Implante--coclear

Prévia do material em texto

Implante Coclear Implante Coclear 
Referência Bibliografia: Tratado de Audiologia, segunda edição. Capítulo 43.
@fonoarielcecon 
Esse permitiu que pessoas com
deficiência auditiva de grau severo e/ou
profundo consigam ter acesso ao
mundo sonoro. 
O implante coclear é um dispositivo
eletrônico desenvolvido para realizar a
função das células ciliadas que estão
danificadas ou ausentes, transformando
a energia sonora em baixos níveis de
corrente elétrica, de modo a
proporcionar a estimulação elétrica das
fibras remanescentes do nervo auditivo. 
O implante coclear é constituído de 
componente externo e componente
interno:
COMPONENTES INTERNOS
A unidade interna é implantada
cirurgicamente dentro o ouvido do
paciente. Possui um feixe de eletrodos
que será posicionado dentro da cóclea
(órgão da audição com formato de
caracol). Este feixe de eletrodos se
conecta a um receptor (decodificador)
que ficará localizado na região atrás da
orelha, implantado por baixo da pele.
Junto ao receptor fica a antena e o imã
que servem para fixar a unidade
externa e captar os sinais elétricos.
COMPONENTES EXTERNOS
A unidade externa é constituída por um
processador de fala, uma antena
transmissora e um microfone. A unidade
externa é a parte do implante que fica
aparente e pode ser de dois tipos:
retroauricular ou tipo caixa. A antena
transmissora possui um imã que serve para
fixá-lo magneticamente junto a antena da
unidade interna (que possui um imã).
COMO FUNCIONA?
O estímulo acústico é detectado pelo
microfone e transmitido por um cabo ao
processador de fala, o qual codifica os
impulsos elétricos recebidos e envia a
informação codificada para a antena
transmissora. 
Um ímã é colocado em ambos os
componentes externo e interno (antena
transmissora e receptor estimulador)
dessa forma faz com que os dois
componentes, separados pela pele,
possam ser conectados. 
O sinal codificado é transmitido através
da pele (transcutânea) por
radiofrequência. A informação é captada
pelo receptor estimulador interno, que
converte os códigos em sinais elétricos e
libera os impulsos elétricos para os
eletrodos intra-cocleares programados
separadamente, transmitindo os
impulsos elétricos para fibras nervosas
específicas ao longo da cóclea. 
Sendo assim, após a interpretação da
informação no cérebro o usuário de
implante coclear poderá ser capaz de
experimentar a sensação auditiva. 
Implante Coclear Implante Coclear 
@fonoarielcecon 
É um dispositivo que trás muitos
benefícios ao usuário, inclusive em
crianças com deficiência auditiva pré -
lingual de grau severo e/ou profundo o
implante coclear tem se tornado prática
clínica padrão. 
A triagem auditiva neonatal, o
diagnóstico da deficiência auditiva no
primeiro ano de vida, a terapia
fonoaudiológica fundamentada pela
abordagem aurioral desde a
identificação da deficiência auditiva e ao
longo de todo o processo terapêutico
são essenciais para a decisão do melhor
tratamento para o paciente.
Dependendo do grau de perda auditiva o 
implante coclear pode potencializar a
aquisição da linguagem oral para as
crianças. 
QUAL A MELHOR IDADE PARA FAZER A
CIRURGIA DE IMPLANTE COCLEAR?
Existem critérios de seleção de
candidatos e indicação do implante
coclear nas diferentes faixas etárias. 
Referência Bibliografia: Tratado de Audiologia, segunda edição. Capítulo 43.
O período ideal para implantar uma
criança com deficiência auditiva pré -
lingual está dentro dos primeiros 3,5
anos de vida, quando as vias auditivas
centrais apresentam plasticidade
neuronal máxima, tendo uma
diminuição expressiva desta
plasticidade neuronal auditiva após os 7
anos de idade.
Inclusive alguns estudos indicam que
crianças implantadas antes de um ano de
idade que estejam em programas
terapêuticos com ênfase nas habilidades
auditivas e na linguagem oral podem ter
resultados melhores se comparadas às
crianças que receberam implante coclear
entre 12 e 18 meses de idade .
CONDIÇÕES PARA IMPLANTE COCLEAR
Condições para criançasCondições para crianças
Deficiência auditiva neurossensorial de
grau severo e ou profundo bilateral
Idade mínima de 6 meses para
deficiência auditiva profunda ou 18
meses para deficiência auditiva de grau
severo
Idade máxima de 36 meses para
deficiência auditiva pré-lingual
Permeabilidade coclear para a inserção
dos eletrodos
Limiares auditivos tonais iguais ou
superiores a 70 dBNA a partir da
frequência de 1000Hz
Benefícios limitado das habilidades
auditivas com o uso de AASI (aparelhos
de amplificação sonora individual)
Baixo índice de reconhecimento auditivo
em testes de percepção da fala com
amplificação
Implante Coclear Implante Coclear 
@fonoarielcecon 
Deficiência auditiva sensorioneural de grau severo a profundo ou profundo
pós-lingual bilateral.
Referência Bibliografia: Tratado de Audiologia, segunda edição. Capítulo 43.
Condições para Adultos
Surdez pré-lingual com código linguístico oral estabelecido.
Deficiência auditiva progressiva.
Deficiência auditiva súbita, de preferência uma surdez inferior à metade do
tempo de vida sem deficiência auditiva.
limiares auditivos com aparelhos de amplificação sonora individual >60
dBNA nas frequências de fala, escore de percepção de falaauditivo resultando em uma sensação de 
audição.
Na deficiência auditiva pré- lingual os
resultados são melhores quando o
implante coclear é realizado nos
primeiros anos de vida. Resultados
excelentes podem também ser obtidos
em crianças e em adultos com
deficiência auditiva pós -lingual, ou seja,
quando a linguagem oral já está
estabelecida. 
A permeabilidade coclear para a
inserção cirúrgica dos eletrodos
(ausência de fibrose ou de ossificação)
deve ser comprovada antes da cirurgia.
O diagnóstico por imagem dos temporais,
realizado por meio da tomografia
computadorizada e da ressonância
magnética, possibilita a avaliação pré- -
cirúrgica da cóclea, dos canais
semicirculares e da mastóide. 
Principalmente a criança com deficiência
auditiva pré- lingual precisará de todo o
incentivo dos pais e dos cuidadores, e
sobretudo do fonoaudiólogo, para
desenvolver as habilidades auditivas e a
linguagem oral com o implante coclear. 
Principalmente a criança com deficiência
auditiva pré- lingual precisará de todo o
incentivo dos pais e dos cuidadores, e
sobretudo do fonoaudiólogo, para
desenvolver as habilidades auditivas e a
linguagem oral com o implante coclear. 
ACOMPANHAMENTO FONOAUDIOLÓGICO
A avaliação do funcionamento do
implante coclear deve ser feita
periodicamente pelo fonoaudiólogo, em
intervalos bimestrais e trimestrais nos
primeiros anos de uso do dispositivo, e em
intervalos maiores no decorrer dos anos
de uso do implante coclear. 
O mapeamento e o balanceamento dos
eletrodos, a telemetria de respostas
neurais são procedimentos necessários
para a programação do processador de
fala, e permitirão o melhor uso do
implante coclear. É necessário também a
manutenção constante do componente
externo do implante coclear (cabos,
antena transmissora e processador de
fala). 
Implante Coclear Implante Coclear 
@fonoarielcecon 
Referência Bibliografia: Tratado de Audiologia, segunda edição. Capítulo 43.
IMPLANTE COCLEAR EM CASOS ESPECIAIS
Nos implantes cocleares pode-se prever
benefícios na (re)habilitação auditiva de
crianças e adultos com deficiência
auditiva neurossensorial de grau severo
e profundo, que não se beneficiam com
os aparelhos de amplificação sonora
individuais. 
No entanto, há casos especiais, são
aqueles casos mais complexos nos quais
os indicadores de bons resultados não
são tão evidentes e o prognóstico muitas
vezes pode não ser animador. 
Cócleas ossificadas
Malformações cocleares
Hipoplasia do nervo auditivo
Desordem do espectro da neuropatia
auditiva
Múltiplas deficiências
Abaixo estão alguns casos especiais:
Alguns exames são feitos para avaliar
toda a anatomia e fisiologia da formação
coclear do paciente. Temos por exemplo
a ressonância magnética que é utilizada
para subsidiar o diagnóstico por imagem
dos temporais, provendo informações
das estruturas de tecido mole, tais como
as membranas labirínticas e as
estruturas neurais, importante
informação sobre a sobrevivência de
elementos neurais necessários para a
estimulação elétrica. 
Exercícios de fixaçãoExercícios de fixação
1) Quais a função do Implante Coclear na
cóclea?
2) Quais são os componentes externos e 
os componentes internos do IC?
Implante Coclear Implante Coclear 
@fonoarielcecon 
Referência Bibliografia: Tratado de Audiologia, segunda edição. Capítulo 43.
3) Como o sinal é decodificado pelo
implante?
4) Qual a diferença entre bilateral e
binaural?
5) Assinale a alternativa incorreta:
A)A indicação do IC bilateral pode
ocorrer sequencialmente, quando as
cirurgias dos dois ouvidos são realizadas
com intervalo de meses ou de anos
entre elas, ou simultaneamente.
B)A avaliação do funcionamento do
implante coclear deve ser feita
periodicamente pelo fonoaudiólogo.
C) Crianças mais jovens no momento
da segunda cirurgia de implante coclear
alcançam maiores benefícios.
D) A maioria dos usuários de IC relatam
que podem localizar a posição e a
origem das fontes sonoras sem
nenhuma dificuldade.
GabaritoGabarito
1)Realizar a função das células ciliadas
que estão danificadas ou ausentes,
transformando a energia sonora em
baixos níveis de corrente elétrica, de
modo a proporcionar a estimulação
elétrica das fibras remanescentes do
nervo auditivo
2)Interna -> Possui um feixe de eletrodos
que será posicionado dentro da cóclea
(órgão da audição com formato de
caracol). Este feixe de eletrodos se
conecta a um receptor (decodificador).
Externa -> É constituída por um
processador de fala, uma antena
transmissora e um microfone.
3) O estímulo acústico é detectado pelo
microfone e transmitido por um cabo ao
processador de fala, o qual codifica os
impulsos elétricos recebidos e envia a
informação codificada para a antena
transmissora. 
4)O sinal codificado é transmitido através
da pele (transcutânea) por
radiofrequência. A informação é captada
pelo receptor estimulador interno, que
converte os códigos em sinais elétricos e
libera os impulsos elétricos para os
eletrodos intra-cocleares programados
separadamente, transmitindo os impulsos
elétricos para fibras nervosas específicas
ao longo da cóclea. 
5) D