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Aula 16 Estrongiloidiase

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Estrongiloidíase 
Strongyloides stercoralis 
Reino: Animalia 
Filo: Aschelminthes 
Classe: Classe: Nematoda 
Ordem: Rhabditorida 
Família: Strongyloididae 
Espécie: Strongyloides 
stercoralis 
Classificação Taxônomica 
Há pelo menos 52 espécies descritas do nematódeo do gênero 
Strongyloides, no entanto, atualmente, somente duas delas são 
consideradas infectantes para os humanos: S. stercoralis e S. 
fuelleborn. 
S. stercoralis apresenta distribuição mundial, especialmente nas 
regiões tropicais, a maioria infectando mamíferos, entre eles 
cães, gatos e macacos. 
S. stercoralis foi descoberto pelo médico Louis A. Normand e 
descrito Arthur R. J. B. Bavay, em 1 876, enquanto trabalhavam 
juntos no Hospital Naval em Toulon, França. Seus pacientes 
eram soldados franceses que tinham voltado do serviço militar 
na Cochinchina (atual Vietnã) em cujas fezes diarreicas 
apresentavam formas larvárias do helminto. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
• Possui corpo cilíndrico com aspecto filiforme longo. Mede 
de 1,7 a 2,5 mm de comprimento por 0,03 a 0,04mm de 
largura. 
• Apresenta cutícula fina e transparente. 
• Aparelho digestivo simples com boca contendo três lábios; 
esôfago longo, ocupando 25% do comprimento do 
parasito, tipo filarióide, que à altura do quinto anterior é 
circundado por um anel nervoso também denominado 
colar esofagiano; seguido por um intestino simples, 
terminando em ânus, próximo a extremidade posterior. 
Não há receptáculo seminal. 
• O aparelho genital, apresenta ovários, ovidutos e a vulva 
localizado no terço posterior do corpo. A fêmea colocade 30 
a 40 ovos por dia, é ovovivípara, pois elimina na 
mucosa intestinal o ovo já larvado. 
MORFOLOGIA 1 - Fêmea Partenogenética Parasita 
Fêmeas parasitas no epitélio do intestino humano 
70-100 vermes= 1000 ovos/dia=larvas (assintomáticos) 
• Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior 
arredonda e posterior afilada. Mede de 0,8 a 1,2mm 
de comprimento por 0,05 a 0,07 mm de largura. 
• Apresenta cutícula fina e transparente, com finas 
estriações. 
• Aparelho digestivo simples, com boca contendo três 
lábios; o esôfago, que é curto, tem aspecto 
rabditóide, pois se apresenta dividido em três porções 
sendo uma anterior, cilíndrica e alongada (corpo), 
uma intermediaria estreitada (istmo), e uma 
posterior, globosa (bulbo), o anel nervoso contorna a 
parte estreitada um pouco adiante do bulbo; o 
intestino é simples e de difícil observação devido a 
presença dos órgãos genitais; terminando em ânus. 
• Aparelho genital é constituído de útero anfidelfo, 
contendo até 28 ovos, ovários, ovidutos e a vulva 
situada próxima ao meio do corpo. Apresenta 
receptáculo seminal. 
MORFOLOGIA 2 - Fêmea de Vida Livre 
• Possui aspecto fusiforme, com extremidade anterior 
arredondada e posterior recurvada ventralmente. 
• Mede 0,7mm de comprimento por 0,04mm de largura. 
• Boca com três lábios, esôfago tipo rabditóide, seguido 
de intestino terminando em cloaca. 
• Aparelho genital contendo testículos, vesícula seminal, 
canal deferente e canal ejaculador, que se abre na 
cloaca. 
• Apresenta dois pequenos espículos, auxiliares na 
cópula, que se deslocam sustentados por uma estrutura 
quitinizada denominada gubemáculo. 
MORFOLOGIA 3 - Macho de vida livre 
• São elípticos, de parede fina e 
transparente, praticamente idênticos aos 
dos ancilostomídeos. 
• Os originários da fêmea parasita medem 
0,05mm de comprimento por 0,03mm de 
largura e os da fêmea de vida livre são 
maiores, medindo 0,07mm de 
comprimento por 0,04mm de largura. 
• Excepcionalmente, os ovos podem ser 
observados nas fezes de indivíduos com 
diarréia grave ou após utilização de 
laxantes. 
4 - Ovos MORFOLOGIA 
• O esôfago, que é do tipo rabditóide, dá origem ao nome 
das larvas. As originárias das fêmeas parasita são 
praticamente indistinguíveis das originadas das fêmeas de 
vida livre. 
• Medem 0,2 a 0,03mm de comprimento por 0,O 15 mm de 
largura. 
• O intestino termina em ânus afastado da extremidade 
posterior. Apresentam primórdio genital nítido localizadas 
um pouco abaixo do meio do corpo. Essa característica 
também auxilia na diferenciação das larvas de 
ancilostomídeos que apresentam somente vestígio de 
primórdio genital. Visualizada a fresco, as larvas se 
mostram muito ágeis com movimentos ondulatórios. As 
larvas L1 ou L2 originadas da Fêmea parasita atingem o 
meio externo, sendo encontradas de uma a 25 larvas por 
grama de fezes. Nas formas disseminadas são encontradas 
na bile, no escarro, na urina, nos líquidos duodenal, 
pleural e cefalorraquiano (LCR). 
MORFOLOGIA 5 - Larvas rabditóides 
• O esôfago, que é do tipo filarióide, dá origem ao nome 
das larvas. Este é longo, correspondendo a metade do 
comprimento da larva. 
• Medem de 0,35 a 0,50mm de comprimento por 0,01 a 
0,031nm de largura. Apresentam vestíbulo bucal curto e 
intestino terminando em ânus, um pouco distante da 
extremidade posterior. A porção anterior é ligeiramente 
afilada e a posterior afina-se gradualmente terminando 
em duas pontas, conhecida com cauda entalhada, que a 
diferencia das larvas filarióides de ancilostomídeos, que 
é pontiaguda. 
• Esta é a forma infectante do parasito (L3) capaz, 
portanto, de penetrar pela pele ou pelas mucosas; além 
de serem vistas no meio ambiente, também podem 
evoluir no interior do hospedeiro, ocasionando os casos 
de auto-infecção interna. 
6 -Larvas Filarióides MORFOLOGIA 
Adultos e larvas de Strongyloides stercoralis 
1 = cavidade bucal 
2 = anel nervoso 
3 = esôfago 
4 = intestino 
5 = primórdio genital 
6 = ânus 
7 = gônada masculina 
8 = espícula 
9 = cloaca 
10 = ovário 
11 = oviduto 
12= útero 
13 = vulva 
* = receptáculo seminal 
Fêmea adulta 
partenogenética; 
parasita 
Larva rabditóide 
Larva filarióide 
Fêmea adulta vida livre 
Macho adulto 
 vida livre 
500 µm 
200 a 300 µm 
As Fêmeas partenogenéticas em seu hábitat normal 
localizam-se na parede do intestino, mergulhadas nas 
criptas da mucosa duodenal, principalmente nas 
glândulas de Lieberkühn e na porção superior do jejuno, 
onde fazem as posturas. 
Nas formas graves, são encontradas da porção pilórica 
do estômago até o intestino grosso. 
As larvas rabditóides eliminadas nas fezes do indivíduo 
parasitado podem seguir dois ciclos: o direto, ou 
partenogenético, e o indireto, sexuado ou de vida livre, 
ambos monoxênicos. 
HABITAT E CICLO BIOLÓGICO 
CICLO BIOLÓGICO 
 Devido a constituição genética das fêmeas 
partenogenéticas, parasitas que são triplóides (3n) e podem 
produzir, simultaneamente, três tipos de ovos, dando origem 
a três tipos de larvas rabditóides: 
1. larvas rabditóides triplóides (3n) que se tranformam em 
larvas filarióides triplóides infectantes, completando o 
ciclo direto; 
2. larvas rabditóides diplóides (2n) que originam as Fêmeas 
de vida livre; 
3. larvas rabditóides haplóides (ln) que evoluem para macho 
de vida livre, estas duas últimas completam um ciclo 
indireto 
A fase dos ciclos que se passa no solo exige condições semelhantes as do 
ancilostomídeos: solo arenoso, umidade alta, temperatura entre 25 e 30°C e 
ausência de luz solar direta 
 
No ciclo direto as larvas rabditóides no solo ou sobre a pele da região 
perineal, após 24 a 72 horas, se transformam em larvas filarióides 
infectantes. 
 No ciclo indireto as larvas rabditóides sofrem quatro transformações no 
solo e após 18 a 24 horas, produzem fêmeas e machos de vida livre. 
 Os ovos originados do acasalamentodas formas adultas de vida livre serão 
triplóides, e as larvas rabditóides evoluem para larvas filarióides (3n) 
infectantes. 
As larvas filarióides não se alimentam e devido a ausência de bainha, são 
menos resistentes que as larvas filarióides dos ancilostomídeos, podendo 
permanecer no solo durante quatro semanas. 
CICLO BIOLÓGICO 
• Os ciclos direto e indireto se completam pela penetração ativa das larvas L3 na pele 
ou mucosa oral, esofágica ou gástrica do hospedeiro. 
• Estas larvas secretam melanoproteases, que as auxiliam, tanto na penetração 
quanto na migração através dos tecidos, que ocorre numa velocidade de 10cm por 
hora. 
• Algumas morrem no local, mas o ciclo continua pelas larvas que atingem a circulação 
venosa e linfática e através destes vasos seguem para o coração e pulmões. 
• Chegam aos capilares pulmonares, onde se transformam em L4, atravessam a 
membrana alveolar e, através de migração pela árvore brônquica, chegam a faringe. 
• Podem ser expelidas pela expectoração, que provocam, ou serem deglutidas, 
atingindo o intestino delgado, onde se transformam em Fêmeas partenogenéticas. 
• Os ovos são depositados na mucosa intestinal e as larvas alcançam a luz intestinal. 
• O período pré-patente, isto é, o tempo decorrido desde a penetração da larva 
filarióide na pele até que ela se tome adulta e comece a eliminar ovos larvados, e 
eclosão das larvas no intestino, é de aproximadamente 15 a 25 dias. 
CICLO BIOLÓGICO 
CICLO 
 BIOLÓGICO 
Ciclo Biológico 
Eventualmente ingestão 
24h 
desova! 
C
IC
L
O
 
 B
IO
L
Ó
G
IC
O
 
Hetero ou Primoinfecção: as larvas L3 penetram usualmente através da 
pele ou ocasionalmente através das mucosas, principalmente da boca e 
do esôfago. Nas condições naturais, a infecção percutânea se realiza de 
modo idêntico ao dos ancilostomideos. Auto-Infecção 
 
Externa ou Exógena: larvas rabditóides presentes na região perianal de 
indivíduos infectados transformam-se em larvas filarióides infectantes e 
aí penetram completando o ciclo direto. Auto-Infecção Interna ou 
 
Endógena: larvas rabditóides, ainda na luz intestinal de indivíduos 
infectados transformam-se em larvas filarióides, que penetram na 
mucosa intestinal (íleo ou cólon). Esse mecanismo pode cronificar a 
doença por vários meses ou anos. 
TRANSMISSÃO 
Patologia e Sintomatologia 
- Lesões cutâneas 
- Pulmões 
 Hemorragias 
 Pneumonia 
 Síndrome de Loeffler (eusinófilos) 
- Intestino 
 Lesões, Hemorragias 
 Infecções 
 Perfuração do intestino 
 Obstrução 
- Febre, Pneumonia 
- Diarréia 
- Dores abdominais 
- Eosinofilia 
- Emagrecimento e anemia 
Manifestações cutâneas: placas ou pontos avermelhados 
no local da penetração 
 
Manifestações pulmonares: Síndrome de Löeffler, lesões 
avermelhadas Agravo 
 
Manifestações intestinais: diarréia, constipação, dores 
abdominais, perda de apetite, náuseas, vômitos, anemia, 
perda de peso, fraqueza, desidratação, irritabilidade 
 
 Eosinofilia: 15-40% 
Patologia e Sintomatologia 
Clínico: impreciso 
 
Métodos parasitológicos ou diretos se fundamentam no 
encontro das formas evolutivas de S. stercoralis. Entre os 
métodos indiretos, destacam-se os imunológicos. 
 
Testes imunológicos 
 RID: 90% dos casos 
 ELISA e WB: alguns cruzados 
Diagnóstico 
Exames de fezes 
Pesquisa de larvas, em fezes sem conservantes, pelos métodos de 
Baermann-Moraes e de Rugai. Estes métodos se baseiam no hidro e 
termotropismo das larvas, necessitando de três a cinco amostras de 
fezes, colhidas em dias altemados, para confirmação da presença de 
larvas rabditóides. 
 
Coprocultura 
Método de Looss (carvão vegetal), método de Brumpt (papel de filtro 
em placa de Petri), método de Harada & Mori (papel de filtro em tubos) 
e método de cultura em placa de ágar (fezes semeadas em ágar 
contendo extrato de carne, cloreto de sódio e peptona) podem ser 
utilizadas.A coprocultura é um método limitado pela demora na 
obtenção dos resultados (cinco a sete dias) e risco de infecção durante a 
manipulação de larvas infectantes. 
Diagnóstico 
Aparelho de Baermann 
• Laboratorial: Pesquisa de larvas nas 
fezes (Ex. Pesquisa de larvas nas fezes 
(Ex. Baermann Baermann; ArakiKoga) 
• Secreções e outros líquidos 
Pesquisa das formas evolutivas através de exame direto ou após 
centrifugação nas seguintes possibilidades, conforme o quadro clínico: 
broncopulmonar - exame de escarro e lavado broncopulmonar; duodenal - 
colhido por tubagem; urina; liquido pleural; líquido ascítico e LCR. 
• Endoscopia Digestiva 
Visualização da mucosa gastrointestinal, recomendada em pacientes com 
infecção maciça e alterações duodenojejunais. Propicia a ampla visualização 
do aspecto da mucosa intestinal e a realização de biópsia em várias 
localizações. 
• Biopsia intestinal 
Realizada no duodeno, jejuno e íleo 
• Esfregaços citológicos 
Realizados em esfregaços obtidos de aspirado gástrico e cervicovaginal, 
corados pela técnica de Papanicolaou ou por outras colorações citológicas. 
• Hemograma 
Eosinofilos até 82% 
Diagnóstico 
Larva Strongyloides- fezes 
Controle 
- Saneamento básico 
- Pés calçados 
- Tratamento dos doentes 
- Homem como reservatório 
Ivermectina: dose única de acordo com o peso 
corporal 
 
Albendazol: 400 mg/dia por 3 dias 
 
Tiabendazol: 25mg/kg/dia (5-7 dias); 10 
mg/dia (30 dias); 50mg/kg, dose única 
 
Cambendazol: 5mg/kg, dose única 
Tratamento 
Strongyloides stercoralis 
Epidemiologia 
No Brasil, a estrongiloidíase é uma doença parasitária de grande importância em saúde 
pública, cujas taxas de infecção variam de acordo com a região estudada. Os estudos 
epidemiológicos realizados predominam na faixa etária de zero a 15 anos. 
Referências 
 
 CHIEFFI, P. P. Parasitoses Intestinais: diagnóstico e 
tratamento. São Paulo: Lemos Editorial, 2001. 
 DE CARLI, G. A. Parasitologia Clínica: seleção de métodos e 
técnicas de laboratório para o diagnóstico 
 das parasitoses humanas. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 
 NEVES, D. P. ; et al. Parasitologia Humana – 12 ed.- São 
Paulo : Atheneu, 2011.

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