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DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
 1. Fecundação (12-24h pós ovulação) 
 As prostaglandinas presentes no sêmen, 
 conduzem os espermatozóides até a tuba 
 uterina; 
 Na tuba, ocorre a capacitação : os 
 espermatozóides perdem colesterol, o 
 que deixa a membrana do acrossomo 
 mais fraca e facilita a entrada do 
 espermatozóide no ovócito II. Além disso, 
 também ocorre entrada de íons cálcio na 
 membrana do flagelo, fazendo com que 
 este passe a ter potentes movimentos de 
 chicote; 
 Os capacitados liberam a enzima 
 hialuronidase e penetram na corona 
 radiata , dissolvendo a matriz intracelular 
 da corona; 
 Depois, o acrossomo libera acrosina, uma 
 enzima que facilita sua penetração na 
 zona pelúcida ; 
 → Os espermatozóides possuem 
 receptores da glicoproteína ZP3, 
 enquanto a zona pelúcida possui ligantes 
 da proteína ZP3. 
 Quando ocorre a ligação entre 
 espermatozóide e zona pelúcida: reação 
 acrossômica ; 
 Em seguida, ocorre a reação zonal : 
 previne a polispermia despolarizando a 
 membrana do ovócito secundário e 
 promove a liberação de íons cálcio para 
 inativar a ZP3; 
 Obs.: Apenas o 1° espermatozóide que 
 penetra na zona pelúcida desencadeia as 
 reações acrossômica e zonal, e 
 futuramente se funde ao ovócito II. 
 Nesse momento, já houve a penetração: 
 ovócito II completa a meiose II e forma o 
 pró núcleo feminino ; 
 Ao se aproximar, o espermatozóide perde 
 sua cauda e forma o pró núcleo 
 masculino ; 
 Os prós núcleos entram em contato, 
 perdem a membrana nuclear, se fundem e 
 formam um zigoto . 
 2. Clivagem (30h pós fecundação) 
 À medida que o zigoto avança pela tuba 
 uterina em direção ao útero, sofre 
 clivagens (uma série de divisões 
 mitóticas ), originando células menores: 
 blastômeros ; 
 Ocorre a compactação (blastômeros 
 aumentam o contato entre si) e quando 
 existem de 16 a 32 blastômeros juntos, se 
 origina a mórula ; 
 Sendo que a massa celular interna é o 
 embrioblasto e a externa é o trofoblasto. 
 3. Blastocisto (3°/4° dia) 
 Quando a mórula chega no útero, há 
 penetração de leite uterino pela zona 
 pelúcida e este se acumula entre os 
 blastômeros, reorganizando-os em torno 
 de uma grande cavidade: blastocele ; 
 Nesse momento o embrião é o 
 blastocisto . 
 (A blastocele é a cavidade do blastocisto) 
 4. Nidação (8° dia) 
 Os trofoblastos se proliferam rapidamente 
 e se diferenciam em 2 camadas: 
 citotrofoblastos (camada interna) e 
 sinciciotrofoblastos (camada interna); 
 Os citotrofoblastos ficam entre os 
 sinciciotrofoblastos e o embrioblasto; 
 Os sinciciotrofoblastos produzem enzimas 
 que promovem apoptose nas células 
 endometriais (por isso pode haver 
 sangramento), permitindo a anexação do 
 blastocisto no endométrio. 
 5. Formação do disco embrionário 
 bilaminar 
 É formado a partir do embrioblasto e é 
 dividido em epiblastos e hipoblastos; 
 Origina todas as camadas germinativas 
 que formam todos os tecidos do embrião. 
 → Epiblasto : ectoderme primitiva (células 
 cilíndricas altas) 
 → Hipoblasto : endoderme primitiva 
 (células cúbicas pequenas) 
 6. Anexos embrionários 
 (Todos originados pelas camadas 
 germinativas do disco embrionário 
 trilaminar) 
 - Saco Amniótico: 
 Ocorre o surgimento de uma pequena 
 cavidade no epiblasto, a qual, com o 
 passar do tempo vai aumentando de 
 tamanho: Cavidade amniótica ; 
 Os amnioblastos (células formadoras do 
 âmnio) se separam do embrioblasto e 
 começam a formar uma camada única de 
 células escamosas no teto da cavidade: 
 Âmnio ; 
 Inicialmente, o âmnio recobre apenas o 
 disco embrionário bilaminar, mas à 
 medida que o disco aumenta de tamanho 
 se dobra, o âmnio passa a recobrir todo o 
 embrião; 
 A cavidade amniótica se enche de líquido 
 amniótico , o qual no começo é 
 principalmente derivada do sangue 
 materno mas depois também passa a 
 receber a urina do feto; 
 O líquido amniótico serve como 
 amortecedor de impactos, previne a 
 desidratação e ajuda a controlar a 
 temperatura fetal. 
 Obs.: O âmnio e seu líquido constituem a 
 “bolsa d’água” que rompe um pouco antes 
 do parto. 
 - Saco vitelínico: 
 É o primeiro anexo a ser formado e é 
 originado pela endoderme juntamente 
 com a mesoderme; 
 O saco vitelínico fornece nutrientes para o 
 embrião até o cordão umbilical e contém 
 as células germinativas primordiais. 
 - Pedículo do embrião 
 É o primórdio do cordão umbilical e fica 
 preso à superfície ventral do embrião. 
 - Saco coriônico 
 A mesoderme extra embrionária 
 (originado pelo hipoblasto) em conjunto 
 com 2 camadas do trofoblasto forma o 
 cório; 
 O cório envolve o embrião/feto, é a 
 principal parte da placenta (responsável 
 pelas trocas entre mãe e filho), protege o 
 embrião/feto das respostas imunes da 
 mãe e também secreta o hCG; 
 A camada interna do cório funde-se ao 
 âmnio e com o desenvolvimento do cório 
 o celoma extraembrionário é chamado de 
 cavidade coriônica. 
 - Alantóide: 
 Formado por uma evaginação no saco 
 vitelino; 
 Surge na 3° semana, enquanto os outros 
 anexos já citados surgem na 2°; 
 Os vasos sanguíneos do alantóide 
 formam as artérias umbilicais; 
 Pouco desenvolvido pois desenvolve a 
 função da placenta. 
 7. Gestação ectópica 
 Normalmente, o óvulo é fertilizado na tuba 
 uterina e implantado no útero. Mas, se a 
 trompa estiver estreitada ou bloqueada, o 
 óvulo fertilizado pode não chegar no útero 
 e se implantar em outros tecidos, 
 normalmente em uma das tubas uterinas; 
 A gravidez ectópica é a principal causa de 
 morte no primeiro semestre. 
 8. Gastrulação 
 É o processo no qual o disco embrionário 
 bilaminar (epiblasto e hipoblasto) é 
 convertido em trilaminar; 
 As 3 camas do disco embrionário 
 trilaminar são a mesoderme, ectoderme e 
 endoderme , as quais vão originar tecidos 
 e órgãos específicos; 
 A gastrulação começa com a formação da 
 linha primitiva , a qual serve de guia para a 
 imigração de célula; 
 A linha primitiva é uma dobra no epiblasto 
 que vai da parte posterior até a anterior 
 do embrião; 
 Assim que a linha surge é possível 
 identificar o eixo craniocaudal no embrião; 
 A linha primitiva é quem forma a 
 mesoderme, hipoblasto a endoderme e 
 epiblasto a ectoderme. 
 Ou seja, a mesoderma intraembrionária é 
 formada pelas células mesenquimais 
 produzidas pela linha primitiva e esta 
 passa a ocupar o espaço entre o antigo 
 hipoblasto e as células do epiblasto. 
 9. Formação da notocorda 
 Após a formação do mesênquima, 
 algumas células mesenquimais migram 
 cefalicamente, formando um cordão 
 celular, a notocorda; 
 A notocorda é um bastão que define o 
 eixo do embrião, dá rigidez e serve de 
 base para o esqueleto axial; 
 A coluna vertebral se forma em volta da 
 notocorda, a que então se degenera. 
 10. Neurulação 
 A notocorda induz a ectoderme a formar a 
 placa neural ; 
 As bordas da placa neural se elevam e 
 formam as pregas neurais ; 
 As pregas neurais se aproximam e se 
 fundem para formar o tubo neural . 
 Obs.: Os somitos são corpos cubóides 
 pareados formados pela mesoderma 
 paraxial após diferenciação e se localizam 
 do lado do tubo neural em 
 desenvolvimento. Os somitos são 
 utilizados para determinar a idade do 
 embrião porque são bastante 
 proeminentes durante a 4° e a 5° semana, 
 ao final da 5° semana existem de 42 a 44 
 pares de somitos, enquanto entre o 26° e 
 32° dia se desenvolvem de 38 a 39 pares 
 de somitos. 
 11. Dobramentos 
 Inflexão no plano mediano 
 (cefalocaudal): 
 O dobramento do embrião nas 
 extremidades produz as pregas cefálica e 
 caudal, enquanto o embrião cresce no 
 sentido cefalocaudal: 
 → Pregas cefálicas : As pregas neurais 
 formam o primórdio do encéfalo e a 
 membrana bucofaríngea (que origina a 
 boca), o pedículo embrionário e o tubo 
 cardíaco são reposicionados para a 
 região abdominal (superfície ventral). 
 Também há formação do intestino anterior 
 (primórdio da faringe, esôfago e sistemarespiratório inferior) por parte da 
 endoderme da vesícula umbilical. 
 → Pregas caudais : O dobramento da 
 extremidade caudal do embrião promove 
 o crescimento da parte distal do tubo 
 neural (primórdio da medula espinhal), a 
 eminência caudal se projeta sobre a 
 membrana cloacal (origina o ânus) e a 
 parte terminal do intestino se dilata 
 suavemente para formar a cloaca: bexiga 
 urinária e reto rudimentares. parte da 
 camada germinativa da endoderme 
 origina o intestino posterior (primórdio do 
 cólon e do reto). 
 Inflexão horizontal (lateral): 
 Com o rápido crescimento lateral da 
 mesoderme, as pregas laterais se 
 originam e o saco vitelínico é 
 estrangulado, originando o intestino 
 primitivo. Além disso, a mesoderme 
 arrasta consigo a cavidade amniótica, 
 promovendo o encontro das pregas e 
 fazendo o embrião ficar totalmente 
 submerso na cavidade e no líquido 
 amniótico. 
 12. Organogênese 
 Durante a 3° semana, as camadas 
 germinativas vão dar origem a vários 
 tecidos e órgãos, de modo que no final do 
 período embrionário os primórdios de 
 todos os órgãos já foram estabelecidos; 
 Durante a 4° semana , os somitos se 
 diferenciam em 3 regiões: esclerótomo, 
 miótomo e dermátomo, que originarão 
 cartilagem e osso, músculo e derme, 
 respectivamente. O embrião está 
 levemente curvado em função da inflexão 
 cefalocaudal e o coração forma uma 
 grande proeminência cardíaca ventral e 
 bombeia sangue; 
 Na 5° semana há um rápido alargamento 
 da cabeça por conta do crescimento do 
 encéfalo e das proeminências faciais; 
 Na 6° semana ocorre o desenvolvimento 
 do cotovelo, das grandes placas das 
 mãos, dos raios digitais (primórdios das 
 digitais), dos membros superiores (1°) e 
 dos inferiores (2°), além de que os olhos 
 passam a ser notáveis e a cabeça (maior 
 que o tronco) e o pescoço estão se 
 indiretando; 
 Durante a 7° semana , os membros 
 sofrem mudanças consideráveis, os 
 dedos começam a ser separados e a 
 ossificação dos membros superiores já 
 começou; 
 Já na 8° semana , os dedos das mãos 
 estão separados e os dos pés começam a 
 se separar, além de aparecer o couro 
 cabeludo. 
 13. USG gestacional embrionário 
 Os primeiros sinais de gravidez que 
 podem ser identificados na 
 ultrassonografia são o espessamento 
 decidual (sinal indireto pois pode ser 
 encontrado em uma gravidez normal, 
 ectópica e no final da fase lútea) e o saco 
 gestacional (primeiro diagnóstico da 
 gravidez intrauterina). Ambos podem ser 
 vistos em um USG transvaginal na 4° 
 semana. o saco gestacional também pode 
 ser visualizado por USG abdominal na 5° 
 semana, sendo que este tem estrutura 
 arredondada anecóica e no início da 
 gestação se localiza na parte superior do 
 endométrio, além de ser ocupado pela 
 cavidade amniótica e a coriônica 
 Depois do saco gestacional, a próxima 
 estrutura identificada é a vesícula 
 vitelínica , a qual é excêntrica, circular e 
 bem definida. Enquanto na 5° semana o 
 saco gestacional mede de 8 a 10 mm, o 
 saco vitelino mede de 3 a 4 mm. 
 Embora o embrião já esteja presente no 
 final de 4 semanas, ele só é visualizado 
 na USG transvaginal no final de 5 
 semanas e nesse período ele aparece 
 como uma linha hiperecóica, adjacente ao 
 saco vitelino. A atividade cardíaca pode 
 ser notada através do modo-M com 5 
 semanas, quando o embrião tem de 2 a 3 
 mm. Com 8 semanas, o embrião já tem 
 de 13 a 20 mm, os membros já podem ser 
 visualizados como pequenos apêndices, 
 os movimentos embrionários já podem ser 
 identificados e já se pode localizar a 
 implantação placentária e a inserção do 
 cordão umbilical. 
 14. Testes de gravidez 
 O hCG é produzido pelo cório e é 
 responsável por manter o corpo lúteo, 
 além de causar os principais sintomas da 
 gravidez como náuseas e seios sensíveis 
 (pois interfere na parte gastrointestinal); 
 As atuais técnicas só conseguem detectar 
 a presença de hCG a partir da 3°/4° 
 semana de gravidez a partir da DUM; 
 O hCG aumenta de forma consistente até 
 a 10° - 12° semana, sendo que quando a 
 gestação é gemelar, há maior quantidade 
 de hCG; 
 Teste sanguíneo 
 É quantitativo e o resultado é fornecido 
 em valores; 
 Gravidez identificada quando os valores 
 de hCG estão acima de 25 mUI/ml. 
 Teste de farmácia (urina) 
 É qualitativo e não fornece valores, 
 apenas identifica se há valores relevantes 
 de hCG no sangue materno; 
 Obs.: Existem doenças que liberam hCG 
 e também a gravidez química (óvulo 
 fecundado mas não houve implantação). 
 Obs. 2: A porção alfa do hCG é igual a 
 porção alfa do LH, portanto se o teste 
 não for o Beta hCG e for realizado no dia 
 de pico de ovulação, dará falso positivo, 
 pois o teste vai identificar a parte alfa do 
 LH como se fosse a parte alfa do hCG 
 (dia de ovulação: LH alto) 
 Obs.3: Da mesma forma, se um teste de 
 ovulação (LH) for feito durante a gravidez 
 dará falso positivo pois o teste detectará a 
 porção alfa do hCG e não do LH. 
 15. Progesterona X Gravidez 
 Os níveis de progesterona aumentam 
 após a ovulação para caso ocorra uma 
 gravidez. Caso não haja fecundação, os 
 níveis de progesterona diminuem e ocorre 
 a descamação do endométrio. Caso haja, 
 o hCG é responsável por manter o corpo 
 lúteo, o qual mantém os níveis de 
 progesterona altos; 
 A progesterona tem como função preparar 
 o endométrio para a gestação e inibe as 
 contrações uterinas evitando a expulsão 
 do embrião por um aborto. Mas, no fim da 
 gestação, como há a desintegração do 
 corpo lúteo, diminui a quantidade de 
 progesterona, provocando a contração do 
 útero que expulsa o feto. 
 Alterações nos níveis de progesterona 
 podem ser motivos para o aborto nas 
 primeiras semanas de gestação. Portanto, 
 a suplementação de progesterona no 
 primeiro trimestre de gestação pode 
 ajudar a evitar o aborto, principalmente 
 em mulheres com histórico de aborto 
 recorrente precoce. 
 DESENVOLVIMENTO FETAL 
 16. Placenta 
 O desenvolvimento inicial da placenta se 
 dá pela rápida proliferação do trofoblasto 
 e pelo desenvolvimento do saco e das 
 vilosidades coriônicas, sendo que a 
 placenta é composta pela decídua basal 
 (porção materna) e pelo cório viloso 
 (porção fetal). No final da 3° semana os 
 arranjos anatômicos necessários para as 
 trocas entre a mãe e o embrião já existem 
 e no final da 4° se estabelece uma rede 
 vascular para as trocas de gases, 
 anticorpos, nutrientes e escórias 
 metabólicas; 
 Obs.: Durante a gravidez, o endométrio é 
 chamado de decídua (porque é a camada 
 do útero que descama na hora do parto). 
 Conforme sua localização ela pode ser 
 subdividida em: 
 Decídua basal : entre o embrião e o 
 miométrio 
 Decídua capsular : entre o embrião e a 
 luz do útero 
 Decídua parietal : o resto da decídua 
 → Cório liso : As vilosidades coriônicas 
 cobrem todo o saco coriônico até a 8° 
 semana, mas conforme este começa a 
 crescer, as vilosidades da decídua 
 capsular são comprimidas, perdendo o 
 suprimento sanguíneo e se tornando uma 
 região avascular, portanto, lisa. 
 → Cório viloso : Quando as vilosidades da 
 decídua capsular desaparecem, as da 
 decídua basal se proliferam rapidamente, 
 formando a área espessa/vilosa do saco 
 coriônico. 
 A partir do 4° mês, o córion viloso se 
 divide em 10 a 38 grupos de vilosidades, 
 os cotilédones ; 
 O sangue fetal e materno não se 
 misturam, embora o sangue materno 
 extravase nos espaços intervilosos, o 
 sangue fetal conduzido por 2 artérias e 1 
 veia no cordão umbilicalfica apenas 
 dentro dos vasos do cório; 
 Além de realizar trocas gasosas e 
 nutritivas entre a mãe e o feto, a placenta 
 também produz hormônios como: hCG 
 (sustenta o corpo lúteo), progesterona 
 (mantém a decídua), estrógeno (provoca 
 secreção de relaxina, cuida do útero e 
 ductos mamários) e somatomamotropina - 
 HLP (influencia o crescimento e a 
 lactação). 
 Descolamento prematuro de placenta 
 (DPP): É a separação prematura do útero, 
 geralmente após 20 semanas de 
 gestação. O diagnóstico é clínico e às 
 vezes ultrassonográfico, sendo que as 
 principais manifestações são 
 sangramento, vaginal, dor e hipertonia 
 uterina. A abrupção placentária pode 
 interferir no desenvolvimento fetal pois 
 reduz o fornecimento de nutrientes e 
 oxigênio. 
 Placenta prévia: Ocorre quando o 
 embrião se implanta no segmento inferior 
 do útero. Dessa forma, a placenta pode 
 cobrir a abertura interna do colo do útero. 
 Geralmente ocorre sangramento nos 3 
 últimos meses, pois a placenta se afasta 
 do útero (se ocorrer migração 
 placentária). 
 Acretismo placentário: 
 Placenta acreta : quando as vilosidades 
 coriônicas se aderem ao miométrio, sem 
 invadi-lo. 
 Placenta increta : quando as vilosidades 
 coriônicas invadem o miométrio. 
 Placenta percreta : quando as vilosidades 
 invadem toda a espessura do miométrio, 
 chegando até a serosa. 
 17. Cordão umbilical 
 Formado por 2 artérias e 1 veia, 
 circundados por um tecido conjuntivo 
 mucóide, a geléia de Wharton. 
 Anomalias: 
 Nós falsos e verdadeiros : conforme o feto 
 se movimenta no líquido amniótico, pode 
 haver a formação de nós no cordão 
 umbilical, mas eles geralmente são nós 
 falsos que não comprometem nada. Caso 
 seja um nó verdadeiro (ocorre em cerca 
 de 1% das gestações), a circulação 
 sanguínea é comprometida e leva o feto à 
 óbito por anoxia. 
 Em relação aos nós em torno do feto, o 
 maior problema é apertar o cordão de 
 modo que pare a circulação sanguínea. 
 Alterações estruturais : Cordão muito 
 longo, muito curto, não ser espiralado o 
 suficiente ou não ter quantidade suficiente 
 de geléia de Wharton são alterações que 
 podem promover a compressão dos 
 vasos do cordão. 
 Inserção velamentosa : O cordão é 
 inserido na placenta geralmente próximo 
 a superfície fetal mas, pode ocorrer uma 
 inserção velamentosa, caso os vasos 
 umbilicais atravessam as membranas 
 fetais (âmnio e cório) antes da sua 
 inserção na placenta. 
 18. USG gestacional fetal 
 Até a 12° semana, o ultrassom mais 
 indicado é o transvaginal; 
 USG placentário: 
 Localização da placenta: 
 Anterior : na parede da frente do útero 
 Posterior : na parede do útero próxima as 
 costas da mãe 
 Fúndica : no topo do útero 
 Baixa (prévia) : muito próxima, se não em 
 cima, do colo do útero, o que pode 
 impedir a passagem do feto por parto 
 normal. 
 Maturação placentária: 
 Com o passar do tempo na gravidez, 
 algumas áreas da placenta recebem 
 deposição de sais de cálcio, formando 
 calcificações. Graus de calcificações 
 ( classificações de Grannum ): 
 Grau 0 : placenta homogênea 
 Grau I : placenta heterogênea, apresenta 
 pontos brancos dispersos 
 Grau II : placenta heterogênea, apresenta 
 grupos de calcificações que parecem uma 
 vírgula 
 Grau III : placenta heterogênea, apresenta 
 calcificações circulares que contornam os 
 cotilédones 
 USG com doppler: 
 O exame avalia oxigenação, batimentos 
 cardíacos e circulação sanguínea do 
 bebê. É pedido para avaliar o efeito de 
 medicamentos na circulação sanguínea 
 materna e fetal, além do 
 acompanhamento de gestações 
 complicadas (por gestações múltiplas, 
 anemia fetal ou restrição de crescimento 
 fetal); 
 Só tem efeito a partir do 3° trimestre. 
 Obs.: O ultrassom obstétrico com ou sem 
 doppler pode ser repetido sempre que 
 quiser. 
 Translucência nucal (TN): 
 Corresponde à imagem do acúmulo de 
 fluido na nuca do feto; 
 É verificado no ultrassom morfológico do 
 1° semestre feito entre 11 e 13 semanas e 
 é utilizado para rastrear anomalias e 
 malformações fetais; 
 O valor normal deve ser abaixo de 2,5 cm, 
 caso seja maior do que isso, há 
 possibilidade do feto ter uma síndrome 
 cromossômica ou problemas cardíacos; 
 Pode ser feito por via abdominal ou 
 transvaginal. 
 Obs.: Essa relação não pode ser 
 considerada como diagnóstico, apenas 
 como uma possibilidade. Além disso, 
 deve-se levar em conta que a TN cresce 
 junto com o CCN. 
 Medida do osso nasal: 
 Também é identificado entre 11 e 13 
 semanas pelo ultrassom morfológico do 
 1° trimestre; 
 A calcificação do osso nasal começa 
 antes das 11 semanas, portanto, a não 
 identificação do osso nasal entre 11 e 13 
 semanas está associada a anomalias 
 cromossômicas fetais. 
 19. Conceitos relacionados à 
 complicações fetais 
 Monstruosidade : Alteração funcional e 
 física incompatível com a vida. Ex.: 
 Anencefalia 
 Malformação : Anomalia funcional ou 
 estrutural congênita. Deformações de um 
 órgão que levam a um desenvolvimento 
 anormal. Ex.: Fendas labinas, 
 malformações cardíacas, etc. 
 Alterações congênitas : Alterações 
 estruturais ou funcionais que se originam 
 na vida intrauterina. Podem ser 
 detectadas antes, durante ou após o 
 nascimento. 
 Teratógeno : Tudo aquilo (substâncias, 
 organismo, agente físico…) que possa 
 causar danos ao embrião ou ao feto 
 durante a gravidez. Pode ocasionar perda 
 do concepto, malformações, retardo do 
 crescimento intrauterino (RCIU), etc. 
 20. Medicamentos e risco 
 teratogênicos 
 Risco A : não há risco para a mulher nem 
 para o feto. (Ácido fosfólico, Vitamina D3) 
 Risco B : não existem estudos adequados 
 com humanos, mas podem ter 
 apresentado riscos ou não em animais. 
 (Gamax, Benzatron) 
 Risco C : não existem estudos adequados 
 em humanos, mas em animais causam 
 risco para o feto. (Tolrest, Hepatilon) 
 Risco D : por experiências, há evidências 
 de risco de malformações, mas o 
 risco-benefício pode ser avaliado. 
 (Aspirina, Enalapril) 
 Risco X : contra-indicados na gravidez por 
 causarem anormalidades fetais, em 
 animais e humanos. (Tetraciclina, 
 Penicilamina) 
 21. Barreira hematoplacentária 
 Composta por citotrofoblastos, 
 sinciciotrofoblastos, mesoderma 
 extraembrionário e vasos sanguíneos; 
 Responsável por filtrar o que passa pela 
 placenta e por evitar que ocorra mistura 
 de sangue, ou seja, evita a passagem de 
 substâncias não próprias para o sangue 
 fetal; 
 A seletividade da barreira depende da 
 espessura e extensão da barreira, do 
 gradiente de concentração ou da 
 presença de mecanismos de transporte 
 ativo. Os nutrientes atravessam a 
 placenta por difusão passiva, difusão 
 facilitada (glicose) ou por transporte ativo 
 (aminoácidos). 
 Obs.: Fármacos lipossolúveis tem 
 facilidade de passar por essa barreira (por 
 difusão passiva) 
 22. Testes sorológicos realizados na 
 gravidez 
 - Fator Rh 
 - Sífilis 
 - AIDS 
 - Hepatite B 
 - Hepatite C 
 - Toxoplasmose 
 - Rubéola 
 23. Mudanças da 9° a 38° semana 
 9° à 12° semana: 
 - Crescimento do comprimento 
 corporal acelera rapidamente, de 
 modo que ao final da 12° semana 
 o CNN (comprimento 
 cabeça-nádegas) mais que dobrou 
 (cabeça ainda é 
 desproporcionalmente grande em 
 relação ao corpo); 
 - Olhos bem separados, orelhas 
 com implantação baixa e 
 pálpebras fusionadas; 
 - Membros superiores quase 
 atingem seus comprimentos finais, 
 mas os inferiores não; 
 - Intestinos retornam para o 
 abdome; 
 - Início da formação de urina 
 (eliminada através da uretra para o 
 líquido amniótico); 
 - Na 9° semana o fígado é o 
 principal local de eritropoiese(formação de hemácias), mas ao 
 fim da 12° passa a ser o baço. 
 13° à 16° semana: 
 - Membros inferiores crescem; 
 - Movimento dos membros se 
 tornam coordenados (não são 
 sentidos pela mãe mas são vistos 
 na USG; 
 - Ossificação do esqueleto fetal; 
 - Movimento lento dos olhos, 
 mirando anteriormente e não 
 anterolateralmente; 
 - Ovários diferenciados e contêm 
 folículos germinativos primordiais; 
 - A genitália masculina pode ser 
 identificada. 
 17° à 20° semana: 
 - Crescimento desacelera mas o 
 feto aumenta em 50 mm; 
 - Movimentos fetais (chutes) são 
 sentidos pela mãe; 
 - Pele coberta por vérnix caseoso 
 (mistura de células epiteliais 
 mortas com secreções gordurosas 
 de glândulas sebáceas fetais), o 
 qual protege a delicada pele fetal 
 do contato com o líquido 
 amniótico; 
 - O feto é coberto por lanugem 
 (pêlos finos); 
 - Sobrancelhas e cabelos visíveis; 
 - Útero fetal formado; 
 - Descida dos testículos e 
 canalização da vagina se iniciam; 
 21° à 25° semana: 
 - Ganho de peso; 
 - A pele é rósea e avermelhada 
 porque os capilares sanguíneos 
 são visíveis; 
 - Unhas das mãos visíveis; 
 - Os pneumócitos tipo II (células 
 epiteliais pulmonares secretoras) 
 começam a secretar surfactante 
 para ajudar no desenvolvimento 
 pulmonar. 
 Obs.: Um feto nascido prematuramente 
 durante essas semanas pode sobreviver 
 sob muitos cuidados intensivos mas 
 também pode morrer por ter o sistema 
 respiratório imaturo ainda. Também há um 
 alto risco de neurocomprometimento nos 
 fetos nascidos antes de 26 semanas. 
 26° à 29° semana: 
 - Sistema respiratório já 
 desenvolvido o suficiente para 
 realizar trocas gasosas; 
 - Sistema nervoso amadurecido e 
 controlando o sistema respiratório 
 e a temperatura corporal; 
 - Lanugem e cabelos bem 
 desenvolvidos; 
 - Baço fetal deixa de ser o principal 
 centro de eritropoiese e passa a 
 ser a medula óssea. 
 Obs.: Durante esse período, os fetos 
 nascidos prematuramente geralmente 
 sobrevivem sob cuidados intensivos 
 30° à 34° semana: 
 - Reflexo pupilar; 
 - Membros com aspecto 
 rechonchudo. 
 35° à 38° semana: 
 - Orientação espontânea em 
 relação a luz; 
 - Pés mais compridos que o fêmur; 
 - Circunferência do abdome igual ou 
 maior que a da cabeça; 
 - Nas últimas semanas o feto ganha 
 cerca de 14g por dia. 
 Obs.: A termo, a maioria dos fetos nasce 
 com cerca de 3.400g e um CNN próximo 
 de 360 mm. 
 24. Crânio e face do RN 
 Suturas: coronal, esquamosal, lambdóide, 
 sagital 
 Fontanelas/Fontículos/Moleiras: 
 esfenoidal (ântero-lateral), mastóide 
 (póstero-lateral), lambdóide (posterior) e 
 bregmática (anterior) 
 Ossos da face : palatino, lacrimais, 
 zigomáticos, maxila, mandíbula, nasal, 
 vômer 
 Ossos do crânio : frontal, temporal, 
 parietal, occipital, esfenóide, etmóide 
 25. Variações cromossômicas 
 (cariotípicas) 
 Podem ocorrer em diferentes células do 
 indivíduo; 
 Podem ser ou não geneticamente 
 programadas: Quando são programadas, 
 são alterações que fazem parte da 
 programação genética da espécie e são 
 encontradas em todos os indivíduos e 
 populações dessa espécie. Quando não 
 são programadas, podem ser vantajosas, 
 neutras ou desvantajosas, sendo que as 
 neutras e vantajosas são transmitidas aos 
 descendentes, enquanto as 
 desvantajosas, não têm significado 
 evolutivo; 
 Os distúrbios cromossômicos são uma 
 categoria importante das doenças 
 genéticas, tendo como consequências 
 insucessos reprodutivos, malformações 
 congênitas e retardos mentais; 
 As anomalias cromossômicas são 
 responsáveis por mais de 100 síndromes 
 identificáveis. 
 Ideograma X Cariograma: 
 A representação do cariótipo pode ser 
 feita por ideograma ou cariograma: 
 Ideograma: representação esquemática 
 do cariótipo, baseada nos tamanhos dos 
 cromossomos e na posição do 
 centrômero. 
 Cariograma: feito a partir de uma 
 fotografia ou um desenho detalhado, onde 
 os cromossomos estão bem corados e 
 individualizados. 
 Obs.: Normal: 46 cromossomos, 23 
 pares sendo 22 pares autossômicos e 1 
 par sexual (XY) → Sexo masculino: 46 XY 
 Sexo feminino: 46 XX 
 Aneuploidias X Euploidias: 
 Alterações cromossômicas numéricas; 
 Euploidia: quando há alteração de um 
 genoma inteiro 
 - Monoploidia (n): apenas 1 genoma 
 - Triploidia (3n): 3 genomas 
 - Poliploidia (4n): 4 ou mais 
 genomas 
 Aneuploidia: quando há alteração 
 (acréscimo ou perda) de cromossomos 
 (parte do genoma) 
 - Nulissomia (2n-2): perda de 1 par 
 inteiro de cromossomos 
 - Monossomia (2n-1): menos 1 
 cromossomo no cariótipo 
 - Trissomia (2n + 1): mais 1 
 cromossomo no cariótipo 
 Síndromes: 
 1. Síndrome de Edwards 
 Trissomia do cromossomo 18 (45a + par 
 sexual = 47 cromossomos ); 
 É a 2° trissomia mais frequente; 
 É um quadro clínico amplo que afeta 
 múltiplos órgãos e sistemas, sendo que 
 as características fenotípicas mais 
 comuns são: anormalidade de 
 crescimento, malformação nos órgãos 
 internos (cardíaca, principalmente), no 
 tórax, nas extremidades, no crânio e na 
 face (deformidade); 
 Não tem tratamento e geralmente é fatal 
 antes do nascimento ou no primeiro ano 
 de vida. 
 2. Síndrome de Down 
 Trissomia do cromossomo 21 (45a + par 
 sexual = 47 cromossomos ); 
 As principais características são: 
 deficiência mental, fendas palpebrais 
 mongoloides, pescoço curto e grosso, 
 cardiopatias, única linha transversal na 
 palma da mão, genitália pouco 
 desenvolvida e grande flexibilidade nas 
 articulações. 
 3. Síndrome de Klinefelter 
 Presença de um cromossomo X extra no 
 par sexual (44a + XXY = 47 
 cromossomos ); 
 Ocorre apenas no sexo masculino ; 
 Ocorre em cerca de 1 em 500 meninos 
 nascidos vivos; 
 As principais características são: 
 testículos pequenos, esterilidade 
 (produção baixa ou nula de esperma), 
 genitais infantis, ginecomastia, cromatina 
 sexual positiva, deficiência mental, 
 estatura elevada; 
 O tratamento pode incluir suplementação 
 de testosterona, até para tratar a 
 infertilidade. 
 4. Síndrome de Turner 
 Monossomia do cromossomo X (44a + X 
 = 45 cromossomos ); 
 Ocorre apenas no sexo feminino ; 
 As principais características são: ovários 
 atrofiados, deficiências hormonais, 
 esterilidade, ausência de menstruação, 
 mamas pequenas, vulva infantil, pescoço 
 alado, baixa estatura, deficiência cardíaca 
 e raramente deficiência mental. 
 Doença genética X Síndrome 
 cromossomica: 
 Doença genética: doenças que têm 
 origem em mutações do material genético 
 (DNA), que fazem com que algumas 
 células parem de desempenhar suas 
 funções corretamente. 
 Doença cromossômica: doenças que 
 a parecem repentinamente em um 
 indivíduo sem que haja casos anteriores 
 de alteração genética na família. Quando 
 isso ocorre, chama-se de mutação 
 espontânea ou mutação de novo .

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