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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL SUSTENTABILIDADE “Quem não acordar dormirá para sempre.” Apesar de o desenvolvimento sustentável já estar em pauta de diversas empresas, ainda há muito a ser feito, assegura FERNANDO ALMEIDA, presidente executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). “A maioria das empresas ainda têm de acordar. E quem não acordar muito rapidamente dormirá em berço esplêndido”, projeta. Ele lembrou que, ao contrário do que muitos têm dito, o desenvolvimento sustentável precisa respeitar não só o meio ambiente, mas também o bem-estar social e econômico. PRESSÕES EXERCIDAS SOBRE A INDÚSTRIAS CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA PERFIL DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Sustentabilidade Lei Federal nº 6.938/81 artigo 4º Constituição Federal 1988 artigos 170 -182 – 186 Responsabilidade civil objetiva Prevenção e precaução Publicização da água Criminalização de infrações administrativas Crime de perigo: Lei dos Crimes Ambientais artigo 54 § 3º Responsabilidade penal da pessoa jurídica Responsabilidade pós-consumo CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA Legislação ambiental na perspectiva do empreendedor: Vantagens e desvantagens No cumprimento/descumprimento LEGISLAÇÃO AMBIENTAL A empresa deve cumpri - lá? Sim ou não? DANO AMBIENTAL Caracterização Pretérito – passado Presente – ocorrendo Potencial – possível Futuro – por vir Dano Extrapatrimonial Moral Social Infrações - Utilizar recursos hídricos sem outorga ou em desacordo; - Empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos hídricos sem aprovação de órgãos competentes; - Poços artesianos sem aprovação. LF 9.605/98 – Lei dos Crimes Ambientais Art. 54 Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade dos animais ou a destruição significativa da flora: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º se o crime é culposo: Pena – detenção, de seis meses a um ano e multa. DANO AMBIENTAL Conceito de dano ambiental. Constituição Federal 1988 Art. 255 [...] § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas, ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independente da obrigação de reparar os danos causados. CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL: VANTAGENS Diminuição de riscos pela prevenção Redução de gastos com multas, indenizações e medidas compensatórias Melhor colocação do produto no mercado pelo marketing ambiental Exigência do consumidor por produtos mais limpos Imagem da empresa GERENCIAMENTO DO MEIO AMBIENTE E A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL COMPETÊNCIAS PARA LEGISLAR ADMINISTRAR FISCALIZAR NA ÁREA AMBIENTAL LF 6.938/81 art. 6º Sistema Nacional do Meio Ambiente SISNAMA LE-RS 10.330/94 art. 5º Sistema Estadual do Meio Ambiente SISEPRA Lei Municipal Sistema Municipal do Meio Ambiente SISMUMA Órgão Supervisor Conselho de Governo Órgão Consultivo e Deliberativo CONAMA CONSEMA COMPAM Órgão Central MMA SEMA Secretaria Municipal de Meio Ambiente Órgãos de Apoio Secretaria de Estado Fundação Zoobotânica Comando de Policia Ambiental da Brigada Militar Batalhão em Porto Alegre Batalhão Santa Maria Batalhão Passo Fundo ONG’s Secretarias Municipais Companhia Ambiental Patrulha Ambiental Órgão Executor IBAMA FEPAM DEFAP DRH Secretaria Municipal de Meio Ambiente Órgãos Seccionais Órgãos Locais POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Lei Federal 6.938/81 LICENCIAMENTO AMBIENTAL Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente - Legislação federal – Lei Federal 6.938/81 • Padrões de qualidade • Zoneamento ambiental • Avaliação de impacto ambiental • Licenciamento ambiental - Legislação estadual – Lei Estadual 11.520/00 CEMA • Análise de riscos • Audiências públicas • Auditoria ambiental LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL - Constituição Federal artigo 170 Parágrafo Único - LF 6.938/81 artigo 10 - Resolução CONAMA 237/97 - Código Estadual do Meio Ambiente (Lei Estadual 11.520/00) artigos 55 a 70 – Licenciamento Ambiental - Resolução CONSEMA 04/00 – Dispõe sobre os critérios para o exercício da competência do Licenciamento Ambiental Municipal e dá outras previdências. (estabelece exigências para habilitação dos Municípios) - Resolução CONSEMA 11/00 – Estabelece diretrizes para o Plano Ambiental Municipal, nos termos da Resolução/CONSEMA nº 004/2000. LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL - Resolução CONSEMA 38/03 – Estabelece procedimentos, critérios técnicas e prazos para Licenciamento Ambiental realizado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM, no Estado do Rio Grande do Sul; - Resolução CONSEMA 102/05 – Dispõe sobre os critérios para o exercício da competência do Licenciamento Ambiental Municipal, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul (relaciona empreendimentos e atividades de impacto local); - P-FEPAM 095/06 – Determina que o pedido de licenciamento ambiental de empreendimentos novos ou a ampliação dos existentes com médio e alto potencial poluidor nos termos da Resolução 01/95 nas Bacias Hidrográficas do Rio dos Sinos e do Rio Gravataí, será submetido ao respectivo Comitê antes da emissão da Licença Prévia. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Fundamentação Jurídica Constituição Federal 1988 Artigo 170 [...] Parágrafo Único – é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos em lei. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Lei Federal 6.938/81 Art. 10 - a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. § 4° - compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA o licenciamento previsto no capuf deste artigo, no caso de atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Resolução CONAMA 237/97 Definições (art. 1º) Fundamentação jurídica (art. 2º) EPIA/RIMA (art. 3º) Competências (arts. 4º 5º e 6 º) Nível de competência (art. 7º) Tipos de licenças (art. 8º) Processo de licenciamento (art. 10) Elaboração dos estudos (art.11) Procedimentos específicos (art. 12) Custos de análise (art. 13) Prazos de análise (art.14) Atuação supletiva (art. 16) Arquivamento (art. 17) Prazos de validade (art. 18) Exigências para licenciar (art. 20) Atividades sujeitas ao licenciamento – anexo. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Código Estadual do Meio Ambiente - artigos 55 a 70 Art. 55 - A construção, instalação, ampliação, reforma, recuperação, alteração, operação e desativação de estabelecimentos, obras e atividades utilizadoras de recursos ambientais ou consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio Iicenciamento do órgão ambiental competente,sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis. Parágrafo único - Quando se tratar de Iicenciamento de empreendimentos e atividades localizados em até 10km (dez quilômetros) do limite da Unidade de Conservação deverá também ter autorização do órgão administrador da mesma. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Código Estadual do Meio Ambiente - artigos 55 a 70 Art. 56 [ ... ] § 3° - Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental para pequenos empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para aqueles integrantes de planos de desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão competente, desde que definida a responsabilidade legal pelo conjunto de empreendimentos ou atividades. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Código Estadual do Meio Ambiente - artigos 55 a 70 Licença X Autorização Art. 62 - O órgão ambiental competente, diante das alterações ambientais ocorridas em determinada área, deverá exigir dos responsáveis pelos empreendimentos ou atividades já licenciados, as adaptações ou correções necessárias a evitar ou diminuir, dentro das possibilidades técnicas comprovada mente disponíveis, os impactos negativos sobre o meio ambiente decorrentes da nova situação. LICENCIAMENTO AMBIENTAL Resolução CONSEMA 04/00 - Dispõe sobre os critérios para o exercício da competência do Licenciamento Ambiental Municipal e dá outras providências. Fundo Municipal de Meio Ambiente Conselho Municipal de Meio Ambiente Profissionais legalmente habilitados Fiscalização ambiental Legislação própria Plano Diretor Plano Ambiental Argüição de Inconstitucionalidade Constituição Federal artigos 1º - 18 - 23 - 30,I LICENCIAMENTO AMBIENTAL EPIA/RIMA E EIV - Constituição Federal 1988 - Resolução CONAMA 01/86 - Lei Federal 10.257/01 – Estatuto da Cidade ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Abordagens até 1981: controle poluição 1981: Lei Federal 6.938 - Princípios Usuário-Pagador e Poluidor-Pagador - Prevenção e Precaução ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspectos Jurídicos LF 6.938/81 Art. 3º - Para os fins previstos nesta lei, entende-se por: III – Poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população; b) Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) Afetem desfavoralmente a biota; d) Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspectos Jurídicos Código Estadual do Meio Ambiente – Lei Estadual 11.520/00 Artigo 14 [...] XXXIX – poluição: toda e qualquer alteração dos padrões de qualidade e da disponibilidade dos recursos ambientais e naturais, resultantes de atividades ou de qualquer forma de matéria ou energia que direta ou indiretamente, mediata ou imediatamente: Prejudique a saúde, a segurança, o bem estar das populações ou que possam vir a comprometer seus valores culturais; Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; Afetem desfavoralmente à biota; Comprometam as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; Afetem desfavoralmente o patrimônio genético e cultural (histórico, arqueológico, paleontológico, turístico, paisagístico e artístico); Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos; Criem condições inadequadas de uso do meio ambiente para fins públicos, domésticos, agropecuários, industriais, comerciais, recreativos e outros. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspecto Jurídico Código Estadual do Meio Ambiente – Lei Estadual 11.520/00 Artigo 14 [...] XXVI – fonte de poluição e fonte poluidora: toda e qualquer atividade, instalação, processo, operação ou dispositivo, móvel ou não, que independentemente de seu campo de aplicação induzam, produzam e gerem ou possam produzir e gerar a poluição do meio ambiente. XXXVII – poluente: toda e qualquer forma de matéria ou energia que direta ou indiretamente, cause ou possa causar poluição do meio ambiente. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspectos Jurídicos Código Estadual do Meio Ambiente Lei Estadual 11.520/00 Artigo 14 [...] XXXIX – poluição: toda e qualquer alteração dos padrões de qualidade e da disponibilidade dos recursos ambientais e naturais, resultantes de atividades ou de qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, mediata ou imediatamente: XL – poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental; ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL RESPONSABILIDADE CIVIL Responsabilidade Civil Objetiva Pressupostos Ação ou omissão Dano ambiental Nexo de causalidade Responsabilidade Civil na área ambiental: Objetiva Teoria do Risco Integral Inversão do Ônus da Prova ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspectos Jurídicos RESPONSABILIDADES Constituição Federal Art.225[...] 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaram os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. Art. 21 [...] XXIII [...] c) A responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspectos Jurídicos RESPONSABILIDADES Lei Federal 6.938/81 Art. 14 § 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL EXTENSÃO DA RESPONSABILIDADE NA ÁREA AMBIENTAL Lei nº 6.938/81 Art. 3º, IV – poluidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. SOLIDARIEDADE PASSIVA Financiadores Poder público Novo proprietário ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL SOLIDARIEDADE NA ÁREA AMBIENTAL CÓDIGO CIVIL Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Parágrafo Único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as pessoas designadas no art. 932. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL SOLIDARIEDADE NA ÁREA AMBIENTAL Lei nº 6.938/81 Art. 3º, IV – poluidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. Art. 14 §1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas nesse artigo, é o poluidor obrigado, independentemente de existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL SOLIDARIEDADE NA ÁREA AMBIENTAL Assim, é indispensável salientar a importância das determinações legais, já que a solidariedade não implica somente em caso de pluralidade de agentes e sim, alcança todos os quecontribuíram, direta ou indiretamente, para a ocorrência do dano. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspectos Jurídicos RESPONSABILIDADES Lei Federal 9.605/98 Art. 54 Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais, que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade dos animais ou a destruição significativa da flora: Pena – reclusão, de 1 a 4 anos e multa. § 1º se o crime é culposo; Pena – detenção de 6 meses a 1 ano e multa. § 2º se o crime: I – tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; II – causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que causa danos diretos à saúde da população; III – causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade; IV – dificultar ou impedir o uso público das praias; V – ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena- reclusão, de 1 a 5 anos. § 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Aspectos Jurídicos RESPONSABILIDADES Decreto Federal 3.179/99 Art.41. causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais) ou multa diária. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL TIPOS DE POLUIÇÃO: DO AR EMISSÕES ATMOSFÉRICAS Resolução CONAMA 05/89 Institui o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR, como um dos instrumentos básicos da gestão ambiental, estabelecendo os objetivos, instrumentos, estratégias e ações de curto, médio e longo prazo. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS Resolução CONAMA 03/90 Estabelece que o monitoramento da qualidade do ar é de competência dos Estados. A adoção dos parâmetros secundários de qualidade do ar só acontecerá após os Estados definirem quais são as Áreas de Classes I, II e III. Estabelecem Níveis de Qualidade do Ar, visando providências dos Governos do Estado e dos Municípios, assim como as entidades privadas e comunidade geral, com o objetivo de prevenir risco à saúde da população. - Níveis de Atenção e de Alerta; - Nível de Emergência. Presença de altas concentrações de poluentes na atmosfera em curto período de tempo, resultante da ocorrência de condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos mesmos. - Episódio Crítico de Poluição do Ar. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS Resolução CONAMA 08/90 Padrões emissão – processo combustão externa Resolução CONAMA 267/00 Proíbe em todo o território nacional a utilização das substâncias controladas, especificadas nos Anexos A e B do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a camada de ozônio. Resolução CONAMA 382/06 Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas. POLUIÇÃO SONORA - Decorrente de atividades: industriais, comerciais, sociais, recreativas, políticas e religiosas; - Ruídos de aeroportos; - Causada por veículos. POLUIÇÃO SONORA Decorrente de atividade industrial; Lei Federal 6.803/80; Resolução CONAMA 01/90 Padrões para emissão de ruídos; Resolução CONAMA 02/90 Programa silêncio; Convenção 148 da OIT – Proteção dos Trabalhadores Promulgação: DF 93.413/86. POLUIÇÃO SONORA NBR 15151/87 Avaliação de ruídos em áreas habitadas. NBR 15152/87 Níveis de ruído para conforto acústico. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL TIPOS DE POLUIÇÃO: DAS ÁGUAS Resolução CONAMA 357/05 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. EFLUENTES LÍQUIDOS RESOLUÇÕES ESTADUAIS RESOLUÇÃO CONSEMA 128/06 RESOLUÇÃO CONSEMA 01/98 Dispõe sobre a fixação de Padrões de Emissão de Efluentes Líquidos para fontes de emissão que lancem seus efluentes em águas superficiais no Estado do Rio Grande do Sul. Fixa novas condições e exigências para o Sistema de Automonitoramento de Atividades Poluidoras – SISAUTO, da portaria nº 01/85 – SSMA; Sistema de Automonitoramento de Efluentes Líquidos das Atividades Poluidoras Industriais localizadas no Estado do Rio Grande do Sul – SISAUTO. ASPECTOS DA POLUIÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL TIPOS DE POLUIÇÃO DO SOLO ÁREAS DEGRADADAS Lei Estadual 11.520/00 – Código Estadual do Meio Ambiente Art. 14 VIII – áreas degradadas: áreas que sofreram processo de degradação; XVIII – degradação: processo que consiste na alteração das características originais de um ambiente, comprometendo a biodiversidade; “ Local onde há comprovadamente poluição ou contaminação, causada pela introdução de substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada ou acidental. ” ÁREAS DEGRADADAS Reparação Integral do Dano/Compensação Fundamentação Legal: Constituição Federal Art. 225 Caput – dever de defender e preservar o meio ambiente. § 3º - reparação de dano. Lei Federal 6.938/81 – Política Nacional do Meio Ambiente Art. 2º VIII – recuperação de áreas degradadas como princípio. Art. 4º VI – restauração de recursos ambientais; VII – princípio poluidor – pagador. Art. 14 § 1º - reparação de danos Lei Federal 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor Art. 84 – obrigação de fazer. REFLEXÕES VOLTADAS À RESPONSABILIDADE PELA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS Temporalidade Passivo histórico Passivo atual Extensão da Responsabilidade do gerador identificando não identificando do poder público ação: degradador omissão da sociedade ação:usufrui resultados/produtos omissão Punição aplicável quando do descumprimento da lei pode a lei retroagir? Responsabilidade pela recuperação; Responsabilidade do adquirente; Formas de recuperação; Indenização. FOCO NO PROBLEMA OU FOCO NA SOLUÇÃO? ÁREAS DEGRADADAS: FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Código Estadual do Meio Ambiente – Lei Estadual RS 11.520/00 Art. 222 – A recuperação de áreas degradadas pela ação da disposição de resíduos é de inteira responsabilidade técnica e financeira da fonte geradora ou na impossibilidade de identificação desta, do ex- proprietário, ou proprietário da terra responsável pela degradação, cobrando- se destes os custos dos serviços executados quando realizados pelo Estado em razão da eventual emergência de sua ação. A ÁGUA COMO RECURSO ECONÔMICO: OUTORGA DO DIREITO DE USO E COBRANÇA PARLAMENTO DAS ÁGUAS AUMENTO DA DEMANDA Aumento populacional; Aumento da produção agropecuária; Aumento da demanda por produtos industrializados; Processo de desenvolvimento Saneamento básico DIMINUIÇÃO DA OFERTA Uso excessivo; Desperdício; Poluição. ALTERNATIVAS EDUCAÇÃO TECNOLOGIA RACIONAMENTO COBRANÇA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ESFERA FEDERAL LF 9.433/97 institui PNRH – Plano Nacional de Recursos Hídricos; SNGRH – Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. DESTAQUES LF 9.433/97 A água é bem de domínio público; A água é um recurso natural de bem limitado, dotado de valor econômico; A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; A bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação da PNRH; A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada; Objetivos; - disponibilidade e qualidade - utilização racional - prevenção e defesa contra eventos hidrológicos Instrumentos; - OUTORGA dos direitos de uso - COBRANÇA pelo uso. ESFERA ESTADUAL ESFERA FEDERAL LE – RS 10.350/94 – institui o SERH – Sistema Estadual de Recursos Hídricos DESTAQUES LE – RS 10.350/94 Finalidade dos comitês de gerenciamento de bacia hidrográfica: - Coordenação programática das atividades dos agentes públicos e privados, relacionados aos recursos hídricos, compatibilizando as metas do Plano Estadual de RH com a crescente melhoria da qualidade dos corpos de água. Constituição: - Usuários (40%) - Representantes da população da bacia (40%) - Representantes dos diversos órgãos da administração direta federal e estadual, atuantes na região e que estejam relacionados com os recursos hídricos, excetuados aqueles que detém competências relacionadas à outorga do uso da água ou licenciamento de atividades potencialmente poluidoras (20%). DESTAQUES LE – RS 10.350/94 Exigência de outorga - Qualquer empreendimento ou atividade que altere as condições quantitativas e qualitativas, ou ambas das águas superficiais ou subterrâneas. Dispensa de outorga - Usos de caráter individual para satisfação de necessidades básicas. Infrações - Utilizar recursos hídricos sem outorga ou em desacordo; - Empreendimentos ou atividades utilizadoras de recursos hídricos sem aprovação de órgãos competentes; - Poços artesianos sem aprovação. DESTAQUES LE – RS 10.350/94 Cobrança pelo uso dos Recursos Hídricos - O valor é estabelecido pelos Planos de Bacia; - Os valores arrecadados serão destinados a aplicações exclusivas e não transferíveis na gestão dos recursos hídricos da bacia hidrográfica de origem; - A cobrança está vinculada às intervenções aprovadas; - É vedada a formação de fundos sem que sua aplicação esteja assegurada e destinada no Plano de Bacia; - Destinação dos recursos; - Até 8% custeio respectivos Comitê e Agência - Até 2% custeio das atividades de monitoramento e fiscalização do órgão ambiental do Estado, desenvolvidas na respectiva Bacia DESTAQUES Lei Estadual – RS 10.350/94 Cobrança pelo uso dos recursos hídricos Diretrizes para derivação O uso a que se destina Volume captado Consumo efetivo A classe de uso preponderante Diretrizes para lançamento de efluentes Natureza da atividade geradora do efluente Carga lançada classe de uso preponderante Regime de variação quantitativa e qualitativa do corpo de água receptor. DESTAQUES DE – RS 37.033/96 Exigência de outorga As águas de domínio do Estado do RS, superficiais ou subterrâneas, somente poderão ser objeto de uso após outorga. Concessão de Outorga A outorga é concedida através de : Licença de uso Autorização Concessão Extensão da Outorga A outorga confere apenas os direito de uso da água, ficando o outorgado a cumprir as disposições do Código de Águas, leis subseqüentes e seus regulamentos, bem como a legislação ambiental, de controle da poluição e sanitáia. EFICÁCIA DA LEI INFORMAÇÃO CONSCIÊNCIA COLETIVA FISCALIZAÇÃO REÚSO DA ÁGUA REÚSO DA ÁGUA Lei Federal 9.433/97 Cobrança pelo uso dos recursos hídricos Art. 21. Na fixação dos valores a serem cobrados pelo uso dos recursos hídricos devem ser observados, dentre outros: I – nas derivações, captações e extrações de água, o volume retirado e seu regime de variação; II – nos lançamentos de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, o volume lançado e seu regime de variação e as características físico- químicas, biológicas e de toxidade do afluente. BUSCA DE SOLUÇÕES Minimizar captação de água Minimizar geração de efluentes REÚSO USO RACIONAL/EFICIENTE P+L (produção mais limpa) Minimização do consumo Controle de perdas e desperdícios Redução de efluentes Reúso Conceito Processo de utilização da água por mais de uma vez Tratada ou não Para o mesmo e outro fim Reutilização pode ser direta ou indireta Pode decorrer de ação planejada ou não REÚSO VANTAGENS Econômicas Sistema de reuso diminui o consumo externo de água com isso diminui o custo unitário do m³ de água Redução da quantidade de químicos aplicados no tratamento Ambientais A reutilização proporciona uma diminuição na quantidade de captação de água A reutilização proporciona uma diminuição na quantidade de efluentes lançados Preserva água potável para atendimento de necessidades que exigem a sua potabilidade REÚSO Resolução MMA 54/05 Reúso direto não potável GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS QUE TIPO DE RESÍDUO A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA CONTEMPLA? TIPOS DE RESÍDUOS POR ORIGEM Domiciliar Originado da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos (tais como cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Pode conter alguns resíduos tóxicos. Comercial Originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc. Meio Ambiente Qual o tempo para decompor o lixo? TIPOS DE RESÍDUOS POR ORIGEM Público Originados dos serviços de limpeza urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc., constituído por restos de vegetais diversos, embalagens, etc. Hospitalar e de serviços de saúde Descartados por hospitais, postos de saúde, farmácias, clínicas veterinárias (algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raios X). TIPOS DE RESÍDUOS POR ORIGEM Portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, resíduos sépticos, ou seja, que contém ou potencialmente podem conter germes patogênicos. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças provenientes de outras cidades, estados e países. Industrial Originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc. TIPOS DE RESÍDUOS POR ORIGEM Radioativo Resíduos provenientes da atividade nuclear (resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto), que devem ser manuseados apenas com equipamentos e técnicos adequados. Agrícola Resíduos sólidos das atividades agrícola e pecuária, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc. O lixo proveniente de pesticidas é considerado tóxico e necessita de tratamento especial. Construção Civil Demolições e restos de obras, solos de escavações. TIPOS DE RESÍDUOS POR ORIGEM Tecnológico Televisores, rádios, telefones celulares, eletrodomésticos portáteis, todos equipamentos de microinformática, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, DVD’s, lâmpadas fluorescentes, brinquedos eletrônicos, etc. Espacial LEGISLAÇÃOAMBIENTAL: QUEM É RESPONSÁVEL PELOS RESÍDUOS? RESPONSABILIDADE: REGRA GERAL = GERADOR ORIGEM RESPONSABILIDADE Domiciliar Prefeitura municipal Comercial Gerador do resíduo Industrial Gerador do resíduo Público Prefeitura municipal Serviços de saúde Gerador do resíduo Portos, aeroportos e terminais ferroviários Gerador do resíduo Agrícola Gerador do resíduo Construção civil Gerador do resíduo RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS DEPOSITÁRIAS DE RESÍDUOS Lei Estadual nº 9.921/93 Art. 8º - A coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora independente da contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais dessas atividades. Parágrafo 3º - No caso de utilização de resíduos como matéria- prima, a responsabilidade da fonte geradora só cessará quando da entrega dos resíduos à pessoa física ou jurídica que os utilizará como matéria-prima. RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS DEPOSITÁRIAS DE RESÍDUOS Decreto Estadual nº 38.356/98 Art. 8º - A coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora. § 1º - No caso de contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais das atividades previstas no caput, configurar-se-á responsabilidade solidária. RESPONSABILIDADE DAS EMPRESAS DEPOSITÁRIAS DE RESÍDUOS Código Estadual do Meio Ambiente – Lei nº 11.520/00 Art. 218 – Compete ao gerador a responsabilidade pelos resíduos produzidos, compreendendo as etapas de acondicionamento, coleta, tratamento e destinação final. § 1º - A terceirização de serviços de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final de resíduos não isenta a responsabilidade do gerador pelos danos que vierem a ser provocados § 2º - Cessará a responsabilidade do gerador de resíduos somente quando estes, após utilização por terceiro, licenciado pelo órgão ambiental, sofrer transformações que os descaracterizem como tais. O QUE EXISTE NA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL SOBRE RESÍDUOS? FUNDAMENTAÇÃO LEGAL NÍVEL INTERNACIONAL Responsabilidade dos Estados Decorrente de tratados e convenções Por ação ou omissão Resíduos nucleares/radioativos Convenção sobre Pronta Notificação de Acidente Nuclear – Viena/1986 Resíduos perigosos Convenção sob o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Eliminação – Basiléia/1989 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL NÍVEL NACIONAL Projeto de lei PNMA Responsabilidades compartilhadas Marco regulatório Desvinculamento político saneamento Resoluções CONAMA RESOLUÇÃO CONAMA nº 23/96 R-CONAMA 275 DE 25.04.01 MATERIAL COR Papel/papelão Azul Plástico Vermelho Vidro Verde Metal Amarelo Madeira Preto Resíduos perigosos Laranja Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde Branco Resíduos radioativos Roxo Resíduos orgânicos Marrom Resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação cinza PADRÃO DE CORES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Nível Estadual Constituição Estadual RS Artigo 247, § 3º Lei Estadual do RS 11.520/00 Código Estadual do Meio Ambiente Artigos 217 a 225 Lei Estadual RS 9.921/93 Decreto Estadual RS 38.356/98 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Constituição Estadual do RS Artigo 247 [...] §3º A lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e a destinação do lixo, dos resíduos urbanos, industriais, hospitalares e laboratoriais de pesquisa, de análises clínicas e assemelhados. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Código Estadual do Meio Ambiente LE – RS 11.520/00 Art. 217 – A coleta, o armazenamento, o transporte, o tratamento e a disposição final de resíduos poluentes, perigosos, ou nocivos sujeitar-se-ão à legislação e ao processo de licenciamento perante o órgão ambiental e processar-se-ão de forma e em condições que não constituam perigo imediato ou potencial para a saúde humana e o bem-estar público, nem causem prejuízos ao meio ambiente. § 1º - O enfoque a ser dado pela legislação pertinente deve priorizar critérios que levem, pela ordem, a evitar, minimizar, reutilizar, reciclar, tratar e por fim, dispor adequadamente os resíduos gerados. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Código Estadual do Meio Ambiente LE – RS 11.520/00 Art. 218 – Compete ao gerador a responsabilidade pelos resíduos produzidos, compreendendo as etapas de acondicionamento, coleta, tratamento e destinação final. §1º- A terceirização de serviços de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final de resíduos não isenta a responsabilidade do gerador pelos danos que vierem a ser provocados. § 2º - Cessará a responsabilidade do gerador de resíduos, somente quando estes, após utilização por terceiro, licenciado pelo órgão ambiental, sofrer transformações que os descaracterizem como tais. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Código Estadual do Meio Ambiente LE – RS 11.520/00 Art. 223 – As indústrias produtoras, formuladoras ou manipuladoras serão responsáveis, direta ou indiretamente, pela destinação final das embalagens de seus produtos, assim como dos restos e resíduos de produtos comprovadamente perigosos, inclusive os apreendidos pela ação fiscalizadora, com a finalidade de sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas legais vigentes. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL LE – RS 9.921/93 Dispõe sobre a gestão dos resíduos sólidos, nos termos do artigo 247, parágrafo 3º da Constituição do Estado e dá outras providências. DE – RS 38.356/98 Aprova o Regulamento da Lei nº 9.921, de 27 de julho de 1993, que dispõe sobre a gestão dos resíduos sólidos no Estado do Rio Grande do Sul. ANEXO ÚNICO Art. 1º - A gestão dos resíduos sólidos é responsabilidade de toda a sociedade e deverá ter como meta prioritária a sua não-geração, devendo o sistema de gerenciamento destes resíduos, buscar sua minimização, reutilização, reciclagem, tratamento ou destinação adequada. OUTROS TEXTOS LEGAIS APLICÁVEIS NÍVEL FEDERAL LF5.318/67 – Política Nacional de Saneamento PM/MINTER 53/79 – estabelece normas aos projetos específicos de tratamento e disposição de resíduos sólidos, bem como a fiscalização de sua implantação, operação e manutenção. LF 7.802/89 – destino final dos resíduos e embalagens dos agrotóxicos LF 8.78/90 – proteção do consumidor DF 875/93 – Convenção de Basiléia – Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Deposito R-CONAMA 5/93 define resíduos sólidos plano de gerenciamento de resíduos sólidos sistema de tratamento de resíduos sólidos sistema de disposição final de resíduos sólidos R – CONAMA 358/05 – tratamento e disposição final dos resíduos dos serviços de saúde (altera 5/93) R-CONAMA 307/02 - gestão de resíduos da construção civil R-CONAMA 348/04 - inclui amianto na classe dos resíduos perigosos R-CONAMA 313/02 - dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais R-CONAMA 316/02 - dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos R-CONAMA 362/05 - todo óleo lubrificante usado ou contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes nele contidos NÍVEL ESTADUAL LE-RS 6.503/72 - saúde pública DE-RS 23.430/74 - código de saúde LE-RS 10.099/94- resíduos provenientes- dos serviços de saúde R-CONSEMA 02/00 - dispõe sobre licenciamento ambiental para coprocessamento de resíduos em fornos de clínquer R-CONSEMA 73/04 - proíbe a co-disposição de resíduos sólidos industriais em aterros sanitários urbanos NORMAS ABNT NORMAS ABNT NBR10157 NB1025 Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e operação 12/1987 NBR12235 NB1183 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos 04/1992 NBR13221 Transporte terrestre de resíduos 02/2003 NBR8849 NB844 Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos 04/1985 NBR8843 NB918 Aeroportos - Gerenciamento de resíduos sólidos 07/1996 NBR13464 Varrição de vias e logradouros públicos 09/1995 NORMAS ABNT NBR12808 Resíduos de serviços de saúde 01/1993 NBR12810 Coleta de resíduos de serviços de saúde 01/1993 NBR12980 Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos 08/1993 NBR10006:1987 Solubilização de resíduos (válida até 29/11/2004) 09/1987 NBR10006:2004 NB1067 Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos (válida a partir 30/11/2004) 05/2004 NBR10007:1987 Amostragem de resíduos (válida até 29/11/2004) 09/1987 NBR10007:2004 NB1068 Amostragem de resíduos sólidos (válida a partir 30/11/2004) 05/2004 NORMAS ABNT NBR10004:2004 CB155 Resíduos sólidos – Classificação 05/2004 NBR10005:1987 Lixiviação de resíduos 09/1987 NBR 10005:2004 MBS616 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos 05/2004 NBR 10004 RESÍDUO SÓLIDO - CLASSIFICAÇÃO Esta Norma classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser gerenciados adequadamente. NBR 10004 RESÍDUO SÓLIDO - DEFINIÇÕES Resíduos: materiais decorrentes de atividades, gerados como sobras de processos ou aqueles que não possam ser utilizados com a finalidade para as quais foram originalmente produzidos. Resíduos sólidos: resíduos nos estados sólido e semi-sólido, os líquidos não passíveis de tratamento como efluentes e os gases contidos. NBR 10004 RESÍDUO SÓLIDO - DEFINIÇÕES Periculosidade de um resíduo: característica apresentada por um resíduo, que em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto- contagiosas, pode apresentar: a) risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices. b) riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. NBR 10004 RESÍDUO SÓLIDO - CLASSIFICAÇÃO a) resíduos classe I - perigosos b) resíduos classe II - não-perigosos resíduos classe II A - inertes resíduos classe II B - não-inertes NOTA - Quando as características de um resíduo não puderem ser determinadas nos termos desta Norma, por motivos técnicos ou econômicos, a classificação deste resíduo cabe aos Órgãos Estaduais ou Federais de controle da poluição e preservação ambiental. RESÍDUO NA VISÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P = L) ABORDAGENS DE P+L Seqüência de abordagem tradicional Seqüência de abordagem lógica DISPOR TRATAR REAPRO- VEITAR MINIMIZAR A GERAÇÃO PREVENIR A GERAÇÃO CONTRIBUIÇÃO PARA A SOLUÇÃO DO PROBLEMA 0% 100% CUSTO GLOBAL DA SOLUÇÃO PRIORIDADES DE APLICAÇÃO PREVENIR REDUZIR REUTILIZAR RECICLAR TRATAMENTO DISPOSIÇÃO Enfoque Reciclagem Prevenção Convivência com a poluição Convivência com a poluição Fim-de-tubo sustentabilidade RESPONSABILIDADE PENAL NA ÁREA AMBIENTAL DANO AMBIENTAL E FORMAS DE RESPONSABILIDADE DANO AMBIENTAL Conceito de dano ambiental. Constituição Federal 1988 Art. 255 [...] § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas, ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independente da obrigação de reparar os danos causados. DANO AMBIENTAL Conceito de dano ambiental. Constituição Federal 1988 Art. 255 [...] § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas, ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independente da obrigação de reparar os danos causados. DANO AMBIENTAL Caracterização Pretérito – passado Presente – ocorrendo Potencial – possível Futuro – por vir Dano Extrapatrimonial Moral Social DANO AMBIENTAL E FORMAS DE RESPONSABILIZAÇÃO Perícia ambiental a materialização do dano é feita através de perícias técnicas e por conta do empreendedor Valorização do dano ambiental PENALIZAÇÃO CRIMES AMBIENTAIS DANO AMBIENTAL E FORMAS DE RESPONSABILIZAÇÃO Penalização da pessoa jurídica. Desconsideração da personalidade jurídica. LF 9.605/98 – Lei dos Crimes Ambientais Art. 54 Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade dos animais ou a destruição significativa da flora: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º se o crime é culposo: Pena – detenção, de seis meses a um ano e multa. LF 9.605/98 – Lei dos Crimes Ambientais § 2º se o crime: I – tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana; II – causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população; III – causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade; IV – dificultar ou impedir o uso público das praias; V – ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena – reclusão, de um a cinco anos. LF 9.605/98 – Lei dos Crimes Ambientais Art. 54 [...] § 3º incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior, quem deixar de adotar, quando assim exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível. Decreto Federal 3.179/99 Art. 41 Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais), ou multa diária. O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE “No novo milênio, o executivo precisa saber que: Alta qualidade Baixo custo Pressão do tempo Diferenciação e conservação do meio ambiente São questões absolutamente compatíveis. São parte integrante de um processo de alta performance e não podem ser vendidas separadamente. Ou seja, os líderes do futuro precisam reconhecer a coexistência desses opostos e dar conta de todas essas questões ao mesmo tempo.” Autor desconhecido. •1. PROBLEMÁTICA DA POLUIÇÃO EM ÁGUAS •1.1. DEFINIÇÃO DE POLUIÇÃO DA ÁGUA. •1.2. TIPOS DE POLUIÇÃO •1.2.1. ALTERAÇÕES FÍSICAS •1.2.2. ALTERAÇÕES QUÍMICAS •1.2.3. ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS •1.3. COMPOSTOS CONTAMINANTES •1.4. PROJETO DE PROCESSOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES •1.5. PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA •1.6. CONCEITO DE EQUIVALENTE POPULACIONAL (EP) HISTÓRICO No Princípios a humanidade era nômade Depois fixou-se em residências isoladas Na idade média vieram as cidades e a poluição Descarte de esgotos nas ruas; Água suja; Doenças HISTÓRICO Século XIX – Construção dos Esgotos de Paris Em 1348, a peste provocou várias morte e em seguida em 1832 foi a cóléra que se propagou. Filtração – Primeiro Processo de Tratamentode Água AUTODEPURAÇÃO Processo natural de recuperação quando o corpo hídrico é poluído por lançamentos de carga orgânica biodegradável. Realiza-se por meio de processos físicos (diluição, sedimentação), químicos (oxidação) e biológicos. POLUIÇÃO É qualquer alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que cause ou possa causar danos à saúde, à sobrevivência ou as atividades dos seres humanos e outras espécies ou ainda deteriorar materiais. Meio Ambiente Local Volume (km3) Percentual do total (%) Oceanos 1.370.000 97,61 Calotas polares e geleiras 29.000 2,08 Água subterrânea 4.000 0,29 Água doce de lagos 125 0,009 Água salgada de lagos 104 0,008 Água misturada no solo 67 0,005 Rios 1,2 0,00009 Vapor d’água na atmosfera 14 0,0009 Fonte: R.G. Wetzel, 1983. tabela 1.1 Conceitos POLUIÇÃO DAS ÁGUAS - alteração de suas características por ações ou interferências, sejam elas naturais ou provocadas pelo homem. Causam impactos estéticos, fisiológicos ou ecológicos. ESGOTO – despejos dos diversos usos da água (doméstico, comercial, industrial, agrícola, entre outros). ESGOTO SANITÁRIO – despejos constituídos de esgotos domésticos e industriais lançados na rede pública. RESÍDUO LÍQUIDO INDUSTRIAL – resultante dos processos industriais, possui características próprias (inerente ao processo de fabricação). ESGOTO DOMÉSTICO – parcela mais significativa dos esgotos sanitários. Importância Consequências da Poluição Morte da fauna aquática; Escurecimento da água e maus odores; detergentes formam espumas; • 1. PROBLEMÁTICA DA POLUIÇÃO EM ÁGUAS •1.1. DEFINIÇÃO DE POLUIÇÃO DA ÁGUA. • Poluição é uma modificação da qualidade da água, por alteração das características físicas, químicas e biológicas, como consequência da introdução, em quantidades excessivas, de matéria sólida, líquida, gasosa, energia, materiais radioativos ou qualquer outro, tornando-a imprópria ou perigosa para todos os usos, humanos ou não, a que se destina, para os quais seria apta em sua qualidade natural. •1.2. TIPOS DE POLUIÇÃO • A poluição pode ser provocada por causas naturais ou como consequência da atividade humana. •1.2.1. ALTERAÇÕES FÍSICAS •a) Cor As águas apresentam uma tonalidade variável, cuja origem pode ser interna ou externa. A primeira é devido a presença de matéria dissolvida e em suspensão. A segunda tem relação com a absorção das radiações com maior comprimento de onda. A cor das águas é de dois tipos: aparente, que é a da água bruta, e verdadeira, após a separação da matéria em suspensão. As substâncias que produzem cor são de vários tipos. A cor parda, por exemplo, é devido a matéria orgânica diversa (humus, ácidos tânicos, folhas, lodo, etc.). Já uma água esverdeada acusa a presença de fitoplâncton, clorofila, etc.. Águas roxeadas são oriundas de maciços graníticos ou de rochas silicosas. Maciços não calcáreos apresentam águas ligeiramente amarelentas, enquanto os maciços calcáreos produzem água verdosa. •b) Odor O odor presente na água pode ser devido a presença de matéria orgânica em decomposição, organismos anaeróbios e certos compostos químicos como os fenóis e o cloro. •c) Sabor O sabor está estreitamente ligado ao odor, pois as papilas linguais e os órgãos olfativos detectam estímulos simultâneos e complementares. Os sais de cobre, zinco, ferro, etc., podem produzir sabores metálicos, e os cloretos e sulfatos produzem sabor salgado. •d) Temperatura Influencia fortemente as reações biológicas e a solubilidade de sais e gases. •e) Matéria em suspensão Podem formar suspensões estáveis, ou seja, permanecem no seio do líquido mesmo quando ele está em repouso, ou suspensões instáveis, que dependem da agitação da água. As primeiras originam a turbidez, que é um fenômeno ótico produzido pelas partículas insolúveis presentes em suspensão na água. Consiste, essencialmente, em uma absorção da luz que ilumina um certo volume de água, combinado com uma difusão. É provocada por partículas de argila, limo, sais de ferro, matéria orgânica finamente dividida, etc., com tamanho que varia do coloidal até partículas relativamente grossas. •f) Radioatividade Existe um incremento, atualmente, devido às atividades nucleares de origem industrial. •g) Formação de espumas A formação de espumas é devido a presença de materiais tensoativos, que têm a propriedade de diminuir a tensão superficial dos líquidos em que se encontram dissolvidos, o que é o caso dos detergentes sintéticos. Estes, em presença de proteínas, partículas finamente divididas ou sais minerais dissolvidos, incrementam a formação de espumas. Uma ação grave dos detergentes é que inibem a oxidação química e biológica, pois formam uma película ao redor dos microrganismos, isolando- os do meio e impedindo a sua ação. Nas estações de depuração de água, os detergentes dificultam a sedimentação primária e a floculação. •1.2.2. ALTERAÇÕES QUÍMICAS São extremamente complexas. Em geral, as substâncias orgânicas dão às águas um potencial redutor, pois são capazes de combinar-se com o oxigênio para transformar-se, em última instância, em CO2 e H2O. A presença de compostos inorgânicos pode amortecer ou incrementar algumas propriedades (efeito sinérgico), assim como criar algumas. •1.2.3. ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS As alterações biológicas implicam em aumento da presença de bactérias patogênicas, vírus, etc., capazes de produzir enfermidades, assim como ausência de plantas e animais, devido ao baixo teor de oxigênio dissolvido. Em geral, uma água que contenha menos de 4 mg.L-1 de oxigênio dissolvido não é apta para o desenvolvimento da vida em seu meio. •1.3. COMPOSTOS CONTAMINANTES A tabela 1.1 apresenta os principais compostos contaminantes e possíveis tratamentos. Produtos Efeitos mais importantes para a saúde Tolerância dos despejos Possível tratamento Sólidos insolúveis Ácidos Hidróxidos Sais de cobre Sais de zinco Sais de mercúrio Sais de chumbo Sais de arsênio Cromatos e dicromatos Sais de ferro Cianeto sódico Sulfeto sódico --- Tóxicos na maioria dos casos Variável, em geral pequeno, exceto algum venenoso Doses relativamente importantes são tóxicas Tóxicas Muito tóxicos Tóxico Todas as formas solúveis são tóxicas Muito tóxicos Sem perigo especial Muito tóxicos Tóxico Variável Ausência ou controle de pH Controle de pH Ausência Ausência Ausência Ausência Ausência Ausência total Ausência de cor * Ausência total Ausência Decantação ou gradeamento Neutralização, precipitação, oxidação, etc. Neutralização Precipitação com cal seguida de decantação Precipitação com cal seguida de decantação Precipitação com quantidade mínima possível de soda cáustica e posterior decantação. Recuperação do óxido de mercúrio precipitado Precipitação com carbonato de sódio e decantação Precipitação com cal e decantação Precipitação com cal e decantação * Formas ferrosas:oxidação com ar e decantação * Formas férricas: decantação Tratamento com hipoclorito ou depuração biológica aeróbia Aeração enérgica •1.3. COMPOSTOS CONTAMINANTES A tabela 1.1 apresenta os principais compostos contaminantes e possíveis tratamentos. Fonte: Lora (1978) * Significa que, apesar de conter sais de ferro, não possuindo cor, o efluente é tolerável significa baixas concentrações. A figura abaixo ilustra as principais fontes de poluição. Figura 1.1. Principais fontes de poluição Fonte: Hammer (1972) 1.4. PROJETO DE PROCESSOS DE TRATAMENTO DE EFLUENTES Existem duas abordagens para o projeto: a) Abordagem “end-of-pipe” (fim da tubulação): Esta não considera a opção de redução da carga poluidora dentro da planta. Ela ataca o problema na saída. b) Abordagem “in-plant” (dentro da planta): Esta analisa todo o processo, visando uma redução da carga poluidora, para depois projetar a estação de tratamento. Essencialmente, envolve os seguintes passos: PASSO 1 – Verificar as fontes de todos os efluentes e, para cada corrente poluente, medir a vazão e carga poluidora. PASSO 2 – Avaliação dos dados obtidos. Em função destes, sugerir mudanças no processo, entre elas: aumento na reciclagem, recuperação de poluentes químicos, reutilização da água de acumulação e recuperação de calor. PASSO 3 – Avaliar os aspectos econômicos em termos de capital e custo de operação, comparando os seguintes sistemas: a) Eliminando ou reduzindo as cargas poluidoras por meio de inplant e após usar o tratamento end of pipe para estas cargas reduzidas; b) Usando no tratamento apenas o sistema end of pipe. • 1.5. PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA São baseados, usualmente, em um dos critérios apresentados a seguir: a) Padrão de corrente: refere-se a qualidade do corpo receptor a jusante da descarga do efluente. b) Padrão de efluente: refere-se a qualidade das correntes de água residual lançada no corpo receptor. Uma desvantagem do padrão de efluente é que não providencia um controle total da qualidade de contaminantes lançados no corpo receptor. Uma grande indústria, por exemplo, apesar de providenciar o mesmo grau de tratamento da água residual que uma indústria pequena, pode causar poluição consideravelmente maior no corpo receptor. Padrões de efluente são mais fáceis de monitorar que padrões de correntes, que requerem análise detalhada da corrente. Padrões de qualidade dependem do uso pretendido para a água. Alguns desses padrões incluem: concentração de matéria orgânica (DBO, DQO); • concentração de oxigênio dissolvido (OD); • pH; • cor; • turbidez; • dureza; • sólidos totais dissolvidos (STD); • sólidos suspensos (SS); • concentração de materiais tóxicos; • odor; • temperatura. Variáveis de um sistema de tratamento Sigla Nome Definição Unidade DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio Teste padronizado, a ser realizado ao longo de 5 dias, com temperatura constante (20C), para medir a quantidade de oxigênio consumida para degradar biologicamente um composto orgânico. mg/L ou ppm DQO Demanda Química de Oxigênio Teste padronizado para medir a quantidade de oxigênio consumida para oxidar quimicamente um composto orgânico mg/L ou ppm SST Sólidos Suspensos Totais Sólidos totais em suspensão, também denominados resíduos não filtráveis. mg/L ou ppm SSV Sólidos Suspensos Voláteis Sólidos voláteis, que no tanque de aeração, representam aproximadamente a massa ativa (microorganismos) mg/L ou ppm RS Resíduo Sedimentável Sólidos Sedimentáveis, em 30 ou 60 min, em cone Imhoff mL/L OD Oxigênio Dissolvido Oxigênio dissolvido no efluente ou no tanque de aeração, medido por eletrodo de membrana mg/L ou ppm pH Potencial Hidrogeniônico Indica se um ambiente aquático é acido, básico ou neutro. É medido através de eletrodo de membrana. - Nt Nitrogênio Total Quantidade total de nitrogênio, nas suas diversas formas, existentes no efluente. mg/L ou ppm P t Fósforo Total Quantidade total de fósforo, nas suas diversas formas, existente no efluente mg/L ou ppm TRATAMENTO DE EFLUENTES A remoção dos contaminantes constitui o objetivo do tratamento de efluentes. Entretanto, devido a sua diversidade, não existe uma fórmula pronta, adequada para utilização em qualquer situação. Para atingir o objetivo, existem vários processos de tratamento, baseados em fenômenos ou princípios físicos, químicos ou biológicos, ou ainda, em suas combinações. TRATAMENTO DE EFLUENTES Processos Físicos São caracterizados por operações nas quais predominam processos físicos. Removem substâncias fisicamente separáveis dos liquidos ou que não se encontram em dissolução. Exemplos de processos físicos: -Remoção de sólidos grosseiros; - Remoção de sólidos decantáveis; -Remoção de sólidos flutuantes; -Remoção da umidade do lodo; -Filtração dos efluentes; - Diluição dos efluentes e homogeinização. TRATAMENTO DE EFLUENTES Processos Químicos São processos nos quais ocorrem adição de produtos químicos. São utilizados de forma a auxiliar aos processos físicos e biológicos, ou completando-os. Exemplos de processos químicos: coagulação, precipitação química, oxidação química, cloração e neutralização. TRATAMENTO DE EFLUENTES Processos Biológicos Processos que dependem da ação de microorganismos presentes nos esgotos e na alimentação dos mesmos. Os processos biológicos procuram reproduzir em dispositivos racionalmente projetados, os fenômenos biológicos observados na natureza. São classificados em: aeróbio (Ex: lodo ativados, filtros biológicos, valos de oxidação e lagoas de estabilização); anaeróbio (Ex: reatores anaeróbios, fossas sépticas). TRATAMENTO DE EFLUENTES Tecnologias relacionadas aos tipos de contaminantes POLUENTE OPERAÇÃO, PROCESSO OU SISTEMA DE TRATAMENTO Sólidos em Suspensão Gradeamento; Remoção de areia; Sedimentação; Disposição no solo Matéria orgânica biodegradável Lagoas de estabilização e variações; Lodos ativados e variações; Filtro biológico e variações; Tratamento anaeróbio; Disposição no solo; Patogênicos Lagoas de maturação; Disposição no solo; Desinfecção com produtos químicos; Desinfecção com radiação ultravioleta Nitrogênio Nitrificação e denitrificação biológica; Disposição no solo; Processos físico-químico Fósforo Remoção biológica; Processos físico-químicos TRATAMENTO DE EFLUENTES Contaminantes Removidos em cada Nível Nível Remoção Preliminar Sólidos em suspensão grosseiros (materiais de maiores dimensões e areia) Primário Sólidos em suspensão sedimentáveis; DBO em suspensão ( matéria orgânica componente dos sólidos em suspensão sedimentáveis) Secundário DBO em suspensão (matéria orgânica em suspensão fina, não removida no tratamento primário); DBO solúvel (matéria orgânica em suspensão fina, não removida no tratamento primário); DBO solúvel (matéria orgânica na forma de sólidos sedimentáveis) Terciário Nutrientes; Patogênicos; Compostos biodegradáveis; Metais pesados TRATAMENTO DE EFLUENTES O tratamento primário visa remover os sólidos grosseiros e os sólidos inorgânicos em suspensão. SÓLIDOS GROSSEIROS INORGÂNICOS Pedaços de ferro Terra Cavacos de Madeira Areia Latas e latão Fibras de celulose Embalagens Fibras de algodão Vidros Corantes Papel e papelão Pláticos Borrachas TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR REMOÇÃO DE SÓLIDOS GROSSEIROS São considerados sólidos grosseiros os resíduos sólidos contidos nos esgotos de fácil retenção e remoção, por meio de operações físicas de gradeamento,peneiramento, caixa de gordura, filtro de areia, equalização, neutralização, coagulação e floculação. Aspectos de Projeto: Espaçamento de barras; Inclinação da grade; Condições hidráulicas. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO A remoção dos sólidos grosseiros em suspensão de um efluente industrial é indispensável antes de qualquer operação de recalque. Esta operação é geralmente realizada por meio de grades de barras convenientemente dispostas de modo que permitam a retenção e posterior remoção do material estranho contido no efluente. O gradeamento tem por finalidade a proteção dos dispositivos de transporte do efluente, isto é, bombas, tubulações e peças especiais, a proteção das unidades de tratamento, a proteção do corpo receptor evitando inconvenientes, tanto em seu aspecto como no seu funcionamento normal e o aumento da eficiência de operação, desinfecção e assepsia. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO As grades de barras são dispositivos constituídos de barras paralelas e igualmente espaçadas que retém sólidos grosseiros e corpos flutuantes que estejam no efluente. Constituem a primeira unidade de uma ETE. A remoção destes sólidos ocorre quando atuam os equipamentos de retenção que são as barras de espessura e espaçamento adequados e os dispositivos de remoção que podem ser ancinhos, garfos ou rastelos (MERIGO,1991) TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR Existem dois tipos de dispositivos para tal tarefa: as grades, cujo espaçamento entre as barras é igual ou acima de 15 mm, e as peneiras, com espaçamento menor que 15 mm, segundo Metcalf & Eddy (2). As grades, quanto ao sistema de limpeza, classificam-se em: Grades simples – limpeza manual (pequenas instalações); Grades mecanizadas – limpeza mecânica (grandes instalações). TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO Quanto ao espaçamento entre as barras: Grades grosseiras – de 4,0 a 10,0 cm – instaladas a montante de bombas de grande capacidade e, às vezes, precedem grades mais finas. Grades médias – de 2,0 a 4,0 cm – mais comumente colocadas à entrada das ETEs. Grades finas ou peneiras – de 1,0 a 2,0 cm (por vezes até 0,60 cm) – geralmente empregadas para: preparação do esgoto para lançamento por diluição; processos de lodos ativados; reduzir escumas em tanques de digestão; proteção de filtros lentos e os equipamentos de dosagem, etc. Apresentam problemas de limpeza e geralmente são mecanizadas. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO As grades apresentam as seguintes características: a) Dimensões das barras - geralmente de secção retangular com espessura de 5 a 15 mm e 30 a 60 mm de profundidade; b) Inclinação das barras b.1) Limpeza manual – 30 a 60o com a horizontal b.2) Limpeza mecânica – 45 a 60o com a horizontal; c) Velocidades limite através das barras limpas para vazões extremas c.1) Mínima – 0,40 m/s c.2) Máxima – 0,75 m/s TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO Velocidades baixas provocam deposição de areia no canal de acesso, além de aumentar de forma exagerada e indesejável o material retido. Já velocidades elevadas arrastam material que deve ficar retido. d) Perda de carga Há várias fórmulas propostas: d.1) Equação 6.1 do Metcalf & Eddy (3a edição) (4.1) onde: hL = perda de carga, [m]; 0,7 = coeficiente empírico de descarga, que considera perdas devido à turbulência; V = velocidade através das barras, [m.s-1]; v = velocidade a montante da grade, [m.s-1]; g = aceleração devido à gravidade, [m.s-2]. Deve-se verificar a perda de carga com a grade 50% suja, ou V’= 2V. g vV hL 27,0 1 22 TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO d.2) Equação de Kirschmer (4.2) onde: hL = perda de carga, [m]; = fator de forma da barra; w = máxima largura das barras transversalmente ao escoamento, [m]; b = espaço mínimo entre as barras, [m]; hv = velocidade de aproximação à grade, [m]; = ângulo com a horizontal. senh b wh v 3 4 L TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO A perda de carga calculada por essa equação aplica-se à condições de barras limpas.A tabela 4.1 apresenta valores para o fator . Tabela 4.1. Valores de Kirschmer para Tipo de barra - Retangular de arestas agudas - Retangular c/ face semicircular à jusante - Circular - Retangular c/ faces semicirculares à jusante e à montante 2,42 1,83 1,79 1,67 Fonte: Metcalf-Eddy (1979) TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR PENEIRAMENTO O processo físico de peneiramento consiste em remover os sólidos de uma corrente líquida por sua própria natureza. É um processo simples, econômico e de baixo custo. Estes dispositivos são constituidos de malhas de arames, chapas parafusadas ou equivalentes, podem ser limpas manualmente ou desobstruídas por mecanismos automáticos. O diâmetro dos furos pode variar de 0,5 a 3,0 mm. As peneiras quando corretamente projetadas e operadas, permitem economizar energia elétrica e produtos químicos nas unidades subsequentes. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR PENEIRAMENTO Existem no mercado três categorias de peneiras aos despejos: -Peneiras autolimpantes (Bauer Hidrasieve); - Peneira de limpeza automática (Parkwood); - Peneira rotativa de limpeza automática. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR PENEIRAMENTO PENEIRAS FINAS A perda de carga pode ser obtida de catálogos dos fabricantes ou calculada por meio da equação de orifício para água limpa: (4.3) onde: hL = perda de carga, [m]; C = coeficiente de descarga g = aceleração da gravidade, [m.s-2]; Q = descarga através da peneira, [m3.s-1]; A = área aberta efetiva submersa, [m2]. 2 2 1 A Q gC hL TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR PENEIRAMENTO PENEIRAS FINAS Os valores de C e de A dependem de fatores de projeto, como o tamanho da abertura, diâmetro do fio de entrelaçamento, área aberta, e devem ser obtidos experimentalmente. Um valor típico de C para uma peneira limpa é 0,6. Durante a operação, a perda de carga depende do tamanho e da quantidade de sólidos na água residual, o tamanho dos orifícios e do método e frequência de limpeza. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO E PENEIRAMENTO e) Remoção e destino do material retido e.1) Pequenas Instalações: Limpeza manual (rastelos). O material retirado é enterrado ou incinerado. Enterramento: recobrimento mínimo de 0,3 a 0,4 m de terra (evita maus odores e permite ação das bactérias). Incineração: Após redução da umidade para cerca de 60 a 65% (prensagem) e temperatura da ordem de 700oC (incineradores a gás, óleo ou carvão). e.2) Grandes Instalações: Remoção mecânica, seguida de incineração, digestão ou trituração. A digestão não tem apresentado resultados satisfatórios, mesmo quando misturando o material com o lodo dos digestores em ETE (Estações de Tratamento de Esgotos).A incineração é o método mais satisfatório para eliminação destes resíduos. A trituração apresenta problemas de manutenção dos equipamentos. Pode haver formação de espumas prejudiciais nos digestores e problemas de estética das instalações. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO E PENEIRAMENTO f) Detalhes para projeto Instalações mecanizadas devem ser projetadas com duas unidades ou com “by- pass” provido de grade simples. Largura do canal das grades deve igualar a própria largura das grades (sem espaços mortos). Canal de acesso suficientemente longo (evitarturbilhões junto às grades). Nas instalações com limpeza manual, o topo das barras se apoia em uma pequena plataforma (concreto), com dispositivo de drenagem e facilidade para retirada do material. Nas grades mecanizadas a limpeza pode ser contínua (maior consumo de energia e maior desgaste do mecanismo) ou automática, dispositivo regulado por flutuador (função da perda de carga na grade). O material retido pode ser conduzido a um recipiente para ser descartado ou ser encaminhado diretamente a um triturador (moinho) que devolve o material triturado à entrada da ETE. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO E PENEIRAMENTO g) Dimensionamento de uma grade O procedimento apresentado é baseado no Lora (3), usando a figura 4.1. Figura 4.1. Vista de uma grade de barras fixas Fonte: Lora (1978) TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO E PENEIRAMENTO g) Dimensionamento de uma grade b1o Dd1n 100 1 a no m r Va Q L ror LaA senLh rr bo Dnaa r m c ha Q V (4.4) (4.5) (4.6) (4.7) (4.8) (4.9) g2 VV g2 V5,0 h 2 c 2 n 2 n nronrm VLaVAQ (4.10) (4.11) TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO E PENEIRAMENTO g) Dimensionamento de uma grade Onde: ao = largura útil da grade, [m]; a = largura da grade, ou largura do canal, [m]; Ar = superfície útil da grade a montante, [m2]; n = número de barras d1 = separação centro a centro das barras, [cm]; Db = espessura ou diâmetro da barra, [cm]; Qm = vazão máxima, [m3.s-1]; Vn = velocidade entre as barras, [m.s-1]; Vc = velocidade do canal, [m.s-1]. hr = profundidade submersa da barra, m Lr = comprimento submerso da barra, m = ângulo da grade com a horizontal h = perda de carga, m g = aceleração da gravidade, m.s-2 TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR GRADEAMENTO E PENEIRAMENTO g) Dimensionamento de uma grade Os passos para o dimensionamento são os seguintes: PASSO 1 – Supor um número de barras n, sua espessura ou diâmetro Db, e sua separação d1 medida de centro a centro. Calcular a largura útil da barra ao mediante a equação (4.4). PASSO 2 – Fixar Vn. Calcular o comprimento submerso da grade Lr segundo a equação (4.5). Calcular a superfície submersa da grade a montante (Ar) pela equação (4.6). PASSO 3 – Fixar o ângulo de inclinação . Calcular o nível a montante da grade (hr) mediante a equação (4.7). PASSO 4 – Calcular Vc pelas equações (4.8) e (4.9) e comprovar se está dentro dos limites de 0,3 a 0,6 m.s-1 recomendados. Em caso contrário, repetir os cálculos, partindo de outras suposições. PASSO 5 – Calcular, finalmente, h, segundo a equação (4.10). TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR PENEIRAMENTO TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR PENEIRAMENTO TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR CAIXA DE GORDURA As caixas de gorduras tem o mesmo objetivo que um sistema de flotação, ou seja, a remoção de sólidos flutuantes e gorduras, através do processo natural de flotação, o que evita entupimentos em peneiras e outros equipamentos. Os sólidos e as gorduras mais leves que a água sobem a superfície ficando retidos no espaço de menor turbulência, entre a entrada e a saída. Para tal é recomendado um tempo de retenção na caixa que varia de 3 a 30 min. Este tempo deve ser determinado experimentalmente em laboratório. A eficiência deste sistema não é muito alta devido a simplicidade de construção. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR CAIXA DE GORDURA TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR FILTROS DE AREIA A filtração ocorre fazendo-se passar a água residual através de um leito filtrante composto de material granular (brita e areia). A contra-lavagem visa eliminar os sólidos em suspensão retidos no leito filtrante (limpeza). TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR FILTROS DE AREIA TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR EQUALIZAÇÃO A equalização dos efluentes líquidos é uma das operações básicas com a finalidade de uniformizar vazões e características dos banhos residuais, levando a uma auto neutralização. O efluente deve abandonar o tanque de modo contínuo e constante, conseguindo com isso um menor dimensionamento dos demais componentes do sistema depurador, com um menor consumo de produtos químicos posteriormente. Em certos tipos de indústrias, parte dos despejos são descartados em um intervalo de tempo reduzido e contínuo, e a não adoção de tanques de equalização levaria a unidades de tratamento bastante grandes. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR EQUALIZAÇÃO A equalização dos efluentes alcalinos e ácidos permite uma homogeneização dos mesmos, levando o pH final da mistura para valores entre 6,5 a 9,5. O dimensionamento do tanque de equalização é feito de modo a levar em conta os seguintes fatores: -O processo de mistura destas águas deve ser tal que a qualidade do efluente da unidade seja uniforme e evite a sedimentação dos sólidos em suspensão; - Deve ser evitado o desenvolvimento de fermentação anaeróbia. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR EQUALIZAÇÃO TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR EQUALIZAÇÃO PARÂMETROS DE PROJETO -Potência Mínima da bomba de agitação: 10 W/m³ - Volume do Tanque de equalização: 1,2 X Q diária TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR NEUTRALIZAÇÃO/COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO A neutralização do efluente é necessário para manter o pH numa faixa de 7 a 9, ideal para etapas de coagulação e floculação. Adiciona-se um álcali ou ácido num tanque provido de agitação rápida (tanque de neutralização/coagulação). A coagulação consiste em neutralizar a carga elétrica superficial que estabiliza as partículas coloidais tornando possível sua precipitação. O tanque de coagulação deve ter um tempo de residência de 5 a 10 minutos. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR NEUTRALIZAÇÃO/COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO A agitação deve ser lenta e as dosagens de polieletrólito variam de 0,5 a 5 ppm. Os polieletrólitos são originários de proteínas e polissacarídeos de natureza sintética. As dosagens ideais de coagulantes e floculantes devem ser determinadas experimentalmente, através de jar-test observando a qualidade e a quantidade do precipitado formado. TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR NEUTRALIZAÇÃO/COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR NEUTRALIZAÇÃO/COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR NEUTRALIZAÇÃO/COAGULAÇÃO E FLOCULAÇÃO Usada para separar sólidos ou líquidos não miscíveis e de baixa densidade que se encontram em suspensão e para concentrar sólidos biológicos. Utiliza-se pequenas bolhas de ar que formam uma camada em torno da partícula, reduzindo a sua massa específica e fazendo-a ascender até a superfície. É precedido de unidades API para separar o óleo livre. Aditivos químicos são comumente utilizados para ajudar o processo de flotação. Pode-se citar os sais férricos e de alumínio, a sílica ativada e vários polímeros orgânicos. Existem três métodos para adicionar ou criar borbulhas no meio: a) Injeção de ar enquanto o líquido está sob pressão, seguido de alívio da pressão (flotação a ar dissolvido); b) Aeração à pressão atmosférica (flotação a ar); c) Saturação com ar a pressão atmosférica, seguido da aplicação de um vácuo no líquido (flotação a vácuo). TRATAMENTO DE EFLUENTES TRATAMENTO PRELIMINAR FLOTAÇÃO É uma operação utilizada
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