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Tema 2: MERCADOS FINANCEIROS 
 
MÓDULO 3: INSTITUIÇÕES E PRODUTOS DOS MERCADOS FINANCEIROS 
 
AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
 
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO 
O mais conhecido é o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas há 
também: Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), 
Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e outros. 
 
O artigo 4º da Resolução CMN nº 394, de 1976, define os objetivos desses bancos como: 
Proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e 
longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento econômico e social 
dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, cabendo-lhes apoiar prioritariamente o setor 
privado. 
 
INSTITUIÇÕES CONTROLADAS PELO GOVERNO 
Caixa Econômica Federal: É uma instituição financeira pública, que exerce muitas funções operacionais 
na implantação de políticas de governo, tal qual o FGTS, o PIS e o seguro-desemprego, além de gerir 
as loterias e conceder empréstimos sob penhor. 
 
Banco do Brasil: É uma sociedade de economia mista, que também auxilia na execução de políticas 
públicas, como o crédito rural e industrial. 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS MONETÁRIAS E NÃO MONETÁRIAS 
- Instituições Financeiras Monetárias: São as autorizadas a reter depósito à vista, ou seja, gerar 
moeda escritural. 
Dividem-se em bancos comerciais, bancos múltiplos com carteiras comerciais, Caixa Econômica 
Federal e cooperativas de crédito. 
 
- Instituições Financeiras Não Monetárias: 
A Lei Complementar nº 105, de 2001, elenca vários tipos de instituições financeiras não 
monetárias, isto é, que não geram moeda escritural. São elas: 
 
Distribuidoras de valores mobiliários. 
Sociedades de crédito, financiamento e investimentos. 
Administradoras de cartões de crédito. 
Administradoras de mercado de balcão organizado. 
Bolsa de valores e de mercadorias e futuros. 
Corretoras de câmbio e de valores mobiliários. 
Sociedade de crédito imobiliário. 
Sociedades de arrendamento mercantil. 
Associações de poupança e empréstimo. 
Entidades de liquidação e compensação. 
 
 
INSTITUIÇÕES SOB SUPERVISÃO DA CVM, SUSEP E PREVIC 
Essas não estão sob supervisão do BCB, mas sim, de outros supervisores do SFN, como a CVM, a Susep 
e Previc. 
 
- Sociedades administradoras e gestoras de fundos de investimentos. 
- Sociedades seguradoras. 
- Sociedades resseguradoras. 
- Sociedades de capitalização. 
- Entidades de previdência complementar. 
 
PRODUTOS FINANCEIROS DE CAPTAÇÃO 
 
DEPÓSITOS À VISTA 
Os depósitos à vista são os em conta-corrente, disponibilizados pelas instituições financeiras monetárias 
e constituem-se uma fonte importante de captação. 
Tais depósitos não são remunerados e possuem liquidez imediata para o depositante, podendo ser 
sacados a qualquer momento. 
 
Quanto mais sólida for a instituição financeira, menor será a taxa de remuneração. 
Caso o risco seja mais elevado, a remuneração também será. 
 
DEPÓSITOS A PRAZO 
São remunerados pela instituição de crédito após o período previamente acordado. 
Possuem restrições de resgate para o depositante. 
Os principais produtos de depósito a prazo comercializados são os Certificados de depósito bancário 
(CDB) e os Recibos de depósito bancário (RDB). 
 
- CDB: Pode ser negociado antes do seu vencimento. 
 
- RDB: Não pode ser transferido pelo investidor. 
 
A remuneração dos títulos pode ser feita de três formas: 
1. Taxa prefixada. 
2. Taxa pós-fixada - geralmente um percentual da taxa DI. 
3. Combinação das duas. 
 
O QUE É TAXA DI? 
O Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) é um título utilizado no mercado interbancário brasileiro. 
Ele é negociado entre os bancos como uma forma de captar recursos para a recomposição das 
reservas compulsórias junto ao Banco Central. A taxa média dos negócios realizados nesse mercado é 
calculada pela B3 (antiga Cetip) e é conhecida como taxa DI, que é utilizada como referência para 
diversos investimentos e empréstimos no mercado financeiro brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPÓSITOS DE POUPANÇA 
Oferecem rentabilidade de 0,5% ao mês mais a variação da taxa referencial (TR). 
 
Depois de 2012, a regra da remuneração da poupança ganhou novo componente. Caso a meta da taxa 
Selic seja igual ou inferior a 8,5% a.a., a remuneração da poupança será igual a 70% da taxa Selic mais 
a variação da TR. Ao final de junho de 2020, a meta da taxa Selic estabelecida pelo Copom era de 
2,25% ao ano e a TR era 0%. 
Assim, a remuneração da poupança naquele mês foi: 
 
 
Os valores depositados na caderneta de poupança podem ser retirados (sacados) a qualquer momento, 
apresentando liquidez imediata. Os recursos captados pelas cadernetas de poupança têm 
direcionamento previsto, em sua maior parte, para o financiamento imobiliário, principalmente no 
âmbito do Sistema Financeiro de Habitação. 
 
DEBÊNTURES 
São títulos de renda fixa emitidos por sociedades anônimas (S.A) para horizonte de médio e longo 
prazo. 
Por meio desse instrumento, o emissor confere ao debenturista um direito de crédito. 
 
Trata-se de uma forma de capitalização para grandes projetos e investimentos. 
 
Cada debênture funciona como uma “cota” da dívida total assumida. Normalmente, possui pagamentos 
periódicos e de principal ao final. 
 
Podem ser classificadas como: 
- Debêntures simples: Resgatáveis em dinheiro. 
- Conversíveis em ações: Podendo ao final ser trocadas por ações da empresa. 
- Permutáveis: Podendo, ao final, ser trocadas por ações de outras empresas do grupo. 
 
A rentabilidade da aplicação de debênture é definida pela combinação de duas variáveis: 
1. Valorização do valor do título 
2. Juros pagos em períodos definidos para o investidor. 
 
Se a empresa enfrentar dificuldades financeiras, os investidores que aplicaram debêntures terão que 
obter o dinheiro de volta com base no patrimônio da empresa. 
 
Existem quatro tipos de garantias: 
1. Garantia Real: Os direitos do investidor são garantidos por um ativo da empresa, que não pode 
ser negociado até que as obrigações com os investidores sejam quitadas por completo. Ou seja, 
são debêntures garantidas por hipoteca, caução, penhor ou anticrese sobre bens da própria 
companhia ou oferecidos por terceiros e que ficarão vinculados à emissão. 
 
2. Garantia Flutuante: O investidor tem privilégio sobre um ativo da empresa, que, no entanto, não 
deixa de ser negociado. 
 
3. Garantia sem Preferência: O investidor que, em caso de falência, concorra em pé de igualdade 
com os demais credores não possui qualquer garantia real nem preferência para receber seus 
direitos. Nesse caso, a emissão está limitada ao valor do capital da empresa que emitiu. 
 
4. Garantia Subordinada: Às debêntures sem garantia podem contar com cláusulas de 
subordinação, garantindo a preferência somente aos acionistas com relação ao recebimento dos 
seus direitos. Nesse caso, não há limites para a emissão. 
 
COMMERCIAL PAPERS 
São títulos de dívida emitidos por empresas, que podem ou não ser financiadas e possuem um prazo 
mais curto de duração (entre 30 e 360 dias). 
 
Pode ter rentabilidade pré ou pós-fixada e também existe a possibilidade de sua emissão ser em 
dólares. 
 
É possível vender esse instrumento para outro investidor antes do vencimento. 
A empresa pode resgatar antecipadamente esse papel, mas é preciso que tenha decorrido o prazo 
mínimo de 30 dias. 
 
Na prática, os recursos obtidos com a emissão dos commercial papers, em geral, são usados para 
financiar as atividades de curto prazo da empresa ou as necessidades de capital de giro, como a 
compra de estoques e o pagamento de fornecedores. 
 
LETRAS HIPOTECÁRIAS (LH) 
São uma forma de captação usada pelos bancos para financiar certas linhas de crédito imobiliário e só 
podem ser emitidas por instituições autorizadas para esse tipo de financiamento. 
 
As letras hipotecárias costumam pagar remuneração superior àda caderneta de poupança, exigindo, 
no entanto, prazo de aplicação maior. Trata-se, portanto, de captação mais onerosa para a instituição 
financeira. 
 
Para o investidor, além da maior remuneração obtida, as letras hipotecárias oferecem ainda a vantagem 
de serem isentas de Imposto de Renda. 
 
A remuneração das LHs costuma ser de três tipos: 
- Taxa de juros mais TR; 
- Vinculadas ao CDI; 
- Rentabilidade prefixada. 
 
Possui vantagem em relação a todos os ativos da sociedade ou é garantida pelo governo quando 
emitida pela Caixa Econômica Federal. 
 
LETRAS IMOBILIÁRIAS (LI) 
São títulos emitidos por instituições que compõem o sistema habitacional, como sociedades de crédito 
imobiliário e a Caixa Econômica Federal. 
 
Essas letras constituem promessas de pagamento. 
Os recursos captados com a colocação desses papeis se destinam ao financiamento de imóveis para 
construtoras e adquirentes. 
 
Quando emitida pela Caixa Econômica Federal, a letra imobiliária pode ser garantida pelo governo 
federal. 
Quando emitida por sociedades de crédito imobiliário, ela pode ter preferência sobre os bens do ativo 
da sociedade emissora em relação a outros créditos contra a sociedade. 
 
Tem garantia do lastro imobiliário hipotecário. 
 
Os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) são títulos de renda fixa emitidos com lastro em 
financiamentos imobiliários e outras gerações de crédito, como aluguel e arrendamento. São emitidos 
por sociedades de securitização. 
 
O CDI pode ser emitido nos tipos: 
- PERFORMADO: Quando os imóveis que lastreiam a emissão já foram concluídos. 
 
- NÃO PERFORMADO: Quando os imóveis ainda não foram concluídos. 
 
LETRAS FINANCEIRAS 
São instrumentos de captação das instituições financeiras com prazo maior do que os CDBs e RDBs. 
Geralmente, elas são destinadas a investidores institucionais, como fundos de investimento, sociedades 
seguradoras e entidades de previdência complementar, uma vez que seu valor mínimo para aplicação é 
de R$300.000,00 e têm prazo mínimo de dois anos. 
 
 
MERCADO À VISTA DE AÇÕES 
 
AÇÃO 
É a menor parcela do capital social de uma empresa. 
Os detentores de ações (sócios) possuem a possibilidade de negociar seus títulos, tendo em vista que 
são nominativos e representam uma fração da empresa. Assim, a qualquer momento, as ações podem 
ser vendidas na bolsa de valores e transformadas em dinheiro para o investidor. 
 
As ações podem ser: 
 
1. Ordinárias (ON): dão direito a voto em assembleias de acionistas; 
2. Preferenciais (PN): geram apenas predileção na ordem de recebimento de direitos; 
3. De fruição ou gozo: são montantes, expressos em ações, que supostamente caberiam na hipótese 
de dissolução da companhia. 
 
As ações de gozo ou fruição são colocadas em negociação em bolsas de valores, revelando interesse 
somente aos fundadores da companhia. 
 
VALOR DAS AÇÕES 
Podem ser definidos os seguintes valores monetários para as ações: 
 
1. VALOR NOMINAL: É o valor atribuído a uma ação prevista no estatuto social da companhia. 
Uma ação pode ser emitida com ou sem valor nominal, e na hipótese de emitir sem ele, não 
haverá menção do valor expresso em dinheiro. 
O preço da ação será fixado na constituição da sociedade pelos fundadores e no aumento de 
capital pela assembleia geral ou pelo conselho de administração da companhia. 
 
2. VALOR PATRIMONIAL: É determinado pela divisão do valor total do patrimônio líquido e pelo 
número de ações emitidas. 
A realização financeira do valor patrimonial de uma ação depende de alguns fatores como a 
alienação dos ativos da companhia, e só ocorre, de fato, em caso de dissolução da sociedade. 
 
3. VALOR INTRÍNSECO: Equivale ao valor presente de um fluxo esperado de benefícios de caixa. 
Esse fluxo é descontado a uma taxa de retorno mínima requerida pelos investidores, a qual 
incorpora o risco associado ao investimento. 
O valor intrínseco embute o potencial de desempenho da empresa no futuro. 
 
A maneira de determinar o valor intrínseco de uma ação é conhecida como fluxo de caixa 
descontado, o qual se baseia na premissa de que o valor justo de uma empresa é dado pelo seu 
patrimônio líquido somado ao total de fluxos de rendimentos futuros que a empresa pode gerar. 
Os fluxos futuros são trazidos a valor presente pela taxa adequada (custo médio de capital ou 
custo de capital próprio) e somados ao patrimônio líquido. 
O valor da ação será obtido com a divisão desse valor pelo total de ações da empresa. 
 
4. VALOR DE MERCADO: Representa o afetivo preço para negociar a ação. 
Ele não irá, necessariamente, coincidir com o valor intrínseco, sendo definido a partir da 
percepção de investidores e de suas estimativas com relação ao desempenho da empresa e da 
economia. 
 
Uma boa decisão de investimentos será aquela em que o valor de mercado da ação seja inferior 
ao valor intrínseco calculado. 
 
RENDIMENTO E RISCO DAS AÇÕES 
Estão intimamente ligados ao desempenho esperado da empresa emitente, às condições de mercado e 
à evolução geral da economia. 
 
Essencialmente, uma ação oferece ao seu detentor dois tipos de rendimentos: Dividendos e valorização 
da própria ação no mercado. 
 
Os dividendos representam a distribuição dos lucros auferidos pela empresa entre seus acionistas e 
dependem da política da empresa. Em uma política de retenção, os lucros são reinvestidos, visando ao 
crescimento da atividade e maiores ganhos futuros. 
 
No que tange à política de distribuição, os acionistas recebem pagamentos em dinheiro, os dividendos. 
 
Um índice que mede a política de dividendos é chamado payout, em que: 
 
 
 
Quanto maior for o índice de payout, maior será a proporção de distribuição dos dividendos por 
unidade de lucro. Isso indica que a empresa está usando cada vez mais seu patrimônio líquido para 
realizar investimentos. 
 
RISCO DA EMPRESA E RISCO DE MERCADO 
- Risco da empresa: é aquele associado às decisões da companhia, em que são avaliados aspectos 
de atratividade econômica do negócio e capacidade de pagamento dos compromissos perante 
terceiros. 
 
Podem ser subdivididos em: 
 
RISCO ECONÔMICO: É inerente à própria atividade da companhia e às características do 
mercado no qual está inserida, independentemente da forma como a empresa é financiada. 
 
RISCO FINANCEIRO: Associado ao endividamento da empresa ou à capacidade em liquidar 
compromissos financeiros assumidos. 
 
- Risco de mercado: É inerente às variações previstas no comportamento do mercado e 
geralmente é determinado por oscilações na economia. 
 
MERCADO À VISTA 
Uma classificação do mercado financeiro envolve o momento da negociação do título. 
O lançamento de um novo ativo ocorre no mercado primário. 
Negociações posteriores, em bolsas de valores ou mercado de balcão, envolvendo compra e venda de 
títulos já lançados, ocorrem no mercado secundário: 
 
Quanto ao mercado acionário, podemos entender. 
 
- No Mercado Primário: Ocorre a canalização direta dos recursos para o financiamento das 
empresas, por meio das emissões de ações. 
 
- No Mercado Secundário: São estabelecidas as renegociações entre os agentes econômicos das 
ações adquiridas no mercado primário. 
Esses valores movimentados não são transferidos para o financiamento da emissora dos papeis, 
sendo simples transferências entre os investidores. 
 
A função essencial do mercado financeiro é dar liquidez ao primário, viabilizando o lançamento de 
ativos financeiros. 
 
Uma operação à vista é a compra ou a venda de determinada quantidade de ações para liquidação 
imediata. 
 
A compra e a venda de uma mesma ação em um mesmo pregão, por um mesmo investidor, também é 
permitida, e a operação conhecida como day-trade. O objetivo dessa estratégia é aproveitar a grande 
volatilidade diária no mercado para auferir lucros. 
 
 
 
 
 
TÍTULOS PÚBLICOS 
 
O governo também capta recursos no mercado financeiro por meio da emissão de títulos. 
Eles representam o principal ativo financeiro em circulação nopaís e podem ser adquiridos diretamente 
por pessoas físicas, por meio do sistema Tesouro Direto. 
 
Títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e os principais tipos disponíveis atualmente: 
 
LETRA DO TESOURO NACIONAL (LTN) 
É a que tem prazo mais curto e é comercializada com deságio sobre seu valor de face. 
Sua estrutura de pagamentos prevê apenas um fluxo, com o pagamento no principal (R$1.000,00) no 
vencimento. No tesouro Direto, esses títulos são denominados de tesouro prefixado. 
 
Ex.: Suponha que uma pessoa investidora tenha adquirido uma LTN por R$800,00 um ano antes de seu 
vencimento. A rentabilidade da operação será de: 
 
 
 
LETRA FINANCEIRA DO TESOURO (LFT) 
É um título pós-fixado, que acumula as taxas Selic diárias. 
 
No vencimento do título, será pago a quem investiu o valor investido, mas corrigido pela taxa Selic 
acumulada no período de investimento. 
No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de Tesouro Selic. 
 
Ex.: Imagine que uma pessoa investidora tenha adquirido uma LFT por R$10.500,00 um ano antes de seu 
vencimento e que a taxa Selic acumulada nesse período seja de 2,5%, conforme mostrado na imagem a seguir: 
 
 
No vencimento, o investidor recebe os R$10.500,00, investidos, porém, corrigidos pela Selic acumulada no perído 
(2,5%): 
 
NOTA DO TESOURO NACIONAL - SÉRIE B (NTN-B) 
Sua rentabilidade é dada pela variação da inflação medida pelo IPCA. 
Esse título prevê pagamentos semestrais, denominados de cupons. 
 
A origem de cupom data da época em que esses títulos ainda eram cartulares, ou seja, emitidos em 
papel. 
Cada título possuía cupons que eram destacados para recebimento de seus pagamentos nas respectivas 
datas. 
 
No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de Tesouro IPCA+ com pagamentos semestrais. 
 
 
 
NOTA DO TESOURO NACIONAL - SÉRIE F (NTN-F) 
Sua rentabilidade é pré fixada, esse título prevê pagamentos de cupons semestrais. 
 
 
PRODUTOS DE EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 
Produtos que permitem às instituições financeiras emprestar recursos aos agentes deficitários: 
 
A instituição financeira que disponibiliza o crédito corre o risco do tomador de recursos, podendo ser 
uma pessoa física ou jurídica. 
 
Alguns produtos de empréstimos bancários: 
 
- Hot Money: São empréstimos de um a sete dias para atender a necessidade de caixa de 
empresas. 
 
- Cheque especial: É uma linha de crédito pré-aprovada pela instituição financeira, e seu objetivo é 
cobrir eventuais saldos negativos na conta corrente. 
 
- Desconto de títulos: É quando o tomador de recursos possui créditos futuros a receber de 
duplicatas e outros títulos e pode antecipar esse recebimento por meio da operação de desconto 
de títulos. 
Nessa operação, a instituição financeira compra os títulos do tomador com um deságio, ou seja, 
por um preço inferior ao seu valor de face. 
 
- Financiamento de Capital de Giro: São operações de crédito que visam atender às necessidades 
de capital de giro das empresas. 
Normalmente, são exigidas garantias de crédito a receber da empresa, como duplicatas. 
 
- Crédito Direto ao Consumidor: É a modalidade de crédito destinada a financiar a aquisição de 
bens e serviços pelos consumidores. 
O bem a ser adquirido normalmente é dado à instituição financeira como garantia de 
pagamento do empréstimo. 
 
- Crédito Consignado: Constitui-se uma linha de crédito destinada a funcionários públicos, e a 
cobrança é realizada diretamente no contracheque do tomador. 
Nessa modalidade, as taxas cobradas tendem a ser mais baixas devido ao baixo risco de 
inadimplência. 
 
Para calcular a taxa de remuneração correspondente ao risco assumido, a instituição financeira faz 
uma análise da capacidade de pagamento do tomador. Para isso, a instituição financeira pode recorrer 
a bancos de dados, como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), ao Serasa ou ao Sistema de Risco de 
Crédito do Banco Central (SRC). 
 
Em 2019, foi regulamentado o cadastro positivo de crédito com o objetivo de possibilitar aos bons 
pagadores conseguir melhores taxas no momento da contratação do empréstimo. 
 
VEÍCULOS DE INVESTIMENTO COLETIVO 
 
FUNDOS DE INVESTIMENTO 
Muitas vezes, uma pessoa física que investe não tem capacidade financeira para diretamente aplicar em 
alguns produtos. No entanto, ela pode utilizar veículos de investimentos coletivos, como fundos de 
investimento ou planos de previdência. 
 
- Fundos de Investimentos são veículos de investimento coletivo regulados pela CVM, que permitm 
aos seus cotistas investir em produtos financeiros mais sofisticados. 
 
Eles podem ser: 
 
FUNDOS ABERTOS: São aqueles em que os participantes aportam ou resgatam recursos emitindo 
novas cotas. Portanto, a quantidade de cotas varia conforme os aportes e resgates. 
 
FUNDOS FECHADOS: São aqueles em que há uma emissão inicial de cotas e, depois, não são 
mais feitos aportes dos resgates até o vencimento do fundo. Suas cotas podem ser negociadas no 
mercado secundário. 
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) possui ainda 
uma classificação dos fundos segundo sua política de investimentos. Confira a tabela a seguir: 
 
 
 
PLANOS DE PREVIDÊNCIA 
Outro veículo de investimento bastante utilizado pelos investidores são os planos de previdência 
complementar aberta ou os seguros de vida com cobertura de sobrevivência. 
 
Os mais conhecidos são: 
 
- PGBL: Plano Gerador de Benefícios Livre - É um plano de previdência e podem ser abatidas da 
base de cálculo do Imposto de Renda como contribuição previdenciária. 
- VGBL: Vida Gerador de Benefícios Livre - É um seguro com cobertura de sobrevivência. 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
1. Qual título público federal tem como remuneração a taxa básica de juros da economia? 
 
a) Notas do tesouro nacional - série B - NTN-B. 
b) Notas do tesouro nacional - série F - NTN-F. 
c) Letras financeiras do tesouro (LFT). 
d) Letras do tesouro nacional (LTN). 
e) Notas do tesouro nacional - série B - NTN-B principal. 
 
Resposta: C 
As LFTs são títulos que pagam os juros da taxa Selic, a taxa básica de juros da economia. 
 
2. Uma LTN foi vendida por 900 reais um ano antes de seu vencimento. Qual a sua rentabilidade? 
 
a) 10% a.a 
b) 11,11% a.a 
c) 12,5% a.a. 
d) 13,33% a.a 
e) 9% a.a 
 
Resposta: B 
No vencimento, uma LTN vale R$1.000,00. Dessa forma, seu fluxo será dado pela seguinte 
imagem: 
 
Sua rentabilidade será dada por:

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