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Cirurgia (2) Anamnese sugerida -Alergia a medicamentos ou anestésicos -Angina, infarto do miocárdio, endocardite, sopro ou outras condições cardíacas -Anticoagulante -Anticoncepcionais -Asma e outras doenças pulmonares -Cirurgias previas ou internações hospitalares -Diabetes -Distúrbios hematológicos -Doenças gastrintestinais -Doença renal -Doenças neurológicas -Doenças sexualmente transmissíveis -Gravidez ou amamentação -Hábitos (Tabagismo, alcoolismo, drogas ilícitas) -Hepatite -Hipertensão arterial -Medicamento de uso contínuo -Osteoporose, osteopenia e uso de medicações para essas condições -Próteses articulares -Tratamento odontológico prévio, incluindo anestesia local e extração Exames pré-operatórios Imagem -Periapical, panorâmica, oclusal e as técnicas de localização (Clark) -Tomografia: Tomografia de feixe cônico (Cone-beam) -Ressonância magnética nuclear: Tumores -Ultrassonografia, cintigrafia, arteriografia e sialografia Laboratoriais -Para cirurgias ambulatoriais extensas ou cirurgias em ambiente hospitalar, costuma-se solicitar hemograma, coagulograma completo, glicemia em jejum, ureia, creatina e urina 1 -Descartar alterações graves que possam interferir no tratamento proposto Necessidades básicas para cirurgia Principais Exigências -Visibilidade adequada (Luz, auxiliar com sugador, confeccionar um retalho) -Acesso apropriado (Abertura de boca, exposição cirúrgica adequada, retalho cirúrgicos) -iluminação suficiente -Campo cirúrgico livre de fluido (Sugador) Tempos fundamentais da cirurgia Diérese: -Dividir -Ato pelo qual o cirurgião separa, divide os tecidos, abrindo caminho para se chegar aos planos mais profundos, e atingir, por meio deste primeiro passo, o objetivo da cirurgia Tipos de diérese -Punção -Incisão Punção: Realizada por meio de agulhas ou trocartes. -Penetram nos tecidos separando-os sem seccioná-los. -Remover substâncias liquidas (Agulha) ou mais espessa (Trocarte) para fins diagnósticos Incisão: Ocorre o corte do tecido -Usar lâmina afiada de tamanho apropriado -Realizar uma incisão firme e continua -Não atingir estruturas vitais -Incisões com bisturi perpendicular à superfície (Segurar como se fosse uma caneta) -Incisar em gengiva inserida ou sulco gengival, sobre osso saudável (Nunca em tecido inflamado) Planejamento do retalho -Retalhos cirúrgicos são feitos para ganhar acesso cirúrgico a uma área ou para mover tecidos de uma região para outro -Prevenir as complicações de cirurgias a retalhos como necrose, decência e dilaceração Prevenção da necrose do retalho -Ápice (Ponta – cervical do dente) do retalho nunca deve ser mais largo do que a base, a menos que uma artéria principal esteja presente na base -Retalhos devem possuir lados que ocorram paralelos entre si ou, preferencialmente, que sejam convergentes da base para o ápice do retalho -A base do retalho deve ser aproximadamente o dobro da incisão de alívio (X = 2Y) -O objetivo da incisão relaxante é aliviar a tensão dos tecidos -Quando possível, o suprimento sanguíneo axial deve ser incluído na base do retalho -A base dos retalhos não deve ser excessivamente torcida, esticadas ou apertada com nada que possa danificar vasos *Incisão de alívio: Pular um dente a frente e realizar a incisão (Mais fácil de suturar) -Ex: Na exodontia de 3° molar, fazer a relaxante na mesial do 2° molar *Incisão de alívio + sulcular + retilínea = Retalho em L Prevenção da deiscência do retalho -Prevenida pela aproximação das bordas do retalho sobre osso saudável pela manipulação cuidadosa das bordas do retalho e ao não submeter o retalho à tensão -A deiscência expõe o osso subjacente, produz dor, perda óssea e fibrose excessiva *Deiscência: abertura dos pontos ou da cicatriz após a sutura Divulsão: Afastamento dos tecidos (Sem seccioná-los), por meio de tesouras ou pinças rombas -Instrumento penetrado, fechado, dentro do tecido a ser separado e logo após esta manobra é feita sua abertura proporcionando a “divulsão” e o afastamento dos tecidos -Descolamento dos tecidos do periósteo (Acontece simultaneamente a sindesmotomia) Sindesmotomia (Descolamento): Separação romba dos tecidos por meio de espaço anatômico virtual, usando-se instrumental como os desoladores, sindesmótomos -Descolamento das fibras do periósteo (Acontece simultaneamente a divulsão) Curetagem: Pode ser uma diérese ou exérese -Após a extração de um dente, é necessário irrigar com soro fisiológico o alvéolo para remover impurezas e com cureta de Lucas, devemos raspar as paredes do alvéolo para estimular a formação de coágulo -Feita com instrumentos em forma de colher (cureta), os quais apresentam bordas cortantes e tem como objetivo raspar a superfície de um tecido (Pode ser usado para estimular a formação de um coágulo, raspado as paredes do alvéolo) -Na curetagem na parede óssea para formar coágulo é um exemplo de diérese -Quando usa a cureta para remover uma lesão é um exemplo de exérese Dilatação: Aumentar o calibre de vias naturais -Exemplo: Luxação → Exodontia / Cateteres → Ducto salivar *Os tipos de diérese citados anteriormente são do tipo mecânico *Alguns tipos de diérese térmica, como o emprego do calor com o uso do bisturi elétrico, em que a fonte de calor é a eletricidade pode ser citada, por exemplo, crioterapia, diérese com raio laser Exérese Osteomia: Desgaste ósseo -Geralmente com brocas Ostectomia: Remoção de fragmento ósseo -Pinça queiva Avulsão: Remoção do dente de dentro do osso -Via alveolar e não alveolar Curetagem: Retirar lesões Hemostasia -A prevenção de perda excessiva de sangue durante a cirurgia é importante para preservar a capacidade do paciente de transportar oxigênio Compressão: Pedir para o paciente morder a gaze (Melhor forma) -Período de no mínimo 10 minutos Pinçagem: Enxerga o vaso no alvéolo e pinçar -Utilizando-se pinças hemostáticas, aprisionando as extremidades dos vasos seccionados Termocoagulação: Uso de aparelho eletrônico (Bisturi elétrico) Substância hemostática tópica -Esponja de gelatina absorvível -Avitene -Hemostop Síntese - sutura -Etapa final do procedimento cirúrgico -Conjunto de manobras que o cirurgião emprega para aproximar (Reunir) os tecidos que foram separados -Objetiva reconstruir a região operada de maneira a voltar à condição que se encontrava antes da cirurgia -Para tecidos moldes: Sutura -Para tecidos duros: fios de aço, placas e parafusos de titânio (Osteossíntese) Fios de Sutura -Entre seda e nylon, o nylon tem melhor cicatrização Interpretando informações do fio de sutura -Disponíveis em várias espessuras e sua numeração é em ordem decrescente em relação ao seu diâmetro -Quanto maior o diâmetro do fio (Nº na embalagem), mais fino esse fio é -Um fio de sutura 2-0 é mais espesso que o 3-0 -Maioria dos procedimentos cirúrgicos em cirurgia bucal requer o uso de fios de sutura 3-0 e 4-0 Agulhas -São constituídas de aço inoxidável e compostas de corpo, ponta ativa e uma parte terminal -Agulhas podem se apresentar retas, semicurvas ou curvas Reparação tecidual -Substituição das células mortas ou lesadas por novas células sadias, originadas dos elementos parenquimatosos ou do estroma do tecido lesado -Representa uma fase da reação inflamatória Tipos de Reparação Regeneração: Substituição das células lesadas, por células do mesmo tipo, sem deixar alguma vez, nenhum vestígio da lesão anterior Cicatrização: Substituição das células lesadas por tecido conjuntivo, processo que deixa cicatriz permanente -Primeira intenção: Bordas aproximadas -Segunda intenção:Espontânea, bordas não foram bem aproximadas, tecido de granulação preenche bem a ferida = contração e reepitelização -Terceira intenção: Cicatrização por primeira intenção tardia. Ferida é deixada aberta propositalmente, não se sutura (Drenagem de abcesso) Fases de Reparação Tecidual Estágio inflamatório: Primeira etapa de cicatrização das feridas Estágio de granulação: Mais proeminente em feridas que cicatrizam por segunda intenção Estágio de epitelização: Formação da queratina com o amadurecimento das células Estágio da fibroplasia: Remodelagem lenta Estágio de contração: Contratura da ferida Reparação Óssea por primeira intenção -Há redução anatômica da fratura e estabilidade dos cotos ósseos -Só ocorre se houver espaço máximo de 1mm entre os cotos ósseos -Fixação interna rígida com placas compressivas Reparação óssea por segunda intenção -Ocorre nos casos de osso fraturado e com extremidades livres, ou seja, separadas por mais de 1mm de distância Fases do Reparo ósseo por segunda intenção -Inflamatória: 0 a 5 dias -Calo cartilaginoso: 4 a 40 dias -Calo ósseo: 4 a 40 dias -Remodelação: 25 a 50 dias OBS: No reparo por primeira intenção não temos a formação dos calos cartilaginosos e ósseos