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Engenharias e Exatas | Centro Universitário das Américas – FAM | Roteiro de Aula Prática 
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Escola de Engenharia e Exatas 
 
 
Química Orgânica 
 
 
 
 
Roteiro 
Experimento 01 
Centro Universitário das Américas – FAM | Escola de Engenharia e Exatas 
QUÍMICA ORGÂNICA – SOLUBILIDADE, PONTO DE FUSÃO E MISCIBILIDADE– 2025/1 
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SOLUBILIDADE, PONTO DE FUSÃO E MISCIBILIDADE 
 
 
1. MATERIAIS NECESSÁRIOS 
 
Anidrido Maléico 
Acetanilida 
Ácido Cítrico 
Ácido Oxálico 
Sacarose 
Ácido benzóico 
Carbonato de sódio 
Tubo de Thiele 
Iodeto de potássio sólido(KI) 
Ciclohexano 
Iodo sólido (I2) 
Etanol 96% 
Solução saturada de FeSO4 
 
2. INTRODUÇÃO 
Forças Intermoleculares 
Além da ação das ligações covalentes, que permitem a união de átomos para a formação de 
moléculas, existem as forças intermoleculares que, como o nome sugere, atuam entre as moléculas. As 
forças intermoleculares são de natureza eletrostática e, em geral, e são as responsáveis pela existência 
dos estados líquido e sólido das substâncias moleculares e, portanto, pelas diferentes temperaturas de 
fusão e ebulição, conforme a sua magnitude. 
As forças intermoleculares têm uma grande dependência das diferenças de eletronegatividade 
(polaridades) dentro das estruturas moleculares e da própria geometria molecular. 
A Tabela 1 apresenta os fatores que caracterizam as interações intermoleculares. 
 
 
Tabela 1 – Características das interações intermoleculares 
 
Interação intermolecular Característica 
Íon–dipolo Ocorre entre íons e solventes polares 
Ligação de Hidrogênio Ocorre entre moléculas com ligações: OH, NH e/ou FH 
Dipolo–Dipolo Ocorre entre moléculas polares 
Dispersão de London 
Ocorre entre todas as moléculas. A força depende do 
tamanho e da polarizabilidade 
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QUÍMICA ORGÂNICA – SOLUBILIDADE, PONTO DE FUSÃO E MISCIBILIDADE– 2025/1 
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Ponto de fusão (PF) 
Os sólidos iônicos são aglomerados de íons, muitas vezes formando arranjos bem organizados 
chamados de retículo cristalino ou rede cristalina (Figura 1 (A)). Tais retículos assumem várias formas (ex.: 
cúbico, hexagonal, rômbico, monoclínico, etc.). Os sólidos moleculares (Figura 1 (B)) são constituídos por 
moléculas que, devido às forças intermoleculares, aglomeram-se, dando origem à fase sólida. Os sólidos 
moleculares também podem formar redes ou assumir fases amorfas. 
O ponto de fusão de uma substância é a temperatura na qual a fase líquida e a fase sólida 
coexistem em equilíbrio, sob uma determinada pressão. Quando o sólido se funde, as interações que 
mantêm a fase sólida são destruídas; assim, nos sólidos moleculares, as forças intermoleculares (ligações 
de hidrogênio, interações entre dipolos permanentes ou instantâneos) são parcialmente rompidas. A 
temperatura de fusão fornece uma ideia da intensidade das forças de atuação entre as unidades que 
constituem os cristais iônicos (energia reticular, nos compostos iônicos) e da magnitude das forças 
intermoleculares nos cristais moleculares (compostos moleculares). Além disso, a faixa de fusão (intervalo 
entre o início e o término da fusão) dá informações sobre a pureza e a porcentagem de cristalinidade do 
material (razão molar entre a parcela cristalina e amorfa de um material). Em geral, um material 100% 
cristalino terá o seu ponto de fusão bem definido, enquanto outro, com grande porcentagem amorfa, ou 
com significativa porcentagem de impureza, terá o seu ponto de fusão deslocado e com um intervalo largo 
de fusão (que pode chegar a dezenas de graus). 
 
 
 
(A) rede iônica (LiCl) (B) rede molecular (H2O) 
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QUÍMICA ORGÂNICA – SOLUBILIDADE, PONTO DE FUSÃO E MISCIBILIDADE– 2025/1 
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(C) rede metálica (níquel) 
Figura 1 – Representação dos arranjos: (A) retículo cristalino ou rede cristalina, (B) sólidos 
moleculares, (C) rede metálica 
A Tabela 2 apresenta alguns exemplos de faixas de fusão de compostos puros. 
Tabela 2 – Exemplos de faixas de fusão de algumas substâncias puras. 
 
Substância Faixa de fusão (°C) 
Anidrido maleico 52 a 54 
Parafina 56 a 58 
Naftaleno 78 a 80 
Acetamida 80 a 81 
Ácido benzóico 121 a 122 
-Naftol 121 a 122 
Ureia 132 a 133 
Ácido salicílico 156 a 158 
Benzanilida 160 a 161 
Solubilidade e miscibilidade 
A solubilidade é capacidade de um soluto se dissolver em solvente e a miscibilidade é a capacidade 
de duas ou mais substâncias líquidas formarem uma mistura homogênea. Tanto a solubilidade quanto a 
miscibilidade são propriedades grandemente influenciada pelas forças intermoleculares. Assim, o fato de 
o açúcar se dissolver com facilidade em água se deve à formação de ligações de hidrogênio entre a 
molécula da sacarose e as moléculas de água; de forma semelhante, ocorre a interação entre NaCl e água 
(interação íon-dipolo), que permite a solubilidade desse sal em água. 
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Alguns fenômenos curiosos, e outros vitais, da natureza se explicam pelas forças intermoleculares, 
como exemplo tem-se o pareamento das cadeias do DNA por meio da interação entre as bases 
nitrogenadas (adenina – A, citosina – C, guanina – G, timina – T) formando a dupla hélice, que carrega o 
código genético. 
Por outro lado, o fato de duas substâncias não se misturarem (insolubilidade ou imiscibilidade), 
indica pouca interação entre elas, como, por exemplo, um sistema água (polar) e óleo (apolar). 
 
 
Procedimento 
 
I) Determinação da temperatura de fusão de uma substância pura 
a) Colocar uma amostra sólida da substância pura (indicada na Tabela 2) em um tubo capilar de vidro, 
virando a entrada do tubo capilar para baixo e pressionando levemente sobre a amostra. 
b) Realizar o empacotamento da amostra no tubo capilar deixando-o cair verticalmente dentro de 
um tubo de vidro de cerca de 1 m de comprimento até compactação da amostra (com 
aproximadamente 12 mm de altura da amostra). 
c) Montar a aparelhagem conforme indicado na Figura 2 (A), utilizando um tubo de Thiele com banho 
de óleo de silicone e aquecimento com bico de Bunsen. 
d) Iniciar o aquecimento, procurando mantê-lo o mais brando possível. A temperatura deve ser 
anotada quando for observada a primeira gota de líquido (temperatura inicial de fusão) e quando 
todo o material se encontrar na fase líquida (temperatura final de fusão). Com o intuito de obter 
um maior controle do processo de fusão, favorecendo, assim, a observação das temperaturas 
inicial e final de fusão da substância-problema, é ideal que o aquecimento seja conduzido a uma 
taxa de 10 °C/min. 
e) Cada grupo deverá realizar o procedimento de a) a d) com uma substância pura, indicada pelo(a) 
professor(a). Anotar o código da amostra. 
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Tubo de Thiele 
 
 
 
Figura 2 – Esquema da aparelhagem para determinação do ponto de fusão - Tubo de Thiele. 
 
 
 
II) Determinação da solubilidade de iodeto de potássio (KI) 
a) Colocar alguns cristais de iodeto de potássio (KI) em um tubo de ensaio seco. 
a) Adicionar 30 gotas de água destilada sob agitação. 
b) Repetir o mesmo procedimento (itens a) e b)) em dois outros tubos de ensaio utilizando álcool 
etílico (C2H5OH) e cicloexano (C6H12) como solventes. 
c) Comparar a solubilidade do KI em cada tubo. 
 
 
III) Determinação da solubilidade de iodo (I2) 
a) Colocar um cristal pequeno de iodo (I2) em um tubo de ensaio seco. 
b) Adicionar 30 gotas de água destilada ao tubo de ensaio sob agitação. 
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c) Repetir o mesmo procedimento (itens a) e b)) em dois outros tubos de ensaio utilizando álcool 
etílico (C2H5OH) e cicloexano (C6H12) como solventes. 
d) Comparar a solubilidade do I2 em cada tubo. 
 
 
IV) Determinação da miscibilidade de solventes 
a) Em três tubos de ensaio secos, preparar as três misturas a seguir: água e álcool etílico, água e 
cicloexano, álcool etílico e cicloexano. As soluções devem ser preparadas adicionando 15 gotas de 
cada solvente. 
b) Agitar para avaliar a miscibilidade dos solventes. 
 
V) Determinação do volume da mistura água e álcool 
a) Em uma proveta de 100 mL, colocar 40 mL de água e acrescentar, lentamente e sem misturar, 40 
mL de álcool (96 %). A mistura deve ser agitada vigorosamente e deixada em repouso por cerca de 
1 minuto. 
b) Anotar o volume final da mistura (mL). 
 
VI) Observação e análise da mistura de solução saturada de FeSO4 e álcool 
a) Coloque 10 mL de solução saturada de FeSO4 em um béquer de 100 mL. Acrescente, lentamente, 
10 mL de álcool. Misture agitando. 
b) Descreva e explique o ocorrido. 
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3. FOLHA DO GRUPO DE ALUNOS (ENTREGA) 
 
 
 
 
ESCOLA DE ENGENHARIA E EXATAS 
Curso 
Unidade Turma Período Laboratório 
Professor 
Disciplina 
Nome do experimento Data: 
Nome completo: RA: 
Nome completo: RA: 
Nome completo: RA: 
 
Objetivos: (Qual a finalidade do trabalho realizado?) 
Entender a importância da atuação das forças intermoleculares nas propriedades físicas das 
substâncias orgânicas, tais como ponto de fusão, solubilidade e miscibilidade. 
 
Análise dos Dados e Resultados 
1. Descreva o observado nos itens I a VI. Identifique a sua amostra, mostre a estrutura química e 
diga quais forças intermoleculares envolvidas na molécula. Qual o código dela? 
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Conclusões: (comentários e avaliação dos resultados obtidos) 
 
 
 
 
 
4. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 
	1. MATERIAIS NECESSÁRIOS
	Forças Intermoleculares
	Ponto de fusão (PF)
	Solubilidade e miscibilidade
	I) Determinação da temperatura de fusão de uma substância pura
	II) Determinação da solubilidade de iodeto de potássio (KI)
	III) Determinação da solubilidade de iodo (I2)
	IV) Determinação da miscibilidade de solventes
	V) Determinação do volume da mistura água e álcool
	VI) Observação e análise da mistura de solução saturada de FeSO4 e álcool

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