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Título do Tópico*: Ordem mundial e Crise Estrutural do Capital
Objetivo*: Esta aula tem por objetivo discutir as relações geopolíticas
frente a crise estrutural do modo de produção capitallista
iniciada na década de 1970 e suas consequências para o
trabalho, a política e a reprodução social.
Palavras-chave*: Geopolítica, crise, capitalismo, trabalho, tecnologia, hegemonia
Foi com a Segunda Guerra Mundial - quando o planejamento de guerra foi
utilizado para dar maior coesão aos interesses econômicos, financeiros e regionais
dos EUA - que se firmaram as bases da hegemonia industrial, tecnológica,
financeira, agrícola e militar norte-americana. Sob a proteção dos Estados nacionais
- que asseguravam a articulação e a modernização de seus respectivos capitais
nacionais - as economias da Europa e do Japão foram internacionalizadas. As
condições de formação e expansão de um novo padrão de desenvolvimento foram
alimentadas com a depressão entre guerras, a 2ª Grande Guerra, o fortalecimento
dos sindicatos de trabalhadores e o surgimento da “Guerra Fria”. 
Produção em massa do Modelo A – Ford (1928)
Dentre as principais características da estrutura produtiva que se consolidou e
se generalizou no pós-guerra, podemos destacar: 
a) o rápido e prolongado crescimento internacional da produção e da
produtividade; 
b) a liderança do setor industrial - liderado pelos setores vinculados à
produção em massa de bens de consumo duráveis (automóveis e
eletrodomésticos), aos bens de capital e à química (sobretudo à
petroquímica); 
c) o crescimento da importância do subsistema de filiais das grandes
empresas oligopólicas, tornando-se a face mais aparente do processo de
internacionalização produtiva;
d) a intensificação do ritmo de crescimento do comércio internacional,
ultrapassando o crescimento da produção industrial; 
e) […] e que apesar do aumento do comércio internacional, seria o mercado
interno dos principais países capitalistas o principal responsável pelo
crescimento econômico; 
f) o crescimento da participação do emprego industrial e do emprego nos
serviços (então sob a lógica industrial), e a contínua queda da participação do
emprego agrícola nos mercados de trabalho nacionais; 
g) o aceleramento da mudança das fontes energéticas, com o abandono das
fontes sólidas (carvão) e sua substituição pelo petróleo, cujo preço em queda
no período favoreceu a expansão industrial (MATOSO, 1996, p.24).
Assim, no pós a 2ª Guerra Mundial foram asseguradas características
inusitadas ao desenvolvimento capitalista. Esse novo padrão de desenvolvimento foi
resultante da reestruturação tecnológica, industrial, comercial e financeira do modo
de produção capitalista. Mas não foi apenas a alteração da estrutura produtiva e
tecnológica do capitalismo que determinariam um novo modelo de desenvolvimento
e sua capacidade de generalização. Seria também necessário que se consolidasse
o “contra-movimento” da luta de classes, e que este se tornasse capaz de impor
mudanças na forma de gestão econômica, no papel e estrutura do Estado, na
relação salarial e no padrão de consumo.
Embora com características históricas distintas, os principais países
capitalistas iriam combinar objetivos políticos e econômicos através de uma mistura
de mecanismos de mercado com estruturação e estabilização públicas, os quais
foram crescentemente guiados por um modelo teórico de administração de demanda
agregada (keynesiano) imbricado à uma economia internacionalmente aberta.
A natureza e a intensidade que a sua dinâmica assumiria, entretanto,
ocultariam a plena visão das condições extraordinariamente favoráveis em que estas
se deram, assim como o relativamente breve período em que isto ocorrera (tendo-se
como referência a curta história de cerca de três séculos de capitalismo) (MATOSO,
1996; POCHMANN, 2002). 
Com o esgotamento desse ciclo virtuoso de expansão capitalista,
evidenciamos o início de um período em que diversos autores têm apontado uma
inflexão estrutural na dinâmica do sistema mundial de acumulação. Trata-se de uma
crise estrutural que atingiu os países centrais em meados da década de 1970,
impulsionando (principalmente nas décadas seguintes) uma série de transformações
sócio-históricas em proporções jamais vistas (ALVES, 2007; BRENNER, 2003;
CINTRA, 2005, CHESNAIS, 1996/2005 ; CORSI, 2006; HARVEY, 1992/2004). Como
observa Alves, 
A crise estrutural do capital que emergiu em meados da década de
1970, inaugurou uma nova temporalidade histórica do
desenvolvimento civilizatório, caracterizada por um conjunto de
fenomenos sociais qualitativamente novos que compõem a
fenomenologia do capitalismo global com seus “trinta anos
perversos” (1980-2010). (ALVES, 2012).
A perda de competitividade da economia norte-americana, fruto do avanço
japonês e alemão a partir da década de 1960, dos modestos ganhos de
produtividade do trabalho e da forte elevação dos salários, além dos gastos com a
Guerra Fria, minaram a posição do dólar, que não conseguiu manter a paridade que
fora estabelecida em 1944 (Brettom Woods), abandonando-a em 1971. A introdução
do regime de câmbio flutuante em 1973 - em um contexto de crise econômica
(notadamente do Petróleo), incremento acentuado da inflação e crise da hegemonia
dos EUA -, ampliou a instabilidade do sistema. Trata-se da primeira grande recessão
do pós-guerra que tem início em 1973 e dá início ao período histórico de crise
estrutural, marcado pela sobreacumulação e intensificação da concorrência
internacional.
A resposta conservadora para esta inflexão estrutural da dinâmica do sistema
do capital viria com a sua reestruturação produtiva e financeira. A reação norte-
americana tem início em março de 1979 com a forte elevação dos juros
acompanhada com a desregulamentação dos mercados. Foram as medidas de
liberalização e desregulamentação de 1979-81 que deram nascimento ao sistema de
finança mundializada. A abertura externa e interna dos sistemas nacionais, antes
relativamente fechados e compartimentados, conduziu à emergência de um espaço
financeiro mundial. 
[…] de 1973 a 1981, temos o periodo da crise e contrarrevolução
neoliberal. Impulsionou-se o processo de reestruturação capitalista
nas mais diersas instâncias da vida social. A década de 1970 é uma
década de luta de classes no cenário de crise geral. É claro que
desde fins da década de 1960, a luta social, sindical e política visava
dar resposta a crise geral do sistema (por exemplo, o maio de 1968 é
sintoma do apodrecimento do capitalismo fordista. The dream is
over!). Na verdade, o periodo de 1946-1973 caracterizado pela
singularidade histórica do fordismo, significou o acúmulo de
candentes contradições da ordem buguesa mundial – principalmente
no plano da economia e da política. O sistema de contradições
oriundos do capitalismo fordista-keynesiano iriam ter a resolução
política na decada de 1970 com a derrota das forças sociais do
trabalho e a vitória das forças políticas do neoconservadorismo
neoliberal. O complexo de reestruturações capitalistas salientados
acima é expressão da luta de classes nas mais diversas instancias
da vida social. A derrota das forças sociais, políticas e ideológicas do
trabalho conduziu a nova temporalidade histórica do capital: o
capitalismo global sob dominância financeira e direção política
neoliberal. (ALVES, 2012)
Foi na década de 1980 que se acelerou vertiginosamente o crescimento do
mercado de capitais, decâmbio e de títulos em escala global, quando uma massa
gigantesca de riqueza em forma “líquida”, passa a ser movimentada buscando
valorização crescente de fundos e ativos. No período em questão, observa-se na
gestão macro-econômica dos países centrais a adoção de políticas neoliberais, que
avançam no sentido de quebrar as amarras colocadas pelo Welfare State e as
conquista trabalhistas das décadas anteriores. Os gastos públicos, até então
voltados prioritariamente para área social, são redirecionados para sustentar a
valorização do capital financeiro, sobretudo, por meio da ampliação da dívida
pública. 
A reestruturação produtiva coloca alterações significativas na instância sócio-
reprodutiva do capital com uma aguda reorganização da produção através de
inovações organizacionais e da aplicação da micro-eletrônica nos processo
produtivos, além da realocação regional de vários segmentos produtivos,
incorporando milhões de trabalhadores na Ásia e na Europa Oriental (remunerados
com baixos salários) à economia mundial. Como resultado desses processos, em
meados da década de 1980, observa-se a recomposição da taxa de lucro que volta
crescer, apesar de não ser acompanhada de taxas de investimento proporcionais,
caracterizando uma dificuldade crônica de valorização do capital (CHESNAIS, 1996;
CORSI, 2006).
Assim, a crise estrutural do capital pode ser observada tanto do ponto de vista
da reorganização do processo produtivo com vistas a recompor a rentabilidade do
capital em queda acentuada (flexibilização produtiva, precarização e
desregulamentação das relações de trabalho), como também da desregulamentação
das economias nacionais, caracterizada pela abertura comercial e financeira
(sobretudo).
Foi na década de 1980, a década das finanças, que se aprofundou o
desequilíbrio de forças entre as classes sociais. O desequilíbrio entre
as forças de classe na década de 1980 se contrasta, por exemplo,
com o periodo de 1946-1973, quando se instaurou um equilíbrio entre
capitalistas e trabalhadores assalariados que deu origem ao dito
“compromisso fordista” (Estado keynesiano/Sindicatos
Fordistas/Empresas Multinacionais). Naquela época, foi importante a
presença da força política do trabalho organizado, o acordo de
Bretton Woods e a “guerra fria” entre URSS e EUA. Eis a
singularidade histórica do fordismo, desmontada pouco a pouco a
partir da crise de 1973. Na década de 1980, instaurou-se o
desequilíbrio entre as classes com a reestruturação produtiva do pós-
fordismo e toyotismo promovendo uma ofensiva do capital na
produção que enfraquceu as forças sociais e políticas do trabalho. A
ofensiva política do capital caracterizou-se pelo disseminação do
neoliberalismo sob a vigencia do poder do capital financeiro. O poder
ideológico neoliberal dissemina-se inclusive entre as forças sociais-
democratas e socialistas, gestores da ordem sistemica do capital. O
capital conseguiu quebrar as forças do trabalho – material e
ideologicamente. (ALVES, 2012)
A partir da década de 1980 são reconstruídos os mercados capazes de
garantir aos investidores financeiros a possibilidade, em tempo normal, de revender
seus ativos a qualquer momento. Não apenas partes da propriedade das empresas
tornaram-se ativos financeiros cada vez mais compráveis e vendáveis nas Bolsas,
mas também as empresas e grupos industriais inteiros. Abre-se então uma nova
etapa da acumulação financeira, na qual os dividendos se tornam um mecanismo
importante de transferência e de acumulação, e os mercados de ações o seu
sustentáculo mais dinâmico. 
Isso também favoreceu o surgimento de inovações financeiras, pois o
reaparecimento e aumento de poder do capital financeiro foram acompanhados pela
implantação do “governo empresa1” contemporâneo e o ressurgimento de mercados
especializados, que garantiram ao capital portador de juros privilégios e poder
econômico particular, associado ao que se chama “liquidez”. 
Para ilustrar, em 1980, os depósitos bancários, as ações e os títulos de
dívidas públicas e privadas representavam cerca de 12 trilhões de dólares (109% do
PIB mundial). Em 2003, essas cifras representavam respectivamente 118 trilhões de
dólares e cerca de três vezes o PIB mundial. Só no mercado global de moedas, o
fluxo diário atingiu a cifra dos 1,9 trilhões de dólares. Os bancos perderam terreno
na medida em que os depósitos bancários passaram de 45% desse total para 30%
entre 1980 e 2003. Ganharam espaço os títulos de dívida e ações, que
representavam em 2003, 72% contra 55% desse total em 1980. Os investimentos
mais atraentes do mercado financeiro global são, notadamente, as hedge funds e os
fundos de pensão e investimento. 
As grandes corporações e os bancos centrais dos países desenvolvidos
também continuam cumprindo um papel importante nesse processo. A rápida
expansão dos mercados de obrigações públicas interconectados internacionalmente
e a difusão internacional do financiamento dos déficits pela emissão de títulos
negociáveis, proporcionados pela liberalização e a transformação em títulos dos
compromissos públicos, foram também o resultado de um processo de contágio,
onde qualquer Estado que quisesse colocar bônus do Tesouro nos mercados
liberalizados estava forçado a se alinhar às práticas norte-americanas (CHESNAIS,
2005; CINTRA, 2005; CORSI, 2006)
A progressão da acumulação financeira foi estreitamente ligada à liberação
dos movimentos dos capitais e à interconexão internacional dos mercados dos
ativos financeiros – obrigações públicas e privadas, ações e derivativos, que
estimularam o aperfeiçoamento das técnicas de proteção contra os riscos de
mercado, de crédito e de liquidez. Associados à intensa informatização dos
1 O governo empresa (ou sociedades) foi sistematizado pela OCDE na forma de um conjunto de princípios que
deveria ser seguidos pelas empresas, para dar maior estabilidade ao sistema financeiro, cujo ponto central
decorre da separação entre a propriedade e o controle e da relação entre acionistas e administradores das
empresas.
mercados, esses procedimentos permitiram aumentar o volume e acelerar a
velocidade das transações. Como conseqüência, uma impressionante massa de
capital fictício, em virtude de só encontrar possibilidades de valorização na esfera
financeira, passou a sustentar bolhas especulativas, as quais têm determinado, em
grande medida, a dinâmica da economia mundial (CHESNAIS, 1996/ 2005; CINTRA,
2005).
Esse capital rentista é muito sensível a qualquer alteração nas variáveis reais
da economia. O incremento da inflação e o desequilíbrio mais acentuado das contas
externas ou das contas do governo e a queda da rentabilidade das empresas pode
acarretar intensos movimentos de fuga e capitais, o que pressiona os Estados a
adotar políticas ortodoxas, visando controlar a demanda agregada e assim evitar as
pressões inflacionárias e desequilíbrios externos e fiscais que poderiam levar a
repentinas mudanças cambiais. 
A década de 1980 foi a década de expansão da globalização,
enquanto a década de 1990 é a década de integração hegemonica
do capital concentrado. É a década das políticas de integrações
regionais conduzidas pelos interesses do capital financeiro (por
exemplo, o Nafta e a União Europeia, a mais ousada experiencia
histórica de integração regional). Ao mesmo tempo, com a entrada da
China no mercado mundial na década de 1990, acirra-se a
concorrencia intercapitalista num cenário de capitalconcentrado. A
presença da China transfigura a dinâmica da acumulação de valor,
embora não altere essencialmente a objetividade contraditória do
capitalismo global, com a crise estrutural do capital aparecendo cada
vez mais como crise de desmedida de poder e acúmulo de massa de
capital-dinheiro que não consegue se valorizar efetivamente (ALVES,
2012)
Esse processo tende a pôr em questão a capacidade de os Estados
controlarem suas economias à medida que o capital financeiro buscar impor políticas
de abertura das economias nacionais e deflacionistas. Não se pode desconsiderar,
entretanto, que a perda de graus de liberdade na definição da política econômica por
parte dos Estados depende da situação econômica, social, política e geopolítica de
cada país, como também da posição política e ideológicas dos governos (CORSI,
1996, p.19-20).
Conclusão
Esta nova etapa de acumulação no mercado financeiro global caracterizou-se
pela instabilidade e volatilidade de seus fluxos. Um dos elementos que influenciam
centralmente essa instabilidade de exacerba especulação, está ligado à postura dos
gestores dos fundos, ao buscarem reduzir o prazo dos resultados a qualquer custo,
sobretudo, nos momentos de maior liquidez da economia mundial, a exemplo do
ocorrido a partir da década de 1990. O período que vai de 1990 a 2003, em grande
medida, foi marcado por grande instabilidade e baixo e desigual crescimento
econômico, consistindo na última fase de baixo desempenho da economia mundial
aberta com a crise iniciada na década de 1970. 
Tanto os momentos de expansão quanto os de retração, estiveram
frequentemente ligados ao estouro de bolhas especulativas. Foram seis crises:
recessão 1990-1991, México-1994, Sudeste Asiático-1997, Rússia/Brasil/Argentina –
1998 e 1999 e recessão 2001-2002. A recuperação dessas crises e a dinâmica da
economia mundial estiveram diretamente vinculadas à política econômica e ao
desempenho da economia norteamericana.
Referências
ALVES, G. A crise estrutural do capital e sua fenomenologia histórica.
Boitempo, 2012. Disponível em: http://blogdaboitempo.com.br/2012/09/21/a-crise-
estrutural-do-capital-e-sua-fenomenologia-historica. Acesso em: 01/06/2014.
______. Trabalho e Subjetividade. Ensaio sobre o metabolismo social da
reestruturação produtiva do capital. Tese de Livre Docência. UNESP. Marília:
2007A.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação
do trabalho. São Paulo, Boitempo Editorial,1999.
BRENNER, R. O Boom e a Bolha. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2003.
CHESNAIS, F. A Mundialização do Capital. São Paulo: Xamã, 1996.
_______. A finança mundializada. São Paulo: Boitempo, 2005.
CORSI, F.L. Capitalismo global: crise, bolhas especulativas e a periferia. in
Trabalho, Economia e Educação: perspectivas do capitalismo global. Paulo
Tumolo e Roberto Batista (org). Maringá: Práxis; Massoni, 2008.
_______. Economia do capitalismo global: um balanço crítico do período recente. In:
Trabalho e educação: contradições do capitalismo global. Giovanni Alves et al
(org.). Maringá: Práxis, 2006.
HARVEY, D. O novo imperialismo. São Paulo: Edições Loyola, 2004.
_______. Condição pós-moderna - Uma pesquisa sobre as origens da mudança
cultural. São Paulo: Edições Loyola, 1992.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos. O breve século X (1914-1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
MATTOSO, J. A desordem do trabalho. São Paulo: Ed. Página Aberta, 1995.
POCHMANN, M. E-trabalho. São Paulo: Ed. Publisher Brasil, 2002.
Exercício
1) (UFPI) A partir da Revolução Industrial, cada vez mais, o processo de
acumulação de capital se internacionaliza. Ao longo do século XX, esse processo se
caracterizou, principalmente, por:
a) Alianças bem-sucedidas entre países de pequena dimensão territorial, para
proteger-se do comércio com os países capitalistas desenvolvidos. (feedback:
Resposta incorreta, pois não houve proteção dos países de pequena dimensão
territorial no comércio com os países capitalistas desenvolvidos)
b) Dependência vital dos países desenvolvidos em relação aos países
subdesenvolvidos, cujas matérias-primas são a única sustentação da
industrialização dos primeiros. (feedback: Resposta incorreta, pois não havia
dependência vital dos países desenvolvidos em relação aos países
subdesenvolvidos)
c) Solidariedade entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, cabendo aos
primeiros suprir os demais em matérias-primas raras e programas de educação e
saúde das populações pobres. (feedback: Resposta incorreta, pois não houve
solidariedade entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Ao contrário,
evidenciamos relações de opressão)
d) Aprofundamento da divisão do trabalho entre países e no interior dos próprios
países dependentes, com o crescimento da industrialização associada ao grande
endividamento externo. (feedback: Resposta correta! De fato, a
internacionalização do capital foi caracterizada pelo aprofundamento da
divisão do trabalho entre países e no interior dos próprios países
dependentes)
e) Democratização dos mecanismos de troca internacional, premida pela elevação
constante dos preços das matérias-primas em níveis superiores aos dos produtos
industrializados. (feedback: Resposta incorreta, pois não houve democratização
dos mecanismos de troca internacional)
Vale a pena conferir:
Vale a pena assistir ao filme Segunda-feira ao Sol, ficção que mostra diferentes
dramas de pessoas desempregadas, fruto da reestruturação produtiva.Todos eram
estivadores de um mesmo estaleiro e encontram-se todos os dias para beber,
passar o tempo e refletir sobre a situação social do país.
Ficha técnica:
Segunda-feira ao sol (Los Lunes al sol - 2003)
Gênero: Drama
Direção: Fernando León de Aranoa
Roteiro: Fernando León de Aranoa, Ignacio del Moral
Elenco: Javier Bardem, José Ángel Egido, Luís Tosar, Nieve de Medina, Pepo Oliva
Produção: Elias Querejeta, Jaume Roures
Fotografia: Alfredo F. Mayo
Trilha Sonora: Lucio Godoy
Duração: 113 min.
Ano: 2003
País: Espanha / França / Itália
Cor: Colorido
Objetos:
Inserir imagem centralizada na p.1 ou 2, independente do parágrafo.
Imagem:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fordismo#mediaviewer/Ficheiro:Ford_Motor_Company_as
sembly_line.jpg (Domínio Público – Fotógrafo desconhecido).
Legenda: Produção em massa do Modelo A – Ford (1928).
Objetivo: Dar ao estudante uma visão histórico-concreta de fato histórico
desenvolvido no conteúdo. 
Palavras-chave: (Ford, fordismo, domínio público, indústria)

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