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Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS 6.1 Introdução Já se falou que a fundação é a parte da estrutura responsável em transmitir, ao terreno, a carga da edificação. Para o seu dimensionamento, necessita-se do cálculo das cargas atuantes sobre a fundação e o estudo do terreno. Na escolha do tipo de fundação deve ser levado em consideração além das características próprias do terreno, também o aspecto econômico, bem como, a possibilidade de excesso de vibração aos terrenos vizinhos, causando danos às edificações vizinhas. Neste Módulo, remete-se tão somente ao estudo básico da escolha do tipo de fundação, bem como, as definições básicas e/ou dimensionamento geométrico e estrutural de três elementos estruturais básicos de fundação, quais sejam: sapatas, estacas e blocos de coroamento. 6.2 Escolha do Tipo de Fundação Em Mecânica dos Solos e Fundações, é visto a importância da investigação do subsolo e, é justamente com o Laudo de Sondagem que se têm os elementos (dados, ou mesmo, parâmetros) de decisão; aliado às cargas que “chegam” na fundação, estas definidas pelo esquema estrutural. Como as cargas que chegam à fundação, depois de definido o projeto arquitetônico e concepção estrutural, são definitivas; precisa-se então levar em consideração os aspectos da capacidade do solo resistir estas mesmas cargas, nos pontos onde irá ocorrer a transmissão de carga edifício-solo. A maior precisão, em confrontar os parâmetros cargas com a capacidade de suporte do solo, é o confrontamento da tensão aplicada no solo com a tensão admissível (resistente) do solo, no ponto de transmissão de carga. O Método de Prospecção do Solo pela sondagem SPT, traz informações que remete a um nível bom de conhecimento do subsolo. Em termos mais práticos, deve-se recair (com margem de segurança razoável, e sem perder em demasia a economicidade da solução adotada) na adoção de SAPATAS, primeiramente verifica-se se o laudo apresenta sempre uma escala de SPT (ou NSPT) em valores crescentes e, se o SPT ≥ 8 (correspondendo a σa ≥ ± 1,0 kgf/cm2 ) está localizado em profundidade não superior a 3,0 m. Pois, é esta a profundidade onde é o mais conveniente (tanto operacional, quanto economicamente) a adoção de SAPATAS. Se ocorrer um furo de sondagem onde apresente uma escala de variação do SPT (alternando) quanto à ordem crescente e decrescente com o aumento da profundidade, bem como, ocorrer o já relatado, onde a profundidade de SPT ≥ 8 ultrapassar a 3,0 m, se verifica então a adoção de ESTACAS. Também, em termos práticos, pode-se adotar para efeitos estimativos quanto às profundidades das Estacas, que os seus comprimentos serão sempre na ordem de onde se encontra (profundidade) o somatório dos SPTs ser na ordem de 80, ou seja, Σ SPT = ± 80. Página 1 de 31 Quanto à profundidade (ou tamanho) da Estaca, remete-se ao item 6.4 deste Módulo, onde se abordará o estudo da NEGA DA ESTACA. A partir deste ponto, irá se detalhar mais especificamente, e tão somente, conceitos acerca de SAPATAS e ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO, que na realidade, são os elementos estruturais de fundação mais utilizados. Como se abordará as Estacas se faz necessário também à abordagem do estudo dos BLOCOS DE COROAMENTO (ou simplesmente, BLOCOS), pois é ele que transmite as cargas da Estrutura às Estacas. 6.3 Conceitos e Dimensionamento de Sapatas Para efeito de simplificações de estudo irá se abordar somente o caso de sapatas isoladas. Mesmo porque, outros casos (sapatas associadas e sapatas alavancadas) são mais específicos, ficando para o estudante o aprofundamento do assunto. Deve-se ressaltar também outro indicativo prático, além de aliar a segurança e a economicidade, sobre o uso de sapatas; qual seja, além do já mencionado quanto à profundidade, deve-se estabelecer como 1,0 kgf/cm² a Tensão Admissível Mínima do solo, isto se o edifício fosse totalmente apoiado em sua área (radier). Pode-se atribuir também, que para edifícios a carga estimada por pavimento é de 1,0 tf/m² (0,1 kgf/cm²) e, ainda que, é economicamente viável utilizar sapata somente se a área de sapatas do edifício não superar a 60% da área do pavimento térreo. 6.3.1 Premissas e Dimensionamento Os cálculos para o dimensionamento e detalhamento de sapatas isoladas rígidas com carga centrada, têm a sua base teórica no Método das Bielas; que consiste em admitir-se uma repartição de carga do pilar ( N em N/2 ) através de Bielas comprimidas ( R ) de concreto, que terão que se equilibrar por tensões de tração ( T ) no aço desenvolvidas na base da sapata. Onde: T = Força de tração na armadura da sapata; N = Carga centrada no pilar; H = Altura efetiva da sapata; h = Altura de borda da sapata; B = Dimensão menor da sapata numa determinada direção; b = Dimensão menor do pilar numa determinada direção; β = Ângulo de talude da sapata; d = Altura útil. ESQUEMA GEOMÉTRICO β B/4 B/4 B/4 B/4 ESQUEMA DE CARGA NA SAPATA B H h β Página 2 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS Então se tem a distribuição da carga ( N ) através de: )( : (1) 2 d 4 b 4 B tg 2 N T tg que também temos triângulos de semelhança por − == αα da equação (1) temos : α×= tg 2 NT (3) e substituindo (2) em (3) temos: ou seja: Falou-se em Sapata Rígida e, quanto a essa nomenclatura, a NBR 6118 estabelece a seguinte condição: Caso contrário será considerada flexível. Para a sapata rígida pode-se admitir plana a distribuição de tensões normais de compressão no contato sapata-terreno, no caso da falta de informações técnicas a respeito do projeto. e s yk yd yd c ff f γ γ == T sA . , onde: As = Área de aço para absorver o esforço de tração na base da sapata; γc = Coeficiente de segurança para o concreto (1,4); γs = Coeficiente de segurança para o aço; fyk = Tensão de Cálculo de escoamento do aço; fyd = Tensão Nominal de escoamento do aço. • Roteiro de Dimensionamento Este roteiro é para Sapatas Rígidas que ainda devam possuir, também, uma relação constante entre as dimensões de base da sapata e, as dimensões da seção do Pilar (chamadas Sapatas Homotéticas), ou seja, ( B – b = A – a ); isso para garantir um equilíbrio dos momentos das abas, equalizando assim sua resistência à flexão. −×= d4 bB 2 NT ( ) d8 bBN − = .T ( ) ; 3 bB − ≥d Página 3 de 31 • Nf = 1,05. N • N1,05 solosolo fN σσ ≥≥ .S • 2 S42)ba()ba( . B +−+−− = • A = B – b + a • βA ≤ 30° • βB ≤ 30° • 3 bB 3 aA − =≥ −d e ( ) βtg 2 bB H x − −= min h e ainda, h max = 40% de H = 0,4 x H • d8 )aA(fN . . − =AT • d8 )bB(fN . . − =BT • yd Ac f T.γ = A As e 4,1e15,1f cs s yk :ndeo === γγγydf • yd Bc f T.γ = B As • 2 )bB( 2 )aA( − = − =c • ( ) h B A b a BAbaB A 3 H . . .... +++= .V Onde: TA = Força de tração no sentido y; TB = Força de tração no sentido x; Nf = Carga centrada na sapata; B c A c b a x y Página 4 de 31 Prof. LuizAlgemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS σsolo = Tensão admissível do solo, A = Dimensão maior da sapata numa determinada direção; S = Área da base da sapata; βA = ângulo de inclinação da sapata no sentido y; βB = ângulo de inclinação da sapata no sentido x; V = volume da sapata; a = Dimensão maior do pilar numa determinada direção; AsA = Área de aço que trabalha no sentido y; AsB = Área de aço que trabalha no sentido x; 6.3.2 Exemplo de Dimensionamento de Sapata Dimensionar uma sapata para um Pilar de seção 30 x 100 cm com carga centrada de compressão de 286 tf; onde a Tensão Admissível do solo é de σsolo = 30 tf/m2 (3,0 kgf/cm2). • Dimensionamento Geométrico da Sapata 2m 10,01 30 2861,05 N1,05 .. solosolo f σσ NS ≥=≥≥ ; onde S ⇒ Área de contato (com o solo), ou área da sapata. S = A x B = 10,01 (1) e se A – a = B – b ∴ A – 100 = B – 30, ou seja, A – 1,0 = B – 0,30 (2) De (1) e (2) tem-se um sistema de equações com duas incógnitas ⇒ A e B logo, de (2) vem: A = B + 0,70 (3) e sabe-se que 2 S42)ba()ba( .+−+−− =B , então : B c A c 30 10 0 x y Página 5 de 31 m83,2 2 36,670,0 2 04,4020,700,70- 2 01,1042)3,01()3,01( = +− = ++ = +−+−− = . B Substituindo B = 2,83 m na equação 2 vem ⇒ A = 2,83 + 0,70 = 3,53 m Para Sapata Rígida ⇒ ( ) ;m84,0 3 30,083,2 3 bB ≥ − = − ≥d Como, temos elemento estrutural sob o solo (maior agressividade), adota-se então o cobrimento de 3,0 cm para a armadura: ∴ H = d + cob ⇒ H = 0,84 + 0,03 = 0,87 cm Se βA ≤ 30° e βB ≤ 30°, adota-se a inclinação máxima ⇒ βmax =30° ( ) ( ) ;cm12m12,030tg 2 30,083,287,0tg 2 bBH x max x min ==° − −= − −= βh isso significa que com h min = 12 cm tem-se um inclinação de aproximadamente 30° e, tem-se também que h max = 0,4 x 0,87 = 0,35 m = 35 cm, isso significa, para h = 35 cm tem-se uma inclinação da sapata menor que 30°, aproximadamente 22,50°, que é também aceitável, porém tem-se um volume maior de concreto e por conseguinte, um custo maior ; para “c” temos: m27,1 2 )3,083,2( 2 )bB( = − = − =c da eq. (3) tem-se que A = B + 0,70 ⇒ A = 2,83 + 0,70 = 3,53 m Resumo das Medidas da Sapata: c = 1,27 m h = 15 cm H = 87 cm A = 3,53 m B = 2,83 m Para efeitos construtivos e práticos, podem-se adotar medidas maiores. • Determinação dos Esforços na Sapata N = 286 tf Nf = 1,05 x 286 = 300,30 tf tf06,113 0,848 ) 1,00 -3,53 ( 300,30 d8 )aA(fN == − = . . AT . . tf06,113 0,84 8 ) 0,30 - 2,83 (300,30 d8 )bB(fN == − = . . BT . . Página 6 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS • Determinação da Armadura da Sapata Para aço CA – 50 temos 2 s yk cm/kgf4348 1,15 5000 f === γydf Como TA = TB ∴ As A = As B ⇒ 2 yd c cm40,36 4348 113060 1,4 f T ==== γ . BA AsAs . 6. 4 Conceitos e Premissas de Estacas Pré-Moldadas de Concreto Como já mencionado anteriormente, embora exista uma gama diversificada de tipos de estacas, vai-se mais especificamente tratar aqui, sobre as Estacas Pré-Moldadas de Concreto Armado, isso devido ao fato de ser a mais amplamente utilizadas. A utilização deste tipo de estaca relaciona algumas vantagens e desvantagens, porém no âmbito geral sempre que possível, é utilizada; onde deve sempre ser assegurada uma resistência do concreto, ou capacidade de carga do concreto da estaca, na ordem de 60 kgf/cm². 6.4.1 Capacidade de Carga e Nega da Estaca Independentemente do tipo de fundação, direta ou indireta (estacas), isso levando em conta o confrontamento de informações e/ou características geotécnicas, bem como, as condições de oferta de mercado de estacas e equipamentos, o que mais preocupa é definir a cota de assentamento da fundação. Já se falou em 6.2 que os parâmetros mais utilizados para a definição da cota de assentamento de uma fundação, são aqueles resultantes do laudo de sondagem com o SPT. Naquele item, também se falou de algumas premissas práticas (com base científica) acerca do assentamento das Sapatas e do comprimento estimado de uma estaca. Porém não se falou, mais especificamente quanto às estacas, sobre a resistência individual de uma estaca, ou seja, a capacidade de carga à compressão das Estacas e também, quando exatamente deve-se terminar a cravação de uma estaca (⇒ Nega da Estaca). • Capacidade de Carga à Compressão O que se quer aqui é estabelecer o limite de carga que uma determinada estaca pode suportar sem que o concreto se rompa (Ce). Sabendo-se que, como já fora citado, resistência do concreto, ou capacidade de carga do concreto da estaca (Cc), na ordem de 60 kgf/cm², é considerado nesta ordem, quando não se tem o valor específico do fabricante. Para isso, é muito simples, somente é considerada a definição de tensão, pura e simplesmente, ou seja: Tensão é a relação entre uma carga aplicada e a área de aplicação dessa carga, no caso, a área da seção da estaca (Ae), então: Exemplo: 1. Determinar a Carga (Ce) que a estaca com um diâmetro de 33 cm pode suportar. ec AC .eC = Página 7 de 31 Cc = 60 kgf/cm² e Ae = 4 .π 2Φ = 4 33.π 2 = 855,27 cm² Então Ce = 60 . 855,27 = 51.316,20 kgf 2. Verificar se o concreto da estaca de diâmetro (Φ) 50 cm resiste uma carga de 130 tf. Cc = = Ae Ce 66 4 50 130000 2 = π . kgf/cm² > 60 kgf/cm² (valor adotado), logo a estaca não suporta 130 tf. Normalmente se possui tabela de Carga Nominal em estacas em função do tipo da estaca e das dimensões da seção da estaca. A seguir passa-se uma tabela genérica de Cargas Nominais de Estacas, para simples consulta, podendo variar conforme os diversos fabricantes. Tipo de estaca Dimensão ( cm ) Carga Nominal ( kN ) 20 x 20 250 25 x 25 400 30 x 30 550 35 x 35 800 Φ 22 300 Φ 29 500 Φ 33 700 Φ 20 250 Φ 25 500 Φ 30 700 Φ 20 250 Φ 23 300 Φ 26 400 Φ 33 600 Φ 38 750 Φ 42 900 Φ 50 1300 Φ 60 1700 Φ 70 2300 Pré-moldada vibrada Quadrada Pré-moldada vibrada Circular Pré-moldada protendida Circular Pré-moldada centrifugada Cirgular • Nega Penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de golpes de peso do martelo do bate- estaca. Em geral é medida por uma série de dez golpes do martelo. A Nega sempre que fixada para um determinado tipo de estaca (seção e comprimento), deve conter também no projeto de fundações, além do valor da Nega, os parâmetros que foram considerados em relação à cravação, ou seja, peso e a altura de queda do martelo do bate-estaca. Se for bate-estaca automático, deve ser informada a energia de cravação, que é também em função do peso e altura de queda do martelo. Página 8 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS Pra melhor assegurar a Nega em obra, sempre se devem fazer três leituras consecutivas de repetição de valor exatos ao da Nega, ou três valores simultâneos de ordem decrescente de valores, onde o primeiro já deva ser o valor pré-estabelecido para a Nega. Existem algumas fórmulas para a determinação da Nega. Passa-se o conhecimento de duas: ⇒ FÓRMULA DE BRIX⇒ FÓRMULA DOS HOLANDESES 6. 5 Conceitos e Dimensionamento de Blocos de Fundação O chamado bloco de transição (ou simplesmente Bloco) como elemento estrutural de fundação é necessário como elemento de ligação entre os pilares e os fustes de estaca ou tubulão. As tensões de compressão atuantes no pilar são transmitidas até o topo do tubulão ou da estaca através da altura do bloco, em trajetórias curvas. Estas trajetórias de tensão principal, sendo curvas, indicam que a outra tensão principal não é nula, podendo ser de tração ou de compressão dependendo do sentido da curvatura. 6.5.1 Número de Estacas por Pilar e Distribuição de Estacas por Bloco O número n de estacas de Capacidade de carga nominal (Cn), necessário para transferir a ação vertical F de um pilar para o solo é dado por: 2 2 )P e P( a P5 P e P M M h + = . .. e )P e P( a P6 P M M h2 + = . . e ESTACA OU TUBULÃO PILAR BLOCO ZONA MORTA h Pa = Carga Nominal da Estaca PM = Peso do martelo Pe = Peso da Estaca H = Altura de queda do Martelo Página 9 de 31 n C N1,10n ⋅= ; onde o coeficiente 1,10 leva em consideração o peso próprio do bloco. O número de estacas é aproximado para o número inteiro maior mais próximo do valor calculado pela expressão de n = f (N, Cn). Em princípio, o número de estacas deve ser maior ou igual a 3, para que o bloco tenha indeslocabilidade em relação a dois eixos ortogonais. Pode ser empregado um número de estacas menor que 3, uma ou duas, desde que exista algum elemento estrutural, como por exemplo, viga baldrame ou viga alavanca. Na figura a seguir, a viga trava o bloco na direção transversal e, duas estacas posicionadas na direção longitudinal conferem travamento nesta direção. No caso de bloco com uma estaca há que se projetar duas vigas ortogonais para travar o bloco. Quanto maior o número de estacas, maior será o custo do bloco. Então, é conveniente evitar blocos com mais de 5 ou 6 estacas. É preferível, neste caso, adotar duas cargas de trabalho, uma para pequenas ações e outra para ações mais intensas. Isto ocorre quando o projeto apresenta uma variação muito ampla para as ações dos pilares num mesmo bloco, todavia, utilizam-se estacas com mesma carga de trabalho. • Distribuição de Estacas por Bloco No geral, a distribuição das estacas deve ser feita de tal modo que o espaçamento mínimo e est entre elas seja respeitado, não só entre as estacas do próprio bloco, mas também entre estacas de blocos contíguos, de acordo com a figura a seguir. BLOCO TRAVADO EM UMA DIREÇÃO BLOCO TRAVADO EM DUAS DIREÇÕES e est eest eest e es t Página 10 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS A distribuição das estacas, em torno do centro de aplicação da ação do pilar, deve ser feita sempre que possível, de acordo com os blocos padronizados e indicados no quadro a seguir. Nesse quadro se têm a posição de duas estacas, as situações possíveis para o caso de três estacas, distribuídas nos vértices de um triângulo equilátero ou em linha. No caso de distribuição em linha a altura do bloco deve ser tal que as três estacas estejam submetidas a ações idênticas. Encontram-se também, as distribuições para quatro estacas: vértices de um quadrado ou em linha, valendo para estes últimos o mesmo comentário feito para o caso de blocos sobre três estacas. No caso de cinco estacas, elas podem ocupar os vértices de um trapézio, quatro nos vértices de um quadrado e uma no centro. Entre todas as configurações, a alternativa mais econômica é a do trapézio, pois neste caso o estaqueamento ocupa a menor área. e , é função da dimensão da estaca ⇒ e = 2,5.Φ e e ≥ 60 cm e/2 e/2 e 2 ESTACAS e e 3 ESTACAS e/2 e/2 3 3⋅e 6 3⋅e 5 ESTACAS 2 2⋅e 2 2⋅e 2 2⋅e 2 2⋅e 2 3⋅e 2 3.e e/2 e/2 10 33⋅e 5 3⋅e e e e/2 e/2 4 ESTACAS e/2 e/2 e/2 e/2 e e e/2 e/2 Página 11 de 31 O posicionamento das estacas deve ser feito, sempre que possível, na direção da maior dimensão do pilar, pois isto leva a se projetar blocos com menor consumo de concreto. Para blocos com mais de um pilar, o centro da ação vertical deve coincidir com o centro geométrico das estacas, como mostrado na figura a seguir. Recomenda-se que o estaqueamento deva ser feito, sempre que possível, independente, para cada pilar. Deve-se evitar a distribuição de estacas como indicado na figura a seguir por introduzir um momento de torção no bloco. Nos casos de blocos com duas estacas, para dois pilares, deve-se evitar a posição da estaca embaixo dos pilares, pois praticamente uma das ações está sendo aplicada diretamente em uma estaca, além dos Centro de Gravidades das Estacas e do Pilar não coincidirem. NÃO RECOMENDÁVEL RECOMENDÁVEL NÃO RECOMENDÁVEL CGe ⇒ CG das Estacas CGP ⇒ CG da Ação dos Pilares CGe CGP RECOMENDÁVEL CGe ⇒ CG das Estacas CGP ⇒ CG da Ação dos Pilares CGe = CGP CG da ação das forças dos pilares CG do estaqueamento Página 12 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS Nos projetos usuais deve-se evitar adotar estacas de diferentes diâmetros em um mesmo bloco. Para blocos com três estacas ou mais, não há necessidade de vigas de travamento. Essas vigas devem ser dimensionadas para absorver as excentricidades permitidas por norma, que podem ocorrer entre o eixo do pilar e o das estacas. 6.5.1 Dimensionamento de Bloco de Uma Estaca Para se usar os conceitos estudados no dimensionamento de blocos sobre estacas ou tubulões, a ação atuante no bloco é considerada concentrada e não uniformemente distribuída. As notações da figura a seguir são usadas no desenvolvimento das expressões que se seguem. Como altura efetiva do bloco ( d ), considerando as direções x e y, deve ser adotado o maior valor entre os três indicados: 1,1. Φ d ≥ 1,5 . ( Φ - a ) 1,5 . ( b - Φ ) Onde, Φ é o diâmetro do tubulão ou da estaca, a é a menor dimensão do pilar e b, a maior dimensão. Considerando, primeiramente, a direção x, a força transversal de fendilhamento fica sendo: f −f ⋅⋅= a)( N0,29sxR d Com o esforço transversal de tração calculado e tendo a resistência de escoamento de cálculo do aço, é possível o cálculo da armadura através da seguinte expressão: folga de 10 cm a 15 cm Φ A d fo lg a b B x y Φ a Página 13 de 31 yd sx sx RA f = Analogamente, na direção y, vêm: f −f ⋅⋅= )( b dN0,29syR A áreada armadura calculada na direção y deve ser maior que 20% da armadura principal, portanto: 5 sxA syA yd syR ≥= f (3.18) É importante saber que a direção x é adotada sempre na direção da menor dimensão do pilar. 6.5.2 Dimensionamento de Bloco de Duas Estacas Além da consideração de carga centrada, a seqüência de dimensionamento de mais de uma estaca, considera-se como bloco rígido, onde a distância ( c ) do centro da estaca mais afastada até a face do pilar deve (necessariamente) ser menor a uma vez e meia a altura do bloco. Os métodos de cálculo utilizados no dimensionamento dos blocos rígidos é o método clássico, baseado na teoria das bielas e o método do CEB [1970]. • Base Teórica do Método Clássico O método clássico utilizado na determinação dos esforços solicitantes, em blocos rígidos, é baseado na teoria das bielas a qual se encaixa, perfeitamente, ao cálculo do bloco rígido sobre duas estacas, respeitadas as devidas condições de aplicabilidade do método, como por exemplo, os limites para o valor do ângulo de inclinação das bielas (α), mostrado na figura a seguir. Toda a teoria das bielas aplicadas aos blocos rígidos é baseada em trabalhos experimentais, e os principais deles são devidos à BLEVOT [1967] e MAUTONI [1972]. BLOCO RÍGIDO c < 1,5 . h b α Página 14 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS • Dimensionamento A Figura a seguir mostra o bloco sobre duas estacas, com a biela de concreto comprimido e o esquema de forças atuantes. Considerando-se uma treliça constituída de barras tracionadas, localizada logo acima do arrasamento das estacas, e barras comprimidas inclinadas, com extremidades junto da região de apoio dos pilares, tem-se o esquema mostrado na figura a seguir. A inclinação das bielas, de acordo com o triângulo de forças Onde: 4 a 2 d tg p− = e α ( I ) mas também pode-se afirmar que: SR 2 N tg =α ( II ) e CR 2 N =αsen ( III ) biela comprimida ap fe fe ap ap d’ RS ap = oo bx a Página 15 de 31 Igualando-se ( I ) e ( II ), tem-se que a Força de Tração ( RS ) é dada pela expressão: d8 a2N R p d s −⋅ = e , por experimentos verificou-se que: d8 a2N 1,15 R p d s −⋅ = e E da equação ( III ), pode-se afirmar que a força de compressão na biela fica sendo: αsen⋅ = 2 N cR d Onde, da equação ( I ) tem-se também que: = − 2 a 2 d p tg e α e para que as bielas comprimidas não sofram ruptura por punção, α tem variação pré-determinada, isto é, as bielas comprimidas não sofrerão ruptura por punção, desde que: 0α 55450 ≤≤ , ou seja: −≤≤− 2 a 0,714d 2 a 0,500 pp ee , logo: dmin = − 2 a 0,500 pe e dmax = − 2 a 0,714 pe e sabe-se também que: d ≥ b, fPilar e h = d + d’, onde d’ ≥ e ainda, aest = lado de uma estaca de seção quadrada, com mesma área da estaca de seção circular: eest 2 a f⋅= π • Verificação das Bielas de Concreto A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar é expressa a seguir: cd2 b Rcd k1,4 senA N1,4 f⋅⋅≤ ⋅ ⋅ = α σ , onde Ab é a área transversal do pilar. A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca vale: cd2 Rcd k1,4 sen e A 2 N1,4 f⋅⋅≤ ⋅⋅ ⋅ = α σ , sendo Ae a seção transversal da estaca. Onde: kR = 0,9 a 0,95 = coeficiente que leva em consideração a perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes (efeito Rüsch). • Armadura Principal A armadura necessária para absorver a força de tração é: sd s R As σ = e como σsd = fyd / 1,30∴ 5,0 cm aest/5 Página 16 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS yd s R 1,30 A . s f = ⇒ yd d 8 a2N1,15 1,30 A pd s f e ⋅ −⋅⋅⋅ = • Armaduras Complementares Armadura de Pele (ou estribos horizontais) nas faces laterais (as quatro faces) ⇒ ( AS,p / s ) = 0,075 B (cm²/m); onde s = espaçamento e B = Largura do Bloco em cm. Armadura de Estribos Verticais ⇒ ( AS,w / s ) = 0,075 B (cm²/m); onde s = espaçamento e B = Largura do Bloco em cm. • Detalhamento Final B 10,0 cm ≤ s ≤ 20,0 cm d / 3 s ≤ 0,5 aest = e4 f⋅ π 15,0 cm ASw 0,5 aest 15,0 cm ≤ ASp ASw L B ≥ fe + 2. 15 cm L = e + 2. fe ASp – Estribos Horizontais AS – Armadura Principal ASw – Estribos Verticais Ferros Construtivos – N1 Página 17 de 31 6.5.3 Dimensionamento de Bloco de Três Estacas • Base Teórica De uma maneira geral, os métodos de cálculo para blocos rígidos com três ou mais estacas são análogos ao do bloco com duas estacas. As diferenças estão no detalhe que se adota para a posição das bielas junto aos pilares. No caso de pilares com seção retangular (ao < bo), o cálculo pode se feito adotando-se um pilar de seção quadrada (lados ap) de área equivalente, ou seja, o pilar é suposto de seção quadrada, com centro coincidente com o centro do bloco (Figura a seguir). O esquema de forças é analisado segundo uma das medianas do triângulo formado. Onde ap = oo bx a A inclinação das bielas, de acordo com o triângulo de forças pa 0,33 3 e d tg − =α ( I ) mas também pode-se afirmar que: SR 3 N tg =α ( II ) e CR N 3=αsen ( III ) Igualando-se ( I ) e ( II ), tem-se que a Força de Tração ( RS ) é dada pela expressão: − = d 0,9a3e 9 N sR pd ⇒ como a relação de triângulos está em relação ao CORTE AA, logo, RS aqui está relacionado às Medianas. E da equação ( III ), pode-se afirmar que a força de compressão na biela fica sendo: αsen⋅ = 3 N cR d . d d’ RS 3 N 3 N h biela RS 3 N p a 0,3 3 3 e − d Página 18 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS Onde, da equação ( I ) tem-se também que: = − 2 a d p 3 tg e α e paraque as bielas comprimidas não sofram ruptura por punção, α tem variação pré-determinada, isto é, as bielas comprimidas não sofrerão ruptura por punção, desde que: 0α 55450 ≤≤ , ou seja: −≤≤− 2 a 0,825d 2 a 0,577 pp ee , logo: dmin = − 2 a 0,577 pe e dmax = − 2 a 0,825 pe e sabe-se também que h = d + d’, onde d’ ≥ e ainda, aest = lado de uma estaca de seção quadrada, com mesma área da estaca de seção circular: eest 2 a f⋅= π . Como vai ser relacionada também a armadura segundo os lados, ou seja, armadura entre as estacas, também se deve, então, relacionar R’S (Força de Tração entre as Estacas). Considerando o esquema de forças mostrado na Figura anterior (acima); então, pela lei dos senos tem- se: • Verificação das Bielas de Concreto A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar é expressa a seguir: cd2 b Rcd k1,75 senA N1,4 f⋅⋅≤ ⋅ ⋅ = α σ , onde Ab é a área transversal do pilar. A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca vale: cd2 Rcd k1,75 sen e A3 N1,4 f⋅⋅≤ ⋅⋅ ⋅ = α σ , sendo Ae a seção transversal da estaca. ° = ° 30 sen R' 120 sen R ss ⇒ R’s = Rs 3 3 ⇒ − = d 0,9a3e 27 3N sR' p 5,0 cm aest/5 R's R's Rs 30° 30° R's Rs 120° 30° R's Página 19 de 31 Onde: kR = 0,9 a 0,95 = coeficiente que leva em consideração a perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes (efeito Rüsch). • Dimensionamento da Armadura Existem dois modos de posicionamento e detalhamento da armadura principal nos blocos sobre três estacas. O primeiro, e mais utilizado, é o de Armadura Paralela aos Lados (ou, sobre as estacas) e Malha Ortogonal; este modo, como já dito, é o mais utilizado devido ao fato de proporcionar maior economia e menor fissuração, frente ao modo de Armadura na Direção das Medianas e Cintamento (Paralela aos Lados). Além da maior economia da Armadura Paralela aos Lados, a maior fissuração da disposição de Armadura segundo as Medianas sofre a desvantagem, isto devido a ter sobreposição (cruzamento) dos três feixes de barras somente no centro do bloco, provocando vazios de armadura nos lados e ainda mais, a falta de apoio nas extremidades das barras das medianas. Diante disso, irá aqui ser apresentado somente o método de Armadura na Direção dos Lados (sobre as estacas) e Cintamento Paralelo aos Lados. Como já se ressaltou anteriormente, vai ser utilizada aqui a relação entre R’S (Força de Tração na Direção sobre as Estacas) e RS (Força de Tração na Direção das Medianas do Bloco), pois é R’S que irá ser utilizado doravante. Armadura Principal = Armadura sobre as Estacas (ou Armadura dos Lados): Armadura sobre as Estacas remete à Resistência de Tração sobre as Estacas ⇒ R’S e, então: AS, Lado = (1,30 . R’S) / fyd ∴ yd pd Lado s, 1 d 0,9a3e 9 N 3 3 1,30A f... − = ⇒ ( ) .. . .. p yd d Lado s, 0,9a3e d27 N3 1,30 A −= f É necessário ainda, Armadura de Malha (nas duas direções) e Armadura de Suspensão: . Lado s,malha s, A5 1 A = ; susp./face s,malha s, AA ≥ , onde . susp.total s,susp./face s, A3 1 A = ; e . yd d total susp, s, 4,5 N1,2 A f= . Armadura de Pele: Em cada face vertical lateral pode ser colocada armadura de pele com a finalidade de reduzir a abertura de possíveis fissuras nessas faces, sendo: As,p/face = 1/8 (As, principal, total) = 1/8 (As, TOTAL) = 1/8 (3 x As, Lado) , 3 ⇒ devido a ter lados Onde 10,0 cm ≤ s ≤ 200 cm d/3 e; fp ≤ 8,0 mm; fp é a bitola do aço da armadura de pele Página 20 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS • Detalhamento 6.5.4 Dimensionamento de Bloco de Quatro Estacas • Base Teórica Pilar de seção quadrada, com centro coincidente com o centro do bloco e das estacas, conforme figura a seguir. A inclinação das bielas, de acordo com o triângulo de forças AS, suspensão AS, lado AS, lado Sobre as estacas AS, lado trecho usado para armadura de suspensão A S, m al ha d - 5 ≥ 20,0 cm 4 2 a 2 2 e p − α d 4 N RS Página 21 de 31 4 2 a 2 2 e d tg p − =α ( I ) mas também pode-se afirmar que: SR 4 N tg =α ( II ) e CR N 4=αsen ( III ) Igualando-se ( I ) e ( II ), tem-se que a Força de Tração ( RS ) é dada pela expressão: d p a2e 16 2N sR d − = . ⇒ como a relação de triângulos está em relação ao CORTE AA, logo, RS aqui está relacionado às Diagonais. E da equação ( III ), pode-se afirmar que a força de compressão na biela fica sendo: αsen⋅ = 4 N cR d . Onde, da equação ( I ) tem-se também que: = − 2 a d p 2 tg e α e para que as bielas comprimidas não sofram ruptura por punção, α tem variação pré-determinada, isto é, as bielas comprimidas não sofrerão ruptura por punção, desde que: 0α 55450 ≤≤ , ou seja: −≤≤− 2 a 1,00d 2 a 0,71 pp ee , logo: dmin = − 2 a 0,71 pe e dmax = − 2 a 1,00 pe e sabe-se também que h = d + d’, onde d’ ≥ e ainda, aest = lado de uma estaca de seção quadrada, com mesma área da estaca de seção circular: eest 2 a f⋅= π . Como vai ser relacionada também a armadura segundo os lados, ou seja, armadura entre as estacas, também se deve, então, relacionar R’S (Força de Tração entre as Estacas). ∴ para bloco de quatro estacas • Verificação das Bielas de Concreto A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar é expressa a seguir: cd2 b Rcd k2,1 senA N1,4 f⋅⋅≤ ⋅ ⋅ = α σ , onde Ab é a área transversal do pilar. A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca vale: cd2 Rcd k2,1 sen e A4 N1,4 f⋅⋅≤ ⋅⋅ ⋅ = α σ , sendo Ae a seção transversal da estaca. R’s = Rs 2 1 ⇒ 2 1 d p a2e 16 2N sR' d .. − = ⇒ −= p d a2e 16d N sR' . 5,0 cm aest/5 Página 22 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS Onde: kR = 0,9 a 0,95 = coeficiente que leva em consideraçãoa perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes (efeito Rüsch). • Dimensionamento da Armadura Existem quatro modos de posicionamento e detalhamento da armadura principal nos blocos sobre quatro estacas, como demonstra a figura a seguir. E quanto à ruptura por cargas e ainda, quanto à fissuração excessiva, o melhor dos modos é a sobreposição do segundo (maiores cargas de ruptura) com o quarto (melhor na contraposição de fissuras). O modo 2 apresenta-se como o melhor desempenho à ruptura por cargas centradas, porém apresenta condição favorável a fissuras. Tanto o modo 1 quanto os modos 2 e 3, por apresentarem regiões sem armadura, apresentaram condição favoráveis a apresentação de fissuras, já o modo 4 apresenta-se muito melhor aos outros três no quesito resistência a fissuras. Armadura Principal = Armadura sobre as Estacas (ou Armadura dos Lados): Armadura sobre as Estacas remete à Resistência de Tração sobre as Estacas ⇒ R’S e, então: 1 – Segundo a direção das diagonais 2 – Paralela aos Lados 3 – Segundo a direção das diagonais e paralela aos Lados 4 – Em forma de malha Página 23 de 31 AS, Lado = 1,10 (R’S / fyd) ∴ ydp d Lado s, 1 a2e 16d N 1,10 A . f. . −= ⇒ ( ) .. . . p yd d Lado s, a2e d16 N 1,10 A −= f É necessário ainda, Armadura de Malha (nas duas direções) e Armadura de Suspensão: . Lado s,malha s, A4 1 A = ; susp./face s,malha s, AA ≥ ,onde . susp.total s,susp./face s, A 1 A 4 = ; e . yd d total susp, s, 6,0 N1,10 A f= . ARMADURAS COMPLEMENTARES Além da armadura de suspensão, alguns engenheiros colocam uma armadura de pele, em forma de barras horizontais nas faces, com área por face de: As,p/face = 1/8 (As, principal, total) = 1/8 (As, TOTAL) = 1/8 (4 x As, Lado) , 4 ⇒ devido a ter lados Onde 10,0 cm ≤ s ≤ • Detalhamento 4 susp. s,A ≥ AS,Lado AS,Lado AS,Lado AS,malha AS,malha AS,malha para armadura de suspensão A S, La do A S, m al ha 200 cm d/3 e; fp ≤ 8,0 mm; fp é a bitola do aço da armadura de pele Página 24 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS 6.5.5 Dimensionamento de Bloco de Cinco Estacas • Base Teórica O procedimento de dedução de RS é semelhante ao de bloco de quatro estacas substituindo-se N por 4/5 N. d p a2e 16 2N 5 4 sR d − = .. , armadura relacionada às diagonais;e considerando a variação de α como: 0α 55450 ≤≤ dmin = − 2 a 0,71 pe e dmax = − 2 a 1,00 pe e sabe-se também que h = d + d’, onde d’ ≥ eest 2 a f⋅= π . Logo, aqui, como em quatro estacas, tem que ser relacionada `Tensão de Tração nos Lados (entre as estacas) :R’S (Força de Tração entre as Estacas). ∴ para bloco de cinco estacas −=−= p d p d a2e d 20 N a2e 16d N 5 4 sR' ... Bloco sobre cinco estacas com uma estaca no centro c’ ≥ 20,0 cm + (fe /2) 5,0 cm aest/5 Página 25 de 31 • Verificação das Bielas de Concreto A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto ao pilar é expressa a seguir: cd2 b Rcd k2,6 senA N1,4 f⋅⋅≤ ⋅ ⋅ = α σ , onde Ab é a área transversal do pilar. A tensão máxima de compressão no concreto, na biela junto à estaca vale: cd2 Rcd k2,1 sen e A5 N1,4 f⋅⋅≤ ⋅⋅ ⋅ = α σ , sendo Ae a seção transversal da estaca. Onde: kR = 0,9 a 0,95 = coeficiente que leva em consideração a perda de resistência do concreto ao longo do tempo devido às cargas permanentes (efeito Rüsch). • Dimensionamento da Armadura Também análogo ao procedimento ao Bloco sobre quatro estacas, aqui no caso de cinco estacas, Nd deve ser substituído por 4/5 Nd. Armadura Principal Paralela aos Lados e em Malha: Armadura sobre as Estacas remete à Resistência de Tração sobre as Estacas ⇒ R’S e, então: AS, Lado = 1,1 (R’S / fyd) ∴ ydp d Lado s, 1 a2e d 20 N 1,1 A f. . . −= ⇒ ( ) .. . . p yd d Lado s, a2e d20 N 1,10 A −= f É necessário ainda, Armadura de Malha (nas duas direções) e Armadura de Suspensão: . Lado s,malha s, A4 1 A = ; susp./face s,malha s, AA ≥ ,onde . susp.total s,susp./face s, A 1 A 4 = ; e . yd d total susp, s, 7,5 N1,10 A f= . Do mesmo modo que no Bloco de quatro estacas, aqui, no caso de cinco estacas, pode também recorrer-se a Armadura de Complementação (Armadura de Pele): As,p/face = 1/8 (As, principal, total) = 1/8 (As, TOTAL) = 1/8 (4 x As, Lado) , 4 ⇒ devido a ter lados Onde 10,0 cm ≤ s ≤ 6.5.6 Exemplo de Dimensionamento de Bloco e Estaca Tem-se o Pilar P 34, sabe-se que a carga neste Pilar no térreo é de 130,3 tf e que a sua dimensão é 20 x 75 cm e está armado com aço de bitola (f = 16 mm). O laudo de sondagem apresenta para o furo próximo a este pilar a seguinte posição: NSPT - 4 - 4 - 4 - 5 - 5 - 5 - 8 - 9 - 10 - 15 - 15 - 28 - 35 - 45 - Impenet. PROF (m) - 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 7 - 8 - 9 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 200 cm d/3 e; fp ≤ 8,0 mm; fp é a bitola do aço da armadura de pele Página 26 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS Sabe-se que existem somente dois tipos de estacas a disposição: Estaca circular pré-moldada de concreto Φ = 30 cm (em que não se tem a Capacidade de Carga do Fabricante) e Estaca Pré-moldada circular centrifugada de Φ = 38 cm, em que o fabricante assegura 75 tf de carga. Dimensionar o elemento estrutural de fundação para o caso citado, sabendo-se que o aço a disposição é o CA – 50 e que o pilar em questão está localizado onde não há condições de travar a fundação e, ainda que, o concreto usado em toda a obra é o 20 Mpa e o recobrimento de 3,0 cm (c=3,0 cm). Solução: • Pelo laudo de sondagem verifica-se que a escala de NSPT é crescente, porém o NSPT = 8 localiza-se a uma profundidade de 8,0 m, o que é totalmente inviável o uso de sapata isolada. • Logo recai sobre o uso de estacas. Como as estacas disponíveis são de concreto armado de Φ = 30 cm e circular centrifugada de Φ = 38 cm; logo, suas Capacidades de Carga são: Como a estaca de Φ = 30 cm não se tem Carga de fabricante há que se calcular pelo que a Norma assegura como mínima capacidade de carga de estaca pré-moldada, ou seja, Cc = 60 kgf/cm²; então Ce = Ae x Cc, onde tf 42,41 kgf/cm²60 x cm²706,86 cm²706,86 4 π 2 =⇒= f == CeAe Logo, as Capcidades Nominais de Carga das Estacas são 42,41 tf (para Φ = 30 cm) e 75 tf (para Φ = 38 cm) • Tem-se que analisar que tipo de bloco vai se adotar (quantidade de estacas ⇒ n): Para estaca Φ = 30 cm ⇒ estacas3,4 42,41 130,31,10 e C N1,10 = ⋅ = ⋅ =n ⇒ 4 estacas Para estaca Φ = 38 cm ⇒ estacas1.9 75 130,31,10Ce N1,10 = ⋅ = ⋅ =n ⇒ 2 estacas Como é dito que não é possível travar a fundação, logo não é aconselhável usar bloco de duas estacas. Logo adotar-se-á bloco de quatro estacas pré-moldadas de concreto vibrado de Φ = 30 cm. E como se sabe a profundidade estimativa das estacas deste bloco ( ≅ 12 m ); logo, pode-se estimar que este bloco irá utilizar aproximadamente 48 m de estacas circulares de concreto pré-moldado vibrado de Φ = 30 cm. • Calcula-se então a distância ( e ) entre as estacas ⇒ e = 2,5 x 30 = 75 cm será adotado e = 80 cm; Já se tem condições de se definir as dimensões geométricas (em planta) do bloco em questão: Página 27 de 31 • Determinar a dimensão de cálculo do pilar ( ap ) : cm38,7375.2000 b.a ===pa ∴ ⇒ ap = 38,73 cm; • Determinar a dimensão da altura útil ( d ) : ≤≤ −− 2 a e1,00 2 a e0,71 d ⇒ −≤≤− 2 38,73 801,00 2 38,73 800,71 d 43,1 cm ≤ d ≤ 60,6 cm ∴dmin = 43,1 cm e dmax = 60,6 cm • Determinar d’ para definição primária de d: Se d’ ≥ 5,0 cm e ≥ aest/5 ; mas 5,3== ⋅⋅⋅= ∴=f esteest a52 a 1 cm 26,630 2 ππ ⇒ d’ = 6,0 cm. Sabe-se também que d > ℓb,f,pil = 49,0 cm (tabela 1.5.b – compr. de anc. com gancho e zona de boa aderência); logo, d > 49,0 cm. Se h = d + d’ ; e h é bom que seja múltiplo de 5,0 cm e, d’ = 6,0 cm ⇒ d = 54,0 cm para h = 60,0 cm. • Verificação do ângulo α : o51,55≅=== − = ⇒ − − αα 1,259 13,6956,57 54 38,73 2 280 54 4 2 4 2 2 2 tg p a d e o51,55 ≅α ⇒ (ângulo de inclin. da biela de conc. comprim.) e, 45° < o51,55 ≅α < 55° ⇒ OK !!! 75 80 35 35 150 15 0 20 20 20 30 30 50 Página 28 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS • Verificação das compressões junto ao pilar e junto à estaca (verificação das bielas comprimidas): Tensão Limite: σcd,b,lim,est. = σcd,b,lim,pil.. = 2,1 kR fcd = 2,1 x 0,95 x (20,0/1,4) = 28,5 Mpa = 2,85 kN/cm² 1) Compressão junto ao pilar MPa 19,8 kN/cm² 1,98 51,55sen38,73) (38,73 13031,4 senbA N1,4 22pilb,cd,σ ==°⋅⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ = α Logo, σcd,b,pil.= 1,98 kN/cm² < σcd,b,lim,pil.. = 2,85 kN/cm² ⇒ OK !!! 2) Compressão junto à estaca α2 estb,cd, seneA 4 N1,4 σ ⋅⋅ ⋅ = ⇒ ( ) MPa 10,5 kN/cm² 1,05 51,55 sen4.. 4 30.π 13031,4 σ 2 2 est.b,cd, == ° = . Logo, σcd,b,est.= 1,05 kN/cm² < σcd,b,lim,pil.. = 2,85 kN/cm² ⇒ OK !!! • Cálculo das Armaduras: ARMADURA PRINCIPAL (ARMADURA DOS LADOS ⇒ AS,Lado) Armadura principal, considerando também o peso próprio do bloco (ppbl): ppbl = (1,5 x 1,5 x 0,6) x 25 = 33,8 kN ( ) ( ) cm² 6,6538,73 80 2 1,15 50 5416 33,8)(13031,4 1,10 a2e d16 N 1,10 A .p yd d Lado s, =− + =−= . .. .. .. . . f Logo, AS,Lado = 6,65 cm² ⇒ 4 f 16,0 mm (N1) Página 29 de 31 ARMADURA DE SUSPENSÃO POR FACE (AS,susp/face) Como a armadura de suspensão por face é função da Armadura de Suspensão Total, ou seja, AS,susp./face=0,25 AS,susp.total e . yd d total susp, s, 6,0 N1,10 A f= ⇒ cm² 7,89 1,15 50 6 33,8)(13031,4 1,10 A total susp, s, = + = . .. Logo, AS,susp./face = 0,25 x 7,89 = 1,97 cm² (por face) ARMADURA EM MALHA (AS,malha) Como a armadura em malha (AS,malha) deve satisfazer a duas condições, AS,malha = 0,25 AS,Lado e também AS,malha ≥ AS,susp./face , então : AS,malha = 0,25 x 6,65 = 1,66 cm² , porém, como AS,malha ≥ AS,susp./face = 1,97 cm², logo: AS,malha = 1,97 cm² ⇒ 7 f 6,3 mm (N2) (entre estacas) ARMADURA DE PELE POR FACE (AS,p/face) Como a armadura de de pele por face é função da Armadura Principal Total, ou seja, tot. princ. s, /facep, s, A8 1 A = e AS,princ..tot = (4 x AS,Lado) ⇒ AS,princ..tot = (4 x 6,65) = 26,60 cm² Logo, cm² 3,3326,60 8 1 A /facep, s, == AS,p./face = 3,33 cm² (por face) AS,p./face = 3,33 cm² ⇒ 6 f 8,0 mm e s ≅ 10 cm (por face) (N3) Página 30 de 31 Prof. Luiz Algemiro Cubas Guimarães (MIRO) ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO I (CV 045) Notas de Aula - 6 DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS • Detalhamento Obs : a critério do engenheiro projetista, a malha superior negativa, formada pelas barras N4 nas duas direções, pode ser suprimida. Estas barras podem ser os fechamentos superiores da barra N2 10 50 6 N 3 4 N 1 4 N 1 7 N 2 7 N 4 6 N3 4 N1 4 N1 10 50 50 50 15 15 10 10 15 15 15 15 15 15 N 1 – 2x 4 f 16 ,0 – (2 44 ) 14 4 144 N1 – 2x4 f 16 – (244) N 2 – 7 f 6, 3 – (2 64 ) N 4 – 7 f 6, 3 – (1 44 ) N 3 – 6 f 8, 0 – (1 74 ) 7 N 2 N 3 – 6 f 8, 0 – (1 74 ) N2 – 7 f 6,3 – (264) N4 – 7 f 6,3 – (144) N3 – 6 f 8,0 – (174) N3 – 6 f 8,0 – (174) 7 N2 Página 31 de 31 6.1 Introdução 6.2 Escolha do Tipo de Fundação Em Mecânica dos Solos e Fundações, é visto a importância da investigação do subsolo e, é justamente com o Laudo de Sondagem que se têm os elementos (dados, ou mesmo, parâmetros) de decisão; aliado às cargas que “chegam” na fundação, estas definidas pe... Como as cargas que chegam à fundação, depois de definido o projeto arquitetônico e concepção estrutural, são definitivas; precisa-se então levar em consideração os aspectos da capacidade do solo resistir estas mesmas cargas, nos pontos onde irá ocorre... A maior precisão, em confrontar os parâmetros cargas com a capacidade de suporte do solo, é o confrontamento da tensão aplicada no solo com a tensão admissível (resistente) do solo, no ponto de transmissão de carga. O Método de Prospecção do Solo pela sondagem SPT, traz informações que remete a um nível bom de conhecimento do subsolo. Em termos mais práticos, deve-se recair (com margem de segurança razoável, e sem perder em demasia a economicidade da solução adotada) na adoção de SAPATAS, primeiramente verifica-se se o laudo apresenta sempre uma escala de SPT (ou NSPT) em valores c... Se ocorrer um furo de sondagem onde apresente uma escala de variação do SPT (alternando) quanto à ordem crescente e decrescente com o aumento da profundidade, bem como, ocorrer o já relatado, onde a profundidade de SPT ≥ 8 ultrapassar a 3,0 m, se veri... Também, em termos práticos, pode-se adotar para efeitos estimativos quanto às profundidades das Estacas, que os seus comprimentos serão sempre na ordem de onde se encontra (profundidade) o somatório dos SPTs ser na ordem de 80, ou seja, Σ SPT = ± 80. Quanto à profundidade (ou tamanho) da Estaca, remete-se ao item 6.4 deste Módulo, onde se abordará o estudo da NEGA DA ESTACA. A partir deste ponto, irá se detalhar mais especificamente, e tão somente, conceitos acerca de SAPATAS e ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO, que na realidade, são os elementos estruturais de fundação mais utilizados. Como se abordará as Estacas se faz n... 6.3 Conceitos e Dimensionamentode Sapatas 6.3.1 Premissas e Dimensionamento Roteiro de Dimensionamento Este roteiro é para Sapatas Rígidas que ainda devam possuir, também, uma relação constante entre as dimensões de base da sapata e, as dimensões da seção do Pilar (chamadas Sapatas Homotéticas), ou seja, ( B – b = A – a ); isso para garantir um equilíb... 6.3.2 Exemplo de Dimensionamento de Sapata Dimensionar uma sapata para um Pilar de seção 30 x 100 cm com carga centrada de compressão de 286 tf; onde a Tensão Admissível do solo é de (solo = 30 tf/m2 (3,0 kgf/cm2). Dimensionamento Geométrico da Sapata Como, temos elemento estrutural sob o solo (maior agressividade), adota-se então o cobrimento de 3,0 cm para a armadura: ( H = d + cob ( H = 0,84 + 0,03 = 0,87 cm Determinação dos Esforços na Sapata Determinação da Armadura da Sapata 6. 4 Conceitos e Premissas de Estacas Pré-Moldadas de Concreto 6.4.1 Capacidade de Carga e Nega da Estaca Capacidade de Carga à Compressão Normalmente se possui tabela de Carga Nominal em estacas em função do tipo da estaca e das dimensões da seção da estaca. Nega 6. 5 Conceitos e Dimensionamento de Blocos de Fundação 6.5.1 Número de Estacas por Pilar e Distribuição de Estacas por Bloco Distribuição de Estacas por Bloco 6.5.1 Dimensionamento de Bloco de Uma Estaca 6.5.2 Dimensionamento de Bloco de Duas Estacas Base Teórica do Método Clássico Dimensionamento A Figura a seguir mostra o bloco sobre duas estacas, com a biela de concreto comprimido e o esquema de forças atuantes. 6.5.3 Dimensionamento de Bloco de Três Estacas Base Teórica 6.5.4 Dimensionamento de Bloco de Quatro Estacas Base Teórica 6.5.5 Dimensionamento de Bloco de Cinco Estacas Base Teórica 6.5.6 Exemplo de Dimensionamento de Bloco e Estaca Tem-se o Pilar P 34, sabe-se que a carga neste Pilar no térreo é de 130,3 tf e que a sua dimensão é 20 x 75 cm e está armado com aço de bitola (( = 16 mm). O laudo de sondagem apresenta para o furo próximo a este pilar a seguinte posição: Solução: Pelo laudo de sondagem verifica-se que a escala de NSPT é crescente, porém o NSPT = 8 localiza-se a uma profundidade de 8,0 m, o que é totalmente inviável o uso de sapata isolada. Logo recai sobre o uso de estacas. Como as estacas disponíveis são de concreto armado de Φ = 30 cm e circular centrifugada de Φ = 38 cm; logo, suas Capacidades de Carga são: Como a estaca de Φ = 30 cm não se tem Carga de fabricante há que se calcular pelo que a Norma assegura como mínima capacidade de carga de estaca pré-moldada, ou seja, Cc = 60 kgf/cm²; então Ce = Ae x Cc, onde Logo, as Capcidades Nominais de Carga das Estacas são 42,41 tf (para Φ = 30 cm) e 75 tf (para Φ = 38 cm) Tem-se que analisar que tipo de bloco vai se adotar (quantidade de estacas ( n): Para estaca Φ = 30 cm ( ( 4 estacas Para estaca Φ = 38 cm ( ( 2 estacas Como é dito que não é possível travar a fundação, logo não é aconselhável usar bloco de duas estacas. Logo adotar-se-á bloco de quatro estacas pré-moldadas de concreto vibrado de Φ = 30 cm. E como se sabe a profundidade estimativa das estacas deste bloco ( ( 12 m ); logo, pode-se estimar que este bloco irá utilizar aproximadamente 48 m de estacas circulares de concreto pré-moldado vibrado de Φ = 30 cm. Calcula-se então a distância ( e ) entre as estacas ( e = 2,5 x 30 = 75 cm será adotado e = 80 cm; Já se tem condições de se definir as dimensões geométricas (em planta) do bloco em questão: Determinar a dimensão de cálculo do pilar ( ap ) : Determinar a dimensão da altura útil ( d ) : Determinar d’ para definição primária de d: Se d’ ( 5,0 cm e ( aest/5 ; mas ( d’ = 6,0 cm. Sabe-se também que d > ℓb,(,pil = 49,0 cm (tabela 1.5.b – compr. de anc. com gancho e zona de boa aderência); logo, d > 49,0 cm. Se h = d + d’ ; e h é bom que seja múltiplo de 5,0 cm e, d’ = 6,0 cm ( d = 54,0 cm para h = 60,0 cm. Verificação do ângulo α : ( (ângulo de inclin. da biela de conc. comprim.) e, 45 < < 55 ( OK !!! Verificação das compressões junto ao pilar e junto à estaca (verificação das bielas comprimidas): Tensão Limite: (cd,b,lim,est. = (cd,b,lim,pil.. = 2,1 kR fcd = 2,1 x 0,95 x (20,0/1,4) = 28,5 Mpa = 2,85 kN/cm² 1) Compressão junto ao pilar Logo, (cd,b,pil.= 1,98 kN/cm² < (cd,b,lim,pil.. = 2,85 kN/cm² ( OK !!! 2) Compressão junto à estaca Logo, (cd,b,est.= 1,05 kN/cm² < (cd,b,lim,pil.. = 2,85 kN/cm² ( OK !!! Cálculo das Armaduras: ARMADURA PRINCIPAL (ARMADURA DOS LADOS ( AS,Lado) Armadura principal, considerando também o peso próprio do bloco (ppbl): ppbl = (1,5 x 1,5 x 0,6) x 25 = 33,8 kN Logo, AS,Lado = 6,65 cm² ( 4 ( 16,0 mm (N1) ARMADURA DE SUSPENSÃO POR FACE (AS,susp/face) Como a armadura de suspensão por face é função da Armadura de Suspensão Total, ou seja, AS,susp./face=0,25 AS,susp.total e ( Logo, AS,susp./face = 0,25 x 7,89 = 1,97 cm² (por face) ARMADURA EM MALHA (AS,malha) Como a armadura em malha (AS,malha) deve satisfazer a duas condições, AS,malha = 0,25 AS,Lado e também AS,malha ≥ AS,susp./face , então : AS,malha = 0,25 x 6,65 = 1,66 cm² , porém, como AS,malha ≥ AS,susp./face = 1,97 cm², logo: ARMADURA DE PELE POR FACE (AS,p/face) Como a armadura de de pele por face é função da Armadura Principal Total, ou seja, e AS,princ..tot = (4 x AS,Lado) ( AS,princ..tot = (4 x 6,65) = 26,60 cm² Logo, AS,p./face = 3,33 cm² (por face) AS,p./face = 3,33 cm² ( 6 ( 8,0 mm e s ( 10 cm (por face) (N3)
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