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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anápolis - GO 
2022 
CARLA CRISTINA DA SILVA MARQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Anhanguera Educacional, como requisito parcial 
para a obtenção do título de graduado em 
Licenciatura em Pedagogia. 
Orientador: Prof. Jean 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARLA CRISTINA DA SILVA MARQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anápolis – GO 
2022 
 
 
CARLA CRISTINA DA SILVA MARQUES 
 
 
 
 
 
 
LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Anhanguera Educacional, como requisito parcial 
para a obtenção do título de graduado em 
Licenciatura em Pedagogia. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a) 
 
 
Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a) 
 
 
Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a) 
 
 
Anápolis – GO, 02 de junho de 2022. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças e sabedoria para que 
eu chegasse até aqui. 
À minha mãe Ilma Eleotério (in memoriam) que sempre esteve ao meu lado 
me dando apoio e me incentivando nos momentos mais difíceis. 
Ao meu esposo Emerson (in memoriam) por tudo o que ele me ensinou nos 
momentos em que passamos juntos. 
Aos meus filhos pela paciência e por entenderem minha ausência enquanto 
eu me dedicava aos meus estudos e realização deste trabalho. 
Ao meu irmão e ao meu pai que também estiveram presentes e me dando 
apoio nessa caminhada. 
Aos meus professores pelos ensinamentos e por me ajudado a ter um melhor 
desempenho na minha formação profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus, pois sem Ele eu não 
teria a capacidade para desenvolver este estudo. 
À minha mãe e aos meus filhos pelo incentivo. 
Ao corpo docente do curso de Pedagogia da 
Faculdade Anhanguera de Anápolis. 
À minha grande amiga, Fabrícia, por caminhar ao meu 
lado na realização do curso de Pedagogia. 
 
 
 
MARQUES, Carla Cristina da Silva. Ludicidade na Educação Infantil, 2022. 27 
folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Faculdade 
Anhanguera, Anápolis- GO, 2022. 
 
 
RESUMO 
 
 
A ludicidade é uma atividade em que as crianças desenvolvem toda a sua infância 
ao ser trabalhado desde o berçário até a educação infantil, as brincadeiras e jogos 
podem também ser desenvolvidas no ensino fundamental para atividade na 
alfabetização. A ludicidade e o desenvolvimento na educação infantil tendem para 
uma meta, um ideal a ser apresentado separadamente em um tempo que nunca 
termina. Assim, no processo de ensino e aprendizagem, é imprescindível a 
valorização do lúdico, pois para a criança ele deve ser espontâneo e permite sonhar, 
fantasiar e realizar desejos como crianças de verdade. Diante disso, o objetivo deste 
estudo foi compreender o lúdico como uma metodologia pedagógica que ensina 
brincando e não tem cobranças, tornando à aprendizagem significativa e de 
qualidade. Adotou-se o método da revisão da literatura recente por meio da pesquisa 
bibliográfica em artigos científicos que estão nas bases de dados Scielo e Google 
Acadêmico, bem como em livros e revistas que falam da importância da ludicidade 
na educação infantil, publicados na língua portuguesa e inglesa, no período de 2005 
a 2021. Verificou-se que o lúdico deve ser concebido como uma estratégia que 
possibilita a descoberta, que favorece a exploração do mundo em volta e que faz 
parte do desenvolvimento infantil, desenvolvendo também a imaginação e a 
criatividade. Conclui-se que devem compreender a importância do lúdico na sua 
prática pedagógica cotidiana, devem utilizar jogos que desenvolvem a criatividade e 
o raciocínio, devem utilizar as brincadeiras para despertar a imaginação, a 
criatividade e cultivar a alegria continuamente. 
 
 
 
 
 
Palavras-chaves: Ludicidade. Educação Infantil. Jogos. Brincadeiras. 
 
 
 
MARQUES, Carla Cristina da Silva. Playfulness in Early Childhood Education, 
2022. 27 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – 
Faculdade Anhanguera, Anápolis- GO, 2022. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
Playfulness is an activity in which children develop throughout their childhood, being 
worked from nursery to early childhood education, games and games can also be 
developed in elementary school for literacy activities. Playfulness and development in 
early childhood education tend towards a goal, an ideal to be presented separately in 
a time that never ends. Thus, in the teaching and learning process, it is essential to 
value the playful, because for the child it must be spontaneous and allows dreaming, 
fantasizing and fulfilling desires like real children. Therefore, the objective of this study 
was to understand the ludic as a pedagogical methodology that teaches playing and 
has no charges, making learning meaningful and quality. The method of reviewing 
recent literature was adopted through bibliographic research in scientific articles that 
are in the Scielo and Google Scholar databases, as well as in books and magazines 
that talk about the importance of playfulness in early childhood education, published in 
Portuguese and English, from 2005 to 2021. It was found that play should be conceived 
as a strategy that enables discovery, that favors the exploration of the world around 
and that is part of child development, also developing imagination and creativity. It is 
concluded that they must understand the importance of play in their daily pedagogical 
practice, they must use games that develop creativity and reasoning, they must use 
games to awaken imagination, creativity and cultivate joy continuously. 
 
 
 
 
Keywords: Playfulness. Child education. Games. jokes. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10 
2. LUDICIDADE ....................................................................................................... 12 
2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS ............................................................................. 12 
2.2. ASPECTOS CONCEITUAIS ........................................................................... 14 
2.3. ASPECTOS PROCEDIMENTAIS ................................................................... 14 
3. IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O PROCESSO 
ENSINO APRENDIZAGEM....................................................................................... 17 
4. O LÚDICO COMO RECURSO METODOLÓGICO NO PROCESSO DE 
APRENDIZAGEM ..................................................................................................... 21 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 26 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Ao refletir a importância da ludicidade na prática pedagógica facilitando o 
ensino de aprendizagem na alfabetização da criança, reconhecer quais as dificuldades 
em que as crianças têm em seu ambiente escolar, algumas crianças ao chegar na 
escola precisam de uma avaliação para que a ludicidade possa estar ajudando em 
seu cotidiano. 
 A ludicidade é uma atividade em que as crianças desenvolvem toda a sua 
infância ao ser trabalhado desde o berçário até a educação infantil, as brincadeiras e 
jogos podem também ser desenvolvidas no ensino fundamental para atividade na 
alfabetização. A ludicidade e o desenvolvimento na educação infantil tendem para 
uma meta, um ideal a ser apresentado separadamente em um tempo que nunca 
termina. 
A educação lúdica é uma ação própria da criança, mas também de todas as 
idades,que contribui na aprendizagem e conhecimento da criança, pois auxilia na 
criatividade, interação pelo lúdico, a criatividade, curiosidade e o desejo por saber e 
acontece de maneira natural, ampla e fluida, fazendo com que a educação aconteça 
de forma emancipadora, afetiva. 
A atividade lúdica favorece o desenvolvimento intelectual e moral da criança, 
possibilita a interação social, colocando a mesma em contato com outras que eles se 
sintam dentro de um grupo, dessa maneira estas atividades têm por objetivos 
aprofundar e desenvolver o conhecimento do aluno, de forma divertida não tradicional. 
A ludicidade é um instrumento potente para o processo de ensino e 
aprendizagem em qualquer nível de formação, mas está presente com mais 
frequência na educação infantil, isso porque, na infância, a forma como a criança 
interpreta, naturalmente, lúdico para o conhecimento do mundo de forma lúdica a cada 
etapa de sua infância 
Levando em consideração essa realidade, a realização desse estudo se 
justifica pela necessidade de aprofundar os conhecimentos acerca de que que através 
das brincadeiras a criança apropria do mundo de forma simples, alegre e 
descontraída, ela passa a compreender o mundo a sua volta de forma criativa, 
prazerosa e significativa. 
11 
 
Diante disso, toda pesquisa será direcionada no sentido de encontrar uma 
resposta para o seguinte questionamento: Qual a importância da ludicidade para o 
desenvolvimento infantil? 
O objetivo geral deste estudo foi compreender o lúdico como uma metodologia 
pedagógica que ensina brincando e não tem cobranças, tornando à aprendizagem 
significativa e de qualidade. Foram trabalhados os seguintes objetivos específicos: 
analisar os principais conceitos de ludicidade e as estratégias lúdicas que podem ser 
trabalhadas na educação infantil; discutir sobre a importância do lúdico na Educação 
Infantil e sua contribuição para o processo ensino aprendizagem e discutir sobre o 
lúdico como recurso metodológico no processo de aprendizagem, descrevendo os 
seus benefícios para o desenvolvimento da autonomia do indivíduo. 
Foi realizada uma revisão da literatura recente por meio da pesquisa bibliográfica 
em artigos científicos que estão nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico, bem 
como em livros e revistas que falam da importância da ludicidade na educação infantil, 
publicados na língua portuguesa e inglesa, no período de 2005 a 2021. As buscas 
foram feitas a partir dos seguintes descritores ou termos indexadores: Ludicidade, 
educação infantil, jogos e brincadeiras, cujas referências na língua inglesa são: 
Playfulness, early childhood education, games and games. O critério de exclusão 
adotado foi a temporalidade, assim, inicialmente foram selecionados todos os artigos 
publicados a respeito do tema e, num segundo momento foi realizada uma 
classificação, excluindo aqueles com um período de publicação superior a dezessete 
anos e selecionando, finalmente, aqueles cujos conteúdos estivam mais fidedignos ao 
tema proposto. 
 
12 
 
2. LUDICIDADE 
 
 
2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS 
 
O vocábulo lúdico tem origem no latim ludus que significa brincar. Os jogos 
que é uma das principais estratégias de ações lúdicas, acompanham o 
desenvolvimento humano, desde seu surgimento, sendo caracterizado por um 
sistema no qual os participantes se envolvem voluntariamente em conflitos artificiais, 
com regras obrigatórias e preestabelecidas. 
Segundo Faria (2010) as primeiras experiências sobre o uso dos jogos para 
o aprimoramento da aprendizagem remontam à Grécia e a Roma antigas. Platão 
reconheceu a importância do aprendizado por meio da ludicidade em oposição ao 
uso da violência e da repressão para o ensino. Posteriormente, Aristóteles ressaltou 
a relevância do lúdico como preparação para a vida adulta, o que destacou a 
capacidade educativa dos jogos e brincadeiras. 
De acordo com Kishimoto (2006), o jogo vem do tempo do Renascimento, 
devido à expansão da educação infantil e às modificações do currículo do Ensino 
Fundamental tenha ganho mais força neste século. 
Os jogos didáticos só passaram a existir e a ser auxiliares do ensino 
efetivamente no século XVIII, com o resgate dos ideais humanistas. A ferramenta 
era restrita à educação de príncipes e nobres até ser popularizada pela Revolução 
Francesa, em 1789 (FARIA, 2010). 
Depois, passou-se a enxergar o potencial da atividade lúdica como recurso 
educativo, inicialmente para o aprimoramento da leitura e do cálculo. Nos séculos 
seguintes, a variedade aumentou, e o jogo didático se tornou instrumento para a 
apropriação de conhecimento em qualquer disciplina (MATEUS, 2014). 
No século XX, as teorias de Lev Vigostki reiteraram a ideia de que os jogos 
propiciam um ambiente de ensino e aprendizagem. O pesquisador russo da área da 
psicologia foi pioneiro ao estruturar um pensamento teórico sobre o potencial 
educativo das atividades lúdicas. Ele associou em seus estudos o desenvolvimento 
intelectual da criança à interação social propiciada pelo ato de brincar (ALMEIDA, 
2009). 
13 
 
De acordo com Almeida (2009), a evolução semântica da expressão “lúdico” 
não se restringe às suas origens, pelo contrário, vem acompanhando os estudos 
sobre psicomotricidade ao longo dos séculos, passando a ser reconhecido como 
traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. 
Assim, os jogos e brincadeiras que temos hoje são originários dessa 
miscigenação que ocorreu nesse período, mas é incerto afirmar de qual povo 
exatamente seriam suas origens. O que devemos ressaltar é justamente que, o que 
temos é um material importante trazido como herança dos nossos antepassados e 
que devem ser preservados, valorizados e utilizados para o ensino dos nossos 
alunos, sempre estimulando o resgate histórico que merece cada um deles 
(KISHIMOTO, 2006). 
O professor tem um papel fundamental a partir de então para que explore 
as atividades lúdicas, com o objetivo de que seus alunos possam ter um 
aprendizado matemático significativo, sem que tais atividades percam as suas 
essências, mas que resultem no objetivo esperado (CARMO et al, 2017). 
Atualmente, a grande questão que envolve o jogo na educação é como dosar 
a ludicidade e o aprendizado de modo que esses âmbitos se complementem. A 
atividade não deve ser desinteressante a ponto de perder o caráter lúdico, e não 
pode ser descontextualizada de tal forma que não gere reflexão sobre o conteúdo 
que está sendo ensinado encontrar o ponto de equilíbrio é o desafio do educador 
ao trabalhar com esse recurso nas salas de aula. 
Assim, é possível verificar que conceito do lúdico refere-se ao brincar, à 
diversão e ao jogo. O termo lúdico passou por várias modificações no decorrer da 
história. Deixou de ter apenas o sentido de jogo, conquistando outros significados 
com maior dimensão, envolvendo outras perspectivas, como o brincar espontâneo, 
a liberdade o divertimento, que fazem parte das atividades essenciais do ser 
humano, que é uma necessidade básica do corpo e da mente (LIMA et al, 2019). 
Nesse sentido, Almeida (2009) diz que se o termo tivesse ligado à sua origem, 
o lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, 
mas passou a ser conhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja 
uma necessidade básica da personalidade do corpo, na mente, no comportamento 
humano. As implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as 4 demarcações 
do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo 
14 
 
de jogo. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, 
trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. 
 
 
 
2.2. ASPECTOS CONCEITUAIS 
 
O lúdico, representado pelos jogos e brincadeiras, faz parte do universo das 
crianças, pois, além de despertar a imaginação, a curiosidade e o raciocínio lógico, 
ainda contribui para a socialização e desenvolvimentocognitivo, razão pela qual 
incorporação dessa estratégia metodológica na Educação Infantil mostra-se 
interessante pelo seu potencial formativo (KISHIMOTO, 2006). 
Sobre a importância da ludicidade, Vygotsky, Luria e Leontiev (2012) 
menciona que ao brincar, a criança assume papeis e aceita as regras próprias da 
brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta 
ou não sente como agradáveis na realidade. Dentro dessa visão, percebe-se que 
os jogos e brincadeiras capacitam a criança para viver em sociedade, propondo 
desafios e respeitando sua individualidade. 
Segundo Brougère (2010), a ludicidade é termo designado para se referir ao 
conjunto de atividades de caráter livre. Dessa forma, no entendimento do autor, para 
que uma brincadeira possa ser considerada lúdica deve ser resultante da escolha 
da criança participar ou não dela, ou seja, mesmo no ambiente escolar e direcionada 
pelo professor, jamais pode representar uma imposição. 
 
 
2.3. ASPECTOS PROCEDIMENTAIS 
 
A partir dessa compreensão, Carmo et al (2017), menciona que, devido à 
sua complexidade, a ludicidade não se restringe apenas aos jogos, as 
brincadeiras e aos brinquedos. Ela possui um sentindo e uma abrangência amplos, 
estando relacionada a toda e qualquer atividade livre e prazerosa, podendo ser 
realizada em grupo ou individual. Nesse sentido, Piaget, citado por Santos (2010) 
postula que: 
 
15 
 
O jogo lúdico é formado por um conjunto linguístico que funciona dentro de 
um contexto social; possui um sistema de regras e se constitui de um objeto 
simbólico que designa também um fenômeno. Portanto, permite ao 
educando a identificação de um sistema de regras que permite uma 
estrutura sequencial que especifica a sua moralidade (PIAGET apud 
SANTOS, 2010, p. 03). 
 
Assim, sabendo que as brincadeiras e jogos fazem parte do cotidiano do 
homem enquanto ser social, Carmo et al (2017), eles também se tornaram parte 
fundamental e essencial para a infância, sendo considerado um direito adquirido, 
tendo em vista que ser criança pressupõe-se uma fase para brincadeiras, 
descobertas do mundo e aprendizagem para o desenvolvimento. Por essa razão, 
ressalta-se a relevância de serem priorizados como estratégia de ensino e 
aprendizagem, vai muito além do ambiente escolar, é um meio de inserção social 
na medida que nem todas as crianças têm acesso a jogos e brincadeiras no meio 
em que vive. 
Além disso, a inserção de brincadeiras e jogos no processo pedagógico 
desperta o gosto pela vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe 
surgirem. Através do jogo e do brincar a criança expressa suas fantasias, seus 
desejos e suas experiências reais de um modo simbólico, onde a imaginação e a 
criatividade fluem por conta da ludicidade. Ensinando a interagir com o próximo, 
respeitar regras, desenvolver a imaginação, cooperação e com isso promover uma 
boa autoestima. Aprendendo de forma simples e natural a resolver problemas, 
pensar, criar e desenvolver o senso crítico. Através da melhoria do entendimento 
sobre o efeito que os jogos podem trazer, enriquecendo interações humanas 
VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2012). 
Por meio do jogo a criança libera e canaliza suas energias, tem o poder de 
transformar uma realidade difícil, propicia condições de liberação da fantasia e é 
uma grande fonte de prazer. O jogo é, por excelência, integrador, e sempre um 
caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, 
além disso, a medida que ela joga vai conhecendo melhor, construindo interiormente 
o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do 
conhecimento (VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2012). 
São várias as formas da criança se expressar, uma delas é através das 
brincadeiras. esses momentos são únicos e proporcionam demonstrar seus 
sentimentos, sua realidade, seus interesses e desinteresses, sua capacidade e 
16 
 
habilidades. O lúdico é um instrumento, uma possibilidade pedagógica, onde o aluno 
participa de momentos prazerosos adquirindo valores que refletirão no seu modo de 
pensar e agir, estimulando, assim, a vida social da criança. O lúdico em sala de aula 
não deve ser apenas no desenvolvimento de jogos e brincadeiras pois essas devem 
estar associadas aos conteúdos em todo momento (CARMO et al, 2017). 
A melhor forma de conduzir a criança à atividade, à autoexpressão, ao 
conhecimento e à socialização é por meio dos jogos. O jogo por meio do lúdico pode 
ser desafiador e sempre vai gerar uma aprendizagem que se prolonga fora da sala 
de aula, fora da escola, pelo cotidiano e acontece de forma interessante e prazerosa. 
Jogando a criança, o jovem ou mesmo o adulto sempre aprende algo, sejam 
habilidades, valores ou atitudes, portanto, pode-se dizer que todo jogo ensina algo. 
Isso não significa que tudo que o jogo ensina é bom. 
Diante disso, Ribeiro (2013) menciona que o lúdico como método 
pedagógico prioriza a liberdade de expressão e criação por meio dessa ferramenta, 
a criança aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e mais prazerosa, 
possibilitando o alcance dos mais diversos níveis de desenvolvimento. Cabe assim 
uma estimulação por parte do adulto/professor para a criação de ambiente que 
favoreça a propagação do desenvolvimento infantil, por intermédio da Ludicidade. 
 
17 
 
3. IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O PROCESSO 
ENSINO APRENDIZAGEM 
 
 
 
No processo de ensino e aprendizagem, é imprescindível a valorização do 
lúdico, pois para a criança ele deve ser espontâneo e permite sonhar, fantasiar e 
realizar desejos como crianças de verdade. O lúdico é considerado um meio de 
comunicação e por isto estimula a criatividade, a expressão a espontaneidade, pois 
trabalha a imaginação e auxilia na aprendizagem significativa, é um poderoso 
instrumento dos professores para a aprendizagem dos alunos, porém para que seja 
alcançado o objetivo desta metodologia tão importante na educação infantil é 
necessária uma dosagem entre a utilização do mesmo na obtenção dos objetivos, 
ou seja, a aprendizagem significativa e de qualidade (ANDRADE, 2918). 
Nesse sentido, Barbosa, Camargo e Melo (2020) dizem que o lúdico é um 
instrumento metodológico que possibilita as crianças a terem uma aprendizagem 
significativa através do relacionamento com os outros, assim promove maior 
desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo é um método muito importante 
para o desenvolvimento do aluno na educação infantil, é necessário proporcionar ao 
mesmo um ambiente descontraído para estimular o interesse, a criatividade e a 
interação dos alunos proporcionando assim uma aprendizagem de qualidade. 
 
O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que merece 
atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser único, 
com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem sempre 
um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia. Para poder 
garantir o sucesso do processo ensino aprendizagem o professor 
deve utilizar-se dos mais variados mecanismos de ensino, entre eles as 
atividades lúdicas. Tais atividades devem estimular o interesse, a 
criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar 
e relacionar conteúdos e conceitos. O professor deve- se limitar apenas a 
sugerir, estimular e explicar, sem impor, a sua forma de agir, para 
que a criança aprenda descobrindo e compreendendo e não por 
simples imitação O espaço para a realização das atividades, deve ser 
um ambiente agradável, e que as crianças possam se sentirem 
descontraídas e confiantes (ALMEIDA, 2014 p. 3). 
 
O ensino através das atividades lúdicas é significativo, pois a criança aprende 
brincando sem cobranças e através de regras, que proporcionam conhecimento 
pedagogicamente o lúdico possui liberdade de trabalhar a expressão e acomunicação dos alunos, pois é uma metodologia mais prazerosa para se aprender. 
Através dele a criança desenvolve sua capacidade de refletir, explorar e imaginar 
18 
 
os conteúdos para adquirir conhecimento necessário para uma aprendizagem 
significativa (BARBOSA; CAMARGO; MELO, 2020). 
Ressaltamos que o trabalho com jogos deve ser desencadeador, mediador 
ou aplicador, fixador do trabalho de desenvolvimento de conceitos, levando o sujeito 
a pensar sobre os conteúdos ou conceitos matemáticos por meio dos jogos e da 
resolução de problema, pois, no jogo em si, não está envolvida a ideia de 
desenvolvimento conceitual. Isso ocorre porque o conceito não tem somente 
operacionalidade, mas também operacionalidade de linguagem que é própria da 
linguagem formal matemática e de outras disciplinas (ALMEIDA, 2014). 
Essa é uma linguagem especializada frente à linguagem natural da criança. 
Muitas vezes, o jogo não abrange a construção do conceito em sua completude, 
mas, seguramente, ele auxilia sim na operacionalidade do conceito, servindo como 
auxiliar didático para se chegar à formalização daquele (ANDRADE, 2018). 
De acordo com Almeida (2014), com escolher jogos que estimulem a 
resolução de problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for 
abstrato, difícil e desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as 
condições de cada comunidade e o querer de cada aluno. Essas atividades não 
devem ser muitos fáceis nem muitos difíceis e ser testadas antes de sua 
aplicação, a fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas 
atividades, proporcionando mais de uma situação. 
É fundamental que as crianças tenham a possibilidade de conduzir uma 
brincadeira ou jogo, assim ela perceberá o valor de ser responsável pelos próprios 
atos. No decorrer dos temos a crianças vão adquirindo conhecimento e conseguindo 
também passar esse conhecimento para outras pessoas. Por isso é importante que 
os adultos estejam por perto e observando como as crianças brincam, por ser 
através da brincadeira que a mesma transmite seus sentimentos, conseguindo 
repassar como é seu convívio no dia a dia e como as pessoas se relacionam com 
outras e até mesmo com a criança (ALMEIDA, 2014). 
O ato de brincar tem seus pontos positivos, pois desenvolve o conhecimento 
da criança, onde ela aprende a viver, a conhecer, a ser, a fazer e a conviver. 
Estimulando sua confiança, aperfeiçoando sua autoestima, a autonomia e sua 
linguagem, fazendo com que ela cresça sendo um adulto espontâneo e social. A 
criança hoje é vista como uma cidadã que tem por direito o brinquedo e a 
19 
 
brincadeira, essa concepção é de infância e de criança dos tempos atuais, pois 
através da existência de várias leis que defendem esse direito 
O aprendizado ocorre de maneira dependente, seja ajuda de um adulto, 
utilização de objetos ou apenas pela observação, sabe-se que criança é um ser 
curioso e tudo que ela ver ou escuta é simplesmente mais um aprendizado sendo 
ele bom ou ruim, porque a criança não sabe definir as coisas ainda, não sabe 
separar o que vai lhe fazer crescer e se tornar um adulto de bons exemplos, com o 
que não vai servir para seu futuro, então é por isso que é preciso a colaboração 
dos adultos nesse processo de desenvolvimento(ANDRADE, 2918). 
Diante do exposto, praticar a ludicidade é algo tão importante para a saúde 
mental dos indivíduos, que deve ser um método de ensino com mais atenção dos 
educadores e dos pais, pois as crianças começam a aprender desde seu nascimento 
e são os pais que fazem parte dessa fase, e o convívio entre eles é mais amplo do 
que o tempo que a criança passa na escola. 
Além de todos os benefícios já descritos, Tezani (2004), diz que o jogo 
estimula o crescimento e o desenvolvimento da coordenação muscular, das 
faculdades intelectuais, da iniciativa individual, favorecendo o advento e o 
progresso da palavra. Também estimula a capacidade de observar e conhecer as 
pessoas e as coisas do ambiente em que se vive, constituindo-se em importante 
intrumento de conhecimento do outro e de autoconhecimento. Nesse sentido, o 
próprio Tezani postula que: 
 
Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, 
explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para 
que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades 
de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu 
próprio eu (TEZANI, 2004, p. 45). 
 
Sendo assim, ressalta-se que é notória a contribuição que a ludicidade 
proporciona para a vida escolar do aluno, pois facilita o processo de ensino 
aprendizagem, prendendo a concentração do aluno, despertando a imaginação e 
ativando o processo de memorização de conteúdos 
Assim, por meio dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio 
para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu 
relacionamento com o mundo e é necessário que os professores tenham ciência 
de que a brincadeira é necessária e que traz enormes contribuições para o 
desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar. Dessa forma, o fazer 
20 
 
pedagógico realizado pela escola contribui como instrumento de socialização e de 
interação, onde será a facilitadora de integração social se relacionando diretamente 
com as habilidades que já vem do seu âmbito familiar, sempre respeitando as 
individualidades de cada criança. 
Nesse contexto, o professor deverá atuar como o mediador do processo de 
ensino e aprendizagem com o uso de jogos e brincadeiras direcionados, tornado 
suas aulas interessantes, saindo da rotina tradicional, e assim verificando o nível de 
aprendizagem do aluno conforme sua realidade social. 
Arantes e Barbosa (2017) afirmam que educar é ir em direção à alegria, nessa 
perspectiva do autor, percebe-se a necessidade de brincar como uma forma de 
educar, se tornado uma aprendizagem prazerosa e fundamental para o bem-estar 
da criança. Os jogos e brincadeiras têm sua importância dentro do processo 
pedagógico, pois os conteúdos podem ser trabalhados de forma cativante e dando 
prazer no ato de adquirir conhecimento. 
Para Carmo et al (2017) é de fundamental importância que o professor tenha 
consciência de que os jogos e brincadeiras utilizados devem ser bem elaborados e 
dirigidos, com finalidades pedagógicas, portanto, exigem criterioso planejamento e 
acompanhamento por parte do professor, o que implica na orientação quanto à 
obediência de regras e limites sem, contudo, tirar a espontaneidade da criança. 
Mas, não é apenas na Educação Infantil que o lúdico proporciona uma série 
de vantagens, dentre eles o prazer em aprender. Dessa forma, é importante que essa 
dimensão lúdica seja incorporada no processo de ensino e aprendizagem ao longo 
de todo Ensino Fundamental, sendo que nos anos finais, podem ser priorizados mais 
os jogos do que brincadeiras (ARANTES; BARBOSA, 2017). 
Nesse sentido, os autores acima mencionados ainda ressaltam que o uso de 
jogos desperta o interesse e a atenção do estudante fazendo com que ele se envolva 
em todo contexto da aula, permitindo que ele aprenda de forma prazerosa. Essa 
estratégia de ensino pode ser adotada em todas as disciplinas envolvendo recursos 
simples da própria sala de aula e/ou recursos tecnológicos por meio de computação 
gráfica. 
 
 
 
 
21 
 
4. O LÚDICO COMO RECURSO METODOLÓGICO NO PROCESSO DE 
APRENDIZAGEM 
 
 
 
Para Camargo et al (2017), os jogos são apenas para entretenimento e uma 
forma de passar o tempo. Mas, é inegável o seu valor como estratégia que auxilia e 
muito no processo de ensino e aprendizagem tornando esse momento mais atrativo 
e prazeroso para o aluno. Assim, ao aplicar um jogo em uma determinada aula, além 
de possibilitar a construção de conhecimentos, ainda pode ser ensinada a 
importância do cumprimento de regras que são indispensáveis para convivência em 
grupo. 
 
As brincadeiras parao aprendizado da Matemática devem ser dirigidas e 
com finalidades claras. Assim, são desenvolvidas capacidades importantes 
como a memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção e a 
atenção. Para que o resultado seja positivo o professor deve estar 
preparado e abusar da criatividade proporcionando prazer em aprender aos 
alunos (SMOLE, 2007, p.40). 
 
Segundo Kishimoto (2006) o jogo não deve considerado somente uma 
brincadeira ou divertimento, pois favorece o desenvolvimento. Além do aprendizado, 
proporciona um bom relacionamento, o prazer de aprender. As crianças podem 
aprender brincando, por isso, deve se levar em conta a definição dos conteúdos e 
das habilidades presentes nas brincadeiras não se tornando um mero lazer, tendo 
o cuidado de tornar as aulas produtivas. 
Quando são utilizados jogos durante as aulas, os alunos percebem que 
podem aprender brincando, e toda brincadeira se bem aplicada se torna muito 
divertida, o jogo e um instrumento pedagógico muito utilizado, pois favorece muito o 
aluno que vai despertar a curiosidade, e eles passam a entender que podem 
aprender se divertindo, passam a utilizar regras e descobrem que a matemática 
essa em toda parte, que faz parte da nossa vida e que não e só na escola que se 
utiliza a matemática e outras disciplina (FARIA, 2010). 
Nesse contexto, destaca-se a importância da capacidade lúdica do 
professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhada. Ela não é 
imediatamente alcançada. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por 
fazê-lo, normalmente assume postura artificial facilmente identificada pelos alunos. 
(KISHIMOTO, 2006) 
Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois 
permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade 
22 
 
na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. Propiciam a 
simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que 
estimula o planejamento das ações. (BRASIL, 1998). 
Assim, ao se utilizar jogos devem ser consideradas várias possibilidades, 
planejamentos, estratégicas. Levando os alunos a várias possiblidades de se 
resolver os problemas que também podem ser colocados de várias formas, além da 
tradicional, fazendo o aluno a buscar alternativas, ou estratégia adequada. Nesse 
sentido, Moura (2011) acredita que todos os educadores devem utilizar o jogo na 
educação matemática como indispensável. 
 
Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas é a possibilidade de 
diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos, que temem 
a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da 
situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva. Notamos que, ao 
mesmo tempo em que estes alunos jogam apresentam um melhor 
desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de 
aprendizagem. (BORIN, 2007, p.9). 
 
Concebido dessa forma, o jogo desenvolve hábitos de exploração, desperta 
a autoconfiança destravando bloqueios que vão sendo eliminados. Quando são 
utilizadas atividades lúdicas, o aluno se sente motivado, quebra-se barreiras que 
muitos tem acerca da matemática, se tem uma melhor fixação das regras, e passa 
a solucionar muito mais rápido os problemas que lhe são colocados (ANDRADE, 
2018). 
Levando em conta a importância das atividades lúdicas, sobretudo dos 
jogos como estratégica metodológica de ensino e aprendizagem, Smole (2007) 
afirma que: 
 
Em se tratando de aulas de matemática, o uso de jogos implica uma 
mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem, que 
permite alterar o modelo tradicional de ensino, o qual muitas vezes tem o 
livro e em exercícios padronizados seu principal recurso didático. O 
trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejado e 
orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, 
análise, levantamento de hipóteses, busca de Sqa-uposições, reflexão, 
tomada de decisão, argumentação e organização, que estão estreitamente 
relacionadas ao chamado raciocínio lógico (SMOLE, 2007, p11). 
 
Para Faria (2010) quando se utiliza jogos nas aulas de matemática, é 
possível alcançar um grande avanço na aprendizagem, despertando a 
concentração, a percepção, conhecimento de espaço, de tempo, quantidade, as 
23 
 
operações, números, localização, velocidade e o aluno passa a compreender as 
aplicações práticas da matemática no seu dia a dia. 
A brincadeira e os jogos como auxílio na aprendizagem é um assunto 
recorrente no meio do professorado que o veem como um excelente recurso 
pedagógico, mas antes disso o seu uso não pode ser indiscriminado e sem aporte 
que o fundamente e quem o aplica deve estar constantemente ampliando seus 
conhecimentos a fim de integrá-lo na sua prática educativa (FARIA, 2010). 
A respeito do jogo, Piaget (1998) defende que ele é uma condição básica na 
vida da criança. Primeiramente o jogo como exercício onde a criança cria situações 
de repetição de brincadeiras ou estímulos por prazer, na apreciação de seus efeitos, 
e, posteriormente, pode ser utilizado também nas práticas docentes. Para o autor, o 
jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que 
as crianças quando jogam assimilam e transformam a realidade a sua volta. 
Segundo Piaget, (1998) a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades 
intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. 
 
Os jogos, no ensino da matemática, proporcionam a sensação de prazer e 
bem estar, devolvem o gosto pelos números, deixando a criança livre para 
se expressar, não tendo medo de errar e expor as suas opiniões. Para as 
crianças a serventia dos jogos, no ensino da matemática, se tornou algo 
mais do que necessário para a aprendizagem, pois é jogando e brincando 
que todos irão se entender e compreender melhor (KISHIMOTO, 2006, p. 
23). 
 
O ato do brincar pode ser considerado sinônimo de aprendizagem, pois age 
continuadamente no desenvolvimento do pensamento infantil, no estabelecimento 
de conexões sociais, a compreensão do ambiente, a satisfação de desejos, o 
desenvolvimento de habilidades, o conhecimento e a criatividade. O jogo na 
educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando é 
considerado promotor de aprendizagem, pois é jogando e brincando que todos irão 
se entender e compreender melhor (SMOLE, 1996). 
Os jogos e as brincadeiras despertam o gosto e a curiosidade da criança, 
possibilitando que ela, tenha interação, convívio e comunicação entre os grupos. Os 
jogos e as brincadeiras estimulam a criatividade, o raciocínio lógico matemático, 
situações que despertam o desenvolvimento infantil. Brincando, a criança aprende 
a lidar com o mundo que a cerca tornando-a um ser ativo e dinâmico. 
 
24 
 
O jogo na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino 
quando é considerado promotor de aprendizagem. A criança se coloca 
diante de situações lúdicas, aprende a estrutura lógica da brincadeira e, 
deste modo, aprende também a estrutura matemática presente 
(HALABAN, ZATZ, ZATZ, 2006, p. 15). 
 
O uso de jogos em sala de aula desperta o gosto dos alunos tornando o 
aprendizado mais prazeroso, com o uso do lúdico o aluno perde o medo e se torna 
mais desenvolto e muitas vezes toma gosto pelos números, passa a expor suas 
opiniões e a compreender muito melhor as propostas colocadas, com os usos dos 
jogos alunos que são retraídos se desenvolvem muito melhor, o uso de jogos trás 
descontração, interação e a criatividade. 
 
Podemos dizer que o jogo serve como meio de exploração e invenção, 
reduz a consequência os erros e dos fracassos da criança, permitindo 
que ela desenvolva sua iniciativa, sua autoconfiança, sua autonomia. No 
fundo, o jogo é uma atividade séria que não tem consequência frustrante 
para a criança. (SMOLE, 1996, p. 138). 
 
A criança quando colocada à frente de situações diversas que envolvemo 
lúdico, desenvolve confiança participando das atividades propostas sem medo de 
errar, aprendem a desenvolver a iniciativa, autoconfiança e autoestima. Aprende a 
compartilhar conhecimento e perde o medo de errar. Se torna mais confiante e muito 
mais participativa. Nesse sentido, Kishimoto (2006), postula que: 
Nesta perspectiva, o jogo torna-se conteúdo assumido, com a finalidade de 
desenvolver habilidades de resolução de problemas, possibilitando ao 
aluno a oportunidade de estabelecer planos de ação para atingir 
determinados objetivos [...] (KISHIMOTO, 2006, p. 80 - 81). 
 
Os jogos e as brincadeiras estimulam a criatividade, o prazer, a motivação, 
o raciocínio lógico matemático, situações relevantes para o desenvolvimento 
infantil. Brincando, a criança aprende a lidar com o mundo que a cerca, 
desenvolvendo a autonomia e a imaginação (FARIA, 2010). 
Para Barbosa, Camargo e Melo (2020) envolver os jogos e as brincadeiras 
nas práticas pedagógicas de sala da aula, não apenas com vistas ao 
desenvolvimento da ludicidade, mas, sim, como meio de desenvolver e aprimorar o 
raciocínio lógico, social e cognitivo de maneira prazerosa para a criança. É pelo jogo 
que a criança emerge como sujeito lúdico, sendo importantíssimo na formação do 
ser humano, na apreensão do mundo, em compreender-se como sujeito social e na 
25 
 
constituição dos processos psicológicos superiores. O jogo é a porta de acesso que 
a criança abre para compreender o mundo que a rodeia. 
 
 
26 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A partir dos estudos realizados, é de fundamental importância destacar o 
quanto o lúdico desperta o prazer de aprender para estudantes de todas as idades e 
níveis de ensino, contudo, quanto se trata de crianças, o brincar assume um 
significado ainda maior pois está relacionado ao seu próprio desenvolvimento. 
Outro aspecto importante a ser considerado diz respeito ao fato de na 
Educação Infantil, o lúdico está relacionado ao prazer, mas também representa, para 
a criança, um dever, tanto que é possível dizer que o brincar representa para a 
criança o mesmo que o trabalho representa para o adulto, isto é, um compromisso. 
Diante disso, ressalta-se a necessidade que a dimensão lúdica, representada 
pelos jogos e brincadeira seja incorporada como parte preponderante da Educação 
Infantil. E seja concebida como uma estratégia que possibilita a descoberta, que 
favorece a exploração do mundo em volta e que faz parte do desenvolvimento infantil, 
desenvolvendo também a imaginação e a criatividade. 
Conclui-se que os profissionais que atuam na Educação Infantil devem 
compreender a importância do lúdico na sua prática pedagógica cotidiana, devem 
utilizar jogos que desenvolvem a criatividade e o raciocínio, devem utilizar as 
brincadeiras para despertar a imaginação, a criatividade e cultivar a alegria 
continuamente. 
 
 
 
27 
 
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