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ORTOPEDIA Conferência 18 – 09/10/14 OSTEOCONDROSES Alterações nas linhas fisárias GRUPO DE DOENÇAS DE CARÁTER Idiopático Autolimitadas Caracterizadas por distúrbio na ossificação Em um núcleo de crescimento (epífises) previamente normal CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Dor localizada ou referida Inflamação Derrame articular / edema Limitação do movimento Claudicação Distúrbio do crescimento e deformidade CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS Diminuição do tamanho da epífise, com aumento da densidade (osso mais claro – esclerose) ou arquitetura irregular do centro de ossificação envolvido. HISTOPATOLOGIA Autolimitada: necrose do osso e cartilagem, revascularização, invasão de tecido de granulação, reabsorção osteoclástica, substituição do osteócito e formação de tecido laminar maduro. Ciclo evolutivo Epífise normal Núcleo de ossificação em necrose Osso fragmentado Submetida a uma pressão a epífise amolecida fica achatada Textura óssea normal é restaurada, mas a deformidade persiste. Alteração no nível da coluna – acunhamento de pelo menos 5° e acometimento de três vértebras. Alteração no rádio e ulna – radio fica encurtado. PANNER Necrose autolimitada de caráter desconhecido do núcleo de ossificação do capítulo. Lesão desaparece completamente com reconstituição total do capítulo. Em crianças de esportes de arremesso, que exige um uso excessivo do membro superior (ginastas, tenistas). Evolução excelente em criança< 10 anos (reconstituição total) evolução benigna. Em crianças >10 anos: acompanhar para ver se vai ter deformidades. Tratamento Restringir atividades físicas muito intensas Crioterapia - gelo (vasoconstrição local diminuição edema) AINH Tipoias/talas Revisar técnica de arremesso Cotovelo travado, corpos livres intra-articularesCirurgia OSGOOD-SCHLATTER Osteocondrose do núcleo da tuberosidade anterior da tíbia (TAT). Mais frequente no período de estirão (pré-puberal/puberal): 10-15 anos. Mais frequente no sexo masculino (3:1). Atletas/muito ativos: basquete/futebol/ballet, surfe, salto. Benigno, transitório, autolimitado, associado ao estirão puberal. Frequentemente unilateral (60-70%). Dor à palpação. Dor no joelho associada a um aumento de volume na TAT. Esse núcleo de ossificação fica tensionado pela ação do quadríceps, e a intensidade exigida pelo exercício faz com que “cresça um osso” na TAT. Rx: fragmento do núcleo epifisário. Tratamento: restrição das atividades físicas, AINH, gelo. Órteses (tensor subpatelar): na prática de esportes. Diminui a pressão mecânica sobre a tuberosidade anterior. Resultado empírico: pacientes que melhoram e os que não têm nem alívio da dor. Cura em cerca de 6 meses a 1 ano. KÖHLER Osteocondrose do navicular do tarso (médiopé). Crianças após início da marcha (< 6 anos). Feminino: 4anos, Masculino: 5anosquando o núcleo está mais ativo. Mais frequente em meninos (4:1). Sem relação com biótipo ou atividade física. Confundido com “dor de crescimento”. Provoca dor para caminhar, edema e dor à palpação local. 33% bilateral. Rx: navicular fragmentado, partido e menor que o lado contralateral Tratamento: repouso, AINH, retirar carga para resolução dos sintomas (não da doença), palmilha de apoio, tala. Cirurgia raramente (resolução espontânea sem deformidades). FREIBERG (Doença de Köhler II) Osteocondrose da cabeça do metatarso 68% cabeça do 2º metatarso** 27% cabeça do 3º metatardo Dx Clínico Mais comum nas mulheres (8-18 anos) – 75% no sexo feminino. Dor nos metatarsos (metatarsalgia)/ dor na articulação metatarsofalangiana que piora com a deambulação e atividade física /edema local /dor ao movimento articular (dor na pontinha do pé quando pisa), edema e calor. Limitação da amplitude de movimento. Rx: cabeça irregular, com aumento da densidade (isquemia do osso), alargamento da largura óssea com focos de calcificação. Tratamento: alívio da pressão do peso corporal diminuição da atividade física. Palmilha (para elevar o arco), órtese, cirurgia (se houver deformidade). Evolução: pode ocorrer artrose. SEVER Osteocondrose do Núcleo do calcâneo (apófise do calcâneo). Relacionado à tração exercida pelo tendão de Aquiles no estirão de crescimento. 8 – 15 anos. Muito frequente. Mais frequente em meninos (65%). “Criança que vai jogar futsal e volta mancando” toda vez que joga bola, volta mancando Dor à palpação da região posterior, pouco edema e pouca hiperemia Pode ser bilateral em 60% dos casos Rx: Eventualmente com fragmentação Normal e inespecífico. Esclerose e fragmentação fa apófise calcânea Deve ser feito para excluir outras patologias. Osso calcâneo na sua parte superior possui um núcleo de crescimento (apófise) que fica preso com o tendão de Aquiles; essa fise normalmente está mais branca (radiopaca), demonstrando menor circulação óssea osso necrótico osso amolecido exercício físico causa dor! Há tração do tendão de Aquiles e todo o peso corporal exercendo pressão. Resolução espontânea com revascularização óssea Tratamento: conservador - doença autolimitada Restrição da atividade física Gelo, AINE Palmilhas para calcanhar: palmilha de conforto diminui impacto sobre apófise BLOUNT Osteocondrose da Porção interna da epífise tibial proximal Pode fazer deformidade por estar em zona de carga*** Início 1-8 anos de idade Mais comum em mulheres Sintoma inicial: causa deformidade em genuvaro*** Mais comum em crianças com sobrepeso ou obesidade Etiologia: Desconhecida Crescimento anormal da condro-epifisário apenas na parte INTERNA da epífise (placa fisária) da tíbia. Como há uma osteocondrose medial, só a porção EXTERNA da tíbia que cresce. 50% dos casos bilateral Sem cura espontânea*** Gera um crescimento anormal da região Evolução pior nos primeiros4 anos de vida (progressivo) a deformidade vai evoluindo! Há uma variação progressiva do joelho. Não causa dor significativa, e normalmente o paciente já chega com uma alteração significativa. Rx: “degrau” na porção metafisária da tíbia, joelho em varo em graus variados. Tratamento: órteses deambulatórias / noturas. Cirurgico (osteotomia) <3 anos: órteses para correção da deformidade (alinhamento do membro)uso noturno. Há<10-15% de sucesso (uso experimental) Cx: osteotomia Na maioria dos casos, a cirurgia é o tratamento inicial*** Existem várias formas de corrigir a deformidade fazer uma osteotomiavalgizante (fazer correção em valgo). Pode ser usado um fixador externo para consolidar a osteotomia – 2-3 meses. Pode ser fixado também com hastes, placas e parafusos. O joelho não perde a sua mobilidade e há menor sobrecarga devido às superfícies articulares ficaram alinhadas. Objetivo final: alinhamento do membro, mais próximo do fisiológico possível, para evitar a artrose do joelho. Crianças < 4 anos: pode-se corrigir os dois lados ao mesmo tempo. - Pode evoluir com artrose precoce* #Outros: -MADELUNG: rádio -SINDING-LARSEN-JOHANSSEN: colo inferior da patela -ISELIN: 5° metatarso -KIENBOCK
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