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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Anápolis - GO 2022 CARLA CRISTINA DA SILVA MARQUES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Licenciatura em Pedagogia. Orientador: Prof. Jean CARLA CRISTINA DA SILVA MARQUES LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Anápolis – GO 2022 CARLA CRISTINA DA SILVA MARQUES LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Licenciatura em Pedagogia. BANCA EXAMINADORA Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a) Prof(ª). Titulação Nome do Professor (a) Anápolis – GO, 02 de junho de 2022. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças e sabedoria para que eu chegasse até aqui. À minha mãe Ilma Eleotério (in memoriam) que sempre esteve ao meu lado me dando apoio e me incentivando nos momentos mais difíceis. Ao meu esposo Emerson (in memoriam) por tudo o que ele me ensinou nos momentos em que passamos juntos. Aos meus filhos pela paciência e por entenderem minha ausência enquanto eu me dedicava aos meus estudos e realização deste trabalho. Ao meu irmão e ao meu pai que também estiveram presentes e me dando apoio nessa caminhada. Aos meus professores pelos ensinamentos e por me ajudado a ter um melhor desempenho na minha formação profissional. Dedico este trabalho a Deus, pois sem Ele eu não teria a capacidade para desenvolver este estudo. À minha mãe e aos meus filhos pelo incentivo. Ao corpo docente do curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera de Anápolis. À minha grande amiga, Fabrícia, por caminhar ao meu lado na realização do curso de Pedagogia. MARQUES, Carla Cristina da Silva. Ludicidade na Educação Infantil, 2022. 27 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Faculdade Anhanguera, Anápolis- GO, 2022. RESUMO A ludicidade é uma atividade em que as crianças desenvolvem toda a sua infância ao ser trabalhado desde o berçário até a educação infantil, as brincadeiras e jogos podem também ser desenvolvidas no ensino fundamental para atividade na alfabetização. A ludicidade e o desenvolvimento na educação infantil tendem para uma meta, um ideal a ser apresentado separadamente em um tempo que nunca termina. Assim, no processo de ensino e aprendizagem, é imprescindível a valorização do lúdico, pois para a criança ele deve ser espontâneo e permite sonhar, fantasiar e realizar desejos como crianças de verdade. Diante disso, o objetivo deste estudo foi compreender o lúdico como uma metodologia pedagógica que ensina brincando e não tem cobranças, tornando à aprendizagem significativa e de qualidade. Adotou-se o método da revisão da literatura recente por meio da pesquisa bibliográfica em artigos científicos que estão nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico, bem como em livros e revistas que falam da importância da ludicidade na educação infantil, publicados na língua portuguesa e inglesa, no período de 2005 a 2021. Verificou-se que o lúdico deve ser concebido como uma estratégia que possibilita a descoberta, que favorece a exploração do mundo em volta e que faz parte do desenvolvimento infantil, desenvolvendo também a imaginação e a criatividade. Conclui-se que devem compreender a importância do lúdico na sua prática pedagógica cotidiana, devem utilizar jogos que desenvolvem a criatividade e o raciocínio, devem utilizar as brincadeiras para despertar a imaginação, a criatividade e cultivar a alegria continuamente. Palavras-chaves: Ludicidade. Educação Infantil. Jogos. Brincadeiras. MARQUES, Carla Cristina da Silva. Playfulness in Early Childhood Education, 2022. 27 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Faculdade Anhanguera, Anápolis- GO, 2022. ABSTRACT Playfulness is an activity in which children develop throughout their childhood, being worked from nursery to early childhood education, games and games can also be developed in elementary school for literacy activities. Playfulness and development in early childhood education tend towards a goal, an ideal to be presented separately in a time that never ends. Thus, in the teaching and learning process, it is essential to value the playful, because for the child it must be spontaneous and allows dreaming, fantasizing and fulfilling desires like real children. Therefore, the objective of this study was to understand the ludic as a pedagogical methodology that teaches playing and has no charges, making learning meaningful and quality. The method of reviewing recent literature was adopted through bibliographic research in scientific articles that are in the Scielo and Google Scholar databases, as well as in books and magazines that talk about the importance of playfulness in early childhood education, published in Portuguese and English, from 2005 to 2021. It was found that play should be conceived as a strategy that enables discovery, that favors the exploration of the world around and that is part of child development, also developing imagination and creativity. It is concluded that they must understand the importance of play in their daily pedagogical practice, they must use games that develop creativity and reasoning, they must use games to awaken imagination, creativity and cultivate joy continuously. Keywords: Playfulness. Child education. Games. jokes. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10 2. LUDICIDADE ....................................................................................................... 12 2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS ............................................................................. 12 2.2. ASPECTOS CONCEITUAIS ........................................................................... 14 2.3. ASPECTOS PROCEDIMENTAIS ................................................................... 14 3. IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM....................................................................................... 17 4. O LÚDICO COMO RECURSO METODOLÓGICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ..................................................................................................... 21 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27 10 1. INTRODUÇÃO Ao refletir a importância da ludicidade na prática pedagógica facilitando o ensino de aprendizagem na alfabetização da criança, reconhecer quais as dificuldades em que as crianças têm em seu ambiente escolar, algumas crianças ao chegar na escola precisam de uma avaliação para que a ludicidade possa estar ajudando em seu cotidiano. A ludicidade é uma atividade em que as crianças desenvolvem toda a sua infância ao ser trabalhado desde o berçário até a educação infantil, as brincadeiras e jogos podem também ser desenvolvidas no ensino fundamental para atividade na alfabetização. A ludicidade e o desenvolvimento na educação infantil tendem para uma meta, um ideal a ser apresentado separadamente em um tempo que nunca termina. A educação lúdica é uma ação própria da criança, mas também de todas as idades,que contribui na aprendizagem e conhecimento da criança, pois auxilia na criatividade, interação pelo lúdico, a criatividade, curiosidade e o desejo por saber e acontece de maneira natural, ampla e fluida, fazendo com que a educação aconteça de forma emancipadora, afetiva. A atividade lúdica favorece o desenvolvimento intelectual e moral da criança, possibilita a interação social, colocando a mesma em contato com outras que eles se sintam dentro de um grupo, dessa maneira estas atividades têm por objetivos aprofundar e desenvolver o conhecimento do aluno, de forma divertida não tradicional. A ludicidade é um instrumento potente para o processo de ensino e aprendizagem em qualquer nível de formação, mas está presente com mais frequência na educação infantil, isso porque, na infância, a forma como a criança interpreta, naturalmente, lúdico para o conhecimento do mundo de forma lúdica a cada etapa de sua infância Levando em consideração essa realidade, a realização desse estudo se justifica pela necessidade de aprofundar os conhecimentos acerca de que que através das brincadeiras a criança apropria do mundo de forma simples, alegre e descontraída, ela passa a compreender o mundo a sua volta de forma criativa, prazerosa e significativa. 11 Diante disso, toda pesquisa será direcionada no sentido de encontrar uma resposta para o seguinte questionamento: Qual a importância da ludicidade para o desenvolvimento infantil? O objetivo geral deste estudo foi compreender o lúdico como uma metodologia pedagógica que ensina brincando e não tem cobranças, tornando à aprendizagem significativa e de qualidade. Foram trabalhados os seguintes objetivos específicos: analisar os principais conceitos de ludicidade e as estratégias lúdicas que podem ser trabalhadas na educação infantil; discutir sobre a importância do lúdico na Educação Infantil e sua contribuição para o processo ensino aprendizagem e discutir sobre o lúdico como recurso metodológico no processo de aprendizagem, descrevendo os seus benefícios para o desenvolvimento da autonomia do indivíduo. Foi realizada uma revisão da literatura recente por meio da pesquisa bibliográfica em artigos científicos que estão nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico, bem como em livros e revistas que falam da importância da ludicidade na educação infantil, publicados na língua portuguesa e inglesa, no período de 2005 a 2021. As buscas foram feitas a partir dos seguintes descritores ou termos indexadores: Ludicidade, educação infantil, jogos e brincadeiras, cujas referências na língua inglesa são: Playfulness, early childhood education, games and games. O critério de exclusão adotado foi a temporalidade, assim, inicialmente foram selecionados todos os artigos publicados a respeito do tema e, num segundo momento foi realizada uma classificação, excluindo aqueles com um período de publicação superior a dezessete anos e selecionando, finalmente, aqueles cujos conteúdos estivam mais fidedignos ao tema proposto. 12 2. LUDICIDADE 2.1. ASPECTOS HISTÓRICOS O vocábulo lúdico tem origem no latim ludus que significa brincar. Os jogos que é uma das principais estratégias de ações lúdicas, acompanham o desenvolvimento humano, desde seu surgimento, sendo caracterizado por um sistema no qual os participantes se envolvem voluntariamente em conflitos artificiais, com regras obrigatórias e preestabelecidas. Segundo Faria (2010) as primeiras experiências sobre o uso dos jogos para o aprimoramento da aprendizagem remontam à Grécia e a Roma antigas. Platão reconheceu a importância do aprendizado por meio da ludicidade em oposição ao uso da violência e da repressão para o ensino. Posteriormente, Aristóteles ressaltou a relevância do lúdico como preparação para a vida adulta, o que destacou a capacidade educativa dos jogos e brincadeiras. De acordo com Kishimoto (2006), o jogo vem do tempo do Renascimento, devido à expansão da educação infantil e às modificações do currículo do Ensino Fundamental tenha ganho mais força neste século. Os jogos didáticos só passaram a existir e a ser auxiliares do ensino efetivamente no século XVIII, com o resgate dos ideais humanistas. A ferramenta era restrita à educação de príncipes e nobres até ser popularizada pela Revolução Francesa, em 1789 (FARIA, 2010). Depois, passou-se a enxergar o potencial da atividade lúdica como recurso educativo, inicialmente para o aprimoramento da leitura e do cálculo. Nos séculos seguintes, a variedade aumentou, e o jogo didático se tornou instrumento para a apropriação de conhecimento em qualquer disciplina (MATEUS, 2014). No século XX, as teorias de Lev Vigostki reiteraram a ideia de que os jogos propiciam um ambiente de ensino e aprendizagem. O pesquisador russo da área da psicologia foi pioneiro ao estruturar um pensamento teórico sobre o potencial educativo das atividades lúdicas. Ele associou em seus estudos o desenvolvimento intelectual da criança à interação social propiciada pelo ato de brincar (ALMEIDA, 2009). 13 De acordo com Almeida (2009), a evolução semântica da expressão “lúdico” não se restringe às suas origens, pelo contrário, vem acompanhando os estudos sobre psicomotricidade ao longo dos séculos, passando a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. Assim, os jogos e brincadeiras que temos hoje são originários dessa miscigenação que ocorreu nesse período, mas é incerto afirmar de qual povo exatamente seriam suas origens. O que devemos ressaltar é justamente que, o que temos é um material importante trazido como herança dos nossos antepassados e que devem ser preservados, valorizados e utilizados para o ensino dos nossos alunos, sempre estimulando o resgate histórico que merece cada um deles (KISHIMOTO, 2006). O professor tem um papel fundamental a partir de então para que explore as atividades lúdicas, com o objetivo de que seus alunos possam ter um aprendizado matemático significativo, sem que tais atividades percam as suas essências, mas que resultem no objetivo esperado (CARMO et al, 2017). Atualmente, a grande questão que envolve o jogo na educação é como dosar a ludicidade e o aprendizado de modo que esses âmbitos se complementem. A atividade não deve ser desinteressante a ponto de perder o caráter lúdico, e não pode ser descontextualizada de tal forma que não gere reflexão sobre o conteúdo que está sendo ensinado encontrar o ponto de equilíbrio é o desafio do educador ao trabalhar com esse recurso nas salas de aula. Assim, é possível verificar que conceito do lúdico refere-se ao brincar, à diversão e ao jogo. O termo lúdico passou por várias modificações no decorrer da história. Deixou de ter apenas o sentido de jogo, conquistando outros significados com maior dimensão, envolvendo outras perspectivas, como o brincar espontâneo, a liberdade o divertimento, que fazem parte das atividades essenciais do ser humano, que é uma necessidade básica do corpo e da mente (LIMA et al, 2019). Nesse sentido, Almeida (2009) diz que se o termo tivesse ligado à sua origem, o lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser conhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja uma necessidade básica da personalidade do corpo, na mente, no comportamento humano. As implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as 4 demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo 14 de jogo. O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. 2.2. ASPECTOS CONCEITUAIS O lúdico, representado pelos jogos e brincadeiras, faz parte do universo das crianças, pois, além de despertar a imaginação, a curiosidade e o raciocínio lógico, ainda contribui para a socialização e desenvolvimentocognitivo, razão pela qual incorporação dessa estratégia metodológica na Educação Infantil mostra-se interessante pelo seu potencial formativo (KISHIMOTO, 2006). Sobre a importância da ludicidade, Vygotsky, Luria e Leontiev (2012) menciona que ao brincar, a criança assume papeis e aceita as regras próprias da brincadeira, executando, imaginariamente, tarefas para as quais ainda não está apta ou não sente como agradáveis na realidade. Dentro dessa visão, percebe-se que os jogos e brincadeiras capacitam a criança para viver em sociedade, propondo desafios e respeitando sua individualidade. Segundo Brougère (2010), a ludicidade é termo designado para se referir ao conjunto de atividades de caráter livre. Dessa forma, no entendimento do autor, para que uma brincadeira possa ser considerada lúdica deve ser resultante da escolha da criança participar ou não dela, ou seja, mesmo no ambiente escolar e direcionada pelo professor, jamais pode representar uma imposição. 2.3. ASPECTOS PROCEDIMENTAIS A partir dessa compreensão, Carmo et al (2017), menciona que, devido à sua complexidade, a ludicidade não se restringe apenas aos jogos, as brincadeiras e aos brinquedos. Ela possui um sentindo e uma abrangência amplos, estando relacionada a toda e qualquer atividade livre e prazerosa, podendo ser realizada em grupo ou individual. Nesse sentido, Piaget, citado por Santos (2010) postula que: 15 O jogo lúdico é formado por um conjunto linguístico que funciona dentro de um contexto social; possui um sistema de regras e se constitui de um objeto simbólico que designa também um fenômeno. Portanto, permite ao educando a identificação de um sistema de regras que permite uma estrutura sequencial que especifica a sua moralidade (PIAGET apud SANTOS, 2010, p. 03). Assim, sabendo que as brincadeiras e jogos fazem parte do cotidiano do homem enquanto ser social, Carmo et al (2017), eles também se tornaram parte fundamental e essencial para a infância, sendo considerado um direito adquirido, tendo em vista que ser criança pressupõe-se uma fase para brincadeiras, descobertas do mundo e aprendizagem para o desenvolvimento. Por essa razão, ressalta-se a relevância de serem priorizados como estratégia de ensino e aprendizagem, vai muito além do ambiente escolar, é um meio de inserção social na medida que nem todas as crianças têm acesso a jogos e brincadeiras no meio em que vive. Além disso, a inserção de brincadeiras e jogos no processo pedagógico desperta o gosto pela vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem. Através do jogo e do brincar a criança expressa suas fantasias, seus desejos e suas experiências reais de um modo simbólico, onde a imaginação e a criatividade fluem por conta da ludicidade. Ensinando a interagir com o próximo, respeitar regras, desenvolver a imaginação, cooperação e com isso promover uma boa autoestima. Aprendendo de forma simples e natural a resolver problemas, pensar, criar e desenvolver o senso crítico. Através da melhoria do entendimento sobre o efeito que os jogos podem trazer, enriquecendo interações humanas VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2012). Por meio do jogo a criança libera e canaliza suas energias, tem o poder de transformar uma realidade difícil, propicia condições de liberação da fantasia e é uma grande fonte de prazer. O jogo é, por excelência, integrador, e sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, além disso, a medida que ela joga vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do conhecimento (VYGOTSKY; LURIA; LEONTIEV, 2012). São várias as formas da criança se expressar, uma delas é através das brincadeiras. esses momentos são únicos e proporcionam demonstrar seus sentimentos, sua realidade, seus interesses e desinteresses, sua capacidade e 16 habilidades. O lúdico é um instrumento, uma possibilidade pedagógica, onde o aluno participa de momentos prazerosos adquirindo valores que refletirão no seu modo de pensar e agir, estimulando, assim, a vida social da criança. O lúdico em sala de aula não deve ser apenas no desenvolvimento de jogos e brincadeiras pois essas devem estar associadas aos conteúdos em todo momento (CARMO et al, 2017). A melhor forma de conduzir a criança à atividade, à autoexpressão, ao conhecimento e à socialização é por meio dos jogos. O jogo por meio do lúdico pode ser desafiador e sempre vai gerar uma aprendizagem que se prolonga fora da sala de aula, fora da escola, pelo cotidiano e acontece de forma interessante e prazerosa. Jogando a criança, o jovem ou mesmo o adulto sempre aprende algo, sejam habilidades, valores ou atitudes, portanto, pode-se dizer que todo jogo ensina algo. Isso não significa que tudo que o jogo ensina é bom. Diante disso, Ribeiro (2013) menciona que o lúdico como método pedagógico prioriza a liberdade de expressão e criação por meio dessa ferramenta, a criança aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e mais prazerosa, possibilitando o alcance dos mais diversos níveis de desenvolvimento. Cabe assim uma estimulação por parte do adulto/professor para a criação de ambiente que favoreça a propagação do desenvolvimento infantil, por intermédio da Ludicidade. 17 3. IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM No processo de ensino e aprendizagem, é imprescindível a valorização do lúdico, pois para a criança ele deve ser espontâneo e permite sonhar, fantasiar e realizar desejos como crianças de verdade. O lúdico é considerado um meio de comunicação e por isto estimula a criatividade, a expressão a espontaneidade, pois trabalha a imaginação e auxilia na aprendizagem significativa, é um poderoso instrumento dos professores para a aprendizagem dos alunos, porém para que seja alcançado o objetivo desta metodologia tão importante na educação infantil é necessária uma dosagem entre a utilização do mesmo na obtenção dos objetivos, ou seja, a aprendizagem significativa e de qualidade (ANDRADE, 2918). Nesse sentido, Barbosa, Camargo e Melo (2020) dizem que o lúdico é um instrumento metodológico que possibilita as crianças a terem uma aprendizagem significativa através do relacionamento com os outros, assim promove maior desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo é um método muito importante para o desenvolvimento do aluno na educação infantil, é necessário proporcionar ao mesmo um ambiente descontraído para estimular o interesse, a criatividade e a interação dos alunos proporcionando assim uma aprendizagem de qualidade. O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que merece atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser único, com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia. Para poder garantir o sucesso do processo ensino aprendizagem o professor deve utilizar-se dos mais variados mecanismos de ensino, entre eles as atividades lúdicas. Tais atividades devem estimular o interesse, a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e conceitos. O professor deve- se limitar apenas a sugerir, estimular e explicar, sem impor, a sua forma de agir, para que a criança aprenda descobrindo e compreendendo e não por simples imitação O espaço para a realização das atividades, deve ser um ambiente agradável, e que as crianças possam se sentirem descontraídas e confiantes (ALMEIDA, 2014 p. 3). O ensino através das atividades lúdicas é significativo, pois a criança aprende brincando sem cobranças e através de regras, que proporcionam conhecimento pedagogicamente o lúdico possui liberdade de trabalhar a expressão e acomunicação dos alunos, pois é uma metodologia mais prazerosa para se aprender. Através dele a criança desenvolve sua capacidade de refletir, explorar e imaginar 18 os conteúdos para adquirir conhecimento necessário para uma aprendizagem significativa (BARBOSA; CAMARGO; MELO, 2020). Ressaltamos que o trabalho com jogos deve ser desencadeador, mediador ou aplicador, fixador do trabalho de desenvolvimento de conceitos, levando o sujeito a pensar sobre os conteúdos ou conceitos matemáticos por meio dos jogos e da resolução de problema, pois, no jogo em si, não está envolvida a ideia de desenvolvimento conceitual. Isso ocorre porque o conceito não tem somente operacionalidade, mas também operacionalidade de linguagem que é própria da linguagem formal matemática e de outras disciplinas (ALMEIDA, 2014). Essa é uma linguagem especializada frente à linguagem natural da criança. Muitas vezes, o jogo não abrange a construção do conceito em sua completude, mas, seguramente, ele auxilia sim na operacionalidade do conceito, servindo como auxiliar didático para se chegar à formalização daquele (ANDRADE, 2018). De acordo com Almeida (2014), com escolher jogos que estimulem a resolução de problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições de cada comunidade e o querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser muitos fáceis nem muitos difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas atividades, proporcionando mais de uma situação. É fundamental que as crianças tenham a possibilidade de conduzir uma brincadeira ou jogo, assim ela perceberá o valor de ser responsável pelos próprios atos. No decorrer dos temos a crianças vão adquirindo conhecimento e conseguindo também passar esse conhecimento para outras pessoas. Por isso é importante que os adultos estejam por perto e observando como as crianças brincam, por ser através da brincadeira que a mesma transmite seus sentimentos, conseguindo repassar como é seu convívio no dia a dia e como as pessoas se relacionam com outras e até mesmo com a criança (ALMEIDA, 2014). O ato de brincar tem seus pontos positivos, pois desenvolve o conhecimento da criança, onde ela aprende a viver, a conhecer, a ser, a fazer e a conviver. Estimulando sua confiança, aperfeiçoando sua autoestima, a autonomia e sua linguagem, fazendo com que ela cresça sendo um adulto espontâneo e social. A criança hoje é vista como uma cidadã que tem por direito o brinquedo e a 19 brincadeira, essa concepção é de infância e de criança dos tempos atuais, pois através da existência de várias leis que defendem esse direito O aprendizado ocorre de maneira dependente, seja ajuda de um adulto, utilização de objetos ou apenas pela observação, sabe-se que criança é um ser curioso e tudo que ela ver ou escuta é simplesmente mais um aprendizado sendo ele bom ou ruim, porque a criança não sabe definir as coisas ainda, não sabe separar o que vai lhe fazer crescer e se tornar um adulto de bons exemplos, com o que não vai servir para seu futuro, então é por isso que é preciso a colaboração dos adultos nesse processo de desenvolvimento(ANDRADE, 2918). Diante do exposto, praticar a ludicidade é algo tão importante para a saúde mental dos indivíduos, que deve ser um método de ensino com mais atenção dos educadores e dos pais, pois as crianças começam a aprender desde seu nascimento e são os pais que fazem parte dessa fase, e o convívio entre eles é mais amplo do que o tempo que a criança passa na escola. Além de todos os benefícios já descritos, Tezani (2004), diz que o jogo estimula o crescimento e o desenvolvimento da coordenação muscular, das faculdades intelectuais, da iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Também estimula a capacidade de observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive, constituindo-se em importante intrumento de conhecimento do outro e de autoconhecimento. Nesse sentido, o próprio Tezani postula que: Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança descobre seu próprio eu (TEZANI, 2004, p. 45). Sendo assim, ressalta-se que é notória a contribuição que a ludicidade proporciona para a vida escolar do aluno, pois facilita o processo de ensino aprendizagem, prendendo a concentração do aluno, despertando a imaginação e ativando o processo de memorização de conteúdos Assim, por meio dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o mundo e é necessário que os professores tenham ciência de que a brincadeira é necessária e que traz enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar. Dessa forma, o fazer 20 pedagógico realizado pela escola contribui como instrumento de socialização e de interação, onde será a facilitadora de integração social se relacionando diretamente com as habilidades que já vem do seu âmbito familiar, sempre respeitando as individualidades de cada criança. Nesse contexto, o professor deverá atuar como o mediador do processo de ensino e aprendizagem com o uso de jogos e brincadeiras direcionados, tornado suas aulas interessantes, saindo da rotina tradicional, e assim verificando o nível de aprendizagem do aluno conforme sua realidade social. Arantes e Barbosa (2017) afirmam que educar é ir em direção à alegria, nessa perspectiva do autor, percebe-se a necessidade de brincar como uma forma de educar, se tornado uma aprendizagem prazerosa e fundamental para o bem-estar da criança. Os jogos e brincadeiras têm sua importância dentro do processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser trabalhados de forma cativante e dando prazer no ato de adquirir conhecimento. Para Carmo et al (2017) é de fundamental importância que o professor tenha consciência de que os jogos e brincadeiras utilizados devem ser bem elaborados e dirigidos, com finalidades pedagógicas, portanto, exigem criterioso planejamento e acompanhamento por parte do professor, o que implica na orientação quanto à obediência de regras e limites sem, contudo, tirar a espontaneidade da criança. Mas, não é apenas na Educação Infantil que o lúdico proporciona uma série de vantagens, dentre eles o prazer em aprender. Dessa forma, é importante que essa dimensão lúdica seja incorporada no processo de ensino e aprendizagem ao longo de todo Ensino Fundamental, sendo que nos anos finais, podem ser priorizados mais os jogos do que brincadeiras (ARANTES; BARBOSA, 2017). Nesse sentido, os autores acima mencionados ainda ressaltam que o uso de jogos desperta o interesse e a atenção do estudante fazendo com que ele se envolva em todo contexto da aula, permitindo que ele aprenda de forma prazerosa. Essa estratégia de ensino pode ser adotada em todas as disciplinas envolvendo recursos simples da própria sala de aula e/ou recursos tecnológicos por meio de computação gráfica. 21 4. O LÚDICO COMO RECURSO METODOLÓGICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Para Camargo et al (2017), os jogos são apenas para entretenimento e uma forma de passar o tempo. Mas, é inegável o seu valor como estratégia que auxilia e muito no processo de ensino e aprendizagem tornando esse momento mais atrativo e prazeroso para o aluno. Assim, ao aplicar um jogo em uma determinada aula, além de possibilitar a construção de conhecimentos, ainda pode ser ensinada a importância do cumprimento de regras que são indispensáveis para convivência em grupo. As brincadeiras parao aprendizado da Matemática devem ser dirigidas e com finalidades claras. Assim, são desenvolvidas capacidades importantes como a memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção e a atenção. Para que o resultado seja positivo o professor deve estar preparado e abusar da criatividade proporcionando prazer em aprender aos alunos (SMOLE, 2007, p.40). Segundo Kishimoto (2006) o jogo não deve considerado somente uma brincadeira ou divertimento, pois favorece o desenvolvimento. Além do aprendizado, proporciona um bom relacionamento, o prazer de aprender. As crianças podem aprender brincando, por isso, deve se levar em conta a definição dos conteúdos e das habilidades presentes nas brincadeiras não se tornando um mero lazer, tendo o cuidado de tornar as aulas produtivas. Quando são utilizados jogos durante as aulas, os alunos percebem que podem aprender brincando, e toda brincadeira se bem aplicada se torna muito divertida, o jogo e um instrumento pedagógico muito utilizado, pois favorece muito o aluno que vai despertar a curiosidade, e eles passam a entender que podem aprender se divertindo, passam a utilizar regras e descobrem que a matemática essa em toda parte, que faz parte da nossa vida e que não e só na escola que se utiliza a matemática e outras disciplina (FARIA, 2010). Nesse contexto, destaca-se a importância da capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhada. Ela não é imediatamente alcançada. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo, normalmente assume postura artificial facilmente identificada pelos alunos. (KISHIMOTO, 2006) Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade 22 na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções. Propiciam a simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das ações. (BRASIL, 1998). Assim, ao se utilizar jogos devem ser consideradas várias possibilidades, planejamentos, estratégicas. Levando os alunos a várias possiblidades de se resolver os problemas que também podem ser colocados de várias formas, além da tradicional, fazendo o aluno a buscar alternativas, ou estratégia adequada. Nesse sentido, Moura (2011) acredita que todos os educadores devem utilizar o jogo na educação matemática como indispensável. Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos, que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva. Notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos jogam apresentam um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. (BORIN, 2007, p.9). Concebido dessa forma, o jogo desenvolve hábitos de exploração, desperta a autoconfiança destravando bloqueios que vão sendo eliminados. Quando são utilizadas atividades lúdicas, o aluno se sente motivado, quebra-se barreiras que muitos tem acerca da matemática, se tem uma melhor fixação das regras, e passa a solucionar muito mais rápido os problemas que lhe são colocados (ANDRADE, 2018). Levando em conta a importância das atividades lúdicas, sobretudo dos jogos como estratégica metodológica de ensino e aprendizagem, Smole (2007) afirma que: Em se tratando de aulas de matemática, o uso de jogos implica uma mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem, que permite alterar o modelo tradicional de ensino, o qual muitas vezes tem o livro e em exercícios padronizados seu principal recurso didático. O trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de Sqa-uposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização, que estão estreitamente relacionadas ao chamado raciocínio lógico (SMOLE, 2007, p11). Para Faria (2010) quando se utiliza jogos nas aulas de matemática, é possível alcançar um grande avanço na aprendizagem, despertando a concentração, a percepção, conhecimento de espaço, de tempo, quantidade, as 23 operações, números, localização, velocidade e o aluno passa a compreender as aplicações práticas da matemática no seu dia a dia. A brincadeira e os jogos como auxílio na aprendizagem é um assunto recorrente no meio do professorado que o veem como um excelente recurso pedagógico, mas antes disso o seu uso não pode ser indiscriminado e sem aporte que o fundamente e quem o aplica deve estar constantemente ampliando seus conhecimentos a fim de integrá-lo na sua prática educativa (FARIA, 2010). A respeito do jogo, Piaget (1998) defende que ele é uma condição básica na vida da criança. Primeiramente o jogo como exercício onde a criança cria situações de repetição de brincadeiras ou estímulos por prazer, na apreciação de seus efeitos, e, posteriormente, pode ser utilizado também nas práticas docentes. Para o autor, o jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e transformam a realidade a sua volta. Segundo Piaget, (1998) a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Os jogos, no ensino da matemática, proporcionam a sensação de prazer e bem estar, devolvem o gosto pelos números, deixando a criança livre para se expressar, não tendo medo de errar e expor as suas opiniões. Para as crianças a serventia dos jogos, no ensino da matemática, se tornou algo mais do que necessário para a aprendizagem, pois é jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor (KISHIMOTO, 2006, p. 23). O ato do brincar pode ser considerado sinônimo de aprendizagem, pois age continuadamente no desenvolvimento do pensamento infantil, no estabelecimento de conexões sociais, a compreensão do ambiente, a satisfação de desejos, o desenvolvimento de habilidades, o conhecimento e a criatividade. O jogo na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando é considerado promotor de aprendizagem, pois é jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor (SMOLE, 1996). Os jogos e as brincadeiras despertam o gosto e a curiosidade da criança, possibilitando que ela, tenha interação, convívio e comunicação entre os grupos. Os jogos e as brincadeiras estimulam a criatividade, o raciocínio lógico matemático, situações que despertam o desenvolvimento infantil. Brincando, a criança aprende a lidar com o mundo que a cerca tornando-a um ser ativo e dinâmico. 24 O jogo na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando é considerado promotor de aprendizagem. A criança se coloca diante de situações lúdicas, aprende a estrutura lógica da brincadeira e, deste modo, aprende também a estrutura matemática presente (HALABAN, ZATZ, ZATZ, 2006, p. 15). O uso de jogos em sala de aula desperta o gosto dos alunos tornando o aprendizado mais prazeroso, com o uso do lúdico o aluno perde o medo e se torna mais desenvolto e muitas vezes toma gosto pelos números, passa a expor suas opiniões e a compreender muito melhor as propostas colocadas, com os usos dos jogos alunos que são retraídos se desenvolvem muito melhor, o uso de jogos trás descontração, interação e a criatividade. Podemos dizer que o jogo serve como meio de exploração e invenção, reduz a consequência os erros e dos fracassos da criança, permitindo que ela desenvolva sua iniciativa, sua autoconfiança, sua autonomia. No fundo, o jogo é uma atividade séria que não tem consequência frustrante para a criança. (SMOLE, 1996, p. 138). A criança quando colocada à frente de situações diversas que envolvemo lúdico, desenvolve confiança participando das atividades propostas sem medo de errar, aprendem a desenvolver a iniciativa, autoconfiança e autoestima. Aprende a compartilhar conhecimento e perde o medo de errar. Se torna mais confiante e muito mais participativa. Nesse sentido, Kishimoto (2006), postula que: Nesta perspectiva, o jogo torna-se conteúdo assumido, com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas, possibilitando ao aluno a oportunidade de estabelecer planos de ação para atingir determinados objetivos [...] (KISHIMOTO, 2006, p. 80 - 81). Os jogos e as brincadeiras estimulam a criatividade, o prazer, a motivação, o raciocínio lógico matemático, situações relevantes para o desenvolvimento infantil. Brincando, a criança aprende a lidar com o mundo que a cerca, desenvolvendo a autonomia e a imaginação (FARIA, 2010). Para Barbosa, Camargo e Melo (2020) envolver os jogos e as brincadeiras nas práticas pedagógicas de sala da aula, não apenas com vistas ao desenvolvimento da ludicidade, mas, sim, como meio de desenvolver e aprimorar o raciocínio lógico, social e cognitivo de maneira prazerosa para a criança. É pelo jogo que a criança emerge como sujeito lúdico, sendo importantíssimo na formação do ser humano, na apreensão do mundo, em compreender-se como sujeito social e na 25 constituição dos processos psicológicos superiores. O jogo é a porta de acesso que a criança abre para compreender o mundo que a rodeia. 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos estudos realizados, é de fundamental importância destacar o quanto o lúdico desperta o prazer de aprender para estudantes de todas as idades e níveis de ensino, contudo, quanto se trata de crianças, o brincar assume um significado ainda maior pois está relacionado ao seu próprio desenvolvimento. Outro aspecto importante a ser considerado diz respeito ao fato de na Educação Infantil, o lúdico está relacionado ao prazer, mas também representa, para a criança, um dever, tanto que é possível dizer que o brincar representa para a criança o mesmo que o trabalho representa para o adulto, isto é, um compromisso. Diante disso, ressalta-se a necessidade que a dimensão lúdica, representada pelos jogos e brincadeira seja incorporada como parte preponderante da Educação Infantil. E seja concebida como uma estratégia que possibilita a descoberta, que favorece a exploração do mundo em volta e que faz parte do desenvolvimento infantil, desenvolvendo também a imaginação e a criatividade. Conclui-se que os profissionais que atuam na Educação Infantil devem compreender a importância do lúdico na sua prática pedagógica cotidiana, devem utilizar jogos que desenvolvem a criatividade e o raciocínio, devem utilizar as brincadeiras para despertar a imaginação, a criatividade e cultivar a alegria continuamente. 27 REFERÊNCIAS ALMEIDA A. Ludicidade como instrumento pedagógico. v. 12, 2009. ANDRADE LR. A importância do lúdico na educação infantil: um estudo de caso em uma creche pública. 43f. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Pedagogia) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2018. ARANTES ARV, BARBOSA JTSB. O lúdico na Educação Infantil. Revista online de Magistro de Filosofia, a. 10, n. 21. 2017. BARBOSA RFM, CAMARGO MCS, MELLO AS. 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