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ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM EM 
UNIDADES DE TERAPIA 
INTENSIVA
GRUPO
MULTIVIX
A Faculdade Multivix está presente de norte 
a sul do Estado do Espírito Santo, com 
unidades em Cachoeiro de Itapemirim, 
Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São 
Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 
1999 atua no mercado capixaba, destacan-
do-se pela oferta de cursos de graduação, 
técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conheci-
mento: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, 
sempre primando pela qualidade de seu 
ensino e pela formação de profissionais 
com consciência cidadã para o mercado 
de trabalho. Atualmente, a Multivix está 
entre o seleto grupo de Instituições de 
Ensino Superior que possuem conceito de 
excelência junto ao Ministério da Educação 
(MEC). Das 2109 instituições avaliadas no 
Brasil, apenas 15% conquis - taram notas 
4 e 5, que são consideradas conceitos de 
excelência em ensino. Estes resultados 
acadêmicos colocam todas as unidades da 
Multivix entre as melhores do Estado do 
Espírito Santo e entre as 50 melhores do 
país. 
MISSÃO 
Formar profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho, com 
elevado padrão de qualidade, sempre 
mantendo a credibilidade, segurança e 
modernidade, visando à satisfação dos 
clientes e colaboradores. 
VISÃO 
Ser uma Instituição de Ensino Superior 
reconhecida nacionalmente como refe-
rência em qualidade educacional.
2
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior 
do Espírito Santo e principalmente por ter esco-
lhido a Multivix para fazer parte da sua trajetória 
profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cacho-
eiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999, no mercado capixaba, destaca-se 
pela oferta de cursos de graduação, pós-gradu-
ação e extensão de qualidade nas quatro áreas 
do conhecimento: Agrárias, Exatas, Humanas e 
Saúde, tanto na modalidade presencial quanto 
a distância.
Além da qualidade de ensino já comprovada 
pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo 
entre as 100 melhores do País, a Multivix preo-
cupa-se bastante com o contexto da realidade 
local e com o desenvolvimento do país. E para 
isso, procura fazer a sua parte, investindo em 
projetos sociais, ambientais e na promoção de 
oportunidades para os que sonham em fazer 
uma faculdade de qualidade mas que precisam 
superar alguns obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que 
é: “Formar profissionais com consciência cidadã 
para o mercado de trabalho, com elevado padrão 
de qualidade, sempre mantendo a credibilidade, 
segurança e modernidade, visando à satisfação 
dos clientes e colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade 
sempre foi a melhor resposta para um país 
crescer. Para a Multivix, educar é mais que 
ensinar. É transformar o mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
-
R E I T O R
APRESENTAÇÃO
DA DIREÇÃO
EXECUTIVA
Aluno(a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte do 
maior grupo educacional de Ensino Superior do Espírito 
Santo e principalmente por você ter escolhido a Multi-
vix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoeiro 
de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São 
Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, no 
mercado capixaba, destaca-se pela oferta de cursos 
de graduação, pós-graduação e extensão de quali-
dade nas quatro áreas do conhecimento: 
Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, tanto na 
modalidade presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprovada 
pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo 
entre as 100 melhores do País, a Multivix 
preocupa-se bastante com o contexto da 
realidade local e com o desenvolvimento do 
país. E para isso, procura fazer a sua parte, 
investindo em projetos sociais, ambientais e na 
promoção de oportunidades para os que 
sonham em fazer uma faculdade de qualidade 
mas que precisam superar alguns obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir com nossa missão que 
é: “Formar profissionais com consciência cidadã para 
o mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança e 
modernidade, visando à satisfação dos clientes e
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre foi 
a melhor resposta para um país crescer. Para a Multi-
vix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretor Executivo do Grupo Multivix
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor Executivo do Grupo Multivix
3
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
4
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
 Valeria Antonia Pereira, Assistência de Enfermagem em Unidades 
de Terapia Intensiva / Pereira - Multivix, 2024.
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 2024 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão 
processados na forma da lei.
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
5
Lista de Quadros
UNIDADE 1
Quadro 1: Processo de enfermagem 35
UNIDADE 3
Quadro 1: Modelo de Indicador 74
Quadro 2: Metas internacionais de segurança do paciente 77
Quadro 3: Protocolos de segurança 80
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
6
Lista de Figuras
UNIDADE 1
Figura 1: Leitos de Unidade de Terapia Intensiva 21
Figura 2: Assistência ao paciente em UTI 23
Figura 3: Tecnologias em UTI 24
Figura 4: Prontuário eletrônico 26
Figura 5: UTI Neonatal 30
Figura 6: Treinamento dos profissionais 36
UNIDADE 2
Figura 1: Hemodinâmica 43
Figura 2: Marcapasso interno 45
Figura 3: Cateter de Sawn-Ganz. 47
Figura 4: Representação de bactérias patogênicas 50
Figura 5: Pneumonia 50
Figura 6: Exame de PCR 56
Figura 7: Materiais processados 59
UNIDADE 3
Figura 1: Bioética e UTI 66
Figura 2: Representação do cuidado humanizado 67
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
7
Figura 3: Enfermagem e Humanização 69
Figura 4: Visitação a paciente 71
UNIDADE 4
Figura 1: Tecnologia em Doenças vasculares 87
Figura 2: Doença da artéria coronária 89
Figura 3: Monitorização cardíaca 90
Figura 4: Ventilação invasiva 95
Figura 5: Pneumonia 96
Figura 6: Sistema circulatório 100
Figura 7: Massagem cardíaca 104
UNIDADE 5
Figura 1: Abdome agudo 110
Figura 2: Exame físico 111
Figura 3: Tomografia 113
Figura 4: Alimentação 116
Figura 5: Assistência de Enfermagem 121
Figura 6: Glicemia capilar 124
Figura 7: Gasometria 125
UNIDADE 6
Figura 1: Doença renal 131
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
8
Figura 2: Terapia renal substitutiva 136
Figura 3: Exame do sangue 138
Figura 4: Transfusão 139
Figura 5: Acidentes vascular cerebral 143
Figura 6: Sedação 149
9
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Sumário
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 16
UNIDADE 1
1 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO EM UNIDADE DE TERAPIA 
INTENSIVA 19
1.1 NECESSIDADES ESTRUTURAIS, DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS – LEGISLAÇÃO NO 
ÂMBITO DA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO 19
1.1.1 AMBIENTE DA UTI: ESTRUTURA FÍSICA E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA SEU 
FUNCIONAMENTO 20
1.1.2 PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES REGULAMENTADORAS EM UTI 22
1.2 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E ÍNDICES PROGNÓSTICOS EM UTI 24
1.2.1 USO DAS TECNOLOGIAS NAS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 25
1.2.2 ÍNDICES PROGNÓSTICOS E SUA APLICAÇÃO NA PRÁTICA CLÍNICA (APACHE, SOFA, 
TISS, SAPS, MODS, MPM E NAS) 28
1.3 UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL 29
1.3.1 CARACTERÍSTICAS NA ESTRUTURAincidência de infecções hospitalares em 
UTIs. Dessa forma, a equipe de enfermagem desempenha um papel ativo, 
garantindo que todas as etapas de processamento sejam realizadas de 
acordo com as normas estabelecidas, minimizando riscos para os pacientes 
e para os próprios profissionais de saúde.
2.4.1 CRITICIDADE DE MATERIAIS E TIPOS DE PROCESSAMENTO
A classificação dos materiais utilizados em UTIs é essencial para definir o 
nível adequado de processamento, evitando a contaminação cruzada e a 
disseminação de patógenos. 
• Os materiais críticos são aqueles que entram em contato com tecidos 
estéreis ou com o sistema vascular, como catéteres venosos centrais e 
instrumentos cirúrgicos, exigindo esterilização completa antes de seu 
uso. 
• Materiais semicríticos, como sondas respiratórias e endoscópios, entram 
em contato com membranas mucosas ou pele não íntegra, e, por isso, 
necessitam de um alto nível de desinfecção. 
• Já os materiais não críticos, como estetoscópios e monitores, entram em 
contato apenas com pele íntegra e requerem uma desinfecção de baixo 
nível para assegurar a segurança dos pacientes (Padilha et al., 2014). 
Essa classificação orienta os profissionais de enfermagem a aplicarem os 
métodos corretos para cada tipo de equipamento, minimizando os riscos de 
infecção.
60
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 7: Materiais processados
Fonte: Veltier, Shutterstock, 2024
#PraTodosVerem: Fotografia colorida de prateleiras de uma estante de metal cinza de um 
arsenal com materiais estéreis embalados e identificados.
61
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Os métodos de esterilização variam de acordo com a criticidade dos mate-
riais e o tipo de patógeno que pode estar presente. 
Para os materiais críticos, a esterilização em autoclave é o método mais 
comum, utilizando calor úmido sob alta pressão para eliminar todos os 
microrganismos. Em casos em que o material não pode ser submetido a 
altas temperaturas, como os endoscópios, a esterilização química com subs-
tâncias como óxido de etileno é indicada (Murakami; Santos, 2017). 
A escolha correta do método de esterilização é essencial para garantir que o 
material esteja seguro para uso no paciente, sem comprometer sua integri-
dade ou funcionalidade.
Os materiais semicríticos, que não necessitam de esterilização completa, são 
submetidos a processos de desinfecção de alto nível. Substâncias químicas 
como glutaraldeído e ácido peracético são frequentemente utilizadas para 
eliminar a maioria dos patógenos, com exceção de alguns esporos bacte-
rianos. 
A desinfecção de baixo nível, destinada a materiais não críticos, pode ser 
realizada com o uso de soluções antissépticas menos potentes, como álcool 
a 70%, adequadas para superfícies e equipamentos que não entram em 
contato direto com tecidos vulneráveis (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
A desinfecção e a esterilização eficazes possibilitam o controle de infecções 
hospitalares, e os profissionais de enfermagem devem estar capacitados 
para escolher e aplicar corretamente cada método.
Além do processamento de materiais, é importante que a equipe de enfer-
magem monitore a manutenção e a limpeza dos equipamentos para garantir 
que continuem a operar de maneira segura e eficaz. Seguir as diretrizes de 
esterilização e desinfecção ajuda a prevenir a disseminação de microrga-
nismos resistentes, um risco significativo em UTIs devido à exposição cons-
tante dos pacientes a antibióticos e procedimentos invasivos (Padilha et al., 
2014). 
Portanto, o conhecimento e a aplicação rigorosa das técnicas de processa-
mento de materiais são essenciais para proteger a saúde dos pacientes e a 
segurança do ambiente hospitalar.
62
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
CONCLUSÃO
A Unidade 2 - Prevenção de infecção e acidentes em UTI destacou a impor-
tância de práticas rigorosas de controle de infecções e manejo seguro de 
procedimentos invasivos para garantir a segurança dos pacientes críticos. 
Discutimos a monitorização hemodinâmica, o acesso venoso central e a 
monitorização intracraniana, todos procedimentos que exigem cuidados 
meticulosos para evitar complicações.
Além disso, exploramos os protocolos de prevenção de infecções, como a 
higienização das mãos, o uso adequado de EPIs e o processamento de mate-
riais utilizados em UTI, reforçando a importância de seguir diretrizes base-
adas em evidências. A sepse e o choque séptico, com seu manejo adequado 
e o uso racional de antibióticos, foram apresentados como desafios críticos, 
cuja intervenção rápida e eficaz pode salvar vidas. 
O objetivo central da unidade, que é capacitar os profissionais de enfer-
magem a implementar estratégias que previnam infecções e acidentes, foi 
reafirmado à medida que abordamos como cada prática discutida contribui 
diretamente para a segurança e a recuperação dos pacientes, tornando a UTI 
um ambiente mais controlado e eficaz no tratamento de condições graves.
63
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os artigos a seguir.
1. DIAS, F. S. et al. Monitorização hemodinâmica em unidade de terapia 
intensiva: uma perspectiva do Brasil. Revista Brasileira de Terapia 
Intensiva, [s. l.], v. 26, n. 4, p. 360-366, 2014. Disponível em: https://doi.
org/10.5935/0103-507X.20140055. Acesso em: 9 out. 2024.
2. EVANS, L. et al. Campanha de sobrevivência à sepse: diretrizes interna-
cionais para o manejo da sepse e choque séptico. Critical Care Medi-
cine, [s. l.], v. 49, n. 11, nov. 2021. Disponível em: https://sccm.org/sccm/
media/PDFs/Surviving-Sepsis-Campaign-2021-Portuguese-Translation.
pdf. Acesso em: 9 out. 2024.
3. OLIVEIRA, A. C. et al. Infecções relacionadas à assistência em saúde e 
gravidade clínica em uma unidade de terapia intensiva. Revista Gaúcha 
de Enfermagem, [s. l.], v. 33, n. 3, p. 89-96, 2012. Disponível em: https://doi.
org/10.1590/S1983-14472012000300012. Acesso em: 9 out. 2024.
4. OLIVEIRA, C. S.; PACHECO, T. P.; OLIVEIRA, D. M. O uso indiscriminado de 
antibióticos em UTI. Research, Society and Development, [s. l.], v. 11, n. 
15, 2022. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/down-
load/37479/31230/412611. Acesso em: 9 out. 2024.
5. VÍDEOS orientações de prevenção de infecções em UTI. Tecnologia e 
Inovação em Saúde, [s. l.], 2020. Disponível em: https://tis.ufpr.br/videos-
-orientacoes-de-prevencao-de-infeccoes-em-uti/. Acesso em: 9 out. 2024.
https://doi.org/10.5935/0103-507X.20140055
https://doi.org/10.5935/0103-507X.20140055
https://sccm.org/sccm/media/PDFs/Surviving-Sepsis-Campaign-2021-Portuguese-Translation.pdf
https://sccm.org/sccm/media/PDFs/Surviving-Sepsis-Campaign-2021-Portuguese-Translation.pdf
https://sccm.org/sccm/media/PDFs/Surviving-Sepsis-Campaign-2021-Portuguese-Translation.pdf
https://doi.org/10.1590/S1983-14472012000300012
https://doi.org/10.1590/S1983-14472012000300012
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/37479/31230/412611
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/37479/31230/412611
https://tis.ufpr.br/videos-orientacoes-de-prevencao-de-infeccoes-em-uti/
https://tis.ufpr.br/videos-orientacoes-de-prevencao-de-infeccoes-em-uti/
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
64
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que possa:
Aplicar os princípios éticos na tomada de 
decisão em UTI.
Desenvolver pensamento crítico sobre a 
humanização da assistência de saúde ao 
cliente crítico. 
Conhecer as principais estratégias de 
gestão da qualidade.
UNIDADE 3
65
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
3 HUMANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS BIOÉTICA 
NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO
A humanização e os princípios bioéticos são pilares fundamentais na assis-
tência ao paciente crítico, especialmente no ambiente de terapia intensiva, 
em que a tomada de decisões éticas e o cuidado humanizado são indispen-
sáveis para garantira dignidade e o bem-estar do paciente. 
Nesta unidade, você terá a oportunidade de explorar como esses conceitos 
se aplicam à prática de enfermagem, compreendendo a importância da 
autonomia do paciente, do consentimento informado, da confidencialidade 
e do respeito à privacidade. Ao final do estudo, esperamos que possa aplicar 
esses princípios no cuidado diário, promovendo uma assistência que valo-
rize tanto a segurança quanto a humanização, elementos essenciais para o 
enfrentamento de dilemas éticos em cenários críticos. 
A discussão dos temas de bioética e humanização se conecta com tópicos 
abordados anteriormente, como as responsabilidades no gerenciamento de 
risco e segurança, e prepara o terreno para futuras discussões sobre proto-
colos assistenciais e a comunicação em emergências. 
Nesta unidade, serão aprofundados temas como o cuidado humanizado, a 
gestão de visitas abertas e a promoção da segurança, oferecendo uma visão 
completa das necessidades emocionais e éticas no cuidado intensivo.
3.1 PRINCÍPIOS DE BIOÉTICA NAS RELAÇÕES E NA 
PRÁTICA PROFISSIONAL.
Os princípios de bioética são centrais para guiar as relações e práticas profis-
sionais na enfermagem, especialmente em ambientes de terapia intensiva, 
nos quais decisões éticas complexas surgem com frequência. Conceitos 
como autonomia, consentimento informado, confidencialidade e justiça 
devem ser aplicados para garantir que as decisões respeitem a dignidade e 
os direitos dos pacientes, mesmo em situações de grande vulnerabilidade 
(Murakami; Santos, 2017). 
66
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
No contexto da UTI, em que os pacientes muitas vezes estão incapacitados 
de tomar decisões por conta própria, o consentimento informado precisa 
ser obtido de forma clara e respeitosa, refletindo a valorização da autonomia 
individual (Padilha et al., 2014). 
Figura 1: Bioética e UTI 
Fonte: Panchenko Vladimir, Shutterstock, 2023.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida com elementos interativos de uma pessoa movimen-
tando ícones de conectividade, como malhete de juiz, balança da justiça, mãos acolhendo 
um coração, dentro de quadrados ligados por linhas; ao centro, lê-se “código de conduta”, 
simbolizando a integração dos ícones para formação do código de conduta. 
Além disso, o respeito à privacidade e à confidencialidade é um aspecto 
ético e legal que o enfermeiro deve observar rigorosamente no manejo de 
informações pessoais e de saúde dos pacientes (Viana; Torre, 2017). 
Assim, a bioética atua como um guia que equilibra o cuidado técnico com a 
consideração pelos valores e direitos dos pacientes, criando uma assistência 
que integra tanto as necessidades clínicas quanto as morais e humanas 
envolvidas no cuidado crítico.
67
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
3.1.1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS E LEGAIS NA PRÁTICA DA ENFER-
MAGEM EM UTI
Na prática da enfermagem em UTI, as considerações éticas e legais envolvem 
um cuidado constante com a autonomia do paciente, especialmente em 
situações em que sua capacidade de decisão pode estar comprometida. A 
autonomia, enquanto princípio bioético, preconiza o respeito pelas escolhas 
individuais, garantindo que o paciente tenha participação ativa em deci-
sões que afetam sua saúde, mesmo em contextos críticos como o da UTI 
(Murakami; Santos, 2017). 
Figura 2: Representação do cuidado humanizado
Fonte: Andrei_R, Shutterstock, 2021.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida mostra as mãos de um profissional da saúde segu-
rando as mãos de um paciente durante atendimento.
No entanto, em muitos casos, o paciente encontra-se em estado de incons-
ciência ou sedação profunda, o que impossibilita a manifestação de sua 
vontade. Nesses casos, o consentimento informado, obtido previamente ou 
por meio de representantes legais, torna-se um instrumento indispensável 
para assegurar que as decisões de cuidado sejam baseadas nos desejos 
previamente expressos pelo paciente, garantindo uma prática que respeite 
sua autonomia e integridade moral (Padilha et al., 2014).
68
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
A confidencialidade e a privacidade também desempenham papel funda-
mental na prática ética de enfermagem em UTI. O ambiente intensivo muitas 
vezes expõe os pacientes a uma maior vulnerabilidade no que diz respeito ao 
compartilhamento de informações sensíveis, como dados de saúde e condi-
ções clínicas. A confidencialidade, nesse contexto, não é apenas um dever 
ético, mas também uma exigência legal, protegida por legislações como a 
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil (Viana; Torre, 2017). 
Quando a privacidade do paciente é violada, seja por negligência no manejo 
de informações, seja por descuidos no ambiente hospitalar, as implicações 
éticas e legais podem ser graves, comprometendo tanto a segurança do 
paciente quanto a confiança entre equipe de saúde e familiares (Freitas, 
2018).
Portanto, o cuidado ético em UTI requer um equilíbrio entre a tomada de 
decisões rápidas e eficazes, muitas vezes urgentes, e o respeito a princípios 
bioéticos como a autonomia, a confidencialidade e a privacidade. Os enfer-
meiros, ao atuarem em um ambiente de alta complexidade, devem estar 
atentos a esses princípios e buscar constante atualização sobre as norma-
tivas legais que regulamentam a prática profissional. 
Reflita
Em situações em que o paciente da UTI não pode expressar 
sua vontade, como os profissionais de enfermagem podem 
garantir que o princípio da autonomia seja respeitado ao 
tomar decisões críticas? 
Ao promover o consentimento informado e assegurar o sigilo das infor-
mações, o enfermeiro não apenas garante o bem-estar do paciente, mas 
também fortalece sua prática profissional com base em princípios éticos 
sólidos e em conformidade com as diretrizes legais (Murakami; Santos, 2017; 
Padilha et al., 2014; Freitas, 2018).
69
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
3.2 HUMANIZAÇÃO
A humanização na assistência ao paciente crítico é um conceito que busca 
equilibrar a alta tecnicidade do cuidado em UTI com práticas que valorizam 
o aspecto humano e emocional do tratamento. Nesse contexto, a humani-
zação envolve não apenas o cuidado com o paciente, mas também o suporte 
à família, a comunicação empática e o acolhimento diante de uma situação 
de vulnerabilidade extrema (Viana; Torre, 2017). 
Figura 3: Enfermagem e Humanização 
Fonte: PeopleImages.com - Yuri A, Shutterstock, 2024
#PraTodosVerem: A imagem mostra uma enfermeira de costas, abraçando de forma 
afetuosa uma idosa que está sorrindo. 
O enfermeiro, ao adotar uma abordagem humanizada, reconhece a singu-
laridade de cada paciente, respeitando suas necessidades, medos e expec-
tativas, ao mesmo tempo em que colabora com a equipe para garantir um 
atendimento centrado na pessoa e não apenas na doença (Viana; Torre, 
2017). 
Além disso, a humanização inclui práticas como a visita aberta, que permite 
maior proximidade entre paciente e familiares, trazendo benefícios emocio-
nais tanto para o internado quanto para seus entes queridos (Freitas, 2018). 
70
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Esse enfoque humanizado não é apenas uma escolha ética, mas uma 
estratégia que pode influenciar positivamente a recuperação, gerando um 
ambiente de cuidado mais acolhedor e respeitoso.
3.2.1 O CUIDADO HUMANIZADO
O cuidado humanizado em UTI valoriza profundamente a comunicação clara 
e empática entre a equipe de enfermagem, o paciente e seus familiares. Em 
ambientes críticos, essa comunicação é essencial para diminuir a ansiedade, 
fornece orientações seguras e transmitir confiança. 
Uma comunicação efetiva, que escuta as preocupações e acolhe as necessi-
dades emocionais, contribui diretamente para a humanização do cuidado. 
Quando a enfermagem é capaz de comunicar informações complexas de 
maneira acessível e empática, o processo de tomada de decisão torna-se 
mais colaborativo, facilitandotanto o entendimento da família quanto a 
cooperação do paciente, mesmo em condições de vulnerabilidade (Viana; 
Torre, 2017).
Além da comunicação, o cuidado humanizado também envolve a adoção 
de práticas que estejam centradas no paciente. Esse conceito, segundo 
Murakami e Santos (2017), propõe que a assistência deve ser personalizada, 
integrando não apenas os aspectos clínicos, mas também os valores, crenças 
e desejos individuais de cada paciente. 
No ambiente de UTI, em que frequentemente o paciente está incapacitado 
de expressar suas vontades, é responsabilidade do enfermeiro garantir que 
as decisões de cuidado respeitem a individualidade e as preferências previa-
mente estabelecidas. O cuidado centrado no paciente envolve, ainda, uma 
maior participação da família no processo assistencial, o que é fundamental 
para a manutenção de uma abordagem humanizada e ética (Viana; Torre, 
2017).
Práticas como a visita aberta exemplificam a humanização no contexto de 
UTI, permitindo que os familiares acompanhem de perto o tratamento, o 
que fortalece o vínculo entre a equipe de saúde e os entes queridos do 
paciente (Freitas, 2018). 
71
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Saiba Mais
O artigo “Percepções da equipe de enfermagem acerca da 
humanização em terapia intensiva” explora as visões dos 
profissionais de saúde sobre a importância de práticas 
humanizadas em ambientes de alta tecnologia, como as 
UTIs. O estudo aborda a relação entre o cuidado técnico 
e a comunicação humanizada com pacientes e familiares. 
Fonte: CASTRO, A. R. et al. Percepções da equipe de 
enfermagem acerca da humanização em terapia inten-
siva. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, [s. l.], v. 
32, 2019. Disponível em: https://ojs.unifor.br/RBPS/article/
view/8668/pdf. Acesso em: 5 nov. 2024.
Essa proximidade não só oferece suporte emocional à família, mas também 
contribui para que o paciente se sinta amparado, mesmo em momentos de 
maior fragilidade. Ao integrar uma comunicação efetiva com um cuidado 
centrado no paciente, a enfermagem promove um ambiente terapêutico 
mais acolhedor e respeitoso, atendendo tanto às necessidades físicas quanto 
emocionais de todos os envolvidos no processo de cuidado (Viana; Torre, 
2017; Freitas, 2018).
3.2.2 VISITA ABERTA EM UTI
A visita aberta na UTI, uma prática cada vez mais adotada, tem impactos 
significativos no bem-estar emocional do paciente crítico e de seus fami-
liares. Ao permitir a proximidade contínua entre pacientes e familiares, essa 
prática contribui para a redução da ansiedade e do medo, favorecendo uma 
sensação de segurança e conforto emocional para o paciente.
https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/8668/pdf
https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/8668/pdf
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Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 4: Visitação a paciente
Fonte: Halfpoint, Shutterstock, 2024
#PraTodosVerem: A imagem mostra um homem à beira da cama visitando uma criança 
deitada em um leito de hospital em uso de oxigenioterapia. 
Segundo Viana e Torre (2017), a presença dos familiares pode diminuir a 
sensação de isolamento e desamparo vivenciada no ambiente de terapia 
intensiva, especialmente em pacientes que enfrentam longos períodos de 
internação. 
Além disso, para os familiares, a possibilidade de estar presente ao lado do 
ente querido proporciona alívio emocional e um sentimento de participação 
ativa no cuidado, fatores que podem minimizar o sofrimento causado pela 
hospitalização prolongada (Freitas, 2018).
Entretanto, apesar dos benefícios emocionais, a visita aberta em UTI 
também apresenta desafios que precisam ser cuidadosamente gerenciados 
pela equipe de enfermagem. A presença de familiares, em alguns casos, 
pode interferir nas rotinas da equipe, além de gerar desgaste emocional 
73
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
em pacientes que estão em condições clínicas delicadas e necessitam de 
repouso e estabilidade (Viana; Torre, 2017). 
Para minimizar esses desafios, é essencial que a equipe estabeleça proto-
colos claros para a visitação, equilibrando a necessidade de proximidade 
afetiva com as demandas de segurança e saúde no ambiente crítico. O geren-
ciamento adequado da visita aberta exige que os profissionais de saúde 
mantenham uma comunicação transparente e orientadora, garantindo que 
os familiares compreendam as limitações impostas por certas condições 
clínicas e os cuidados necessários para preservar o bem-estar do paciente 
(Murakami; Santos, 2017).
O gerenciamento da visita aberta em cenários críticos, portanto, deve ser 
bem planejado e adaptado às especificidades de cada paciente. O estabe-
lecimento de horários flexíveis, combinado com protocolos de higienização 
e restrições em situações de risco de infecção, são estratégias eficazes para 
manter um ambiente seguro sem comprometer a humanização do cuidado 
(Freitas, 2018). 
Curiosidade
Curiosamente, políticas de “portas abertas” em UTIs, 
comuns em países como Suécia e Reino Unido, oferecem 
benefícios significativos aos pacientes e familiares. Estudos 
mostram que a flexibilização dos horários de visita melhora 
a satisfação, reduz a ansiedade e favorece a recuperação, 
sem aumentar o risco de infecções (Viana; Torre, 2017). 
Além disso, a equipe de enfermagem desempenha um papel central na 
mediação entre as necessidades do paciente e as expectativas dos fami-
liares, sendo necessária uma abordagem empática e colaborativa para asse-
gurar que o ambiente da UTI permaneça seguro e acolhedor. A organização 
e o controle da visita aberta não apenas favorecem o bem-estar emocional, 
mas também melhoram a qualidade da assistência ao promover uma abor-
dagem mais humanizada e centrada no paciente (Viana; Torre, 2017).
74
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
3.3 QUALIDADE E INDICADORES ASSISTENCIAIS
A busca pela qualidade na assistência de enfermagem em UTI é um aspecto 
que envolve tanto a segurança do paciente quanto a eficiência dos processos 
assistenciais. A qualidade do atendimento está intimamente ligada à utili-
zação de indicadores assistenciais, que permitem monitorar e avaliar o 
desempenho das práticas adotadas, identificando áreas que necessitam de 
aprimoramento e garantindo que o cuidado prestado seja seguro e baseado 
em evidências (Hinkle; Cheever, 2019). 
Quadro 1: Modelo de Indicador 
Elaborada pela autora, 2024.
#PraTodosVerem: Exemplo de cálculo de taxa de IRAS, utilizado para acompanhar a 
infecção hospitalar de um serviço de saúde. O cálculo diz que a Taxa de IRAS é igual ao 
número de casos de IRAS vezes 100, dividido pelo total de saídas.
Esses indicadores, que incluem aspectos como taxas de infecção, mortali-
dade e complicações, são ferramentas valiosas para a gestão da UTI, pois 
possibilitam uma visão objetiva dos resultados alcançados e orientam as 
decisões de melhoria contínua (Viana; Torre, 2017). 
Além disso, a adoção de protocolos baseados em indicadores assistenciais 
permite que a equipe de enfermagem identifique rapidamente desvios nos 
processos e implemente ações corretivas, sempre focando a promoção da 
segurança e o bem-estar do paciente (Freitas, 2018)
75
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
3.3.1 QUALIDADE HOSPITALAR E PROCESSOS DE AVALIAÇÃO
A qualidade hospitalar, especialmente no contexto da UTI, é constantemente 
avaliada por meio de ferramentas e processos específicos que ajudam a 
garantir a segurança e a eficácia dos cuidados prestados. 
Entre essas ferramentas, destacam-se as auditorias internas e os checklists 
de boas práticas, que oferecem uma maneira estruturada de monitorar e 
ajustar as rotinas assistenciais. 
Auditorias internas permitem que a equipe de saúde revise seus procedi-
mentos à luz de normas e padrões previamente estabelecidos, identificando 
áreas que precisam de ajustes. Já os checklists, que incluem protocolos para 
prevenção de infecções e controle de medicamentos, auxiliam na uniformi-zação dos processos e no cumprimento das melhores práticas assistenciais, 
o que contribui para um atendimento mais seguro e padronizado (Viana; 
Torre, 2017).
Os processos de avaliação da qualidade em UTI também estão fortemente 
ligados à implementação de protocolos de melhoria contínua. A melhoria 
contínua envolve uma análise frequente dos resultados assistenciais, como 
taxas de infecção, mortalidade e complicações, seguida da adaptação de 
práticas clínicas com base nas evidências científicas mais atuais (Viana; 
Torres, 2017). Essa abordagem permite que a equipe de enfermagem faça 
ajustes proativos nos cuidados oferecidos, sempre focando a minimização 
de riscos e a otimização da saúde do paciente. 
A avaliação periódica dos indicadores de qualidade possibilita um ciclo cons-
tante de aprimoramento, no qual as intervenções são revistas e refinadas à 
medida que novos dados são coletados e analisados (Hinkle; Cheever, 2019). 
Adotar essas estratégias de avaliação e melhoria contínua, além de promover 
a qualidade assistencial, fortalece a cultura de segurança dentro da UTI. 
Como observado por Freitas (2018), a equipe que participa ativamente 
desses processos de avaliação torna-se mais consciente de suas práticas 
e dos resultados esperados, o que facilita a implementação de mudanças 
quando necessário. 
76
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
A melhoria contínua não só reforça a segurança do paciente, mas também 
incentiva uma prática de enfermagem mais reflexiva e baseada em evidên-
cias, promovendo uma assistência alinhada às melhores práticas de saúde.
3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS EM UTI
Na UTI, os indicadores de resultado clínico são instrumentos fundamentais 
para avaliar a qualidade do cuidado prestado e monitorar o impacto das 
intervenções realizadas. Esses indicadores, que incluem desfechos como 
taxas de mortalidade, incidência de infecções e complicações associadas 
ao tratamento, oferecem uma visão objetiva sobre o estado de saúde dos 
pacientes e a eficácia das práticas adotadas pela equipe de enfermagem 
(Viana; Torre, 2017). 
O acompanhamento contínuo desses dados permite não apenas identificar 
problemas no cuidado, mas também desenvolver estratégias para a redução 
de eventos adversos, promovendo um atendimento mais seguro. Segundo 
Hinkle e Cheever (2019), a análise dos indicadores de resultado é vital para 
assegurar que o tratamento oferecido esteja alinhado com as melhores 
evidências e para direcionar melhorias na assistência clínica.
Além dos indicadores de resultado clínico, os indicadores de processo 
também desempenham um papel importante na avaliação da qualidade 
assistencial. Esses indicadores avaliam a adesão da equipe de saúde aos 
protocolos estabelecidos, como os protocolos de prevenção de infecções e 
de segurança no manejo de medicamentos. 
A observância dessas práticas é essencial para garantir a padronização do 
cuidado e minimizar a ocorrência de erros (Freitas, 2018). Indicadores como 
o tempo de resposta a emergências e a aplicação correta dos procedimentos 
de higienização são exemplos de métricas que impactam diretamente a 
segurança dos pacientes. O monitoramento desses indicadores de processo 
possibilita identificar falhas no fluxo de trabalho e ajustar as práticas para 
garantir a consistência do cuidado prestado (Viana; Torre, 2017).
77
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
A integração de indicadores de resultado clínico e de processo fornece uma 
visão abrangente do desempenho assistencial na UTI, promovendo uma 
cultura de melhoria contínua e segurança. 
Ao combinar o monitoramento dos desfechos dos pacientes com a análise 
da execução dos processos internos, a equipe de enfermagem consegue não 
apenas avaliar a qualidade do cuidado oferecido, mas também implementar 
mudanças que elevam o padrão da assistência (Murakami; Santos, 2017). 
Esse acompanhamento regular garante que os protocolos sejam seguidos 
de maneira eficaz e que as intervenções adotadas tragam resultados posi-
tivos, contribuindo para a otimização do ambiente de cuidado e a proteção 
dos pacientes mais vulneráveis (Freitas, 2018).
3.4 SEGURANÇA DO PACIENTE E GERENCIAMENTO DE 
RISCO
A segurança do paciente e o gerenciamento de risco são pilares da assis-
tência de enfermagem em UTI, visando minimizar a ocorrência de eventos 
adversos e garantir um ambiente seguro para o cuidado. Em um cenário de 
alta complexidade, em que intervenções invasivas e decisões rápidas são 
constantes, a identificação e mitigação de riscos tornam-se ainda mais desa-
fiadoras e necessárias. 
Segundo Freitas (2018), a criação de uma cultura de segurança, em que a 
equipe é treinada para reconhecer e reportar incidentes, é vital para reduzir 
erros e melhorar a qualidade do cuidado. O gerenciamento de risco envolve, 
portanto, não apenas a aplicação de protocolos de segurança, mas também 
o monitoramento contínuo de práticas, a fim de promover melhorias e evitar 
falhas no sistema de cuidado (Hinkle; Cheever, 2019). 
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Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Quadro 2: Metas internacionais de segurança do paciente
Adaptada de Metas…, 2021.
#PraTodosVerem: Esquema representativo das seis metas internacionais de segurança do 
paciente em todo o mundo, fomentada pela Organização Mundial da Saúde. Estão organi-
zadas de forma numerada e com cores distintas para cada meta. As metas são as seguintes: 
1 – Identificar corretamente o paciente; 2– Melhorar a comunicação entre os profissionais da 
saúde; 3 – Melhorar a prescrição, o uso e a administração de medicamentos; 4 – Assegurar 
cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente correto; 5 – Higienizar as mãos 
para evitar infecção; 6 – Reduzir o risco de quedas e de lesão por pressão.
79
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Esse processo proativo exige atuação conjunta de todos os profissionais de 
saúde, assegurando que as intervenções sejam realizadas de forma segura 
e que o paciente receba uma assistência eficaz e humanizada (Viana; Torre, 
2017).
3.4.1 ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO PARA CULTURA DE SEGU-
RANÇA 
A promoção de uma cultura de segurança na UTI começa com a identifi-
cação e notificação de eventos adversos. A detecção precoce de incidentes, 
como erros de medicação ou falhas nos procedimentos, é essencial para 
prevenir danos ao paciente e para implementar melhorias nos processos 
assistenciais. 
A criação de um ambiente em que a equipe de enfermagem se sinta enco-
rajada a relatar esses eventos sem medo de punições é um dos pilares para a 
construção dessa cultura. A notificação dos incidentes permite uma análise 
detalhada das causas e facilita a adoção de medidas corretivas, evitando a 
repetição dos erros e promovendo um cuidado mais seguro (Freitas, 2018). 
Ao tratar cada evento adverso como uma oportunidade de aprendizado, a 
UTI pode melhorar continuamente suas práticas e protocolos, minimizando 
riscos e aprimorando a qualidade da assistência prestada (Viana; Torre, 2017).
Além da notificação, o treinamento contínuo da equipe de enfermagem 
em práticas de segurança é outro aspecto central para a manutenção de 
um ambiente seguro. Em um cenário de alta complexidade como a UTI, no 
qual as situações podem mudar rapidamente, é essencial que os profissio-
nais estejam sempre atualizados sobre as melhores práticas e protocolos de 
segurança (Hinkle; Cheever, 2019). 
80
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Quadro 3: Protocolos de segurança 
Adaptada de Brasil, 2020.
#PraTodosVerem: A imagem ilustra um ciclo dos 9 certos da Administração de Medica-
mentos. No centro, em uma caixa, está o título “9 certos da Administração de medica-
mentos”. Ao redor desse título, em uma disposição circular, estão as etapas que devem 
ser seguidas para garantir a administração segura de medicamentos, em sentido horário: 
Paciente certo; Medicamento certo; Via certa; Hora certa;.Dose certa; Registro certo; Orien-
tação certa; Forma certa; Resposta certa. As setas conectam cada etapa em uma sequência 
contínua, enfatizando que todos esses fatores são interligados e essenciais para a adminis-
tração correta e segura de medicamentos aos pacientes.
Treinamentos regulares não só fortalecem o conhecimento técnico, mas 
também ajudam a padronizar procedimentos, garantindo que todos os 
membros da equipe estejam alinhados com as diretrizes mais recentes de 
segurança e gerenciamento de risco. A educação permanente em saúde 
81
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
deve ser uma prática institucionalizada, pois a capacitação contínua forta-
lece a confiança dos profissionais e contribui para a redução de erros no 
cuidado (Viana; Torre, 2017).
A combinação entre a notificação de eventos adversos e o treinamento 
contínuo formam a base de uma cultura de segurança robusta, na qual 
a equipe de enfermagem está equipada para reconhecer riscos e agir de 
forma preventiva. Esse ciclo de aprendizado contínuo e atualização cons-
tante promove uma assistência de maior qualidade e segurança, garantindo 
que os pacientes da UTI recebam o cuidado adequado em um ambiente 
que minimiza a ocorrência de falhas (Freitas, 2018). 
Ao incorporar essas estratégias de forma sistemática, a UTI se torna um 
espaço que valoriza não apenas o cuidado técnico, mas também a segu-
rança e o bem-estar dos pacientes e profissionais.
3.4.2 GESTÃO DE RISCO
A gestão de risco na UTI é uma prática que visa identificar, avaliar e mitigar os 
potenciais riscos que podem comprometer a segurança do paciente crítico. 
A análise de risco envolve uma avaliação contínua dos processos assisten-
ciais, com o objetivo de antecipar possíveis falhas e implementar medidas 
preventivas. 
A capacidade de reconhecer riscos, como erros de medicação, falhas no 
manuseio de equipamentos ou inconsistências nos protocolos, permite que 
a equipe de enfermagem atue de forma proativa, minimizando danos e 
aumentando a segurança (Viana; Torre, 2017). 
A prevenção de erros está diretamente ligada à adoção de práticas base-
adas em evidências, que garantem que as intervenções sejam realizadas 
de maneira precisa e segura. Segundo Freitas (2018), a análise regular dos 
eventos ocorridos e a implementação de medidas corretivas são fundamen-
tais para reduzir a probabilidade de incidentes futuros.
Além da análise manual e dos processos de mitigação de risco, o uso de 
tecnologias avançadas tem se mostrado um recurso eficaz no aprimora-
mento da gestão de risco na UTI. 
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Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Sistemas de monitoramento contínuo, por exemplo, permitem a detecção 
em tempo real de alterações no estado do paciente, enquanto alertas auto-
matizados podem sinalizar rapidamente situações de risco, como o uso 
incorreto de medicamentos ou alterações nos parâmetros vitais (Hinkle; 
Cheever, 2019). 
Essas ferramentas tecnológicas oferecem à equipe de enfermagem um 
suporte adicional, facilitando a identificação de problemas antes que eles se 
tornem críticos. A integração dessas tecnologias nos processos de trabalho 
contribui não só para a prevenção de erros, mas também para a melhoria da 
eficiência e rapidez das intervenções, garantindo uma resposta mais ágil e 
segura (Viana; Torre, 2017).
Atenção
A qualidade dos cuidados de saúde e a segurança do 
paciente dependem de ferramentas que estabeleçam 
conexões claras entre intervenções e resultados. Como 
afirma um dogma de gestão: ‘O que não se pode medir, 
não se pode melhorar’. A informatização dos registros de 
enfermagem é essencial para capturar e analisar dados, 
minimizando incertezas e aumentando a eficiência no 
cuidado (Viana; Torre, 2017). 
O uso dessas tecnologias, combinado com uma cultura de segurança focada 
na prevenção de erros, fortalece a gestão de risco na UTI. Ao integrar tecno-
logias com práticas assistenciais baseadas em evidências, a equipe de enfer-
magem consegue identificar os fatores de risco de maneira mais eficaz, ao 
mesmo tempo em que desenvolve estratégias personalizadas para mitigar 
esses riscos (Freitas, 2018). 
Esse enfoque, que une tecnologia e análise sistemática, resulta em um 
ambiente de cuidado mais seguro e eficiente, em que a segurança do 
paciente é constantemente monitorada e aprimorada.
83
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
CONCLUSÃO
Ao longo da Unidade 3 - Humanização e princípios bioética na assistência 
ao paciente crítico foram discutidos aspectos essenciais para a prática de 
enfermagem em UTI, como a aplicação dos princípios bioéticos, a impor-
tância do cuidado humanizado e a promoção da segurança do paciente. 
Inicialmente, foi abordada a relevância da autonomia, o consentimento 
informado, a privacidade e a confidencialidade nas relações e nas decisões 
éticas em ambientes de alta complexidade. 
Em seguida, explorou-se a humanização do cuidado, com foco na comuni-
cação empática e no cuidado centrado no paciente, destacando também os 
impactos emocionais e a gestão da visita aberta em UTI. 
Por fim, os tópicos de qualidade assistencial e segurança do paciente enfati-
zaram o uso de indicadores clínicos e de processo, além de estratégias para 
promover uma cultura de segurança e de gerenciamento de risco, incluindo 
o uso de tecnologias no ambiente de cuidados intensivos. 
Em suma, a unidade reafirma que a prática de enfermagem em UTI deve 
equilibrar a excelência técnica com a ética, a humanização e a segurança, 
garantindo um atendimento integral e respeitoso ao paciente crítico.
84
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os materiais a seguir.
1. CAMARGO, M. M. et al. Mapeamento cruzado entre indicadores clínicos 
para a assistência em terapia intensiva e intervenções de enfermagem. 
Revista Brasileira de Enfermagem, [s. l.], v. 73, n. 6, 2020. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/reben/a/dPV3h64TDRZ4wxWTNDHC9cK/?lang=p-
t&format=pdf. Acesso em: 5 nov. 2024. 
2. FELIX, Z. C. et al. O cuidar de enfermagem na terminalidade: observância 
dos princípios da bioética. Revista Gaúcha de Enfermagem, [s. l.], v. 35, n. 
3, p. 97-102, set. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rgenf/a/yqfxh-
FNspxNMCTgfrxdXxTL/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 5 nov. 2024..
3. MEDEIROS, A. C. et al. Integralidade e humanização na gestão do cuidado 
de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva. Revista da Escola de 
Enfermagem da USP, [s. l.], v. 50, n. 5, p. 817-823, 2016. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/rNrN8QYGBq65CLXrnQvcSPD/?lang=pt&-
format=pdf. Acesso em: 5 nov. 2024.
4. MICHELAN, V. C. de A.; SPIRI, W. C. Percepção da humanização dos 
trabalhadores de enfermagem em terapia intensiva. Revista Brasileira 
de Enfermagem, [s. l.], v. 71, n. 2, p. 397-404, mar. 2018. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/reben/a/dFxvZ3XkkhzxJLRGZF3xZyR/?lang=pt&for-
mat=html#. Acesso em: 5 nov. 2024.
5. VIEIRA, F. P. C.; GARCIA, P. C.; FUGULIN, F. M. T. Tempo de assistência de 
enfermagem e indicadores de qualidade em Unidade de Terapia Inten-
siva pediátrica e neonatal. Acta Paulista de Enfermagem, [s. l.], v. 29, n. 5, 
p. 558-564, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/vT8VFpKK-
Gy3bdPPDz6bSX3H/?lang=pt#. Acesso em: 5 nov. 2024.
https://www.scielo.br/j/reben/a/dPV3h64TDRZ4wxWTNDHC9cK/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/reben/a/dPV3h64TDRZ4wxWTNDHC9cK/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/rgenf/a/yqfxhFNspxNMCTgfrxdXxTL/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/rgenf/a/yqfxhFNspxNMCTgfrxdXxTL/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/rNrN8QYGBq65CLXrnQvcSPD/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/reeusp/a/rNrN8QYGBq65CLXrnQvcSPD/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/reben/a/dFxvZ3XkkhzxJLRGZF3xZyR/?lang=pt&format=html
https://www.scielo.br/j/reben/a/dFxvZ3XkkhzxJLRGZF3xZyR/?lang=pt&format=html
https://www.scielo.br/j/ape/a/vT8VFpKKGy3bdPPDz6bSX3H/?lang=pthttps://www.scielo.br/j/ape/a/vT8VFpKKGy3bdPPDz6bSX3H/?lang=pt
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
85
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que possa:
Diferenciar as complicações cardíacas das 
respiratórias. 
Implementar a assistência de enfermagem 
de forma assertiva através da SAE.
Reconhecer a fisiologia da parada cardior-
respiratória e descrever o processo de reani-
mação.
UNIDADE 4
86
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
4 ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO 
COM DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR E 
RESPIRATÓRIA
Esta unidade é essencial para aprender a lidar com complicações que exigem 
intervenções imediatas e precisas, típicas do ambiente de terapia intensiva. 
Ao longo do estudo, você será exposto a conhecimentos fundamentais para 
a prática clínica, como o monitoramento hemodinâmico, a assistência nas 
arritmias e nas insuficiências respiratórias, além do manejo de situações 
críticas, como choque e parada cardiorrespiratória. 
O objetivo principal é garantir que você consiga avaliar, diferenciar e aplicar 
intervenções de enfermagem baseadas em evidências para promover a esta-
bilização do paciente crítico. Este conteúdo se conecta com as discussões 
anteriores sobre a organização da UTI e o controle de infecções, avançando 
para aspectos práticos que serão essenciais em futuras unidades, como o 
cuidado em disfunções metabólicas e neurológicas. 
A unidade abrange desde a avaliação cardiovascular e respiratória até as 
estratégias de reanimação cardiopulmonar, oferecendo um panorama 
completo dos desafios enfrentados pela equipe de enfermagem ao cuidar 
de pacientes em risco.
4.1 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES 
CARDIOVASCULARES
A assistência de enfermagem nas complicações cardiovasculares envolve 
uma série de intervenções importantes para garantir a segurança e a estabi-
lização do paciente em estado grave. 
Nesta seção, você será apresentado às principais condições cardiovascu-
lares que podem ocorrer em pacientes internados em Unidades de Terapia 
87
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Intensiva, como arritmias, infartos, anginas e insuficiência cardíaca (Viana; 
Whitaker; Zanei, 2020). 
A avaliação e o monitoramento contínuo desses pacientes são essenciais 
para a detecção precoce de sinais de deterioração, permitindo intervenções 
rápidas e adequadas (Hinkle; Cheever, 2019). O enfermeiro precisa dominar 
o uso de tecnologias de monitoramento hemodinâmico, além de estar 
preparado para implementar protocolos de intervenção em emergências 
(Murakami; Santos, 2017). 
Figura 1: Tecnologia em Doenças vasculares 
Fonte: greenbutterfly, Shutterstock, 2024
#PraTodosVerem: Fotografia colorida representando, ao fundo, um registro gráfico da 
condução elétrica do coração na tela de um aparelho de eletrocardiógrafo. À frente, ícones 
de tecnologia, saúde e conectividade, ligados por linhas, flutuam em torno da imagem de 
uma mão segurando o ícone de um coração.
A compreensão desses conceitos, alinhada ao uso de diretrizes baseadas 
em evidências, permite a você desenvolver uma prática clínica mais segura 
e assertiva, colaborando diretamente para o desfecho positivo do paciente 
crítico. Além disso, procuram prepará-lo para o estudo das complicações 
respiratórias e de outras disfunções orgânicas que serão abordadas nas 
próximas seções (Padilha et al., 2014).
88
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
4.1.1 AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR DO PACIENTE CRÍTICO 
A avaliação cardiovascular do paciente crítico é uma das atividades mais 
importantes para a equipe de enfermagem nas Unidades de Terapia Inten-
siva, pois possibilita o monitoramento contínuo do estado hemodinâmico, 
fornecendo dados que orientam as decisões clínicas. Esse monitoramento 
pode ser realizado de forma invasiva ou não invasiva, cada qual com suas 
características e aplicações específicas.
O uso de sistemas como a pressão arterial invasiva, que envolve a inserção 
de um cateter arterial, permite uma avaliação mais precisa e contínua da 
pressão arterial, enquanto métodos não invasivos, como o eletrocardiograma 
(ECG), são utilizados para observar alterações no ritmo cardíaco e a resposta 
do coração às intervenções clínicas (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Esses métodos são complementares e oferecem uma concepção abrangente 
do estado cardiovascular, permitindo ao enfermeiro detectar sinais de insta-
bilidade de forma precoce.
89
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 2: Doença da artéria coronária 
Fonte: Nandalal Sarkar, Shutterstock, 2024
#PraTodosVerem: Ilustração colorida representando a doença arterial coronariana, 
mostrando o processo de estreitamento das artérias coronárias, o que restringe o fluxo 
sanguíneo e pode levar a um ataque cardíaco. No lado esquerdo, há uma figura de um 
homem com as mãos no tórax e com expressão de dor, representando sintomas de ataque 
cardíaco. No centro, há uma ilustração do coração com artérias detalhadas, destacando 
a formação de depósitos de gordura e placas. À direita, uma lista de sintomas de ataque 
cardíaco inclui dor no peito, vômito, suor frio e tontura.
A interpretação dos dados obtidos no monitoramento exige um conheci-
mento técnico apurado e experiência clínica. Alterações na pressão arte-
rial, como a hipotensão, associadas a mudanças no ritmo cardíaco, podem 
indicar a necessidade de intervenções imediatas, como a administração 
de medicamentos vasoativos ou o ajuste do suporte ventilatório (Hinkle; 
Cheever, 2019). 
O monitoramento hemodinâmico contínuo também possibilita uma 
avaliação precisa da perfusão tecidual, sendo essencial para identificar preco-
cemente situações como choque hipovolêmico ou cardiogênico. A detecção 
90
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
dessas condições requer uma compreensão clara de como esses dados se 
correlacionam com o estado clínico do paciente (Murakami; Santos, 2017).
Ademais, a equipe de enfermagem deve estar atenta aos sinais precoces 
de descompensação cardiovascular, como taquicardia, hipotensão, extremi-
dades frias e perfusão capilar prolongada, que indicam comprometimento 
da circulação e oxigenação tecidual (Padilha et al., 2014). 
A identificação rápida desses sinais é fundamental para a implementação 
de intervenções que evitem a piora do quadro clínico. Ao correlacionar 
esses achados com diagnósticos diferenciais, a enfermagem pode colaborar 
eficazmente com a equipe multidisciplinar para ajustar o plano de cuidados 
e melhorar o prognóstico do paciente (Tobase; Tomazini, 2017).
4.1.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS ARRITMIAS, INFARTOS, 
ANGINAS E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
A assistência de enfermagem em casos de arritmias cardíacas exige precisão 
e conhecimento dos protocolos, como os previstos no Suporte Avançado de 
Vida em Cardiologia (ACLS). 
Em situações de arritmias graves, como taquicardia ventricular, fibrilação 
atrial e bradicardia, a equipe de enfermagem deve estar preparada para agir 
rapidamente, aplicando as medidas necessárias para estabilizar o paciente. 
A monitorização contínua do ritmo cardíaco é essencial para a detecção 
precoce de alterações, e a administração de medicamentos como amioda-
rona e atropina, conforme os protocolos estabelecidos, pode ser necessária 
(Murakami; Santos, 2017).
91
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 3: Monitorização cardíaca 
Fonte: Pepermpron, Shutterstock, 2018.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida representando monitorização cardíaca e registro 
gráfico da condução elétrica do coração no traçado do eletrocardiograma. Ao centro, há o 
desenho do tórax de uma pessoa; à esquerda, um zoom sobre a região do coração mostra 
o resultado do exame de eletrocardiograma; à direita, o aparelho holter que monitora o 
paciente.
Além disso, a intervenção rápida com desfibrilação em casos de taquicardia 
ventricular sem pulso ou fibrilação ventricular fazparte do ACLS, sendo uma 
das principais responsabilidades da enfermagem no suporte ao paciente 
crítico (Tobase; Tomazini, 2017).
No manejo do infarto agudo do miocárdio (IAM), a enfermagem é essencial 
para o controle da dor e administração de medicamentos que favorecem o 
prognóstico do paciente. A dor torácica é um dos principais sinais do IAM, 
e seu controle deve incluir a administração de nitratos, como a nitroglice-
rina, que ajudam a reduzir a carga de trabalho do coração, além de morfina 
para o alívio da dor e da ansiedade (Padilha et al., 2014). Antiagregantes 
plaquetários, como o ácido acetilsalicílico, são indicados para reduzir o risco 
de formação de trombos, que podem agravar o quadro de infarto (Hinkle; 
Cheever, 2019). 
Além disso, o conhecimento em eletrocardiograma permite ao enfermeiro 
identificar alterações isquêmicas precoces, contribuindo para interven-
ções mais rápidas e eficazes. O enfermeiro deve monitorar continuamente 
92
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
o paciente durante essa fase, observando a resposta aos medicamentos e 
possíveis efeitos adversos, ajustando a terapia conforme necessário.
Reflita
No manejo de arritmias e infarto agudo do miocárdio 
(IAM), a rapidez de resposta da equipe de enfermagem é 
essencial para o desfecho positivo do paciente. Conside-
rando isso, como a capacitação contínua da equipe pode 
impactar diretamente na redução da mortalidade em 
emergências cardiovasculares? 
Nos pacientes com angina e insuficiência cardíaca, o monitoramento cons-
tante e o suporte medicamentoso são essenciais para prevenir a deterio-
ração clínica. 
Em casos de angina, a intervenção de enfermagem visa reduzir a demanda 
de oxigênio do miocárdio, utilizando medicamentos como betabloquea-
dores e nitratos (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Na insuficiência cardíaca, o controle do volume hídrico e a administração de 
diuréticos são fundamentais para aliviar os sintomas de sobrecarga hídrica e 
reduzir o esforço cardíaco (Murakami; Santos, 2017). 
Além disso, a educação do paciente e da família sobre o manejo contínuo 
da condição faz parte do cuidado de enfermagem, promovendo um trata-
mento mais integrado e uma melhor qualidade de vida para o paciente.
4.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES 
RESPIRATÓRIAS
A assistência de enfermagem nas complicações respiratórias é de extrema 
importância no cuidado ao paciente crítico, pois as alterações na função 
respiratória podem levar rapidamente à deterioração do quadro clínico. 
93
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Nesta seção, você conhecerá os principais aspectos do manejo de pacientes 
com insuficiências respiratórias, como derrame pleural e pneumonia, condi-
ções frequentemente encontradas em Unidades de Terapia Intensiva (Viana; 
Whitaker; Zanei, 2020). 
O monitoramento contínuo da função respiratória, por meio da ausculta 
pulmonar e da avaliação de parâmetros como a gasometria arterial, permite 
à equipe de enfermagem identificar precocemente sinais de desconforto 
respiratório e hipoxemia (Hinkle; Cheever, 2019). 
A atuação da enfermagem, ao aplicar estratégias como a ventilação mecâ-
nica e a administração de oxigênio, é essencial para estabilizar o paciente 
e evitar a progressão para insuficiência respiratória mais grave (Murakami; 
Santos, 2017). Além disso, o manejo adequado de dispositivos, como drenos 
torácicos, e a implementação de cuidados preventivos, como a higiene brôn-
quica, são práticas fundamentais para minimizar complicações e promover 
a recuperação respiratória (Padilha et al., 2014).
4.2.1 AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA DO PACIENTE CRÍTICO
A avaliação respiratória do paciente crítico é essencial para identificar rapi-
damente alterações na troca gasosa e na função pulmonar, permitindo à 
equipe de enfermagem tomar decisões informadas sobre intervenções tera-
pêuticas. Um dos métodos mais utilizados nessa avaliação é a análise da 
gasometria arterial, que fornece informações detalhadas sobre o equilíbrio 
ácido-base e os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue. 
A correta interpretação desses dados é essencial para detectar quadros de 
hipoxemia ou acidose respiratória, orientando a necessidade de suporte 
ventilatório ou ajustes no tratamento (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). Por 
exemplo, uma baixa de PaO₂ indica hipoxemia, exigindo aumento da oferta 
de oxigênio. Por meio da gasometria, o enfermeiro pode avaliar a gravidade 
da insuficiência respiratória e ajustar a oferta de oxigênio ou ventilação 
mecânica conforme as necessidades do paciente (Hinkle; Cheever, 2019).
Além da gasometria, a ausculta pulmonar é uma ferramenta clínica valiosa 
que permite ao enfermeiro identificar sinais de comprometimento respira-
94
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
tório por meio dos sons respiratórios. Estertores, por exemplo, podem indicar 
a presença de líquidos nos pulmões, frequentemente associados a condições 
como pneumonia ou edema pulmonar (Padilha et al., 2014). Já os sibilos 
sugerem broncoconstrição, comumente encontrados em pacientes com 
asma ou DPOC, enquanto os roncos podem estar relacionados à obstrução 
parcial das vias aéreas superiores (Murakami; Santos, 2017). 
O treinamento para diferenciar esses sons é importante para que a equipe 
de enfermagem identifique precocemente o agravamento do quadro clínico 
e tome as medidas necessárias, como a administração de broncodilatadores 
ou a intensificação da terapia ventilatória.
Assim, a combinação da interpretação da gasometria arterial com a ausculta 
pulmonar oferece uma visão abrangente do estado respiratório do paciente, 
permitindo ao enfermeiro tomar decisões rápidas e direcionadas para 
otimizar a ventilação e garantir oxigenação adequada. Essas avaliações contí-
nuas são fundamentais para ajustar as intervenções e monitorar a resposta 
do paciente às terapias instituídas, minimizando o risco de deterioração e 
complicações associadas (Tobase; Tomazini, 2017). 
A prática dessas técnicas, fundamentada em diretrizes e protocolos estabe-
lecidos, promove um cuidado mais seguro na unidade de terapia intensiva.
4.2.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS INSUFICIÊNCIAS 
RESPIRATÓRIAS, DERRAME PLEURAL E PNEUMONIA
A assistência de enfermagem em casos de insuficiências respiratórias envolve 
uma série de intervenções focadas em garantir que o paciente receba a 
oxigenação e ventilação adequadas para sua estabilização.
Em situações de insuficiência respiratória aguda, uma das principais estra-
tégias é a ventilação mecânica, que pode ser aplicada de forma invasiva ou 
não invasiva, conforme a gravidade do quadro clínico. 
A ventilação não invasiva (VNI), utilizando máscaras faciais ou nasais, é indi-
cada para pacientes que ainda conseguem respirar espontaneamente, mas 
95
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
precisam de suporte para melhorar a troca gasosa, evitando a intubação e 
seus riscos associados (Murakami; Santos, 2017). 
Já a ventilação mecânica invasiva, com intubação endotraqueal, é utilizada 
em casos mais graves, nos quais o paciente não consegue manter uma respi-
ração eficaz, necessitando de suporte total para garantir uma ventilação 
adequada (Viana; Whitaker; Zanei, 2020).
Figura 4: Ventilação invasiva
Fonte: Pepermpron, Shutterstock, 2021.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida mostra instalação de ventilação mecânica invasiva em 
um paciente. 
Ambas as modalidades apresentam benefícios e desafios, cabendo à enfer-
magem monitorar continuamente o paciente para ajustar os parâmetros 
ventilatórios conforme sua resposta clínica.
96
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Saiba Mais
Para uma compreensão detalhada sobre as competên-
cias do enfermeiro no manejo de pacientes em ventilação 
mecânica, consulte a Resolução Cofen n. 639/2020. Essa 
resolução regula a atuação do enfermeiro em contextos 
intra e extra-hospitalares, abordando desde a instalação 
de ventiladoresmecânicos até os cuidados necessários 
para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.
Fonte: COFEN - CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. 
Resolução Cofen n. 639/2020. Dispõe sobre as competên-
cias do Enfermeiro no cuidado aos pacientes em ventilação 
mecânica no ambiente extra e intra-hospitalar. Brasília: 
Cofen, 2020. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/reso-
lucao-cofen-no-639-2020/. Acesso em: 31 out. 2024. 
Nos casos de derrame pleural, que consiste no acúmulo de líquido na cavi-
dade pleural, o manejo do dreno torácico é uma das intervenções mais 
frequentes. A enfermagem deve acompanhar a instalação do dreno e moni-
torar seu funcionamento ao longo do tratamento, verificando a quantidade 
de líquido drenado e avaliando a eficácia da intervenção (Padilha et al., 2014). 
O monitoramento contínuo permite identificar precocemente complica-
ções, como infecções ou deslocamento do dreno, além de assegurar que o 
paciente esteja confortável e com o dreno em posição adequada para favo-
recer a recuperação pulmonar. Também é necessário que a equipe de enfer-
magem realize cuidados específicos, como o manejo asséptico do local de 
inserção, a troca de curativos e a monitorização dos sinais vitais, prevenindo 
complicações relacionadas ao procedimento (Tobase; Tomazini, 2017).
Em pacientes com pneumonia, o foco da assistência de enfermagem deve 
estar na administração de terapias que facilitem a respiração, como oxige-
noterapia e suporte ventilatório, além da administração de antibióticos 
conforme prescrição médica (Hinkle; Cheever, 2019). 
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-639-2020/
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-639-2020/
97
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 5: Pneumonia
Fonte: Alexander_P, Shutterstock, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração representando a pneumonia, mostrando a diferença entre 
alvéolos saudáveis e alvéolos afetados. O pulmão saudável apresenta alvéolos com paredes 
finas e espaços livres, permitindo uma troca gasosa eficaz. Em contraste, o pulmão com 
pneumonia apresenta alvéolos com paredes inflamadas e preenchidos com fluido e pus, o 
que dificulta a respiração e compromete a função pulmonar.
O enfermeiro também deve realizar a higiene brônquica para promover a 
eliminação de secreções, ajudando a prevenir complicações como atelecta-
sias e a melhorar a ventilação pulmonar. Essas intervenções são essenciais 
para garantir que o paciente com pneumonia, que muitas vezes apresenta 
dificuldades respiratórias severas, mantenha uma oxigenação adequada e 
melhore progressivamente com o tratamento (Padilha et al., 2014).
98
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
4.3 CHOQUE HIPOVOLÊMICO E CARDIOGÊNICO
O choque hipovolêmico e o cardiogênico são emergências médicas que 
exigem uma resposta rápida e eficaz da equipe de enfermagem para prevenir 
a deterioração do paciente. 
O choque hipovolêmico, caracterizado pela perda significativa de volume 
sanguíneo ou de fluidos corporais, e o choque cardiogênico, resultante da 
falha do coração em bombear sangue de forma eficiente, demandam inter-
venções distintas, mas igualmente urgentes (Murakami; Santos, 2017). 
Nesta seção, você entenderá as diferenças fisiopatológicas entre esses tipos 
de choque, compreendendo como a enfermagem pode atuar desde o reco-
nhecimento precoce dos sinais clínicos, como hipotensão e taquicardia, até 
o manejo das intervenções, incluindo a administração de fluidos, medica-
mentos inotrópicos e o uso de dispositivos de suporte circulatório (Viana; 
Whitaker; Zanei, 2020). 
Essas situações representam um desafio na prática clínica, pois exigem 
habilidades de avaliação contínua e uma colaboração efetiva com a equipe 
multidisciplinar para ajustar rapidamente o tratamento, garantindo a esta-
bilização hemodinâmica do paciente (Padilha et al., 2014).
4.3.1 FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO, TRATAMENTO 
E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
O choque hipovolêmico é caracterizado pela perda significativa de volume 
sanguíneo ou de fluidos corporais, resultando em uma perfusão tecidual 
inadequada e, se não tratado rapidamente, pode levar à falência orgânica. 
O reconhecimento precoce dos sinais de hipovolemia, como queda na 
pressão arterial, taquicardia e redução da diurese, é essencial para uma 
intervenção oportuna (Hinkle; Cheever, 2019). A enfermagem é importante 
para a monitorização contínua desses parâmetros e aplicação de protocolos 
que permitam iniciar rapidamente o manejo com reposição volêmica. O uso 
de expansores volêmicos, como cristaloides e coloides, deve ser adminis-
99
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
trado de forma criteriosa para restaurar o volume intravascular e estabilizar 
o paciente (Murakami; Santos, 2017).
Entretanto, a reposição de fluidos requer monitoramento rigoroso para 
prevenir complicações como a sobrecarga volêmica, que pode causar edema 
pulmonar, especialmente em pacientes mais vulneráveis. O monitoramento 
hemodinâmico em tempo real, observando parâmetros como a pressão 
venosa central e a saturação de oxigênio, é indispensável para ajustar a 
terapia conforme a resposta do paciente (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
A enfermagem deve avaliar constantemente sinais de deterioração, como 
dispneia e alterações na ausculta pulmonar, que podem indicar acúmulo 
excessivo de fluidos nos pulmões, necessitando de ajustes na terapia.
Além disso, a equipe de enfermagem deve estar atenta às necessidades contí-
nuas de reposição volêmica, sem comprometer a função cardíaca e respira-
tória do paciente. A administração precisa de fluidos deve ser equilibrada 
com o uso de medicamentos vasoativos, quando necessário, para garantir 
que a perfusão tecidual seja adequada sem causar sobrecarga circulatória 
(Padilha et al., 2014). 
Essa abordagem exige acompanhamento minucioso e comunicação eficaz 
entre a equipe multidisciplinar, permitindo o ajuste das intervenções 
conforme a evolução do quadro clínico do paciente.
4.3.2 FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE CARDIOGÊNICO, TRATAMENTO 
E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
O choque cardiogênico ocorre quando o coração perde a capacidade de 
bombear sangue de forma eficiente, resultando em perfusão inadequada 
dos órgãos e tecidos. Geralmente causado por infartos do miocárdio ou 
disfunções graves do músculo cardíaco, esse tipo de choque requer inter-
venções rápidas para restaurar a contratilidade cardíaca e garantir o fluxo 
sanguíneo adequado. 
100
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 6: Sistema circulatório
Fonte: ledokolua, Shutterstock, 2023.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida representando o sistema circulatório do corpo 
humano em uma gravura de um corpo humano, com veias e artérias, em azul e vermelho, 
respectivamente. 
As terapias farmacológicas, como o uso de inotrópicos, são essenciais nesse 
contexto. Medicamentos como a dobutamina e a noradrenalina são frequen-
temente utilizados para aumentar a contratilidade cardíaca e manter a 
perfusão tecidual, especialmente em pacientes com débito cardíaco severa-
mente comprometido (Murakami; Santos, 2017). A enfermagem deve moni-
101
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
torar atentamente os efeitos desses medicamentos, observando a pressão 
arterial, a frequência cardíaca e a perfusão periférica, a fim de garantir que 
a intervenção esteja promovendo a estabilização do quadro clínico (Viana; 
Whitaker; Zanei, 2020).
Em alguns casos, a terapia medicamentosa isolada não é suficiente para 
sustentar a função circulatória, sendo necessário o uso de dispositivos de 
suporte mecânico. 
O balão intra-aórtico, inserido na aorta, auxilia na melhora da perfusão coro-
nariana e na redução da sobrecarga cardíaca, facilitando o bombeamento 
de sangue durante a diástole. Já a oxigenação por membrana extracorpórea 
(ECMO) é empregada em pacientes com falência circulatória grave, propor-
cionando suporte completo ao coração e aos pulmõesenquanto o orga-
nismo se recupera (Padilha et al., 2014). 
O papel da enfermagem é fundamental no monitoramento desses disposi-
tivos, assegurando sua correta instalação e funcionamento, além de observar 
possíveis complicações, como tromboses ou infecções associadas ao uso 
prolongado.
O cuidado contínuo do paciente em choque cardiogênico exige vigilância 
constante das variáveis hemodinâmicas e respiratórias, tanto para ajustar 
as terapias farmacológicas quanto para garantir o bom funcionamento 
dos suportes mecânicos. A equipe de enfermagem deve administrar com 
precisão os medicamentos, além de monitorar os sinais vitais e a resposta 
do paciente às intervenções.
Atenção
O choque cardiogênico exige intervenção rápida, com 
monitoramento rigoroso de medicamentos e dispositivos 
como o balão intra-aórtico e ECMO para evitar complica-
ções graves (Murakami; Santos, 2017). 
A manutenção de uma comunicação eficaz com a equipe multidisciplinar é 
importante para ajustar as intervenções em tempo real, otimizando o trata-
102
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
mento e proporcionando ao paciente as melhores chances de recuperação 
(Tobase; Tomazini, 2017).
4.4 ATENDIMENTO À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
O atendimento à parada cardiorrespiratória é uma das situações mais desa-
fiadoras e urgentes enfrentadas pela equipe de enfermagem em unidades 
de terapia intensiva, exigindo uma resposta imediata e coordenada. 
Neste tópico, falaremos dos protocolos de Suporte Básico e Avançado de 
Vida, com ênfase nas manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e 
no uso adequado do desfibrilador externo automático (DEA) (Murakami; 
Santos, 2017). 
A habilidade de identificar rapidamente os sinais de parada cardiorrespi-
ratória, iniciar compressões torácicas de qualidade e gerenciar a ventilação 
são aspectos essenciais para aumentar as chances de retorno da circulação 
espontânea (Hinkle; Cheever, 2019). 
Além disso, a enfermagem é de extrema importância para o acompanha-
mento pós-parada, monitorando de perto a recuperação hemodinâmica e 
respiratória do paciente, bem como o suporte neurológico necessário para 
minimizar danos após o evento (Padilha et al., 2014).
A compreensão desses procedimentos o preparará para atuar de forma 
eficiente e integrada com a equipe multidisciplinar, garantindo um atendi-
mento rápido e eficaz em emergências.
4.4.1 O SUPORTE BÁSICO E AVANÇADO DE VIDA
O suporte básico e avançado de vida (ACLS) é essencial para o atendimento 
adequado à parada cardiorrespiratória, sendo a ressuscitação cardiopul-
monar (RCP) uma das principais intervenções. 
A equipe de enfermagem deve estar capacitada para seguir as diretrizes 
mais recentes do ACLS, que enfatizam a importância de compressões torá-
103
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
cicas de alta qualidade, com profundidade e frequência adequadas, garan-
tindo a perfusão tecidual durante o evento (Murakami; Santos, 2017). 
Além disso, a ventilação adequada, utilizando dispositivos como bolsa-vál-
vula-máscara ou ventilação mecânica, é fundamental para manter a oxige-
nação do paciente. A rapidez na identificação da parada cardiorrespiratória 
e a execução imediata da RCP aumentam significativamente as chances de 
retorno da circulação espontânea, melhorando o prognóstico do paciente 
(Hinkle; Cheever, 2019).
Outro aspecto essencial do atendimento é o uso do desfibrilador externo 
automático (DEA), que corrige arritmias fatais, como fibrilação ventricular e 
taquicardia ventricular sem pulso. A equipe de enfermagem pode utilizar o 
DEA para avaliar o ritmo cardíaco e, se necessário, aplicar choques elétricos 
que restabeleçam o ritmo normal do coração. Além disso, durante o ACLS, 
o uso de medicamentos como adrenalina e amiodarona atuam no manejo 
da parada, ajudando a reverter a arritmia e estabilizar o paciente (Padilha et 
al., 2014). 
A equipe de enfermagem deve ser treinada para administrar esses medi-
camentos conforme os protocolos estabelecidos, garantindo a dosagem 
correta e o momento apropriado da administração.
O treinamento contínuo da equipe de enfermagem em técnicas de RCP e no 
uso do DEA é fundamental para assegurar uma resposta rápida e eficiente 
em emergências. A aplicação dessas intervenções, conforme preconizado 
pelas diretrizes do ACLS, deve ser regularmente monitorada e revisada para 
garantir que os cuidados prestados estejam alinhados com os padrões mais 
recentes de atendimento (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Assim, a equipe estará preparada para atuar de forma coordenada e eficaz, 
aumentando as chances de sucesso na reanimação e melhorando a quali-
dade do atendimento ao paciente em parada cardiorrespiratória.
4.4.2 RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR
A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) não termina com o retorno da circu-
lação espontânea (ROSC); na verdade, o período pós-parada cardiorrespi-
104
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
ratória (PPCPR) é uma fase crítica, em que a monitorização contínua do 
paciente é indispensável para garantir a estabilidade hemodinâmica e evitar 
danos secundários. Após o ROSC, o foco da equipe de enfermagem é manter 
a perfusão adequada dos órgãos vitais e prevenir a recorrência da parada.
Figura 7: Massagem cardíaca 
Fonte: Luciano Cosmo, Shutterstock,2020
#PraTodosVerem: Ilustração colorida representando os movimentos de compressão e rela-
xamento durante a compressão torácica em uma parada cardíaca. 
A monitorização dos parâmetros vitais, como pressão arterial e saturação de 
oxigênio, é essencial, assim como a avaliação contínua das funções cardíaca 
e respiratória (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
105
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Além disso, é fundamental iniciar medidas de suporte avançado, como o 
ajuste de medicações vasoativas e ventilação mecânica, para assegurar que 
o paciente permaneça hemodinamicamente estável (Hinkle; Cheever, 2019).
Outro aspecto importante do cuidado pós-parada envolve a proteção neuro-
lógica. Após uma parada cardiorrespiratória, o cérebro é particularmente 
vulnerável a lesões isquêmicas, tornando necessária a avaliação neurológica 
contínua para detectar sinais de comprometimento. O manejo da tempe-
ratura terapêutica, conhecido como hipotermia induzida, é uma estratégia 
utilizada para minimizar danos cerebrais em pacientes que não recuperam 
imediatamente a consciência após o ROSC (Murakami; Santos, 2017). 
A enfermagem é responsável por monitorar a temperatura corporal e ajustar 
os protocolos de hipotermia, visando reduzir o metabolismo cerebral e 
prevenir lesões mais graves.
Além do controle da temperatura, a avaliação neurológica regular inclui o 
uso de escalas, como a Escala de Coma de Glasgow, que auxilia a equipe no 
monitoramento do nível de consciência e da função neurológica ao longo 
do tempo (Padilha et al., 2014). A equipe de enfermagem, portanto, desem-
penha um papel ativo na vigilância contínua e no ajuste das intervenções 
terapêuticas durante o período pós-parada. 
Garantir a estabilidade hemodinâmica e neurológica é um passo essencial 
para otimizar a recuperação do paciente, prevenindo complicações tardias 
e promovendo um cuidado de alta qualidade em um momento extrema-
mente delicado.
Curiosidade
Na ressuscitação, a enfermagem garante o acesso intrave-
noso (IV) para administrar medicações, como a adrenalina, 
conforme as diretrizes da AHA de 2020. Quando o IV não é 
viável, o acesso intraósseo (IO) é utilizado para assegurar o 
retorno da circulação espontânea (ROSC) (AHA, 2020). 
106
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
CONCLUSÃO
Na Unidade 4 - Assistência ao paciente crítico com disfunção cardiovas-
cular e respiratória, abordamos de forma detalhada as principais interven-
ções de enfermagem em complicações como arritmias, infartos, insufici-
ência respiratória e choque, destacando o manejo clínico em situações de 
emergência. 
Foram discutidoso monitoramento contínuo, o uso de terapias farmaco-
lógicas, as estratégias de ventilação mecânica e a ressuscitação cardiopul-
monar, sempre com foco na atuação precisa e embasada da enfermagem. 
A compreensão dessas condições e a aplicação de protocolos baseados em 
evidências, como o ACLS e o manejo pós-parada cardiorrespiratória, são 
essenciais para a estabilização do paciente crítico e para a melhora dos 
desfechos clínicos. 
Assim, o principal objetivo desta unidade foi capacitá-lo a identificar e 
intervir de maneira eficaz nas disfunções cardiorrespiratórias, reforçando a 
importância da atuação proativa e integrada da enfermagem para garantir 
a segurança e a recuperação do paciente em terapia intensiva.
107
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os materiais a seguir.
BARROS, E. J. S. et al. Cuidados de enfermagem ao paciente acometido por 
infarto agudo do miocárdio. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [s. l.], v. 13, n. 
10, 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/
view/8741. Acesso em: 31 out. 2024. 
MARCELINO, B. F. et al. Cuidados de enfermagem ao paciente adulto em 
ventilação mecânica. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [s. l.], v. 24, n. 8, 
2024. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/
view/14709. Acesso em: 31 out. 2024.
MELO FILHO, C. A. de. et al. Uso do lactato na monitorização hemodinâmica 
do paciente grave na unidade de terapia intensiva. Revista JRG de Estudos 
Acadêmicos, São Paulo, v. 7, n. 14, 2024. Disponível em: https://www.revis-
tajrg.com/index.php/jrg/article/view/933. Acesso em: 31 out. 2024. 
SANTOS, C. et al. Importância do enfermeiro frente a implementação do 
protocolo de RCP. Revista Recien – Revista Científica de Enfermagem, [s. l.], 
v. 9, n. 28, p. 3-8, 2019. Disponível em: https://recien.com.br/index.php/Recien/
article/view/214. Acesso em: 31 out. 2024.
SILVA, A. A. et al. Gasometria arterial: métodos e suas aplicabilidades para a 
enfermagem em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Revista Eletrônica 
Acervo Enfermagem, [s. l.], v. 17, 2022. Disponível em: https://acervomais.
com.br/index.php/enfermagem/article/view/9334. Acesso em: 31 out. 2024.
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/8741
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/8741
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/14709
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/14709
https://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/933
https://www.revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/933
https://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/214
https://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/214
https://acervomais.com.br/index.php/enfermagem/article/view/9334
https://acervomais.com.br/index.php/enfermagem/article/view/9334
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
108
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que possa:
Descrever os cuidados de enfermagem 
aos pacientes com complicações diges-
tivas.
Compreender as diferentes possibili-
dades de distúrbios hidroeletrolíticos e 
desequilíbrios ácido-básicos, correlacio-
nando-os aos casos clínicos.
Aplicar a assistência adequada de enfer-
magem.
UNIDADE 5
109
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
5 ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO, 
DISFUNÇÃO DIGESTIVA E METABÓLICA
Esta unidade insere-se no contexto da enfermagem intensiva, oferecendo 
subsídios fundamentais para sua atuação diante de condições críticas que 
comprometem o sistema digestivo e o metabolismo. 
Este conteúdo é essencial para que você, futuro enfermeiro, compreenda as 
particularidades dos cuidados voltados a pacientes com disfunções diges-
tivas e metabólicas, para as quais as intervenções precisas podem fazer a 
diferença na estabilidade e na recuperação do quadro clínico. 
Com o estudo desta unidade, você será capaz de avaliar e manejar compli-
cações, como hemorragias digestivas, abdome agudo, distúrbios hidroele-
trolíticos e ácido-básicos, cetoacidose diabética e coma hipoglicêmico, utili-
zando protocolos baseados em evidências e técnicas de suporte nutricional 
apropriadas. 
A construção desse conhecimento parte da compreensão de temas traba-
lhados anteriormente sobre a avaliação e o monitoramento de pacientes 
críticos e o preparará para tópicos futuros, como as disfunções neurológicas 
e geniturinárias, estruturando assim uma formação progressiva e integrativa.
5.1 HEMORRAGIA DIGESTIVA, ABDOME AGUDO E 
HIPERTENSÃO INTRA-ABDOMINAL
Hemorragias digestivas, abdome agudo e hipertensão intra-abdominal 
representam situações de risco de vida que exigem respostas rápidas e 
embasadas na prática de enfermagem para o manejo eficaz de pacientes 
críticos (Padilha et al., 2014). 
110
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 1: Abdome agudo
Fonte: brgfx, Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida mostra uma mulher com as mãos no abdome ao 
mesmo tempo que se curva e apresenta expressão de dor.
Hemorragias digestivas, causadas por condições como úlceras gástricas ou 
varizes esofágicas, podem levar à perda sanguínea significativa, impactando 
diretamente a estabilidade hemodinâmica do paciente (Hinkle; Cheever, 
2019). No abdome agudo, frequentemente desencadeado por apendicite, 
pancreatite ou perfurações intestinais, a identificação precoce dos sinais de 
dor intensa, distensão abdominal e febre é fundamental para o diagnóstico 
e a intervenção (Nettina, 2021). 
Já a hipertensão intra-abdominal, que ocorre quando a pressão dentro 
da cavidade abdominal aumenta de forma perigosa, pode comprometer 
111
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
a perfusão dos órgãos e exige intervenções de monitoramento contínuo e 
controle preciso dos fluidos administrados (Murakami; Santos, 2017). 
Nesse contexto, o enfermeiro atua realizando a avaliação detalhada dos 
sintomas, interpretando exames laboratoriais e de imagem, e coordenando 
os cuidados pré e pós-procedimento, desde o suporte hemodinâmico à 
administração de soluções intravenosas, para proporcionar a melhor assis-
tência ao paciente em situações críticas (Viana; Torre, 2017).
5.1.1 AVALIAÇÃO DO SISTEMA GASTRINTESTINAL
A avaliação do sistema gastrintestinal em pacientes críticos envolve uma 
abordagem clínica completa e sistemática para identificar rapidamente 
sinais e sintomas que indiquem complicações. Durante a coleta de histórico, 
o enfermeiro deve investigar fatores como presença de dor, frequência e 
aparência das evacuações, histórico de doenças gastrintestinais e consumo 
de medicamentos que possam influenciar o trato digestivo, como anti-infla-
matórios ou anticoagulantes (Padilha et al., 2014).
112
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 2: Exame físico
Fonte: Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração mostra uma enfermeira examinando a cavidade oral de uma 
paciente que está sentada a sua frente.
A avaliação física, incluindo inspeção, palpação, percussão e ausculta, permite 
detectar sinais como distensão abdominal, dor à palpação e alterações na 
peristalse. A identificação de sintomas como dor abdominal, presença de 
sangue nas fezes ou em vômito e alterações nos sinais vitais, como taqui-
cardia ou hipotensão, são indicativos de possíveis emergências gastrintes-
tinais, sendo pontos que o enfermeiro deve observar para um acompanha-
mento preciso e rápido (Nettina, 2021).
113
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Exames laboratoriais e de imagem são fundamentais para auxiliar o diag-
nóstico e o monitoramento de alterações no sistema gastrintestinal. Exames 
como hemograma e coagulograma possibilitam avaliar o nível de hemoglo-
bina e a capacidade de coagulação, dados essenciais para pacientes com 
risco de hemorragia digestiva, em que uma queda nos níveis de hemoglo-
bina pode indicar perda sanguínea ativa (Murakami; Santos, 2017). 
FiguraE ORGANIZAÇÃO DA UTI NEO/PED 31
1.3.2 LEGISLAÇÃO NO ÂMBITO DA UTI NEO/PED 32
1.4 GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM 33
1.4.1 PROCESSO DE ENFERMAGEM EM UTI 33
1.4.2 TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO PACIENTE E FAMÍLIA 36
CONCLUSÃO 38
MATERIAL COMPLEMENTAR 39
10
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
UNIDADE 3
2 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO E ACIDENTES EM UTI 42
2.1 PROCEDIMENTOS INVASIVOS DE ALTA COMPLEXIDADE 42
2.1.1 MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA E MARCAPASSO 44
2.1.2 ACESSO CENTRAL PROFUNDO E MONITORIZAÇÃO INTRACRANIANA 46
2.2 PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO 48
2.2.1 INFECÇÕES HOSPITALARES NO PACIENTE CRÍTICO 50
2.2.2 PRINCÍPIOS GERAIS NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR 53
2.3 SEPSE E CHOQUE SÉPTICO 54
2.3.1 SEPSE, CHOQUE SÉPTICO E INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA À SAÚDE 55
2.3.2 USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS 57
2.4 PROCESSAMENTO DE MATERIAIS UTILIZADOS EM UTI 58
2.4.1 CRITICIDADE DE MATERIAIS E TIPOS DE PROCESSAMENTO 59
CONCLUSÃO 62
MATERIAL COMPLEMENTAR 63
3 HUMANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS BIOÉTICA NA ASSISTÊNCIA AO 
PACIENTE CRÍTICO 65
3.1 PRINCÍPIOS DE BIOÉTICA NAS RELAÇÕES E NA PRÁTICA PROFISSIONAL. 65
3.1.1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS E LEGAIS NA PRÁTICA DA ENFERMAGEM EM UTI 67
3.2 HUMANIZAÇÃO 68
UNIDADE 2
11
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
3.2.1 O CUIDADO HUMANIZADO 70
3.2.2 VISITA ABERTA EM UTI 71
3.3 QUALIDADE E INDICADORES ASSISTENCIAIS 73
3.3.1 QUALIDADE HOSPITALAR E PROCESSOS DE AVALIAÇÃO 74
3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS INDICADORES UTILIZADOS EM UTI 76
3.4 SEGURANÇA DO PACIENTE E GERENCIAMENTO DE RISCO 77
3.4.1 ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO PARA CULTURA DE SEGURANÇA 79
3.4.2 GESTÃO DE RISCO 81
CONCLUSÃO 83
MATERIAL COMPLEMENTAR 84
4 ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO COM DISFUNÇÃO 
CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIA 86
4.1 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES 86
4.1.1 AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR DO PACIENTE CRÍTICO 88
4.1.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS ARRITMIAS, INFARTOS, ANGINAS E 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 90
4.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS 92
4.2.1 AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA DO PACIENTE CRÍTICO 93
4.2.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS INSUFICIÊNCIAS RESPIRATÓRIAS, DERRAME 
PLEURAL E PNEUMONIA 94
4.3 CHOQUE HIPOVOLÊMICO E CARDIOGÊNICO 98
UNIDADE 4
12
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
4.3.1 FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE HIPOVOLÊMICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 98
4.3.2 FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE CARDIOGÊNICO, TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 99
4.4 ATENDIMENTO À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 102
4.4.1 O SUPORTE BÁSICO E AVANÇADO DE VIDA 102
4.4.2 RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR 103
CONCLUSÃO 106
MATERIAL COMPLEMENTAR 107
UNIDADE 5
5 ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO, DISFUNÇÃO DIGESTIVA 
E METABÓLICA 109
5.1 HEMORRAGIA DIGESTIVA, ABDOME AGUDO E HIPERTENSÃO INTRA-ABDOMINAL 109
5.1.1 AVALIAÇÃO DO SISTEMA GASTRINTESTINAL 111
5.1.2 HEMORRAGIA DIGESTIVA, ABDOME AGUDO E HIPERTENSÃO INTRA-ABDOMINAL – 
TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 115
5.2 TERAPIA NUTRICIONAL EM UTI 116
5.2.1 DIETA ENTERAL 117
5.2.2 DIETA PARENTAL 118
5.3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS DISTÚRBIOS METABÓLICOS 120
5.3.1 DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO 122
5.4 CETOACIDOSE DIABÉTICA E COMA HIPOGLICÊMICO 123
5.4.1 ANÁLISE DOS GASES SANGUÍNEOS 125
13
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
CONCLUSÃO 127
MATERIAL COMPLEMENTAR 128
UNIDADE 6
6 ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO, DISFUNÇÃO GENITURINÁRIA, 
NEUROLÓGICA E HEMATOLÓGICA 130
6.1 INSUFICIÊNCIA RENAL E MÉTODOS DIALÍTICOS 130
6.1.1 AVALIAÇÃO DO SISTEMA GENITURINÁRIO DO PACIENTE CRÍTICO 132
6.1.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E CRÔNICA 133
6.1.3 DIÁLISE PERITONIAL E HEMODIÁLISE 135
6.2 TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 137
6.2.1 CRITÉRIOS PARA TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTES 138
6.2.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DE TRANSFUSÃO 139
6.3 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO, HIPERTENSÃO INTRACRANIANA E MONITORIZAÇÃO 
NEUROLÓGICA 141
6.3.1 AVALIAÇÃO DO SISTEMA NEUROLÓGICO DO PACIENTE CRÍTICO 142
6.3.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM ACIDENTE VASCULAR 
ENCEFÁLICO (HEMORRÁGICO E ISQUÊMICO) E HIPERTENSÃO INTRACRANIANA 144
6.4 DOR E SEDAÇÃO 145
6.4.1 MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DA DOR 146
6.4.2 CONTROLE DA DOR 147
6.4.3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ANALGESIA E SEDAÇÃO 148
CONCLUSÃO 150
14
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
MATERIAL COMPLEMENTAR 151
 REFERÊNCIAS 152
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
15
Iconografia
Atenção 
Para Saber
Saiba Mais 
Dicas 
Onde Pesquisar 
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Glossário
Midias Integradas
Anotações
Exemplo
Reflita
Atividades de 
Aprendizagem
Curiosidades
Questões
Áudios
Citações
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16
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Seja bem-vindo(a) a disciplina Assistência de Enfermagem em Unidades 
de Terapia Intensiva!
Esta disciplina aborda a organização e estrutura da Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI), com foco no gerenciamento de risco e segurança do paciente. 
Serão discutidos o controle de infecção hospitalar (SEPSES e IRAS), além 
de procedimentos invasivos de alta complexidade. Também serão explo-
radas ações imediatas e mediatas em situações de urgência e emergência, 
incluindo medidas de prevenção de acidentes, aspectos éticos no cuidado 
ao paciente e à família, e o estudo de patologias graves relacionadas ao 
ambiente de emergência.
A disciplina também inclui o cuidado de enfermagem sistematizado para 
pacientes de alto risco e situações emergenciais em todas as fases do ciclo 
vital. Além disso, serão discutidas novas tecnologias e tendências na assis-
tência especializada, com ênfase na assistência integral ao paciente e apoio 
à sua família em momentos críticos.
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
17
OBJETIVOS DA DISCIPLINA 
• Assistir e avaliar o paciente em estado crítico, relacionando a fisiopato-
logia dos sistemas orgânicos e suas afecções à clínica do paciente, por 
meio de protocolos e práticas baseadas em evidências para a promoção 
da recuperação, manutenção e segurança desses pacientes.
• Reconhecer as tecnologias e estrutura necessárias para a fundamentação 
do processo de enfermagem e na integralidade da assistência.
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
18
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que possa:
Compreender os princípios básicos da 
citologia diagnóstica e suas aplicações 
clínicas. 
Identificar as técnicas de coleta e preparo 
de amostras citológicas.
Avaliar critérios citológicos para o diag-
nóstico de neoplasias.
UNIDADE 1
19
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
1 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO EM UNIDADE 
DE TERAPIA INTENSIVA
A estrutura e a organização adequadas em uma Unidade de Terapia Inten-
siva (UTI) são responsáveis, entre outros fatores, pelo sucesso no cuidado a 
pacientes em estado crítico, sendo elemento relevante no contexto da enfer-
magem intensiva. Nesta unidade, você compreenderá a importância de uma 
infraestrutura bem planejada e equipada, além de explorar os protocolos e 
legislações que regulam a prática nessa área. 
Ao longo do estudo, desenvolverá habilidades para reconhecer e aplicar os 
conceitos de gestão do espaço físico, o uso adequado de equipamentos e 
tecnologias e o cumprimento das normas sanitárias e de segurança, funda-
mentais para a prática de enfermagem em UTI. 
A introdução deste tema se conectará com os próximos estudos sobre geren-
ciamento de risco e segurança do paciente. Serão discutidos tópicos como o 
dimensionamento da UTI, as inovações tecnológicas e as peculiaridades da 
assistência pediátrica e neonatal, estabelecendo as bases para uma prática 
de enfermagem eficiente e segura.
1.1 NECESSIDADES ESTRUTURAIS, DE EQUIPAMENTOS E 
MATERIAIS – LEGISLAÇÃO NO ÂMBITO DA ASSISTÊNCIA 
AO PACIENTE3: Tomografia 
Fonte: storyset, Freepik, 2024. 
#PraTodosVerem: Ilustração de um enfermeiro acompanhando um paciente deitado no 
equipamento de tomografia.
114
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
A endoscopia, frequentemente solicitada em casos de suspeita de sangra-
mentos no trato superior, permite visualização direta de lesões em órgãos 
como o esôfago e estômago, enquanto a tomografia computadorizada e a 
ultrassonografia são recursos de imagem que ajudam a avaliar estruturas 
abdominais em casos de abdome agudo ou hipertensão intra-abdominal. A 
interpretação desses resultados deve ser integrada à prática de enfermagem, 
possibilitando uma visão detalhada e contínua das condições do paciente 
(Hinkle; Cheever, 2019).
O monitoramento constante e a análise criteriosa dos exames realizados 
são essenciais para a continuidade dos cuidados, permitindo ao enfermeiro 
identificar alterações clínicas de maneira ágil e precisa. A comunicação com 
a equipe multidisciplinar, com foco nas alterações detectadas nos exames 
laboratoriais e de imagem, colabora para decisões terapêuticas rápidas e 
coordenadas, especialmente em casos em que o quadro clínico pode evoluir 
para choque hipovolêmico ou outras complicações graves (Padilha et al., 
2014; Hinkle; Cheever, 2019). 
Atenção
A identificação de sintomas como dor abdominal, presença 
de sangue nas fezes ou em vômito e alterações nos sinais 
vitais, como taquicardia e hipotensão, são indicativos de 
possíveis emergências gastrintestinais que exigem resposta 
rápida do enfermeiro. A observação e a interpretação 
desses sinais permitem uma intervenção eficaz, essencial 
para a estabilidade do paciente em estado crítico (Nettina, 
2021). 
Nesse contexto, o conhecimento técnico do enfermeiro é necessário para 
interpretar corretamente os sinais clínicos e associá-los aos exames, o que 
facilita intervenções adequadas, como ajuste de terapias de suporte hemo-
dinâmico e reposição volêmica (Murakami; Santos, 2017). Dessa forma, a 
avaliação gastrintestinal em pacientes críticos exige um olhar atento, além 
de práticas baseadas em evidências, que assegurem o suporte vital e contri-
buam para a estabilidade do paciente (Viana; Torre, 2017).
115
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
5.1.2 HEMORRAGIA DIGESTIVA, ABDOME AGUDO E HIPERTENSÃO 
INTRA-ABDOMINAL – TRATAMENTO E ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM
No atendimento a pacientes com hemorragia digestiva, abdome agudo ou 
hipertensão intra-abdominal, a assistência pré e pós-procedimento reali-
zada pelo enfermeiro contribui para o sucesso das intervenções diagnósticas 
e terapêuticas. O preparo para procedimentos como endoscopia e laparo-
tomia inclui orientar o paciente sobre o processo, realizar o jejum prévio, 
ajustar medicamentos e preparar os acessos venosos necessários (Murakami; 
Santos, 2017). 
Após os procedimentos, é importante monitorar a evolução das feridas, 
manejar sondas e drenos com técnica asséptica e observar atentamente 
sinais de complicações, como febre, dor intensa ou distensão abdominal, 
que podem indicar infecção ou outras intercorrências (Padilha et al., 2014). 
Esses cuidados contínuos permitem ao enfermeiro identificar rapidamente 
mudanças no quadro clínico, assegurando que o paciente receba suporte 
adequado em todas as etapas do tratamento (Viana; Torre, 2017).
Para garantir a estabilidade do paciente, são necessários o suporte hemodi-
nâmico e a reposição volêmica, especialmente em casos de hemorragia, em 
que a perda de sangue pode levar a um choque hipovolêmico. O enfermeiro 
deve selecionar e administrar soluções intravenosas apropriadas, como cris-
taloides ou coloides, conforme as necessidades hemodinâmicas do paciente, 
ajustando a velocidade de infusão e observando parâmetros vitais, como 
pressão arterial e frequência cardíaca, para evitar sobrecarga de fluidos ou 
piora do quadro (Hinkle; Cheever, 2019). Este monitoramento frequente 
contribui para a reposição efetiva do volume intravascular, ajudando a 
preservar a perfusão dos órgãos e prevenindo disfunções que poderiam se 
agravar em um cenário de hipovolemia não controlada (Padilha et al., 2014).
Ao longo do processo de tratamento, a vigilância contínua de sinais e 
sintomas permite ajustar a abordagem terapêutica conforme o quadro do 
paciente. A reposição volêmica adequada, associada a uma avaliação clínica 
cuidadosa, permite a detecção de sinais de estabilização ou piora, possi-
bilitando ao enfermeiro ajustar as intervenções de acordo com a evolução 
116
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
clínica observada. Com esse acompanhamento próximo o enfermeiro atua 
diretamente na manutenção da estabilidade hemodinâmica e na recu-
peração do paciente, reforçando o cuidado individualizado e baseado em 
protocolos específicos para cada condição (Nettina, 2021).
5.2 TERAPIA NUTRICIONAL EM UTI
A terapia nutricional em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) é uma estra-
tégia indispensável para promover a recuperação e manter a homeostase de 
pacientes em estado crítico. Nesses contextos, a oferta de nutrientes deve ser 
cuidadosamente planejada, pois condições como hipermetabolismo, cata-
bolismo exacerbado e alterações no sistema digestivo exigem abordagens 
nutricionais específicas e monitoramento contínuo (Padilha et al., 2014).
Figura 4: Alimentação 
Fonte: rawpixel.com, Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração mostra os braços de cinco pessoas erguidos segurando respec-
tivamente, um brócolis, um copo com água, um comprimido com a palavra “saúde”, uma 
maçã e uma cenoura. 
A escolha entre nutrição enteral e parenteral depende do quadro clínico 
do paciente e da sua capacidade de absorção e digestão. A dieta enteral é 
117
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
preferida sempre que o trato gastrintestinal é funcional, e a nutrição paren-
teral é indicada em casos de obstruções intestinais ou quando há contrain-
dicações ao uso de sondas (Murakami e Santos, 2017). Além disso, o manejo 
adequado da terapia nutricional contribui para prevenir complicações, como 
infecções associadas a acessos venosos na nutrição parenteral ou broncoas-
piração na enteral, exigindo do enfermeiro atenção aos sinais de intolerância 
e ajustes contínuos das taxas de infusão (Nettina, 2021). 
Saiba Mais
Para ampliar seu conhecimento sobre a atuação do enfer-
meiro na Terapia Nutricional Oral, Enteral e Parenteral, 
consulte a Diretriz Braspen de Enfermagem em Terapia 
Nutricional Oral, Enteral e Parenteral (Matsuba et al., 2021). 
Este documento aborda recomendações práticas e evidên-
cias atualizadas para uma assistência segura e eficaz em 
nutrição clínica. 
Fonte: MATSUBA, C. S. T. et al. Diretriz Braspen de enfer-
magem em terapia nutricional oral, enteral e paren-
teral. Braspen Journal, [s. l.], v. 36, supp. 3, p. 2-62, 2021. 
Disponível em: https://braspenjournal.org/article/10.37111/
braspenj.diretrizENF2021/pdf/braspen-36-3%2C+Supl+-
3-6537d56ba953950a50771815.pdf. Acesso em: 8 out. 2024.
Dessa forma, a terapia nutricional é uma intervenção complexa que busca 
garantir o suporte adequado ao organismo, favorecendo o equilíbrio meta-
bólico e a evolução clínica positiva do paciente (Viana; Torre, 2017).
5.2.1 DIETA ENTERAL
A administração da dieta enteral em UTI envolve protocolos rigorosos que 
visam otimizar a absorção de nutrientes e reduzir o risco de complicações. 
A seleção da dieta deve ser baseada nas necessidades nutricionais e no 
https://braspenjournal.org/article/10.37111/braspenj.diretrizENF2021/pdf/braspen-36-3%2C+Supl+3-6537d56ba953950a50771815.pdf
https://braspenjournal.org/article/10.37111/braspenj.diretrizENF2021/pdf/braspen-36-3%2C+Supl+3-6537d56ba953950a50771815.pdf
https://braspenjournal.org/article/10.37111/braspenj.diretrizENF2021/pdf/braspen-36-3%2C+Supl+3-6537d56ba953950a50771815.pdf
118
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
quadro clínico do paciente, considerando aspectoscomo calorias, proteínas 
e micronutrientes essenciais (Murakami; Santos, 2017). O preparo cuida-
doso e a técnica correta na administração da dieta são fundamentais para 
garantir a segurança do paciente; o posicionamento elevado da cabeceira, 
por exemplo, reduz o risco de broncoaspiração, uma complicação poten-
cialmente grave (Padilha et al., 2014). Além disso, é fundamental que a 
taxa de infusão siga as recomendações preconizadas para evitar sobrecarga 
gástrica, e que o enfermeiro realize um monitoramento atento à tolerância 
do paciente, incluindo observação de sintomas como náusea, vômito e diar-
reia (Viana; Torre, 2017).
Para avaliar a eficácia da terapia enteral, o enfermeiro deve monitorar regu-
larmente parâmetros clínicos e laboratoriais que indiquem o estado nutri-
cional do paciente. O acompanhamento do peso corporal, o balanço hídrico 
e os valores laboratoriais, como albumina e proteínas plasmáticas, oferecem 
uma visão ampla sobre a resposta do organismo à terapia nutricional e 
permitem ajustes conforme necessário (Hinkle; Cheever, 2019). Em muitos 
casos, a aferição da glicemia capilar também é necessária para identificar 
possíveis descompensações metabólicas associadas à dieta (Nettina, 2021). 
Esse monitoramento deve ser constante e integrado à avaliação clínica, de 
modo a prevenir tanto subnutrição quanto sobrecarga calórica, condições 
que podem comprometer a evolução do paciente.
A prevenção de complicações na dieta enteral é uma das responsabilidades 
do enfermeiro, que deve adotar estratégias para evitar problemas frequentes, 
como broncoaspiração, obstrução de sondas e distensão abdominal. A 
observação rigorosa da técnica de administração, o manejo cuidadoso da 
sonda e o controle das taxas de infusão ajudam a minimizar esses riscos 
(Padilha et al., 2014). Caso ocorram sinais de intolerância, o enfermeiro deve 
prontamente identificar e interromper a dieta, comunicar à equipe e adotar 
medidas para resolver a complicação, como o reposicionamento da sonda 
ou o ajuste das taxas de infusão (Murakami; Santos, 2017). A atenção a esses 
detalhes assegura que a terapia enteral ofereça o suporte nutricional neces-
sário, contribuindo para uma recuperação mais segura e eficaz do paciente 
em estado crítico.
119
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
5.2.2 DIETA PARENTAL
A dieta parenteral é indicada para pacientes que não podem receber nutrição 
por via enteral, como aqueles com obstrução intestinal, síndromes de má 
absorção ou condições graves no trato digestivo que impedem o uso seguro 
de sondas (Padilha et al., 2014). Nesses casos, a nutrição parenteral permite 
a administração de nutrientes diretamente na corrente sanguínea, sendo 
fundamental que a solução seja cuidadosamente preparada para atender às 
necessidades metabólicas e evitar complicações.
O enfermeiro deve garantir que a solução contenha as concentrações 
adequadas de glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas e eletrólitos, ajus-
tando os componentes conforme a prescrição médica e as necessidades 
específicas do paciente (Murakami; Santos, 2017). Além disso, a adminis-
tração deve ser feita por meio de um catéter venoso central, exigindo técnica 
estéril e preparo rigoroso para prevenir infecções e garantir a segurança do 
paciente durante o procedimento.
O monitoramento metabólico é indispensável na terapia parenteral para 
avaliar a resposta do paciente e ajustar a nutrição conforme necessário. O 
acompanhamento de glicemia capilar, eletrólitos séricos e função hepática 
e renal é realizado de forma contínua, possibilitando identificar alterações 
metabólicas que possam exigir intervenção rápida, como hiperglicemia, 
desequilíbrios eletrolíticos ou elevação de enzimas hepáticas (Nettina, 2021). 
Esse monitoramento precisa ser aliado a uma análise clínica constante, para 
que o enfermeiro consiga ajustar o suporte nutricional e evitar complica-
ções, especialmente em pacientes de UTI, em que o metabolismo pode 
variar rapidamente em resposta ao quadro clínico (Hinkle; Cheever, 2019). 
A interpretação desses parâmetros permite ao enfermeiro tomar decisões 
informadas, em conjunto com a equipe multiprofissional, e garantir que o 
paciente receba o suporte nutricional ideal.
120
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Curiosidade 
Sabia que a solução de nutrição parenteral precisa estar à 
temperatura ambiente antes da administração? Retirar a 
bolsa da geladeira uma hora antes da infusão ajuda a evitar 
desconforto e complicações metabólicas para o paciente, 
mas é importante não aquecer a bolsa artificialmente, 
pois isso pode comprometer a qualidade dos nutrientes 
(Padilha et al., 2014). 
Para manter a segurança do paciente e a efetividade da terapia parenteral, 
são necessários cuidados rigorosos com o catéter venoso central. O enfer-
meiro deve observar práticas estritas de assepsia na manipulação do cateter, 
realizar trocas de curativos regulares e garantir a permeabilidade do acesso 
para prevenir infecções associadas à corrente sanguínea, que são riscos 
conhecidos na nutrição parenteral (Padilha et al., 2014). 
A manutenção do catéter envolve monitoramento constante quanto a 
sinais de infecção, como febre e dor no local, e cuidados específicos para 
evitar complicações mecânicas, como obstrução ou trombose. A combi-
nação desses cuidados, a observação atenta e o monitoramento contínuo 
garantem que a nutrição parenteral seja administrada de forma segura e 
eficaz, contribuindo para a estabilidade e a recuperação do paciente em 
estado crítico (Viana; Torre, 2017).
5.3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NOS DISTÚRBIOS 
METABÓLICOS
Assistir pacientes críticos com distúrbios metabólicos exige conhecimento 
detalhado sobre o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico, já que altera-
ções nessas funções impactam diretamente a estabilidade e a recuperação 
clínica. Distúrbios como hiponatremia, hipercalemia, acidose e alcalose são 
comuns em pacientes de UTI e podem surgir em decorrência de condições 
clínicas como insuficiência renal, diabetes e infecções graves (Murakami; 
Santos, 2017). O enfermeiro deve avaliar continuamente os sinais e sintomas 
121
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
desses desequilíbrios, incluindo alterações na pressão arterial, frequência 
cardíaca, nível de consciência e resultados laboratoriais, e colaborar com a 
equipe para ajustar intervenções como reposição de eletrólitos e controle 
dos parâmetros hemodinâmicos (Nettina, 2021). 
Figura 5: Assistência de Enfermagem 
Fonte: vectorpouch, Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração de um paciente deitado em um leito e sendo monitorado por 
um monitor multiparâmetro enquanto está sendo avaliado por uma enfermeira.
Esse acompanhamento permite detectar rapidamente mudanças no estado 
metabólico do paciente e implementar intervenções seguras, visando o 
restabelecimento do equilíbrio interno e contribuindo para o prognóstico 
positivo do paciente crítico (Padilha et al., 2014).
122
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
5.3.1 DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO E 
ÁCIDO-BÁSICO
Os distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico, como hipona-
tremia, hipercalemia, acidose e alcalose, representam desafios frequentes 
no cuidado de pacientes críticos. A hiponatremia, ou baixo nível de sódio 
no sangue, pode causar sintomas como fraqueza, confusão mental e, em 
casos mais graves, convulsões. A hipercalemia, caracterizada pelo excesso 
de potássio, se manifesta com arritmias e fraqueza muscular (Padilha et al., 
2014).
No caso dos distúrbios ácido-básicos, a acidose pode ser identificada por 
uma respiração rápida e profunda e pela diminuição do pH sanguíneo, 
enquanto a alcalose, opostamente, causa sintomas como tremores e irrita-
bilidade (Hinkle; Cheever, 2019). A avaliação desses desequilíbrios exige do 
enfermeiro a capacidade de correlacionar os sintomas clínicos com exames 
laboratoriais, como eletrólitosséricos e gasometria, estabelecendo um diag-
nóstico diferencial preciso que possibilite intervenções rápidas e adequadas 
(Murakami; Santos, 2017).
As intervenções de enfermagem específicas para corrigir esses desequilíbrios 
incluem o ajuste de infusões intravenosas e a administração controlada de 
eletrólitos, como sódio e potássio, seguindo orientações médicas e protocolos 
estabelecidos. O enfermeiro deve observar as respostas do paciente às inter-
venções e estar atento para ajustar infusões de acordo com as necessidades 
fisiológicas, garantindo que as taxas de administração estejam adequadas 
para evitar sobrecargas ou deficiências eletrolíticas (Viana; Torre, 2017). Por 
exemplo, em casos de hiponatremia, a reposição de sódio deve ser gradual 
para evitar complicações neurológicas, e, na hipercalemia, a administração 
de soluções de gluconato de cálcio ou diuréticos pode ser necessária para 
estabilizar os níveis de potássio (Nettina, 2021).
O acompanhamento contínuo da resposta do paciente às intervenções e a 
comunicação com a equipe médica são essenciais para garantir a segurança 
e a eficácia das terapias administradas. O enfermeiro monitora os parâmetros 
laboratoriais e vitais, como frequência cardíaca e pressão arterial, identifi-
cando prontamente qualquer descompensação que exija ajuste terapêutico 
123
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
(Padilha et al., 2014). Esse monitoramento constante permite ao enfermeiro 
colaborar ativamente com a equipe na tomada de decisões, promovendo 
um ambiente de cuidado integrado e dinâmico, que é fundamental para a 
recuperação e estabilidade do paciente com distúrbios metabólicos graves 
(Murakami; Santos, 2017).
5.4 CETOACIDOSE DIABÉTICA E COMA HIPOGLICÊMICO
A cetoacidose diabética e o coma hipoglicêmico são complicações meta-
bólicas graves do diabetes que demandam intervenção rápida e precisa na 
UTI. A cetoacidose ocorre quando a deficiência de insulina leva o organismo 
a utilizar ácidos graxos como fonte de energia, resultando na produção 
de corpos cetônicos e consequente acidose metabólica, caracterizada 
por sintomas como respiração profunda, desidratação e confusão mental 
(Hinkle; Cheever, 2019). Já o coma hipoglicêmico é causado por níveis extre-
mamente baixos de glicose no sangue, podendo ser induzido por doses 
excessivas de insulina ou jejum prolongado, e se manifesta por sinais como 
sudorese, tremores, alterações de consciência e até convulsões (Padilha et 
al., 2014).
124
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 6: Glicemia capilar
Fonte: brgfx, Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração de um aparelho de verificação de glicemia marcando 100 mg/
dl na tela, e uma gota de sangue de um dedo sendo colocada para verificação dos níveis de 
glicose no sangue. 
A assistência de enfermagem nessas situações envolve monitoramento 
contínuo dos níveis de glicose e gases sanguíneos, administração controlada 
de insulina e glicose intravenosa, além de vigilância constante dos sinais 
vitais para ajustes imediatos no suporte hemodinâmico, proporcionando ao 
paciente o manejo seguro e eficaz durante essas emergências metabólicas 
(Murakami; Santos, 2017). 
125
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
5.4.1 ANÁLISE DOS GASES SANGUÍNEOS
A análise dos gases sanguíneos é uma ferramenta indispensável na avaliação 
de pacientes em estado crítico com cetoacidose diabética e coma hipoglicê-
mico, fornecendo informações detalhadas sobre o equilíbrio ácido-básico e 
oxigenação. Parâmetros como o pH, a pressão parcial de dióxido de carbono 
(pCO₂), o bicarbonato (HCO₃-) e a pressão parcial de oxigênio (pO₂) ajudam 
a identificar acidose e alcalose metabólica ou respiratória, bem como níveis 
de hipoxemia que podem ser significativos no quadro do paciente (Hinkle 
e Cheever, 2019). Na cetoacidose diabética, o pH frequentemente se apre-
senta diminuído, refletindo a acidose metabólica, enquanto no coma hipo-
glicêmico, as alterações podem variar dependendo da severidade do quadro 
e das intervenções anteriores (Padilha et al., 2014). A correlação dos resul-
tados laboratoriais com o quadro clínico é fundamental para que o enfer-
meiro compreenda o estado metabólico e tome decisões terapêuticas asser-
tivas, ajustando o suporte necessário para o paciente.
As intervenções de enfermagem baseadas nos resultados da gasometria 
exigem atenção às necessidades específicas de cada paciente. 
Figura 7: Gasometria
Fonte: Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Fotografia de um profissional de saúde calçando luvas e colhendo 
sangue com uma seringa com agulha do antebraço de um paciente.
126
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Em casos de cetoacidose, o manejo da terapia insulínica é fundamental para 
reduzir os níveis de glicose e corrigir a acidose, enquanto a administração 
de fluidos intravenosos, como soluções salinas, ajuda a restaurar o volume 
intravascular e corrigir a desidratação associada (Murakami; Santos, 2017). 
No coma hipoglicêmico, a rápida administração de glicose é essencial para 
reverter os sintomas e prevenir danos neurológicos permanentes, além de 
ser necessário ajustar a glicemia cuidadosamente para evitar oscilações 
extremas (Nettina, 2021). 
Em ambas as situações, o suporte respiratório pode ser necessário para esta-
bilizar o paciente, especialmente quando os gases sanguíneos indicam hipo-
xemia ou dificuldades respiratórias que possam comprometer a oxigenação.
O monitoramento contínuo de parâmetros vitais, glicemia e balanço hídrico 
é imprescindível para ajustar a terapia de acordo com a evolução clínica do 
paciente. O enfermeiro deve realizar medições regulares de glicose e dosar 
a infusão de insulina conforme as respostas metabólicas do paciente, garan-
tindo uma abordagem segura e eficaz (Viana; Torre, 2017). Da mesma forma, 
o acompanhamento dos sinais vitais permite identificar alterações rápidas 
que podem indicar instabilidade hemodinâmica ou metabólica, sendo a 
intervenção imediata necessária para a manutenção da estabilidade do 
paciente. 
Reflita
Como a interpretação detalhada dos gases sanguíneos 
pode influenciar diretamente a tomada de decisões 
clínicas em pacientes com cetoacidose diabética e coma 
hipoglicêmico?
A prática de enfermagem, aliada à interpretação dos gases sanguíneos e ao 
monitoramento contínuo, contribui diretamente para um manejo seguro 
e personalizado em emergências como a cetoacidose diabética e o coma 
hipoglicêmico (Padilha et al., 2014).
127
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
CONCLUSÃO
Na Unidade 5 - Assistência ao paciente crítico, disfunção digestiva e meta-
bólica, foram abordados os principais aspectos que envolvem o cuidado em 
condições como hemorragia digestiva, abdome agudo, hipertensão intra-ab-
dominal, cetoacidose diabética, coma hipoglicêmico e distúrbios do equilí-
brio hidroeletrolítico e ácido-básico. 
Cada tópico discutiu tanto a avaliação clínica detalhada e a interpretação 
de exames laboratoriais, quanto as intervenções de enfermagem necessá-
rias para a estabilização do paciente, incluindo o manejo da terapia nutri-
cional, tanto enteral quanto parenteral, e as práticas de reposição volêmica 
e suporte hemodinâmico. 
A ideia central da unidade foi capacitar você para o desenvolvimento de um 
cuidado seguro e eficaz, embasado em evidências, que reconheça a comple-
xidade desses quadros e promova intervenções específicas, que são essen-
ciais para a recuperação e estabilidade dos pacientes em estado crítico. 
Dessa forma, o conteúdo ofereceu uma base sólida, preparando-o para 
identificar, avaliar e atuar frente às disfunções digestivas e metabólicas no 
contexto intensivo.
128
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os materiais a seguir:
1. BARRETO, P. et al. Posicionamento Braspen – Manejo da disfunção do trato 
gastrointestinal na UTI. BraspenJournal, [s. l.], v. 37, n. 3, p. 228-243, 2022. 
Disponível em: https://braspenjournal.org/article/10.37111/braspenj.2022.
BRASPEN_posicionamentofibras/pdf/braspen-37-3-228.pdf. Acesso em: 8 
out. 2024. 
2. BORGES, D. M. S. et al. Cuidados de enfermagem no manejo aos pacientes 
com cetoacidose diabética: revisão integrativa. Revista Brasileira de 
Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, [s. l.], v. 18, n. 115, p. 824-830, 
2024. Disponível em: https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/
view/2485/1482. Acesso em: 8 out. 2024.
3. GONÇALVES, C. V. et al. Monitoramento da Terapia Nutricional Enteral em 
Unidade de Terapia Intensiva: adequação calórico-proteica e sobrevida. 
Braspen Journal, [s. l.], v. 32, n. 4, p. 341-346, 2017. Disponível em: https://
braspenjournal.org/article/doi/10.37111/braspenj.2017.32.4.08. Acesso em: 8 
out. 2024.
4. MOLESKI, S. M. Avaliação do paciente gastrointestinal. Manual MSD – 
Versão para Profissionais de Saúde, [s. l.], 2023. Disponível em: https://
www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointesti-
nais/abordagem-ao-paciente-gastrointestinal/avalia%C3%A7%C3%A3o-
-do-paciente-gastrointestinal?ruleredirectid=762. Acesso em: 8 out. 2024.
5. PEREIRA, B. M. Protocolos de mensuração e tratamento da hipertensão 
intra-abdominal. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, [s. l.], v. 
48, p. e20202838, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rcbc/a/
NVd4zW6Bgng8VQsQwmyQsqg/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 8 
out. 2024.
https://braspenjournal.org/article/10.37111/braspenj.2022.BRASPEN_posicionamentofibras/pdf/braspen-37-3-228.pdf
https://braspenjournal.org/article/10.37111/braspenj.2022.BRASPEN_posicionamentofibras/pdf/braspen-37-3-228.pdf
https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2485/1482
https://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/2485/1482
https://braspenjournal.org/article/doi/10.37111/braspenj.2017.32.4.08
https://braspenjournal.org/article/doi/10.37111/braspenj.2017.32.4.08
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abordagem-ao-paciente-gastrointestinal/avalia%C3%A7%C3%A3o-do-paciente-gastrointestinal?ruleredirectid=762
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abordagem-ao-paciente-gastrointestinal/avalia%C3%A7%C3%A3o-do-paciente-gastrointestinal?ruleredirectid=762
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abordagem-ao-paciente-gastrointestinal/avalia%C3%A7%C3%A3o-do-paciente-gastrointestinal?ruleredirectid=762
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abordagem-ao-paciente-gastrointestinal/avalia%C3%A7%C3%A3o-do-paciente-gastrointestinal?ruleredirectid=762
https://www.scielo.br/j/rcbc/a/NVd4zW6Bgng8VQsQwmyQsqg/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/rcbc/a/NVd4zW6Bgng8VQsQwmyQsqg/?lang=pt&format=pdf
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
129
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que possa:
Abordar os principais métodos substi-
tutivos da função renal, possibilitando 
bases científicas para a identificação de 
técnicas dialíticas.
Aplicar a assistência adequada na trans-
fusão de hemocomponentes 
Compreender os diferentes distúrbios 
neurológicos correlacionando aos casos 
clínicos.
Aplicar a adequada assistência na sedação 
e na ocorrência de dor.
UNIDADE 6
130
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
6 ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CRÍTICO, 
DISFUNÇÃO GENITURINÁRIA, NEUROLÓGICA 
E HEMATOLÓGICA
A assistência ao paciente crítico com disfunção geniturinária, neurológica 
e hematológica envolve conhecimentos essenciais para o enfermeiro que 
atua em Unidades de Terapia Intensiva, em que a compreensão da fisiopato-
logia e dos protocolos específicos pode determinar uma intervenção eficaz 
e segura. 
Ao longo desta unidade, você será orientado a reconhecer os sinais clínicos e 
os parâmetros de avaliação para complicações renais, neurológicas e hema-
tológicas, assim como a aplicar os métodos dialíticos, os cuidados com a 
transfusão de hemocomponentes e o manejo de situações neurológicas 
críticas, como o acidente vascular encefálico e a hipertensão intracraniana. 
A unidade constrói-se sobre os conceitos de disfunção cardiovascular e respi-
ratória previamente abordados, oferecendo uma continuidade ao desen-
volvimento das habilidades de avaliação e assistência em sistemas corpo-
rais interdependentes. Posteriormente, você avançará para o domínio de 
técnicas relacionadas ao manejo de outras disfunções em UTI, consolidando 
uma visão integrada do cuidado intensivo.
6.1 INSUFICIÊNCIA RENAL E MÉTODOS DIALÍTICOS
A insuficiência renal representa uma condição complexa e recorrente em 
pacientes críticos, exigindo do enfermeiro um conhecimento amplo sobre os 
mecanismos de avaliação e estratégias de suporte e substituição da função 
renal. 
131
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 1: Doença renal 
Fonte: Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida de um rim em corte anatômico ao centro, com duas 
pessoas ao lado, ambas usando jalecos. À esquerda, a pessoa segura uma prancheta e uma 
lupa; e à direita, a pessoa segura um grande comprimido. Abaixo do rim, há tubos de ensaio 
com líquido vermelho em um suporte. Acima dos tubos, há um ícone de check indicando 
aprovação ou confirmação. 
Em unidades de terapia intensiva, o monitoramento cuidadoso e contínuo 
é essencial para detectar sinais iniciais de disfunção, promovendo interven-
ções que previnam a progressão do quadro clínico (Padilha et al., 2014). 
O suporte dialítico, seja por meio da hemodiálise ou da diálise peritoneal, 
atua no controle do equilíbrio hidroeletrolítico e na remoção de toxinas, 
processos vitais para a estabilização dos pacientes com insuficiência renal 
(Hinkle; Cheever, 2019). 
132
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Saiba Mais
Para entender melhor os diagnósticos e intervenções de 
enfermagem em pacientes com lesão renal aguda, consulte 
o artigo a seguir que examina as principais intervenções 
em UTIs, como controle de infecção e equilíbrio hídrico. 
Esse artigo oferece uma visão abrangente das necessi-
dades de cuidado e das estratégias de enfermagem em 
casos críticos. 
Fonte: GRASSI, M. F. et al. Diagnósticos, resultados e inter-
venções de enfermagem em pacientes com lesão renal 
aguda. Acta Paul Enferm., [s. l.], v. 30, n. 5, p. 538-545, 2017. 
Disponível: https://www.scielo.br/j/ape/a/yZd6jnPcmGKCS-
bJTtgkxDvw/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 8 nov. 2024.
Essa compreensão da fisiopatologia e dos cuidados específicos na insufici-
ência renal aguda e crônica permite ao enfermeiro adotar práticas funda-
mentadas, garantindo uma assistência segura e qualificada no ambiente 
intensivo.
6.1.1 AVALIAÇÃO DO SISTEMA GENITURINÁRIO DO PACIENTE 
CRÍTICO 
A avaliação do sistema geniturinário em pacientes críticos baseia-se em 
exames laboratoriais e de imagem, que permitem identificar e monitorar 
alterações na função renal. Entre os exames laboratoriais principais estão a 
dosagem de creatinina e ureia, marcadores de excreção renal que indicam 
a capacidade de filtração glomerular e ajudam a identificar disfunções ou 
insuficiência renal (Padilha et al., 2014). 
A creatinina sérica, que aumenta com a redução da filtração, é um indicador 
importante, e a ureia pode revelar tanto o estado de hidratação quanto o 
catabolismo proteico do paciente (Hinkle; Cheever, 2019). 
https://www.scielo.br/j/ape/a/yZd6jnPcmGKCSbJTtgkxDvw/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/ape/a/yZd6jnPcmGKCSbJTtgkxDvw/?lang=pt&format=pdf
133
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Eletrólitos como sódio e potássio também são fundamentais, uma vez que 
seus níveis refletem o equilíbrio hidroeletrolítico, permitindo ajustar inter-
venções para corrigir desequilíbrios que podem afetar o sistema cardiovas-
cular e outros órgãos (Murakami; Santos, 2017).
Além dos exames laboratoriais,o monitoramento do débito urinário fornece 
informações valiosas sobre a função renal e a resposta do paciente aos trata-
mentos. 
A diurese horária, mensurada frequentemente com o auxílio de cateteres 
urinários, indica a perfusão renal e permite uma avaliação contínua do 
estado do paciente crítico (Padilha et al., 2014). 
Débito urinário baixo pode sinalizar lesão renal aguda, especialmente em 
pacientes com múltiplas insuficiências orgânicas, exigindo intervenção 
imediata para prevenir a progressão da disfunção (Hinkle; Cheever, 2019). 
O enfermeiro, ao realizar a monitorização de débito e interpretar esses parâ-
metros, contribui ativamente para o ajuste das terapias e para a manutenção 
da estabilidade clínica do paciente.
6.1.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA INSUFICIÊNCIA RENAL 
AGUDA E CRÔNICA 
Na assistência de enfermagem a pacientes com lesão renal aguda (LRA) 
— também chamada de insuficiência renal aguda, termo utilizado anterior-
mente — o foco está na detecção precoce dos sinais de disfunção renal e na 
aplicação de intervenções para reverter ou estabilizar o quadro. 
A LRA é comum em ambientes de terapia intensiva, e a monitorização cons-
tante do débito urinário e dos parâmetros bioquímicos, como creatinina e 
eletrólitos, é essencial para identificar precocemente a redução da função 
renal (Padilha et al., 2014; Hinkle; Cheever, 2019). 
Intervenções como a reposição volêmica ajustada e o controle de agentes 
nefrotóxicos, que podem acelerar o comprometimento renal, são práticas 
críticas para reduzir os danos aos rins (Murakami; Santos, 2017). 
134
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
A atuação do enfermeiro envolve não apenas a execução desses cuidados, 
mas também a avaliação frequente da resposta do paciente, ajustando o 
plano terapêutico de acordo com as necessidades apresentadas e em cola-
boração com a equipe multidisciplinar (Freitas, 2018).
Para pacientes com insuficiência renal crônica (IRC), a assistência de enfer-
magem na UTI requer cuidados específicos, com ênfase no suporte contínuo 
e no monitoramento intensivo. 
Pacientes dialíticos crônicos, quando em ambiente crítico, podem neces-
sitar de ajustes nas terapias de substituição renal, incluindo a frequência e o 
tipo de diálise, seja peritoneal ou hemodiálise, para garantir o controle dos 
níveis de toxinas e do equilíbrio hidroeletrolítico (Padilha et al., 2014; Hinkle; 
Cheever, 2019). Nesses casos, é fundamental que o enfermeiro observe sinais 
de sobrecarga hídrica, como edema e alterações na pressão arterial, além de 
monitorar os acessos vasculares para prevenir complicações infecciosas ou 
obstrutivas (Murakami; Santos, 2017).
Curiosidade
A lesão renal aguda (LRA), inicialmente chamada de insu-
ficiência renal aguda, foi identificada durante a Segunda 
Guerra Mundial com uma taxa de mortalidade de 100%. 
Desde então, classificações como RIFLE e AKIN têm 
ajudado na detecção precoce e no manejo mais eficaz da 
LRA, especialmente em UTIs, reduzindo a mortalidade e 
melhorando os desfechos clínicos (Padilha et al., 2014) . 
A gestão desses cuidados, que inclui a avaliação da condição clínica e ajustes 
terapêuticos, promove a manutenção da estabilidade do paciente em estado 
crítico e o suporte necessário à continuidade dos cuidados dialíticos (Freitas, 
2018).
135
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
6.1.3 DIÁLISE PERITONIAL E HEMODIÁLISE
A escolha entre diálise peritoneal e hemodiálise em pacientes críticos 
depende de uma avaliação cuidadosa das indicações e contraindicações 
de cada método. A hemodiálise é recomendada em casos que demandam 
remoção rápida de toxinas e controle de sobrecarga hídrica, sendo mais indi-
cada para pacientes hemodinamicamente estáveis e com acesso vascular 
adequado (Hinkle; Cheever, 2019). 
Em contrapartida, a diálise peritoneal é geralmente indicada para pacientes 
instáveis ou com dificuldade de acesso vascular, pois permite uma troca mais 
lenta de líquidos e solutos utilizando a cavidade peritoneal como membrana 
filtrante, o que minimiza o impacto hemodinâmico (Padilha et al., 2014). 
Essa escolha fundamenta-se em avaliações que consideram o estado clínico 
do paciente e a possibilidade de resposta ao tratamento, orientando a equipe 
de enfermagem e médica para o método mais adequado.
136
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 2: Terapia renal substitutiva 
Fonte: Riswan Ratta, Unsplash, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida mostra um paciente deitado em uma cama de 
hospital, recebendo tratamento de diálise. Ele está conectado a uma máquina de hemodiá-
lise ao lado, com duas bolsas de sangue na parte superior. O paciente parece relaxado, com 
o braço ligado por tubos à máquina que filtra o sangue.
Ambos os métodos dialíticos apresentam riscos específicos que exigem 
intervenções da enfermagem para garantir a segurança do paciente. 
Na diálise peritoneal, a peritonite é uma complicação comum, geralmente 
associada à contaminação do catéter ou do fluido dialítico; para preveni-la, o 
137
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
enfermeiro deve realizar uma assepsia rigorosa durante as trocas e monitorar 
sinais de infecção, como febre e turvação do efluente (Murakami; Santos, 
2017). 
Na hemodiálise, a hipotensão intradialítica é uma complicação frequente, 
devido à rápida remoção de fluidos; para gerenciá-la, o enfermeiro moni-
tora os sinais vitais e ajusta a taxa de ultrafiltração conforme necessário, 
buscando estabilizar o paciente e prevenir desconforto ou descompensação 
(Padilha et al., 2014). 
A atuação da enfermagem é, portanto, essencial para monitorar e intervir 
prontamente nas complicações, promovendo um cuidado contínuo e seguro 
durante a terapia dialítica.
6.2 TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
A transfusão sanguínea é uma intervenção frequente e essencial no cuidado 
intensivo, utilizada para restaurar o volume sanguíneo e corrigir déficits 
específicos de hemocomponentes, como hemácias, plaquetas e plasma, em 
pacientes críticos. 
Essa prática exige que o enfermeiro possua conhecimento técnico e habi-
lidade para avaliar as indicações clínicas, acompanhar os parâmetros labo-
ratoriais e realizar a transfusão de maneira segura e precisa, considerando 
sempre as condições particulares de cada paciente (Hinkle; Cheever, 2019). 
Na UTI, a transfusão é uma ferramenta vital que contribui diretamente para 
a estabilização hemodinâmica e a resposta imunológica dos pacientes, 
especialmente aqueles em risco de sangramento ou com doenças hemato-
lógicas e alterações graves na coagulação (Murakami; Santos, 2017). 
O enfermeiro, ao integrar essas práticas com protocolos rigorosos de segu-
rança, assegura uma assistência de qualidade e fundamentada em evidên-
cias para promover o cuidado e minimizar possíveis complicações durante o 
processo transfusional (Padilha et al., 2014).
138
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
6.2.1 CRITÉRIOS PARA TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTES
A decisão pela transfusão de hemocomponentes em pacientes críticos deve 
ser fundamentada em critérios específicos, considerando o tipo de defici-
ência e a condição clínica do paciente.
Figura 3: Exame do sangue 
Fonte: AntonSAN, Shutterstock, 2024.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida mostra uma mão com luva azul segurando um tubo 
de ensaio contendo líquido vermelho, representando uma amostra de sangue. O fundo é 
branco, destacando o tubo e a mão enluvada.
Para a transfusão de concentrado de hemácias, por exemplo, indica-se geral-
mente quando há anemia significativa associada a sintomas de hipóxia teci-
dual ou em casos de sangramento agudo, com o objetivo de restaurar a 
capacidade de transporte de oxigênio (Hinkle; Cheever, 2019). 
A reposição de plaquetas é recomendada em situações de trombocitopenia 
grave, especialmente em pacientes com risco de sangramento ativo ou em 
procedimentos invasivos, enquanto o uso de plasma fresco congeladoé indi-
cado para corrigir distúrbios de coagulação ou em casos de sangramento 
139
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
com deficiência de múltiplos fatores de coagulação (Padilha et al., 2014). O 
crioprecipitado, por sua vez, é usado quando há necessidade de reposição 
de fibrinogênio, como em quadros de coagulopatia associados a sangra-
mento ativo (Murakami; Santos, 2017). 
Cada tipo de hemocomponente apresenta indicações específicas que o 
enfermeiro deve compreender para participar de decisões fundamentadas 
e seguras.
A avaliação laboratorial é essencial para subsidiar essas decisões transfusio-
nais, orientando a necessidade e o tipo de hemocomponente a ser adminis-
trado. 
Exames como o hemograma, com destaque para os níveis de hemoglobina 
e contagem plaquetária, fornecem parâmetros sobre o estado hematoló-
gico do paciente e indicam a necessidade de transfusão de hemácias ou 
plaquetas conforme os valores críticos identificados (Freitas, 2018; Hinkle; 
Cheever, 2019). 
Já o tempo de coagulação, como o TP e o TTPA, e o nível de fibrinogênio são 
essenciais para avaliar o perfil de coagulação e decidir pela administração de 
plasma fresco congelado ou crioprecipitado em casos de distúrbios hemos-
táticos (Padilha et al., 2014). 
Com base na interpretação desses exames e na condição clínica do paciente, 
o enfermeiro em UTI contribui de forma direta para o planejamento trans-
fusional, assegurando que as intervenções sejam realizadas de acordo com 
protocolos e com foco na estabilização e segurança do paciente.
6.2.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DE TRANS-
FUSÃO
Os cuidados de enfermagem durante o processo de transfusão incluem o 
monitoramento constante para identificar rapidamente reações transfusio-
nais, permitindo intervenções imediatas em caso de adversidades. 
140
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 4: Transfusão 
Fonte: ivector, Shutterstock, 2022.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida mostra transfusão de sangue. Um paciente está 
sentado em uma cadeira, conectado a uma bolsa de sangue que aparece em destaque ao 
fundo, com um símbolo de coração no centro. Ao lado, uma pessoa em pé, provavelmente 
um profissional de saúde, observa a cena usando um crachá com o símbolo de coração.
Reações como febre, urticária, calafrios e dor lombar podem ser sinais 
iniciais de incompatibilidade ou de resposta adversa à transfusão e exigem a 
interrupção do procedimento e avaliação imediata da condição do paciente 
(Hinkle; Cheever, 2019). 
Em casos mais graves, como choque anafilático ou reações hemolíticas 
agudas, o enfermeiro deve estar preparado para realizar intervenções 
rápidas, incluindo suporte ventilatório e hemodinâmico conforme neces-
sário, além de comunicar imediatamente a equipe médica (Padilha et al., 
2014; Murakami; Santos, 2017). Esse monitoramento durante toda a infusão 
é essencial para garantir que qualquer alteração seja prontamente abor-
dada, minimizando o risco de complicações graves para o paciente.
Além do monitoramento, é imprescindível que o enfermeiro siga um 
checklist de segurança rigoroso antes, durante e após a transfusão, garan-
tindo que todos os passos sejam realizados de forma segura. Esse checklist 
141
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
inclui a identificação correta do paciente e a verificação da compatibilidade 
sanguínea antes de iniciar a transfusão, uma etapa crítica para evitar erros 
que poderiam desencadear reações adversas (Freitas, 2018; Hinkle; Cheever, 
2019). 
Durante o procedimento, a monitorização dos sinais vitais deve ser frequente, 
e, após a infusão, o enfermeiro deve continuar acompanhando o paciente, 
observando-o para reações tardias, como febre ou alterações hemodi-
nâmicas, além de registrar todas as etapas e intercorrências do processo 
(Padilha et al., 2014). 
Esses procedimentos de segurança formam a base para uma assistência de 
qualidade, reduzindo riscos e promovendo a segurança do paciente durante 
o processo transfusional.
6.3 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO, HIPERTENSÃO 
INTRACRANIANA E MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA
O manejo de pacientes com acidente vascular encefálico (AVE) e hipertensão 
intracraniana em terapia intensiva envolve conhecimentos específicos que 
permitem ao enfermeiro atuar de forma eficaz na estabilização e monitori-
zação desses pacientes críticos. 
Situações de AVE e de hipertensão intracraniana representam desafios 
frequentes na UTI, exigindo do enfermeiro habilidades de avaliação e inter-
venção rápidas para evitar a progressão de lesões neurológicas e promover a 
estabilidade do quadro clínico (Hinkle; Cheever, 2019). 
A atuação da enfermagem é essencial para aplicar protocolos de monitori-
zação neurológica contínua e para colaborar com a equipe na identificação 
precoce de sinais de deterioração, com o objetivo de ajustar as intervenções 
terapêuticas conforme a evolução do paciente (Padilha et al., 2014). 
Esse conjunto de práticas torna-se fundamental para o cuidado em UTI, 
assegurando que o paciente receba assistência qualificada e adaptada às 
demandas dinâmicas e complexas da função neurológica em estado crítico 
(Murakami; Santos, 2017).
142
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
6.3.1 AVALIAÇÃO DO SISTEMA NEUROLÓGICO DO PACIENTE 
CRÍTICO
A avaliação neurológica do paciente crítico envolve o uso de escalas que 
ajudam a monitorar o estado neurológico de forma precisa e contínua, faci-
litando intervenções rápidas e adequadas. 
A Escala de Coma de Glasgow é utilizada para avaliar o nível de consciência 
por meio de respostas motoras, verbais e oculares, e qualquer mudança nos 
escores pode indicar piora neurológica (Hinkle; Cheever, 2019). 
Em casos de acidente vascular encefálico, a NIH Stroke Scale (NIHSS) é espe-
cialmente útil, pois permite avaliar déficits neurológicos específicos, como a 
força motora e a visão, orientando o tratamento de acordo com a gravidade 
do quadro (Padilha et al., 2014). 
143
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 5: Acidentes vascular cerebral 
Fonte: brgfx, Freepik, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração colorida mostra os tipos de derrame cerebral humano, com 
um cérebro ao centro e três tipos principais de acidente vascular cerebral (AVC) ao redor. 
À esquerda, o “hemorrágico” mostra um vaso sanguíneo rompido, causando sangramento. 
À direita, “aterosclerose” exibe um vaso parcialmente bloqueado por placas de gordura. Na 
parte inferior, “isquêmico” mostra um vaso com bloqueio que impede o fluxo de sangue. 
Cada tipo é ilustrado com detalhes dos vasos sanguíneos para destacar as diferenças entre 
os tipos de AVC.
Além disso, a escala RASS (Richmond Agitation-Sedation Scale) é aplicada 
para pacientes sedados ou intubados, monitorando os níveis de sedação e 
agitação e possibilitando ajustes na sedação para o controle adequado do 
paciente (Murakami; Santos, 2017).
144
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
A monitorização da pressão intracraniana (PIC) é um aspecto crítico na 
avaliação de pacientes com risco de hipertensão intracraniana, comum em 
casos de lesões cerebrais e pós-AVE. O método invasivo, realizado por meio 
de catéteres intraventriculares, oferece medições precisas da pressão no 
cérebro, mas requer cuidados de enfermagem rigorosos para prevenir infec-
ções e complicações associadas (Padilha et al., 2014). 
Atenção
A Escala de Coma de Glasgow é utilizada para avaliar o 
nível de consciência por meio de respostas motoras, verbais 
e oculares, e qualquer mudança nos escores pode indicar 
piora neurológica (Hinkle; Cheever, 2019). 
A monitorização não invasiva, que inclui ultrassonografia e Doppler trans-
craniano, também pode ser utilizada para acompanhar a PIC em pacientes 
para os quais o método invasivo é contraindicado, oferecendo informações 
sobre a dinâmica cerebral (Hinkle; Cheever, 2019). 
A enfermagem, ao utilizar essas técnicas e escalas,desempenha um papel 
essencial na detecção precoce de alterações e no ajuste das intervenções, 
contribuindo para a manutenção da estabilidade neurológica no ambiente 
crítico.
6.3.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (HEMORRÁGICO E 
ISQUÊMICO) E HIPERTENSÃO INTRACRANIANA
Na assistência ao paciente com acidente vascular encefálico (AVE), o enfer-
meiro é fundamental na prevenção de complicações que podem compro-
meter a recuperação. 
Intervenções como a mobilização precoce, a higiene pulmonar e o posi-
cionamento adequado são medidas fundamentais para evitar pneumonia, 
145
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
tromboembolismo venoso e úlceras de pressão, complicações frequentes 
em pacientes com comprometimento neurológico e reduzida mobilidade 
(Padilha et al., 2014). 
A observação contínua do estado neurológico e a atenção a sinais de dete-
rioração permitem ao enfermeiro ajustar o plano de cuidados e promover 
um ambiente seguro que facilita a recuperação e previne o agravamento do 
quadro (Hinkle; Cheever, 2019).
No manejo da hipertensão intracraniana, terapias como a drenagem ventri-
cular externa e a osmoterapia, com o uso de soluções hipertônicas ou manitol, 
são recursos frequentemente utilizados. 
A enfermagem é responsável pelo monitoramento do volume drenado e 
pela observação de sinais de infecção nos acessos invasivos, além de realizar 
o controle rigoroso do balanço hídrico e das condições hemodinâmicas do 
paciente para evitar complicações (Murakami; Santos, 2017). 
A atuação constante do enfermeiro, integrando o controle da hipertensão 
intracraniana com intervenções direcionadas à segurança e conforto, é essen-
cial para estabilizar o quadro e reduzir o risco de lesão cerebral adicional 
(Padilha et al., 2014).
6.4 DOR E SEDAÇÃO
O manejo da dor e da sedação em pacientes críticos é um componente 
central do cuidado em terapia intensiva, que visa não apenas proporcionar 
alívio e conforto, mas também promover a estabilidade clínica e psicológica. 
Em ambiente de UTI, muitos pacientes enfrentam desconfortos intensos e 
necessitam de intervenções que vão desde a avaliação precisa da dor até o 
controle adequado do nível de sedação, especialmente em situações que 
envolvem procedimentos invasivos e ventilação mecânica (Hinkle; Cheever, 
2019).
A atuação da enfermagem nesse contexto envolve o uso de ferramentas 
para avaliar a dor e o nível de sedação de forma contínua, integrando abor-
dagens farmacológicas, como analgésicos e sedativos, e métodos não farma-
146
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
cológicos, que também podem colaborar para a redução do estresse e do 
desconforto (Murakami; Santos, 2017). 
Esse conjunto de práticas, embasado em protocolos e em uma visão huma-
nizada do cuidado, permite que o enfermeiro contribua de forma decisiva 
para o bem-estar e a recuperação do paciente crítico, criando uma base 
sólida para intervenções que serão aprofundadas nos próximos tópicos 
(Viana; Torre, 2017).
6.4.1 MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DA DOR
A avaliação da dor em pacientes críticos requer o uso de escalas específicas, 
uma vez que muitos desses pacientes estão sedados ou intubados, impossi-
bilitados de relatar o próprio desconforto.
A escala CPOT (Critical Care Pain Observation Tool) é utilizada para avaliar 
a dor nesses contextos, baseando-se em sinais comportamentais, como 
expressões faciais, tensão muscular e movimentos corporais, que indicam a 
presença de dor mesmo na ausência de comunicação verbal (Padilha et al., 
2014). 
A BPS (Behavioral Pain Scale) é outra escala efetiva, especialmente para 
pacientes intubados, avaliando fatores como expressão facial e resposta 
motora, e fornecendo uma pontuação objetiva que facilita o ajuste das inter-
venções analgésicas pela equipe de enfermagem (Hinkle; Cheever, 2019). 
Essas ferramentas tornam-se essenciais no ambiente de UTI, onde a avaliação 
contínua e precisa é fundamental para garantir o conforto do paciente.
Para pacientes com déficit neurológico, a avaliação da dor exige aborda-
gens ainda mais específicas, pois as limitações cognitivas e de comunicação 
complicam a identificação dos sinais de desconforto. Nesses casos, o enfer-
meiro deve observar sinais sutis, como variações na frequência cardíaca, 
pressão arterial e respostas musculares involuntárias, complementando 
a observação com escalas comportamentais adequadas à condição do 
paciente (Murakami; Santos, 2017). 
147
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Essa atenção a sinais fisiológicos e comportamentais permite uma avaliação 
mais ampla e adaptada à complexidade do quadro clínico, garantindo que 
o manejo da dor seja eficaz e proporcione alívio adequado, mesmo quando 
o paciente não consegue expressar verbalmente o que sente (Viana; Torre, 
2017).
6.4.2 CONTROLE DA DOR
O controle da dor em pacientes críticos na UTI envolve o uso criterioso de 
analgésicos, com destaque para opioides, anti-inflamatórios e adjuvantes. 
Opioides como fentanil e morfina são frequentemente utilizados devido à 
sua potente ação analgésica, sendo indicados para alívio rápido em situ-
ações de dor intensa, embora exijam monitoramento rigoroso devido ao 
risco de efeitos colaterais, como depressão respiratória e hipotensão (Hinkle; 
Cheever, 2019). 
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como o ibuprofeno, também 
são usados, embora com cautela em pacientes com risco de sangramento 
ou insuficiência renal, pois podem causar efeitos adversos nesses sistemas 
(Padilha et al., 2014). 
Além disso, adjuvantes como antidepressivos e anticonvulsivantes são admi-
nistrados para potencializar a analgesia, sendo úteis em casos de dor neuro-
pática, mas exigem avaliação constante dos efeitos colaterais e da dosagem 
para assegurar que o alívio da dor seja alcançado com segurança (Murakami; 
Santos, 2017).
Paralelamente ao uso de fármacos, métodos não farmacológicos são incor-
porados ao cuidado para promover alívio adicional da dor e contribuir para 
o bem-estar do paciente. 
Técnicas como o posicionamento adequado no leito, mudanças frequentes 
de decúbito e o uso de dispositivos de apoio podem minimizar o descon-
forto físico, especialmente em pacientes imobilizados (Freitas, 2018). Estí-
mulos sensoriais, como a musicoterapia e o toque terapêutico, também são 
utilizados, proporcionando uma redução na percepção da dor e auxiliando 
no relaxamento. 
148
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Reflita 
Como as intervenções não farmacológicas, como mudanças 
de decúbito e musicoterapia, podem contribuir para o 
controle da dor em pacientes críticos, além dos benefícios 
dos analgésicos tradicionais? 
Essas intervenções são fundamentais para um cuidado integral e humani-
zado, permitindo que a enfermagem ofereça um suporte além da farmaco-
logia e reforce o controle da dor como parte essencial da recuperação em 
ambiente crítico (Viana; Torre, 2017).
6.4.3 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ANALGESIA E 
SEDAÇÃO
A assistência de enfermagem na analgesia e sedação em UTI requer o 
cumprimento de protocolos específicos que visam garantir o conforto e a 
segurança do paciente em estado crítico. 
Entre os fármacos mais utilizados estão o propofol, o midazolam e o fentanil, 
administrados conforme protocolos de sedação contínua ou intermitente, 
com ajustes de dose baseados na resposta e nas necessidades do paciente 
(Padilha et al., 2014). 
O propofol, por sua ação rápida e curta duração, é geralmente preferido 
para sedação profunda de curta duração, enquanto o midazolam é indi-
cado para sedação prolongada, com ação ansiolítica e amnésica que ajuda 
a reduzir o estresse e a agitação (Hinkle; Cheever, 2019). O fentanil, um 
opioide potente, é essencial no controle da dor intensa, sendo administrado 
de forma contínua ou intermitente para permitir alívio adequado e monito-
ramento dos sinais vitais pelo enfermeiro (Murakami; Santos, 2017).149
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 6: Sedação
Fonte: Nicoleta Ionescu, Shutterstock, 2024.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida de um profissional de saúde usando luvas azuis apli-
cando uma injeção no braço de um paciente, que está deitado em uma maca. A cena 
indica um procedimento de sedação.
A sedação prolongada, contudo, pode acarretar complicações como deli-
rium, dependência de sedativos e supressão respiratória, exigindo que o 
enfermeiro adote práticas preventivas, como o despertar diário controlado. 
Essa técnica consiste na interrupção temporária da sedação para avaliar o 
nível de consciência e a função neurológica, o que contribui para a redução 
do risco de dependência e ajuda a prevenir o delirium, comum em pacientes 
sedados por longos períodos (Viana; Torre, 2017). 
Durante o despertar, o enfermeiro monitora sinais de desconforto, dor e esta-
bilidade respiratória, ajustando a sedação conforme a resposta do paciente 
e colaborando com a equipe multiprofissional para um manejo seguro e 
adaptado ao quadro clínico (Padilha et al., 2014). 
Essa assistência contínua permite uma sedação eficiente e diminui os 
riscos associados, promovendo um cuidado mais humanizado e ajustado às 
demandas individuais do paciente crítico.
150
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
CONCLUSÃO
A Unidade 6 - Assistência ao paciente crítico, disfunção geniturinária, 
neurológica e hematológica abordou aspectos fundamentais do cuidado 
intensivo, enfocando o manejo da insuficiência renal e métodos dialíticos, 
a transfusão de hemocomponentes, a monitorização e assistência em 
acidentes vasculares encefálicos e na hipertensão intracraniana, além do 
controle da dor e sedação em pacientes críticos. 
Cada tópico enfatizou o papel essencial da enfermagem na avaliação precisa, 
na prevenção de complicações e na implementação de intervenções tera-
pêuticas específicas para promover a estabilização e o conforto do paciente. 
Por meio de práticas rigorosas e de uma compreensão integrada das técnicas 
e protocolos, o enfermeiro contribui diretamente para a segurança e recu-
peração de pacientes em situações complexas e potencialmente instáveis. 
Assim, a unidade reafirma o objetivo central de capacitar você a oferecer 
uma assistência de qualidade, fundamentada em evidências e sensível às 
necessidades dos pacientes críticos, consolidando sua atuação como parte 
essencial da equipe de cuidados intensivos.
151
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os materiais a seguir.
1. AMARAL, D. M.; FERNANDES, L. Acidente vascular encefálico e uso da 
escala NIHSS. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, [s. 
l.], v. 5, n. 5, p. 774-785, 2023. Disponível em: https://bjihs.emnuvens.com.
br/bjihs/article/view/641/797. Acesso em: 8 nov. 2024. 
2. BENICHEL, C. R.; MENEGUIN, S. Fatores de risco para lesão renal aguda 
em pacientes clínicos intensivos. Acta Paul Enferm., [s. l.], v. 33, 2020. 
Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/jdJNTm8KfCC5jLq8M3s8Md-
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3. LUFT, J. et al. Lesão renal aguda em unidade de tratamento intensivo: 
características clínicas e desfechos. Cogitare Enfermagem, [s. l.], v. 21, n. 
2, 2016. Disponível em: https://www.redalyc.org/journal/4836/4836536500
10/483653650010.pdf. Acesso em: 8 nov. 2024.
4. RIBEIRO, K. R. A. Cuidados de enfermagem aos pacientes com insufici-
ência renal crônica no ambiente hospitalar. Revista Recien, [s. l.], v. 6, n. 
18, p. 26-35, 2016. Disponível em: https://www.recien.com.br/index.php/
Recien/article/view/110/113. Acesso em: 8 nov. 2024.
5. SILVA, D. N. et al. Cuidados de enfermagem à vítima de acidente vascular 
cerebral. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [s. l.], v. 36, 2019. Disponível 
em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/2136/980. 
Acesso em: 8 nov. 2024.
https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/641/797
https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/641/797
https://www.scielo.br/j/ape/a/jdJNTm8KfCC5jLq8M3s8Mdz/?lang=pt&format=pdf
https://www.scielo.br/j/ape/a/jdJNTm8KfCC5jLq8M3s8Mdz/?lang=pt&format=pdf
https://www.redalyc.org/journal/4836/483653650010/483653650010.pdf
https://www.redalyc.org/journal/4836/483653650010/483653650010.pdf
https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/110/113
https://www.recien.com.br/index.php/Recien/article/view/110/113
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/2136/980
152
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
REFERÊNCIAS 
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ACE de 2020 da American Heart Association. Dallas: AHA, 2020. Disponível 
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CASTRO, A. S. et al. Percepções da equipe de enfermagem acerca da huma-
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Brasília: Cofen, 2020. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/resolucao-co-
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COFEN - CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução Cofen n. 736, 
de 17 de janeiro de 2024. Dispõe sobre a implementação do Processo de 
Enfermagem em todo contexto socioambiental onde ocorre o cuidado de 
enfermagem. Brasília: Cofen, 2024. Disponível em: https://www.cofen.gov.br/
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https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-639-2020/
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/
153
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
FREITAS, E. O. Terapia Intensiva: práticas na atuação da enfermagem. Rio de 
Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book. Disponível em: https://integrada.minha-
biblioteca.com.br/#/books/9788536530529/. Acesso em: 5 nov. 2024.
GRASSI, M. F. et al. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem 
em pacientes com lesão renal aguda. Acta Paul Enferm., [s. l.], v. 30, n. 5, p. 
538-545, 2017. Disponível: https://www.scielo.br/j/ape/a/yZd6jnPcmGKCSbJT-
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HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem 
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788578683108/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738002/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520441848/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520441848/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527731454/
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154
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
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VIANA, R. A. P. P.; WHITAKER, I. Y.; ZANEI, S. S. V. Enfermagem em terapia 
intensiva: práticas e vivências. Porto Alegre: ArtMed, 2020. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715895/. Acesso 
em: 31 out. 2024.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520455258/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520455258/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715895/
	Quadro 1: Modelo de Indicador 
	Quadro 2: Metas internacionais de segurança do paciente
	Quadro 3: Protocolos de segurança 
	Figura 1: Leitos de Unidade de Terapia Intensiva
	Figura 2: Assistência ao paciente em UTI
	Figura 3: Tecnologias em UTI
	Figura 4: Prontuário eletrônico
	Figura 5: UTI Neonatal
	Figura 6: Treinamento dos profissionais
	Figura 1: Hemodinâmica
	Figura 2: Marcapasso interno
	Figura 3: Cateter de Sawn-Ganz.
	Figura 4: Representação de bactérias patogênicas
	Figura 5: Pneumonia
	Figura 6: Exame de PCR
	Figura 7: Materiais processados
	Figura 1: Bioética e UTI 
	Figura 2: Representação do cuidado humanizado
	Figura 3: Enfermagem e Humanização 
	Figura 4: Visitação a paciente
	Figura 1: Tecnologia em Doenças vasculares 
	Figura 2: Doença da artéria coronária 
	Figura 3: Monitorização cardíaca 
	Figura 4: Ventilação invasiva
	Figura 5: Pneumonia
	Figura 6: Sistema circulatório
	Figura 7: Massagem cardíaca 
	Figura 1: Abdome agudo
	Figura 2: Exame físico
	Figura 3: Tomografia 
	Figura 4: Alimentação 
	Figura 5: Assistência de Enfermagem 
	Figura 6: Glicemia capilar
	Figura 7: Gasometria
	Figura 1: Doença renal 
	Figura 2: Terapia renal substitutiva 
	Figura 3: Exame do sangue 
	Figura 4: Transfusão 
	Figura 5: Acidentes vascular cerebral 
	Figura 6: SedaçãoCRÍTICO
Vamos abordar o planejamento adequado das necessidades estruturais, dos 
equipamentos e dos materiais em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 
no cuidado ao paciente crítico. 
Um aspecto é a organização física da UTI, que inclui a disposição de espaços 
como postos de enfermagem, salas de isolamento e áreas para a acomo-
dação de equipamentos, visa otimizar o atendimento, proporcionando um 
ambiente seguro e eficiente tanto para os profissionais de saúde quanto 
para os pacientes (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
20
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Outro fator é a escolha dos equipamentos e sua manutenção. Apare-
lhos como ventiladores mecânicos, monitores multiparâmetros e bombas 
de infusão estão diretamente relacionados à qualidade da assistência 
(Murakami; Santos, 2017). 
Temos também as regulamentações, como a RDC 7 e a RDC 50, da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a Portaria GM/MS n. 3432/1998 e a 
Portaria GM/MS n. 2392/2011, que estabelecem diretrizes importantes sobre 
o dimensionamento das equipes e a organização dos espaços, assegurando 
a eficiência e qualidade na assistência (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Com base nessas regulamentações, esta unidade abordará como esses 
elementos são integrados à prática cotidiana, oferecendo suporte tanto para 
a operação eficiente quanto para a manutenção da segurança no cuidado 
intensivo.
1.1.1 AMBIENTE DA UTI: ESTRUTURA FÍSICA E EQUIPAMENTOS 
NECESSÁRIOS PARA SEU FUNCIONAMENTO
O dimensionamento e o layout da UTI garantem a funcionalidade e a segu-
rança tanto dos pacientes quanto dos profissionais de saúde. 
Um planejamento adequado do espaço físico deve levar em conta áreas 
específicas, como os postos de enfermagem, que precisam estar estrategi-
camente posicionados para permitir a visão ampla dos leitos, facilitando a 
vigilância contínua dos pacientes críticos (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Além disso, as salas de isolamento são essenciais para prevenir infecções, 
enquanto áreas dedicadas ao armazenamento e fácil acesso aos equipa-
mentos garantem a agilidade nas intervenções de emergência (Padilha et 
al., 2014). 
21
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 1: Leitos de Unidade de Terapia Intensiva
Fonte: Kanowa, Shutterstock, 2019.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida de uma sala hospitalar moderna com várias camas 
equipadas com monitores e máquinas de suporte, indicando uma área de tratamento 
intensivo ou UTI. Ao lado de cada cama há equipamentos de monitoramento, prontos 
para cuidar de pacientes em estado crítico. O ambiente é limpo, organizado e iluminado, 
características essenciais de uma UTI para oferecer cuidados intensivos e monitoramento 
contínuo aos pacientes.
O planejamento detalhado ajuda a otimizar o fluxo de trabalho e contribui 
para a redução de riscos à saúde do paciente, conforme as regulamentações 
exigidas pela Anvisa (Tobase; Tomazini, 2017). 
No que diz respeito aos equipamentos essenciais para o funcionamento da 
UTI, é necessário destacar a importância de dispositivos como ventiladores 
mecânicos, monitores multiparâmetros e bombas de infusão. Esses equi-
pamentos contribuem para a manutenção das funções vitais e o monitora-
mento contínuo do estado clínico do paciente (Murakami; Santos, 2017). 
A escolha e a disposição desses dispositivos no ambiente da UTI permite 
que as intervenções de suporte à vida sejam realizadas de forma rápida e 
22
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
eficiente. Adicionalmente, a manutenção regular desses aparelhos, conforme 
os protocolos de segurança, assegura a redução de falhas técnicas que 
possam comprometer a qualidade do atendimento (Freitas, 2018).
O layout adequado da UTI e a seleção dos equipamentos devem seguir crité-
rios de funcionalidade e as diretrizes estabelecidas pelas regulamentações 
nacionais, como as RDCs da Anvisa, que preveem requisitos mínimos para o 
ambiente físico e para a disponibilização de recursos tecnológicos (Padilha 
et al., 2014). 
Os layouts mais comuns nas UTIs incluem o modelo de salão, que facilita 
o monitoramento simultâneo de vários pacientes; e os quartos individuais, 
que oferecem mais privacidade e controle de infecções. O semi-isolamento 
combina ambos, permitindo supervisão sem comprometer a privacidade 
(Viana; Whitaker; Zanei, 2020).
Atenção
O layout e a disposição física da UTI são cruciais para a 
segurança e a funcionalidade do ambiente. Postos de 
enfermagem devem ser estrategicamente posicionados 
para garantir uma visão ampla dos leitos, facilitando a vigi-
lância contínua e rápida intervenção nos cuidados inten-
sivos (Viana; Whitaker; Zanei, 2020).
A implementação de um ambiente bem planejado, com equipamentos 
modernos e devidamente mantidos, reflete diretamente na qualidade 
do cuidado intensivo, tornando a UTI um espaço capaz de responder às 
demandas complexas e dinâmicas que o cuidado ao paciente crítico exige 
(Viana; Whitaker; Zanei, 2020).
1.1.2 PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES REGULAMENTADORAS EM UTI
As principais legislações que regulamentam o funcionamento das UTIs no 
Brasil, estabelecidas pela Anvisa, definem padrões de infraestrutura e segu-
23
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
rança no cuidado ao paciente crítico. A RDC 7, de 2010, e a Portaria GM/MS 
n. 3432/1998 estabelecem os requisitos mínimos para a organização das 
UTIs, incluindo a quantidade mínima de profissionais por paciente, a neces-
sidade de um enfermeiro exclusivo por turno, e a infraestrutura básica, como 
ventiladores e monitores (Padilha et al., 2014). 
A RDC 50 e a Portaria GM/MS n. 2392/2011 orientam sobre as condições 
físicas e o dimensionamento dos espaços, garantindo que a UTI seja proje-
tada para permitir uma circulação eficiente de profissionais e equipamentos, 
minimizando riscos e otimizando o atendimento ao paciente (Tobase; Toma-
zini, 2017). Essas normas têm como objetivo assegurar a segurança de profis-
sionais e pacientes, criando um ambiente que atenda às demandas técnicas 
e humanas.
Figura 2: Assistência ao paciente em UTI
Fonte: Halfpoint, Shutterstock, 2024.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida de um profissional de saúde colocando uma máscara 
de oxigênio em uma paciente deitada em um leito hospitalar. 
24
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Outro aspecto importante das regulamentações da Anvisa é a garantia de 
protocolos que visam à segurança do paciente e à prevenção de infecções. 
Essas diretrizes definem parâmetros claros para o controle de infecções 
hospitalares, determinando a importância de práticas como a higienização 
das mãos, o uso de equipamentos de proteção individual e o isolamento de 
pacientes com doenças contagiosas (Freitas, 2018). 
Além disso, as normas estabelecem que as UTIs devem contar com equi-
pamentos de suporte avançado à vida em número suficiente, garantindo 
que todas as emergências possam ser adequadamente atendidas (Viana; 
Whitaker; Zanei, 2020). Com base nessas legislações, é possível assegurar 
que a UTI mantenha um padrão elevado de cuidado, minimizando os riscos 
e garantindo a eficiência das intervenções.
Além das regulamentações técnicas, a legislação brasileira também reforça 
os direitos do paciente crítico, especialmente no que diz respeito à humani-
zação do atendimento e ao direito à informação. Essas legislações, como o 
Estatuto do Idoso e o Estatuto da Criança e do Adolescente, asseguram que 
os pacientes em estado crítico, bem como seus familiares, tenham o direito 
de ser informados sobre o estado de saúde, os tratamentos a serem reali-
zados e os riscos envolvidos (Murakami; Santos, 2017). 
Essa abordagem humanizada também garante a presença de familiares no 
ambiente hospitalar, respeitando os limites impostos pela situação clínica 
do paciente e pela segurança do ambiente. Tais direitos visam promover um 
cuidado que transcende o aspecto técnico, focando também o bem-estar 
emocionale psicológico do paciente e da sua família (Viana; Whitaker; Zanei, 
2020).
1.2 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E ÍNDICES PROGNÓSTICOS 
EM UTI 
As inovações tecnológicas têm transformado significativamente o ambiente 
das UTIs, permitindo um cuidado mais preciso e seguro para os pacientes 
críticos. O uso de tecnologias como a monitorização remota, os prontuá-
rios eletrônicos e os sistemas de suporte à decisão clínica têm facilitado a 
gestão de informações e a tomada de decisões, aumentando a eficiência no 
atendimento (Murakami; Santos, 2017).
25
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 3: Tecnologias em UTI
Fonte: Chaikon, Shutterstock, 2019.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida da tela do monitor de uma central de monitora-
mento, na qual se observa simultaneamente os parâmetros de todos os pacientes monito-
rados. 
Além das inovações, os índices prognósticos, como APACHE e SOFA, 
permitem uma avaliação detalhada da condição do paciente, auxiliando os 
profissionais de saúde a preverem desfechos clínicos e a ajustarem o plano 
de cuidados de forma individualizada (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Esses avanços melhoram o controle sobre a evolução do estado clínico dos 
pacientes e otimizam a alocação de recursos e o planejamento da assis-
tência de enfermagem, contribuindo diretamente para a melhoria dos resul-
tados em saúde (Freitas, 2018).
1.2.1 USO DAS TECNOLOGIAS NAS UNIDADES DE TERAPIA 
INTENSIVA
A monitorização remota e a telemedicina têm transformado o cuidado 
intensivo nas UTIs, permitindo o acompanhamento contínuo dos pacientes 
26
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
à distância, mesmo em unidades com limitações de pessoal ou recursos. A 
telemedicina possibilita que especialistas em locais remotos avaliem casos 
complexos em tempo real, auxiliando na tomada de decisões clínicas e 
proporcionando uma assistência mais ágil e qualificada (Viana; Whitaker; 
Zanei, 2020). 
Essas tecnologias também possibilitam a descentralização do cuidado, 
ampliando o acesso a regiões menos favorecidas e otimizando o tempo de 
resposta em situações de emergência (Murakami; Santos, 2017).
Reflita
Como as inovações tecnológicas, como a telemedicina e o 
monitoramento remoto, podem impactar a qualidade do 
cuidado em Unidades de Terapia Intensiva? Essas tecno-
logias realmente contribuem para uma assistência mais 
humanizada ou podem criar barreiras entre profissionais 
e pacientes?
Os sistemas de informatização de dados clínicos, como os prontuários 
eletrônicos, têm se consolidado como aliados importantes na segurança do 
paciente. Eles garantem o registro preciso e acessível de informações, permi-
tindo que as equipes de saúde visualizem o histórico clínico, os resultados 
de exames e as prescrições em tempo real (Freitas, 2018). 
Essa informatização não só diminui a ocorrência de erros humanos, espe-
cialmente na administração de medicamentos, como também assegura que 
os profissionais sigam os protocolos adequados, melhorando a qualidade do 
cuidado prestado (Tobase; Tomazini, 2017).
27
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 4: Prontuário eletrônico
Fonte: Shutterstock, 2015.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida na altura do tronco detalha um médico utilizando 
um tablet, acessando informações. O profissional veste jaleco branco e está com um este-
toscópio pendurado no pescoço.
A integração de dados clínicos também facilita a gestão do fluxo de pacientes 
e a alocação de recursos na UTI, proporcionando um planejamento mais 
eficiente das equipes e equipamentos. Os softwares de gestão permitem 
uma visão ampla da condição clínica, auxiliando na tomada de decisões 
críticas, especialmente em situações de urgência, em que a precisão e a 
velocidade das informações são essenciais (Padilha et al., 2014). 
Assim, o uso dessas tecnologias melhora a comunicação entre as equipes 
multidisciplinares e fortalece a segurança e a eficácia do tratamento ofere-
cido aos pacientes críticos.
28
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
1.2.2 ÍNDICES PROGNÓSTICOS E SUA APLICAÇÃO NA PRÁTICA 
CLÍNICA (APACHE, SOFA, TISS, SAPS, MODS, MPM E NAS)
Os índices prognósticos, como APACHE, SOFA e SAPS, são ferramentas essen-
ciais na avaliação dos pacientes em UTI, ajudando a estimar a gravidade das 
doenças e prever desfechos. 
O Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE) utiliza parâ-
metros fisiológicos e condições preexistentes para calcular a probabilidade 
de mortalidade (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Curiosidade
O índice APACHE, utilizado para avaliar a gravidade dos 
pacientes em UTI, foi desenvolvido inicialmente em 1981 
e tem sido constantemente atualizado desde então. Ele 
considera 12 variáveis fisiológicas e ajuda a prever a morta-
lidade hospitalar, tornando-se uma ferramenta vital no 
planejamento do cuidado intensivo (Murakami; Santos, 
2017).
O Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) avalia a falência de múlti-
plos órgãos, sendo eficaz no monitoramento da progressão de insuficiências 
ao longo do tempo (Murakami; Santos, 2017). 
Já o Simplified Acute Physiology Score (SAPS) é um sistema simplificado 
que permite comparar diferentes UTIs, facilitando a previsão de mortalidade 
hospitalar (Freitas, 2018).
O TISS mensura a carga de trabalho no cuidado intensivo, facilitando o 
gerenciamento de recursos humanos (Padilha et al., 2014). 
O MODS avalia a disfunção de múltiplos órgãos, enquanto o MPM utiliza 
dados iniciais de admissão para prever a mortalidade, sendo útil nas primeiras 
horas na UTI (Murakami; Santos, 2017; Freitas, 2018).
29
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
O Nursing Activities Score (NAS) é uma ferramenta que mensura a carga 
de trabalho da equipe de enfermagem, quantificando o tempo necessário 
para cada atividade. Ele fornece dados sobre a complexidade do cuidado e 
a demanda de trabalho para cada paciente (Padilha et al., 2014). Com isso, 
o NAS permite ajustar o número de profissionais de acordo com as neces-
sidades de cada turno, garantindo uma assistência mais eficiente e segura 
(Tobase; Tomazini, 2017).
A integração de índices como APACHE, SOFA, SAPS e NAS na prática clínica 
permite uma abordagem personalizada para o cuidado intensivo. Esses 
sistemas ajudam a prever complicações, ajustar tratamentos de forma 
precoce e otimizar a alocação de recursos, tornando o atendimento mais 
eficaz e seguro para os pacientes críticos (Viana; Whitaker; Zanei, 2020).
1.3 UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL
A UTI pediátrica e neonatal exige uma abordagem diferenciada, uma vez 
que os pacientes atendidos nesses ambientes apresentam características 
fisiológicas específicas que demandam cuidados especializados. 
O cuidado intensivo voltado para crianças e recém-nascidos envolve a 
adaptação da estrutura física da unidade e a utilização de equipamentos 
adequados, como incubadoras e ventiladores neonatais, além de uma 
equipe com treinamento especializado para lidar com as particularidades 
do desenvolvimento infantil (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
As necessidades dos pequenos pacientes, que podem variar de recém-nas-
cidos prematuros a crianças com condições críticas, exigem protocolos 
diferenciados que garantam o suporte adequado às suas funções vitais 
(Murakami; Santos, 2017).
30
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 5: UTI Neonatal
Fonte: Iryna Inshyna, Shutterstock, 2023.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida de um recém-nascido em uma incubadora rece-
bendo cuidados intensivos conectada a aparelhos. Um profissional ausculta o coração do 
bebê através da abertura lateral da incubadora. 
Além disso, a presença dos pais ou responsáveis é incentivada, promovendo 
um cuidado mais humanizado e que leve em consideração o impacto 
emocional da internação tanto para a criança quanto para a família (Freitas, 
2018). 
Com isso, a UTI pediátrica e neonatal se destaca por integrar tecnologia e 
humanizaçãono atendimento dos pacientes mais vulneráveis.
31
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
1.3.1 CARACTERÍSTICAS NA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA 
UTI NEO/PED
A estrutura e a organização da UTI pediátrica e neonatal são moldadas pelas 
especificidades dos pacientes atendidos, exigindo adaptações no espaço 
físico, nos equipamentos e na composição da equipe. 
Na UTI neonatal, por exemplo, o ambiente é projetado para acomodar 
incubadoras e equipamentos delicados, como ventiladores específicos para 
neonatos, para estabilizar as funções vitais de bebês prematuros ou com 
patologias graves (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Já a UTI pediátrica, por atender crianças de diferentes idades e tamanhos, 
necessita de uma maior flexibilidade no layout e nos equipamentos, como 
camas ajustáveis e dispositivos adequados ao tamanho e peso dos pacientes 
(Murakami; Santos, 2017). 
A presença de áreas dedicadas para o cuidado individualizado é fundamental 
para garantir o controle de infecções e promover um ambiente seguro tanto 
para os pacientes quanto para os profissionais de saúde.
Além da estrutura física, os cuidados com recém-nascidos críticos envolvem 
práticas específicas para assegurar a sobrevivência e o desenvolvimento 
saudável desses pacientes. Um dos aspectos mais sensíveis é a termorregu-
lação, visto que neonatos, especialmente os prematuros, são incapazes de 
manter sua temperatura corporal e dependem de incubadoras que oferecem 
um ambiente controlado (Freitas, 2018). 
Outro ponto essencial é o manejo de acessos venosos, que devem ser reali-
zados com extrema precisão para minimizar complicações, já que as veias 
dos recém-nascidos são muito frágeis (Padilha et al., 2014).
O suporte nutricional também merece destaque, com a nutrição enteral ou 
parenteral sendo fundamentais para garantir o aporte calórico necessário 
para o crescimento e recuperação dos neonatos.
A equipe de enfermagem que atua na UTI pediátrica e neonatal precisa ser 
altamente especializada, com treinamento contínuo para lidar com as parti-
cularidades desses pacientes. A formação de profissionais capacitados para 
32
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
operar equipamentos delicados e prestar cuidados diferenciados é essencial 
para garantir a qualidade da assistência (Tobase; Tomazini, 2017). 
Além disso, o trabalho interdisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas 
e nutricionistas permite abordar todas as dimensões do cuidado neonatal e 
pediátrico, garantindo que as necessidades dos pacientes sejam atendidas 
de forma integrada e eficiente (Viana; Whitaker; Zanei, 2020).
1.3.2 LEGISLAÇÃO NO ÂMBITO DA UTI NEO/PED
A regulamentação das UTIs pediátricas e neonatais no Brasil é estabele-
cida por normas que asseguram a qualidade do cuidado prestado a esses 
pacientes. 
A Portaria GM/MS n. 930/2012, a Portaria n. 895/2017 e a Portaria GM/MS 
n. 2.862/2023 definem diretrizes como o dimensionamento adequado das 
equipes, a infraestrutura necessária e o uso de equipamentos especializados 
no atendimento infantil (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Essas normas garantem que o ambiente da UTI esteja preparado para 
atender às necessidades específicas de crianças e recém-nascidos, promo-
vendo a segurança e a eficiência no tratamento, além de exigir a presença 
de tecnologia avançada e profissionais capacitados (Freitas, 2018).
Em paralelo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura o direito 
à presença dos pais durante a internação, fortalecendo o vínculo familiar, 
mesmo em um ambiente tecnificado como a UTI (Murakami; Santos, 2017). 
A presença dos pais contribui não apenas para o apoio emocional, mas 
também para personalizar o cuidado, fornecendo informações que auxiliam 
a equipe no planejamento do tratamento adequado (Padilha et al., 2014).
As regulamentações também promovem o direito à informação, garan-
tindo que os pais sejam plenamente informados sobre o estado de saúde 
da criança, os procedimentos e as opções de tratamento (Viana; Whitaker; 
Zanei, 2020). Isso fortalece o compromisso com a humanização do atendi-
mento, assegurando que a família seja uma parte ativa no processo de recu-
peração e garantindo os direitos da criança durante toda a internação.
33
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
1.4 GERENCIAMENTO DE ENFERMAGEM
O gerenciamento de enfermagem em uma UTI é uma atividade estratégica 
que envolve a organização e a coordenação dos cuidados, visando garantir 
a eficiência no atendimento e a segurança dos pacientes. Nesse ambiente, 
em que as demandas são altamente complexas, o enfermeiro gestor atua 
na distribuição de recursos humanos, no planejamento da assistência e na 
coordenação das equipes multidisciplinares (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
O gerenciamento eficiente inclui a implementação da Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE) e do processo de enfermagem, que, 
juntos, permitem a personalização do cuidado e o monitoramento contínuo 
dos resultados (Murakami; Santos, 2017). 
O processo de enfermagem envolve etapas como avaliação, diagnóstico, 
planejamento, implementação e avaliação das ações de cuidado, garan-
tindo um atendimento estruturado. O enfermeiro também é responsável por 
capacitar sua equipe, promovendo treinamentos contínuos que garantam a 
atualização das práticas assistenciais e o uso correto das tecnologias dispo-
níveis (Padilha et al., 2014). 
Ao equilibrar as necessidades dos pacientes e da equipe, o gerenciamento 
de enfermagem promove um ambiente de trabalho organizado e propício 
à excelência no cuidado.
1.4.1 PROCESSO DE ENFERMAGEM EM UTI
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) visa garantir a quali-
dade e a segurança do cuidado em UTIs, organizando etapas como coleta 
de dados, diagnóstico, planejamento e avaliação contínua (Viana; Whitaker; 
Zanei, 2020). Essa sistematização permite personalizar o cuidado de acordo 
com as necessidades de cada paciente, favorecendo melhores desfechos 
clínicos (Murakami; Santos, 2017). 
Com a Resolução 736/2024 do Cofen, o processo de enfermagem (PE) foi atua-
lizado e diferenciado da SAE, agora compreendendo fases como avaliação, 
diagnóstico, planejamento, implementação e evolução do cuidado. Aplicável 
34
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
em todos os contextos de atuação de enfermeiros, o PE fortalece a gestão do 
cuidado e promove ajustes contínuos à evolução clínica do paciente, espe-
cialmente em UTIs. 
Saiba Mais
A Resolução Cofen n. 736, de 17 de janeiro de 2024, esta-
belece a obrigatoriedade da implementação do Processo 
de Enfermagem em todas as áreas onde ocorre o cuidado 
de enfermagem.
Fonte: COFEN - CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. 
Resolução Cofen n. 736, de 17 de janeiro de 2024. Dispõe 
sobre a implementação do Processo de Enfermagem em 
todo contexto socioambiental onde ocorre o cuidado de 
enfermagem. Brasília: Cofen. 2024. Disponível em: https://
www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janei-
ro-de-2024/. Acesso em: 13 set. 2024.
A resolução também destaca a importância da documentação e da formação 
contínua da equipe para garantir a atualização das práticas assistenciais.
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/
https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/
35
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Quadro 1: Processo de enfermagem
Elaborada pela autora, 2024.
#PraTodosVerem: Esquema de cinco círculos conectados por setas apresentando as fases 
do processo de enfermagem: avaliação, diagnóstico de enfermagem, planejamento, imple-
mentação e evolução. 
O planejamento da equipe de enfermagem dentro da UTI também precisa 
ser ajustado com base na carga de trabalho, levando em consideração a 
complexidade dos cuidados demandados por paciente. O uso do NAS nesse 
processo permite quantificar asatividades de enfermagem e o tempo gasto 
com cada paciente, possibilitando um dimensionamento mais adequado da 
equipe (Padilha et al., 2014). 
36
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Esse planejamento evita a sobrecarga dos profissionais, garantindo que a 
equipe de enfermagem consiga manter um padrão elevado de assistência 
sem comprometer a segurança dos pacientes. Dessa forma, o NAS serve 
como um guia para ajustar a alocação de recursos humanos, favorecendo 
um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo (Tobase; Tomazini, 
2017).
O gerenciamento adequado da carga de trabalho é fundamental para 
manter o bem-estar da equipe e a qualidade do atendimento. A alocação 
de profissionais com base em dados objetivos, como o NAS, permite que o 
enfermeiro gestor tome decisões mais informadas e otimize a distribuição 
das tarefas diárias. Isso não apenas melhora o fluxo de trabalho dentro da UTI, 
mas também assegura que os pacientes recebam os cuidados adequados, 
de acordo com suas necessidades específicas (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
A combinação da SAE com um planejamento estratégico da equipe contribui 
para uma assistência mais eficaz, promovendo tanto a segurança do paciente 
quanto a eficiência operacional da UTI.
1.4.2 TREINAMENTO DE PROFISSIONAIS E EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
DO PACIENTE E FAMÍLIA
O treinamento contínuo da equipe de enfermagem em UTIs visa garantir 
que os profissionais estejam preparados para lidar com a complexidade 
dos cuidados intensivos. Programas de capacitação que utilizam simula-
ções realísticas e atualizações tecnológicas ajudam a aprimorar habilidades 
técnicas e asseguram que os enfermeiros manejem novas tecnologias e 
procedimentos com segurança (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Essas práticas também são importantes para padronizar intervenções, asse-
gurando uma resposta precisa e rápida em um ambiente que exige exce-
lência (Murakami; Santos, 2017).
37
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 6: Treinamento dos profissionais
Fonte: PeopleImages.com - Yuri A, Shutterstock, 2023.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida de um grupo de profissionais de saúde, incluindo 
uma líder experiente e outros membros da equipe em treinamento. Eles estão em uma 
discussão sobre práticas clínicas, enquanto os enfermeiros escutam atentamente. A cena 
representa um treinamento de enfermagem, no qual são compartilhadas orientações 
essenciais para o cuidado eficiente dos pacientes.
A educação em saúde voltada para pacientes e familiares complementa 
esse cuidado, promovendo um ambiente mais humanizado e colaborativo. 
Instruir os familiares sobre procedimentos, metas de recuperação e medidas 
de segurança, como o uso adequado de EPIs e a higienização das mãos, ajuda 
a reduzir a ansiedade e a criar uma atmosfera de transparência (Padilha et 
al., 2014). 
A participação ativa dos familiares no processo de cuidado, quando bem-in-
formados, beneficia tanto o paciente quanto a equipe de enfermagem 
(Tobase; Tomazini, 2017).
38
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Essa educação também se estende ao período pós-alta, com orientações 
detalhadas sobre medicamentos, mudanças de estilo de vida e sinais de 
alerta que requerem atenção médica imediata (Murakami; Santos, 2017). 
Preparar os familiares para esses desafios contribui para a continuidade do 
cuidado domiciliar, prevenindo complicações e melhorando os desfechos 
clínicos a longo prazo (Viana; Whitaker; Zanei, 2020). 
Dessa forma, o cuidado educacional na UTI promove o bem-estar do paciente 
e assegura um suporte contínuo no ambiente doméstico (Freitas, 2018).
39
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
CONCLUSÃO
Na Unidade 1 – Estrutura e organização em Unidade de Terapia Intensiva, 
foram abordados aspectos essenciais para a compreensão e organização 
das UTIs, destacando as necessidades estruturais, as inovações tecnológicas 
e o gerenciamento eficiente da equipe de enfermagem. Discutimos desde 
o planejamento físico e os equipamentos indispensáveis para o funciona-
mento da UTI até a implementação da SAE, além da importância da capa-
citação contínua dos profissionais e da educação em saúde para pacientes 
e familiares. 
A análise dos índices prognósticos e da gestão baseada na carga de trabalho, 
bem como o enfoque na UTI pediátrica e neonatal, demonstraram a comple-
xidade e a particularidade do cuidado intensivo. 
A ideia central desta unidade é reforçar que, ao integrar tecnologia, proto-
colos clínicos e um gerenciamento eficiente, os profissionais de enfermagem 
podem garantir um cuidado seguro e de alta qualidade aos pacientes críticos, 
promovendo melhores desfechos clínicos e uma assistência humanizada.
40
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber mais desse tema, leia os artigos a seguir.
1. ALTAFIN, J. A. M. et al. Nursing Activities Score e carga de trabalho em 
Unidade de Terapia Intensiva de hospital universitário. Revista Brasileira 
de Terapia Intensiva, [s. l.], v. 26, n. 3, p. 292-298, jul. 2014. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/rbti/a/MWQqPmQdvSDQ9Fjtycvf3dC/?format=ht-
ml&lang=pt#. Acesso em: 13 set. 2024
2. ARAUJO NETO, J. D. et al. Profissionais de saúde da Unidade de Terapia 
Intensiva: percepção dos fatores restritivos da atuação multiprofissional. 
Revista Brasileira em Promoção da Saúde, [s. l.], v. 29, n. 1, p. 43-50, 2016. 
Disponível em: https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/4043. Acesso em: 13 
set. 2024. 
3. NASCIMENTO, F. J. Humanização e tecnologias leves aplicadas ao cuidado 
de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão sistemá-
tica. Nursing Edição Brasileira, [s. l.], v. 24, n. 279, p. 6035-6044, 2021. 
Disponível em: https://revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/
article/view/1709. Acesso em: 13 set. 2024.
4. PRAZERES, L. E. N. et al. Atuação do enfermeiro nos cuidados em Unidades 
de Terapia Intensiva Neonatal: revisão Integrativa da literatura. Research, 
Society and Development, [s. l.], v. 10, n. 6, p. e1910614588, 2021. Dispo-
nível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14588. Acesso 
em: 13 set. 2024.
5. SILVA, L. A.; MUNIZ, M. V. Escore SOFA na avaliação da disfunção de múlti-
plos órgãos em pacientes com Covid-19 em Unidade de Terapia Intensiva. 
Revista Eletrônica Acervo Saúde, [s. l.], v. 15, n. 10, p. 1-10, 2022. Dispo-
nível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/11109. 
Acesso em: 13 set. 2024.
https://www.scielo.br/j/rbti/a/MWQqPmQdvSDQ9Fjtycvf3dC/?format=html&lang=pt
https://www.scielo.br/j/rbti/a/MWQqPmQdvSDQ9Fjtycvf3dC/?format=html&lang=pt
https://ojs.unifor.br/RBPS/article/view/4043
https://revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/1709
https://revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/1709
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14588
https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/11109
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
41
OBJETIVOS
Ao final desta unidade, esperamos que possa:
Identificar os princípios gerais no controle 
da Infecção hospitalar
Compreender as principais infecções rela-
cionadas ao paciente crítico 
Prestar assistência adequada no choque e 
sepse.
UNIDADE 2
42
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
2 PREVENÇÃO DE INFECÇÃO E ACIDENTES 
EM UTI
A prevenção de infecções e acidentes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) 
é um aspecto central na prática da enfermagem, pois o ambiente crítico 
exige rigor técnico e protocolos que garantam a segurança dos pacientes. 
Esta unidade abordará procedimentos invasivos de alta complexidade, 
controle de infecções e manejo de condições como sepse e choque séptico, 
temas que são aplicados diariamente por profissionais de saúde em UTIs. 
Ao final desta unidade, você terá compreendido as técnicas de monitorização 
hemodinâmica, os acessos venosos e a pressão intracraniana,dos pacientes críticos a infecções relacionadas à assistência 
à saúde, como as infecções de corrente sanguínea e pneumonia associada à 
ventilação mecânica. 
49
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Saiba Mais
Para complementar seu estudo sobre prevenção de infec-
ções relacionadas à assistência à saúde, recomendamos o 
“Caderno 4 - Medidas de prevenção de infecção relacio-
nada à assistência à saúde”, publicado pela Anvisa em 2017. 
Esse material traz diretrizes detalhadas sobre a prevenção 
de infecções hospitalares em diferentes contextos, como 
ventilação mecânica, uso de catéteres e procedimentos 
cirúrgicos, com foco em práticas baseadas em evidências 
para aumentar a segurança do paciente.
Fonte: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
Medidas de prevenção de infecção relacionada à assis-
tência à saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em: https://
www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/
servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-pre-
vencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.
pdf. Acesso em: 10 out. 2024.
Esse tema é essencial para garantir a segurança dos pacientes, uma vez 
que os procedimentos invasivos e o uso prolongado de dispositivos, como 
catéteres e sondas, aumentam os riscos de infecção. A enfermagem desem-
penha um papel fundamental na implementação de protocolos rigorosos 
de higienização, no uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual 
(EPIs) e no monitoramento de sinais precoces de infecção. 
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-prevencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-prevencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-prevencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-prevencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-prevencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf
50
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 4: Representação de bactérias patogênicas
Fonte: MIA Studio, Shutterstock, 2021.
#PraTodosVerem: Composição de fotografia e ilustração representando microrganismos 
do tipo corona ao lado e sobrepondo a lateral direita de uma mulher com máscara de 
proteção.
O controle dessas infecções requer uma abordagem baseada em evidên-
cias, como destacam Viana, Whitaker e Zanei (2020), e envolve a aplicação 
de medidas de assepsia, cuidados com dispositivos invasivos e a conscien-
tização sobre o uso racional de antibióticos. Dessa forma, a integração de 
práticas de prevenção é essencial para reduzir complicações e melhorar os 
desfechos clínicos dos pacientes internados em UTI (Padilha et al., 2014).
2.2.1 INFECÇÕES HOSPITALARES NO PACIENTE CRÍTICO 
As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são uma preocupação 
significativa em UTIs, onde os pacientes estão expostos a diversos fatores de 
risco, principalmente devido ao uso prolongado de dispositivos invasivos. 
Entre as infecções mais comuns, destacam-se a pneumonia associada à 
ventilação mecânica, as infecções de corrente sanguínea associadas a caté-
teres venosos centrais e as infecções urinárias relacionadas ao uso de sondas 
vesicais. 
51
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 5: Pneumonia
Fonte: N Universe, Shutterstock, 2024.
#PraTodosVerem: Ilustração coloridas de pulmões sendo o direito com as estruturas 
internas aparentes. Uma mão segura uma lupa direcionada para essas estruturas. Ao redor, 
ilustrações de vírus circundam o pulmão.
Essas condições são responsáveis por aumentar a morbidade, o tempo de 
internação e os custos hospitalares. De acordo com Viana, Whitaker e Zanei 
(2020), a prevenção dessas infecções envolve o uso adequado de técnicas de 
assepsia, a manipulação cuidadosa dos dispositivos e a adesão a protocolos 
rigorosos de desinfecção.
52
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
ATENÇÃO
As IRAS são uma preocupação significativa em UTIs, onde 
o uso prolongado de dispositivos invasivos aumenta os 
riscos de complicações infecciosas. A higienização rigorosa 
e o monitoramento contínuo dos dispositivos são essen-
ciais para prevenir essas infecções (Viana; Whitaker; Zanei, 
2020).
Os pacientes críticos são especialmente vulneráveis a essas infecções devido 
a fatores como imunossupressão, tempo prolongado de hospitalização e 
múltiplos procedimentos invasivos. Cada dispositivo implantado, como 
catéteres e sondas, representa uma possível porta de entrada para micror-
ganismos, o que torna o controle rigoroso de infecção uma prioridade abso-
luta. Murakami e Santos (2017) destacam que, além de práticas de higiene, 
é essencial monitorar constantemente os sinais de infecção, como febre 
ou alterações nos parâmetros clínicos, para uma detecção precoce e inter-
venção rápida.
As medidas preventivas incluem a aplicação de bundles de cuidados para 
cada tipo de infecção, como a higiene das mãos, a troca periódica de caté-
teres e a higienização adequada do ambiente. A literatura sugere que a 
implementação de práticas baseadas em evidências, como o uso de solu-
ções antissépticas e a redução do uso indiscriminado de dispositivos inva-
sivos, pode reduzir significativamente a incidência de IRAS (Padilha et al., 
2014). 
Dessa forma, cabe à enfermagem não apenas executar essas práticas com 
rigor, mas também educar a equipe e à família do paciente garantir que 
todos os cuidados preventivos sejam seguidos de forma adequada.
53
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
2.2.2 PRINCÍPIOS GERAIS NO CONTROLE DA INFECÇÃO 
HOSPITALAR
A higienização correta das mãos e o uso adequado de EPIs são práticas 
essenciais para a prevenção de infecções hospitalares, especialmente em 
ambientes críticos como a UTI. 
A lavagem das mãos é considerada a principal medida de prevenção, 
conforme orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que 
interrompe a cadeia de transmissão de patógenos entre pacientes e profis-
sionais de saúde. Além disso, o uso correto de EPIs, como luvas, máscaras e 
aventais, é necessário para proteger tanto o profissional quanto o paciente. 
A adesão rigorosa a essas práticas reduz significativamente a incidência de 
infecções associadas à assistência, conforme discutido por Viana, Whitaker e 
Zanei (2020), sendo um pilar central nas diretrizes nacionais e internacionais 
de controle de infecção.
Além das práticas individuais, o ambiente da UTI também requer atenção 
especial no que diz respeito à desinfecção de superfícies e equipamentos. A 
desinfecção adequada de áreas de contato frequente, como leitos, mesas e 
monitores, é fundamental para reduzir a presença de microrganismos pato-
gênicos. A esterilização de equipamentos médicos invasivos e não invasivos, 
como sondas e ventiladores, deve seguir protocolos específicos de limpeza 
e desinfecção. 
Padilha et al. (2014) enfatizam a importância de um ambiente limpo e 
esterilizado para prevenir a transmissão de infecções, especialmente em 
pacientes imunocomprometidos ou com dispositivos invasivos.
O manejo adequado de resíduos também tem sua função na prevenção de 
infecções. O descarte seguro de materiais contaminados, como agulhas e 
catéteres, e a segregação correta dos resíduos biológicos são práticas que 
evitam a exposição acidental de profissionais e de outros pacientes aos 
patógenos. 
Murakami e Santos (2017) reforçam a importância de seguir normas rigo-
rosas para o descarte e o processamento de resíduos em ambientes hospi-
54
Assistênciade Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
talares, o que contribui para a segurança do paciente e de toda a equipe de 
saúde.
Curiosidade
Você sabia que a higienização das mãos é considerada 
a medida mais simples e eficaz para prevenir infecções 
hospitalares? Segundo a OMS, a adesão a essa prática pode 
reduzir em até 50% a ocorrência de infecções relacionadas 
à assistência à saúde. Além disso, o uso correto de EPIs e os 
protocolos de desinfecção são fundamentais para garantir 
a segurança dos pacientes em UTIs. 
Dessa forma, a integração de práticas adequadas de higienização, desin-
fecção e manejo de resíduos é essencial para o controle eficiente de infec-
ções em UTI.
2.3 SEPSE E CHOQUE SÉPTICO
A sepse e o choque séptico representam duas das condições mais graves 
enfrentadas em UTIs, caracterizadas por uma resposta descontrolada do 
organismo a uma infecção, levando à falência de múltiplos órgãos e, sem 
tratamento adequado, à morte. A identificação precoce dessas condições 
é fundamental para a implementação de intervenções imediatas, como a 
administração de fluidos, antibióticos e suporte hemodinâmico, visando à 
estabilização do paciente. 
Conforme Viana, Whitaker e Zanei (2020), o manejo eficaz da sepse requer 
a aplicação de protocolos baseados em escalas de avaliação, como o SOFA, 
para monitorar a gravidade do quadro. A equipe de enfermagem atua no 
reconhecimento dos sinais iniciais de sepse e na aplicação de cuidados 
intensivos que podem fazer a diferença nos desfechos clínicos. 
55
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Além disso, é fundamental compreender a fisiopatologia da sepse para 
ajustar as intervenções terapêuticas de maneira eficaz e reduzir a mortali-
dade, como observado por Hinkle e Cheever (2019).
2.3.1 SEPSE, CHOQUE SÉPTICO E INFECÇÕES RELACIONADAS A 
ASSISTÊNCIA À SAÚDE
A sepse é uma resposta inflamatória exacerbada do organismo a uma 
infecção, que pode evoluir rapidamente para choque séptico, caracteri-
zado por uma disfunção circulatória e metabólica, resultando em falência 
múltipla de órgãos. 
A fisiopatologia da sepse envolve uma sequência de eventos sistêmicos, 
incluindo vasodilatação generalizada, hipoperfusão tecidual e aumento da 
permeabilidade capilar, o que leva à queda da pressão arterial e à insufici-
ência de órgãos vitais, como rins e pulmões (Hinkle; Cheever, 2019). 
O choque séptico ocorre quando esses mecanismos falham em manter 
a homeostase, exigindo intervenções imediatas e agressivas para evitar a 
progressão para morte. Nessa fase, o corpo entra em um estado de disfunção 
grave, e a recuperação depende da rapidez e da eficácia do manejo terapêu-
tico.
56
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Figura 6: Exame de PCR
Fonte: Arif biswas, Shutterstock, 2023.
#PraTodosVerem: Fotografia colorida de uma mão com luva azul segurando um tubo 
pequeno tampa vermelha contendo amostra de sangue para exame de investigação de 
sepse no qual está escrito “Sepsis (PCR) - Test”
A identificação precoce da sepse possibilita um tratamento eficaz, e o uso 
de escalas de avaliação, como o SOFA (Sequential Organ Failure Assess-
ment) e qSOFA (quick SOFA), é amplamente recomendado para monitorar 
a gravidade do quadro. Essas escalas ajudam a avaliar a disfunção orgânica 
e a prever a mortalidade, permitindo que a equipe de enfermagem e outros 
profissionais de saúde intervenham prontamente. 
Conforme Viana, Whitaker e Zanei (2020), o reconhecimento dos sinais 
iniciais de sepse — como taquicardia, hipotensão e alterações na consciência 
— permite o início imediato de intervenções baseadas em protocolos de 
manejo, que incluem a administração de fluidos intravenosos, antibióticos 
57
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
de amplo espectro e, quando necessário, suporte vasopressor para manter a 
perfusão adequada.
O manejo da sepse e do choque séptico exige uma abordagem multidisci-
plinar e rápida, com diretrizes claras para a administração de antibióticos 
dentro da primeira hora após o reconhecimento da condição e a reposição 
volêmica adequada para estabilização hemodinâmica. 
Hinkle e Cheever (2019) ressaltam que o uso de suporte vasopressor e ventila-
tório, quando indicado, deve ser iniciado rapidamente para evitar a progressão 
para falência irreversível de órgãos. A enfermagem, nesse contexto, tem um 
papel fundamental na aplicação dos protocolos de manejo e na monitori-
zação contínua dos parâmetros clínicos, o que pode impactar diretamente 
nos desfechos do paciente séptico.
2.3.2 USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS
O uso de antibióticos no tratamento de sepse requer uma abordagem estra-
tégica, que se inicia com a antibioticoterapia empírica, antes que os resul-
tados microbiológicos estejam disponíveis. Essa abordagem visa controlar a 
infecção de forma imediata, utilizando antibióticos de amplo espectro que 
atuem contra uma variedade de possíveis patógenos. 
No entanto, assim que se obtém os resultados de cultura e sensibilidade, a 
terapia antibiótica deve ser ajustada para se tornar dirigida, ou seja, focada 
no agente patogênico específico identificado (Hinkle; Cheever, 2019). Essa 
transição é fundamental para reduzir o risco de efeitos adversos, como toxi-
cidade e a promoção da resistência bacteriana, além de melhorar a eficácia 
do tratamento.
O uso inadequado e prolongado de antibióticos, tanto no âmbito empírico 
quanto no dirigido, pode resultar no desenvolvimento de resistência bacte-
riana, um dos maiores desafios enfrentados em Unidades de Terapia Inten-
siva. A resistência bacteriana ocorre quando microrganismos evoluem para 
se tornarem insensíveis às drogas anteriormente eficazes, tornando as infec-
ções mais difíceis de tratar e aumentando a mortalidade (Viana; Whitaker; 
Zanei, 2020). 
58
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
Para combater esse problema, é necessário que os profissionais de saúde 
sigam protocolos rigorosos para a escolha de antibióticos e monitorem de 
perto a resposta do paciente, ajustando o tratamento sempre que possível 
para evitar o uso prolongado de antimicrobianos de amplo espectro.
Reflita
Como as práticas de controle de infecção em UTIs podem 
impactar diretamente os desfechos clínicos dos pacientes? 
De que maneira o uso correto de antibióticos e a higie-
nização adequada previnem complicações graves em 
pacientes críticos?
Práticas baseadas em evidências são essenciais para promover o uso racional 
de antibióticos em UTIs. A implementação de guidelines que estabelecem a 
antibioticoterapia empírica inicial seguida pela terapia dirigida, bem como 
o monitoramento de indicadores de resistência bacteriana, são estraté-
gias recomendadas para evitar o uso excessivo e irracional de antibióticos 
(Murakami; Santos, 2017). 
Além disso, a educação contínua dos profissionais de saúde sobre os riscos do 
uso inadequado de antimicrobianos e a adesão a programas de stewardship 
antimicrobiano são fundamentais para preservar a eficácia dos tratamentos 
disponíveis e proteger a saúde dos pacientes a longo prazo.
2.4 PROCESSAMENTO DE MATERIAIS UTILIZADOS EM UTI
O processamento de materiais em UTIs é uma prática essencial para garantir 
a segurança dos pacientes, prevenindo infecções relacionadas à assistência 
à saúde. Em um ambiente de alta complexidade, onde o uso de dispositivos 
invasivos é frequente, o correto processamento de materiais, como catéteres, 
sondas e equipamentos de monitorização, torna-se indispensável. 
59
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
A classificação dos materiais em críticos, semicríticos e não críticos orienta 
a escolha dos métodos de esterilização ou desinfecção apropriados, assegu-
rando que não haja transmissão de patógenos entre os pacientes. 
De acordo com Padilha et al. (2014), a adoção de protocolos rigorosos de 
desinfecção e esterilização, além do descarte seguro de resíduos hospita-
lares, é fundamental para reduzir ahttps://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/
153
Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
FREITAS, E. O. Terapia Intensiva: práticas na atuação da enfermagem. Rio de 
Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book. Disponível em: https://integrada.minha-
biblioteca.com.br/#/books/9788536530529/. Acesso em: 5 nov. 2024.
GRASSI, M. F. et al. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem 
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Assistência de Enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715895/
	Quadro 1: Modelo de Indicador 
	Quadro 2: Metas internacionais de segurança do paciente
	Quadro 3: Protocolos de segurança 
	Figura 1: Leitos de Unidade de Terapia Intensiva
	Figura 2: Assistência ao paciente em UTI
	Figura 3: Tecnologias em UTI
	Figura 4: Prontuário eletrônico
	Figura 5: UTI Neonatal
	Figura 6: Treinamento dos profissionais
	Figura 1: Hemodinâmica
	Figura 2: Marcapasso interno
	Figura 3: Cateter de Sawn-Ganz.
	Figura 4: Representação de bactérias patogênicas
	Figura 5: Pneumonia
	Figura 6: Exame de PCR
	Figura 7: Materiais processados
	Figura 1: Bioética e UTI 
	Figura 2: Representação do cuidado humanizado
	Figura 3: Enfermagem e Humanização 
	Figura 4: Visitação a paciente
	Figura 1: Tecnologia em Doenças vasculares 
	Figura 2: Doença da artéria coronária 
	Figura 3: Monitorização cardíaca 
	Figura 4: Ventilação invasiva
	Figura 5: Pneumonia
	Figura 6: Sistema circulatório
	Figura 7: Massagem cardíaca 
	Figura 1: Abdome agudo
	Figura 2: Exame físico
	Figura 3: Tomografia 
	Figura 4: Alimentação 
	Figura 5: Assistência de Enfermagem 
	Figura 6: Glicemia capilar
	Figura 7: Gasometria
	Figura 1: Doença renal 
	Figura 2: Terapia renal substitutiva 
	Figura 3: Exame do sangue 
	Figura 4: Transfusão 
	Figura 5: Acidentes vascular cerebral 
	Figura 6: Sedação

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