00 SEf3VIÇO SOCIAL "TRÂDICION'AL"
'A partir da explicação dos fundamentos teóricos e filosóficos que se apresentam no,código de étic
75, observamos que eles rcprescnta~l' uma visão de' mundo Que' marca o 'serviço socialna sua origum, e qUI! po
· nece historicamente como uma das tendências teórico-prátlcas da proflssão.
Podemos ceracterlzar esta visão como "tradici.onal" ao serviço social. Sintatizando-a podemos definir
aspectos principais:
, a sociedade é vista como um todo hermõnico e inteqredo,
o \111
:: '), .,.. ;
i)
I'.1,)r
I :)
: !! 1
I J~\
11" de 86.
j : r). - -, Na auresentação do códiqo são feitas algumas considerações a respeito do caráter de mudança contido.
Nas considerações (contidas nn pg. 05 do código), observa-se:". .:)
1 f . ';a necessidade de' dotar os Assistentes Sociais de um i':'strumenco mais eficaz no resguardo da atividade
j .. ) pm:t.ssiortal; -' .!
; ,1)', ..., ',,,; "que o antigo códigó de Ética não mais refletia os interesse~ rja categoria e as exig/}ncias ds sociedade;
'.~i I~:~:lj~l\n! " .'." I "1 ~ "as protundss.modi ficações por que passa o sociedade brasileira 110 atual. momen to histórico;
I: ~\ "a necessidade' de superar a perspectiva que coloca os valores éticos como -.universais e acima dos interes-
I!I l'iI .) ses de 'classeem que so divide a sociedade;
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· 'esta inreqrm;:,iocorrcspondu 11 (wlcib/liJ/id.,d(~ das instituições sociais e aos popéis ou funções que cada
· indilildu~ deve dcscnurenhai pnra Que a sociedade ~cin oouitibroâs,
· nuundo D~ tunçõos Oil pllpdis ,)50 siio corlotilmento execuradns, a ordem sociut tmrmõnics coloca-se
em risco [em dc~::quilfbrio).
• este deseouit ibrio é causauo por distunções, que podem se~ corri9ida~ pela eticsci» do técnico ossis-
rente socie! e pllln bo« vouuide dos fndiv íd!1os ,
· o equitibrio sociat visa o bem comum, teticidoüo c/c rodos.
- o Estado quo reprosenta uJTIa autoridade, deve nuturetmente assegurar aos indivíduos o bem comum.
dev~ ser respeitado. .
· respeitar a autoridade do Estado é respeitar 11 Deus, pois toda autoridade deriva de Deus.
• a. ética ó a ci(Jllci,~que explica a bem moral: como os homens devem se cornporuir para eicsnçer o bem,
'. fim último da pessoa humsne, .
\
· o assistcllto sociul, deve basear sua açfio nos principies universais que lcvurão' a sociedade a se livrar
• pura isto o assisten\e social deve resneitnr e cOlIsc~entizc7ros indivíduos, scus clientes, em relação aos
valores universais: dignidaclt:, liberdode, periectibitidedo, auro detertnlnoçiio, perticipnçiio ele. SUl!
. ação visa humenizer- os homens, hermonizer 11 sociedade, corriçir as distunções, integrar, adeptor o
homem ao meio social .
, . . .
.' a ação do assistente social deve sera mais neutra possível. no que se refere li reloçiio entre o cliente e
a instituição, 'pois pie deve colaborar 'para que não h~ia desequilibrios lia,ordem social. .. " ,..
: \I -'0 Código de Ética Profissi~nal Aprovado em 1986. . ':'. ~.,t :j ·l) ...~;:.: !,í ..
, ; ..~ . .~"," ;; :'.
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" ;J ~; i~'
1,.aUAL o SIGNIFICADO DA MUDA~Ç.A DO CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL?
o atual Código de I:tica' Profissional foi aprovado pelo Conselho. Federal. dos Assistentes Sociais em maio· '- ",
..
"as contribuições recebidas de todos os CONSELHOS Regionais com a participação das demais entida-
des 'e bases da categoria;
"a lónga discussão havida sobre o assunto, que culminou no Encontro Nacional CFAS/CRAS;
. ':;~~;:{queno Enco~tro Nacional CFAS/CRAS foi reafirmado 'o compromisso por uma práti;a pru!issiol;al .
vinculada ài'1'[úase interesses da clesse U·,ibalhadora.· .' ..... r .
A ..necessidade de mudança é portanto' apontada numa perspectiva de superação de uma pretics histôricu
. do a;;,!;;~relltesocial, que m30 meiscorresponde aos jnCeressescoToc~dos pela realidade social brasileira da categoria
profissionet.: ... . ". . .
Está colocado também um projeto político de profissão que se insere numa proposta de articulação c .
}ortalecimento das lutas da classe trabalhadora.
. Entende-se que a visão de mundo do assistente social, contida no código anterior ó uma leitura de real i-
. da de metafisica~ e-hlstôrlce, que não permite ao assistente. social acompanhar a dil1dfi!f(;fJ. e a complexidede da reali-
dade na qual ele atua. '. .... ..' ;
'.::: ,,". '-.'i·'fàt~..~~·pó~tant~"'d~' questionar os valores' tradicionalmente incorporados pelo assistente social .e de ex-
plic:itar ..urna nova IHora/profissional.··E esta explicitação se dá fundamentalmente n~quesrão ética, no sentid~ da
relação entre morst e polttice, ou seja entre o comportemento profissional e o seu compromisso de classe. Partindo-se
de um reterencíal de ·análise que pressupõe o movimento dado pelas contradições. não mais se entende a realid~{>.
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r.omo harrnõrtica. Os contlitos sociais' sõo nesta perspectiva, entendidos como questões Inscritus no proccsu
de CIIl!:SC$, n50 podendo ser "corrigidos. pela bo a vontade j'ndividual", mas sendo possfvcis de SI! resolverem \
[ro nt o político que se csrubctcce entre as clll:ses sociais "11 sociedade. A população que::' serviço sociat ôllc:ndc
mais etúenl.!da como um "homem" abstrato, "pc!:SOJJIItl/["I/IO" ou "clicrua", ela PIlUi! il ser considofóld;i no suo ;
texto de classe rrabalhüdoril, que 'por apresentar interesses diversos das classes dominamos, dcmand» dos prôprios ~~..
tissionais assistentes sociais um outro tipo de comportamento. ..,
Constata-se assirn., analiz ando-se a trajet6ria histórica da profissão, que a realidade social, econômica, pt
lírica brasileira e le rino-arnerlcuna, demanda uma revisão: 1) dos valores que têm sido considerados corno principiol
inllltJ'v!!is, 2) das teorias Que pressupõem a' adap mção e harmonia, Isto. n50 porque os profissionais qassarnm a in-
corporar uma visão quo fundamenta o oposto, mos porque" p"6prla re alidade vem mostrar que 'os idéias dá harrno-
nia, de irnutnbitidade não correspondern ao real, como ele se dá concretamente na vida social, .
Assim, a expllcitnção de uma nova ético prcflssional, contida no atual c6digo baseia-se num novo valor: o.:
compromisso com a classe trebath sdore, Sendo um princípio básico, no sentido de. uma "ova moral, trata-se de, o pur-
rir dele expl icitar quois s.fo .')scontribuições, 'que a.nive! protissionst o ossistente social pode dar.
A partir' 'dl!sta caracterização dos fundomcntos te6rj~osiil·';;6'ii~~s·-;-id~-~í6~i~~~ qUI! intormam o 'novo
.. - ------- _ ••~ ••nn. ,.~n~,o"rln n" tr"ip.lória histórica do serviço social.
--M.))UII. tJ ",uuU,,\-U "'10.1 ••••.•••.. _':.J"'" .•...• ,_~ _.,
-r urno busca de superação da prátice e teorin "trsdicionets" e tendo sua ori9~rn no Movimento de Rllconceituaç50, i· e '
"Os principios da d~gnidêlde, do bem comum, entre outros hauridos em Santo Tomás, iluminam a teoria
e prática do serviço social, desde 36 iI 60, do maneira preponderante. A partir de 60 começa a haver uma ruptura,
por parte daqueles que começam a assumir uma postura na visão dialé tica, in'c1usivc na sua versão ~ilt~ri;Jli$tiJ!',
A 'partir de 60, portanto, inicia-se um movimento que passados mais de vinte anos, tem se re íeito se reor-
qanlz ado e hoje se coloca corno uma das tendências profissionais que ·buscam se consolidar õl nívàl da elabor açãomó-
riei1 e da prática profissional e pai ítica enquanto cateçoria profissional. . .. ,
. E neste processo em movimento que se coloca '.0) perspectiva de mudança colocada pelo código de ética
atual. Inserido neste m~vil~ento di! categoria profissional apresenta como características principais:
• a exptlcltação da dimensão política da profissão',
, . .
- a busca de reotlz ar uma .prétlca 'cornpromctlde com a classe trabalhadora.
- a ti tilizaçiio de um referencial crítico e dialé tico, para análise da realidade, buscado na perspectiva
teórica rnetodolóqica M;:rxista. . r
A questão ética não se restringe à sua.normetiznçâo, mas se .spresente numa dimensão mais empt», pois·
se refere: ao comportamento moral dos profissionais, ao quadro de 'valores onde este comportemen to se paUl" e aos
juizos rle valor q(~esão teitos a eles,
Neste sentido, sendo a dimensão -mor al aquela que se refere principalmente à intenção que os 'proflssio-
nais con ferem à sua prática, vemos que esta dimensão é subjetlv« e ideológica; mas .que recebe também determina,
ções da dimensão objetiva da reelldode ·histórica; existe um movimento dieteticoentre iI realidade e o qu,: se pensa
dela, entra a intenção eo-conereto-vivido,
Se entendermos a his tória deste movimento entre 'o subjetlvo e o objetivo; entre as iddios:» ocoucreto
vivido, então a análise do significado da mudança no código de ética será entendida como: uma expressão tormiüi-
zi/(/n (ao nível da norm atlz ação do agir profissional) de um movimento que vem ocorrendo obletivnmente ruireeli-
dada social, . '
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. Se a ética. entendida Iil osoficamcnte Ó lima teorizaç1io, urna reflp.xã? sobra o cornnor tarneuto moral dos
homens, a ~eflexõo ética sobre a profissão, contida. no código, deve se caracterizar corno a explicitaçãa de valores oue
Iornm qredotivamente sendo determinados pela realidade social e incorporados pelos profissionais que tem buscado
'Cipalecer umprojeto de profissão que seja ;olidário aos interesses das classes populares,' .
···.-':·,~K . •. . . ,: ,. ,
-2. UMA VISÃO MARXISTA DA MORAL . ., .':
A leitura de realidade expressa no atual códiqo de ética. aponta para urna abordaqem da ética Marxista,
"O Mmxis'mo, como doutrina ética oferece urna explicação e crítica das morais do passado, ao mesmo
tempo que põe em evidência uma nova moral .. , segundo Marx, o homem é uma unidade indissolúvel : um ser espi-
ritual e sensível, teórico e prático, objetivo e subjetivo, O homem é entes de tudo, prúxis; isto é, define-se como um
ser produtor, trunsformador, c;r.iador;·medié1uie o seu traf:J,alhotrsnstormn e reelideae externa, nela se plasma e ao
mesmo tempo crin um mundo ti SUé/ medida, , ,.0 homem é.um ser social, Só ele produz, produzindo ao mesmo tem-
po rcteções sociais determinades. . , O homem é também um ser histórico. As várias rc!açõe's que contrai numa ·de,.
terminada época, constituem uma unidade ou formação econômica social que mudo historicamente, sobo impulso
de suas contradiçõe~ internas,', ,São os homens que fazem a sua própria história,., ." ( i .., .
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o homem é .a~sim entendido corno um ser sbciet e biuôrico, Isto signilica que. ao contrário da visão de.
.n metaflsica. esra visão de homem deve <:óntcxtuá.IO n~mi' determinada sociedade e num determinado ruo-
10 dn hlstór ia. Dependendo do modo como os homens se orçsnirom para iI sua produção rnateris! e conseqo cn-
(. .
)If!/rté dependendo das retscõos sociais do; decorrentes, teremos um detetminndo tino de sociedsdn, Por iant o. ncs-
) abcrdnqern, n60 di! pnrn falar de um homem uni,vers<I', pois o hornern cio !cudalismo.será 'di!ercntc do homem do
,,:~pilalisl"o: :Jssim como drmtr o ele uma -1T\(!sirra sociedaríe o conceito de homem apr eserun caracier Istic:n di fcrenci;:l·r . .
I.di'>: O homem burguês tem necessidades e interesses diíer cntcs do homem proletário, O mesmo rercrencial se a~licél
11 análise dos valores: O que é iiber dadc, dignidadc, Ieticidade ? S50 valores que histor icaru erue tem se apresentado
, para OS homens com si~Jnificaclos dilerentes. O valor lealdude tem o mesmo significado pôlrD o senhor 11 o servo? Além
'du terem .çi",'ific(/do$ lIi!er entes os vetorcs também se reutiz nm coocrC(.unenre de forma di Ierencisde, de lima sor.:ie-"
dade PU;;) outra, e de UnHI classe socíat pura outra. . .
Na eoâtiso Marxista da socioaode ê.-,;pitHlisra,p er« (alar eh, comportamento moral é preciso se referir iJOS
sujeitos históricos e sociais dest« comportsmento , e o que vai determinar us diterencas de corupor tarneuto. de in tnrcs-
ses, de valores não á uma idéia sbsoluts, transcendente a este homem e ao mundo em que ele vive e trenstorrue; o 'c/ue
determina estas ditérencieções é a divisão de. classes. .
As classes sociais tundamentsis no processo ele organização da produção capitalista s50 a burçuosi» e o pro-
letariado, C0n:'0 estas classes tem interesses objetivos diierencindos e alllag()nicos. o codu classe corrcsnontleril lI/I'
·orn,",1Io oot itico dlveroente, Que se expressará nos-diversos nfveis da vi,da social: no trabalho, no cotidiano, atr avés de
Dado o caráter de dominação da burguesia, sua VIsão de munuo lCIIUl.:liJ •• '''IJI UUU':'II (;>"J UUI"" ",.,.uv.
~. S~ndo que a' moral relactona-se a um quadro de valores. a uma represcntncâo ao niv~1 ideolóqlco, a moral burguesa
Ia visflo de mundo no que .se refere aos valores Que orientam i! ação elos horncnsl renderá a ser 11 moral dominante.
. Esta moral, por não corresponder aos Interesses das classes populares. tenderé 'a ser desrnistiticndo por es-
tas classes que no processo áe.consciemueçso e organização ao nrvel da 'luta de clesses passam a criar uma novs ruo-
'ral; correspondente ao seuproleto ppliriêo de classe. ,
• ~ assim Que passam a coexistir diferentes morsis, que se contrapõem, numa mesma sociedade. Dai oca:' .
rãrer de transformação da moral, em sua relação com as trunsf orrnaçõcs objetivas que se realizam na vida social.
Deste referencial, podemos sintetizar os aspectos principais em relação à moral e ética Marxistas:
1. a moral é uma dimensão da reaiidade histõrice e social dos homens ..
• J .••~.
, ' .2: a moral se transforma historicamente. Coexistem morais que se contrapõem, .numa mesma 'socie-
dade. Esta contraposição si'gnifica luta-de classes. ",,::".: '.'
3. a perspectiva moral implica num qtrsdro de velores que se refere a visões' de mundo que se pau-
tam em entendimentos do que é moraimente válido: certo/errado, bom/mal etc ..
4. o' significado destes valores dependerá de uma visão de classe e a reeliroçõo dos mesmos depende
de' uma correloçéo de forças ~ntre .os diversos interesses: econômicos . .'politi'cos,. culturais, 'sociais,
das classes sociais .
....'
. .
5. o sujeito do comportamento moral, que é estudado pela ética,' é Um sujeito que determina a SÚ,1
bis f'Ó rio, ao mesmo tempo que i! 'determinedooetes condições históricas do context!J onde ele se
',insere. ESle- sujeito não é neutra-m es- tem-ume.codceação de mundo que vai influir 610 nível da,
intenção da SWI áção no mundo.
-Veiarnos corno se apresenta este referencial de análise na Introdução do Código de Ética: '.
"As idéias,' a moral e as práticas de urna sociedade se modific,am no decorrer do processo histórico. De
acordo com a 'Iorm aern que est~ se. organila para produzir, cria seu governo, suas instituições e sua moral.
••A sociedade' brasileira no atual momento histórico impõe modificações profundas em todos' os proces-
sos da vida material e espiritual. Nas lutas encaminhadas por diversas orqaniz ações de clasae neste processo de ~f:ans-
Iorrnação, um novo projeto de sociedade se esboça, se constrói e se difunde uma nova ideologia.
fnserida neste movimento, a cateçoria dos Assistentes Sociais passa a exigir também uma nova ética 'que
reflita urna vontade coletiva, superando a perspectiva a histórica e a critica, onde os valores são tidps como univer-
sats ê acima dos interesses de classe. A nova ética é resultado da inserção da categoria nas lutas da classe trabalhadora
e conscquentementc·de uma nova visão de sociedade brasileira. NCSlé sentido, a categoria, .através de suas-orqaniz a-c.«-
çõcs, faz uma opção clara por uma prática profissf onnl vinculada aos interesses desta classe, ,As conquistns no espaço
institucionai e a garantia da autonomia da prática profissional requeridà pelas contradiçõesdesta sociedade só pode-
rão ser obtidas através da organização da categoria artlculada às demais organizações da classe trabalhadora". (15)'. . . . .
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(15) Código de !ÓticaProfissional dos Assistentes Sociais··pg. 07.
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3. COMO SE ARTICULA, NO CÓDIGO DE t:TICA, UMA NOVA MORAL?
-Vlrnos QUI! a mudança no Código de ~ticil •..r~flete um movimento real na histór ia do serviço social: (h
movimento de revisiio da teoria e prática profissional no sernido de uma' expllcoção da" dimensão politico,ideol6yic;
que se alia à dtrnensão tt!cnica'profi-ssional.
Nesta perspectiva, 11 cr fticlI ao serviço social tradiclonal ' passa pela questão de aponto" iI não-neutr atida-
dI: da pr átlca do asslsteme social'o de explicitar quais são os interesses de classe que este profissional tem prioruaria-
mente contribuldo para reproduzir.
A critica aos referenciois teôrico-metodolôçicos e aos ,pressupostos filosóficos que hisiorical1~enla' têm
influr.nciado o serviço social "tr adlclonal", ·pessa pela constataçâo do que os mesmos informam uma visão tio mundo
que, materinllzuda na ação, tem contribuldo historicamente pari! reforçar o proluto polf tico das classes dOl1lirH"l!e~.
, A prerenção de reforçar um projeto proflsstonul que caminhe numa outra direção, coloca iI l~ccus'sirJilde
de cxplicltaçâo teórica-rnetodolóqica a filosófica das possibilidades de fortalecimento, ao nível ético e moral, deste
projeto.
Assim, o c6digo coloca na sua introdução, os principais princfpios que "dão indicações de urna nova éti-
"a devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos sujeitos sociais envolvidos.
"o acesso às lnlorrneções no espaço institucional e o incentivo ao processo de dernocratlz ação tias mesmas",
"a contribuição na alteração da correlação de forças ao espaço lnstltuclonal n o fortalecime~to de nOV<lS
demandas do interesses dos usuários",
"a denúncia das falhas aos regulamcn'tos, normas o programas da instituição e O não-acatamento de de;
, terminação patronal que f~ra os prindp.ios e diretrizes deste .códiqo" •
• "0 respeito à tornada de decisão dos usúários, ao saber popular o 11autonomia dos movimentos e organi-
zocõus da classe trabalhadora".
"o nriyildgio no dosenvolvlrnento da p~ática~ coletivas e o incentivo à partic~pação dos usuários no pro-
cesso de decisão e gestão institucional",
"a discussão com os usuários .sobro seus direitos e os mecanismos a serem adorados na luta por sua e le-
~iv;1ção .e por novas "conqulstas: o a ref lexão sobra' a necessidade da, seu engajamento em movimen tos poputares elou
órqãos representativos da classe trabathadora",
"0 npoio às. iniciativas e aos movimentos de defesa dos interesses da categoria e a dlvuiqação no espaço
inntituclonal das informações de SU<lSorpanlzuções,
~'i1 denúncia de aoressa"o ou abuso de' autoridade às orqanlz açôes da categoria c <lOSórpãos competentes":
';0 apoio e/ou participàçãO nos m'ovime~tos sociais 'e orçanlzução da classe trabaihac\ora". '.
, '
A nova ética apresentada, tem portanto-como principal~caractf!r(stka-8~l1ão-lleutralidade-do-prefissio--
ml e diante -disto a exptleitação de como o profissional pode tentar garaJltir o reforço à participação dosustrérios
das instituições: a clesso trabalhadora. Neste aspecto, o código se diferencia substancialmente do anterior, no qual a
questâo da "imparcialidade", "isenção ~e ânimo" apontam para uma visão do profissional "neutro ". · ...
Uma ou tra divergência oue se coloca entre os dois códigos é em relação à população que é atendida pelo
serviço social. ,O código atual '~e refere à "classe' trabalhadora", aos "sujeitos sociais" ou aos "usuários", enquanto
110. código anterior se refere li "PI!SSO,1 humana", "cliente", ou "homem", " ' ..
No cap ítulo sobre os "direitos" do assls tnnt e social, o novo código amplia a perticipeção do pro ilsslo-
IJ:?! na dimen:",fjode suaparticipação /Julítica-profissio(Ja! nosespoços do decisiio dos programes institucionois:
"participação na elaboração das Pol íticas Soclais e 1)(1 lorrnuloção de Programas sociais".
"acesso às informações no espaço institucional Que vlabllizern a prática profission'al". (pgs. 10 e 11)
.Ainda sobre o Pé/pu!profissional vemos ';0 capítulo 1/ (pg. 14): .
........··~,p·~·og·~al#il'ar,··~:d·minístrar~-·oxecutDre' repassar ~5 serviços sociuis DO'S usu~ri~s'<
.' ~
"denunciar Ialhas nos regulamentos, normas P. programas' da instituição em' qUI~ trabalha, quando os m es-.
mos estiverem ferindo os princlpios e diretrizes contidos nesse código, as necessidades e interesses da classe traba-
lhadora".
Observa-se assim que se coloca como papel do profissional li participação em instâncias de decisão dos
proqramas (planejamento, administração). o que aponte também para urna superação do papel do sssistome social
apenas como um técnico 'que executa os serviços, Este profissional intelectual é também um profissional que'dire-
cione a sua participação que se d/J atrsvés da sua comoctência técnico-protissioaal, para defesa de interesses espccl-.
ficos da classe trabalhadora. Neste sentido um novo elemento moral colocado pelo novo ,código Ó a "denúncia".
12-VII
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A,de/ltlllciJ ramo se refere aos outros Qrofission:!is:
"é vedado ... ser 'conivente com falhlls éticas e com erros praticados por outr os profissionais", como à
.ril\dçiio; ,.~ d.irc:ilo. , , denunciar falhos. , , da imtituiçao. , ."; "denunciar. , , qualquer forma de il9rcs~50 II inte·
.Idude fidca, socia]. mcnt al, COI'\O o ubuso dl' ;ilJwriclilde inrlivicluill e imtitucioI1al". Il>gs. )
O pressuposto da "denúncia" é a cxisrtnciJ de contlitos, contreaições entre as classes socisis, entre
ÇJS oratissionnis e .J ;nsr;t(/iç.,~o. entre esta c os usuários e entro D cateçorie. Na medida em que se reconhece o COI'·
lIilo COIllO uefado /l0 movimento de luie cio classes, pilssa a se tratar edcnúnciecomo um inSIt1JIIlIJ/lru nottüco neste
jog,") rle infU/r.SSP.SantilgO"icos. ' ,
Neste sentido, o nnti!)o código tata em "ll<Jrmof1ill'profissionsl", "estabilidade da' temüiu", "inrcyrnção
socitü", "contribuir para que .1S instituições ttcstinsdos ao rr.,halho social manrenlwm um "bom enrrOSilmC{lro entre
si", "ebster-so de, atos incompouvais r:om 11 dignid.,de da profissão" e te. Os pressupostos desta visão são por tarn o
opostos li existõncia de conuartíções corno' um elemento que faz iI hist6ria; as contredições M' s50 visras como ele-
meMOS ovo devem ser etiminudos p are a olnançlio da luutnouin estado neutrst a« sociedude, Ouundo fala em dunún-
cia O c6cliUf1 se refcre: ao exercício ilega,l da plcifissfio" ou cnquarn o urna acão que deve levar em conta os pr incf pios
universnis: encaminhar às entidades ele classe comunicação lundurnentada sobro infrilçl;o a principias éticos, sr.m dcs-
r~_~t>•.rito ,j 11(!1I",~ c dlçnidnd e d1 colcçns"; As~ill\. Il!io se I!xplichando o QUO vem .n ser "honra" c "digtridildc!" o seu
ua. '''0 CIIFlIllU, esta posruru.p ou uce II(;CI UI\I)IICI{lI "ÜS c.;Ulf:'IUClvI.(UU!).)UUlC u:>UC-VC;.:I.:il jJCII,cJ l..VIU ú IIIJ,41I(II\-"V. 4-'""r
prir os, comoromissos assumidos \~ contratos Iirmndos", "respeiter a ootttica ndministrotlvo da instituição urnpreçi»"
dore" ou ainda "é vedado, , , criticar de público, na presença do cüeoto 01/ terceiro, erro técnico-científico ou ato de
COh'.Q,' allmrstório ,~ ética'; (PUs. 13 e 1'51. o que pressupõe urna atitude de cooivéncle com proçromos ou "erro téc-
rüco-ctentitico dos colegas", Em relação nos programas. porte-se do pressuposto de que eles sempre estarão respei-
tendo as necessidades e reivindicações da população. Em retação à "neutralidade " frente aos coleqas e 11 (JOPUlil(,:iio
Prussupoe.se que qualquer crítica é "onti-étice" ou SP.iilé mornlmente condenâvet, não importandoqu."/I alo t;eja este.
Alem disso Iaz-se lima referência a "crro técnico-cientiüco" descsrectérieendo-se q elemonto político presença na
ação técnic, e na ciência. ' , ' ,
Ainda como diterenciação apresentada .nos códiços de ética,' temos a observar o entendimento que '~e
tem do tazer protissionet, O novo código, áo se referir ao fazer profissional nas instituições coloca como pnpe! do
serviço sociut a presteçêo de serviços entendida 'como: ptnneiumento, administração e' execução das politices sociuis
a dos proqrnmns institucionais, buscando a porticipnçõo dos usuérios oestes serviços strovês di' discussão, retlexiio,
pr.álicos coletivas, ete,' '
O antigo código te fere-se, ao fazer profissional: "esclarecer o cliente quanto ao dioçnõstico, prognóstico,
plano e objetivos do tratamento", , , "perticip ar de progriJl;'.1S nacionais e internacionais destinados a elevação de con-
diçõt's de vida e. correção dos deso íveis sociais". Apresenta-se uma perspectiva 'do fazer do' assistente social com base
rio "trarllclonal tratamento das disfunções' com o objotivo de "harmonia", "integração". Nota-se que' não 'se folil
nrn rc itc ilr jun to com' a população sobre a reso'lução das suas reivindicaçõe s e necessidades. mas [ala-se de informar
sobre 11m método de trabalho que é feito. tão somente pelo profissional, que nesta perspectiva assemelha-se ao rné-
ài,co, que observa, examina e prescreve o tratamento e depois informa o cliente, Esta, visão da prática profissional é
historicamentecnteJ.ldida-pcla-influêl~cia das técnicas norte-americanas, numa perspectiva-teórica Funcicnalista e cosi
os, pressupostos do Posttlvisrno, segundo o qual os problemas sociais são, analisados segundo os métodos das ciências
(lxclt~s. Assim, as disfunções .ou doenças do organismo social podem ser tratadas e curadas. -
, A perspectiva do atual código no que se refere à especificiúade do papel 'profissional, coloca a possibi-.
tiaode deste profissional utilizar de seus conhecimentos técnicos e clent üicos numa perspcctivn: ele instrurnetüsli-
z"r, a popu/àção pere o cxerc icio dê reflexaõ critica dÇl realidade e para a prática participa tiva ,e orçonizetivs', 'como
t?rnbem deser competente para sugerir e particlpar da elaboração dos programas. '
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13-VII
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1', c-!issionallllcntc coloca-se hoje par;! o assistente social li suoeraçâo de um papel meramente "técnico",
Ic"';do daquele que ~6 executa. Faz p ar ic de UIHa nova "ética" protissiona! a r(!illil~r,:-50 concreta ele l;IlHI açiio
UITlf1CII,;I1IC",ou seja, capaz de J)tl1S:.r, r e l lc t ir , influir, decidir os prQY'i'mIlS, as p~)li\icas sociais: Alia'se ass irn 11 di-
tt!ll~.'i6 t11.:I1ica un';'! dil1lcn~ii() inlclcCIUôll e pol ü icu. trucrcctuat no sentido de um aprofundamento do conhecirnen-
10 cinm üu:o que contribua J):lra li :ípreÍ!r,~5o da din5mica e comptex idude da realidade na qual ele atua. Pulitica, não
'no sentido p,,~tidário, mas no sentido de um poslclonarneuto Irente li esta realidade. , '
Nestl! sentido a "OVi' !T10rill exp lic itada pelo novo 1':6c\igo de ética aponta pare um novo sigl1ificado dos
valores. ,/\ denúucla. historlcamento tem sido encerada peles profissões como "Iatta de: ética", e a partir do signiti.
cado dado- il este! valor , tem-se reproduzido uma S~Iie de Rçõe~ que na verdade "escondem" uma falta de compromis·,
so com' o usuário das instituições. : ' ' .' ' ','
A irnp ortãncín de uma nova ética profissional cstií portanto, diretamente li<J<ld<lti questão de 11m posi-
cinnameruo rricral I! I)o!ítico Irerue ao principio hoje CO!OCiHlo' pelas profissões: o compromisso dos protissioneis
com ()S vsuários do: instituições pres uutorus 'de serviços sociais.
rodemos assim dizer que se delineia também um" nova perspectiva pa'ra a ética: atérn da .sua Iuncão lIl!
icucur cri ticmnen Ir,. protundamonte. soh •." n •.""_,,.•nr.~",n ••'_ ... ---', ..•.
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"A, lnvesrinação filosófica, que busca ajudar a ver claro, mostrará que o que se tem dano-
minado de competência técnica não é algo separado do compromisso político, porque
há urn elernentc de mediação entre os dois: a perspectiva ética"( 1).
Este cntandirnentc permite "juritar " duas dimensões da profissão que, no .serviço social, his torlcamen-
te têm sido vls tas como separadas, No todo da ação profissional é esta mediação do "valor" e do seu "siqnificado"
qUI! explicitam a direção política que se pretende d,JI' à prática profissional. ..
. Refletir' sobre a dimensão ética é' tarefa da Iitosofia: entretanto aqui queremos também enfatiz ar a ne-
,ce~~id<lde de se repen'silr este corvcnlto no serviço social. O el1tendirnel;to de que ética e filosofia sã~ saberes "inaces-
, stveis" porque próprio 'de "especialistas" tem ,contribuído pura Que aquele papel do P~ofissiollal intelectual, ao qual
nos ref,erimos, também 050 seja exercitado pelosassistentes sociais, . '
, Além disso •. li filosofia a que nos referimos vul além do conhecimento das idéias Iilosóllcas na história;
trota-se de.urna raílexâo que se propõe a um "saber inteiro":
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"I: . na' busca da 'incert~z,,', do, saber que se revela o núcleo da reflexão filosófica, de-
notador do geSto filosófico ... porque aponta' para' a abr anqência, a protundidade e
a clareza que carecteriz arn aque la lnves tiqação. A reflexão filosófica quer ver claro,
fundo e longo o seu objeto".
"Pode- se dizer - ri com razão que estas são ceracter ísticas ele qualquer reflexão cr í-
tica, como,- porexerrrpto; a que se-dá- 11o-fim bi l-o-das ciências. Entrutanto, há urna ca-
ractortstíca que distin\lue o saber filosófico cio saber científico e' Que i' especifico da
tllosol ia - a Compreensão. A apropriação que a filosofia procurará fazer ela realida.'
de será no intuito de ir além da explicação, da discriçã~' na busca do sentido (na du-
()Ia acepção: de direção e do signifiCfldo) dessa realldade "] ),
Neste! sentido trata-se de uma Iorrna de conhecer .que pode ser' a ele 'todo investigador
que se propõe ,e dá um sentido ao conhecimento, sentido que ligado à ação - signifi·
ca também compromisso .)
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(1) AZE VEDO R IaS, Terezinha - "Educação, ~ tica D Polltica - Reflexão sobre 11 Noção de Competência na Prática Edu.
, cativa" - Tese de Memado - PUC-SP, 1988, pg. 25.
(2) Idem, pg. 24. " •
131 Idem, pg. 24 .
".' 15-VII
CONCLUSÃO
A hupor tância da Reflexão ~tica para a profissfio
Pouco 'se tem tcorizndo sobre a Questão ética no serviço social. f.. rellexões, quando ocorrem; têm se.
restri"gido 11 norrn atlz açâc ética, atr avé s do c6digo.
A ética, enquanto umn discip lina quo 'faz parte da Ilossn Iorrnação profissional, ~ uma disciplina que ,(,,~,
maQUil urrva abor dcqorn di Ierenciuda ; p.!la sua relação com a filosofia, ela vai além da explicação, da dcscrição e bus-
11t' I jli:I,.IIlJ.f (,;114 ~U(; t:.::ttd :,u UU~f.;tJ"UU ":VII '1)1 1:t:IIUt:1 UH Ia VIII I(;i l)dU UU IJI " 1.' wU UU", I HI" 1l..'II;, , d VII "C":"cJf..1 UV i...U/IflJVI h';.
mento mor al, ela também rellete sobre à compromisso do conheclmcnto: compr eender v- para quê?
Aqui, nossa rallcxâo buscou compr~endar para contribuir no processo de redlruensionamcnto de UITlpro-
jf:to profissional: trabalharmos - para Quê? para quem?
Para isso, buscamos expllci tar os valores contidos nos códiqos de ética, que representam visões de' homem, '
de mundo e do profissão dilercutes. Buscamos explicitar Que viséies de mundo referem-se a urna dimensão da práticu
",1 profissional - a dimensão subjetiva que determina 'urna intenção ao Iazer profissional e Que esta -Intenção tem Ulll<1'.
conotueão político-ideolóyica - prc-tende-se dar uma di;oção ,que, 00 se materializar, ria ação, contr ibuirá para repr o- , '
) duzir maistorternen te os interesses de classes sociais. .
Assim, foi ~eito um exercício de reflexão no sentido do pénsar a questão ética - moral, como uma ques-
. tão qlle vai além 90 âmbito profissional. "'; ,
Vimos que a ridoção de valor es devê ser lima opção livro e "consciunte. Neste sentido, ,é possível dividir'
a consciência em "consciência proflssional". "co'nsc.:iciH:ia aletiva", consciência polttica" e assim por diante? ~ pos-,
~ivel, ilOQtill'mOS um quadro de valores para orientar nossa ação profissional que seja oposto ao quadro ele princlnics
, qUI! illforrn<lll' nossa ação social no mundo, nos seus' diversos níveis?"
Se. não é poss ivel esta separação do ser social - assistente social, nas suas várias dimensões, então a bus-
ca de um •• nova ética para a 'profissão passa peia- inserção deste profissil:>nal na sociedade capitalistn brasitoira: enquan-
to lndivlduo I! cidadão. . -.
Coloca-se assim a relação en tre ética e polltica, entre conhecimento e ação. Todos 'nós .ternos uma visão'
de mundo seja ela mais ou mimos elaborada teoricamente, Mas toda visão de mundo, seja ela do "senso comum (nj-
vel ele conhecimento imediato, sem critico) ou de uma teoria, tem LIma base de principies, um quadro UP. valeres que
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vui in ilueuciar fortemente a direção' social do nosso projeto de vida,
-.:J Uma elas dimensões do nosso projeto de vida é a dimensão profissional. Hoje, o realid~de soc'ial, política
,;')' ,t+ econõm leu brasileb a demilnda do pro fissionol,ílssistunte soclaí urna redefinição de seu papel social,
"'---- Neste contexto os pr o íiss.ionais se articulam pura consolidar uma pr<:Ític<l.profission ••1 que sei" COCl'IlI1te
'} com us própri'iIS 'necessidades e interesses colocados a eles enquanto cidadãos. Isto dá um 'outro' redirueucionarnento
) à 'pdlica pr ot lssloria}: não se trata de "ajudar o outro a resolver os seus problemas sociais:'; os "pr obleruus" n50 s50
"cios ou tros" .rnas são questões 'de en frentamen to cotidiano de uma situação de sobrevi vencia que diz respeito a, to·
dos trabalhadores assalariados, Neste sen tido, o assistente, social, enquanto categoria profissional, se coloco no espaço
de luta da classe tr abalharlor a como um todo. ' •..
Este redlrnensionemenjo cio assistente social enquanto cirladão, passa pela profissão de forma puculinr ,
) , E ili 51!CUIOC;õl também íl necossldude ele rudirnenslonameruo da ação do assistente 'social através do seu espaço ins-
O) titucional. Como pode ele contribuir protissicnutmente?
1 Em relação à questão-étlca, coloca-se a possibilidade de repensar os vutoresno sentido da tlar-llies Uni
:~ig/lificado a'/iado d:; possibilidades de sue reetizeçêo, ;.
Trata-se de pensar nos valores não mais abstratamente, mas na busca de entender qual o seu siçniticecià
nesta sociedsde, Qual é. o significado de: liberdade. dignidade, compromisso, solidariedade, 'responsabilidade para
cada classe social? ',)
Se os valores morais indicam urna .retação social, é a partir dos interesses da classe que seu signi ficado
,) ,~l!fi'1'!xplicitndo: dl1( penSUtT\05 em llbcrüattc - para algo, em cornprornlsso ....:com algo, com íllguóm,
Aliudn 'a explicitação.do signifkado dos valores, encontra-se a necessidade ,de refletir sobre as possibili-
dades dI! sua concretlznção hlstórica, nesta sociedade, neste e spaçn profissional. Isto apontn para o entendimento
de q\JI) o espaço pro+lsslonal, atruvés do que Ó cspectfico da nossa profissão - a presteçiio de serviços - é um dos
espaços onde a classe trabalhadora pode exercitar a sua condição de cidadão,
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