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PROFA ME LUCIANA A. RODRIGUES UNIP LIBRAS 1º bim/2013 PRECONCEITO OU DIFICULDADE EM OLHAR A PRÓPRIA DEFICIÊNCIA??? ISTO NÃO É INCLUSÃO...???? Por que????? SEGREGAÇÃO OU EXCLUSÃO: nesta primeira fase, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) eram responsáveis pelo atendimento das pessoas com deficiência, sendo datada de 1854 a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos e, em 1857, a criação do Instituto dos Surdos Mudos, ambos no Rio de Janeiro. Os atendimentos nessas instituições eram realizados pelo sistema de internato. O Estado não conseguia manter uma prestação de serviços satisfatória, as principais características desse período eram o estigma e o desrespeito a essa parcela da população. Integração: Em sua maioria, essas OSCs foram criadas por pais, na tentativa de proporcionar a seus filhos os direitos que não eram viabilizados até então. Essas Organizações influenciavam-se amplamente pelo modelo médico, centrado em um trabalho de reabilitação da deficiência. Tal reabilitação se realizava mantendo as pessoas com deficiência excluída do convívio social, na forma de internato. Nesse período, os investimentos eram direcionados para soluções apenas parciais e de curto prazo. INCLUSÃO: a luta pela inclusão das pessoas com deficiência ganha força a partir da Constituição de 1988, através de leis específicas para essa parcela da população. Agora, a sociedade deve se adaptar para receber a pessoa com deficiência em todos os seus setores. Essa adaptação deve ser física (com relação à acessibilidade ambiental e ergonômica) e atitudinal (com relação à aceitação das pessoas com deficiência como iguais). Isso é inclusão.... A conceituação da deficiência serve, portanto, para definirmos políticas de atendimentos, recursos materiais, condições sociais e escolares. INCLUSÃO FORMAÇÃO DE PROFESSORES NOVO OLHAR PARA HABILIDADES E COMPETENCIAS AUTONOMIA SOLIDARIEDADE MUDANÇAS REPENSAR DA PRATICA DOCENTE - Qual caminho que devemos seguir na Educação? - Poderia me dizer, por favor, qual o caminho para eu sair daqui? - Oh, mas isso depende muito, minha cara menina, do lugar para onde você quer ir... - Não me importa muito para onde. - Neste caso, não importa muito por onde você vá... O ideário da inclusão deve ser concebido como intervenção no real, isto é, não se deve admitir que o alunado permaneça do lado de fora, esperando a escola ficar pronta para recebê-lo. Trata-se de mantê- la completamente aberta para aprender com a diversidade e a partir dela. Para isto, será necessário quebrar resistências, remover barreiras físicas e atitudinais, enfrentando conflitos e contradições, revendo estratégias de aprendizagem, com ênfase na construção coletiva. (SÁ,2005) Falar de pessoas com deficiência nos faz pensar em preconceito. - Como percebemos a sociedade atual com relação as pessoas com qualquer tipo de deficiência? O termo “estigma” já era usado na Grecia antiga para designar sinais corporais que desqualificavam o cidadão marcado com tal sinal. Na Grécia antiga, escravos, criminosos e traidores traziam marcas nos corpos como forma de serem discriminados em locais públicos. Para os primeiros cristãos, a palavra estigma representava distúrbios físicos ou sinais metafóricos de graças divinas. Nos dias atuais o estigma surge para categorizar as pessoas segundo normas dentro de conceitos de normalidades e aceitação padrão. Definição de Estigma, que não é um atributo pessoal, mas uma forma de designação social e a análise da sua relação com a identidade social de cada um. - Há três tipos de estigmas: por deformidades físicas; por moralidades; por linhagem de raça, nação e religião. Transformação dos sistemas educacionais Mudança na gestão da educação: • acesso às classes comuns do ensino regular; • a ampliação da oferta de atendimento educacional especializado; • eliminação de barreiras para o acesso ao currículo. • ampliação da educação infantil; • formação de professores; • a adequação arquitetônica/ acessibilidade; • organização de recursos técnicos e de serviços que promovam a acessibilidade pedagógica e nas comunicações. (MEC/SEESP,2005) - Educação Especial como parceira do ensino regular Atendimento Educacional Especializado – AEE Sala de recursos multifuncionais Intérpretes de LIBRAS A HISTÓRIA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SURDEZ As tribos se formaram e com elas a preocupação em manter a segurança e a saúde dos integrantes do grupo para a sobrevivência. Os estudiosos concluem que a sobrevivência de uma pessoa com deficiência nos grupos primitivos de humanos era impossível porque o ambiente era muito desfavorável e porque essas pessoas representavam um fardo para o grupo. Só os mais fortes sobreviviam e era inclusive muito comum que certas tribos se desfizessem das crianças com deficiência. ERA PRÉ-CRISTÃ: marcada pela negligência, em que havia uma ausência total de atendimento. Os deficientes eram abandonados, perseguidos e eliminados devido às suas condições atípicas, e a sociedade legitimava essas ações como sendo normais. Na era cristã, segundo Pessotti (1984), o tratamento variava segundo as concepções de caridade ou castigo predominantes na comunidade em que o deficiente estava inserido. Há mais de cinco mil anos, a pessoa com deficiência integrava-se nas diferentes e hierarquizadas classes sociais (faraó, nobres, altos funcionários, artesãos, agricultores, escravos). A arte egípcia, os afrescos, os papiros, os túmulos e as múmias estão repletos dessas revelações. Os estudos acadêmicos baseados em restos biológicos, de mais ou menos 4.500 a.C., ressaltam que as pessoas com nanismo não tinham qualquer impedimento físico para as suas ocupações e ofícios, principalmente de dançarinos e músicos. A pessoa com deficiência física, tal como o Porteiro de Roma de um dos templos de deuses egípcios, exercia normalmente suas atividades, conforme revela a Estela votiva da XIX Dinastia e originária de Memphis, que pode ser vista no Museu Ny Carlsberg Glyptotek, em Copenhagen, Dinamarca. Essa pequena placa de calcário traz a representação de uma pessoa com deficiência física, sua mulher e filho, fazendo uma oferenda à deusa Astarte, da mitologia fenícia. A imagem indica, segundo os médicos especialistas, que Roma teve poliomielite. Platão, no livro A República, e Aristóteles, no livro A Política, trataram do planejamento das cidades gregas indicando as pessoas nascidas “disformes” para a eliminação. A eliminação era por exposição, ou abandono ou, ainda, atiradas do aprisco de uma cadeia de montanhas chamada Taygetos, na Grécia. As leis romanas da Antiguidade não eram favoráveis às pessoas que nasciam com deficiência. Aos pais era permitido matar as crianças que com deformidades físicas, pela prática do afogamento. Relatos nos dão conta, no entanto, que os pais abandonavam seus filhos em cestos no Rio Tibre, ou em outros lugares sagrados. Os sobreviventes eram explorados nas cidades por “esmoladores”, ou passavam a fazer parte de circos para o entretenimento dos abastados. Foi no vitorioso Império Romano que surgiu o cristianismo. A nova doutrina voltava-se para a caridade e o amor entre as pessoas. As classes menos favorecidas sentiram-se acolhidas com essa nova visão. O cristianismo combateu, dentre outras práticas, a eliminação dos filhos nascidos com deficiência. Os cristãos foram perseguidos porém, alteraram as concepções romanas a partir do Século IV. Nesse período é que surgiram os primeiros hospitais de caridade que abrigavam indigentes e pessoas com deficiências. Os períodos marcados pelo fim do Império Romano (Século V, ano 476) e a Queda de Constantinopla (Século XV, em 1453), marcam o início da Idade Média. É marcada por precárias condições de vida e de saúde das pessoas. A população ignorante encaravao nascimento de pessoas com deficiência como castigo de Deus. Os supersticiosos viam nelas poderes especiais de feiticeiros ou bruxos. As crianças que sobreviviam eram separadas de suas famílias e quase sempre ridicularizadas. A literatura da época coloca os anões e os corcundas como focos de diversão dos mais abastados. Nos séculos XVIII e meados do século XIX, encontra-se a fase de institucionalização, em que os indivíduos que apresentavam deficiência eram segregados e protegidos em instituições residenciais. No final do século XIX e meados do século XX, pelo desenvolvimento de escolas e/ou classes especiais em escolas públicas, visando oferecer à pessoa deficiente uma educação à parte. A Idade Moderna marcou a passagem de um período de extrema ignorância para o nascer de novas idéias. Ela ocorreu do ano de 1453 (Século XIV), quando da tomada de Constantinopla pelos Turcos otomanos, até 1789 (Século XVIII) com a Revolução Francesa. O período mais festejado é o que vai até o Século XVI, com o chamado Renascimento das artes, da música e das ciências, pois revelaram grandes transformações, marcada pelo humanismo. • Séc. XVI, o médico Gerolano Cardano cita que os surdos poderiam ser ensinados. • Pedro Ponce de Leon é citado como primeiro professor de surdos na história e ele já utilizavam a datilologia associado à fala e à escrita, mas utilizava-se também da oralidade, pois a palavra era um meio do surdo fazer parte da sociedade. • Charles Michel de L’Epée, conhecido como Abbé de L’ Epée. Fundador da primeira escola pública para surdos, em Paris, objetivo que os surdos aprendessem a ler e a escrever. Considerava insuficiente a linguagem natural dos surdos e inventou os signes méthodiques, para integrar a gramática da língua francesa. IDADE MODERNA ATÉ OS DIAS ATUAIS... Gerolamo Cardomo, matemático e inventor de um método para ensinar pessoas surdas a ler e escrever. Pedro Ponce de Leon, cria método de sinais para ensinar pessoas surdas. Na foto um monumento a Pedro Ponce de Leon com Juan Pablo Bonet por Manuel Iglesias Lecio, 1920, nos Jardines de Buen Retiro em Madri, Espanha. Samuel Heinicke dirige em Leipzig uma escola de ensino exclusivamente oral para surdos, rejeitando todos os outros métodos que qualificava de inúteis e fraudulentos. Criou o Método Alemão ou Oral. Thomas Gallaudet e Laurent Clerc foram responsáveis pela educação de surdos nos USA, e defendiam o uso concomitante da língua de sinais com a língua oral. Congresso de Milão (1880): responsável pela difusão do oralismo. 110 anos: - foi declarada a superioridade incontestável da fala. - método oral puro era o ideal para a educação dos surdos. - mais de 110 anos de oralidade. Os Séculos XVI e XVII em toda a Europa foram marcados pela massa de pobres, mendigos e pessoas com deficiência. Alguns verdadeiros, muitos falsos, reuniam-se em confrarias (organizações), em locais e horas determinadas, para mendigar, com divisão de lucros e cobranças de taxas entre os participantes do grupo. Paul Lacroix, escritor e jornalista francês, dedicou-se a escrever sobre esses grupos de pessoas. O Século XX trouxe avanços importantes para as pessoas com deficiência, sobretudo em relação às ajudas técnicas ou elementos tecnológicos assistivos. Os instrumentos que já vinham sendo utilizados - cadeira de rodas, bengalas, sistema de ensino para surdos e cegos, dentre outros foram se aperfeiçoando. A sociedade, não obstante as sucessivas guerras, organizou-se coletivamente para enfrentar os problemas e para melhor atender a pessoa com deficiência. No final do século XX, por volta da década de 70, observa-se um movimento de integração social dos indivíduos que apresentavam deficiência, cujo objetivo era integrá-los em ambientes escolares, o mais próximo possível daqueles oferecidos à pessoa normal . A história da Educação Especial no Brasil tem como marcos fundamentais a criação do “Instituto dos Meninos Cegos” (hoje “Instituto Benjamin Constant”) em 1854, e do “Instituto dos Surdos- Mudos” (hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES”) em 1857, ambos na cidade do Rio de Janeiro, por iniciativa do governo Imperial (JANNUZZI,1992; BUENO,1993; MAZZOTTA,1996). IBC/ RJ INES/RJ A fundação desses dois Institutos representou uma grande conquista para o atendimento dos indivíduos deficientes, abrindo espaço para a conscientização e a discussão sobre a sua educação. No entanto, não deixou de “se constituir em uma medida precária em termos nacionais, pois em 1872, com uma população de 15.848 cegos e 11.595 surdos, no país eram atendidos apenas 35 cegos e 17 surdos” (MAZZOTTA, 1996, p.29), nestas instituições. Segundo Mazzotta (1996), “Inclusão da “educação de deficientes”, da “educação de excepcionais” ou da “educação especial” na política educacional brasileira”, iniciou no Brasil, no final dos anos 50 e início da década de 60. Foi intensificado o atendimento de reabilitação após a 2º Guerra Mundial devido ao grande número de mutilados, cegos e acometidos de outras deficiências. Em 1961, com a Lei de Diretrizes e Bases 4024/61, a educação da pessoa com deficiência passou a ser integrada ao sistema regular de ensino. Na verdade essa integração não ocorreu, pois o atendimento educacional ficava sob a responsabilidade de outras instituições particulares subvencionadas pelo governo. Em 19 de novembro de 1992 após a queda do presidente Fernando Collor de Mello, os Ministérios foram reorganizados e reapareceu a Secretaria de Educação Especial – SEESP. SURDOS E DEFICIENTES AUDITIVOS SÃO AS MESMAS PESSOAS ? INCLUSÃO OU ESCOLA ESPECIAL? LÍNGUA DE SINAIS OU ORALIDADE? - Vamos pensar.... - Tem a Comunicação Espaço-Visual como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala; - Isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos; - Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal preferem utilizar a língua oral (fala). SURDOS Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio. SURDO-MUDO Hoje dizemos que surdos são aqueles que usam a língua de sinais para se comunicar, para eles a fala e a audição não tem função. E deficientes auditivos (DA) são aqueles que com um AASI podem reconhecer as palavras pelo som e a fala e a audição tem função. Isto faz toda diferença para a educação. (visão sócio-antropológica) Área clínica da surdez Db (decibéis) é relativo a intensidade do som. Audição normal entre 0 e 25db. Maior nº de db para resposta maior a perda auditiva. Surdez dividida em: Congênitas:nasceu surdo (pré-lingual) Adquiridas: perde a audição no decorrer da sua vida (pré ou pós-lingual) Época que ocorreu a surdez - Pré-lingual - Pós-lingual 42 Causas da Surdez (etiologia): fatores genéticos e hereditários, doenças adquiridas pela mãe na época da gestação (rubéola, toxoplasmose...), anóxia, meningite, otite, idade e acidentes, entre outros. GRAU DA SURDEZ Perda leve 20 a 40db Dificuldade para: ouvir o tic-tac do relógio ou uma conversação silenciosa (cochicho).DA Perda Moderada 41 a 70 db Dificuldade para: ouvir voz fraca, pássaro, participar de discussões. Usa AASI.DA Perda Severa 71 a 90 db Dificuldade para: ouvir o telefone. Surdo Perda Profunda Acima de 91db Dificuldade para: ouvir o caminhão, som na discoteca, o avião.Surdo SURDOS pessoas que utilizam a comunicação espaço-visual como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala . Surdo-Mudo: Denominação incorreta. Surdez ‡ mudez, a pessoa surda não fala porque não ouve enquanto a mudez pode ser ocasionada por traumas, acidentes ou problemas no aparelho fonador. Surdos usam a língua de sinais para se comunicar, para eles a fala e a audição não tem função.E deficientes auditivos (DA) são aqueles que com um AASI podem reconhecer as palavras pelo som e a fala e a audição tem função. Isto faz toda diferença para a educação. (visão socio-antropológica) AULA PRÁTICA, CONCEITOS BÁSICOS Boas Maneiras Bom dia Boa tarde Boa noite Oi Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira Olá ou Tchau Por favor Obrigad@ Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira “IDENTIFICAÇÃO” Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira nome idade Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira RG Rua Avenida Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngüe da Língua de Sinais Brasileira número apartamento bairro cidade estado país telefone celular email FACEBOOK Torpedo
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