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Direito Processual do Trabalho II 
1º Bimestre 
- 10/03 → Prova Individual (4,0 pontos) 
- 07/04 → Prova Bimestral (6,0 pontos) 
2º Bimestre 
- 05/05 → Prova Individual (3,5 pontos) 
- 21 à 23/05 → Congresso Jurídico (0,5 ponto) 
- 09/06 → Prova Bimestral (4,0 pontos) 
- 09/06 → Prova Interdisciplinar (2,0 pontos) 
 
Recursos Trabalhistas 
A impugnação (meio de se opor a uma decisão judicial) dos provimentos 
judiciais se restringe somente aos recursos? Não, há outros meios, como: 
a) Ações autônomas: buscam impugnar a decisão judicial criando uma nova 
relação processual. Exemplo: ação rescisória, mandado de segurança, ação 
anulatória, habeas corpus, etc. 
b) Os sucedâneos recursais: são todos os meios de impugnação que não se 
incluem no conceito de recurso ou de ação autônoma de impugnação. 
- As providências corretivas: destinadas a corrigir erros materiais 
existentes na decisão. Exemplo: erros de grafia (CLT, arts. 883 e 
897-A) - divergência doutrinária. 
- As providências ordenadoras do procedimento: têm como objetivo 
corrigir atos de procedimento praticados pelos magistrados, que 
tumultuam ou atentam contra a ordem processual. Exemplo: correição 
parcial, chamar o feito à ordem. 
- O reexame necessário (Súmula nº 303, TST), pedido de 
reconsideração. 
c) Os recursos - art. 893, CLT e na legislação esparsa. 
 
Dos Recursos: Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes 
recursos: 
a) embargos; 
b) recurso ordinário; 
c) recurso de revista; 
d) agravo; 
 
Conceito: 
Etimologicamente, a palavra “recurso” provém do latim (recursus), dando-nos a 
ideia da repetição de um caminho anteriormente percorrido. É o remédio voluntário 
idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o 
esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna. 
Sentido Amplo: É um remédio, isto é, um meio de proteger o direito: ações, 
recursos processuais ou administrativos, exceções, contestação, reconvenção, 
medidas cautelares. 
Sentido Restrito: É a provocação de um novo julgamento, na mesma relação 
processual, da decisão pela mesma ou por outra autoridade judiciária superior. 
 
Características: 
Remédio Voluntário: O recurso é a manifestação do poder de ação, em 
decorrência da inércia do poder judiciário. A remessa de ofício (reexame 
necessário) não é um recurso, ocorre automaticamente, sem provocação da 
Fazenda Pública. 
Dentro da mesma Relação Processual: O recurso tem a ideia de retorno, de 
volta à análise da decisão judicial dentro da mesma relação processual. Retarda, 
por isso, o trânsito em julgado da decisão. 
Enseja: 
1. Reforma da Decisão Impugnada: Significa modificar o julgado, ou seja, 
proferir decisão diferente da pronunciada pelo órgão a quo. Está ligada ao error in 
judicado, isto é, erro de julgamento, sendo, portanto, vício de conteúdo. 
2. A Invalidação (anulação) da Decisão Impugnada: Busca impugnar a 
decisão judicial que contém vício processual (formal). Nesse caso, visa ao error in 
procedendo (erro de procedimento), objetivando não a reforma da decisão, mas sua 
retirada do mundo jurídico e que, no seu lugar, uma decisão seja proferida. 
3. Esclarecimento da Decisão Impugnada: Tem como finalidade afastar a 
decisão obscura e/ou contradição da decisão. É alcançado por meio dos embargos 
de declaração. 
4. A Integração da Decisão Impugnada: Objetiva complementar a prestação 
jurisdicional, suprimindo duas lacunas, o que também ocorre por meio dos 
embargos de declaração. 
 
Natureza Jurídica: 
Corrente Minoritária: Aduz ser o recurso uma ação autônoma diversa 
daquela que deu origem à demanda, ao instaurar uma nova relação processual. 
Corrente Majoritária: Defende ser o recurso um prolongamento do exercício 
do direito de ação, pois os meios autônomos seriam, por exemplo, o mandado de 
segurança e a ação rescisória. 
 
Sistemas Recursais: 
Sistema Ampliativo: É aquele que admite inúmeros recursos, de maneira a 
assegurar aos litigantes o amplo direito de impugnação das decisões judiciais. Dito 
de outro modo, no sistema ampliativo não existe decisão irrecorrível. 
É o princípio de duplo grau de jurisdição, e seu escopo consiste, basicamente, 
em outorgar maior segurança jurídica aos julgados. 
Sistema Limitativo: Nem todas decisões judiciais são impugnáveis por 
recurso. 
No caso das decisões proferidas pelas VT no procedimento sumário, por 
exemplo, o art. 2º, § 4º, da Lei nº 5.587/70 deixa transparecer que a legislação 
processual trabalhista brasileira adota parcialmente o sistema limitativo ao 
estabelecer que: 
Salvo quando versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá 
das decisões nos dissídios de alçada a que se refere o parágrafo anterior (valor da 
causa fixado em dois salários mínimos), considerando, para esse fim, o valor do 
salário mínimo à data do ajuizamento da ação. 
Na súmula 640, TST, diz que: é cabível recurso extraordinário contra decisão 
proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de 
juizado especial cível e criminal. 
Conferir maior celeridade ao processo trabalhista, máxime se considerarmos a 
natureza nitidamente alimentícia dos créditos vindicados nos dissídios individuais 
trabalhistas. 
Doutrinadores sustentam a incompatibilidade do dispositivo legal com os 
princípios constitucionais do duplo grau de jurisdição, do contraditório e da ampla 
defesa (art, 5º, LV, CF), ainda mais quando a própria CF veda a vinculação do 
salário mínimo para qualquer fim (art. 7o, IV, in fine). 
 
Classificação dos Recursos: 
1. Quanto ao Objeto Imediato do Recurso: 
a) Recurso de Natureza Ordinária: Visa a tutela do direito subjetivo 
(interesse particular da parte), de modo que permite a rediscussão 
ampla da matéria, seja de direito ou de fato. Podem estar 
fundamentados no mero inconformismo com a decisão judicial 
(injustiça da decisão). 
● Exemplo: Recurso ordinário, agravo de petição, embargos de 
declaração, agravo interno e/ou regimental, pedido de revisão 
(lei 5.584/70) e agravo de instrumento. 
b) Recurso de Natureza Extraordinária: Funda-se na tutela do direito 
objetivo (a lei), buscando a sua exata aplicação. Por visar à exata 
aplicação do direito, tais recursos impedem a verificação fática, 
inclusive o reexame de provas, ficando restritos à análise de direito 
(Súmula nº 126, TST). 
● Exemplo: Recurso de revista e embargos para SDI. 
2. Quanto à fundamentação: 
a) Fundamentação Livre: Aquela que não se liga a determinado defeito 
ou vício da decisão, ou seja, a lei não exige que o recurso aponte, 
especificamente, determinado vício, havendo necessidade apenas de 
que a parte não se conforma com a decisão impugnada. 
● É o que ocorre, por exemplo, no recurso ordinário. 
b) Fundamentação Vinculada: Aquela em que a lei exige que o 
recorrente indique algum vício específico na decisão impugnada. 
● Embargos de declaração em que a parte deverá, 
obrigatoriamente, demonstrar a presença de omissão, 
contradição ou obscuridade na decisão impugnada. 
● Recurso de revista, no qual se deve demonstrar a violação da 
lei Federal ou Constituição Federal ou divergência 
jurisprudencial. 
3. Quanto à Extensão da Matéria Impugnada: 
a) Recurso Total: Quando o recurso abrange toda a parcela em que a 
parte recorrente foi sucumbente. Isso quer dizer que a abrangência 
total está ligada à parte sucumbente (em que foi vencido) e não, 
necessariamente, ao conteúdo total da decisão impugnada. 
● Exemplo: O reclamante postula horas extras e o décimo 
terceiro salário e férias + ⅓, será julgado apenas o pedido de 
féria + ⅓. Se o reclamante apresentar recurso sobre as horas 
extras e o décimo terceiro salário, seu recurso será total, pois 
impugnou todos os objetos em que foi sucumbente. 
b) Recurso Parcial: Quando impugna somente parte do objeto em que 
foi sucumbente da decisão. 
● Exemplo: O reclamante postula horas extras, décimo terceiro 
salárioe férias + ⅓, sendo julgado procedente apenas o 
pedido de férias + ⅓. Se o reclamante apresentar recurso 
sobre as horas extras , seu recurso será parcial, pois deixou 
transitar em julgado a improcedência do pedido de décimo 
terceiro salário. 
4. Quanto à Independência: 
a) Recurso Independente (Principal): É aquele que tem vida própria, 
condicionando-se exclusivamente aos seus pressupostos de 
admissibilidade para que seja alcançado o mérito do recurso. 
b) Recurso Subordinado (Adesivo): Como o próprio nome já indica, é o 
recurso que se subordina a outro recurso, dependendo da 
admissibilidade deste último para que seja conhecido. Recurso 
Adesivo previsto no art. 997, § 1º e 2º, do CPC. 
 
Efeitos dos Recursos 
Efeito devolutivo: Está previsto no art. 899. O efeito devolutivo em extensão é 
reflexo do princípio do dispositivo, já que é a parte que decide se impugna todos os 
Já o efeito devolutivo em profundidade destaca o princípio impositivo, pois 
todos os fundamentos lançados aos autos são reanalisados pelo poder judiciário, 
mesmo sem pedido da parte recorrente. 
 
17/02/2025 – Segunda - Feira 
Além do efeito devolutivo, temos também o efeito devolutivo em extensão. 
Efeito Devolutivo em Extensão: Ele pode ser de maneira total ou parcial, 
quem define isso é a parte que faz o recurso. 
Efeito Devolutivo em Profundidade: Destaca o princípio impositivo, pois 
todos os fundamentos lançados aos autos são reanalisados pelo poder judiciário, 
mesmo sem pedido da parte recorrente. Súmula 399, TST. 
Efeito Suspensivo: O efeito suspensivo aplica-se em caráter excepcional. 
Súmula 414, TST. Lei 7.701/88, Art. 7º, § 6º. Via de regra não cabe efeito 
suspensivo em recursos trabalhistas. 
Efeito Translativo: Alguns doutrinadores falam que este efeito é o mesmo que 
o devolutivo em profundidade. É a possibilidade do Tribunal analisar o recurso, além 
disso o Tribunal conhece como matéria de ordem pública. 
Efeito Regressivo: Impedimento do magistrado prolator da sentença de 
reconsiderá-la após a publicação, ou seja, a partir do momento que ele prolata a 
sentença, ele não pode reconsiderar, quem vai analisar isso é o Tribunal. 
Efeito Substitutivo: A decisão do Tribunal vai substituir a sentença. Decisão 
do Tribunal que não admite recurso, não provoca a substituição da decisão anterior, 
que somente se dá quando o mérito recursal é julgado, mesmo que seja para 
manter a decisão. Se o recurso não for admitido não sobe o recurso. 
Efeito Extensivo: Art. 1.005, CPC. O recurso interposto por um dos 
litisconsortes a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. 
 
Pressupostos Recursais: 
Estamos falando de conhecimento e provimento: 
Conhecimentos: Requisitos formais. O juízo de admissibilidade recursal, que 
é dupla. 
Provimento: Análise de mérito, analisar o direito da parte que recorreu. 
O Art. 878, CLT só cabe na execução definitiva, não pode ser na provisória. 
 
Temos duas correntes referente aos embargos de declaração, se são 
dotados de natureza recursal ou não: 
1ª Corrente (tradicional minoritária): Defende que não gozam de natureza 
recursal; não são julgados por outro órgão judicial e sim pelo mesmo que proferiu a 
decisão embargada; não há previsão para o contraditório, interrompem o prazo para 
recurso, não objetivam reforma da decisão. 
O grande objetivo é inteira, completar a decisão, para futura interposição do 
recurso principal; Se têm por escopo sanar omissão, contradição ou 
obscuridade no julgado, não servem para a modificação da decisão que é da 
essência de qualquer recurso. 
2ª Corrente (moderna e majoritária): são dotados de natureza recursal. Um 
dos princípios que regem os recursos processuais é o da taxatividade ou da 
legalidade, somente será considerado recurso se houver previsão legal nesse 
sentido. 
Não tem apenas a função de inteirar, completar a decisão, suprindo omissão, 
contradição ou obscuridade no julgado. Ao opor embargos, é possível pleitear ao 
próprio juiz ou tribunal a modificação do julgado, consubstanciando o efeito 
modificativo ou infringente. Os embargos declaratórios têm o grande objetivo de 
todo e qualquer recurso, qual seja, a reforma do julgado. 
O STF, veio robustecer a tese defendida pela segunda corrente, pelo menos 
quando se tratar de embargos interpostos contra omissão do julgado que possa 
ocasionar efeito modificativo da decisão. 
É obrigatória a instauração do contraditório e os embargos podem ocasionar 
reforma do julgado. O fato de os embargos não se submeterem ao duplo grau de 
jurisdição não desfigura a sua natureza recursal, a exemplo do recurso de embargos 
de divergência no TST. 
A SBDI-1 do TST editou a OJ no 192: Em dobro o prazo para a interposição de 
embargos declaratórios por pessoa jurídica de direito público. Não tivesse a 
natureza de recurso, inexistiria embasamento legal para tal verbete. 
Em regra, a finalidade principal dos embargos de declaração, diferentemente 
do que se dá com os demais recursos, repousa não na modificação da decisão por 
eles hostilizada, mas tão somente no seu esclarecimento ou na sua 
complementação, salvo quando tais vícios puderem ocasionar efeito modificativo do 
julgado. 
Duplo juízo de admissibilidade recursal: Direito processual do Trabalho. 
Na CLT cabe somente embargos de declaração da sentença ou acórdão, no 
prazo de 5 dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão 
subsequente e a sua apresentação registrado na certidão, admitindo efeito 
modificativo na decisão. 
A Fazenda Pública, o MPT e a Defensoria, têm o prazo em dobro de 10 
dias. 
Preparo: Depósito das custas recursais, salvo embargos de declaração, pois 
este é isento de custas. 
São recursos trabalhistas isentos de preparo, tanto das custas quanto depósito 
recursal. 
 
Hipóteses de Cabimento: 
1º) Efeito Integrativo ou Completivo: São cabíveis para inteiras, completar o 
julgado. Assim, servem para sanar omissão, contradição ou obscuridade no julgado 
(sanar OCO). 
Omissão: Quando juiz não se pronuncia sobre questão processual relevante. 
Exemplo: O juiz omisso em relação a algum pedido ou prova produzida nos autos. 
Contradição: Quando o magistrado é contraditório em sua decisão. Exemplo: 
O dispositivo contradiz a fundamentação da sentença. 
Obscuridade: Quando há dificuldade de entendimento do teor da decisão do 
juiz. Há um movimento moderno da doutrina em prol da simplificação da linguagem 
jurídica. 
O CPC, no art. 1.022, III, trouxe outra modalidade de oposição de embargos 
declaratórios para aclarar a decisão, qual seja, corrigir erro material. 
 
Considera Omissa a Decisão que: 
1. Deixar de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos aplicável ao caso sob julgamento; 
2. Deixar de manifestar sobre incidente de assunção de competência aplicável 
ao caso sob julgamento; 
3. Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem 
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
4. Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto 
de sua incidência no caso; 
5. Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
6. Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em 
tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
7. Se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus 
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se 
ajusta àqueles fundamentos; 
8. Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente 
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em 
julgamento ou a superação do entendimento. 
 
Contradição 
Quando houver incoerência interna na decisão: 
Exemplo: O juiz, na fundamentação, entende que o reclamante não fazia 
horas extraordinárias, mas no dispositivo condena a empresa a pagá-las. 
A contradição poderá ocorrer na fundamentação,no dispositivo, entre a 
fundamentação e o dispositivo, bem como entre a ementa e o corpo do acórdão. 
Portanto, impõe-se que a incongruência seja dentro da decisão. 
Desse modo, não há falar em contradição quando a parte, por exemplo, 
interpõe embargos alegando que a decisão contraria as provas nos autos. Nesse 
caso, que se busca é a reforma da decisão e não o afastamento de contradição 
que, obrigatoriamente deverá ser dentro da própria decisão. 
 
Obscuridade: 
Quando falta clareza ou precisão da decisão. 
O art. 897-A da CLT fez alusão apenas à omissão, contradição e manifesto 
equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso, quando os embargos 
forem dotados de efeito modificativo, nada tratando sobre a obscuridade. 
Isso ocorre porque a obscuridade não terá efeito modificativo, pois “o que faz 
pronunciamento é só esclarecer o teor do primeiro, dando-lhe a interpretação 
autêntica. 
Desse modo, pensamos que o art. 1.022 do NCPC, deve ser aplicado 
subsidiariamente ante a omissão e compatibilidade com a seara trabalhista (CLT, 
art. 769), incidindo, portanto, os embargos de declaração na hipótese de 
obscuridade. 
Pensar de forma adversa será permitir que a prestação da jurisdição que 
apenas o julgados entende, não se preocupando se o jurisdicionado compreendeu 
ou não o provimento jurisdicional. 
 
Correção de Erro Materiais: 
No processo civil, a possibilidade de correção de erros materiais por meios dos 
embargos de declaração é expressa no art. 1.022, III do CPC. 
No processo do trabalho, a correção de tais erros não dependem da 
interposição de embargos de declaração, podendo ocorrer de ofício ou a 
requerimento de qualquer das partes, por simples petição, como prevê o art. 897-A, 
§ 1º, CLT. 
Nada impede, de a parte se utilizar dos embargos de declaração para correção 
de tais erros, mas não é necessariamente necessário. 
 
Quais são as espécies de decisões judiciais suscetíveis de oposição de 
embargos de declaração? 
O entendimento é pacífico em relação às sentenças e aos acórdãos. A 
controvérsia é acentuada quanto às decisões interlocutórias. 
Prevalece o entendimento favorável ao cabimento dos embargos de 
declaração em fase de decisões interlocutórias. O art. 1.022, caput, CPC dispõe 
que cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial, o que 
sedimenta o entendimento acima consignado. 
 
2º) Efeito Modificativo ou Infringente (Art. 897-A (...) § 2º, CLT): Eventual 
efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude 
da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, 
no prazo de 5 dias. 
Pleitear a reforma ou a modificação do julgado, nos casos de omissão, 
contradição ou manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do 
recurso. Assim, o efeito infringente ou modificativo no bojo dos encargos 
declaratórios somente é cabível nos seguintes casos: omissão, contradição, 
manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
Exemplo: Vamos supor uma reclamação trabalhista cujo objeto é o pedido de 
adicional de insalubridade, com a fundamentação fática de que o empregado presta 
serviços em contato com agente nocivos à saúde. Ele já possui laudo pericial 
comprovando a insalubridade do local de prestação de serviços, e a respectiva 
consta na lista de atividades insalubres do MTE. Esse laudo é anexado aos autos. 
O pedido é julgado improcedente por insuficiência de provas, visto que o juiz 
é omisso quanto à prova pericial. É cabível a oposição de embargos de 
declaração ventilando o efeito modificativo ou infringente, havendo a possibilidade 
jurídica da reforma do julgado pelo magistrado. 
Manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos de recurso 
(Art. 897-a parte final CLT): Os pressupostos extrínsecos/objetivos do recurso são 
requisitos de admissibilidade recursal, dizem respeito aos aspectos formais e 
processuais da própria decisão impugnada ou do próprio recurso em si. Exemplo: A 
regularidade formal, o preparo, a tempestividade, etc. 
Os recursos passam por dois juízos de admissibilidade recursal (juízo a quo e 
juízo ad quem), em regra. O objetivo é analisar o preenchimento dos pressupostos 
recursais. 
Equívoco no juízo a quo, o recurso cabível será o agravo de instrumento; e 
se houver um equívoco no juízo ad quem, o recurso será agravo regimental. 
Se houver um manifesto equívoco no exame dos pressupostos 
extrínsecos do recurso, um erro anormal ou crasso, dada a sua celeridade, são 
cabíveis os embargos de declaração com o objetivo de dar regular 
processamento ao recurso, cuja interposição foi denegada. 
Decisão Monocrática do Relator: O cabimento dos embargos de declaração 
da decisão monocrática do relator, proferida com base no art. 932 do CPC, passa 
pela análise do conteúdo do recurso, ou seja, se os embargos de declaração 
pretendem: 
● Apenas juízo integrativo da decisão; 
● Modificação do julgado. 
Súmula 421 TST. Embargos de Declaração. Cabimento. Decisão monocrática 
do relator calcada no art. 932 do CPC de 2015. Art. 557 do CPC de 1973. 
I. Cabem embargos de declaração da decisão monocrática do relator prevista 
no art. 932 do CPC, se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador 
da decisão e, não, modificação do julgado. 
II. Se a parte postular revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao 
relator converter dos embargos de declaração em agravo, em face dos 
princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao 
pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 
5 dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do 
Art. 1.021, § 1º, CPC. 
 
3º) Prequestionamento: Apresentam a função de prequestionar a matéria, 
objetivando a futura interposição de recursos de natureza extraordinária (recurso 
de revista, embargos no TST e recurso extraordinário). 
Há prequestionamento quando o tribunal se manifesta sobre a matéria ou 
questão discutida em sede de recurso de natureza ordinária. Somente se admite 
recurso de natureza extraordinária se em sua decisão o magistrado se manifestou 
acerca da tese trazida em debate. 
Súmula 297 TST: Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na 
decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 
Caso haja omissão do tribunal, são cabíveis embargos de declaração 
objetivando o respectivo pronunciamento sobre o tema pelo próprio órgão prolator, 
sob pena de preclusão. Isso somente é possível se a matéria tiver sido invocada no 
recurso principal (recurso de natureza ordinária, que admite a rediscussão de fatos 
e provas). 
A tese da inconstitucionalidade do prequestionamento, por ofensa aos 
princípios do duplo grau de jurisdição e amplo acesso ao Judiciário, e não há 
negativa de acesso ao Judiciário, mas sim limitação quanto à interposição de 
recursos em prol da efetividade e celeridade processual, prevalece o entendimento 
de que o prequestionamento é constitucional. 
Prequestionamento tácito: Existe quando, opostos os embargos de 
declaração para fins de prequestionamento, o Tribunal continua omisso quanto à 
pronúncia explícita sobre questão jurídica invocada no recurso principal. 
 
Juízos de Admissibilidade Recursal: 
Em regra, os recursos trabalhistas passam por dois juízos de admissibilidade 
recursal, onde se submetem à análise do preenchimentos dos pressupostos 
recursais no juízo a quo e no juízo ad quem. 
Exceção: Os embargos de declaração representam uma exceção, passando 
por um único juízo de admissibilidade recursal. 
São opostos e julgados perante o próprio juiz ou tribunal que proferiu a decisão 
impugnada, havendo a coincidência do único juízo de admissibilidade recursal com 
o juízo de mérito. Por questões de terminologia, o correto é falar “opor” embargos de 
declaração e não “interpor” embargos, em decorrência do único juízo de 
admissibilidaderecursal. 
Interrupção dos Prazos Recursais: Há discussão doutrinária e 
jurisprudencial sobre a interrupção dos prazos pelos embargos declaratórios: 
1ª Corrente: a simples oposição dos embargos declaratórios têm o condão de 
interromper o prazo do recurso principal. 
2ª Corrente: a interrupção do prazo do recurso principal depende do 
conhecimento dos embargos de declaração. 
O § 3o do art. 897-A da CLT, os embargos de declaração interrompem o prazo 
para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando 
intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura. 
CPC - Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo 
e interrompem o prazo para a interposição de recurso. 
 
24/03/2025 – Segunda - Feira 
Agravo de Petição do Agravo de Instrumento Art. 897, a, CLT 
É cabível contra despacho denegatório de seguimento de recurso no juízo a 
quo (primeiro juízo de admissibilidade recursal). Em regra, os recursos trabalhistas 
passam por dois juízos de admissibilidade, em que se analisa o preenchimento ou 
não dos pressupostos recursais pelo recorrente. 
Caso o primeiro juízo de admissibilidade, indevidamente, entenda que o 
recurso não preenche um dos requisitos e denegue seguimento, o recurso cabível a 
ser interposto com o escopo do regular processamento do recurso denegado é o 
agravo de instrumento. O agravo de instrumento é a “chave para destrancar recurso 
no juízo a quo” 
Juízos de Admissibilidade Recursal: 
O recurso deverá ser interposto perante o Órgão do Judiciário Trabalhista que 
denegou seguimento ao recurso, sendo este o juízo a quo, responsável pelo 
primeiro juízo de admissibilidade recursal. Assim, será possível o exercício do juízo 
de retratação ou de reconsideração pelo magistrado que denegou seguimento ao 
recurso. Trata-se do efeito regressivo do agravo de instrumento. 
Já o juízo ad quem é o Órgão do Judiciário Trabalhista competente para o 
julgamento do recurso denegado. Assim, o agravo será julgado pelo Tribunal que 
seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. 
Se houver despacho denegatório de seguimento de recurso no juízo ad quem 
(segundo juízo de admissibilidade recursal), o recurso a ser interposto para o 
regular processamento do recurso denegado não é o agravo de instrumento, e sim o 
agravo regimental (interno). 
Se um Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, no exercício do 
segundo juízo de admissibilidade recursal, indevidamente, denegar 
monocraticamente o seguimento de um recurso por entender que ele não preenche 
um dos pressupostos recursais, o recurso cabível será: O AGRAVO REGIMENTAL. 
Agravo de Instrumento: É cabível contra despacho denegatório de 
seguimento de recurso no juízo a quo (primeiro juízo de admissibilidade recursal). 
Agravo Regimental (Interno): É cabível contra despacho denegatório de 
seguimento no juízo ad quem (segundo juízo de admissibilidade recursal). 
No âmbito do TST, em especial no primeiro juízo de admissibilidade dos 
embargos no TST, a ser realizado pelo Presidente do TST, já não é mais cabível a 
interposição de agravo de instrumento, e sim de agravo regimental. 
No Processo do Trabalho, uma das grandes características dos recursos 
trabalhistas é a irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. Na hipótese 
de decisão interlocutória proferida pelo magistrado trabalhista, não é cabível a 
interposição de recurso imediato ou direto, somente sendo admitida a apreciação de 
seu merecimento em recurso da decisão definitiva (recurso mediato ou indireto). 
Decisão terminativa faz coisa julgada apenas formal, porque termina o 
processo sem resolução do mérito; decisão definitiva faz coisa julgada formal e 
material termina o processo com a análise do mérito. 
Na seara processual trabalhista, o agravo de instrumento é o recurso cabível 
contra despacho denegatório de seguimento de recurso no juízo a quo (primeiro 
juízo de admissibilidade recursal). 
 
Na esfera trabalhista, há uma série de situações reiteradas nas quais a 
concessão de tutela antecipada é o instrumento hábil a salvaguardar o direito da 
parte em razão do decurso do tempo de tramitação do processo e, deste, o risco de 
dano. Exemplo: 
a) a concessão de tutela antecipada para determinar a reintegração imediata 
ao emprego e o restabelecimento de plano de assistência à saúde a empregado 
enfermo que goza potencialmente de estabilidade; 
b) a concessão de tutela antecipada para o pagamento de verbas rescisórias 
de caráter alimentar. 
Em todos esses casos, a tramitação do processo até decisão final, sem 
salvaguarda antecipada, impõe ao demandante graves prejuízos que maculam e 
esvaziam o próprio provimento jurisdicional final, ainda que, por evidente, em alguns 
casos a concessão da tutela de urgência cujo objeto seja obrigação de pagamento 
deve ser avaliada com toda a cautela pela possibilidade de posterior arquivamento 
do feito pela ausência da parte reclamante. 
O objeto da tutela antecipada, conforme disposto no art. 893, § 1o, da CLT, 
classificado como decisão interlocutória, poderia ser submetido a recurso 
juntamente com a decisão final. A reclamada poderia se opor à tutela antecipada em 
sede de Recurso Ordinário, ofertando protesto antipreclusivo contra a decisão que 
concedeu a tutela antecipada e, assim, evitando a preclusão. Logo, exige-se o 
manejo de medida imediata para a obtenção de efeitos também céleres e eficazes, 
a saber: a impetração de Mandado de Segurança contra a tutela provisória. 
 
O agravo de instrumento deve ser interposto, no prazo de oito dias. Para a 
Fazenda Pública, o MPT e a Defensoria Pública, o prazo será em dobro, portanto, 
16 dias. O prazo para contrarrazões será de oito dias, salvo para o MPT, que terá o 
prazo em dobro. O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao 
recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao 
julgamento de ambos os recursos. 
O agravante deverá formar o respectivo instrumento, que é formado por um 
conjunto de peças processuais, sob pena de não conhecimento do agravo. O 
agravante poderá instruir a petição de interposição do agravo com peças 
facultativas, ou seja, as que ele reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito 
controvertida. 
Preparo: Na fase de conhecimento, o agravo de instrumento é isento de 
custas. Na fase de execução trabalhista, há necessidade de recolhimento de custas. 
Sequência de Atos Processuais: 
1. Juízo a quo denegou seguimento ao recurso interposto; 
2. O agravante interpõe o agravo de instrumento no próprio juízo que denegou 
seguimento ao recurso, permitindo-se o juízo de retratação ou de 
reconsideração; 
3. Caso o Órgão do Judiciário Trabalhista se retrate, o recurso “trancado” terá o 
seu regular processamento, com a intimação da parte contrária para 
oferecimento de contrarrazões; 
4. Em contrapartida, se o Órgão do Judiciário Trabalhista não se retratar, o 
agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso 
principal (contraminuta do agravo e contrarrazões do recurso), instruindo-a 
com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os 
recursos; 
5. Caso provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso 
principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento 
relativo a esse recurso. 
 
31/05/2025 – Segunda - Feira 
Agravo de Petição: 
É o recurso próprio para impugnar decisões proferidas no curso do processo 
(ou da fase) de execução. 
Prazos: Em regra geral dos recursos trabalhistas, qual seja, são 08 dias para 
minuta a contraminuta. Com exceção da Fazenda Pública, do MPT e do DP, que o 
prazo é em dobro, ou seja, 16 dias. 
Preparo: Em relação às custas, o agravante deverá recolher o importe de 
R$44,26, conforme dispõe o art. 789-A (sempre de responsabilidade do executado e 
pagas ao final), VI, CLT. 
Atenção: O art. 40 da Lei8.177/90 (estabelece regras para a desindexação 
da economia e dá outras providências) não menciona agravo de petição para 
depósito recursal. 
Súmula 128 TST: Depósito Recursal: I - É ônus da parte recorrente efetuar o 
depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena 
de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para 
qualquer recurso. (ex-Súmula no 128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, 
que incorporou a OJ no 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998); 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer 
de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5o da CF/1988. Havendo, porém, 
elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. 
(ex-OJ no 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito 
recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que 
efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ no 190 da SBDI-1 - 
inserida em 08.11.2000) Observação: (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais 
nos 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
Agravo de Petição para Decisão Interlocutória (Não Cabimento): A decisão 
proferida em sede de impugnação aos cálculos (art. 879, § 2o, CLT) possui natureza 
interlocutória, o que a torna irrecorrível de imediato, mas não impede que a matéria 
seja discutida após a garantia integral da execução, com abertura de prazo para o 
ajuizamento dos embargos à execução pelos Executados, nos termos art. 884, § 3o, 
CLT. 
Agravo de Petição para Decisão Interlocutória (Conhecimento): Não há 
como se admitir agravo de petição contra decisão interlocutória ou mero despacho, 
proferidos na fase de execução, sob pena de se violar o disposto no artigo 893, 
parágrafo 1o e 897, a da CLT. 
Hipótese de Cabimento: É o recurso cabível contra as decisões terminativas 
(sem resolução do mérito) e definitivas (com resolução do mérito) proferidas na fase 
de execução trabalhista, abrangendo a liquidação. O Agravo de Petição é o Recurso 
Ordinário da execução trabalhista. 
Assim, podemos mencionar como exemplos os casos dos embargos à 
execução e os embargos de terceiro. Ambos gozam da natureza jurídica de ação de 
conhecimento. Se ajuizados na fase de execução trabalhista, o magistrado proferirá 
sentença, e dessa decisão caberá agravo de petição a ser julgado pelo Tribunal 
Regional do Trabalho. 
Quanto à “sentença” de liquidação, ou seja, o ato judicial que resolve o 
incidente processual de liquidação de sentença, é preciso atentar para o que dispõe 
o § 3o do art. 884 da CLT: “Somente nos embargos à penhora poderá o executado 
impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo 
prazo”. 
A “sentença de liquidação” não é recorrível e, sim, impugnável por embargos à 
penhora (rectius, embargos do executado) ou impugnação do credor, sendo certo 
que esses remédios processuais não possuem natureza jurídica de recursos. 
No processo do trabalho não cabe agravo de petição para atacar decisão, seja 
na fase de conhecimento ou na fase de execução, que denegar assistência 
judiciária à parte, tendo em vista o princípio da irrecorribilidade imediata das 
decisões interlocutórias (CLT, art. 893, § 1º) 
Juízos de Admissibilidade: Depende da instância em que a execução está 
tramitando. Caso a execução esteja tramitando no primeiro grau de jurisdição 
trabalhista, o juízo a quo do agravo de petição será a Vara do Trabalho e o juízo ad 
quem, o Tribunal Regional do Trabalho. 
Se a execução estiver tramitando no segundo grau de jurisdição trabalhista, o 
juízo a quo do agravo de petição será o Tribunal Regional do Trabalho e o juízo ad 
quem, o próprio TRT, presidido pela autoridade recorrida. Isso é possível porque no 
Tribunal Regional existe uma hierarquia de órgãos: Desembargador – Turma – 
Seção – Pleno. 
Assim, ainda que a execução trabalhista esteja tramitando na segunda 
instância, o julgamento do agravo de petição será pelo próprio Tribunal Regional do 
Trabalho, pelo órgão previsto no Regimento Interno do Tribunal. 
Contribuições Sociais: De acordo com o § 8o do art. 897 da CLT, quando o 
agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução 
determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em 
apartado, e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta.

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