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Os princípios constantes do artigo 4º do CDC.

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Os princípios constantes do artigo 4º do CDC.
Inciso I - Princípio da Vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo: é ele quem assegura que o consumidor, parte mais fraca, terá garantido a proteção face o poderio do fornecedor. Com ele, busca-se igualar uma relação que é, por natureza, desigual.
Inciso II - Princípio da ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: Verifica-se que o Estado tem obrigação de, mediante ação direta ou indireta, proteger os interesses dos consumidores, bem como garantir a efetividade dos direitos desses. A necessidade da intervenção governamental se dá em virtude de o consumidor ser, reconhecidamente, a parte mais fraca da relação jurídica de consumo.
Inciso III - Princípio da Harmonia das Relações de Consumo: encontra-se previsto no  artigo 4º, caput e inciso III. Ele é informativo da relação de consumo que possui por fundamento a justiça distributiva e tem por objetivo equilibrar os interesses envolvidos nesta relação jurídica. Busca-se o atendimento das necessidades dos consumidores e o cumprimento do objeto principal que justifica a existência do fornecedor, qual seja fornecer bens e serviços de forma a atender o mercado. Na satisfação de suas necessidades, acaba por se submeter aos sortilégios dos fornecedores de produtos e serviços, gerando um desequilíbrio na relação jurídica. Essa situação de desequilíbrio é prejudicial para o convívio dos atores sociais, motivo pelo qual, a busca da harmonia visa assegurar a igualdade no seio do mercado de consumo.
Princípio da Boa Fé: é um fator de limitação da autonomia da vontade na fase pré-contratual e pós-contratual e mesmo durante a execução do contrato. Isso porque ele é uma norma que condiciona e legitima toda a experiência jurídica, desde a interpretação dos mandamentos legais e das cláusulas contratuais até as suas últimas conseqüências, na busca de coibir abusos e de contribui para um comportamento adequado e ético nas relações jurídicas.
Boa Fé objetiva: No tocante à boa-fé objetiva, também denominada concepção ética da boa-fé, traduz-se num dever ser, impondo aos partícipes da relação jurídica o dever de agir com correção, segundo os padrões de comportamento do homem médio, estabelecida e reconhecida no meio social. Essa acepção configura um dever jurídico, que obriga a prática de certa conduta em vez de outra, não se limitando a operar como uma justificativa para um determinado comportamento.
Boa Fé subjetiva: Por sua vez, a boa-fé subjetiva, conhecida também por concepção psicológica da boa-fé, traduz-se na crença, daquele que manifesta a sua vontade, de que sua atitude é correta. É nitidamente um estado psicológico, não se atendo ao comportamento externo do agente. Ela denota um estado de consciência de atuar em conformidade ao direito, ou uma ideia de ignorância, de crença errônea, ainda que escusável, acerca da existência de uma situação regular.
Inciso IV - Principio Educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo: pressupõe, necessariamente, a comunicação prévia do fornecedor ao consumidor para que lhe sejam proporcionadas condições para julgar se o caso é de proceder à aquisição ou a utilização do produto ou serviço, sob pena de frustração dos seus interesses. Desta forma, ele é oponível a todos aqueles que fornecem produtos e serviços no mercado de consumo, bem como desobriga o consumidor de arcar com os obrigações, bem como obedecer a cláusulas contratuais às quais não foi informado ou não teve acesso.
Inciso V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo: que a trata como um direito, um mecanismo básico na busca de melhoria no mercado de consumo. Com base no conceito de princípios adotado na presente dissertação, a educação é um comportamento fim que deve ser perquirido pela legislação protetiva do consumidor, pela sociedade e pelo Poder Público. É um fim a ser alcançado.
A educação possui papel fundamental na formulação da mentalidade do consumidor, sendo considerado o elemento chave. Isso porque, o consumidor educado tem uma postura consciente diante do ato de consumidor. Ela é importante para a formação de um consumidor-cidadão, que mesmo sendo a parte mais vulnerável na relação de consumo, educado, tem o poder de escolha sobre os produtos e serviços colocados à sua disposição no mercado.
Estes dois princípios estão  previstos no artigo 4º, IV do CDC, que dispõem que devem ser proporcionados ao consumidor informações claras e precisas sobre seus deveres, direitos e do bem ou serviço adquirido conforme transcrito:
Inciso VI – Principio da Coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores: O inciso VI é norma que reclama efetividade para a proteção do consumidor, ao determinar a coibição e repressão de todos os abusos praticados no mercado de consumo. Para sua efetividade, deve-se então ser capaz, qualquer agente encarregado de sua aplicação, de bloquear os incentivos para o descumprimento da norma consumerista. Essa atuação exige atenção para a racionalidade do fornecedor e o modo como construiu o descumprimento da norma. Não raro, o fornecedor está preparado para arcar com o ônus do cumprimento parcial determinado em juízo ou terá proveito apesar de determinado tipo ou quantificação de sua responsabilidade  civil ou administrativa.
Por isso a importância não apenas da tutela coletiva, mas da capacidade de se buscar converter o fornecedor em direção ao CDC também nas demandas individuais, por exemplo.
Por outro lado, o CDC quer no mesmo inciso se coordenar com outros ramos do direito que tenham o consumidor como um de seus fins. De fato, o direito do consumidor não é o único que atenta para a sua proteção. Usando idéias diversas, como bem estar do consumidor ou sua confiança, o direito antitruste, o direito comercial e a legislação de propriedade industrial buscam na tutela do consumidor um dos fundamentos de sua existência.
Inciso VII -  Princípio da Racionalização e melhoria dos serviços públicos;
Por um lado, o CDC é uma norma principiológica e de conceitos indeterminados. Por outro, determinadora da intervenção do poder público no mercado de consumo. A aplicação dos conceitos do CDC é propositadamente flexível, exatamente para permitir que o Código consiga acompanhar as modificações no mercado de consumo. Esse mercado não é uma realidade dada, mas dinâmica. Envolve novos produtos, novas tecnologias, novas práticas, novas dimensões de endividamento e consumo, novos canais de marketing, novos nichos de consumidores, etc. Fundamental então que o CDC consiga se atualizar, no que depende do conhecimento sobre as modificações do mercado de consumo.
 A intervenção do Estado também dessa espécie de estudo é dependente. A intervenção não só deve ser capaz de produzir informação para ser efetiva, como deve ser capaz de medir os efeitos de sua atuação, a atualidade de seus programas e o contexto do mercado regulado.
O “estudo constante das modificações do mercado de consumo” se coordena também com outros princípios consumeristas. Relaciona-se com a transparência no mercado de consumo e é, por sua vez, elemento para o desenvolvimento. Pode definir incentivos para o fornecedor melhorar a qualidade de seus produtos e serviços para o poder público racionalizar serviços públicos. O crescimento da política regulatória no modelo de agencias reguladoras e o desenvolvimento da sociedade.
 Inciso VIII – Princípio do estudo constante das modificações do mercado de consumo
Princípio da Transparência: o fornecedor tem o dever de prestar informações claras e corretas sobre o produto a ser vendido, sobre o contrato a serfirmado, refletindo na lealdade e respeito entre as partes da relação de consumo. A ideia central é possibilitar uma aproximação e uma relação contratual mais sincera e menos danosa entre consumidores e fornecedor. 
Este princípio obriga que haja clareza em qualquer tipo de informação prestada ao consumidor e em qualquer atividade de incentivo ao consumo, como o Marketing, por exemplo, e pode ser identificado no artigo 4º do CDC, caput.

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