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Conteudista: Prof. Esp. Acacio Barros
Revisão Textual: Prof.a Dra. Selma Aparecida Cesarin
Objetivo da Unidade:
Compreender as Recomendações Nutricionais de Macronutrientes e
Micronutrientes para a população idosa e as Recomendações Nutricionais que
ajudam a promover a saúde geral e o bem-estar dos idosos, auxiliando na
prevenção de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e
osteoporose, que são mais comuns nessa faixa etária.
📄 Material Teórico
📄 Material Complementar
📄 Referências
Recomendações Nutricionais para a Pessoa
Idosa
Introdução
Recomendações dietéticas e nutricionais referem-se a diretrizes ou a orientações nutricionais
fornecidas por Profissionais de Saúde, como Nutricionistas, Médicos ou outros especialistas,
para promover alimentação saudável e equilibrada. 
Essas recomendações são personalizadas de acordo com as necessidades individuais de cada
pessoa, levando em consideração fatores como idade, sexo, estado de saúde, condições médicas
pré-existentes, metas de saúde e atividade física, entre outros.
As recomendações dietéticas para idosos são essenciais para promover a saúde, o bem-estar e a
qualidade de vida nessa faixa etária e incluem não apenas as necessidades específicas de
nutrientes, mas também sua forma de escolha e preparo, além de Educação Alimentar sobre
alimentos saudáveis.
Recomendações Dietéticas para a Pessoa Idosa
A alimentação de idosos deve priorizar a quantidade de energia e de nutrientes que atendam às
suas necessidades, com maior ingestão de alimentos in natura, atenção especial à ingestão de
proteínas e minerais e baixa ingestão de açúcares e alimentos industrializados.
O Profissional da Área da Nutrição é o mais indicado para orientar seus pacientes a ter uma
alimentação equilibrada. Para nos alimentarmos bem, precisamos conhecer os alimentos e seus
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📄 Material Teórico
nutrientes e todos os Profissionais de Saúde devem conhecê-los para ter pensamento crítico no
âmbito da promoção da saúde e no aspecto curativo, para assim melhor auxiliar seus pacientes.
O aumento da expectativa de vida da população brasileira torna imprescindível que os
Profissionais da Saúde tenham clara e ampla compreensão das alterações metabólicas e
fisiológicas que ocorrem no decorrer do envelhecimento humano. 
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Valores de Referência
Os valores de referência nutricional são diretrizes estabelecidas para ajudar a orientar as
escolhas alimentares e avaliar a ingestão de nutrientes. Esses valores são baseados em
recomendações científicas e são utilizados para avaliar se a ingestão de nutrientes de uma
pessoa está adequada em relação às necessidades estimadas para a saúde e o bem-estar.
Leitura 
Alimentação Saudável para a Pessoa Idosa
Para auxiliar os Profissionais de Saúde a realizar Educação Alimentar e
Nutricional com pacientes idosos, a Cartilha indicada é uma
ferramenta muito interessante. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/alimentacao_saudavel_idosa_profissionais_saude.pdf
As Diretrizes Nutricionais indicadoras de consumo nutricional apresentadas pelo Institute of
Medicine dos Estados Unidos, em colaboração com a agência Health Canada, desde 1997, são
conhecidas como Dietary Reference Intakes (DRIs), em Português, IDR – Ingestão Diária
Recomendada (IDRs). Elas permitem o monitoramento, a avaliação e o planejamento de dietas
adequadas, que utilizam seus valores de referência de macro e micronutrientes. 
As IDRs são divididas em seis várias categorias, com objetivos de uso específicos, conforme
descritos a seguir (INSTITUTE OF MEDICINE, 2002):
Considerando as particularidades da população idosa, no que se refere à energia e aos
nutrientes, o Instituto de Medicina dos Estados Unidos, que publicou as DRIs, propôs valores
Necessidade Média Estimada (EAR): valor de estimativa média da quantidade diária
de um nutriente que atenderia às necessidades de metade das pessoas saudáveis em
uma população específica, como um grupo de idade e sexo;
Ingestão Diária Recomendada (IDR): refere-se à quantidade média de um nutriente
específico que atende às necessidades da maioria das pessoas saudáveis em
determinada faixa etária e sexo;
Ingestão Adequada (IA): quando não há dados suficientes para estabelecer uma IDR,
a IA é uma estimativa da quantidade de um nutriente que provavelmente é suficiente
para manter a saúde;
Limite Superior Tolerável (UL): é o nível máximo de ingestão de um nutriente que,
na maioria das pessoas, não representa risco de efeitos adversos à saúde;
Necessidade Energética Estimada (NE): valor médio de ingestão de energia
proveniente da alimentação necessária para a manutenção do balanço energético de
indivíduos saudáveis;
Faixa de distribuição aceitável de macronutrientes: representa a faixa de ingestão
adequada de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras), que são
associados ao risco reduzido de doenças crônicas decorrentes da ingestão de
nutrientes essenciais.
específicos. Para o planejamento dietético do paciente idoso, as DRIs devem ser utilizadas na
avaliação da adequação aparente da ingestão do indivíduo, de modo que ele mantenha um estado
nutricional adequado.
Necessidade Energética
Com o envelhecimento, naturalmente ocorre uma redução no metabolismo basal, especialmente
atribuída à diminuição das células musculares metabolicamente ativas. O metabolismo basal
representa a quantidade de energia necessária para manter funções corporais essenciais em
repouso. Assim, com o passar dos anos, necessitamos de menor quantidade de calorias diárias
para manter nosso corpo. Alguns fatores contribuem para a redução da necessidade energética
da pessoa idosa, sendo os mais importantes:
As recomendações gerais para a ingestão calórica nos idosos podem variar, dependendo da
idade, do sexo e do nível de atividade física da pessoa idosa. Segundo consenso da OMS, a
ingestão energética em idosos deve ser de 30kcal/kg/dia, mas esse valor deve ser
individualmente ajustado quanto ao estado nutricional, ao nível de atividade física e às condições
de doenças.
Em geral, para os idosos, uma ingestão calórica diária adequada é minimamente cerca de 1.600 a
2.200 calorias para mulheres e entre 2.000 a 2.400 calorias para homens.
O organismo da pessoa idosa tem menor porcentagem de massa magra e apresenta
maior quantidade de tecido adiposo. O tecido adiposo é metabolicamente mais
inativo e não queima calorias com tanta rapidez;
A taxa metabólica basal diminui 2% a cada década de vida, após 25 anos de idade, o
que contribui para o aumento do peso, quando consumida a mesma ingestão
calórica que na juventude;
Aumento do sedentarismo, com o passar da idade, aliado à dificuldade em realizar
atividades físicas devido a perda funcional.
Mais especificamente, podem ser utilizadas fórmulas para chegar ao valor mais adequado
individualmente. Essas fórmulas para calcular as necessidades energéticas variam com base em
diferentes métodos de avaliação e em função de várias variáveis, incluindo idade, sexo, peso,
altura, nível de atividade física e composição corporal. 
Para calcular as necessidades energéticas, é usada a Taxa de Metabolismo Basal (TMB), e deve-
se multiplicá-la pelo Fator de Atividade Física (FAF).
A fórmula geral para calcular a Taxa de Metabolismo Basal (TMB) mais comumente utilizada é a
Equação de Harris-Benedict para homens e mulheres idosos, descrita na Tabela a seguir:
Tabela 1 – Equação de Harris-Benedict para cálculo da Taxa Metabólica Basal (TMB)
Cálculo da TMB
Homens Mulheres
TMB = 88,362 + (13,397 x peso
em kg) + (4,799 x altura em cm)
- (5,677 x idade em anos)
TMB = 447,593 + (9,247 x peso
em kg) + (3,098 x altura em cm)
- (4,330 x idade em anos)
Fonte: Adaptada de COSTA et al., 2012
Após calcular a TMB, você deve multiplicá-la pelo Fator de Atividade Física (FAF) para levar em
consideração o nível de atividade física e, assim, determinar o Gasto Energético Total da pessoa(GET):
Sedentário (pouco ou nenhum exercício): TMB x 1,2;
Levemente ativo (exercício leve ou esportes 1-3 dias por semana): TMB x 1,375;
Essas fórmulas fornecem apenas estimativas aproximadas das necessidades energéticas e as
necessidades individuais podem variar. Recomenda-se que o nutricionista avalie as
necessidades específicas de uma pessoa idosa para fornecer orientações personalizadas.
Vamos exemplificar?
Uma mulher idosa, com 64 anos de idade, 1,69m de altura e 70kg está fazendo caminhadas de 30
minutos ao menos 3 vezes na semana. Para elaborar seu Plano Alimentar, como devemos
calcular seu gasto energético diário?
Para calcular a Taxa Metabólica Basal:
TMB = 447,593 + (9,247 x 70) + (3,098 x 169) - (4,330 x 64)
TMB = 447,593 + 647,29 + 523,562 – 277,12
TMB = 1.618,445 - 277,12
TMB = 1.341,325 kcal
Para calcular o Gasto Energético Total ou GET:
Moderadamente ativo (exercício moderado ou esportes 3-5 dias por semana): TMB
x 1,55;
Muito ativo (exercício intenso ou esportes 6-7 dias por semana): TMB x 1,725;
Extra ativo (atividade física muito intensa e trabalho físico): TMB x 1,9.
GET = TMB x FAF
GET = 1.341,325 x 1,375
GET = 1.844,321 kcal
O gasto energético total da paciente é de 1.844 calorias por dia e seu Plano Alimentar deve levar
esse valor em consideração.
Ingestão Recomendada de Água
A água é um fluido corporal constituinte do corpo humano e elemento primordial para a vida de
todos os seres vivos. Considerada um macronutriente pela nutrição, deve ser ingerida em
grandes quantidades e com atenção redobrada em pacientes idosos, vez que esse grupo de
pessoas tende a esquecer de beber água devido ao declínio da sensação de sede, e é mais
susceptível a desidratação.
O envelhecimento biológico acarreta a diminuição de líquido intracelular e, consequentemente,
do líquido corporal no corpo. Se entre os mais jovens a porcentagem de água corporal é de cerca
de 70%, ela é em média 50% do peso do corpo dos idosos. Essa menor quantidade deve ser um
sinal de alerta, pois a desidratação na pessoa idosa pode ser mais prejudicial. Como a
desidratação após os 60 anos acontece muito mais rapidamente, e há maior probabilidade de
alterações renais. Assim, a ingestão de líquidos deve acontecer, obrigatoriamente, a cada duas
horas – ou menos.
Figura 1 – Idosa bebendo água
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: foto de uma mulher idosa, branca, com cabelos grisalhos e
blusa marrom, segurando um copo de vidro com água, na mão esquerda. Fim da
descrição.
Não é fome, é sede.
Dependendo da hidratação da pessoa, o cérebro humano pode interpretar os sinais de sede
como sinais de fome, levando as pessoas a comerem, quando na verdade estão desidratadas.
Essa confusão pode acontecer porque os sinais de sede e fome são regulados por áreas próximas
no cérebro. Quando o corpo está desidratado, pode enviar sinais de que algo está faltando, e
esses sinais podem ser interpretados como fome. Como resultado, uma pessoa pode comer
quando na verdade o que seu corpo precisa é de água.
Para evitar essa confusão, é importante prestar atenção aos sinais do corpo. Se alguém sentir
fome logo após ter comido recentemente ou se estiver experimentando sensações de fome
repentina, pode ser útil beber um copo de água e esperar alguns minutos para ver se a sensação
de fome diminui. Isso pode ajudar a determinar se a necessidade era realmente de hidratação em
vez de comida.
Considerando os fatores descritos, a pessoa idosa, seus familiares e seus cuidadores devem ser
bem orientados sobre a importância da ingestão adequada de água. A recomendação geral é de
3,7l/dia para homens e 2,7l/dia para mulheres. Essa quantidade ideal também pode ser calculada
a partir do cálculo de 35ml multiplicado pelo peso corporal (kg). 
Os idosos estão em maior risco de desidratação devido a várias razões, incluindo a diminuição da
capacidade de sentir sede, mudanças no corpo relacionadas à idade e a possibilidade de ter
condições médicas que afetam a hidratação. Reconhecer os sinais e os sintomas de desidratação
em idosos é crucial para prevenir complicações. 
Os sinais comuns devem ser verificados no exame físico e na anamnese e incluem:
Língua saburrosa e mais seca;
Maçãs do rosto mais fundas;
Diminuição da sensação de sede relatada;
Cor da urina e urina concentrada;
Valores bioquímicos da ureia acima de 60mg/dl;
É importante observar que os idosos podem não apresentar sede como sinal de desidratação,
portanto, é fundamental monitorar outros sinais e sintomas. Assim, na presença de um ou mais
desses fatores, há necessidade de registro e de memorização de ingestão de água para que os
cuidadores fiquem atentos. Além de monitorar o registro de água e sinais vitais, o nutricionista
pode incentivar a ingestão de alimentos com alto teor de líquidos como raspadinhas de gelo,
sopas e gelatinas caseiras com frutas.
Ingestão Recomendada de Carboidratos
A ingestão de carboidratos na dieta de um idoso é importante, assim como em qualquer outra
faixa etária, pois os carboidratos são uma fonte fundamental de energia para o corpo. No
entanto, a quantidade e o tipo de carboidratos podem variar, dependendo das necessidades
individuais, da saúde e do estilo de vida do idoso.
As necessidades de carboidratos podem variar de pessoa para pessoa, dependendo do nível de
atividade física, da saúde, do metabolismo e de outros fatores. Alguns idosos podem precisar de
mais carboidratos para sustentar suas atividades diárias, enquanto outros podem precisar de
quantidades menores, especialmente, se houver preocupações com diabetes ou controle de
peso.
Entretanto, apesar da individualidade, a proporção ideal de carboidratos na dieta de idosos deve
abranger cerca de 45 a 65% do total de energia consumida. Recomenda-se a ingestão de
Constipação recorrente;
Incontinência urinária;
Incapacidade de conseguir beber líquidos sem auxílio;
Patologias renais;
Náusea, vômito e desconforto gastrintestinal recorrentes.
130g/dia de carboidratos, de preferência provenientes de fontes integrais. Uma ingestão
inadequada de carboidratos pode resultar em perda muscular e diminuição do tecido
subcutâneo. Portanto, é preferível que os idosos optem por carboidratos complexos na dieta, a
fim de minimizar os picos de açúcar no sangue associados à intolerância à glicose, que se torna
mais comum com o avançar da idade.
A dieta da pessoa idosa deve prioritariamente conter fontes de carboidratos complexos e
integrais. Isso inclui alimentos como grãos integrais (arroz integral, quinoa, aveia), legumes,
frutas, vegetais ricos em amido (batata-doce, abóbora), feijões e lentilhas. Esses alimentos
fornecem fibras, vitaminas, minerais e energia de forma mais gradual, ajudando a manter os
níveis de açúcar no sangue mais estáveis.
Considerando a resistência à insulina e a alta prevalência de diabetes tipo II entre os idosos, a
pessoa idosa deve evitar o consumo excessivo de carboidratos simples, como açúcares
refinados e produtos processados ricos em açúcares adicionados. A ingestão diária de açúcares
não deve exceder 25% do Valor Calórico Total (VCT). 
Além dos carboidratos integrais, os de baixo índice glicêmico devem ser priorizados. Pesquisas e
guidelines sugerem que eles sejam consumidos com moderação e, sempre que possível,
substituídos por alimentos com Índice Glicêmico (IG) moderado (entre 56 e 69) ou baixo
(inferior a 56), e carga glicêmica (CG) moderada (entre 11 e 19) ou baixa (inferior a 11) (IOM,
2002).
É essencial garantir um equilíbrio entre os diferentes grupos alimentares. Os carboidratos
devem ser consumidos junto com proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais, para
uma dieta equilibrada.
Em caso de preocupações com a dieta ou saúde em geral, especialmente se houver condições
médicas específicas, é importante consultar um Nutricionista, Médico ou Profissional de Saúde
para obter orientações personalizadas sobre a ingestão de carboidratos e outras necessidades
nutricionais.Ingestão Recomendada de Proteínas
A ingestão adequada de proteínas é fundamental para os idosos, pois desempenha papel crucial
na manutenção da saúde e na prevenção da perda muscular, promovendo a força e a
recuperação. À medida que envelhecemos, o corpo pode ter maior necessidade de proteínas para
manter a massa muscular e óssea. Devem ser considerados como orientação os valores
aceitáveis de distribuição de macronutrientes pelo IOM (2002) que, no caso desse nutriente,
variam entre 10 e 35% do Valor Calórico Total (VCT). Estima-se que os idosos possam precisar
de 1,0 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal por dia para ajudar a preservar a massa
muscular. Para idosos que já tenham doenças agudas ou crônicas: 1,2 a 1,5g de proteínas/kg de
peso/dia. Para aqueles que visam a manter ou a obter ganho de massa muscular, a
recomendação é: 1,0 a 1,2g de proteínas/kg de peso/dia. Para aqueles já engajados em exercícios
de endurance ou de força: ≥ 1,2g de proteínas/kg de peso/dia.
É recomendável obter proteínas a partir de fontes variadas, incluindo carnes magras, aves,
peixes, ovos, laticínios, legumes, nozes e sementes. Optar por proteínas magras e fontes de
proteínas vegetais pode ser benéfico para a saúde cardíaca e geral. Além disso, distribuir a
ingestão de proteínas ao longo do dia, em todas as refeições, pode ser benéfico para maximizar a
síntese de proteínas e ajudar na manutenção muscular.
Além de manter a massa muscular, a ingestão adequada de proteínas pode ajudar na cicatrização
de feridas, fortalecer o sistema imunológico e promover a saúde óssea. Alguns idosos podem ter
condições de saúde, como doenças renais, que requerem restrições na ingestão de proteínas.
Nesses casos, é crucial consultar um Profissional de Saúde para orientações específicas.
Um bom parâmetro para avaliar a ingestão proteica e a necessidade do paciente idoso é o
Balanço nitrogenado. O Balanço nitrogenado é uma medida que avalia a diferença entre a
quantidade de Nitrogênio ingerida na forma de proteínas e a quantidade excretada na urina, nas
fezes e em outras formas do corpo. Essa diferença pode indicar se uma pessoa está retendo ou
perdendo proteína.
Nos idosos, o Balanço nitrogenado torna-se uma métrica relevante para monitorar a saúde e o
estado nutricional, especialmente, considerando que o envelhecimento está associado à perda
de massa muscular e outras mudanças no metabolismo.
Um Balanço nitrogenado positivo ocorre quando a ingestão de nitrogênio (geralmente
proveniente de proteínas na dieta) é maior do que a quantidade excretada, o que indica um
estado de retenção de proteínas e crescimento muscular. Por outro lado, um Balanço
nitrogenado negativo ocorre quando a excreção de Nitrogênio é maior que a ingestão, indicando
uma perda de proteínas do corpo.
Para os idosos, é crucial manter um balanço nitrogenado equilibrado para preservar a massa
muscular, a força e a saúde em geral. Dietas adequadas em proteínas, juntamente com um estilo
de vida ativo e exercícios físicos, ajudam a manter um balanço nitrogenado positivo,
contribuindo para a saúde muscular e óssea. A recomendação de 0,8h/kg de peso é bastante
debatida para idosos, por haver estudos que demonstraram que entre homens e mulheres com
idade entre 66 a 79 anos apresentaram perda de massa muscular ao ingerirem essa quantidade
de proteína. Para Campbel, os idosos devem aumentar a ingestão de proteínas em comparação
aos jovens adultos, pois, frequentemente, enfrentam inflamações agudas ou crônicas. Essas
condições são identificadas pela elevada produção de interleucina 1b e Fator de Necrose Tumoral
alfa (TNF-a), que podem induzir anorexia e um intenso processo de degradação proteica.
É importante ressaltar que outros fatores além da ingestão de proteínas podem influenciar no
Balanço nitrogenado em idosos, como condições de saúde subjacentes, medicamentos e níveis
gerais de atividade física. Portanto, para uma avaliação precisa do estado nutricional e do balanço
nitrogenado em idosos, é recomendável que um Profissional de Saúde, como um Nutricionista
ou um Médico, avalie individualmente cada caso.
Em certos casos, quando a ingestão de proteínas através da alimentação é insuficiente, os
suplementos proteicos podem ser recomendados, mas devem ser utilizados com orientação
profissional para evitar excessos. O acompanhamento com médico e nutricionista é importante
para evitar o excesso de proteínas devido à sobrecarga renal e ao aumento da excreção urinária
de cálcio. 
Ingestão Recomendada de Lipídios
As diretrizes nutricionais frequentemente recomendam que a ingestão de gorduras (lipídios) na
dieta seja controlada e equilibrada para manter a saúde, fornecendo energia, absorvendo
vitaminas lipossolúveis e desempenhando outros papéis importantes no organismo. As
recomendações gerais para a ingestão de gorduras costumam ser as apresentadas a seguir.
Em uma dieta saudável, sugere-se que as gorduras compreendam cerca de 20 a 35% das Calorias
Totais Consumidas Diariamente (VCT). Deve-se priorizar a ingestão de ácidos graxos
insaturados como os encontrados no azeite de oliva, no abacate, nas nozes e em peixes
gordurosos como salmão, sardinha e atum. Eles são benéficos para a saúde cardiovascular. Além
disso, incluir fontes de Ácidos Graxos Ômega-3 na dieta é benéfico para a saúde do coração e do
cérebro. Peixes gordurosos, sementes de linhaça, chia e nozes são boas fontes de Ômega-3.
Deve-se evitar o excesso devido ao comprometimento da digestão e da absorção de lipídeos.
Segundo a OMS (2003), a ingestão de ácidos graxos deve perfazer o total de 15 a 30% do valor
energético diário, sendo que menos de 10% desse valor deve ser de ácidos graxos saturados,
como manteiga, banha ou gorduras de produtos industrializados. A maior ingestão deve ser de
lipídios polinsaturados e monoinsaturados, como azeite, óleos sem fritura e Ômegas 3, 6 e 9. 
É recomendado limitar a ingestão de gorduras saturadas e trans, presentes em alimentos como
carnes gordurosas, laticínios integrais, produtos de panificação e fast food, pois estão
associadas a um maior risco de doenças cardiovasculares. Embora as gorduras sejam
importantes, consumi-las em excesso pode levar ao ganho de peso e a problemas de saúde. 
No processo de envelhecimento, muitas vezes, a sarcopenia é acompanhada de excesso de
gordura corporal, fenômeno conhecido como obesidade sarcopênica. Portanto, além da
recuperação da massa magra, também devem ser traçadas estratégias de perda de massa gorda
para tais indivíduos (BAUMGARTNER et al., 2006; BARBOSA et al., 2007). É importante lembrar-
se de que as necessidades nutricionais variam entre indivíduos e são influenciadas por vários
fatores, como idade, sexo, níveis de atividade física, condições de saúde e metabolismo.
Portanto, consultar um nutricionista ou profissional de saúde pode ser fundamental para
receber orientações específicas sobre a ingestão de gorduras, de acordo com suas necessidades
individuais.
Ingestão Recomendada de Fibras
A ingestão adequada de fibras é importante para pessoas de todas as idades, incluindo os idosos,
pois as fibras desempenham papel essencial na saúde digestiva, na prevenção de doenças e no
bem-estar geral. No entanto, as necessidades individuais podem variar dependendo de vários
fatores, incluindo o estado de saúde, a atividade física e a ingestão alimentar. Geralmente, as
recomendações para a ingestão de fibras em idosos são similares às recomendações para
adultos em geral.
As diretrizes nutricionais frequentemente recomendam que a ingestão diária de fibras para
adultos mais velhos normalmente gira em torno de 25 a 30g por dia. Há também a
recomendação de ingestão de 30g/dia para homens acima de 60 anos e 21g/dia para mulheres
acima de 60 anos. Pode-se também calcular a recomendação de ingestão individualmente no
Plano Alimentar, sendo 14g de fibras para cada 1.000kcal ingeridos. 
As fibras podem ser encontradas em frutas, legumes, grãos integrais,leguminosas (feijões,
lentilhas, ervilhas), nozes e sementes. Incluir uma variedade desses alimentos na dieta pode
ajudar a atender às necessidades de fibras. Sua ingestão é importante, pois elas auxiliam no
funcionamento regular do intestino, ajudam a prevenir a constipação, reduzem o risco de
doenças cardíacas, controlam os níveis de açúcar no sangue e auxiliam no controle do peso.
É importante consumir líquidos suficientes ao aumentar a ingestão de fibras, pois a água ajuda a
fibras a passarem pelo sistema digestivo de forma mais eficiente. Tem importante papel para
minimizar os efeitos da constipação frequente nas pessoas idosas além de auxiliar no controle
de glicemia e reduzir níveis de colesterol. 
Ingestão Recomendada de Vitaminas
Quando examinamos as diretrizes para a ingestão de vitaminas, é inquestionável que os idosos
representam um grupo de risco devido às mudanças morfológicas e fisiológicas, bem como aos
aspectos econômicos e sociais previamente discutidos. A ingestão adequada de vitaminas é
crucial para a saúde e o bem-estar dos idosos, já que as vitaminas desempenham papéis vitais
em várias funções do organismo, incluindo a saúde óssea, a imunidade, a função cognitiva e a
saúde cardiovascular. 
Fundamental para a saúde óssea e a absorção de cálcio, a Vitamina D é uma das vitaminas mais
importantes a ser acompanhada na avaliação clínica do paciente idoso. A exposição ao Sol e a
suplementação são formas de obtê-la. Recomenda-se a ingestão de 600 a 800UI (Unidades
Internacionais) por dia para adultos mais velhos.
A Vitamina B12 é importante para a saúde do Sistema Nervoso e a formação de células
sanguíneas. A capacidade de absorver vitamina B12 pode diminuir com a idade, e muitos idosos
podem necessitar de suplementação. A deficiência de Vitamina B12 pode ocasionar Anemia
Megaloblástica e sintomas neurológicos desmielinizantes, com danos irreversíveis aos nervos e
neuropatia periférica, além de ter forte efeito protetor sobre o declínio cognitivo em idosos. A
dose e o tipo de suplemento devem ser determinados por um profissional de saúde.
Já a vitamina C pouco exige suplementação. Ela age no sistema imunológico e auxilia na
absorção de ferro. Uma dieta equilibrada com frutas cítricas, morangos, kiwi, pimentões e
vegetais folhosos pode ajudar a atender às necessidades de vitamina C.
Vitaminas do complexo B – As vitaminas B, como Tiamina (B1), Riboflavina (B2), Niacina (B3),
Ácido Pantotênico (B5), Piridoxina (B6), Ácido Fólico (B9) E Biotina (B7), são importantes para
o metabolismo energético, função cognitiva e formação de células sanguíneas. Uma dieta
equilibrada com grãos integrais, carne magra, peixes, ovos, laticínios e vegetais pode ajudar a
garantir a ingestão adequada.
A vitamina A atua na saúde dos olhos, na pele e no sistema imunológico. Fontes alimentares
incluem vegetais de cor laranja ou verde escuro, como cenoura, abóbora, espinafre e batata doce.
É importante que os idosos obtenham vitaminas essenciais por meio de uma dieta equilibrada e
variada. No entanto, em alguns casos, a suplementação pode ser necessária, especialmente, se
houver deficiências ou dificuldades de absorção de nutrientes. Antes de iniciar qualquer
suplementação, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde para determinar
as necessidades individuais e a dosagem adequada, pois o excesso de algumas vitaminas pode
ter efeitos adversos.
Já a vitamina E tem especial importância na prevenção de danos nas membranas celulares, além
de haver pesquisas que relacionam sua suplementação à redução da progressão da Doença de
Alzheimer.
Ingestão Recomendada de Minerais
Os minerais são categorizados em diferentes grupos: os macrominerais, cujas recomendações
diárias excedem 100mg, sendo os principais o cálcio, o magnésio e o fósforo e os
microminerais, que têm recomendações inferiores a essa quantidade e incluem o ferro, o zinco,
o selênio, o cromo e o iodo. Além desses, há os minerais, cuja essencialidade ainda não foi
comprovada, como boro, vanádio, silício e estanho e, ainda, os minerais considerados tóxicos
(tais como chumbo, mercúrio, cádmio, arsênico, lítio, alumínio e bário).
Entre os minerais, cálcio, zinco, ferro e potássio são aqueles que não podem faltar na
alimentação do idoso. Entretanto, todos os minerais devem ser priorizados e oriundos de boas
fontes alimentares. Mas se não for possível, a suplementação também pode ser eficiente.
O cálcio, fundamental para a manutenção de ossos, de acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS), deve ter sua ingestão entre 1200 a 1500mg ao dia. Essa necessidade se dá pela
menor absorção do nutriente e maior carência dele na pessoa idosa. Devido a essas alterações
fisiológicas, a incidência de osteoporose é aumentada em idosos e são indispensáveis alimentos
ricos em cálcio na dieta da pessoa idosa, já que ele é um dos principais responsáveis por manter
os ossos fortes. 
A ingestão adequada de zinco é crucial para a saúde dos idosos, pois o zinco desempenha papel
fundamental em várias funções do organismo, incluindo o sistema imunológico, a cicatrização
de feridas, a função cognitiva, a saúde da pele e a manutenção do paladar e do olfato. As
necessidades de zinco para os idosos geralmente variam de 8 a 11 miligramas (mg) por dia, para
homens e mulheres. 
O zinco pode ser obtido de alimentos como carne vermelha, aves, peixes, laticínios, nozes,
sementes e grãos integrais. Incluir uma variedade desses alimentos na dieta pode ajudar a
atender às necessidades de zinco. Em alguns casos, idosos podem necessitar de suplementos de
zinco para atender às suas necessidades, especialmente se tiverem deficiência desse mineral. No
entanto, é crucial buscar orientação médica ou nutricional antes de iniciar qualquer
suplementação para determinar a necessidade e a dosagem adequada, pois o excesso de zinco
pode ter efeitos adversos.
Outro mineral que exige atenção em sua ingestão é o ferro. A anemia por deficiência de ferro é
uma condição comum em idosos e ocorre quando o corpo não tem ferro suficiente para produzir
hemoglobina, uma proteína dos glóbulos vermelhos que transporta oxigênio para os tecidos do
corpo. Os idosos são particularmente propensos à anemia por deficiência de ferro devido a
várias razões, incluindo uma ingestão inadequada de ferro na dieta, má absorção de ferro devido
a problemas gastrointestinais, sangramento crônico (como úlceras) e também alterações
hormonais.
A Ingestão Diária Recomendada (RDA) de ferro é estipulada em 8,0mg/dia para idosos de ambos
os sexos, mas é fundamental observar na anamnese do paciente fatores que possam prejudicar
sua absorção, como a forma química ingerida (ferro heme e não heme), ingestão simultânea de
cálcio e ferro e uso de medicamentos antiácidos com frequência que podem alterar o pH
intestinal e prejudicar a absorção de ferro. 
Por fim, o potássio também é um macromineral importante na saúde da pessoa idosa. Ele é
essencial para a função muscular e a saúde do coração. Recomenda-se ingestão diária de
potássio de aproximadamente 3400 a 4700mg para adultos mais velhos, dependendo de fatores
individuais e de condições de saúde.
A seguir, apresentamos a Tabela com as recomendações dos macronutrientes e dos
micronutrientes que requerem maior atenção na saúde da pessoa idosa.
Tabela 2 – Porções diárias recomendadas de macronutrientes e de micronutrientes para
pessoas com mais de 50 anos de idade
Homens Mulheres
Proteínas (g) 50 46
Homens Mulheres
Carboidratos (g) 100 100
Vitamina A (mg) 900 700
Vitamina D (IU) 400 400
Vitamina E (IU) 15 15
Vitamina C (mg) 90 75
Tiamina (mg) 1,2 1,1
Riboflavina (mg) 1,3 1,1
Niacina (mg) 16 14
Piridoxina (mg) 1,7 1,5
Folato (mcg) 400 400
Vitamina B12 (mg) 2,4 2,4
Cálcio (mg) 1.200 1.200
Iodo (mg) 150 150
Ferro (mg) 8 8
Homens Mulheres
Magnésio (mg) 420 320
Fósforo (mg) 700 700
Zinco (mg) 11 8
Fonte: Adaptada de ELIOPOULOS, 2019
Elaborar um Plano Alimentar adequado queatenda às recomendações de ingestão diária
recomendada e que também seja acessível ao poder aquisitivo dos idosos que vivem no Brasil
não é uma tarefa fácil. Essa responsabilidade é de todos os Profissionais de Saúde, mas
especialmente dos nutricionistas, que visam a assegurar um dos direitos humanos
fundamentais: a alimentação composta por nutrientes em quantidades suficientes para manter
ou recuperar a saúde. 
Alimentação Via Enteral e Parenteral para Pessoas
Idosas
A Terapia Nutricional em idosos é um campo essencial da prática clínica, que se concentra em
avaliar, planejar e administrar estratégias alimentares específicas para atender às necessidades
nutricionais desses indivíduos. Isso pode ser crucial para preservar a saúde, prevenir doenças e
melhorar a qualidade de vida nessa faixa etária. Algumas situações comuns que podem requerer
intervenção de terapia nutricional em idosos incluem desnutrição ou baixo peso, doenças
crônicas, recuperação pós-cirúrgica ou doença e gestão de peso. 
A Terapia Nutricional por meio de planos alimentares e ingestão oral pode não ser alcançada. No
entanto, quando as necessidades nutricionais não podem ser alcançadas exclusivamente por via
oral ou na impossibilidade de utilizar essa via, a Terapia Nutricional Enteral é recomendada
(Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral et al., 2011). A nutrição enteral ou
parenteral é prescrita para pacientes desnutridos ou em risco de desnutrição, cuja capacidade de
absorção está preservada ou parcialmente comprometida, e cuja alimentação oral não consegue
fornecer a quantidade adequada de nutrientes.
A alimentação por via enteral e parenteral é um método utilizado quando a nutrição oral não é
viável ou insuficiente para atender às necessidades nutricionais dos idosos. Ambos os métodos
são alternativas para fornecer nutrientes essenciais quando há dificuldades na alimentação oral
devido a problemas de saúde, dificuldades de deglutição, distúrbios gastrointestinais, ou outras
condições médicas.
A Nutrição Enteral (NE) é uma alternativa de Terapia Alimentar para nutrir pessoas que não
podem ou não conseguem se alimentar utilizando todo o sistema gastrointestinal, desde a boca.
Esse método envolve a administração de nutrientes diretamente no trato gastrointestinal, pode
ser posicionada via nasal (no nariz) ou oral (na boca) ou, ainda, implantada por procedimento
cirúrgico, realizado pelo médico, no estômago, no duodeno ou no jejuno, por meio de
gastrostomia ou jejunostomia. O alimento, dieta líquida caseira ou industrializada, é
administrado ao paciente por meio de uma sonda fina, um tubo fino, macio e flexível, e que leva
a dieta líquida diretamente para o estômago ou para o intestino. Isso permite a entrega de uma
fórmula líquida contendo todos os nutrientes essenciais. 
Os micronutrientes, especialmente os minerais, devem ter atenção especial na nutrição enteral,
sendo que os três primeiros dias de NE ou NP em idosos desnutridos devem ser acompanhados
dos níveis sanguíneos de fosfato, magnésio, potássio e tiamina, que devem ser suplementados
mesmo em caso de deficiência leve.
Figura 2 – Nutrição enteral com tubos nasogástrico e
orogástrico
Fonte: Adaptada de Getty Images
#ParaTodosVerem: duas imagens representativas de uma pessoa de perfil, na
cor bege, com a boca, o esôfago e o estômago em vermelho. Na imagem, à
esquerda, um cano azul está colocado desde o nariz até o estômago. Na imagem
da direita, o cano azul está posicionado desde a boca até o estômago. Fim da
descrição.
O uso da sonda nasogástrica para nutrição enteral deve ser até 4 semanas. Quando a duração
prevista for superior a esse período, deve ser realizada a gastrostomia endoscópica. Esse é um
procedimento no qual a sonda flexível de alimentação é passada ao estômago através da parede
do abdome e permite que a dieta seja colocada diretamente no estômago, com o auxílio de
seringa e tubos, sem passar pela boca e pelo esôfago, conforme Figura a seguir.
Figura 3 – Administração de dieta por Gastrostomia
Endoscópica
Fonte: Adaptada de Freepik
#ParaTodosVerem: três imagens representativas de uma pessoa de frente, em
cor cinza, segurando uma seringa, com um tubo na mão. Na figura humana, à
esquerda, a seringa ainda não está acoplada ao tubo. Na imagem do meio, a
seringa está ligada ao tubo e nela é despejado um líquido azul. Na imagem à
direita, o êmbolo da seringa é pressionado para que o líquido azul flua pelo tubo,
até o corpo, na altura da barriga, diretamente para o estômago. Fim da descrição.
Já na Alimentação Parenteral, os nutrientes são administrados diretamente na corrente
sanguínea, contornando o trato gastrointestinal. Envolve a inserção de uma sonda ou cateter em
uma veia central, geralmente, no peito. Esse método é utilizado quando o trato gastrointestinal
não consegue absorver nutrientes adequadamente.
Para os idosos, esses métodos podem ser necessários em casos de condições médicas graves,
incapacidades de deglutição prolongadas ou quando a nutrição oral não é suficiente para atender
às necessidades nutricionais. Muitos, inclusive, recebem essa terapêutica alimentar em
domicílio, depois de cirurgias e tratamentos de câncer.
É importante ressaltar que a implementação desses métodos requer avaliação médica detalhada,
planejamento nutricional individualizado e supervisão contínua por Profissionais de Saúde,
como Nutricionistas e Médicos. Além disso, essas intervenções devem ser realizadas
considerando as preferências e o bem-estar do paciente.
Figura 4 – Alimentação via Nutrição Enteral
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: duas mãos com luvas de látex roxa, dispostas sobre uma
superfície com toalha cirúrgica verde, despejando um líquido marrom de uma
garrafa para um tubo plástico transparente de nutrição enteral. Ao lado direito
das mãos, há tubos finos e seringas. Fim da descrição.
O objetivo principal é garantir que os idosos recebam a quantidade adequada de nutrientes para
manter sua saúde e qualidade de vida, enquanto se minimizam os riscos associados a essas
formas de alimentação artificial.
A alimentação saudável após os 60 anos pouco muda em relação à toda a vida do ser humano.
Entretanto, embora os princípios básicos de uma dieta saudável possam se manter consistentes
ao longo da vida, é importante considerar as mudanças físicas, nutricionais e de saúde que
ocorrem com o envelhecimento para garantir uma alimentação adequada e saudável nessa fase
da vida. 
Um Profissional de Saúde ou Nutricionista pode fornecer orientações específicas e
personalizadas para uma dieta equilibrada e adequada para os mais velhos, que deve ser baseada
em vegetais e alimentos in natura, aliada ao estilo de vida saudável.
Figura 5 – Divisão do Prato Ideal em nutrientes
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: foto de um prato branco redondo, disposto sobre uma
mesa, acompanhado de um recipiente branco com grãos, ao lado direito um
garfo e uma colher e ao lado esquerdo do prato um pano cinza na diagonal. O
prato contém muitos alimentos e vegetais coloridos. Da esquerda para a direita,
em sentido horário, estão dispostos, no prato, tomate, frango em cubos, salada
de folhas verdes, abacate, cenoura ralada, pepino, arroz integral e no centro
brotos de feijão. Fim da descrição.
O papel do Nutricionista é bem específico na promoção de uma alimentação saudável e
fundamental para garantir a manutenção da saúde e da qualidade de vida nessa fase da vida.
Alguns aspectos-chave incluem a Avaliação Nutricional adequada, a elaboração de Planos
Alimentares personalizados e de acordo com as diretrizes, apoio na adaptação alimentar para
idosos com dificuldades de mastigação, deglutição ou digestão e monitoramento e ajustes do
acompanhamento nutricional regular, além de intervenção em caso de Terapia Nutricional. 
Em resumo, o profissional nutricionista desempenha um papel crucial na promoção da
alimentação saudável em idosos, fornecendo orientações nutricionais personalizadas,
promovendoescolhas alimentares adequadas e contribuindo para a saúde e o bem-estar da
pessoa idosa.
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Livro  
Sarcopenia and Sarcopenic-Obesit
BAUMGARTNER, R. N.; WATERS, D. L. Sarcopenia and sarcopenic-obesity. Principles and practice
of geriatric medicine, p. 909-933, 2006.
  Vídeo  
Protocolo de Uso do Guia Alimentar – Idosos
Página 2 de 3
📄 Material Complementar
  Leitura  
Guia Multiprofissional de Orientação para Pacientes e Uso de
Nutrição Enteral Domiciliar
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
Educação em Saúde no Manejo da Nutrição Enteral em
Idosos: uma Revisão de Escopo
Clique no botão para conferir o conteúdo.
Protocolos de uso do Guia Alimentar - IdososProtocolos de uso do Guia Alimentar - Idosos
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hu-univasf/saude/GuiaNutrioEnteral2.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=fOJn_0XDrZs
ACESSE
ESPEN Publica Diretrizes para Nutrição em Geriatria
Clique no botão para conferir o conteúdo.
ACESSE
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31035
https://prodiet.com.br/blog/espen-publica-diretrizes-para-nutricao-em-geriatria/
CAMPBELL, W. W. Dietary protein requirements for old people: is the RDA adequate? Nutrition
Today, v.31, n.5, p.192-97, 1996.
CAMPBELL, W. W. et al. The recommended dietary allowance for protein may not be adequate for
older people to maintain skeletal muscle. J. Gerontol. A. Biol. Sci. Med. Sci., v.56, n.6, p.M373-80,
2001.
BARBOSA, L. V. Treinamento com pesos na prevenção da sarcopenia em idosos. Biblioteca
Digital da UNICAMP, p. 11, 2007.
BAUMGARTNER, R. N.; WATERS, D. L. Sarcopenia and sarcopenic-obesity. Principles and practice
of geriatric medicine, p. 909-933, 2006.
COSTA, N. A., MARINHO, A. D., CANÇADO, L. R. Nutritional requirements of the critically ill patient.
Rev. Bras. Ter. Intensiva 2012; 24: 270-277.
ELIOPOULOS, C. Enfermagem Gerontológica. São Paulo: Artmed, 2019. 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estudos e Pesquisas Informação
Demográfica e Socioeconômica. Síntese de Indicadores Sociais: Uma Análise das Condições de
Vida da População Brasileira. [S.l.]: IBGE, 2010.
IOM - INSTITUTE of Medicine. Dietary Reference Intakes: Applications in Dietary assessment.
Washington, D. C.: National Academy Press, 2000. 
Página 3 de 3
📄 Referências
IOM - INSTITUTE of Medicine. Food and nutrition board. Dietary Reference Intakes for Energy,
Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty Acids, Cholesterol, Protein and Amino Acids. Washington: National
Academy Press, 2002. 
MARTIN, C. A. et al. Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e
ocorrência em alimentos. Rev. Nutr., [S.l.], v. 19, n. 6, p. 761-770, 2006. 
MARUCCI, M. F. Alimentação e hidratação: cuidados específicos e sua relação com o contexto
familiar. In: DUARTE, Y. A. O.; DIOGO, M. J. D. E. Atendimento Domiciliar: um Enfoque
Gerontológico. São Paulo: Atheneu, 2000.
MARUCCI, M. F. N.; GOMES, M. M. B. C.; PINOTTI-ALVES, R. Nutrição em gerontologia. In: SILVA,
S. M .C. S.; MURA, J. D. A. P. (org.). Tratado de Alimentação, Nutrição & Dietoterapia. 2. ed. São
Paulo: Roca, 2011.
OMS, Organização Mundial de Saúde. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases: report
of a Joint WHO/FAO Expert Consultation. WHO Technical Report Series, No. 916. Geneva: World
Health Organization; 2003.
SOCIEDADE Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral et al. Diretrizes Brasileiras em Terapia
Nutricional (Di-ten). 2011. Disponível em: . Acesso em:
11/01/2024.

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