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Inclusão do estudante com paralisia cerebral

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UNEB – UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – PARFOR
CURSO DE PEDAGOGIA
ADRIANA MENDES NASCIMENTO
A INCLUSÃO DO ESTUDANTE DE PARALISIA CEREBRAL NO CONTEXTO DA ESCOLA REGULAR
.
 
 Ruy Barbosa – Bahia 
 2014
 
ADRIANA MENDES NASCIMENTO
A INCLUSÃO DO ESTUDANTE DE PARALISIA CEREBRAL NO CONTEXTO DA ESCOLA REGULAR
Monografia apresentada à Universidade do Estado da Bahia como requisito parcial á obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia. Orientadora: Profª Mestre: Rita de Cássia A. F. Moraes.
 Ruy Barbosa – Bahia
 2014
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ADRIANA MENDES NASCIMENTO
A INCLUSÃO DO ESTUDANTE DE PARALISIA CEREBRAL NO CONTEXTO DA ESCOLA REGULAR
 
Monografia apresentado à Universidade do Estado da Bahia como requisito parcial á obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia.
 Aprovada em ____ de __________ de 2014
Orientadora: Profª Mestre Rita Moraes
Universidade do Estado da Bahia 
Profª____________________________________
Universidade do Estado da Bahia 
Prof ______________________________________
Universidade do Estado da Bahia 
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Dedico este trabalho de conclusão da graduação à minha mãe amada, mesmo não estando entre nós, aos meus irmãos, filhos, namorado e amigos que de muitas formas me incentivaram e ajudaram para que fosse possível a concretização deste trabalho.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus pela conquista.
Agradeço a todas as pessoas do meu convívio que acreditaram e contribuíram, mesmo que indiretamente, para a conclusão deste curso.
Aos meus filhos que mesmo inconscientemente me incentivaram, sendo além de irmãos amigos, a correr atrás dos meus objetivos, agradeço de coração.
A minha orientadora, professora Rita de Cássia pelo empenho, paciência e credibilidade, obrigada por tudo. 
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Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão
Paulo Freire
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RESUMO
A educação da pessoa com deficiência passou por vários momentos ao longo da história até que fosse estabelecida uma filosofia de inclusão de fato deste público no contexto social e, principalmente, no espaço escolar. Assim, algumas questões que perpassam o processo de escolarização da criança com necessidades educacionais especiais, especialmente daquelas com paralisia cerebral, foi o tema do presente estudo, buscando refletir sobre as formas possíveis de se efetivar a escolarização deste tipo de alunado nas classes das escolas regulares inclusive sobre o uso da tecnologia assistiva e integração dessa tecnologia nos diferentes ambientes como a casa, a escola, a comunidade e o local de trabalho.
O projeto de pesquisa em questão teve por objetivo geral compreender como ocorre o processo de inclusão do estudante de PC no contexto da escola regular investigando esta temática por meio da análise das produções científicas publicadas a fim de se identificar suas contribuições para entender as implicações deste tipo de deficiência para a escolarização de crianças e jovens que a portam tendo como objetivos específicos conhecer como se dá o processo de ensino e aprendizagem do estudante de PC no contexto da escola regular; identificar os principais dilemas presentes no processo de inclusão deste estudante e refletir sobre os desafios postos à sua inclusão no contexto da escola. Acreditamos que o educador pode ajudar a disseminar a aceitação do diferente na busca de ações que elimine qualquer tipo de preconceito em relação às pessoas com necessidades especiais.
PALAVRAS CHAVE: Inclusão. Paralisia cerebral. Escola regular e Tecnologia Assistiva
 
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ABSTRACT
The education of the disabled person has undergone various times throughout history until it was established a philosophy of inclusion of this fact public in the social context, and especially at school. Thus, some issues that pervade the educational process of children with special educational needs, especially those with cerebral palsy, was the subject of the present study, an attempt to reflect on possible ways to accomplish this type of schooling pupils in classes of mainstream schools including on the use of assistive technology and integration of this technology in different environments such as home, school, community and the workplace. 
The research project in question had the overall objective of understanding how the process of inclusion of student PC occurs in the context of regular school investigating this issue through analysis of scientific production published in order to identify their contributions to understand the implications of this type disability for the schooling of children and young people to carry with specific objectives to know how is the process of teaching and student learning in the context of the PC regular school; identify the main problems present in the inclusion of student process and reflect on the challenges posed to its inclusion in the school context. We believe that the educator can help spread the acceptance of different actions in seeking to eliminate any kind of prejudice towards people with special needs. 
KEYWORDS: Inclusion. Cerebral palsy. Regular school and Assistive Technology
 
 
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SUMÁRIO
Introdução: ...........................................................................			10
1. Um mergulho na história da educação especial e inclusiva.		12
1.1 Paralisia cerebral: conceitos e características..................		15
1.2 A escola regular e o estudante com paralisia cerebral (pc).		17
2. A tecnologia assistiva (ta) e o processo de ensino e aprendizagem do estudante de PC....................................................................			22
3. Uma reflexão acerca dos dilemas e desafios postos ao
processo de inclusão de estudante com PC.........................			26
Considerações finais.............................................................			30
Referências bibliográficas .....................................................			32
 
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INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas a presença dos estudantes com deficiências têm sido uma constante no contexto das escolas regulares de ensino. Tal fato deve-se a concretização de legislações específicas voltadas à modalidade da Educação Especial na Perspectiva de uma Educação Inclusiva que respeite o direito de aprender e de ser diferente dessas pessoas, no contexto da escola. Antigamente, a educação voltada para esses estudantes restringia-se aos espaços segregativos, em instituições especializadas. Atualmente, em função da democratização do ensino e da igualdade de oportunidades, surgiu uma nova terminologia: NEE (Necessidade de Educação Especial) que indica que a sua finalidade é educar os alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular. Indica antes de tudo, o tipo de escola, sua flexibilidade curricular e o preparo dos professores para conduzir o processo de ensino com alunos muito heterogêneos que permitirão que um aluno, mesmo com NEE graves e permanentes, seja escolarizado numa classe comum, com apoios para o professor e para o próprio aluno. Observa-se que pouco a pouco esses estudantes vêm sendo incluídos nas classes regulares de ensino.
Os estudantes com Necessidades Educacionais Especiais, em particular aqueles com Paralisia Cerebral (PC) apesar das suas limitações têm o direito de ser incluído nesse contexto educacional. O termo PC serve para designar um grupo de limitações psico-motorasresultante de uma lesão no sistema nervoso central, que apresentam diferentes níveis de comprometimento dependendo da área de lesão cerebral.
Pessoas com PC possuem expressões faciais, movimentos corporais, visuais e sonorizações, que podem indicar conhecimentos apreendidos e uma linguagem simbólica não exteriorizada, devido aos comprometimentos na área motora, apresentam dificuldades de se expressar pela linguagem oral e escrita.
Neste sentido, a inclusão desse estudante perpassa, necessariamente, pela necessidade de concretização das políticas públicas educacionais voltadas para aspectos como a formação docente, a adaptação da estrutura física das escolas, a readaptação curricular, o uso de Tecnologia Assistiva (TA), a gestão administrativa, filosófica e pedagógica. Depende de uma organização pedagógica sistematizada, com fins subjacentes na participação de todos os escolares, no processo de ensino e aprendizagem que visa uma escola inclusiva e, conseqüentemente, que valorize e respeite a diversidade inserida nesse contexto. 
A presente pesquisa justifica-se por ser um tema de grande relevância para os profissionais na área da Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, em especial aqueles que acreditam na capacidade de aprender do estudante com PC via mecanismos da Plasticidade Cerebral atrelada ao uso de TA, objetivando identificar e refletir os principais dilemas e desafios postos a essa inclusão no contexto da escola regular.
A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica, a partir da visão de vários autores e estudiosos que forneceram suporte básico para o objetivo proposto. Optou-se por esta técnica de pesquisa por ser capaz de abordar assuntos que recebem contribuições de diversos autores e, por possibilitar uma dimensão teórica da análise realizada.
Esta pesquisa faz um mergulho na história da Educação Especial e Inclusiva e traz os conceitos e características de Paralisia Cerebral, a partir do contexto da escola. Aborda a Tecnologia Assistiva (TA) e o processo de ensino e aprendizagem apresentando seus principais dilemas e reflete os desafios da inclusão do estudante com PC no contexto escolar. E por fim, as Considerações Finais. 
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UM MERGULHO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA
A historicidade da inclusão evidencia que esta atravessou diferentes fases em diversas épocas e culturas. Segundo Correia (1999), a Idade Antiga, na Grécia é considerada um período de grande exclusão social, pois crianças nascidas com alguma deficiência eram abandonadas ou mesmo eliminadas, sem chance ou direito ao convívio social. Na Idade Média, pessoas com deficiência eram também marginalizadas, até por questões sobrenaturais, rotuladas como inválidas, perseguidas e mortas. Assim, muitas vezes as famílias preferiam escondê-las e assim, privá-las da vida comunitária e social. A idéia de promover aos filhos, qualquer tipo de intervenção em ambientes diferenciados não era uma prática comum. A educação inclusiva tem se mostrado como uma tendência internacional neste inicio de século porque está procurando atingir todos os alunos com necessidades especiais, porém o seu desafio maior é desenvolver uma pedagogia que eduque a todos sem discriminar e respeite as individualidades na diversidade de seus alunos e ofereça respostas adequadas as suas características e necessidades solicitando apoio de instituições e especialistas quando se fizer necessário 
Conforme Jannuzzi (2004), no Brasil por volta do século XVIII, o atendimento aos deficientes restringia-se aos sistemas de abrigos e à distribuição de alimentos, nas Santas Casas, salvo algumas exceções de crianças que até participavam de algumas instruções com outras crianças ditas normais. 
No século XX, a questão educacional foi se configurando, mais pela concepção médico-pedagógica, sendo mais centrada nas causas biológicas da deficiência. Com o avanço da psicologia, novas teorias de aprendizagem começam a influenciar a educação e configuram a concepção na linha psicopedagógica, que ressalta a importância da escola e enfatiza os métodos e as técnicas de ensino. Por volta da década de 1990 e início do século XXI, avançam os estudos em Educação Especial no Brasil (MAZZOTTA, 2005). 
De acordo com os estudos de Mazzotta (2005), é possível destacar três atitudes sociais que marcaram o desenvolvimento da Educação Especial no tratamento dado às pessoas com necessidades especiais especialmente no que diz respeito às pessoas com deficiência: marginalização, assistencialismo e educação/reabilitação. A Marginalização – atitudes de total descrença na capacidade de pessoas com deficiência, o que gera uma completa omissão da sociedade na organização de serviços para esse grupo da população. Assistencialismo – atitudes marcadas por um sentido filantrópico, paternalista e humanitário, que buscavam apenas dar proteção às pessoas com deficiência, permanecendo a descrença no potencial destes indivíduos.
Educação/reabilitação – atitudes de crença nas possibilidades de mudança e desenvolvimento das pessoas com deficiência e em decorrência disso, a preocupação com a organização de serviços educacionais. 
Sassaki (2006) ao explicar sobre o processo de inclusão/integração educacional situa quatro fases que ocorreram ao longo do desenvolvimento da história da inclusão: Fase de Exclusão: período em que não havia nenhuma preocupação ou atenção especial com as pessoas deficientes ou com necessidades especiais. Eram rejeitadas e ignoradas pela sociedade. Fase da Segregação Institucional: neste período, as pessoas com necessidades especiais eram afastadas de suas famílias e recebiam atendimentos em instituições religiosas ou filantrópicas. Foi nessa fase que surgiram as primeiras escolas especiais e centros de reabilitação. Fase da Integração: algumas pessoas com necessidades especiais eram encaminhadas às escolas regulares, classes especiais e salas de recursos, após passarem por testes de inteligência. Os alunos eram preparados para adaptar-se à sociedade. Fase de Inclusão: todas as pessoas com necessidades especiais devem ser inseridas em classes comuns, sendo que os ambientes físicos e os procedimentos educativos é que devem ser adaptados aos alunos, conforme suas necessidades e especificidades. 
No Brasil a apropriação do discurso favorável à inclusão foi fortemente influenciada por movimentos e declarações internacionais, desde o final da década de 40, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tomando maior impulso a partir dos anos 90 em favor da implantação das reformas neoliberais.
A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários documentos internacionais, norteadores para o desenvolvimento de políticas públicas de seus países membros. O Brasil, membro da ONU e signatário desses documentos, reconhece seus conteúdos e os respeita na elaboração das políticas públicas nacionais. Dentre os documentos produzidos destacamos: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração Mundial Sobre Educação para Todos e “Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem”; Declaração de Salamanca; Convenção da Guatemala e a Declaração de Montreal.
A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.
Quando se afirma que “A educação é direito de todos”, faz-se necessário compreender que a educação está baseada na aceitação das diferenças e na valorização do indivíduo, independentes dos fatores físicos e psíquicos. Nesta perspectiva é que se fala em “Inclusão”, onde todos tenham os mesmos direitos e deveres, construindo um universo que favoreça o crescimento, valorizando as diferenças e o potencial de todos. 
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 PARALISIA CEREBRAL: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
A Paralisia Cerebral (PC)l é o nome que sedá a um grupo de problemas motores (relacionados aos movimentos do corpo) que começam bem cedo na vida e são o resultado de lesões do sistema nervoso central ou problemas no desenvolvimento do cérebro antes do nascimento (problemas congênitos). Algumas crianças com paralisia cerebral também têm desordens de aprendizagem, de visão, de audição e da fala. Embora a lesão específica do cérebro ou os problemas que causam paralisia cerebral não piorem, os problemas motores podem evoluir com o passar do tempo. 
A PC pode ser definida como uma lesão ou lesões no cérebro em desenvolvimento e possui caráter não progressivo. Essas lesões resultam em alteração de tônus e incoordenação da função motora e, consequentemente, dificuldade da criança em manter posturas e realizar movimentos normais (NERY, 1983; DUARTE, 1985; BOBATH, 1990; FINNIE, 2000).
Segundo estes autores na maioria dos casos de PC, a causa exata é desconhecida. Algumas possibilidades incluem anormalidades no desenvolvimento do cérebro, lesão cerebral do feto causada por baixos níveis de oxigênio (hipóxia perinatal) ou baixa circulação do sangue, infecção, e trauma. Acreditava-se que as lesões por baixo fluxo de oxigênio durante o trabalho de parto eram as causas mais comuns de paralisia cerebral, mas agora os pesquisadores acreditam que os problemas no parto são a causa na minoria dos casos. Outras possíveis causas incluem: icterícia grave do recém-nascido, infecções na mãe durante a gravidez, problemas genéticos ou outras doenças que fazem o cérebro desenvolver anormalmente durante a gravidez.
A PC também pode acontecer depois do nascimento, como quando há uma infecção do cérebro (encefalite) ou um trauma de crânio.
Conforme Duarte (1985), a PC pode resultar de fatores pré-natais (drogas, infecções, desordens circulatórias e metabólicas, etc), peri-natais (prematuridade, pós-maturidade, anóxia, hipóxia, etc) ou pós-natais (infecções, traumatismos, desordens circulatórias e metabólicas). 
Em relação à alteração de movimento, a PC pode ser classificada como espástica (a mais comum), extrapiramidal (dividida em atetóide, coréico, distônico) e atáxica (tipo raro). 
Os tipos clínicos são subdivididos anatomicamente em tetraparesia (quatro membros igualmente afetados), diparesia (membros superiores menos comprometidos) e hemiparesia (apenas um lado do corpo acometido) (SOUZA, 2001). 
Reis (2003, p.25) faz afirmações pertinentes acerca da criança com deficiência 
[...] “apesar das limitações que possuem, têm potencialidades, capacidades e habilidades que, estimuladas adequadamente, podem trazer benefícios para si mesmas e para a sociedade em que convivem, permitindo-lhes revelar um universo criativo e inovador que, de outro modo, poderia ser reprimido ou mesmo neutralizado”. 
Se o aluno com PC receber os estímulos necessários e de acordo com o grau da sua necessidade e caso seja utilizada as ferramentas adequadas, ele poderá se desenvolver, aprender com o seu semelhante e colocar em prática seus talentos e sua criatividade.Quando não acontece este indivíduo poderá permanecer em seu estado inicial sem contato com o mundo e sem desenvolver suas potencialidades.
Ainda há professores que associam “paralisia cerebral “ com “cérebro parado “ e, portanto pensam que estão lidando com pessoas incapazes de raciocinar .Não se trata disso ; ter deficiência física não significa apresentar incapacidade de aprendizagem e todos os alunos nessa condição podem aprender desde que se crie mecanismos de comunicação efetiva, se crie formas especiais de se comunicar pois as dificuldades de falar ou escrever são advindos do comprometimento da sua coordenação motora.
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A ESCOLA REGULAR E O ESTUDANTE COM PARALISIA CEREBRAL (PC)
A escola historicamente se caracterizou pela visão da educação que delimita a escolarização como privilégio de alguns grupos, legitimando um processo de exclusão através de suas políticas e práticas educacionais, que reproduzem a ordem social. O movimento de inclusão traz como premissa básica, propiciar a educação para todos, uma vez que, o direito do aluno com necessidades educacionais especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. 
Numa comparação entre a legislação e a realidade educacional, a inclusão dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais no ensino regular não se consolidou da forma desejada, a proposta de educação atual vigente ainda não oferece nem garante condições satisfatórias para ser considerada efetivamente inclusiva. Ainda, se faz necessário uma maior competência profissional, projetos educacionais mais elaborados e uma maior gama de possibilidades de recursos educacionais. Nas palavras de Carvalho, (2004, p. 77): 
A Letra das leis, os textos teóricos e os discursos que proferimos asseguram os direitos, mas o que os garante são as efetivas ações, na medida em que se concretizam os dispositivos legais e todas as deliberações contidas nos textos de políticas públicas. Para tanto, mais que prever há que prover recursos de toda a ordem, permitindo que os direitos humanos sejam respeitados, de fato. Inúmeras são as providências políticas, administrativas e financeiras a serem tomadas, para que as escolas, sem discriminações de qualquer natureza, acolham a todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras...
Portanto, para que a inclusão de alunos com necessidades especiais no sistema regular de ensino se efetive, possibilitando o resgate de sua cidadania e ampliando suas perspectivas existenciais, não basta a promulgação de leis que determinem a criação de cursos de capacitação básica de professores, nem a obrigatoriedade de matrícula nas escolas da rede pública. Estas são, sem dúvida, medidas essenciais, porém não suficientes. 
A formação de professores é um aspecto que merece ênfase quando se aborda a inclusão. Muitos dos futuros professores sentem-se inseguros e ansiosos diante da possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais na sala de aula. Há uma queixa geral de estudantes de pedagogia, de licenciatura e dos professores: “Não fui preparado para lidar com crianças com deficiência” (LIMA, 2002, p.40).
Os professores sentem-se despreparados, pois não possuem formação específica para lidar com o aluno com Necessidades Especiais uma vez que o mesmo tem que se adaptar, e a práxis pedagógica será efetivamente melhor quando orientada por cursos específicos de formação continuada e pelo acesso a recursos, técnicas e procedimentos orientados para o aprendizado desses alunos. 
Acredita-se que a formação docente e a busca da qualidade do ensino para crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) envolvem, pelo menos, dois tipos de formação profissional: a primeira é a dos professores do ensino regular que conte com o conhecimento mínimo exigido, uma vez que há a possibilidade de lidarem com alunos com NEE; a segunda é a de professores especialistas nas variadas NEE que possam atender diretamente os discentes com tais necessidades e/ou para auxiliar o professor do ensino regular em sala de aula (BUENO, 1993)
Pressupõem-se que alunos com PC devem receber de seus professores todos os serviços educativos adequados às suas necessidades contando para este fim de forma colaborativa de todo o apoio necessário dos agentes educativos,envolvendo uma cadeia de profissionais Técnicos, neurologistas, psicólogos, terapeutas , profissionais em educação para atender,desenvolver e aumentar as capacidades gerais deste aluno através de um currículo diversificado adequado às suas características e especificidades.
Os conceitos de integração e inclusão, ainda geram muitas polêmicas no meio acadêmico, principalmente pelo fato de alguns autores os contraporem e outros acreditarem que se complementam. A confusão entre os conceitos se faz quando atribuem à educação inclusiva o processo de inserir o aluno com necessidade educacional especial no espaçode aula regular, tendo que para isso adaptar-se. Basta inseri-lo. Isso cria a ilusão que estão em correspondência com preceitos inclusivos. Costa (2010) defende que com a perda de consistência dos discursos e falta de segurança na representatividade da educação inclusiva há um apelo emotivo e afetivo onde se conclui que a educação inclusiva é uma atividade de amor. 
De acordo com a autora “as dificuldades sucumbem ante a nobreza do sentimento” e isso se dá porque ainda imagina-se “uma docência revestida de amor e cuidado” como nos tempos de outrora. Ainda assim, alguns dos participantes do trabalho de Costa (2010, p7-42) acreditam que para lidar com alunos com NEE é inevitável amá-los, uma vez que “é preciso muita paciência, dedicação, cuidado”. 
A existência de barreiras a serem transpostas para efetivação da proposta escolar inclusiva é compreensível, uma vez que se trata de um processo um tanto quanto recente no Brasil e ainda em andamento.
Os percalços ficam ainda mais evidentes se considerarem as limitações do sistema público de educação brasileira. A inadequação das instalações e dependências de parcela expressiva das escolas, uma vez que não se contempla espaços e condições para portadores de déficits motores, o despreparo do docente para lidar com estudantes com NEE.
Existe ainda, a carência de materiais básicos como livros e de recursos tecnológicos avançados como computadores, a presença de uma prática pedagógica que não contempla a diversidade de necessidades educacionais e a ausência de equipes de apoio representa uma pequena amostra das barreiras a serem superadas na escola pública brasileira para que o processo de inclusão escolar do estudante de PC se torne uma realidade. Trata-se de limitações concretas e amplamente reconhecidas.
Na perspectiva da Educação Inclusiva, a educação de alunos com NE integra a proposta da escola comum, promovendo o atendimento às necessidades específicas dos alunos. Portanto o atendimento ao aluno com necessidades especiais deve estar contemplado no Projeto Político Pedagógico da escola e caso não esteja, a situação legal da escola está irregular e de acordo com a Constituição Federal de 1988 pelo Decreto Federal nº7611/2011 que dispõe sobre a oferta deste atendimento e pela Resolução CNE/CEB Nº04/2009 e parecer CNE/CEB Nº13/2009 que estabelecem as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica.
No entanto, a falta de adaptações curriculares não deve imobilizar a busca por uma escola inclusiva. Parece existir, porém, no contexto brasileiro, uma barreira que é pouco enfatizada na literatura científica, que é relevada a um segundo plano pelos profissionais (professores, pesquisadores, especialistas etc.) da educação e que tem gerado uma inércia neste âmbito: as atitudes em relação à inclusão escolar. “Atitude é uma variável-chave para determinar o sucesso da educação inclusiva” (KUESTER, 2000)
Mantoan (2000) afirma que as barreiras relacionadas às atitudes negativas levam as pessoas a responderem desfavoravelmente à inclusão escolar e aos estudantes com NEE, a partir de certo valor. 
Vários estudos (por exemplo, KUESTER, 2000; MARAIS, 2000; MARSHALL, 2000; SADEK, SADEK, 2000; STANCIC, 2000; BAYLISS, AVRADIMIS, 2000; WOODRUM, LOMBARDI, 2000) têm demonstrado o quanto as atitudes de professores, diretores, pais, estudantes, psicólogos e outras pessoas são fundamentais para o processo de inclusão escolar.
Estes e outros estudos têm dado uma ênfase especial às atitudes dos docentes, pois, de acordo com Kuester (2000), um dos fatores mais importantes para o sucesso da inclusão de um estudante com NEE, em particular, com o estudante de PC diz respeito à interação deste com o professor.
Uma condição para a prática inclusiva, ou seja, para o trabalho com o estudante de PC é contar com currículos amplos, flexíveis e abertos que não considerem somente capacidades do tipo cognitivo ou conteúdos e capacidades relacionadas com o social, com o afetivo-emocional. 
Neste sentido, faz se necessário, um projeto educativo institucional que incorpore a diversidade com eixo de tomada de decisão. Para melhorar a qualidade do ensino é preciso enfrentar as barreiras e buscar novos caminhos que atendam a pluralidade dos alunos.
A proposta pedagógica inclusiva norteia-se pela base nacional comum (LDB,1996) e referendam a educação não disciplinar, Gallo (1999), no Livro Transversalidade e Educação: Pensando uma Educação não Disciplinar (1999), enfatizando que o ensino inclusivo se caracteriza por:Formação de redes de conhecimento e de significações em contraposição a currículos apenas conteudistas, a verdades prontas e acabadas. Listadas em programa escolares seriados; Integração de saberes decorrente da transversalidade curricular e que se contrapõe ao consumo passivo de informações e de conhecimento sem sentido; Descoberta, inventividade e autonomia do sujeito na conquista do conhecimento; Ambientes polissêmicos, favorecidos por temas de estudo que partem da realidade, da identidade social e cultural dos alunos, contra a ênfase no primado de enunciado da prática social e contra a ênfase no conhecimento pelo conhecimento. (GALLO, 1999:17-43).
A educação inclusiva não esta ligada apenas a escola, ao se propor redes de conhecimento, Gallo (1999), destaca o entrelaçamento entre os conteúdos didáticos e prática social, ampliando os conteúdos de sala de aula para o todo, o universo social, tornando então a educação algo realmente significativo. 
No ensino para todos e de qualidade, as ações educativa se pautam por solidariedade, colaboração e compartilhamento do processo educativo com todos os sujeitos que estão direta ou indiretamente envolvidos. 
Portanto, a escola é o alicerce para esse desenvolvimento, neste intuito ela deve se preparar para trabalhar com a diversidade valorizando todos os indivíduos como seres únicos e capazes de estar e fazer uma sociedade diferente, onde todos tenham direitos e deveres com o objetivo único: O conhecimento.
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A TECNOLOGIA ASSISTIVA (TA) E O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DO ESTUDANTE DE PC
Tecnologia Assistiva (TA) é uma expressão nova, que se refere a um conceito ainda em pleno processo de construção e sistematização. A utilização de recursos de TA, entretanto, remonta aos primórdios da história da humanidade ou até mesmo da pré-história, pois qualquer pedaço de pau utilizado como uma bengala improvisada, por exemplo, caracteriza o uso de um recurso tecnológico.
A Tecnologia Assistiva está presente em situações onde haja necessidade de: comunicação alternativa e ampliada; adaptações de acesso ao computador; equipamentos de auxílio para visão e audição; controle do meio ambiente (adaptações como controles remotos    para acender e apagar luzes, por exemplo); adaptação de jogos e brincadeiras; adaptações da postura sentada; mobilidade alternativa; além de próteses e a integração dessa tecnologia nos diferentes ambientes como a casa, a escola, a comunidade e o local de trabalho.
Segundo a Classificação Internacional de funcionalidades (2004) as Tecnologias Assistivas vão desde uma fita crepe que prende o papel à mesa, para que não solte com os gestos involuntários do aluno, a criação de um mapa com os contornos em barbante, até a utilização de equipamentos como mouse e ponteiros ou um software leitor de tela para acesso ao computador. No processo de inclusão de crianças com PC, deve-se observar e providenciar: Adaptações ambientais como rampas, barras nos corredores, banheiros    e sala de aula, tipo de piso, sinalização dos ambientes, iluminação e posicionamento da criança dentro da sala de aula considerando sua possibilidade visual, alertas, sinais de comunicações sonoros e visuais; Adaptação postural da criança na classe com a adequação da sua cadeira de rodas    ou carteira    escolar e adequações posturais nas atividades das aulas complementares ou de lazer. 
A garantia do processo de ensino-aprendizagem com a confecção ou indicaçãode recursos como planos inclinados; antiderrapantes; lápis adaptados, órteses que são dispositivos ortopédicos externos, usados para alinhar, prevenir ou corrigir deformidades e melhorar as funções de partes móveis de corpo; pautas ampliadas; cadernos quadriculados; letras emborrachadas; textos ampliados; máquina de escrever ou computador; programas de computador   leitores de tela, livro falado, gravado ou digitalizado. (MEC, 2002).
O recurso alternativo para a comunicação oral com a utilização de pranchas de comunicação ou comunicadores. A independência nas Atividades de Vida Diária (AVD) e de vida prática com adaptações simples como argolas para auxiliar a abertura da merendeira ou mochila, copos e talheres adaptados para o lanche, etiquetas em braile em prateleiras e equipamentos. A informática tem se mostrado um recurso de ajuda poderoso. Os livros digitais, os leitores de tela, teclados virtuais e simuladores diversos estão disponíveis facilitando a vida dos alunos com PC e atingindo um público cada vez mais diverso e numeroso.
A legislação (Decreto nº 5.296 de 2 dezembro de 2004) mais recente tem levado em conta esses avanços tecnológicos e tenta garantir a utilização desses recursos, através de regulamentações como o decreto n° 5296, assinado às vésperas do Dia Internacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em 03 de dezembro de 2004. Este decreto veio reafirmar e definir objetivamente os direitos da pessoa com deficiência em todos os espaços da vida social, dando ênfase aos espaços escolares.
Em relação à escolarização, mesmo já tendo sido mostrada a necessidade de inclusão de alunos com deficiência no Ensino Regular, as pesquisas apontam que ainda muitas crianças com deficiência vêm sendo excluída ou mesmo segregadas, embora os documentos legais tragam a orientação que nenhum aluno deve ficar fora da escola, não devendo ser negada a matricula, o acesso e a permanência dessas crianças na sala de aula comum ainda é questionados por algumas escolas, com o discurso de que não estão preparadas para atender a esse público (BRASIL, 1996). 
Dessa forma, as escolas continuam trazendo esses argumentos e continuam não disponibilizando espaços acessíveis, recursos e metodologias que atendam as especificidades desses alunos. Portanto, os documentos legais: Constituição Federal de 1988 Art.205; Lei 7853/89; Lei 8069/90 ECA;Lei10436 de 24/04/2002 Art.1º ao 4º,Decreto 7611 de 17/11/2011 entre outras e as discussões existentes não estão conseguindo dar conta das barreiras para que a inclusão se efetive de fato, isso torna urgente a necessidade de se criar possibilidades para reduzir essa desigualdade social. 
Por outro lado, surgem com as pesquisas e com os avanços tecnológicos, expectativas que possibilitem a busca de soluções para os alunos com Necessidades Especiais inclusive o aluno com PC.
Para alguns estudantes o uso de recursos de TA é a única maneira de proporcionar o acesso ao conhecimento, desenvolver suas habilidades e favorecer ações como estudar, comunicar, interagir, entre outros. 
Existem alguns tipos de dificuldades que esses estudantes enfrentam na escola, e também, os profissionais que trabalham com eles. Contudo a disponibilidade de recursos e serviços de TA, necessários para que alcancem seus aprendizados, ainda é escassa, dificultando o processo de desenvolvimento de habilidades. 
Na perspectiva da educação inclusiva, o espaço escolar deverá se organizar como aquele que oferece o serviço de Tecnologia Assistiva. No desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos, as ajudas técnicas e a TA estão inseridas no contexto da educação brasileira, dirigidas à promoção da inclusão dos alunos nas escolas. O espaço escolar deve ser estruturado como aquele que oferece também os serviços de TA (MEC, 2006). 
O aluno com Paralisia Cerebral tem direito de receber educação em classe comum, com os devidos suportes que a Tecnologia Assistiva atualmente oferece. As dificuldades de comunicação precisam encontrar meios de expressão. O desafio de receber alunos com paralisia cerebral na rede regular, além de ser inviabilizada pelas estruturas arquitetônicas, detém-se na formação de professores, insuficiente pra que haja um olhar mais justo, alem da deficiência, centrado na capacidade real de evolução cognitiva. DAMASCENO e FILHO, 2002(apud GALVÃO FILHO) explicitam que:
“no momento em que lhe são dadas as condições para interagir e aprender, explicitando o seu pensamento, o indivíduo com deficiência mais facilmente será tratado como um "diferente-igual"... Ou seja, "diferente" por sua condição de portador (sic) de necessidades especiais, mas ao mesmo tempo "igual" por interagir, relacionar-se e competir em seu meio com recursos mais poderosos, proporcionados pelas adaptações de acessibilidade de que dispõe.
É visto como "igual", portanto, na medida em que suas "diferenças" cada vez mais são situadas e se assemelham com as diferenças intrínsecas existentes entre todos os seres humanos. Esse indivíduo poderá, então, dar passos maiores em direção a eliminação das discriminações, como conseqüência do respeito conquistado com a convivência, aumentando sua auto-estima, porque passa a poder explicitar melhor seu potencial e pensamentos”
Nesse contexto, pode-se compreender que o uso das concepções de desenvolvimento e de aprendizagem norteia o trabalho educacional e, por isso, é importante retomar aqui algumas reflexões sobre desenvolvimento e aprendizagem. 
As teorias de desenvolvimento dizem que é a consequência de vários fatores genéticos e ambientais que se configuram de maneira única em cada sujeito. 
Para algumas teorias como a de Vygotsky (2007), os fatores ambientais e dentro desses os sociais e culturais, condensados na função da linguagem são fundamentais nos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Na ideia de que o homem é um ser social está embutida a de que o homem se desenvolve na sociedade e na cultura, por meio de uma ferramenta especialmente desenvolvida para isso, isto é, o homem é um ser capaz de aprender com o outro por meio da linguagem que organiza e dá sentido à experiência humana compartilhada. 
Nessa perspectiva entende-se que o desenvolvimento e a aprendizagem ocorrem no espaço privilegiado constituídos pelas relações sociais, no espaço em que os seres humanos interagem entre si e com os objetos do mundo. 
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UMA REFLEXÃO ACERCA DOS DILEMAS E DESAFIOS POSTOS AO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ESTUDANTE COM PC
É importante reafirmar que as ‘necessidades especiais’, não se referem às limitações apresentadas pelas pessoas, mas sim, às exigências de ampla acessibilidade que realmente possa oportunizar condições de independência e autonomia desses indivíduos. 
Para que as mudanças ocorram significativamente, se faz necessário provocar reações diferentes no pensamento e no sentimento das pessoas, ou seja, trata-se de uma verdadeira tomada de consciência desta realidade. 
Na verdade, a inclusão, não deve ser vista simplesmente como um fato, mas sim como um processo, que tem suas etapas e que necessita ser muito analisado, avaliado em todo o seu decorrer, com responsabilidade e senso crítico visto que o aluno com PC ou qualquer necessidade especial necessita de ações pedagógicas diferenciadas como organização dos seus espaços físicos e na confecção e aquisição de materiais pedagógicos sempre de acordo com a especificidade do aluno decorrentes das suas necessidades de comunicação e motora. Diante de todas as discussões e reflexões podemos pontuar algumas certezas como:
 “Não basta a garantia da lei, a inclusão deve ir além das leis e dos espaços definidos como regular ou especial:” (MEC/SEESP, 2008).
 Faz-se necessário, que cada ser humano, em cada época específica de sua vida, respeite as capacidades e necessidades do estudante com PC e o primeiro passo é proporcionar uma escola de qualidade para todos redimensionando os seus recursos financeiros para que se possa realmente implementar materiais e pessoal necessários aoatendimento do aluno especial na sua especificidade.
A inclusão dos alunos com necessidades especiais deve acontecer com o apoio dos pais, familiares, professores e gestores, pois sem o apoio de um destes seguimentos a aprendizagem de qualidade certamente não acontecerá. É de grande importância a formação continuada do professor sobre o processo de inclusão para que os mesmos compreendam as necessidades especiais e como acontece o processo de cognição desses alunos além de fornecer informações aos professores às bases legais e institucionais para suas ações pedagógicas na direção de tornar efetiva a inclusão. Entendemos que não são necessários novos professores especializados, mas sim especializar os existentes para que eles estejam aptos e abertos às mudanças desse novo contexto de inclusão e estejam abertos a repensar seu papel enquanto educadores, a repensar suas metodologias suas concepções de educação para poderem se posicionar diante de uma classe de escola realmente inclusiva.Sabemos que existem casos de Necessidades Especiais NE que são muitos severos que necessita de apoio especializado que não podem ser esquecidos nem deixados ignorados necessitando ser encaminhados para instituições específicas como o caso da APAE,ANPR,ANPACIN,SARA,IRMÃ DULCE entre outras..A inclusão do aluno com NE gera novas circunstâncias e desafios, que tendem a somar-se com as dificuldades já existentes do sistema atual, e, por conseguinte, reafirma a idéia de que a inclusão exige profundas mudanças a fim de melhorar a qualidade da educação, seja para educandos com ou sem necessidades educacionais especiais.
Mesmo caracterizados como possuidores de uma formação acadêmica que contempla os objetivos estabelecidos pela legislação brasileira, professores se dizem sem preparo profissional adequado para atuar com alunos PC (paralisia cerebral) em suas salas de aula regulares.
Muitos docentes afirmam não estar capacitados para a atuação em uma escola inclusiva. Apresentam atitudes negativas quanto à política educacional inclusiva promovida no país. Desta forma, observa-se que não só falta preparo profissional, mas também informação quanto à paralisia cerebral. A grande maioria dos professores sequer conhece ou teve contato com um PC, que, por tratar-se de uma população com padrões e características corporais atípicas e bastante salientadas, requer, necessariamente, uma preparação diferenciada do educador para lidar com estes alunos.
Nos fatores que explicam as atitudes dos professores quanto à inclusão escolar do PC, fica evidenciada a dissonância entre os componentes das atitudes. Nem sempre as dimensões afetiva, cognitiva e denotativa estão consonantes. Há, inclusive, evidências de dissonâncias estritamente cognitivas.
Cabe ressaltar que a dissonância na estruturação das atitudes dos docentes pode estar ligada à falta de preparo profissional, fato este já evidenciado anteriormente. Porém, existe uma questão fundamental a ser considerada, que diz respeito ao fato de parcela significativa de muitos professores não considerar ser de sua responsabilidade e competência educar os estudantes com PC. 
Este fato evidencia a necessidade de serem revistos, prioritariamente, quais são as crenças, as convicções, os valores e os preconceitos, ou seja, a postura pessoal do docente, para que, desta forma, adquiram atitudes positivas e busquem capacitação profissional para atuar como agentes de inclusão escolar de estudantes com NEE, em especial os com PC (GOMES, C.; BARBOSA, A. J. G, 2001).
Não só o processo de inclusão, mas principalmente as dificuldades enfrentadas pelos docentes em relação à sua prática pedagógica, nos trazem a necessidade de repensar a educação, a instituição escolar e o papel de cada um diante dessa “velha novidade”. Constatam-se várias dificuldades envolvidas nesse processo, destacando–se a falta de formação específica do professor; a falta de infra-estrutura e recursos materiais das escolas; a dificuldade de comunicação ao ensinar; a dificuldade em planejar; o não conhecimento em relação às necessidades educacionais especiais, entre outros.
De modo geral, os professores não se sentem preparados para lidar com a diversidade do alunado presente em uma classe inclusiva, sobretudo com os que apresentam uma deficiência ou dificuldade de aprendizagem que exigem maior grau de adaptação curricular. A atitude do professor é um dos fatores que mais contribui para o sucesso de qualquer medida de inclusão do aluno com deficiência na escola regular. 
As práticas pedagógicas dos professores precisam ser ressignificadas em função da inclusão do estudante com PC. Práticas como um processo capaz deve fornecer aos estudantes com deficiência ou outras necessidades, uma educação com o máximo de qualidade e de eficácia, no sentido do desenvolvimento e da satisfação das suas necessidades individuais.
Um processo em que sejam oportunizadas aos estudantes condições de se desenvolver e progredir não só em termos educacionais, mas também, para o alcance de uma autonomia pessoal, social e econômica.
Desta forma, a inclusão exige não só do professor, mas das escolas, uma mudança no sentido de se desenvolver com o objetivo de proporcionar um ensino de elevado nível a todos os estudantes, o máximo de acesso aos que têm necessidades educacionais especiais.
 Um inclusão que segundo Vygostky (1991),não significa, simplesmente, matricular os alunos com necessidades especiais na classe comum, ignorando suas necessidades especificas, mas significa sim, dar ao professor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica 
A educação inclusiva é uma proposta viável, mas que, para ser efetivada, necessita de profundas transformações na política e no sistema de ensino vigente. 
Aos professores cabe estar preparados para a inclusão e para isso devem aprender novas práticas educacionais essenciais à promoção da inclusão. Reconhecer ainda, que sabem da importância de uma educação democrática, que atenda satisfatoriamente à totalidade dos estudantes, mas apontam que os órgãos administrativos competentes devem tomar as providências necessárias, incluindo não só a participação ativa de educadores, mas, também dos pais e da sociedade, a fim de proporcionar a todo e qualquer aluno um ensino adequado às suas necessidades específicas.
A inclusão na forma que vem se efetivando, está longe de atender a um ideal, foge até mesmo dos princípios estabelecidos pela Declaração de Salamanca, a qual se constitui num importante documento, norteador, e que trata dos princípios, da política e da prática da educação para as necessidades especiais e, que recomenda que as escolas se ajustem às necessidades de todos os alunos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabemos que a educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer cidadão, e que incluir o aluno com necessidades educacionais especiais, é também, uma forma de respeitá-lo e garantir a possibilidade de seu crescimento. No entanto, percebemos que as dificuldades existem, não são poucas e ficam bem claras quando se pára para observar de forma mais crítica. Afinal, colocar o aluno em sala regular e não atender o que realmente ele necessita, não é inclusão. 
Uma proposta de educação pra todos deve sensibilizar os educandos com PC para novas formas de convivência baseadas na solidariedade e no respeito às diferenças, valores esses que são essenciais na formação de cidadãos. A prática educativa não deve admitir a anulação de um sujeito pelo outro, mas fortalecer cada um, na defesa de uma vida melhor para todos. .Na educação especial os estudos sobre aprendizagem e desenvolvimento humano são necessários na medida em que nos ajudam a compreender melhor a diversidade de estratégias, estilos e ritmos de aprendizagem apresentados pelos educandos com PC em sala de aula. 
A educação inclusiva no contexto atual perpassa a formação dos professores e a questão da acessibilidade nas escolas públicas ou privadas do país.Os direitos à escolarização dos educandos NE são asseguradosdesde a Constituição Federal (1988), quando no artigo 208 traz a educação como dever do Estado. A Declaração Mundial de Educação para Todos (1990), e a Declaração de Salamanca (1994), elaborada a partir da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada na Espanha, também apregoam o ideal da inclusão através de documentos nacionais e internacionais subsidiários à política de inclusão.
Apresentou também aspectos sobre a formação docente e a questão da acessibilidade nas escolas, trazendo as concepções de Educação Inclusiva e da Tecnologia Assistiva, bem como traços da formação inicial e continuada destes profissionais. Observou-se a organização pedagógica e a prática docente dos educadores mediante a proposta inclusiva nos documentos mostrados ao longo deste trabalho. 
Nosso papel como educadores comprometidos com uma educação inclusiva, deve perpassar os muros da universidade, vindo de encontro à situações vivenciadas diariamente na rede pública de ensino. Promover uma escola igual para todos, onde todos tenham as mesmas oportunidades ainda é uma utopia, num país onde a discriminação é gritante, e onde as políticas públicas beneficiam as minorias. Porém, ser educador é acreditar que a mudança é possível, e que isso exige trabalho, estudo, aprofundamento e que cada um cumpra seu papel nesta sociedade.
O educador enquanto ser formador de opinião, sujeito que orienta outros sujeitos em desenvolvimento, pode sim fazer/mudar a história, o local onde estamos inseridos, militar contra as práticas discriminatórias, superar o medo, vencer os obstáculos. Mesmo que a defesa da cidadania e do direito à educação das pessoas com necessidades especiais seja recente em nosso país, o educador pode disseminar este ideal, mostrando aos outros que a aceitação do diferente pode ajudar no processo de construção uns dos outros como seres inacabados.
Acredito que a inclusão da criança com paralisia cerebral no espaço escolar se constitui como um processo em que todos os que nele estão inseridos, direta ou indiretamente, desde a própria criança e seus familiares até a direção da escola, os professores, funcionários e colegas de classe, além dos demais profissionais relevantes ao desenvolvimento pleno desta criança, devem estar conscientes de como pensar e agir na busca de ações que anulem qualquer tipo de preconceito ou estranhamento em relação às pessoas com necessidades especiais, mediante a reflexão constante acerca das atitudes que são necessárias quando se pensa na inclusão escolar como prática social.
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