Buscar

Comunicação e processo de comunicaçao

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�PAGE \* MERGEFORMAT�26� Língua Portuguesa – Profa. Jacqueline Andrade
COMUNICAÇÃO E PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A palavra "comunicação" se origina do latim, "communis", "communicare", que significa "comum", "pôr em comum". Portanto, a essência da palavra está associada à ideia de convivência, de comunidade, de relação de grupo, de sociedade. 
A necessidade de se comunicar é intrínseca ao homem, que vive em permanente interação com a realidade que o cerca e com os outros seres humanos, dividindo sua visão de mundo e trocando experiências por meio de um sistema organizado por sinais: a linguagem.
Para se estabelecer comunicação, tem de ocorrer um conjunto de elementos constituídos por: um emissor (ou destinador), que produz e emite uma determinada mensagem, dirigida a um receptor (ou destinatário). Mas para que a comunicação se processe efetivamente entre estes dois elementos, deve a mensagem ser realmente recebida e decodificada pelo receptor, por isso é necessário que ambos estejam dentro do mesmo contexto (devem ambos conhecer os referentes situacionais), devem utilizar um mesmo código (conjunto estruturado de signos) e estabelecerem um efetivo contato através de um canal de comunicação. Se qualquer um destes elementos ou fatores falhar, ocorre uma situação de ruído na comunicação, entendido como todo o fenômeno que perturba de alguma forma a transmissão da mensagem e a sua perfeita recepção ou decodificação por parte do receptor. 
ATIVIDADE
( Leia o TEXTO abaixo e analise o que gerou ruído na comunicação
NÃO FOMOS APRESENTADOS
 Algumas semanas antes do “impeachment”de Collor, 92, o vereador João Pedro ( PC do B) subiu à tribuna da Câmara Municipal de Manaus para atacar o então presidente.
 Exaltado, João Pedro defendia a renúncia imediata de Collor ou sua cassação pelo Congresso Nacional.
 No meio do discurso, a vereadora Lurdes Lopes ( PFL) pediu um aparte ao colega e foi logo dizendo:
Nobre vereador, o presidente Fernando Collor de Mello não disse nada disso. “Disconcordo” totalmente do senhor.
João Pedro não perdoou o erro da parlamentar:
Vereadora, a senhora está agredindo o Aurélio.
Sem perceber que o parlamentar se referia ao dicionário Aurélio, Lurdes passou a berrar, muito contrariada, provocando gargalhadas:
O senhor está fazendo uma acusação totalmente infundada! Jamais falei mal do Aurélio. Aliás não conheço ninguém com esse nome!!
 
 ( Folha de S. Paulo, 11 jan. 2000.p.1-4)
Atividade 2 
Agora, você deverá ir à busca de um outro texto que apresente uma situação em que ocorreu ruído na comunicação. O texto poderá ser uma tirinha em quadrinho ou mesmo uma piada.
2. FUNÇÕES DA LINGUAGEM E INTENÇÃO COMUNICATIVA
Você sabia que todo ato comunicativo tem sempre uma determinada intencionalidade? Afinal de contas, todos nós, quando falamos (ou escrevemos), queremos ser ouvidos, atendidos...não é? Essa intencionalidade pode ser mais ou menos consciente. São essas diferentes intenções que temos em mente, quando falamos em funções da linguagem.
	Função informativa (ou referencial)
	O objetivo primeiro do ato de fala (a intenção do emissor) é transmitir informação sobre algum aspecto da realidade, exterior ou interior. É, de certo modo, a função primária da linguagem, aquela em que pensamos imediatamente, quando falamos em comunicação. O ato comunicativo centra-se predominantemente sobre o contexto. Utiliza frases de tipo declarativo.
	Função expressiva (ou emotiva)
	O ato de fala é utilizado para exprimir o estado de espírito, as emoções, as opiniões do emissor. Ao contrário do que acontece na função informativa (marcadamente objetiva), encontramos aqui uma clara subjetividade. A comunicação centra-se no emissor. Recorre a frases de tipo exclamativo.
	Função apelativa
	A linguagem é utilizada para agir sobre o receptor, para tentar modificar a sua atitude ou comportamento. Assume geralmente a forma de ordens, pedidos ou conselhos. Centra-se no receptor e implica o recurso a formas verbais do imperativo (ou conjuntivo com valor imperativo), ao vocativo e a frases de tipo imperativo.
	Função metalingüística
	A linguagem é utilizada para precisar algum aspecto do código utilizado, geralmente uma língua natural. Exemplo clássico de discursos onde predomina a função metalingüística são as definições dos dicionários e as explicações gramaticais. A comunicação está centrada no código.
	Função fática
	
Neste caso, a linguagem é utilizada para testar o funcionamento do canal e manter o contacto entre o emissor e o receptor. Esta função é mais evidente nas conversas telefônicas e naturalmente preocupa-se sobretudo com o canal.
	Função poética
	A linguagem é utilizada fundamentalmente para produzir prazer estético. Os recursos lingüísticos são dispostos de forma a construir um objeto artístico, capaz de, pela sua configuração, gerar, quer no emissor, quer no receptor, uma sensação de prazer semelhante ao que se obtém com a música ou a pintura
ATIVIDADE
�
1) Estabeleça a relação:
1. Emotiva
2. Referencial
3. Poética
4. Conativa
5. Metalingüística
6. Fática
(   ) Emissor
(   ) Contexto
(   ) Código
(   ) Destinatário
(   ) Mensagem
(   ) Canal de comunicação
�
2) Qual é o objetivo da utilização da função conativa no nome da revista a seguir? Explique.
3) Assinale a opção que apresenta a função da linguagem predominante nos fragmentos a seguir:
�
Sentavam-se no que é de graça: banco de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia do resto do nada. Para a grande glória de Deus.
Ele: – Pois é.
Ela: – Pois é o que?
Ele: – Eu só disse pois é.
Ela: – Mas “pois é” o quê?
Ele: – Melhor mudar de conversa porque você não me entende.
Ela: – Entender o quê?
Ele: – Santa Virgem, Macabéa, vamos mudar de assunto e já.
A) Poética
B) Fática
C) Referencial
D) Emotiva
E) Conativa�
( O texto a seguir refere-se às questões 4 e 5
�
�
- Pai……..
- Hummmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É.Quer dizer,não.Existem dois sexos.Masculino e Feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino.Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
- O sexo pode ser masculino ou feminino.A palavra “SEXO” é masculina.O SEXO masculino,o SEXO feminino.
- Não devia ser “A SEXA”?
- Não.
- Por que não?
- Porque não!Desculpe.Porque não.”SEXO” é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- É.Não!O sexo da mulher é feminino.
- E como é o feminino?
- Sexo mesmo.Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É.Quer dizer…Olha aqui.Tem o SEXO masculino e o SEXO feminino,certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes. 
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não.Ou,são!Mas a palavra é a mesma.Muda o sexo,mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo.É sempre masculino.
- A palavra é masculina .
- Não.” A palavra” é feminino.Se fosse masculino seria “o pal…”
- Chega!Vai brincar ,vai.
O garoto sai e a mãe entra.O pai comenta:
-Temos que ficar de olho nesse guri…
- Por quê?
Ele só pensa em gramática.
 (VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias para se Ler na Escola)
�
 4) Aponte os trechos em que se empregou a função fática.
5) Qual o significado da expressão “ficar de olho”, presente na antepenúltima fala? A que nível de linguagem pertence tal expressão?
A língua e suas variedades – VARIEDADES LINGUÍSTICAS
Uma língua não é falada de maneira igual pelos seus usuários. Não sendo uniforme, podemos observar muitas variações se compararmos, por exemplo, a expressão de gaúchos, pernambucanos, cariocas, mineiros e etc. Essas variações são principalmente de natureza fonética (o que chamamos de sotaque).
	As variações lingüísticas são decorrentes:
do falante: variedades relacionadas à região onde se nasce, ao meio social em que se é criado ou se vive, à profissãoque se exerce, à faixa etária e ao momento histórico.
da situação: variedades que ocorrem em função do interlocutor, do tipo de mensagem e do momento ou contexto. Um advogado, por exemplo, faz diferentes usos de língua ao conversar com um colega de profissão, ao dirigir-se a um juiz no tribunal, ao redigir um bilhete para a secretaria ou os argumentos de defesa de um réu. A esses tipos de variedades dá-se o nome de registros.
Registro é como chamamos a variante lingüística condicionada pelo grau de formalidade existente na situação em que se dá o ato da fala, ou da finalidade, no ato da escrita. Veja quais são e o que caracteriza cada um.
	A linguagem culta ou variante padrão
	Utilizada pelas classes intelectuais da sociedade. É a variante de maior prestígio e aquela ensinada nas escolas. Sua sintaxe é complexa, sem vocabulário mais amplo e há, nela, uma absoluta obediência à gramática e à língua dos escritores clássicos.
	A linguagem coloquial
	Utilizada pelas pessoas que fazem uso de um nível menos formal, mais cotidiano. Relativamente à linguagem culta, apresenta limitação vocabular, revelando-se incapaz para a comunicação do conhecimento filosófico, científico, artístico. Apresenta maior liberdade de expressão, sobretudo no que se refere à gramática normativa. É a linguagem utilizada pelos meios de comunicação de massa em geral, nas suas formas oral e escrita.
	A linguagem popular
	Utilizada por pessoas de baixa ou nenhuma escolaridade. Este nível raramente aparece na forma escrita e caracteriza-se como um subpadrão lingüístico. Na linguagem popular, o vocábulo é bem mais restrito, com muitas gírias, onomatopéias e formas incorretas gramaticalmente (Oropa, pobrema, nós vai, nóis fumo, tauba, estauta, lâmpia, vi ela...). Não há nenhuma preocupação com as regras gramaticais.
GÍRIA, JARGÃO E CALÃO
A gíria e o jargão são os códigos lingüísticos próprios de um grupo sociocultural ou profissional com vocabulário especial, difícil de compreender ou incompreensível para os não-iniciados. 
	Um médico ao explicar um procedimento cirúrgico, um economista ao explicar a desvalorização da moeda ou um advogado ao explicar procedimentos e argumentações lingüísticas empregam jargões próprios de sua profissão. Marginais do tráfico de drogas, surfistas, grupos de rap e policiais, por exemplo, empregam gírias que os identificam e contribuem para a coesão do grupo. As fronteiras entre a gíria e o jargão não são, algumas vezes, bem delimitadas.
O calão (ou baixo calão) é uma realização linguística caracterizada pelo uso de termos baixos, grosseiros ou obscenos, que, dependendo do contexto, muitas vezes chocam pela falta de decoro e desvalorizam socialmente aqueles que o empregam.
Atualmente, graças aos meios de comunicação, assiste-se a um nivelamento de linguagem no registro coloquial.
As variantes lingüísticas podem decorrer das circunstâncias que cercam o ato da fala. Você pode usar uma linguagem mais relaxada no bate-papo informal, mas ao falar com seu chefe ou com uma autoridade procurará cuidar mais da língua e aproximar-se do padrão culto da linguagem. O mesmo ocorrendo com suas mensagens escritas.
Exemplificando:
	Culto 
	“A segunda ignorância que tira o merecimento ao amor, é não conhecer quem ama, a quem ama. Quantas coisas há no Mundo muito amadas, que, se as conhecera quem as ama, haviam de ser muito aborrecidas! Graças logo ao engano, e não ao amor. Serviu Jacó os primeiros sete anos a Labão, e ao cabo deles, em vez de lhe darem a Raquel, deram-lhe Lia. Ah enganado pastor e mais enganado amante! Se perguntarmos à imaginação de Jacó por quem servia, responderá que por Raquel. Mas se fizermos a mesma pergunta a Labão, que sabe o que é, e o que há de ser, dirá com toda certeza que serve por Lia. E assim foi. Servis por quem servis, não servis por quem cuidais.”
 (Pe. Antônio Vieira, Sermão do Mandato)
	Coloquial :
	 “Amigo Pedro:
 Me parece que já seguiram os livros que você me pediu. Queira confirmar, tá? Aqui tudo em ordem. 
 Com um abraço do Salústio.” 
	Popular 
	mãi:
não vou aumoçá em casa pruque meu amigo
mim convidô prá aumoçá na churrascaria, beijo
 (Thiago)
	Gíria
	Trabalhava com penosa e foi em cana.
	Jargão
	O materialismo dialético rejeita o empirismo idealista e considera que as premissas do empirismo materialista são justas no essencial.
ATIVIDADE
( Observe as sentenças e classifique-as conforme o código abaixo:
Língua culta
Língua coloquial
Língua inculta ou vulgar
Língua regional
Língua grupal (jargão)
Língua grupal (gíria)
( ) Não tem problema. Fartou assucar mais tem qejo.
( ) O materialismo dialético rejeita o empirismo idealista e considera que as premissas do empirismo materialista são justas no essencial.
( ) Me faz um favor: vai no banco pra mim.
( ) Você é pai d’égua, sô!
( ) Temos conhecimento de que alguns casos de delinqüência juvenil no mundo hodierno decorrem da violência que se projeta, através dos meios de comunicação, com programas que enfatizavam a guerra, o roubo e a venalidade.
( ) Pai, preciso de grana!
( ) Nóis cunhece o caminho da roça como ninguém.
( ) Cara, se, tipo assim, o seu filho escrever como fala ele tá ferrado.
( ) Trabalhava com penosa e foi em cana.
( ) “Uma das diferenças fundamentais entre o álcool e o fenol é que somente o fenol é capaz de sofrer uma dissociação iônica em solução aquosa exibindo o seu caráter ácido.”
( ) “Amigo Pedro:
 Me parece que já seguiram os livros que você me pediu. Queira confirmar, tá? Aqui tudo em ordem. 
 Com um abraço do Salústio.” 
Vícios de linguagem
Vícios de linguagem são, segundo Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.
Lista de vícios de linguagem
Ambiguidade
Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem ter dois sentidos. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase. A ambiguidade é um caso especial de polissemia, a possibilidade de uma palavra apresentar vários sentidos em um contexto.
Exemplos:
"Onde está a vaca da sua avó?" (Que vaca? A avó ou a vaca criada pela avó?)
"Onde está a piranha da sua mãe?" (Que piranha? A mãe ou a piranha criada pela mãe?)
"Este líder dirigiu bem sua nação"("Sua"? Nação da 2ª ou 3ª pessoa (o líder)?)
"Antes ele andava de Lotação, hoje não anda mais"("Não anda porque"? ficou aleijado ou porque Lotação não leva deficiente físico?).
Obs 1: O pronome possessivo "seu(ua)(s)" gera muita confusão por ser geralmente associado ao receptor da mensagem.
Obs 2: A preposição "como" também gera confusão com o verbo "comer" na 1ª pessoa do singular.
A ambiguidade normalmente é indesejável na comunicação unidirecional, em particular na escrita, pois nem sempre é possível contactar o emissor da mensagem para questioná-lo sobre sua intenção comunicativa original e assim obter a interpretação correta da mensagem.
Barbarismo
Vícios de Linguagem
   Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor. Observe:
Pleonasmo Vicioso ou Redundância
Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase.
Exemplos:
Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
Encontraremos outra alternativa para esse problema.
Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.
BarbarismoÉ o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis: 
Pronúncia
Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica)
 Estou com poblemas a resolver. (problemas)
c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.
Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
O segurança deteu aquele homem. (deteve)
2) Morfologia
Se eu ir aí, vou me atrasar. (for)
Sou a aluna mais maior da turma. (maior)
3) Semântica
Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou)
Estrangeirismos - o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua.
Exemplos: 
O show é hoje! (espetáculo)
Vamos tomar um drink? (drinque)
Solecismo
É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis:
1) Concordância
Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia)
2) Regência
Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao)
3) Colocação
Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)
Cacofonia
A cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que tomar cuidado ao falar para não ofendermos a pessoa que ouve. São exemplos desse fato:
"Ele beijou a boca dela."
"Bata com um mamão para mim, por favor."
"Deixe ir-me já, pois estou atrasado."
"Então agora você irá liberar seu canal para todo mundo?"
Plebeísmo
O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e termos considerados informais.
Exemplos:
"Ele era um tremendo mané!"
"Tô ferrado!"
"Tá ligado nas quebradas, meu chapa?"
"Esse bagulho é 'radicaaaal'!!! Tá ligado mano?"
'Vô piálá'mais tarde ' !!! Se ligou maluco ?
Por questões de etiqueta, convém evitar o uso de plebeísmos em contextos sociais que requeiram maior formalismo no tratamento comunicativo.
Prolixidade
É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua superabundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas idéias. Ao texto prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o leitor.
A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e precisão da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa para dizer exatamente o que se quer.
Pleonasmo vicioso
O pleonasmo é uma figura de linguagem. Quando consiste numa redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença, é considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos pleonasmo vicioso.
Ex:
"Ele vai ser o protagonista principal da peça". (Um protagonista é, necessariamente, a personagem principal)
"Meninos, entrem já para dentro!" (O verbo "entrar" já exprime ideia de ir para dentro)
"Estou subindo para cima." (O verbo "subir" já exprime ideia de ir para cima)
"Tenho certeza absoluta " - (Toda "certeza" é absoluta)
Não é pleonasmo:
"As palavras são de baixo calão". Palavras podem ser de baixo ou de alto calão.
"Não deixe de comparecer pessoalmente." É possível comparecer a algum lugar na forma de procurador.
O pleonasmo nem sempre é um vício de linguagem, mesmo para os exemplos supra citados, a depender do contexto. Em certos contextos, ele é um recurso que pode ser útil para se fornecer ênfase a determinado aspecto da mensagem.
Especialmente em contextos literários, musicais e retóricos, um pleonasmo bem colocado pode causar uma reação notável nos receptores (como a geração de uma frase de efeito ou mesmo o humor proposital). A maestria no uso do pleonasmo para que ele atinja o efeito desejado no receptor depende fortemente do desenvolvimento da capacidade de interpretação textual do emissor. Na dúvida, é melhor que seja evitado para não se incorrer acidentalmente em um uso vicioso.
Solecismo é uma inadequação na estrutura sintática da frase com relação à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
De concordância:
"Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que não vou ao médico.)
"Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.)
De regência:
"Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um filme de época.)
De colocação:
"Me empresta um lápis, por favor." (Empresta-me um lápis, por favor.)
"Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou contente.)
"Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe respondi nada do que perguntou.)
Eco
O eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
"Falar em desenvolvimento é pensar em alimento, saúde e educação."
"O aluno repetente mente alegremente."
O presidente tinha dor de dente constantemente.
Colisão
A repetição de uma mesma, ou semelhante consoante em várias palavras é denominada aliteração. Aliterações são preciosos recursos estilísticos quando usados com a intenção de se atingir efeito literário ou para atrair a atenção do receptor. Entretanto, quando seus usos não são intencionais ou quando causam um efeito estilístico ruim ao receptor da mensagem, a aliteração torna-se um vício de linguagem e recebe nesse contexto o nome de colisão. Exemplos:
"Eram comunidades camponesas com cultivos coletivos."
"O papa Paulo VI pediu a paz."
Uma colisão pode ser remediada com a reestruturação sintática da frase que a contém ou com a substituição de alguns termos ou expressões por outras similares ou sinônimas.
Questão 1
Diante dos enunciados que seguem, analise-os, apontando qual o vício de linguagem predominante nestes:
a – Peguei o ônibus correndo.
b – Por estar inconsciente, não entendi o que realmente quis dizer. Contudo,  possivelmente conversaremos depois. 
c – Aquele ambiente é bastante aconchegante, que tal fazermos um happy-hour, ou talvez um breakfast?
d – Na geladeira há sanduiches de mortandela, coloque-os na bandeija e sirva aos convidados.
e – Durante o evento, não vi ela nem um instante.
f – Suba lá em cima e pegue as encomendas para mim.
Questão - JUSTIFIQUE O PORQUÊ DE A RESPOSTA DA QUESTÃO SEGUINTE SER A LETRA D.
I - Meu pai era homem de imaginação; escapou à tanoaria nas asas de um calembour. Era um bom caráter, meu pai, varão digno e leal como poucos. 
II - Ela tinha agora a beleza da velhice, um ar austero e maternal; estava menos magra do que quando a vi, na vez passada, numa festa de São João, na Tijuca. 
III - Creio que prefere mais a anedota do que a reflexão, como os outros leitores, seus confrades, e acho que faz muito bem. 
Os textos apresentam, respectivamente:
a) cacófato, eco e pleonasmo. 
b) solecismo, cacófato e hiato. 
c) obscuridade, eco e barbarismo. 
d) estrangeirismo, cacófato e solecismo. 
A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento
Antigamente se acreditava que o conhecimento era transmitido, que passava de uma pessoa para outra. É claro que, por mais que se esforçasse, talvez nosso professor de Português não tivesse conseguido nos transmitir as regras da colocação pronominal. (Sabe aquele papo de próclise, mesóclise e ênclise? Não? Fique calmo, quase ninguém se lembra...) O caso é que fizemos a prova e tiramos a nota, mas hoje precisamos escrever uma carta comercial ou um artigo para a revista, mandar um e-mail, procuramos dentro de nós e... onde foi parar? Com certeza, não é um conhecimento disponível no presente. Não aprendemos de fato, pois uma das características da aprendizagem é ser aplicável: não apenas saber, mas poder usar o que se sabe.
Agora, aquela música dos Incríveis... aquela você nunca mais esqueceu! Às vezes se pega cantarolando era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones. Gostando ou não gostando, ela ficou.
Por que a música permaneceu e a mesóclise foi pro espaço?
- Porque a música era fácil. – Alguém diz.
Acontece que outras coisas eram muito mais fáceis e você esqueceu, como o telefone da sua cunhada, enquanto reteve inúmeros dados difíceis, como um vocabulário de centenas de palavras e expressões em Inglês.
Mesmo sem entrar presentemente na relaçãoentre memória e aspectos emocionais/sentimentais, ainda assim podemos entender o que acontece, com a ajuda de modernas teorias da aprendizagem. Elas consideram o conhecimento como sendo uma construção íntima de cada ser, uma elaboração da mente, construindo, desmontando e reconstruindo estruturas de pensamentos, sempre a partir do que percebeu e experimentou.
Há, certamente, os fatores externos, as possíveis estimulações, que são recursos que podem despertar o interesse do aluno para um determinado tema, numa atitude de curiosidade e atenção. Mas a realidade é que ninguém controla o modo como o outro aprende, ou quando chegará a aprender o que pretende ensinar. A prova disso é que aprendemos muito com nossos pais (e não apenas do que esperavam que aprendêssemos!), mas há certas áreas em que eles nunca conseguiram modificar nosso jeito de pensar.
E assim também acontece com as nossas crianças. Dizer que cada criança é um mundo parece clichê, mas é a mais pura verdade. Tudo o que ela já viveu, nesta encarnação e nas anteriores; tudo o que já fez, descobriu, percebeu, intuiu e pensou; os filmes que assistiu, as conversas que ouviu, as histórias que leu; tudo participa do seu modo de ver o mundo e de aprender. Que conceitos adquiridos entram na formação de suas conclusões sobre as coisas? Nunca saberemos totalmente. Mas o que se sabe é que as informações e os exemplos a que se expõe sempre podem influenciá-la mais ou menos intensamente - o que é nossa porta de entrada, como educadores, neste seu mundo tão particular. O que se pode fazer é criar um meio propício, é oferecer, à inteligência, a argamassa, o material de construção em quantidade e qualidade suficientes para que a criança construa suas estruturas de pensamento da melhor maneira, com o melhor tipo de informação e os melhores exemplos possíveis.
E aqui chegamos à importância dos livros e da leitura neste processo.
Ler é saber. O primeiro resultado da leitura é o aumento de conhecimento geral ou específico.
Ler é trocar. Ler não é só receber. Ler é comparar as experiências próprias com as narradas pelo escritor, comparar o próprio ponto de vista com o dele, recriando idéias e revendo conceitos.
Ler é dialogar. Quando lemos, estabelecemos um diálogo com a obra, compreendendo intenções do autor. Somos levados a fazer perguntas e procurar respostas.
Ler é exercitar o discernimento. Quando lemos, colocamo-nos de modo favorável ou não aos pontos de vista, pesamos argumentos e argumentamos dentro de nós mesmos, refletimos sobre opções dos personagens ou sobre as idéias defendidas pelo autor.
Ler é ampliar a percepção. Ler é ser motivado à observação de aspectos da vida que antes nos passavam despercebidos.
Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida.
Rita Foelker
Dicas para analisar, compreender e interpretar� textos
 
É comum encontrarmos alunos se queixando de que não sabem interpretar textos. Muitos têm  aversão a exercícios nessa categoria. Acham monótono, sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu próprio entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literário, essa idéia tem algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os símbolos criados, mas em texto não-literário isso é um equívoco. Diante desse problema, seguem algumas dicas para você analisar, compreender e interpretar com mais proficiência.
 
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. Também não se intimide caso alguém diga que você lê porcaria. Leia tudo que tenha vontade, pois com o tempo você se tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais e, às vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto de partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas vidas. Não fique chateado com comentários desagradáveis.
 
2º - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio.
 
3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas.
 
4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos.
 
5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os estudantes brasileiros. Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 países submetidos ao exame para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil é o pior da turma. A julgar pelos resultados do Pisa, divulgados no dia 5 de dezembro, em Brasília, os estudantes brasileiros pouco entendem do que lêem. O Brasil ficou em último lugar, numa pesquisa que envolveu 32 países e avaliou, sobretudo, a compreensão de textos. No Brasil, as provas foram aplicadas em 4,8 mil alunos, da 7a série ao 2º ano do Ensino Médio.
http://www.seduc.ce.gov.br/cfe/artigo2.htm
 
6º - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas.
 
7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a questão está voltada à idéia geral do texto. 
 
8º - Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que está escrito. Veja um exemplo disso:
 
Texto:
 
Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as atividades menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos.
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes)
 
 
- Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram:
 
a) os portugueses.
b) os negros.
c) os índios.
d) tanto os índios quanto aos negros.
e) a miscigenação de portugueses e índios.
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, 2ª edição. Rio de Janeiro : Impetus, 2003.)
�
9º - Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença de sentido nas frases a seguir. 
a) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes. 
b) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes.
c) Os alunos dedicados passaram no vestibular.
d) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular.
e) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo Rossi.
f) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi.
10º - Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele.
"Sempre fez parte do desafio do magistério administrar adolescente com hormônios em ebulição e com o desejo natural da idade de desafiar as regras. A diferença é que, hoje, em muitos casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à autoridade do professor." (VEJA, p. 63, 11 maio 2005.)
Frase para análise.
Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das escolas privadas. E esse é o grande desafio do professor moderno.
11º- Atenção ao uso da paráfrase (reescritura do texto sem prejuízo do sentido original).
Veja o exemplo: 
Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava também.(Concurso TRE/ SC – 2005)
A frase parafraseada é:
a) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, numa esquina, próximo a uma porta, eu olhei para uma loira e ela também me olhou.
b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trânsito, quando ao olhar para uma esquina, meus olhos deram com os olhos de uma loirona.
c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numaesquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar.
d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, vejo uma loiraça a me olhar também.
12º- Observe a mudança de posição de palavras ou de expressões nas frases.
Exemplos
Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de professores. 
b) Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de professores.
c) Os alunos determinados pediram ajuda aos professores.
d) Determinados alunos pediram ajuda aos professores.
1. NOÇÃO DE TEXTO
O que faz com que um conjunto de signos seja um texto é a TEXTUALIDADE, ou seja, as suas características, a sua qualidade enquanto texto. Vejamos:
Um amontoado qualquer de palavras é um texto? Não, pois não tem textualidade, não compõe um tecido linguístico com sentido interpretável. 
Um texto é o produto do discurso de alguém. Assim sendo, ele é um conjunto de signos que expressa determinada intenção do seu autor, dirigida a um interlocutor. Todo texto traz as marcas do sujeito que o produziu. Então:
todo texto é produzido por alguém (um SUJEITO discursivo) e traz as suas marcas
todo texto é produzido em um determinado tempo e espaço.
o texto tem começo, meio e fim, é um todo. Quando analisamos uma parte de algum texto, perdemos a noção do conjunto. Ou seja, o sentido do texto advém da inter-relação de suas partes.
Veja o exemplo:
Como poderíamos interpretar o texto acima (parte de um cartum)? Ou seja, de acordo com os dois quadrinhos, a lesma Flecha é machista ou não?
Vejamos agora o texto completo:
O último quadrinho nos faz repensar a real posição da lesma Flecha; ela na verdade é machista.
2. TIPOS DE TEXTO
Um texto é, portanto, um conjunto de signos dotados de um sentido coerente, interpretável, com começo, meio e fim. Todo texto, além do SENTIDO, tem uma FORMA. Vejamos resumidamente as formas diversas que podem apresentar os textos:
Há textos verbais (os linguísticos) e não verbais (pintura, desenho, música, dança, gestos, escultura)
Quanto aos textos linguísticos, podem ter a forma de prosa e de poesia. A prosa atende a várias tipologias textuais (texto literário, jornalístico, comercial, jurídico etc), cada qual com suas características
O texto linguístico, prosa ou poesia, pode ser produzido em qualquer variedade da língua, ou seja,
há textos orais e textos escritos;
há textos na língua culta (padrão) e na língua popular (não-padrão). Comparem-se, por ex., a poesia culta de Carlos Drummond de Andrade e a poesia em linguagem popular de Patativa do Assaré;
há, portanto, tantos tipos de textos diferentes quantos tipos diferentes de autor houver. 
3. AS MODALIDADES DE TEXTO - LÍNGUA ORAL E ESCRITA
	Falar e escrever são duas atividades distintas. Embora a escrita seja uma representante da fala, ela não é uma representante fiel, pois são duas situações muito diferentes, que acarretam modos diferentes de composição e editoração do texto. Vejamos as características gerais que diferenciam a fala da escrita:
O R A L 					E S C R I T A
A) As informações não têm de ser completas, po- 	A) Tudo tem de estar bem explicitado
 dem ficar implícitas
B) Os gestos, a expressão do rosto, a entonação da B) Os sinais gráficos (pontuação, negrito,
 voz etc ajudam a completar a mensagem		sublinhado, letras diferentes, cores etc)
							são recursos para completar a mensagem
C) Há muitas redundâncias (repetições) C) Só se usam repetições se forem necessárias para dar clareza ao texto
D) Abreviam-se as palavras (tá, né, pra)		 D) Não se deve abreviar
E) É normal o truncamento da frase (interrupção da
 frase ou mudança de rumo da mesma)		E) É incorreto o truncamento da frase
F) Usam-se marcadores conversacionais (aí, então) F) Não se usam marcadores
G) O mais importante são as regras FUNCIONAIS G)Além das regras funcionais, temos de obedecer às regras da gramática normativa, como ortografia, pontuação, uso de conectivos, concordância etc
	Essas diferenças se explicam por a comunicação oral acontecer com a presença dos interlocutores na mesma situação comunicativa. Ambos se empenham em dar sentido ao que está sendo comunicado: mesmo que o falante interrompa sua frase, por exemplo, o ouvinte pode completar a mensagem e entendê-la. Já na escrita, estando o leitor distante do escritor, a mensagem e as intenções comunicativas do emissor têm de ser muito bem colocadas através das palavras, para que o receptor, mais tarde, consiga entender. É necessário CLAREZA (nada obscuro ou ambíguo) e PRECISÃO (nada sobrando, nada desnecessariamente redundante). A fala é dependente do CONTEXTO, a escrita é dependente do TEXTO. 
EXEMPLO DE TEXTO ORAL
O PORTUGUÊS ORAL – diálogo gravado entre duas senhoras (apud Genouvrier e Peytard) 
A – Qué dizê é ... é sábado dia dois, a gente vem buscá dia dois.
B - É, é sábado.
A - Vai sê no domingo, mas eu vô pra São Paulo, então já venho pegá no dia dois, quer dizê que no domingo é só levá.
B – Qué dizê que a senhora vem pegá no dia dois, De que tamanho?
A – Agora é o seguinte, sabe, D.Rosa, ela tem ... cinquenta pessoas mais ou menos. Que tamanho que a senhora acha que precisa tê?
B – Quatro.
A – Quatro, né?
B – Agora, é um menininho, vai fazê um ano, sabe. Agora, não sei se precisa de algum enfeite.
B – Ah! é sim. Fica tão bonitinho! ...
A – Ah!
B – Nem que for uma carinha de palhaço. Porque né, não sabe nada, não entende muito, né. Com uma carinha de palhaço já ...
A – Então a senhora deixa, eu vô comprá o enfeite na cidade ...
B – Certo e aí a senhora traz ...
A ... e aí depois eu trago e a senhora põe.
B – Certo.
A – Isso, Quatro forma a senhora faz. E quanto sai?
B – Quarenta.
A – Quarenta? Acho que tá bom ...
B – Tá bom. Nossa! Dá bem pra cinquenta pessoas.
A - ... tá bom. E ...
 ... e outra coisa qu’ela perguntou pra mim é das balas.
B – Balas ...
A – Se a senhora faz, se não faz, como é que faz ...
B – Ela qué embrulhada ou desembrulhada?
A – Acho que embrulhá não. Acho qu’ela embrulha.
B – Um quilo a senhora qué?
A – É ... escuta pra ... qué dizê, são 50 pessoas, as crianças ...
B – Um quilo de bala dá 250 balas.
A – E quanto a senhora faz?
B – Qué dizê que não aparece sem embrulhá, mas embrulhada é um colosso, Seis mil.
A – Tá. Já vou encomendá ...
B – Certo. Já deixo marcado ... Como é que a senhora chama mesmo?
A – Meire.
EXERCÍCIOS
Quais as marcas de oralidade que aparecem no texto abaixo?
(transcrição do depoimento ORAL de uma testemunha de um acidente de trânsito)
	E capotou. Quer dizer, a frente do carro dele pegou no primeiro carro; e o segundo ele ficou debruçadinho assim, saca? Aí, né, chegaram: “Ô num sei quê, num sei que lá, qué que houve?” Viraram o carro, né. “Cê tá legal, aí?” “Ô tudo bem, tudo bem. Que cara! Puta, que barbero!” num sei o quê. Aí: “ Ó meu ajuda a desvirar o carro aí”. Desviraram o carro né, e tal e coisa, aí ele falou: “Pô, deixa eu vê se não afetô o motor, né”. Ligou o carro, o carro vruuuum, pegou, e ele, tchibuuuum, queimou o chão, pôs o pé no mundo, né. E foi embora. Preti (1984:75)
Tipologia Textual 
NARRAÇÃO: Desenvolvimento de ações. Tempo em andamento.  
Narrar é contar uma história. A Narração é uma sequência de ações que se desenrolam na linha do tempo, umas após outras. Toda ação pressupõe a existência de uma personagem o que a pratica em determinado momento e em determinado lugar, por isso temos quatro dos seis componentes fundamentais de um emissor ou narrador se serve para criar um ato narrativo: personagem, ação, espaço, e tempo em desenvolvimento. Os outros dois da narrativa são: narrador e enredo ou trama.   
A Narração envolve:
I. Quem? Personagem;
II. Quê? Fatos, enredo;
III. Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
IV. Onde? O lugar da ocorrência;
V. Como? O modo como se desenvolveramos acontecimentos;
VI. Por quê? A causa dos acontecimentos; 
DESCRIÇÃO: Retrato através de palavras. Tempo estático 
Descrever é pintar um quadro, retratar um objeto, um personagem, um ambiente. O ato descritivo difere do narrativo, fundamentalmente, por não se preocupar com a sequência das ações, com a sucessão dos momentos, com o desenrolar do tempo. A descrição encara um ou vários objetivos, um ou vários personagens, uma ou várias ações, em um determinado momento, em um mesmo instante e em um fração da linha cronológica. É a foto de um instante. 
A descrição  pode ser estática ou dinâmica. 
A descrição estática não envolve ação. Ex: Uma velha gorda e suja.
A descrição dinâmica apresenta um conjunto de ações concomitantes, isto é, um conjunto de ações que acontecem todas ao mesmo tempo, como uma fotografia.   
DISSERTAÇÃO:  Desenvolvimento de ideias. Temporais/Atemporais.  
Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de ideias, de juízos, de pensamentos, de raciocínio sobre um assunto ou tema.  
Quase sempre os textos quer literários, quer científicos, não se limitam a ser puramente descritivos, narrativos ou dissertativos. Normalmente um texto é um complexo, uma composição, uma redação, onde se misturam aspectos descritivos, com momentos narrativos e dissertativos e, para classificá-los como narração, dissertação ou descrição, procure observar qual o componente predominante.
3. Dissertação: dissertar é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho
Produção de Texto 
)
Tipologia textual - exercícios
A) Numere os parágrafos a seguir, identificando o tipo de redação apresentado:
(1) descrição (2) narração (3) dissertação
( ) O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um pequeno posto de gasolina daquela rodovia, perguntou a um funcionário onde ficava a cidade mais próxima. Ele respondeu que havia um vilarejo a dez quilômetros dali.
( ) O rapaz, depois de estacionar seu automóvel em um pequeno posto de gasolina daquela rodovia, perguntou:
 ( Onde fica a cidade mais próxima?
 ( Há um vilarejo a dez quilômetros daqui ( respondeu o funcionário.
( ) Nas proximidades deste pequeno vilarejo, existe uma chácara de beleza incalculável. Ao centro avista-se um lago de águas cristalinas. Através delas, vemos dança rodopiante dos pequenos peixes. Em volta desse lago pairam, imponentes, árvores seculares que parecem testemunhas vivas de tantas histórias que se sucederam pelas gerações. A relva, brilhando ao sol, estende-se por todo aquele local, imprimindo à paisagem um clima de tranqüilidade e aconchego.
( ) Acreditamos firmemente que só o esforço conjunto de toda a nação brasileira conseguirá vencer os gravíssimos problemas econômicos, por todos há muito conhecidos. Quaisquer medidas econômicas, por si só, não são capazes de alterar a realidade, se as autoridades que as elaboram não contarem com o apoio da opinião pública, em meio a uma comunidade de cidadãos conscientes.
( ) As crianças sabiam que a presença daquele cachorro vira-lata em seu apartamento seria alvo da mais rigorosa censura de sua mãe. Não tinha qualquer cabimento: um apartamento tão pequeno que mal acolhia Álvaro, Alberto e Anita, além de seus pais, ainda tinha de dar abrigo a um cãozinho! Os meninos esconderam o animal em um armário próximo ao corredor e ficaram sentados na sala à espera dos acontecimentos. No fim da tarde a mãe chegou do trabalho. Não tardou em descobrir o intruso e a expulsa-lo, sob os olhares aflitos de seus filhos.
( ) Joaquim trabalhava em um escritório que ficava no 12º andar de um edifício da Avenida Paulista. De lá avistava todos os dias a movimentação incessante dos transeuntes, os freqüentes congestionamentos dos automóveis e a beleza das arrojadas construções que se sucediam do outro lado da avenida. Estes prédios moderníssimos alternavam-se com majestosas mansões antigas. O presente e o passado ali se combinavam e, contemplando aquelas mansões, podia-se, por alto, imaginar o que fora, nos tempos de outrora, a paisagem desta mesma avenida, hoje tão modificada pela ação do progresso.
( ) Dizem as pessoas ligadas ao estudo da Ecologia que são incalculáveis os danos que o homem vem causando ao meio ambiente. O desmatamento de grandes extensões de terra, transformando-as em verdadeiras regiões desérticas, os efeitos nocivos da poluição e a matança indiscriminada de muitas espécies são apenas alguns dos aspectos a serem mencionados. Os que se preocupam com a sobrevivência e o bem-estar das futuras gerações temem que a ambição desmedida do homem acabe por tornar esta terra inabitável.
( )O candidato à vaga de administrados entrou no escritório onde iria ser entrevistado. Ele se sentia inseguro, apesar de ter um bom currículo, mas sempre se sentia assim quando estava por ser testado. O dono da firma entrou, sentou-se com ar de extrema seriedade e começou a lhe fazer as perguntas mais variadas. Aquele interrogatório parecia interminável. Porém, toda aquela sensação desagradável dissipou-se quando ele foi informado de que o lugar era seu.
( ) Estava parado no ponto de ônibus, quando vi, a meu lado, um rapaz que caminhava lentamente pela rua. Ele tropeçou em um pacote embrulhado em jornais. Observei que ele o pegou com todo o cuidado, abriu-o e viu, surpreso, que lá havia uma grande quantia em dinheiro.
( ) O objeto tem o formato semelhante ao de uma torre de igreja. É constituído por um único fio metálico que, dando duas voltas sobre si mesmo, assume a configuração de dois desenhos (um dentro do outro), cada um deles apresentando uma forma específica. Essa forma é composta por duas figuras geométricas: um retângulo cujo lado maior apresenta aproximadamente três centímetros e um lado menor de cerca de um centímetro e meio; um dos seus lados menores é, ao mesmo tempo, a base de um triângulo eqüilátero, o que acaba por torna-lo um objeto ligeiramente pontiagudo.
( ) A televisão aliena o homem por requisita-lo inteiramente para si, uma vez que as informações que traz são bombardeadas em frações de segundos, não permitindo o menor desvio de sua atenção e nem uma reflexão mais aprofundada devido à rapidez e à quantidade de informações.
PALAVRAS PARÔNIMAS E HOMÔNIMAS = VOCABULÁRIO E CONTEXTO
Homônimas (perfeitas): são palavras escritas e pronunciadas de modo idêntico, mas diferentes nos significados. Podem ser:
a) Homônimas Homófonas: são aquelas iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita e na significação: conserto e concerto; seda e ceda.
b) Homônimas Homógrafas: são aquelas diferentes na pronúncia (timbre fechado e aberto), mas iguais na escrita: colher e colhe(é)r; olho e o(ó)lho.
E, finalmente, as Parônimas que são palavras parecidas na escrita e na pronúncia, mas diferentes no significado: coro e couro; osso e ouço.
A ESTÓRIA DO BURRO QUE NÃO ERA HISTÓRIA
Texto adaptado por Jacqueline Andrade
Há cerca de um ano, houve um acidente com o burro de um camponês,que caiu num poço.Não chegou a se ferir por conta do incidente, mas não balançava a cauda e seu suor parecia calda, e nem podia mais sair dali por seus próprios meios. Por isso, o animal chorou cerca de duas horas fortemente naquele estádio, enquanto o cavaleiro pensava no que fazer. Finalmente, o descargo, o cavalheiro tomou uma decisão cruel: concluiu o desencargo, que o burro já estava muito velho e que o poço já estava mesmo seco, precisava ser tapado de alguma forma.Portanto, não valia a pena se esforçar para tirar o burro de dentro do poço. Russo foi chamar seus vizinhos todos ruços a fim de ajudá-lo a enterrar vivo o burro. Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço. O burro intimorato não tardou a se dar conta do que estavam fazendo com ele, e chorou esbaforidoe espavorido. Porém, para surpresa de todos, o burro quietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou. O camponês, finalmente, olhou estático para o fundo do poço e, extático, surpreendeu-se com o que viu. A cada pá de terra que caía sobre suas costas o burro a sacudia, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos puderam espiar como o burro, esperto e experto, deixou de expiar, conseguindo chegar até a boca do poço, passar por cima da borda e fluir dali válido e fruir de ter sido valido.
A vida vai lhe jogar muita terra, todo o tipo de terra. Principalmente se você já estiver dentro de um poço. O segredo para sair do poço é sacudir a terra que se leva nas costas e ascender sobre ela. Devemos acender todo pensamento negativo. Cada um de nossos problemas é um degrau que nos conduz para cima. Podemos sair dos mais profundos buracos se não nos dermos por vencidos. Use a terra que te jogam para seguir adiante.
Recorde as 5 regras para ser feliz. Preito aos vencedores.
1- Liberte o seu coração do excesso do mal
2- Liberte a sua mente do pleito
3- Siga sua vida intemerato
4- Dê mais e espere menos, o mau da vida é viver
5- Ame mais afim de...
PALAVRAS HOMÔNIMAS E PARÔNIMAS MAIS USADAS
�
absolver: inocentar, perdoar 
absorver: sorver, consumir, esgotar. 
acender: pôr fogo, alumiar 
acidente: acontecimento casual 
incidente:  episódio, aventura 
apreçar: perguntar preço, dar preço 
apressar: antecipar, abreviar 
aprender: tomar conhecimento 
apreender: apropriar-se, assimilar mentalmente 
ascender: subir 
acento: tom de voz, sinal gráfico 
assento: lugar de sentar-se 
acerca de: sobre, a respeito de 
cerca de: aproximadamente 
há cerca de: faz aproximadamente 
acostumar: contrair hábito 
costumar: ter por hábito 
afim de: semelhante a, parente de 
a fim de: para, com a finalidade de 
amoral: indiferente à moral 
imoral: contra a moral, libertino, devasso 
apreçar: ajustar o preço 
apressar: tornar rápido 
aprender: instruir-se 
apreender: assimilar 
arrear: pôr arreios 
arriar: abaixar, descer 
assoar: limpar o nariz 
assuar: vaiar, apupar 
bucho: estômago 
buxo: arbusto 
caçar: apanhar animais ou aves 
cassar: anular 
calda: xarope 
cauda: rabo 
cavaleiro: aquele que sabe andar a cavalo 
cavalheiro: homem educado 
cédula: documento, chapa eleitoral 
sédula: ativa, cuidadosa (feminino de sédulo) 
cela: pequeno quarto de dormir 
sela: arreio 
absolver: inocentar, perdoar 
absorver: sorver, consumir, esgotar. 
acender: pôr fogo, alumiar 
acidente: acontecimento casual 
incidente:  episódio, aventura 
apreçar: perguntar preço, dar preço 
apressar: antecipar, abreviar 
aprender: tomar conhecimento 
apreender: apropriar-se, assimilar mentalmente 
ascender: subir 
acento: tom de voz, sinal gráfico 
assento: lugar de sentar-se 
acerca de: sobre, a respeito de 
cerca de: aproximadamente 
há cerca de: faz aproximadamente 
acostumar: contrair hábito 
costumar: ter por hábito 
afim de: semelhante a, parente de 
a fim de: para, com a finalidade de 
amoral: indiferente à moral 
imoral: contra a moral, libertino, devasso 
apreçar: ajustar o preço 
apressar: tornar rápido 
aprender: instruir-se 
apreender: assimilar 
arrear: pôr arreios 
arriar: abaixar, descer 
assoar: limpar o nariz 
assuar: vaiar, apupar 
bucho: estômago 
buxo: arbusto 
caçar: apanhar animais ou aves 
cassar: anular 
calda: xarope 
cauda: rabo 
cavaleiro: aquele que sabe andar a cavalo 
cavalheiro: homem educado 
cédula: documento, chapa eleitoral 
sédula: ativa, cuidadosa (feminino de sédulo) 
cela: pequeno quarto de dormir 
sela: arreio 
censo: recenseamento 
senso: raciocínio, juízo claro 
cerração: nevoeiro denso 
serração: ato de serrar, cortar 
cesto: balaio 
sexto: numeral ordinal (seis) 
chá: bebida 
xá: título do ex-imperador do Irã 
conserto: reparo 
concerto: sessão musical, acordo 
coser: costurar 
cozer: cozinhar 
cheque: ordem de pagamento 
xeque: lance de jogo no xadrez 
delatar: denunciar 
dilatar: alargar, ampliar 
desapercebido: desprevinido 
despercebido: sem ser notado 
descrição: ato de descrever, expor 
discrição: reservada, qualidade de discreto 
descriminar: inocentar 
discriminar: distinguir 
despensa: onde se guardam alimentos 
dispensa: ato de dispensar 
desapercebido: desprevenido 
despercebido: que não percebeu 
destratado: maltratado com palavras 
distratado: desfazer o acordo, o trato 
discente: referente a alunos 
destinto: que se destingiu 
distinto:diverso, diferente 
docente: referente a professores 
eminente: ilustre, excelente 
iminente:  que ameaça acontecer 
emergir: vir à tona 
imergir: mergulhar 
emigrar: sair da pátria  
imigrar: entrar num país estranho para nele morar 
enfestar: exagerar, roubar no jogo, entendiar 
infestar: causar danos 
esperto: ativo, inteligente, vivo 
experto: perito, entendido 
espiar: observar, espionar 
expiar: sofrer castigo 
estático: firme, imóvel 
extático: admirado, pasmado 
estrato: tipo de nuvem 
extrato: resumo, essência 
flagrante: evidente 
fragrante: perfumado 
fluir: correr 
fruir: gozar, desfrutar 
fusível: aquele que funde 
fuzil: arma 
história: narrativa de fatos reais ou fictícios 
estória (origem inglesa): narrativas de fatos fictícios 
incerto: impreciso 
inserto: introduzido, inserido 
incipiente: principiante 
insipiente: ignorante 
inflação: desvalorização do dinheiro 
infração: violação, transgressão 
infligir: aplicar pena 
infringir: violar, desrespeitar  
intercessão: ato de interceder, de intervir 
interseção/intersecção: ato de cortar 
laço: nó 
lasso: frouxo, gasto, bambo, cansado, fatigado 
lista: relação, rol 
listra: risca, traço 
mal: antônimo de bem 
mau: antônimo de bom 
mandado: ordem judicial 
mandato: procuração 
ótico: relativo ao ouvido 
óptico: relativo à visão 
paço: palácio 
passo:  passada 
peão: aquele que anda a pé 
pião: brinquedo 
procedente: proveniente, oriundo 
precedente: antecedente 
prescrito: estabelecido 
proscrito: desterrado, emigrado 
recrear: divertir, alegrar 
recriar: criar novamente 
ruço: grisalho, debotado 
russo: da Rússia 
sexta: numeral 
cesta: utensílio de transporte 
sesta: descanso depois do almoço 
sortir: abastecer 
surtir: produzir efeito 
Palavras homógrafas: mesma grafia mas com significações diferentes. 
A relação abaixo mostra palavras escritas de forma idêntica, mas possuem a sílaba tônica  em posição diferente (proparoxítonas e paroxítonas): 
crédito  (substantivo)- credito (verbo) 
crítica (substantivo) - critica (verbo) 
cópia (substantivo) - copia (verbo) 
filósofo (substantivo) - filosofo (verbo) 
tacha: pequeno prego 
taxa: tributo 
tachar: censurar, pôr defeito 
taxar: estipular 
tráfego: movimento, trânsito 
tráfico: comércio lícito ou não 
vadear: passar ou atravessar a pé ou a cavalo 
�
Dúvidas gráficas�
Complete as frases com hora ou ora.
É ______________ de sairmos.
Meu relógio _____ dá a________ certa, ________não.
Ocupava seu tempo ____________ lendo, _______ não.
É o estudo que ____________ me preocupa.
 2) Use demais ou de mais, conforme convier:
	
Demais (advérbio) = muito, bastante, além disso
De mais (locução adjetiva) = antônimo de de menos
 
Gosto ____________ de meu trabalho.
Estou com dinheiro_____________.
Estudei __________________ ; preciso descansar.
Um amor ______________é sempre perigoso porque faz sofrer ________.
Comprei livros __________ e agora não tenho onde guardá-los.
Num dos lados da rua havia casas ____________________ .
Essa garota é linda _______________.
Ele morreu porque sabia____________.
Era aluno esforçado ________________ : para ele, estudar muito era nada______ .
Vocês dois podem sair agora; os _________________ esperarão a sua vez. 
3) Preencha com mau ou mal.
_________cheguei, todos me procuraram.
Estás muito ________________ informado.
Procedeu ___________ ; logo, foi punido.
Não faças __________ a ninguém.
Livrai-nos do ____________, Senhor.
Isto é ________________ sem cura.
Quem é ____________ vive sempre triste.
_________________ saíste, eu também saí.
Remédio algumservia para a cura de seu _____________.
Quem não lê, __________________ entende as coisas.
4) Preencha adequadamente as lacunas com acerca ou há cerca.
______________ de dez oradores falando _______________ de poluição.
Comentou-se muito _________________ de ecologia.
O auditório estava repleto ___________________ de duas horas.
5) Preencha as lacunas adequadamente, usando a, à ou há.
_________ pouco sairemos do zoológico.
Daqui __________ pouco sairemos do zoológico.
Encontrei- _________ no parque.
A cidade fica ________ poucos quilômetros daqui.
Daqui _____________ tempos haverá novas provas.
De hoje ________ três dias sairão os resultados.
______________ cerca de vinte pessoas _________ espera.
____________ sempre descontentes da vida.
De hoje _______ três dias sairá publicada a concorrência.
Daqui _________ tempos haverá novo curso.
Está na cidade _________ três dias, aproximadamente.
6)Complete as frases abaixo com uma das expressões, conforme convenha. 
	
A fim de (= para); afim (= que tem afinidade); de repente, por isso (sempre separados)
1 Como são pessoas _________ , vão ao juiz __________ se casarem.
2 O carro estava sem gasolina______________ parou .
3 Lutamos hoje ______________ que nossos filhos vivam melhor amanhã.
4 Nossos interesses são____________;__________nos associamos.
7) Complete as lacunas substituindo a palavra em destaque pelo seu antônimo.
	
Mal (se o contrário é bem) ; mau (se o contrário é bom) 
Ontem acordei de bom humor. Hoje acordei de ___________________ humor.
Fiquei em boa situação. Fiquei em _______________ situação.
Isso é bom olhado. Isso é ________________ olhado.
Teve boa educação, porém fez _____________ -criação.
Tudo foi bem entendido? Não, houve um ________________ -entendido.
Caí de bom jeito, não de ________________ jeito.
8) Complete com mas ou mais, conforme convenha.
É esperta do que a outra, _______________ não a engana.
São ______________ novas, ___________ parecem ____________ velhas.
Tenha _________________ amor e menos confiança, ___________ , não desconfie de mim.
Dou-lhe muita vitamina, _____________ ele não cresce, por ________ que eu faça.
O mar parecia furioso, ____________ ele não cresce, por _______ que eu faça.
O mar parecia furioso, ______________ estava belo.
Cheguei ________________ cedo.
Antigamente estudava-se _________________.
Ele trabalhava muito, ________________ continuava pobre.
Não é ________________ diretor.
9) Empregue adequadamente porque, porquê, por que, por quê.
	porque (resposta / causa/ justificativa)
porquê (substantivo = o motivo)
por que (= pelo qual) 
por quê (final de frase interrogativa)
Não sabes __________________?
Não sabes o ​​​​​​_______________________ da dúvida.
Foi tragado pelas águas _____________________ não sabia nadar.
Foste com eles _______________?
Sabes ___________________ caminhos deves andar.
 __________________ viajaste?
_______________ choras sem razão?
É nobre a causa __________________ lutava.
Ignoro as razões ___________ saíste cedo.
Quem poderá conhecer o ______________________ das coisas?
Descobri ________________ motivo vieste tarde.
Pergunto ____________ razão vieste tarde.
O professor perguntou __________________ razão eu não viera ontem.
A diretora quis saber ______________ meu irmão se atrasara.
O futuro ______________ anseias está próximo.
Ninguém o atendia _________________, não participei.
Eu, __________________ tivesse medo, não participei.
Ninguém o atendia ___________________ exigia soluções impossíveis.
 _______________ não me visitaste mais?
Tu me delataste _____________________ ?
10) Complete com vês ou vez
Não sei qual foi a última ______________ que estive com você.
____________ por que há tanto exercício errado?
Chegou sua ________________ de falar.
Como ______________ de falar.
_________ por outra, tu _____________ a doente.
Concordância Verbal e Nominal
Iremos estudar as regras de concordância, a partir da resolução dos exercícios.
A proposta é refletir sobre o que levou efetuarmos cada concordância nas frases abaixo. Vamos lá?
Um forte abraço,
Profa. Jacqueline Andrade
Faça a Concordância Correta Rasurando o verbo correto:
�
 [Basta / Bastam] duas pessoas para arrombar a porta
. [Vai fazer/ Vão fazer] cem anos que nasceu o genial artista.
Conhecido o resultado da votação, [choveu / choveram] vaias.
Aqui, [choveu / choveram] vários dias.
[choviam / chovia] pétalas de flores.
[Faz / Fazem] vinte minutos que estou a sua espera.
. [Haviam / Havia] muitos anos que não vinha ao Rio
. Talvez ainda [haja / hajam] vagas naquela escola. 
. [Fazem / Faz] hoje precisamente sete anos.
Na cidade [havia / haviam] poucos médicos.
 [Falta / Faltam] um minuto e dez segundos.
Nossa! Já [é / são] meia-noite.
. Hoje [é / são] dia dois de abril 
. Os Estados Unidos [é / são] um país rico.
Minas Gerais [são / é] um belo estado.
. Os Andes [fica / ficam] na América do Sul.
A maior parte dos carros [tinham / tinha] defeitos.
O bando [fuçava / fuçavam] a casa deserta.
A maioria [está / estão] contra o aumento do pão.
O Amazonas [correm / corre] para o mar.
. Os Lusíadas [tornaram / tornou] Camões imortal.
Os Imigrantes [agradou / agradaram] os telespectadores
Vossa Excelência [agiu / agistes] com moderação.
. Vossa Senhoria [está / estais] melhor agora?
Vossa Senhoria me [entendeu / entendestes] mal.
EXERCÍCIO
1. Complete as frases com as palavras dos parênteses, fazendo a devida concordância. 
�
a)    O honesto calabrês da quitanda não quis vender os limões * . (amarelados)
b)    O Bixiga e a Barra Funda são *. (populoso)
c)    Os festejos e as procissões são *  ao santo do dia. (oferecido)
d)    Pai e filha pareciam *. (desgostoso)
e)    No teatro eles ficaram com * lugar e companhia. (péssimo)
f)     Procuravam demonstrar carinho e afeição *. (materno)
g)    A vegetação rasteira e o cacto  estavam *  pelo sol escaldante. (seco)
h)   O sorriso, o afeto e a emoção eram * com dificuldade. (demonstrado)
i)     Conhecemos o pasto, o curral e a casa de máquinas* pelo empregado-modelo. (cuidado)
j)     Encontramos o professor e a diretora *  a organizar a festa beneficente. (disposto)
k)    * os meses, esqueceu-se da mulher que o abandonou. (passado)
l)     As rádios e os jornais que comunicaram a notícia * continuavam * . (proibido - censurado)
m)  Um e outro jornal apresentaram os culpados e as vítimas *  . (entrevistado)
�
2. Complete as frases com as palavras dos parênteses, fazendo a devida concordância.
�
a)    Recebemos *  o recibo da administradora do prédio. (incluso)
b)    Os braços eram *   pequenos para receber tantas flores, (demasiado)
c)    As mãos estavam *   fechadas, escondendo o tremor de susto. (meio)
d)    *   a esta carta segue a fotografia das crianças. (anexo)
e)    *   a esta carta seguem os comprovantes do Imposto de Renda. (anexo)
f)     Era ela *   que cozinhava todos os dias. (mesmo)
g)    Ao meio-dia e *   nós estávamos *   com o carnê, evitando que a dívida fosse ao cartório. (meio - quite)
h)   É  a luta pela democracia. (necessário)
i)     Era *   entrada para menores de dezoito anos. (proibido)
j)     Essa pimenta não é  para o tempero. (bom)
k)    Verdura é *   para a saúde. (bom)
l)     Eram *   as frutas estragadas. (bastante)
m)  Os brinquedos custam *  . (caro)
n)   Andei por *   terras. (longe)
o)    Os brinquedos são *  . (caro)
p)    Por causa dos caçadores, os guardas-florestais ficavam *  . (alerta)
q)    Eles estavam *   na sala. (só)
r)     Aqui há *   bagunça do que lá. (menos)
�
3. Identifique, corrija e copie as frases que apresentam concordância inadequada, explicando a concordância. 
�
a)    Eu mesmo faço isso − disse a garota.
b)    O pintor brasileiro e o argentino expuseram seus quadros juntos.
c)    Muito obrigada − disse o rapaz à moça.
d)    A namorada falava consigo mesmo, apaixonadíssima.
e)    Os escritores português e espanhol tiveram suas obras traduzidas para o inglês.
f)     As casas eos sobrados antigos foram tombados pelo governo.
g)    O primeiro e o segundo aluno desta fileira irão à lousa.
h)   Neste recinto , é proibido a entrada de pessoas sem documentos.
i)     Seguem anexos às provas os resultados dos exercícios.
j)     Roberto está quites com o Serviço Militar.
k)    Na próxima reunião, será necessário a sua presença.
l)     Pimenta não é bom para a saúde.
m)  Foi desnecessário sua ajuda neste trabalho.
n)   As próprias requerentes da benfeitoria entregaram o documento ao prefeito.
o)    A firma declarou não haver recebido inclusa ao pedido a relação de mercadorias.
p)    Aquele casal tem bastante amigos.
q)    Comiam e bebiam bastante naquele lugar.
r)     Depois do tombo, a mulher levantou meia tonta.
s)    Enquanto ficamos sós, não dissemos uma palavra.
t)     Quanta menos gente, melhor.
u)   Os soldados permaneceram alerta durante a manifestação.
v)    Os amigos chegaram e vieram direto para minha casa. 
CRASE
Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à. 	
Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase. 
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto. 	
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira. 	
É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.Veja: 
Exemplos: Sairei às duas horas da tarde. 	
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil. 	
Quero uma pizza à moda italiana. 
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia). 
1 - Use o acento grave indicativo da crase quando julgar necessário:
�
21. Ele se referiu a carta de boas-vindas. 
22. Entregou o documento as secretárias. 
23. Sua camisa é igual a do meu pai. 
24. Fez referência as que foram ao passeio. 
25. Ontem ele foi aquela ilha. 
26. Já foi a Angra e a Bahia. 
27. Estamos a sua disposição. 
28. Entregou a carta a Claudia. 
29. Ele escreve a Jorge Amado. 
30. Hoje, temos churrasco a Osvaldo Aranha. 
31. Não vendemos a prazo. Só vendemos a vista. 
32. Vamos falar as claras. 
33. Entre sempre a direita. 
34. É preciso sentar-se a mesa. 
35. As vezes eles nos visitam. 
36. A reunião começará as 10h.
37. A reunião será a partir das 10h. 
38. Trabalhamos de segunda a sexta, das 8h as 18h. 
39. A reunião será de duas a quatro horas. 
40. Ele ficará aqui até as 18h. 
41. Todos podem andar a cavalo. 
42. Começou a reclamar. 
43. Referia-se a uma antiga estrada lateral.
 44. Entregou a tolha a alguém da portaria. 
45. Estamos atentos a essa tendência. 
46. Ofereceu o prêmio a ela. 
47. Entregou o documento a Vossa Excelência. 
48. Referia-se a situações estranhas. 
49. Ficou frente a frente com o animal. 
50. Esta é a pessoa a quem oferecemos o convite. �
Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa
Regras da nova reforma ortográfica
Novas regras 
Com o Acordo, o alfabeto passou a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y". O texto traz alterações significativas na acentuação de algumas palavras, extingue o uso do trema, e padroniza a utilização do hífen. A partir de agora, não é errado escrever "micro-ondas" --com hífen-- e "antissocial" --sem hífen. Também é correta a grafia das palavras "ideia" e "assembleia" sem acento. 
Veja as regras do Acordo Ortográfico
O uso do trema, por exemplo, foi banido - palavras como "consequência", "linguiça" e "pinguim" não usam mais o sinal gráfico.
O uso dos acentos também mudou. Palavras paroxítonas que antes eram acentuadas, como "paranoia", "jiboia", não levam mais o acento. A regra vale para ditongos abertos terminados em "éi" e "ói".
Outra novidade é o fim do uso do acento diferencial em palavras como "pára" (com o significado de parar) e "para" (preposição"). Há dois anos, a frase "protesto para a avenida Paulista" não permite mais acento diferencial, por exemplo.
Veja a tabela abaixo:
	A nova reforma ortográfica
	Mudança
	Nova regra
	Regra antiga
	Exemplos / como fica
	Alfabeto
	O alfabeto agora é formado
oficialmente por 26 letras,
incluindo "k", "w" e "y"
	As letras "k", "w" e "y" 
não estavam em 
nosso alfabeto
	Kiwi, yanomâmi, byron, watt
	Trema
	O trema foi extinto na
língua portuguesa. Ele 
permanece só em casos de 
nomes próprios estrangeiros
e seus derivados
	Pela regra antiga, escrevia-se cinqüenta, lingüiça, pingüim
	Aguentar, frequência, linguiça, tranquilo, delinquir, eloquente, consequência. Exceções: müller
	Acento agudo 1
	Palavras com com ditongos
abertos "éi" e "ói" não são 
mais acentuadas, se a 
penúltima sílaba for a mais 
forte (paroxítonas)
	Palavras como alcalóide,
bóia e Coréia 
recebiam acento
	Europeia, Pompeia, paranoia. Continuam com acento: herói, lençóis, chapéu, pastéis, ilhéu, céu (pois são oxítonas)
	Acento agudo 2
	Ainda em palavras 
paroxítonas, não se acentua 
mais os "i" e o "u"tônicos,
se eles vierem depois
de um ditongo
	Palavras como boiúna, feiúra e bocaiúva recebiam acento
	Bocaiuva, feiura, boiuna
	Acento agudo 3
	O acento caiu do "u" tônico
em expressões como "tu 
redarguis", "eles arguem" e 
outras do presente dos 
verbos arguir e redarguir
	Expressões como "tu redargúis" e "ele argúi" recebiam acento
	Tu arguis, ele argui, vós arguistes
	Acento agudo 4
	Não se usa mais acento em 
verbos terminados em "guar", 
"quar" e "quir", quando 
forem flexionados e
tiverem "u" tônico
	Usava-se acento em "eu enxagúo", "tu enxagúas", "ele apazigúe", 
"ele obliqúe"
	Eu enxaguo, eu averiguo, tu obliques, que ele averigue
	Acento circunflexo 1
	Caiu o acento nas palavras 
terminadas em "ôo(s)" e "êem"
- essas últimas conjunções da 
terceira pessoa (eles/elas) do
plural do presente do 
indicativo ou do subjuntivo
	Palavras como vôo, enjôo, dêem, crêem e lêem recebiam circunflexo
	Enjoo, voo, perdoo, abençoo, creem, deem, leem, releem, reveem
	Acento diferencial
	Era usado para identificar 
palavras que têm a mesma
pronúncia (homófonas, como 
"pára" e "para")
	Expressões como "eu jogo pólo" eram acentuadas
	"Eu jogo polo", "meu cão tem pelos cinza", "comi a minha pera", "protesto para a avenida". Exceções: pôr e pôde
	Hífen 1
	Não se usa mais em prefixo
terminando com vogal e com
o sufixo começando com "s"
ou "r". Nessa situação, a 
consoante é duplicada
	Palavras como 
anti-religioso, anti-semita, contra-regra
recebiam hífen
	Contrassenha, antirracista, antissemita. Exceções: super-resistente, hiper-requintado (quando o prefixo e o sufixo terminam em "r"
	Hífen 2
	Não se usa mais hífen
em prefixo e sufixo 
terminando e começando 
com vogais diferentes
	Palavras como auto-estrada, extra-escolar, infra-estrutura 
recebiam hífen
	Autoestrada, autoensino, infraestrutura, extraescolar
	Hífen 3
	Não se usa em prefixo
terminado por consoante e o
sufixo começando por vogal
	Palavras como hiper-ativo, super-econômico, super-amigo recebiam hífen
	Interescolar, interestadual, superaquecimento, hiperacidez
	Hífen 4
	Palavras em que houve perda
da noção de composição não
têm mais hífen
	Manda-chuva, pára-quedas, pára-lama, pára-choque, pára-brisa
	Mandachuva, paraquedas, paraquedista, parachoque, parabrisa
	Hífen 5
	Locuções de vários tipos 
não usam mais hífen
(substantivas,adjetivas,
pronominais, verbais,
adverbiais, prepositivas)
	Água-de-colônia,
arco-da-velha,
cor-de-rosa,
pé-de-meia
	Cão de guarda, fim de semana, água de colônia, arco da velha, cor de rosa
	Hífen 6
	O hífen deve ser usado
quando o prefixo e o sufixo
terminam e começam com
a mesma vogal
	Microondas, microorganismo eram escritas sem hífen
	Micro-ondas, micro-organismo
	 
	Veja o que não muda com a reforma ortográfica
	Sinal gráfico
	Regra
	Exemplos / como fica
	Acento
	A acentuação dos verbos "ter" e "vir" e seus derivados continua com circunflexo; palavras com mais de uma sílaba também continuam com o acento agudo
	Elas têm, eles vêm, ele detém, ele intervém
	Hífen 1
	Permanece o hífen em expressões compostas comuns, sem preposições, quando o primeiro elemento for numeral, verbo, substantivo ou adjetivo
	Boa-fé, guarda-chuva,
criado-mudo
	Hífen 2
	Em nomes de países e locais geográficos com "grã" e "grão", como Grã-Bretanha, permanece o hífen; em verbos também no mesmo caso de cidades e países
	Grã-Bretanha, Grão-Pará
	Hífen 3
	Hífen continuanas expressões compostas que designam espécies vegetais e animais
	Não-me-toques, joão-de-barro, feijão-verde, coco-da-baía,
erva-doce
	Hífen 4
	Ao usar o prefixo "mal", mantém-se o hífen antes de vogais, e também em expressões com "h" ou "l"
	Mal-humorada, mal-acabado, mal-afamado, mal-estar
	Hífen 5
	Nos seguintes prefixos, o hífen continua: "além", "aquém", "recém", "bem" e "sem"
	Bem-estar, além-mar, aquém-oceano, recém-casado, 
recém-nascido
	Hífen 6
	Expressões com duas palavras, os chamados "encadeamentos vocabulares", levam hífen
	A ponte Rio-Niterói; a relação patrão-emp
Exercício sobre a nova reforma ortográfica da Língua Portuguesa
Avalie se as palavras em negrito nas sentenças abaixo estão corretas ou incorretas, segundo as novas regras ortográficas.
1. A crise financeira dos EUA pode trazer conseqüências para o Brasil.
( ) certo ( ) errado
2. Quando ele para para pensar, desiste.
( ) certo ( ) errado
3. Livro de auto-ajuda permanece no topo da lista dos mais vendidos.
( ) certo ( ) errado
4. A sonda Phoenix realizou um pouso histórico no pólo Norte de Marte.
( ) certo ( ) errado
5. O consumo frequente de álcool durante a juventude causa danos ao cérebro.
( ) certo ( ) errado
6. A idéia do presidente é que todos os países se unam contra o aquecimento.
( ) certo ( ) errado
7. O empresário deve cumprir pena por roubo em regime semiaberto.
( ) certo ( ) errado
8. Avião permitirá que passageiros fumem durante o vôo.
( ) certo ( ) errado
9. O síndico marcou uma assembleia para decidir sobre a reforma do prédio.
( ) certo ( ) errado
10. Pesquisa revela que 97% dos brasileiros crêem em Deus.
( ) certo ( ) errado
11. A estréia de Katie Holmes foi marcada por protestos.
( ) certo ( ) errado
12. O coautor do estudo explicou que a descoberta ajuda no tratamento do câncer.
( ) certo ( ) errado
13. Os homens mais vaidosos já encontram no mercado tipos de creme antirrugas.
( ) certo ( ) errado
14. Ela perdeu tudo que estava dentro da caixa de joias.
( ) certo ( ) errado
15. Cerca de 5% da população mundial têm comportamento anti-social.
( ) certo ( ) errado
16. O ex-vereador participou da reunião extraoficial durante a madrugada.
( ) certo ( ) errado
17. No momento decisivo, ele recuou e desistiu de saltar de pára-quedas.
( ) certo ( ) errado
18. Eu apoio qualquer acordo entre os países.
( ) certo ( ) errado
19. Ele achou a nova estátua uma feiura.
( ) certo ( ) errado
20. O pêlo do gato pode causar danos à saúde.
( ) certo ( ) errado 
1 – ERRADO / 2 – CERTO / 3 – ERRADO / 4 – ERRADO / 5 – CERTO / 6 – ERRADO / 7 – CERTO / 8 – ERRADO / 9 – CERTO / 10 – ERRADO / 11- ERRADO / 12 – CERTO / 13 – CERTO / 14 – CERTO / 15 – ERRADO / 16 – CERTO / 17 – ERRADO / 18 – CERTO / 19 – CERTO / 20 – ERRADO
Material retirado de http://www.portuguesaonline.blogspot.com/
LINGUAGEM CONOTATIVA - FIGURAS DE LINGUAGEM – EXERCÍCIO
Identifique as figuras usadas nas frases abaixo:
O bonde passa cheio de pernas.
O gato é preguiçoso como uma segunda-feira.
Não fique pensando que o povo é nada.
Uma coisa triste no fundo da sala./ me disseram que era Chopin.
Coitado do Durval: não foi feliz na prova.
Gastei  rios de dinheiro no meu curso de computação.
Os carros não andam, voam.
O vento beija meus cabelos,      as ondas lambem minhas pernas,      o sol abraça o meu corpo,       o meu destino é ser star.
O noivo da minha irmã pediu a mão dela em casamento.
As pessoas vão e vêm, entram e saem.
A mim, não me convidaram para o torneio de vôlei.
Há males que vêm para o bem.
O rapaz saltou da ponte da vida.
Meu verso é sangue ... Volúpia ardente.
Estou esperando você há séculos!
As pessoas aqueciam-se ao pé das grandes fogueiras.
A vida é um incêndio.
Cantava muito Chico Buarque.
O rei do futebol esteve presente na homenagem.
Era uma pessoa que não raramente faltava com a verdade.
Pra se viver, há de se sentir a morte.
Meus olhos desmaiaram de emoção ao vê-la.
Leia este trecho do poema outro noturno, de Murilo Mendes.
                   A Baía de Guanabara, diferente das outras baías, é camarada,
                   recebe na sala de visitas todos os navios do mundo
                   e não fecha a cara.
                   tudo perde o equilíbrio desta noite.
                   as estrelas não são mais constelações célebres,
                   são lamparinas com ares domingueiros.
Para se referir às águas da baía, qual a metáfora empregada pelo poeta?
 indique em que versos ocorrem as seguintes figuras:
       personificação-                                                      metáfora 
REFERÊNCIA
FERREIRA, Mauro. Redação Comercial e administrativa: Gramática Aplicada, Modelos, Atividades Práticas. São Paulo, FTD, 1996
MEDEIROS, João Bosco. Comunicação escrita: a moderna prática da redação. São Paulo: Ed. Atlas , 1991. 
_________. Redação Empresarial. 7ª ed. São Paulo, Atlas, 2005.
SANTOS, Ailton. Redação sem medo nem segredos. 2ª ed. São Paulo, Navegar, 1994.
� Disponível em http://www.mundovestibular.com.br/articles/4449/1/Dicas-para-Analisar-Compreender-e-Interpretar-Textos/Paacutegina1.html
�PAGE �

Outros materiais