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Patologias do sistema hemolinfopoiético 1 ☠ Patologias do sistema hemolinfopoiético Created CCR PATOLOGIA ESPECIAL II Babesiose cerebral = cérebro cor de cereja → Babesia bovis Depois do nascimento, medula óssea passa a produzir o sangue Em alguns ossos, a medula óssea vermelha é substituída por tecido adiposo Medula óssea reativa/ativa Sangue Manutenção do volume do fluido corporal Controle térmico do organismo Transporte de hormônios Proteção através de céls. e anticorpos Transporte de gases e nutrição @January 3, 2023 4:23 PM Patologias do sistema hemolinfopoiético 2 Distúrbios dos eritrócitos Eritrocitose (policitemia) relativa Eritrocitose (policitemia) absoluta Policitemia (eritrocitose) Consequências: Aumento da viscosidade Cianose Predisposição à formação de trombos Necropsia Congestão generalizada Trombos em vasos principais Hiperplasia da medula óssea Anemia Regenerativa (reticulócitos) Não-regenerativa Mecanismos: Perda Não produção ou insuficiente Aspectos clínicos-pato: Aguda ➡ palidez das mucosas, sinais de anóxia, fígado em noz moscada (ICC), contração esplênica Crônica ➡ palidez das mucosas, hipertrofia e dilatação cardíaca, dispneia, pode se tornar não-regenerativa Anemias hemolíticas Hemólise intravascular/extracelular A hemólise pode ser intravascular se os eritrócitos liberarem seu conteúdo, principalmente hemoglobina, diretamente na corrente sanguínea HEMOGLOBINÚRIA ➡ hemólise intravasc Patologias do sistema hemolinfopoiético 3 Hemólise extravascular/intracelular Será extravascular se os macrófagos fagocitarem os eritrócitos e pouca ou nenhuma hemoglobina for liberada na corrente sanguínea ICTERÍCIA ➡ mais acentuada na hemólise extravasc BAÇO ➡ esplenomegalia; ao corte hipoplasia de polpa vermelha FÍGADO ➡ hepatomegalia; cor alaranjada → bilirrubina d+ VESÍCULA BILIAR ➡ aumentada; conteúdo + denso, grumoso DOENÇAS ESPECÍFICAS Tristeza parasitária bovina Babesiose bovina: Babesia bigemina Babesiose cerebral: B. bovis (bloqueio parcial dos capilares cerebrais com isquemia) Hemácias parasitadas presas nos capilares do encéfalo Hemólise intravascular Patologias do sistema hemolinfopoiético 4 Anaplasmose: Anaplasma marginale; A. centrale Hemólise extravascular Vetor: carrapato Rhipicephalus sanguineus Micoplasmose (anemia infecciosa felina) Hemobartonellose → nome antigo Mycoplasma haemofelis, Candidatus Mycoplasma haemominutum Hemólise extravascular (podendo ter episódios imunomediados) Icterícia pré-hepática → não vai ter hemoglobinúria Mesma família anaplasma, considerada bactéria Machos + predispostos ➡ comportamento de fugir, brigas Normalmente o Mycoplasma está no gato, mas para o animal estar doente precisa ter quadro de imunossupressão associado → linfoma, FIV/FeLV Buscar causa base → outra doença? estresse? Primavera e verão = maior incidência de artrópodes hematófagos SINAIS CLÍNICOS: Febre, anorexia, depressão, mucosas pálidas, icterícia, debilidade, sangue + ralo MACRO: Mucosa pálida, amarelada; fígado aumentado e alaranjado, baço aumentado com hipoplasia de popa vermelha MICRO: Alt. em consequência da anemia; macrófagos com hemossiderina; degeneração + necrose centro-tubular; nefrose isquêmica → necrose tubular aguda Quadro de hipóxia = doença hemolítica Patologias do sistema hemolinfopoiético 5 DIAGNÓSTICO: Sinais clínicos, histórico, lesões, visualização, PCR Esfregaço sang. + PCR Primeiro esfregaço pode dar negativo mas se a clínica for sugestiva repetir Duas espécies distintas foram identificadas em gatos domésticos, Ohio (mais patogênica) e Califórnia (menos patogênica), hoje recebem o nome de Mycoplasma haemofelis e Candidatus Mycoplasma haemominutum, respectivamente (NEIMARK et al., 2001). Alguns fatores de risco foram identificados, os machos parecem ser mais predispostos do que as fêmeas, talvez pelo seu comportamento. O risco se acentua na primavera e verão, quando existe maior incidência de artrópodes hematófagos Os gatos mais jovens são mais acometidos do que gatos idosos. Gatos positivos para FELV aparentam ter maior risco de desenvolver os sinais clínicos, por serem gatos imunossupremidos (SYKES, 2003). Leptospirose Leptospira spp Vários sorovares → canicola, hardjo, bratislava L. icterohaemorrhagiae ➡ hemólise; fígado + rins; anemia hemolítica e ins. renal + hepática no cão Patologias do sistema hemolinfopoiético 6 Infecção e transmissão (mucosa, pele) Nos bovinos e suínos ➡ problemas reprodutivos Trato genital → aborto, infertilidade Hospedeiros ➡ ratos 🐭 Leptospira consegue penetrar pelas mucosas e pela pele Principal fonte = urina Leptospiremia 2 mecanismos de hemólise = hemolisina e necrose hepática Acs ligação nas hemácias = lise Marcadas → podem ativar o sistema complemento ⇒ hemólise intravascular C3B = opsonina C6, C7, C8, C9 = complexo de ataque à membrana Perfura e causa lise celular direta → intravasc Pré-hepática = hemólise SINAIS CLÍNICOS: Febre, icterícia, hemoglobinúria, depressão, anorexia, vômito, sinais de dor à palpação abdominal e lombar Alterações clínico-patológicas: Anemia e icterícia Fígado pálido a amarelado Rins tumefeitos e escuros (Hb) Hemoglobinúria Lesões devido uremia Alterações histopatológicas: Dissociação hepatócitos e necrose Nefrose tubular e nefrite intersticial Visualização do agente através de coloração especial no rim e fígado (impregnação pela prata) → marca espiroqueta de marrom-escuro HEMORRAGIA → problema fatores de coagulação Patologias do sistema hemolinfopoiético 7 DIAGNÓSTICO: Epidemiologia Sinais, lesões macro e micro Visualização do agente (microscopia de campo escuro) Sorologia Isolamento Anemias hemolíticas autoimunes/imunomediadas Não há ag. etiológico específico Ligação anticorpos (IgG) membrana da He Fagocitose macrófagos Transmissão de sangue que não é compatível Ativação complemento ➡ 2 tipos hemólise Anemias hemolíticas imunomediada do potro recém-nascido ERITROBLASTOSE FETAL Diferença antigênica entre: Mãe e pai Feto e mãe Contato sangue fetal e materno Mãe produz anticorpos anti he do potro Acs liberados no colostro ➡ ligam- se he do potro Sinais clínicos (48 h - 5 dias) Anemias hemolíticas autoimunes no cão/gato Alterações memb. He Esferocitose Aglutinação de eritrócitos Reticulocitose SINAIS CLÍNICOS: Hemoglobinúria, icterícia, hemoglobinemia, palidez Agudamente enfermos e em decúbito LESÕES: DIAGNÓSTICO: Patologias do sistema hemolinfopoiético 8 Tecidos pálidos, icterícia, coração arredondado e dilatado Fígado pálido, aumentado de tamanho, VB distendida (mta bilirrubina), hemorragias serosas, MO ativada Hemoglobinúria e/ou bilirrubinúria, reticulocitose, auto-aglutinação, esferócitos, teste de Coombs positivo SISTEMA LINFOIDE Alterações de linfonodos Linfonodos diminuídos 1. Alterações do desenvolvimento (imunodef. congênita em récem- nascidos) 2. Ausência de estímulo antigênico (SPF) 3. Caquexia e má nutrição (redução de linfócitos T) 4. Idade (perda de linfócitos B e T) 5. Infecções virais (BVD, cinomose) Linfonodos aumentados 1. Hiperplasia linfoide folicular 2. Linfadenite aguda 3. Linfadenite crônica 4. Neoplasmas primários 5. Neoplasmas metastáticos Linfadenite caseosa peq rum ”Mal do caroço” Linfadenite específica de ovinos e caprinos Etiologia: Corynebacterium pseudotuberculosis Formação abscessos linfonodos superficiais Eventualmente linf. hepáticos, renais ou pulmonares Maioria não adoece SINAIS CLÍNICOS: Linfonodos aumentados de tamanho, qdo rompidos drenam pus espesso Emagrecimento progressivo (abscessos nas vísceras) Patologias do sistema hemolinfopoiético 9 MACRO: Abscessos com conteúdo caseopurulento, esverdeado ou branco acinzentado, que aparece em lâminas concêntrica rodeados por cápsula de tecido fibroso DIAGNÓSTICO: Presença de abscessos Isolamento Sorologia Teste alérgico Neoplasias Linfossarcoma/Linfoma Proliferação neoplásica linfócitos B, T, ou Não B e Não T Céls. neoplásicas (8 a 15 μm, núcleo arredondado, vários com depressão lateral, nucléolo bem evidente, número variável de mitoses) Linfoma: multicêntrico alimentar cutâneo mediastínico/tímico extra nodal Leucose bovina Forma enzoótica Forma esporádica Formas anatomo-clínicas (idade, etiologia e epidemiologia) Multicêntrica juvenil esporádica Tímica juvenil esporádica Cutânea adulta esporádica Multicêntrica adulta enzoótica (VLB) Leucose enzoótica bovina Linfossarcoma Multicêntrica dos adultos RETROVÍRUS ONCOGÊNICO Patologias do sistema hemolinfopoiético 10 Susceptibilidade: bov., bubalinos, ovinos, caprinos e capivara SINAIS CLÍNICOS: Bov acima 3 anos Aumento volume linf superficiais e/ou linf internos Perda de peso Paresia posteriores Anemia, exoftalmia, dispnéia, timpanismo Distocia Insuficiência cardíaca Leucose esporádica bovina Há 3 formas: Vírus? Forma juvenil Bez 2 sem a 6 m idade Todos linf., fígado, rim, baço e MO Linfossarcoma felino Etiologia e Epidemiologia Vírus da Leucemia felina (FeLV Retrovirus) Transmissão horizontal - excreções Transmissão vertical (congênita) Linfossarcoma canino Etiologia desconhecida Comum em caninos e afeta todos os tecidos e órgãos linfóides e vísceras como fígado e rins Pastor Alemão, Boxer e SRD Clinicamente ➡ relacionar sinal clínico com o tecido que possui infiltração tumoral Patologias do sistema hemolinfopoiético 11 Timo Ruminantes e suínos: lobo cervical e torácico. Lobo cervical é largo e estende-se ao longo da traqueia cervical Felinos e equinos: lobo cervical pequeno Caninos: não tem lobo cervical Lobo torácico: em todas as espécies Localiza-se no mediastino cranial Alterações congênitas: imunodeficiências Alterações degenerativas: Imunodeficiência adquirida Vírus: cinomose , herpesvírus equino 1, parvovírus felino Toxinas ambientais: dioxina, chumbo, mercúrio, FB1, aflatoxina Quimioterapia, radiação, corticoides Idade: Redução no tamanho após maturação sexual (involução) Neoplasia: Linfoma tímico (neoplasia céls T): animais jovens (fel, bov) Timoma (benigno, céls epiteliais, animais adultos idosos) Hemorragia/hematoma Relato em cães Causas: ruptura de aneurismas da aorta, trauma, ingestão rodenticidas, involução Morte - choque hipovolêmico Baço Esplenomegalia Uniforme, consistência sanguinolenta = baço sanguinolento Congestão* - torção Uniforme, consistência firme = baço carnoso Bacteremias e septicemias Doenças infecciosas crônicas Patologias do sistema hemolinfopoiético 12 Hiperemia inflamação, antrax Anemia hemolítica aguda - anaplasmose, anemia infecciosa equina *diferenciar de congestão por anestesia Anemia hemolítica crônica - cães, imunomediada Neoplasias - linfoma Amiloidose Nódulos com consistência sanguinolenta Hematomas induzidos por nódulos linfoides hiperplásicos Hematomas induzidos por trauma Hematomas induzidos por neoplasmas vasculares Neoplasmas vasculares Nódulos com consistência firme Hiperplasia nodular Neoplasmas primários Neoplasmas metastáticos Granulomas Abscessos Leishmaniose Zoonose Etiologia Familia Trypanosomidae Gên Leishmania Brasil - 20 espécies Distribuição mundial Forma cutânea e visceral Epidemiologia: Vetor (flebótomo) - Lutzomyia longipalpis Formas promastigota e amastigota Cutânea = derme infiltrado histiócitos e céls multinucleadas contendo amastigotas Visceral = infiltrado macrófagos e céls. multinucleadas contendo amastigotas — granulomas Fígado e baço Patologias do sistema hemolinfopoiético 13 Linfonodos Podem estar aumentados 2 a 3x Medula óssea - infiltrados multifocais Visceral = anorexia, febre irregular, apatia, sonolência, secreção nasal, tosse, espirros, caquexia, linfoadenopatia, hepatoesplenomegalia, edemaciação em diferentes partes do corpo, encefalites, meningites e mielites, anemia, emagrecimento, perda de apetite, glomerulonefrite e nefrite interticial, vômitos, diarréia crônica, pneumonia crônica, hemorragias intestinais, epistaxe, problemas locomotores, úlceras interdigitais, fissuras nos coxins, crescimento exagerado das unhas, uveíte e conjutivite, ceratoconjuntivite e glaucoma