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Psicologia escolar e psicologia da
educação
A psicologia da educação é essencial para profissionais da educação entenderem a história, as teorias do
desenvolvimento e da aprendizagem e a função social da escola. Isso contribui para tornar a
aprendizagem mais significativa para os estudantes.
Prof. Alberto Abad, Profa. Renata Casemiro Cavour
1. Itens iniciais
Objetivos
Reconhecer o lugar da psicologia da educação na ciência psicológica e suas interfaces com outras 
subáreas da psicologia.
Identificar, por meio da história, as principais escolas de psicologia, seus representantes e 
contribuições fundamentais para a psicologia da educação.
Identificar as principais teorias do desenvolvimento e da aprendizagem.
Reconhecer a função social da escola.
Introdução
Você sabia que a educação é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação? Sim,
de fato, o professor, filósofo e pedagogo brasileiro Dermeval Saviani sempre defendeu a ideia de que, para
beneficiar a sociedade em todos os campos econômico-sociais, é fundamental converter o investimento em
educação no eixo principal do desenvolvimento. Isso se reflete diretamente na qualidade de vida de seus
habitantes, como nas áreas de saúde, habitação, emprego e mobilidade social.
Estudar, aprofundar e fomentar a pesquisa no campo da psicologia da educação e da psicologia escolar é vital
para o desenvolvimento do Brasil, o que se reflete diretamente na qualidade de vida dos brasileiros. Assim, em
nosso estudo sobre a psicologia da educação e a psicologia escolar, iniciaremos com a definição dos
conceitos básicos, localizando a psicologia da educação no campo da ciência psicológica e diferenciando a
psicologia da educação da psicologia escolar.
Em seguida, traremos uma breve história da psicologia e as principais contribuições dos psicólogos mais
destacados que se debruçaram na área de aprendizagem. Estudaremos duas teorias representativas da
psicologia do desenvolvimento e da psicologia do ensino e aprendizagem. Por fim, analisaremos a função
social da escola e contextualizaremos a queixa escolar na atualidade.
• 
• 
• 
• 
Criança em consulta com psicóloga.
1. Conceitos básicos em psicologia da educação
Psicologia da educação e ciência psicológica
Explore, neste vídeo, a psicologia da educação e a ciência psicológica, partindo da etimologia da palavra
“psicologia” até a explicação do objetivo de cada uma das áreas do saber.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Você já parou para pensar no que a palavra psicologia realmente significa?
A psicologia é muito mais do que apenas uma ciência. Ela é uma janela para compreendermos a complexidade
da mente humana e suas interações com o mundo ao nosso redor. Se buscarmos suas raízes etimológicas,
encontraremos:
A psicologia é, literalmente, é o tratado da alma.
Mas vamos além das definições clássicas. No século XIX, o renomado psicólogo William James descreveu a
psicologia como a ciência da vida mental, isto é, o estudo dos fenômenos que acontecem em nossas mentes,
desde sentimentos e desejos até raciocínios e decisões. Hoje, a Associação Americana de Psicologia (APA) a
define como o estudo da mente e do comportamento.
Imagine a psicologia como uma ferramenta multifacetada que nos ajuda a decifrar os processos que ocorrem
nas mentes, nos comportamentos e que envolvem as emoções humanas. Portanto, a psicologia nos permite
entender como nos relacionamos uns com os outros e como reagimos ao mundo ao nosso redor.
Ao mergulharmos nos meandros da mente, a psicologia nos capacita a lidar com problemas de
saúde mental e comportamental, tanto no tratamento como na prevenção.
O que torna a psicologia verdadeiramente fascinante é o fato de ela ser aplicável a todas as áreas da vida
humana. Ela desempenha papel fundamental desde a melhoria das relações interpessoais até o
aprimoramento do ambiente de trabalho e do sistema educacional.
Por exemplo, quando experimentamos ansiedade ou grande
tristeza, a psicologia nos mostra que não estamos sozinhos
e que existem maneiras de lidar com esses sentimentos.
E não é só isso! Ela nos ajuda a melhorar nossos
relacionamentos, seja com nossos amigos, famílias ou
colegas de trabalho, contribuindo com dicas preciosas
sobre como nos comunicar melhor e resolver conflitos.
Na escola, a psicologia nos mostra as dificuldades de
aprendizagem, como lidar com a pressão dos estudos e
como aprender melhor.
A psicologia nos guia pelos desafios da vida, fornecendo-nos meio para enfrentarmos esses obstáculos e
sairmos mais fortes e confiantes. Ela está sempre pronta para nos ajudar a sermos a nossa melhor versão! 
Psyché 
Palavra que vem do grego antigo e
significa alma.
Logia 
Palavra que também vem do grego
antigo e é traduzida como tratado.
Existem várias subáreas na psicologia, e cada uma foca uma especialidade para melhorar diferentes aspectos
de nossas vidas. Vamos falar mais sobre isso!
Psicologia da educação
Também conhecida como psicologia educacional, dedica-se a entender o processo de ensino-aprendizagem
em ambientes educacionais. Por meio dela, podemos criar estratégias e técnicas para ajudar docentes a
identificarem e superarem as dificuldades dos alunos, como gerenciamento de motivação, tempo e
organização.
Ela fornece um mapa para criar um ambiente escolar mais acolhedor e propício ao crescimento dos alunos,
desenvolvendo habilidades:
Cognitivas Afetivas
Sociais
Vamos dar uma olhada em como isso acontece na prática. 
Imagine que um aluno tenha dificuldades para se concentrar nas aulas e manter a atenção. A psicologia da
educação contribui com técnicas e atividades que estimulam a concentração, como jogos interativos ou
métodos de estudo mais dinâmicos.
Quando se trata de desenvolver habilidades emocionais, como resiliência ou inteligência emocional, a
psicologia da educação também é importante. Por exemplo, se uma criança está passando por um momento
difícil em casa, a escola pode oferecer apoio emocional e atividades que promovam a expressão de
sentimentos, auxiliando-a a lidar com os problemas de forma saudável.
Não podemos esquecer as habilidades sociais. A psicologia da educação trabalha para criar um ambiente no
qual os alunos possam praticar a comunicação eficaz e aprender a resolver conflitos sociais de forma
construtiva. Isso pode ocorrer por meio de trabalho em equipe ou projetos que incentivem a colaboração e o
respeito mútuo.
Resumindo
A psicologia da educação ajuda os alunos a adquirirem conhecimentos acadêmicos e os prepara para
enfrentarem os desafios da vida de forma mais completa e equilibrada. Ela contribui para fazer da escola
um lugar verdadeiramente especial. 
Atividade 1
Questão 1
Considere o seguinte caso:
 
Em uma escola secundária, um grupo de estudantes apresenta dificuldades de aprendizagem e
comportamentais em sala de aula. O corpo docente luta para entender e lidar com esses desafios, e a direção
da escola busca soluções para melhorar o ambiente educacional.
 
Observando o contexto, como a psicologia da educação poderia contribuir para ajudar esses discentes e
promover um ambiente escolar mais propício ao aprendizado e ao desenvolvimento?
A
Oferecendo apoio emocional aos alunos, ajudando-os a lidarem com questões pessoais que podem estar
afetando seu desempenho acadêmico.
B
Fornecendo estratégias e técnicas de ensino adaptadas às necessidades individuais dos alunos, facilitando,
assim, seu processo de aprendizagem.
C
Promovendo a comunicação eficaz entre estudantes e docentes, facilitando o reconhecimento e a resolução
de conflitos em sala de aula.
D
Auxiliando na implementação de programas de desenvolvimento de habilidades sociais, incentivando a ajuda e
a resolução pacífica de conflitos entre os alunos.
E
Colaborando com os responsáveis dos alunos, fornecendo orientações e recursos para apoiar o aprendizado e
o desenvolvimento de seus filhos em casa.
A alternativa B está correta.
A psicologia educacional pode oferecer métodos e abordagenspara aprimorar práticas educacionais.
C
Oferecer serviços de aconselhamento psicológico para estudantes do ensino médio.
D
Realizar estudos sobre a eficácia de medicamentos para o tratamento de distúrbios de aprendizagem.
E
Criar políticas governamentais para reformar o sistema educacional no Brasil.
A alternativa B está correta.
A Abrapee tem como objetivo principal estabelecer uma ponte entre a psicologia escolar e educacional e a
prática educacional, visando ao desenvolvimento de intervenções e práticas educacionais mais eficazes e
centradas no aluno.
Ao promover essa interação entre psicólogos e educadores, a Abrapee contribui para a melhoria da
qualidade da educação no Brasil, bem como para o desenvolvimento integral dos estudantes.
Função social da escola
Neste vídeo, refletiremos sobre a função social da escola, com destaque para o processo de socialização, a
reprodução social e a cultural.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A história da psicologia da educação/escolar está atrelada às mudanças e aos desafios educativos no Brasil.
Como exemplos dessas mudanças, podemos citar a ampliação e a universalização do acesso ao ensino
obrigatório no país (década de 1960) e a instituição da Lei de Cotas (2012).
No livro Função social da escola e organização do trabalho pedagógico, o professor José Geraldo
Silveira Bueno considera que, para falar da função social da escola, é imprescindível considerar a
relação entre indivíduo, sociedade e sua constituição recíproca – a escola cumpre o papel de
reprodutora das relações sociais e de apoio à manutenção do status quo (BUENO, 2001).
Conheça a seguir, características das funções essenciais da escola e da psicologia escolar.
Funções essenciais da escola
Referem-se à formação de cidadãos conscientes da realidade em que vivem, para que possam
participar ativa, informada e conscientemente da vida social, política e econômica brasileira na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária, com respeito às diferenças individuais, e com
um sentido de inclusão (ABRAPEE). O professor Bueno, nesse sentido, enfatiza que a escola precisa
dar “conta tanto do acesso à cultura tanto quanto de constituir-se como um espaço de convivência
social que favoreça e estimule a formação da cidadania” (BUENO, 2001, p. 6).
Funções essenciais da psicologia da educação/escolar
Referem-se ao trabalho com os sujeitos ao longo dos processos de ensino e aprendizagem, sendo a
divulgação de atividades práticas e de pesquisa dos psicólogos escolares e educacionais, observada
nos objetivos da ABRAPEE, uma delas. Assim, para atingir uma das funções essenciais da escola, isto
é, a formação de cidadãos, é preciso que a metodologia de ensino privilegie o processo de
aprendizagem e a formação de cidadãos ativos, responsáveis e conscientes de seu papel na
sociedade (BUENO, 2001).
O professor Bueno (2001), em forma resumida, considera que o acesso à cultura e a criação de um espaço de
convivência social que favoreça e estimule a formação da cidadania são as principais funções sociais da
escola. A escola há de facilitar o desenvolvimento do processo de socialização das novas gerações para
garantir a reprodução social e cultural da sociedade.
Atividade 2
Questão 1
Sabe-se que a escola cumpre mais funções do que só educar. Selecione a opção que melhor descreve a
função social da escola.
A
Proporcionar apenas conhecimento acadêmico aos alunos.
B
Preparar os estudantes exclusivamente para o mercado de trabalho.
C
Desenvolver habilidades sociais e emocionais, além de transmitir conhecimentos.
D
Oferecer atividades extracurriculares sem relação com o processo de aprendizagem.
E
Promover a competição entre os alunos para estimular o desempenho acadêmico.
A alternativa C está correta.
Embora a escola seja fundamental na transmissão de conhecimentos acadêmicos, sua função social vai
além disso. Ela é um espaço em que os alunos têm oportunidade de desenvolver habilidades sociais,
emocionais e cognitivas essenciais para sua vida pessoal e profissional e como cidadãos.
Isso inclui aprender a trabalhar em equipe, resolver conflitos, comunicar-se eficazmente, desenvolver
empatia e lidar com as próprias emoções. Portanto, a função social da escola é criar um ambiente que
promova o desenvolvimento integral dos alunos, preparando-os para se tornarem membros responsáveis e
produtivos da sociedade.
Queixa escolar atual no Brasil
Acompanhe, neste vídeo, a queixa escolar, abordando as principais dificuldades enfrentadas no processo de
escolarização dos alunos. Falaremos ainda sobre a principal queixa da atualidade em nosso país!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A queixa escolar refere-se às dificuldades enfrentadas no processo de escolarização. Nesse sentido, para
entender essas dificuldades, é preciso considerar o momento histórico em que elas surgem. Já vimos que a
história da psicologia da educação/escolar está atrelada às mudanças e aos desafios educativos no Brasil em
épocas diferentes, logo, para entender a queixa escolar na atualidade, devemos também fazer uma
contextualização.
Todos vivemos os efeitos devastadores da pandemia da covid-19. A pandemia teve efeitos na economia, na
política, na sociedade e na educação – nesse sentido, é melhor denominá-la sindemia.
Você sabe o que significa sindemia?
O conceito de sindemia foi cunhado pelo antropólogo Merrill Singer e descreve a interação mutuamente
agravante entre problemas de saúde (ex. a pandemia) e outros efeitos (ex. crises econômicas, sociais,
políticas) que se potencializam mutuamente.
Podemos denominar a covid-19 como uma sindemia porque suas consequências também afetaram os âmbitos
educacional, econômico e político. Na educação, a covid-19 representou um desafio, em especial para a
comunidade escolar durante a pandemia e após o retorno às aulas presenciais.
As consequências decorrentes da pandemia foram muito
variadas: a evasão escolar foi alta e alguns estudantes
vivenciaram os efeitos do confinamento e do medo do
contágio, como: ansiedade, estresse, exaustão, além de
efeitos na saúde física e psicológica.
A saúde emocional dos profissionais da educação também
ficou comprometida pelo fato de compartilhar os mesmos
efeitos do confinamento: a sobrecarga laboral que
experimentou esse setor e, posteriormente, o medo do
contágio no retorno às aulas presenciais (ABAD; ABAD,
2020). Não surpreende que o Censo Escolar 2022 aponte uma redução de matrículas, ao menos, no ensino
médio.
A análise escolar da atualidade deve considerar as consequências do contexto pandêmico, em especial com
relação:
Às desigualdades sociais.
À evasão escolar.
Ao comprometimento da saúde mental dos estudantes e docentes.
Ao retorno a atividades presenciais.
À escolarização de estudantes alvos da educação especial (deficiência física, auditiva, visual,
intelectual, transtorno do espectro autista ou com altas habilidades/superdotação).
Essa parcela de estudantes representou um desafio ainda maior durante e após a pandemia, por serem
pessoas com comportamentos específicos, padrões, rotinas que apresentaram muitas dificuldades e
resistências à adaptação aos novos protocolos de controle da pandemia (ABAD; ABAD, 2020).
Atividade 3
Questão 1
A covid-19 teve impacto significativo em todo o mundo, resultando em milhões de casos e mortes, além de
desafios socioeconômicos e de saúde pública. Por que ela pode ser considerada uma sindemia em relação à
sua influência na educação?
A
Por causar apenas impactos negativos na educação, sem oferecer oportunidades de aprendizado e inovação.
B
Por resultar em mudanças temporárias na forma como a educação é entregue, mas sem impactos duradouros.
C
Por exacerbar desigualdades educacionais preexistentes e expôs deficiências nos sistemas educacionais.
D
Por não afetar a educação, pois as escolas rapidamente se adaptaram às medidas de segurança.
E
Por provocar diminuição na taxa de alfabetização em todo o mundo.
A alternativaC está correta.
Sindemia se refere à interação entre duas ou mais epidemias que exacerbam o impacto uma da outra. No
contexto da covid-19, além dos impactos na saúde pública, a pandemia também teve efeitos significativos
no setor educacional.
• 
• 
• 
• 
• 
5. Conclusão
Considerações finais
Observamos a importância dos estudos no campo da aprendizagem para tornar a psicologia uma
ciência experimental, o que ocorreu no final do século XIX.
 
Ao estudar os primórdios da psicologia da educação e a inter-relação com a psicologia do
desenvolvimento e a psicologia do ensino e aprendizagem, foi mais fácil compreender a ideia de
Dermeval Saviani sobre converter o investimento em educação no eixo principal do desenvolvimento
do Brasil.
 
Uma das funções mais importantes das interfaces entre a psicologia da educação e a psicologia
escolar é o fato de facilitar a formação de cidadãos conscientes e responsáveis, que participem
ativamente da vida no Brasil em diversas esferas: social, política e econômica.
 
A psicologia da educação e a psicologia escolar podem determinar as bases para a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária, respeitando às diferenças individuais, em um contexto inclusivo.
Podcast
Ouça agora um bate-papo sobre a psicologia escolar e a psicologia da educação, com destaque para o
trabalho realizado pelo psicólogo escolar no processo de ensino-aprendizagem e os desafios presentes
na educação em prol da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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Confira as indicações que separamos para você!
Visite a página web da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) para conhecer
todos os objetivos propostos.
 
Pesquise o artigo Psicologia do desenvolvimento: uma perspectiva histórica, de Márcia Elia da Mota, para
aprofundar conhecimentos sobre as fases de evolução da psicologia do desenvolvimento.
 
Leia o livro de Melvin Marx e William Hillix, Sistemas e teorias em psicologia, para aprofundar seus estudos
sobre as escolas de psicologia, principais representantes e teorias.
Referências
• 
• 
• 
• 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL. ABRAPEE. Nossos objetivos. Abrapee.
Consultado na internet em: 10 mar. 2023.
 
ABAD, A.; ABAD, T. M. Covid-19: back to classes in Brazil from a bioecological perspective. [s.l.]: Preprints,
2020.
 
ANTUNES, M. A. M. Psicologia escolar e educacional: história, compromissos e perspectivas. Psicologia
Escolar e Educacional, v. 12, p. 469-475, 2008.
 
BIAGGIO, A. M. B. Psicologia do desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1975.
 
BUENO, J. G. S. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Educar em Revista, n. 17, p.
101-110, jun. 2001.
 
CASSINS, A. M. Manual de psicologia escolar – educacional. Rio de Janeiro: Gráfica e Editora Unificado, 2007.
 
DEWEY, J. How we think. A restatement of the relation of reflective thinking to the educative process. Boston:
DC Heath and Company, 1933.
 
GOULART, I. B. Psicologia da educação: fundamentos teóricos e aplicações à pratica pedagógica. Petrópolis:
Vozes, 1995.
 
JAMES, W. The principles of psychology. [s.l.]: Dover Publications Inc., 1890.
 
MOTA, M. E. DA. Psicologia do desenvolvimento: uma perspectiva histórica. Temas em Psicologia, v. 13, n. 2, p.
105-111, 2005.
 
SANTROCK, J. W. Educational psychology. New York: McGraw-Hill, 2011.
 
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. A history of modern psychology. Australia: Thomson/Wadsworth, 2012.
 
SOUZA, A. C. Interfaces entre Psicologia, Educação e Saúde – um relato de prática profissional. Psicologia
Escolar e Educacional, v. 24, 2020.
 
THORNDIKE, E. L. Animal intelligence: An experimental study of the associative processes in animals. The
Psychological Review: Monograph Supplements, v. 2, n. 4, 1898.
 
VANDENBOS, G. R. APA dictionary of psychology. Washington: American Psychological Association, 2015.
 
WOODWORTH, R. S. Contemporary schools of psychology. [s.l.]: Ronald Press Company, 1948.
	Psicologia escolar e psicologia da educação
	1. Itens iniciais
	Objetivos
	Introdução
	1. Conceitos básicos em psicologia da educação
	Psicologia da educação e ciência psicológica
	Conteúdo interativo
	Psicologia da educação
	Cognitivas
	Afetivas
	Sociais
	Resumindo
	Atividade 1
	Relações e diferenças importantes entre subáreas
	Conteúdo interativo
	Comportamento
	Aprendizagem
	Exemplo
	Estudantes
	Processo de aprendizagem
	Ambiente de aprendizagem
	Mestres
	Atividade 2
	Interfaces da psicologia da educação/escolar
	Você sabia que a psicologia pode ser aplicada a todas as áreas da vida do ser humano?
	Psicologia da educação
	Psicologia do ensino e aprendizagem
	Psicologia do desenvolvimento
	Psicologia: ciência e interface com a educação
	Conteúdo interativo
	Atividade 3
	2. Escolas representantes da psicologia da educação
	Psicologia no final do século XIX e início do XX
	Conteúdo interativo
	Exemplo
	Atividade 1
	Edward L. Thorndike e William James
	Conteúdo interativo
	Edward L. Thorndike (1874-1949)
	Exemplo
	Lei do efeito
	Lei do exercício
	Lei da prontidão
	William James (1842-1910)
	Exemplo
	Reflexão
	Atividade 2
	Escolas de psicologia
	Estruturalismo
	Funcionalismo
	Behaviorismo
	Gestaltismo
	Psicanálise
	Humanismo
	Cognitivismo
	Estruturalismo
	Exemplo
	Funcionalismo
	Exemplo
	Psicanálise
	Exemplo
	Gestaltismo
	Exemplo
	Humanismo
	Exemplo
	Behaviorismo
	Exemplo
	Cognitivismo
	Exemplo
	Behaviorismo x cognitivismo
	Conteúdo interativo
	Atividade 3
	3. Psicologia do desenvolvimento e a aprendizagem
	Objeto de estudo da psicologia do desenvolvimento
	Conteúdo interativo
	Primeira fase
	Segunda fase
	Terceira fase
	Atividade 1
	Principais teorias da psicologia do desenvolvimento
	Conteúdo interativo
	Atividade 2
	O que é aprendizagem?
	Conteúdo interativo
	Abordagem behaviorista
	Abordagem social-cognitiva
	Abordagem do processamento da informação
	Abordagem cognitivo-construtivista
	Abordagem sócio-construtivista
	Condicionamento clássico
	Associação de estímulos
	Eliminação de respostas indesejadas
	Preparação para mudanças de ambiente
	Estímulo positivo para reforçar comportamentos desejados
	Condicionamento operante
	1º
	2º
	3º
	Atenção
	Atividade 3
	4. A queixa escolar e o papel da escola na sociedade
	Breve história da psicologia escolar no Brasil
	Conteúdo interativo
	Comentário
	Atividade 1
	Função social da escola
	Conteúdo interativo
	Funções essenciais da escola
	Funções essenciais da psicologia da educação/escolar
	Atividade 2
	Queixa escolar atual no Brasil
	Conteúdo interativo
	Você sabe o que significa sindemia?
	Atividade 3
	5. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore +
	Referênciasde ensino personalizados, que atendam às
exigências específicas de cada estudante, tornando mais fácil o seu processo de aprendizado. Ela se
dedica ao estudo do processo de ensino-aprendizagem em ambientes educacionais, buscando
compreender como os alunos aprendem e se desenvolvem. Ao adaptar as estratégias de ensino de acordo
com as necessidades individuais dos alunos, o corpo docente pode promover um ambiente de
aprendizagem mais eficaz e inclusivo.
Relações e diferenças importantes entre subáreas
Conheça, neste vídeo, as principais diferenças e aplicações do conhecimento da psicologia da educação e da
psicologia escolar.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Aluno desmotivado durante estudo.
A psicologia escolar se concentra especificamente na escola e nas relações que acontecem por lá, atuando
como uma parceira da psicologia da educação e usando o que já sabemos sobre como as pessoas aprendem
para ajudar o corpo docente a entender melhor o desenvolvimento de seus alunos.
Isso inclui conhecer as habilidades e os talentos de cada um, bem como suas áreas de interesse e como
prefere aprender.
Por exemplo, se um aluno tem dificuldade para se
concentrar durante as aulas, a psicologia escolar pode
ajudar o professor a encontrar maneiras de tornar a aula
mais envolvente e interessante.
No entanto, ela não trabalha sozinha, pois conta com outras
áreas da psicologia para fornecer uma compreensão mais
abrangente de estudantes e do processo de ensino-
aprendizagem.
Uma dessas áreas é a psicologia do desenvolvimento.
A psicologia do desenvolvimento estuda as mudanças que
acontecem nas pessoas ao longo de suas vidas, desde o
nascimento até a velhice, investigando fatores ambientais, biológicos, genéticos, neurobiológicos, sociais,
psicológicos e culturais. Ela nos ajuda a entender como as pessoas crescem e mudam ao longo do tempo, e
como isso afeta o modo de aprender.
Além disso, a psicologia do desenvolvimento pode ajudar a prever e prevenir possíveis distúrbios de:
Comportamento
Como agressividade, bullying, hiperatividade e
distúrbios da alimentação.
Aprendizagem
Como dificuldade de leitura, de escrita e
matemática.
A psicologia do ensino e aprendizagem é outra área importante que contribui para a psicologia escolar. Ela nos
ajuda a entender como as pessoas aprendem e maneiras de ensinar da melhor forma possível.
Exemplo
Se você estuda e prefere aprender fazendo atividades práticas em vez de apenas ouvir alguém falar, a
psicologia do ensino e aprendizagem pode ajudar a ter aulas mais interessantes e envolventes. Sabe
quando o professor usa diferentes métodos de ensino e você pensa: "Nossa, isso realmente funciona
para mim!"? É a psicologia do ensino e aprendizagem em ação! 
A psicologia do ensino e aprendizagem nos ajuda ainda a entender como as pessoas aprendem de diferentes
formas e como o ambiente ao nosso redor influencia esse processo. Ela contribui para docentes criarem
estratégias de ensino realmente eficazes, como:
Estabelecer metas claras para a aprendizagem.
Criar projetos interessantes.
Usar recursos multimídia que deixam a aula mais envolvente.
Incentivar a aprender junto com os colegas.
• 
• 
• 
• 
E aqueles probleminhas que podem surgir, como dificuldades para entender a matéria ou até mesmo se
comportar na sala de aula? A psicologia do ensino e aprendizagem nos ajuda a prevenir esses problemas e
encontrar soluções criativas para lidar com eles, contribuindo para aperfeiçoar os programas educacionais da
escola e influenciar políticas públicas para tornar a educação ainda melhor.
Em suma, a psicologia escolar e as demais áreas da psicologia trabalham juntas para tornar a escola um lugar
melhor para aprender e crescer. Elas nos ajudam a entender nossos alunos, ensinar de maneira mais eficaz e
criar um ambiente escolar acolhedor e estimulante para todos.
Mas quais são os principais temas de pesquisa nessas áreas da psicologia? Ela abrange muitos tópicos
interdisciplinares, incluindo:
Estudantes
Compreende suas competências, diferenças
individuais, comportamento e seu
desenvolvimento biopsicossocial ao longo da
vida.
Processo de aprendizagem
Investiga a resolução de problemas,
transferência de aprendizagem e métodos
eficazes de ensino.
Ambiente de aprendizagem
Explora as dinâmicas de grupo, as técnicas e os
recursos que facilitam a aprendizagem e a
avaliação.
Mestres
Analisa o papel da pessoa educadora e as
características de um ensino eficaz.
A pesquisa nos campos da psicologia educacional é uma rica fonte de informações, métodos e perspectivas
que enriquecem o processo de aprendizagem. Dada a complexidade do ensino e as diferenças entre os
alunos, ela é fundamental para desenvolver estratégias educacionais mais eficazes e adaptáveis.
Atividade 2
Questão 1
João, um aluno do ensino fundamental que costumava ter bom desempenho acadêmico, tem apresentado nos
últimos meses queda em suas notas, falta de interesse nas aulas e isolamento social. Após uma conversa com
ele, a psicóloga escolar descobriu problemas em casa devido ao divórcio dos pais e bullying na escola. Qual é
a abordagem mais apropriada que a profissional deve adotar para ajudar João?
A
Focar apenas seu desempenho acadêmico, oferecendo-lhe aulas extras de reforço para melhorar suas notas.
B
Ignorar seus problemas pessoais e concentrar-se exclusivamente em técnicas de estudo para ajudá-lo a
recuperar seu desempenho acadêmico.
C
Realizar sessões de aconselhamento individual com ele para ajudá-lo a lidar com as emoções relacionadas ao
divórcio dos pais e ao bullying.
D
Recomendar que ele mude de escola para escapar do ambiente em que está sofrendo bullying.
E
Envolvê-lo em atividades extracurriculares para distraí-lo dos problemas pessoais e melhorar seu bem-estar
emocional.
A alternativa C está correta.
A psicóloga escolar deve reconhecer e abordar os problemas pessoais de João, oferecendo-lhe suporte
emocional por meio de sessões de aconselhamento individual. Essa abordagem permite que ele trabalhe
suas emoções relacionadas ao divórcio dos pais e ao bullying, contribuindo para a melhoria em seu bem-
estar emocional e, consequentemente, seu desempenho acadêmico.
Interfaces da psicologia da educação/escolar
O que significa a palavra psicologia?
A definição da psicologia depende do momento histórico e da teoria que se escolha. Se considerarmos a
origem etimológica, a palavra psicologia deriva do grego ψυχή (psyché – alma) e λογία (logia – tratado) e,
portanto, significa a “ciência da alma”.
No século XIX, o famoso psicólogo norte-americano William James definiu psicologia como a ciência da vida
mental, tanto de seus fenômenos (sentimentos, desejos, cognições, raciocínios, decisões e coisas
semelhantes) quanto de suas condições (SCHULTZ; SCHULTZ, 2012). Atualmente, a Associação Americana de
Psicologia (APA) a define como o estudo da mente e do comportamento.
Com base na definição da APA, a psicologia ajuda a entender os processos mentais, o comportamento e as
emoções humanas. Assim, facilita o estudo de outros tópicos, como as relações interpessoais (amizades,
companheiros de trabalho etc.), e a forma como as pessoas reagem ao ambiente (estresse, ansiedade etc.).
Portanto, é uma ciência que possibilita a compreensão da natureza humana. Adicionalmente, ao estudar os
processos mentais e emocionais que ocorrem na vida das pessoas, pode-se ajudar no tratamento e na
prevenção de problemas de saúde mentais e comportamentais.
Você sabia que a psicologia pode ser aplicada a todas as áreas da vida do ser humano?
Sim! Pode ser utilizada tanto no tratamento de problemas de saúde mental, quanto na melhora de
relacionamentos, do ambiente de trabalho e do sistema educacional, dentre outros tópicos. Nesse
sentido, para beneficiar a sociedade em geral e as pessoas em particular, a psicologia é dividida em
diferentes subáreas, cada uma com uma especialidade específica. Como consequência, pode contribuir
para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, ajudando-asa entender como lidar com problemas e
como enfrentar os desafios da vida. Para isso, há variadas informações e ferramentas em relação a
tratamento e prevenção de problemas de saúde mental e comportamental.
De acordo com a APA, as subáreas da psicologia são: psicologia clínica, psicologia climática e ambiental,
psicologia social, psicologia experimental, psicologia do trabalho organizacional etc. Em nosso estudo, vamos
focar em apenas três subáreas. Vamos conferi-las!
Psicologia da educação Psicologia do ensino e aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento
A psicologia da educação também é denominada como psicologia educacional, psicologia na educação,
psicologia aplicada à educação e psicologia do escolar. Essa subárea se especializa em compreender o ensino
e a aprendizagem em ambientes educacionais. Lida com a aplicação de princípios e teorias psicológicas a um
amplo espectro de questões de ensino, treinamento e aprendizagem em ambientes educacionais e aborda
problemas psicológicos que podem surgir nos sistemas educacionais (VANDENBOS, 2015). Ao concentrar-se
no estudo psicológico dos problemas cotidianos da educação, desenvolve teorias, modelos e métodos de
instrução, avaliação e pesquisa.
A psicologia da educação busca compreender o processo
de aprendizagem e desenvolvimento dos educandos. Por
meio dela, são desenvolvidos estudos e ações para
melhorar o ensino e a aprendizagem, oferecendo um
ambiente que propicie o desenvolvimento nos estudantes
das habilidades cognitivas (raciocínio lógico, resolução de
problemas, concentração, memória, criatividade, raciocínio
abstrato etc.), afetivas (comunicação assertiva, escuta
atenta, inteligência emocional, resiliência, autocontrole,
empatia etc.) e sociais (comunicação e a resolução de
conflitos).
A psicologia da educação é essencial para o bom
desempenho de alunos e alunas, pois permite que os
docentes – por meio de estratégias e técnicas – identifiquem quais são as principais dificuldades dos
estudantes (como gerenciamento de tempo, motivação, organização, compreensão, comprometimento),
oferecendo, assim, auxílio e orientação para promover um ambiente escolar mais saudável e propício para o
desenvolvimento de educandos.
Psicologia: ciência e interface com a educação
Neste vídeo, vamos refletir sobre a psicologia da educação e a psicologia escolar, destacando as interfaces
entre as duas e a função do psicólogo escolar.
Conteúdo interativo
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Atividade 3
Questão 1
Você, como estudante, interessa-se em aprender mais sobre psicologia escolar. Imagine-se participando de
um debate na escola sobre o papel dos psicólogos escolares. Como você convenceria seus colegas da
importância desse profissional?
A
Ele é importante porque realizam pesquisas complexas em laboratórios para entender a mente humana.
B
Ele é fundamental porque ajuda os alunos a passarem em provas a partir de técnicas avançadas de
memorização.
C
Ele é fundamental ao facilitar o desenvolvimento integral dos alunos, considerando suas necessidades
individuais de aprendizado e promovendo um ambiente escolar saudável e inclusivo.
D
Ele é relevante porque realiza terapias em grupo para resolver problemas de comportamento na escola.
E
Ele é útil apenas para lidar com casos extremos de problemas emocionais entre os alunos.
A alternativa C está correta.
Psicólogos escolares são peças fundamentais no quebra-cabeça da educação, porque contribuem para a
formação de indivíduos saudáveis, felizes e preparados para os desafios do mundo, além de contribuírem
para a construção da escola como um espaço seguro e estimulante para todos.
Wilhelm Wundt.
2. Escolas representantes da psicologia da educação
Psicologia no final do século XIX e início do XX
Acompanhe, neste vídeo, os precursores da psicologia e suas contribuições para os alicerces da psicologia da
educação, com destaque para Wilhelm Wundt, Hermann Ebbinghaus e John Dewey.
Conteúdo interativo
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A trajetória da psicologia como ciência
experimental teve seu marco inicial no final do
século XIX, com o estabelecimento do primeiro
Laboratório de psicologia na Universidade de
Leipzig, em 1879, sob a direção do renomado
psicólogo alemão Wilhelm Wundt (1832-1920).
Aliás, ele é muitas vezes chamado de "pai da
psicologia moderna".
Ele foi pioneiro em desvendar os mistérios da
mente humana, começando uma jornada de
descobertas que ecoam até hoje.
Seu laboratório influenciou uma geração inteira
de psicólogos e serviu de inspiração para o estabelecimento de novos centros de pesquisa em psicologia
experimental ao redor do mundo.
Nomes como William James, nos Estados Unidos, Max Wertheimer, na Alemanha, Edward Bradford Titchener,
na Grã-Bretanha, e Manoel Bomfim, no Brasil, foram moldados por essa atmosfera de inovação e pesquisa
científica. Conheça-os:
William James.
Max Wertheimer.
Edward Bradford.
Hermann Ebbinghaus.
Manoel Bomfim.
É fundamental compreender o legado deixado pelos pioneiros que se dedicaram ao estudo da aprendizagem.
Hermann Ebbinghaus, por exemplo, foi um dos primeiros a conduzir estudos empíricos sobre a associação de
ideias, utilizando métodos inovadores, como as "sílabas sem sentido", que revolucionaram nossa compreensão
sobre como o conhecimento é adquirido e retido.
Ebbinghaus nos presenteou com uma valiosa lição ao
desvelar a "curva de esquecimento", evidenciando a
importância da revisão regular do conteúdo aprendido para
evitar a perda de informação ao longo do tempo. Essa
reflexão nos convida a repensar nossos hábitos de estudo e
nos instiga a adotar estratégias mais eficazes de retenção
de conhecimento.
Imagine que você está se preparando para um exame
importante e deseja reter o máximo de informações
possível. Vamos, então, aplicar o conceito da "curva de
esquecimento" de Ebbinghaus. 
De acordo com sua pesquisa, a maior parte do esquecimento ocorre nas primeiras horas após a
aprendizagem. Portanto, para otimizar a retenção de informações, você pode adotar a técnica de revisão
espaçada, distribuindo seu estudo ao longo do tempo, em vez de tentar memorizar tudo de uma só vez.
John Dewey, com suas ideias revolucionárias sobre educação, confronta-nos com a necessidade de repensar
os métodos tradicionais de ensino baseados na mera memorização de informações e sua repetição. 
John Dewey.
Segundo Dewey, a verdadeira aprendizagem
ocorre quando as crianças são ativas e
participativas em seu processo de ensino,
engajando-se em experiências concretas e
significativas. Ou seja, ele defendia que elas
aprendem melhor quando são desafiadas a
participarem ativamente das atividades de
aprendizagem, experimentando, explorando e
resolvendo problemas de forma prática e
significativa.
As contribuições de Dewey para a psicologia
escolar são vastas, mas sua maior conquista
foi, talvez, promover uma mudança na maneira
como encaramos a educação. Ele nos fez questionar o que e como ensinamos, enfatizando a importância de
preparar os alunos para os desafios do mundo real.
Considere uma sala de aula na qual o professor utiliza métodos de ensino ativos, inspirados nas ideias de
Dewey. Em vez de simplesmente transmitir conhecimento por meio de palestras monótonas, ele promove
atividades práticas e colaborativas que incentivam os alunos a se envolverem ativamente no processo de
aprendizagem.
Exemplo
Em vez de apenas ler sobre os princípios da física, discentes podem realizar experimentos práticos para
entenderem como eles se aplicam no mundo real. 
Sua visão democrática da educação, que defende o acesso igualitário ao conhecimento, independentemente
de condição social ou origem étnica, ecoa como um chamado à ação para uma sociedade mais justa e
inclusiva. 
A educação não deve ser um privilégio reservado a poucos, mas um direito fundamental de todos os
indivíduos.
Imagine um estudante com deficiência visual, que enfrenta dificuldades para acessar o conteúdo de um livro
didático tradicional. A aplicação de políticaspúblicas em educação pode garantir que ele receba os recursos
adequados, como materiais em braile ou tecnologias assistivas (TA), para que ele possa participar plenamente
da experiência educacional.
Ao refletirmos sobre o legado desses grandes pensadores da psicologia da educação, somos convidados a
questionar nossas práticas educacionais e buscar constantemente novas formas de promover uma
aprendizagem mais significativa e transformadora. Afinal, eles nos lembram que a educação não é apenas um
meio de transmitir conhecimento, mas também uma ferramenta poderosa para promover o crescimento
pessoal e social, moldando o futuro de nossa sociedade.
Atividade 1
Questão 1
Você é a pessoa diretora de escola que deseja promover uma abordagem educacional mais inclusiva e
democrática em sua instituição, inspirada pelos ideais de John Dewey. Após realizar uma reunião com os
professores e a equipe pedagógica, você decide implementar algumas mudanças no currículo e nas práticas
educacionais. Para avaliar a eficácia dessas mudanças, você decide realizar uma pesquisa com os alunos.
 
Qual das seguintes ações é mais coerente com os ideais de Dewey para promover uma educação inclusiva e
democrática?
A
Divisão dos alunos em turmas de acordo com seu desempenho acadêmico, separando aqueles com melhores
resultados dos que têm dificuldades de aprendizagem.
B
Realização de palestras expositivas como principal método de ensino, visando transmitir conhecimento de
forma uniforme para todos os alunos.
C
Implementação de atividades práticas e colaborativas que incentivem a participação ativa de todos os alunos,
independentemente de seu desempenho acadêmico ou de suas habilidades individuais.
D
Adoção de um currículo rígido e padronizado, com foco na memorização de fatos e conceitos, para garantir
que todos os alunos alcancem os mesmos resultados acadêmicos.
E
Restrição do acesso a determinados recursos educacionais apenas para alunos que demonstram um interesse
excepcional em determinadas áreas do conhecimento.
A alternativa C está correta.
Dewey acreditava que a verdadeira aprendizagem ocorre quando os alunos estão envolvidos em atividades
práticas e colaborativas que os desafiam a pensar criticamente e resolver problemas de forma significativa.
Ele enfatizava a importância de uma abordagem inclusiva que valorizasse a participação de todos os
alunos, independentemente de seu desempenho acadêmico ou de suas habilidades individuais. Portanto, a
implementação de atividades práticas e colaborativas que incentivem a participação ativa de todos os
alunos está alinhada aos ideais de Dewey de uma educação inclusiva e democrática.
Edward L. Thorndike e William James
Assista, neste vídeo, aos precursores da psicologia e às suas contribuições para os alicerces da psicologia da
educação, com destaque para Edward L. Thorndike e William James.
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Edward L. Thorndike.
Como nós, seres humanos, aprendemos coisas novas? E por que alguns comportamentos se tornam mais
comuns enquanto outros desaparecem?
Edward L. Thorndike e William James dedicaram suas vidas a explorar esses mistérios do aprendizado e do
comportamento humano, e seus insights continuam a nos fascinar até hoje. Vamos conhecer mais sobre eles!
Edward L. Thorndike (1874-1949)
Vamos começar com Thorndike, um verdadeiro pioneiro na compreensão do aprendizado animal e humano.
Ele apresentou uma teoria de aprendizagem que se
destacou por sua abordagem objetiva e prática. Ele
enfatizou o estudo das conexões diretas entre estímulos
externos e respostas observáveis, como quando um animal
aprende a executar uma ação específica em troca de uma
recompensa.
Thorndike realizou uma série de experimentos inovadores
com gatos para entender como eles aprendem em
situações controladas. Em uma dessas experiências,
Thorndike colocou um gato faminto dentro de uma caixa
experimental com comida do lado de fora.
O gato precisava descobrir como abrir a caixa para acessar a comida. Depois de muitas tentativas, o animal
finalmente aprendeu a operar a alavanca e sair da caixa. Thorndike observou que o gato aprendeu mais
rapidamente quando suas ações foram seguidas por uma recompensa, como comida. Essa ideia se tornou a
base de sua teoria do aprendizado por tentativa e erro.
Assim, essa abordagem direta e concreta permitiu a compreensão mais clara do processo de aprendizagem,
tornando-o acessível e aplicável em diversas situações educacionais.
Exemplo
Você está ensinando seu cachorro a buscar um brinquedo. Cada vez que ele traz o brinquedo de volta,
você o recompensa com um petisco. Com o tempo, seu cachorro aprende que buscar o brinquedo
resulta em algo positivo, e ele fica mais inclinado a repetir esse comportamento no futuro. 
Thorndike também nos presenteou com três leis importantes da aprendizagem: 
Lei do efeito
Afirma que respostas seguidas por consequências agradáveis tendem a
ser repetidas, enquanto as acompanhadas por consequências
desagradáveis tendem a ser evitadas. Essa lei ficou conhecida como
aprendizado por tentativa e erro.
Exemplo: imagine que você está ensinando seu cão a sentar. Cada vez
que ele obedece ao seu comando, você o recompensa com um petisco.
Com o tempo, seu cachorro associa se sentar à recompensa, sendo
provável que ele repita o comportamento.
Lei do exercício
Sugere que, quanto mais uma conexão entre um estímulo e uma resposta
é praticada ou exercitada, mais forte a associação se torna. Por outro
lado, o desuso prolongado da resposta tende a enfraquecer a
associação. Essa lei É conhecida como lei de uso e desuso.
Exemplo: se você está aprendendo a tocar piano, quanto mais pratica
uma peça, mais confiança e habilidade você adquire. A repetição do
exercício fortalece as conexões neurais relacionadas à execução da
peça.
Lei da prontidão
Afirma que a eficácia do aprendizado é influenciada pelo estado de
prontidão ou pelo fato de o organismo estar disposto a aprender.
Exemplo: se você está estudando para um exame, mas experimenta
distração e cansaço, sua prontidão para aprender pode ser
comprometida. No entanto, se você descansou e sente motivação, é mais
provável que absorva e retenha as informações com eficácia.
Essas leis nos ajudam a entender como as experiências passadas moldam nossos comportamentos futuros e
como a motivação é fundamental no processo de aprendizado.
Thorndike é frequentemente reconhecido como um dos pioneiros da psicologia educacional moderna devido à
sua defesa da aplicação de métodos científicos para compreender o processo de ensino-aprendizagem. Ele
enfatizou a importância da medição precisa e da análise rigorosa dos fenômenos educacionais, o que
influenciou significativamente o desenvolvimento do campo da psicologia escolar.
Suas contribuições pavimentaram o caminho para uma abordagem mais científica e baseada em evidências,
ajudando profissionais de psicologia escolar a compreenderem melhor as necessidades dos alunos e a
desenvolverem intervenções educacionais mais eficazes.
William James (1842-1910)
Foi um dos psicólogos mais influentes da História. Ele é amplamente reconhecido como o proeminente
psicólogo norte-americano que foi fundamental para o desenvolvimento da psicologia funcionalista como
escola de pensamento e pesquisa.
Sua obra seminal, Princípios de psicologia (1890), é um marco na área, pois explorou diversos tópicos, desde a
função adaptativa da consciência até a plasticidade cerebral.
Além disso, James também realizou uma série de palestras dirigidas a educadores, conhecida como Palestras
aos professores. Nelas, ele destacou as aplicações práticas da psicologia na melhoria do ensino e da
aprendizagem. Ele enfatizou ainda a importância de observar atentamente os processos educacionais nas
salas de aula para informar práticas mais eficazes.
James também foi pioneiro em estudos sobre a plasticidade cerebral, argumentando que as conexões neurais
se fortalecem com o uso e que o cérebro humano é capaz de mudanças contínuas àmedida que aprendemos
e nos adaptamos ao ambiente. Sua perspectiva de que a mente é flexível e moldável destacou a importância
da educação na formação de hábitos e comportamentos.
Exemplo
Considere aprender algo novo, como andar de bicicleta. No início, pode ser difícil se equilibrar e
coordenar os movimentos. Porém, à medida que você pratica e familiariza-se mais com a bicicleta, seu
cérebro forma novas conexões neurais, tornando o processo mais suave e automático. 
James também alertou sobre a importância dos hábitos em nossas vidas. Ele observou que: 
Se alguém está tentando parar de roer as unhas, por exemplo, pode começar a substituir esse hábito por algo
mais saudável, como apertar uma bolinha antiestresse ou pintar as unhas com um esmalte de sabor
desagradável. Com o tempo e a prática consistente, a pessoa pode romper o ciclo do hábito.
Em suas obras, James contribuiu significativamente para a abordagem empírica e experimental da educação,
promovendo a ideia de que os recursos naturais das crianças devem ser considerados na prática educacional,
buscando uma educação mais holística e adaptativa.
Reflexão
Da próxima vez que você tentar aprender algo novo ou mudar um hábito antigo, lembre-se das lições de
Thorndike e James. Eles nos mostraram que o aprendizado é uma jornada emocionante e dinâmica,
cheia de descobertas e possibilidades. 
Atividade 2
Questão 1
Após estudar as contribuições de Edward L. Thorndike para compreender o processo de aprendizagem, um
grupo de pesquisadores decidiu desenvolver uma atividade experimental para testar a aplicação das leis do
aprendizado em um contexto real. Assim, os pesquisadores selecionaram um grupo de crianças em idade
escolar para investigar como as recompensas influenciam o desempenho acadêmico.
 
O experimento consistiu em dividir as crianças em dois grupos: A e B, submetendo ambos a um teste de
matemática de dificuldade moderada. Mas antes, os pesquisadores explicaram às crianças que, se
obtivessem bom desempenho, receberiam uma recompensa especial no final.
 
O grupo A foi informado de que receberia um adesivo brilhante, e o B foi informado de que receberia um
adesivo regular. Após a realização do teste, os resultados foram analisados.
Animais selvagens 
Os comportamentos, em grande parte, são
determinados pela natureza.
Seres humanos 
Os comportamentos são amplamente
moldados pela educação e
experiência.
 
O grupo A obteve desempenho significativamente melhor em comparação a B. Qual das seguintes alternativas
melhor explica o resultado observado no experimento?
A
A diferença de desempenho entre os grupos pode ser atribuída a mudanças na dificuldade do teste de
matemática.
B
O grupo A obteve melhor desempenho devido à sua predisposição genética para a matemática,
independentemente da recompensa oferecida.
C
O resultado pode ser explicado pela Lei do efeito, elaborada por Thorndike, que afirma que as respostas
seguidas por consequências agradáveis tendem a ser repetidas.
D
A diferença no desempenho entre os grupos pode ser atribuída à influência dos pais sobre as crianças do
grupo A, que podem ter recebido mais incentivo em casa.
E
A Lei do exercício, proposta por Thorndike, explica o melhor desempenho do grupo A, pois as crianças foram
submetidas a mais prática devido à recompensa oferecida.
A alternativa C está correta.
A lei do efeito, proposta por Thorndike, sugere que o comportamento é influenciado pela consequência que
o segue. Nesse caso, as crianças do grupo A, que receberam uma recompensa mais atraente (adesivo
brilhante), foram mais incentivadas a terem bom desempenho no teste de matemática, resultando o melhor
desempenho em comparação ao grupo B, que recebeu uma recompensa menos atraente (adesivo regular).
Essa diferença de desempenho aponta a aplicabilidade da lei do efeito no contexto educacional.
Escolas de psicologia
O que define uma escola de psicologia? Ao longo do tempo, diversos psicólogos se uniram e formaram
diferentes correntes de pensamento, cada uma com suas ideias e representantes distintos. Vamos conhecer
melhor algumas dessas escolas e seus principais líderes!
Para facilitar seu entendimento, criamos uma linha do tempo:
Estruturalismo
Fundador: Wilhelm Wundt
Período: final do século XIX
Principais ideias: análise dos elementos básicos da consciência, como
sensações e percepções.
Funcionalismo
Fundador: William James
Período: final do século XIX e início do XX
Principais ideias: estudo da mente como um sistema funcional,
adaptando-se ao ambiente em constante mudança.
Behaviorismo
Fundador: John Watson
Período: início do século XX
Principais ideias: ênfase no comportamento observável, rejeitando
conceitos subjetivos como mente e consciência.
Gestaltismo
Fundador: Max Wertheimer
Período: início do século XX
Principais ideias: estudo da percepção humana como uma
organização significativa e coerente de experiências sensoriais.
Psicanálise
Fundador: Sigmund Freud
Período: final do século XIX e início do XX
Principais ideias: exploração do inconsciente, dos desejos reprimidos
e dos mecanismos de defesa na determinação do comportamento
humano.
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Humanismo
Fundador: Carl Rogers
Período: meados do século XX
Principais ideias: ênfase no potencial humano para crescimento,
autorrealização e busca do bem-estar psicológico.
Cognitivismo
Fundador: Jean Piaget
Período: meados do século XX
Principais ideias: estudo dos processos mentais superiores, como
aprendizagem, memória e resolução de problemas.
Cada escola de psicologia apresenta um conjunto único de ideias e abordagens, delineando um caminho
específico para o desenvolvimento da psicologia como uma ciência de relevância tanto teórica como prática
(Woodworth, 1948). Entre os temas mais explorados, destaca-se o estudo dos processos mentais superiores,
com foco particular na aprendizagem e na memória humana (Schultz; Schultz, 2012).
Além disso, cada uma das escolas de psicologia oferece uma perspectiva única sobre nossa mente,
enriquecendo nossa compreensão do comportamento e da experiência humana. Ao explorarmos essas
escolas, somos convidados a refletir sobre a complexidade e as diferenças da mente humana, abrindo novos
horizontes para o estudo e a compreensão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.
Agora vamos entender um pouco mais sobre cada uma delas.
Estruturalismo
Colaborou para a psicologia da educação dar ênfase ao entendimento dos processos mentais básicos, como a
percepção e a memória, fundamentais para a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo.
Exemplo
Imagine que você leciona matemática e está ensinando adição a uma criança. Ao utilizar o método
estruturalista, você desmonta o conceito de adição em seus elementos básicos, como os números e os
processos de contagem para explora como a criança percebe e entende os números, suas relações e
como ela organiza mentalmente as informações sobre adição. 
Funcionalismo
Contribuiu para a psicologia da educação ao destacar a importância do entendimento dos processos mentais
na adaptação dos indivíduos ao ambiente educacional e na aplicação de métodos pedagógicos mais eficazes.
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Exemplo
Suponha que você é uma pessoa educadora em uma escola que aplica o método funcionalista. Ao
ensinar ciências naturais, você transmite fatos e conceitos, destacando como esses conhecimentos
podem ajudar os alunos a se adaptarem e resolverem problemas no mundo real. Você encoraja os
estudantes a explorarem a aplicação dos princípios científicos em suas vidas diárias e no enfrentamento
de desafios ambientais. 
Psicanálise
Trouxe insights pertinentes sobre as influências do inconsciente no desenvolvimento e no comportamento de
estudantes, destacando a importância de abordagens terapêuticas e educacionais que consideram as
emoções e os conflitos internos experimentados por discentes.
Exemplo
Imagine que você atua como conselheiro escolar e está ajudando um aluno com dificuldades deaprendizagem. Utilizando a abordagem psicanalítica, você explora os possíveis conflitos emocionais e
traumas do aluno, que podem estar afetando seu desempenho acadêmico. Você ajuda o estudante a
identificar e lidar com suas emoções reprimidas, buscando resolver as questões psicológicas
subjacentes que podem estar interferindo em sua aprendizagem. 
Gestaltismo
Ressalta a importância de compreender como os alunos percebem e organizam as informações, influenciando
o design curricular e as estratégias de ensino para promover uma aprendizagem mais significativa e holística.
Exemplo
Suponha que você é docente de arte e ensina sobre composição visual aos seus alunados. Ao aplicar os
princípios do gestaltismo, você explora como os elementos visuais (forma, cor e espaço) se organizam
em padrões significativos e coerentes. Você incentiva os alunos a perceberem e apreciarem a totalidade
da obra de arte, em vez de focarem apenas em partes individuais. 
Humanismo
Destaca a importância de cultivar um ambiente de aprendizagem que promova a autonomia, a criatividade e o
desenvolvimento pessoal de estudantes, reconhecendo suas necessidades emocionais e particulares.
Exemplo
Como docente de educação física, você adota uma abordagem humanista ao ensinar habilidades
esportivas aos alunos. Você valoriza o crescimento pessoal e a autoexpressão, incentivando-os a
definirem e perseguirem seus próprios objetivos de aprendizagem. Você cria um ambiente de
aprendizagem inclusivo e positivo, no qual os estudantes se sentem capacitados a explorarem seu
potencial atlético e, consequentemente, valorizados. 
É importante ressaltar que cada uma das escolas contribuiu de maneira distinta para o avanço da psicologia
da educação. Assim, destacamos duas abordagens que tiveram impacto significativo nesse campo: 
Behaviorismo
Influenciou significativamente a forma como os educadores entendem o processo de aprendizagem,
destacando a importância do ambiente e dos estímulos externos na modificação do comportamento e na
eficácia das estratégias de ensino.
Exemplo
Como mestre de línguas estrangeiras, você utiliza o behaviorismo para ensinar vocabulário e gramática.
Ao reforçar positivamente os acertos dos alunos e corrigir seus erros, você condiciona comportamentos
desejados, como a pronúncia correta e a utilização adequada das regras gramaticais. Além disso, você
se concentra no comportamento observável dos alunos durante o processo de aprendizagem e adapta
suas estratégias de ensino com base nas respostas obtidas. 
Cognitivismo
Explorar a mente humana além das fronteiras do comportamento visível se tornou cada vez mais necessário
na década de 1960. Os cognitivistas se interessam pelos processos mentais superiores, como aprendizagem,
memória e resolução de problemas.
Eles exploram como a mente humana processa, armazena e utiliza informações, contribuindo para a
compreensão mais profunda dela.
Na psicologia da educação, o cognitivismo influenciou o desenvolvimento de teorias sobre a aprendizagem e o
desenvolvimento cognitivo, fornecendo insights valiosos sobre como os alunos adquirem conhecimento,
pensam criticamente e resolvem problemas, orientando práticas educacionais mais eficazes e centradas no
discente.
Qual dessas escolas ressoa mais em você?
Exemplo
Suponha que você leciona ciências e está ensinando sobre o ciclo da água. Ao aplicar o cognitivismo,
você explora como os alunos processam, armazenam e recuperam informações. Você utiliza estratégias
de ensino que estimulam a atenção, a memória e o raciocínio deles, como demonstrações práticas,
discussões em grupo e atividades para resolver problemas. 
Behaviorismo x cognitivismo
Acompanhe, neste vídeo, a diferença entre duas abordagens da psicologia: behaviorismo e cognitivismo.
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Atividade 3
Questão 1
Ao planejar uma atividade de ensino de ciências naturais para uma turma do ensino fundamental, você decide
aplicar diferentes abordagens pedagógicas baseadas nas escolas de psicologia apresentadas. Considerando
essas abordagens, qual seria a melhor opção para promover o aprendizado dos alunos de forma significativa e
eficaz?
A
Estruturalismo, enfocando a análise minuciosa dos componentes básicos dos fenômenos naturais, como as
propriedades físicas da água e sua importância para a vida.
B
Funcionalismo, explorando como os organismos vivos interagem com o meio ambiente e adaptam-se às
mudanças em seus habitats naturais.
C
Psicanálise, investigando as influências do inconsciente no comportamento dos seres vivos e sua relação com
os ecossistemas.
D
Gestaltismo, destacando a importância da percepção e da organização visual na compreensão dos processos
naturais, como a formação de padrões climáticos.
E
Cognitivismo, enfatizando o papel dos processos mentais superiores na aquisição de conhecimento científico,
como a memória e o raciocínio indutivo na compreensão de conceitos complexos.
A alternativa E está correta.
Em ciências naturais, a abordagem cognitivista é a mais adequada para promover o aprendizado
significativo e eficaz dos estudantes. Ao enfatizar os processos mentais superiores, como a aprendizagem,
a memória e a resolução de problemas, ela fornece importantes noções sobre como os indivíduos adquirem
conhecimento científico.
Ao aplicar essa abordagem, quem leciona pode desenvolver atividades que estimulam a atenção, a
memória e o raciocínio dos alunos, proporcionando compreensão mais profunda e duradoura dos conceitos
científicos.
O cognitivismo orienta práticas educacionais mais eficazes e centradas em quem estuda, permitindo o
desenvolvimento de habilidades cognitivas fundamentais para o pensamento crítico e a resolução de
problemas no contexto das ciências naturais.
3. Psicologia do desenvolvimento e a aprendizagem
Objeto de estudo da psicologia do desenvolvimento
Neste vídeo, refletiremos sobre o objeto de estudo da psicologia do desenvolvimento e as fases de evolução
da psicologia do desenvolvimento.
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A Associação Americana de Psicologia (APA) define a psicologia do desenvolvimento como a subárea que
estuda as mudanças físicas, mentais e comportamentais ocorridas desde a concepção até a velhice, e
investiga os vários fatores biológicos, neurobiológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais
que afetam o desenvolvimento ao longo da vida (VANDENBOS, 2015).
O objeto de estudo e campo de atuação da psicologia do desenvolvimento é muito abrangente, já que dialoga
com diversas áreas de conhecimento, como a educação, a sociologia, a biologia e a antropologia.
Antes de estudar as principais teorias do desenvolvimento, vamos dar uma olhada histórica para entender o
contexto em que surgiram. A psicóloga brasileira Ângela Brasil Biaggio (1975) distingue três fases de evolução
da psicologia do desenvolvimento. Veja!
Primeira fase
Datada entre as décadas de 1920 e 1930, enfatizou os estudos do desenvolvimento da criança –
essencialmente concretos – focados no desenvolvimento intelectual, na maturação e no crescimento.
Nesta fase, a metodologia utilizada na pesquisa era essencialmente descritiva e normativa, com base
em leis gerais.
Segunda fase
Datada entre as décadas de 1940 e 1950, focou na criança. Contudo, os temas estudados nessa
época representaram um ponto intermediário entre o concreto da fase anterior e o abstrato (a criança
com dotação, desenvolvimento de gêmeos etc.). Nesta fase, a metodologia utilizava muito as
correlações (ex.: relações entre inteligência e nível socioeconômico).
Terceira fase
Datada entre as décadas de 1960 e 1979, esteve focada principalmente em temas abstratos, com
influência da teoria piagetiana, da revolução cognitiva, da teoria da aprendizagem social e da teoria
behaviorista. Nesta fase, a metodologia utilizada era predominantemente experimental.
Mota (2005) inclui uma quarta fase a partir da década de 1990, descrevendo o caráter interdisciplinare os
novos paradigmas da psicologia do desenvolvimento (abordagens contextuais e sistêmicas como a teoria
bioecológica Bronfenbrenner). Enfatizou ainda que o desenvolvimento é estudado ao longo do ciclo vital ao
invés da tradicional ênfase na infância e na adolescência. Veja na tabela a seguir um resumo das principais
diferenças entre as fases.
Autoras Biaggio Mota 
 1ª fase
(1920-1939)
2ª fase
(1940-1959)
3ª fase (1960 –
)
4ª fase (1990 – )
Conteúdo Concreto
Intermediário
(entre concreto e
abstrato)
Abstrato Abstrato
Metodologia Descritiva,
normativa
Correlacional Experimental
Estudos
sistêmicos,
longitudinais,
transculturais etc.
Teoria 
Teoria de
maturação de
Arnold Gesell
Correlações
(relações entre
inteligência e nível
socioeconômico)
Teoria da
Aprendizagem
Social
Teoria
bioecológica de
Bronfenbrenner
Tabela: Fases de evolução da psicologia do desenvolvimento.
Adaptado de Biaggio, 1975; Mota, 2005, p. 105-111.
A tabela anterior nos apresenta um resumo das fases históricas de evolução da teoria do desenvolvimento.
Note que as autoras diferenciam os conteúdos concreto e abstrato do objeto de estudo e interesse da
psicologia do desenvolvimento. Sabe o que isso significa? Observe com mais detalhes as diferenças entre
eles.
Atividade 1
Questão 1
Considerando as diferentes fases da evolução da psicologia do desenvolvimento, qual característica distingue
a metodologia empregada na terceira fase (1960-1979) em comparação às demais?
A
A predominância de abordagens correlacionais, como as relações entre inteligência e nível socioeconômico.
B
A ênfase em estudos sistêmicos, longitudinais e transculturais, buscando compreender o desenvolvimento
humano de forma mais ampla.
C
Conteúdo concreto 
É fundamentalmente descritivo e observável,
como as brincadeiras da criança, jogos,
alimentação etc. Um exemplo desse tipo de
estudos é teoria de maturação do psicólogo
Arnold Gessell (1880-1961), na qual o autor
observa padrões gerais de desenvolvimento,
ou seja, considera-o um processo contínuo e
ordenado dividido em diversos estágios.
Conteúdo abstrato 
Não permanece apenas na descrição e
na observação, como também tenta
explicar as mudanças de
comportamento com base em outros
fatores, como aprendizagem, agressão,
ansiedade. Por exemplo, a teoria de
aprendizagem social de Albert Bandura.
Bebê colocando brinquedo na boca.
A utilização de métodos descritivos e normativos, baseados em leis gerais do desenvolvimento infantil.
D
A concentração em temas concretos, como o desenvolvimento intelectual, a maturação e o crescimento, sem
explorar aspectos mais abstratos.
E
A aplicação de métodos experimentais, influenciados pelas teorias piagetiana, da revolução cognitiva, da
aprendizagem social e behaviorista.
A alternativa A está correta.
Na terceira fase da evolução da psicologia do desenvolvimento, entre as décadas de 1960 e 1979, a
metodologia utilizada era predominantemente experimental. Seus estudos envolviam manipulações de
variáveis, em contraste com as abordagens mais descritivas e normativas das fases anteriores.
Principais teorias da psicologia do desenvolvimento
Confira, neste vídeo, a teoria de Jean Piaget (1896-1980) e a Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934).
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Imagine que você é uma criança, um pequeno explorador de olhos curiosos e mente ávida por desvendar os
mistérios do mundo ao redor. 
Jean Piaget nos convida a conhecer a fascinante jornada do desenvolvimento infantil, em que o cérebro da
criança é como um artesão que cria esquemas para compreender a realidade que o cerca.
Mas como esses esquemas são formados?
Se você observar uma criança de seis meses de vida,
quando ela se depara com um novo objeto, não hesita em
levá-lo à boca, explorando-o com todos os sentidos. Já aos
dois anos, ela brinca com diversos objetos, investigando
cores, formas e texturas.
É evidente que, conforme crescemos, nossa interação com
o mundo se torna mais rica e complexa, moldando-se de
acordo com cada fase do desenvolvimento.
O desenvolvimento não ocorre de maneira passiva. De
acordo com Piaget, a criança é uma verdadeira construtora
de conhecimento, ativamente engajada na tarefa de assimilar o novo e acomodar o que já sabe. A organização
cognitiva dá sentido ao mundo ao seu redor e é o motor que impulsiona seu refinamento constante, uma parte
essencial de seu crescimento (Santrock, 2011).
É aqui que entram os quatro estágios propostos por Piaget. Cada um deles é como um capítulo em um livro,
revelando uma nova perspectiva sobre a vida e o entendimento do mundo.
Desde o estágio sensório-motor, em que a criança explora o mundo por meio dos sentidos e das ações físicas,
até o operatório formal ― no qual ela desenvolve a capacidade de pensar lógica e hipoteticamente sobre
conceitos abstratos ―, cada fase é uma etapa única e fundamental em sua jornada de crescimento (Santrock,
2011).
A tabela a seguir mostra cada um dos estágios do desenvolvimento cognitivo segundo a teoria de Piaget.
Observe cada um deles e reflita: você consegue identificar essas características em alguma criança que
conhece?
Estágio Sensório-motor Pré-operatório Operatório
concreto 
Operatório
formal 
Idade 0 a 2 anos 2 a 7 anos 7 a 11 anos 12 + anos
A criança: 
Explora o
mundo e
constrói uma
compreensão
dele por meio
de experiências
sensoriais e
ações físicas
(pega, morde,
joga etc.).
Começa a
representar o
mundo e os
objetos com
palavras e
imagens,
representando o
aumento do
pensamento
simbólico. Utiliza
o raciocínio
intuitivo.
Pode raciocinar
logicamente
sobre eventos
concretos;
classifica
objetos em
diferentes
conjuntos.
Conserva e
reverte o
pensamento.
Raciocina de
maneira mais
abstrata,
idealista e
lógica. Utiliza
o pensamento
abstrato para
uma situação
hipotética.
Características 
- Permanência
de objeto: a
criança
compreende
que os objetos
continuam a
existir mesmo
quando estão
fora do seu
campo visual.
- Egocentrismo:
a criança tende
a ver o mundo
apenas a partir
de sua própria
perspectiva, sem
considerar a dos
outros.
- Conservação:
a criança
entende que
certas
características
dos objetos
permanecem
inalteradas,
mesmo que sua
aparência mude.
- Lógica
abstrata e
raciocínio
moral: é capaz
de pensar em
termos de
conceitos e
ideias, e pode
resolver
problemas
complexos
usando a
lógica e a
moralidade.
Exemplos 
Um bebê chora
quando sua mãe
se afasta,
demonstrando
que sabe que
ela ainda existe,
mesmo que não
possa vê-la.
Uma criança
acredita que
todos os seus
amigos gostam
das mesmas
brincadeiras que
ela.
A criança
entende que a
quantidade de
água em um
copo alto e em
outro baixo é a
mesma, ainda
que a aparência
seja diferente.
Um
adolescente é
capaz de
resolver
problemas de
matemática
envolvendo
equações
complexas.
Tabela: Os quatro estágios do desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget.
Adaptada de Santrock, 2011.
Não é só Piaget quem nos oferece uma visão fascinante do desenvolvimento infantil. Lev Semenovich
Vygotsky, um dos mais influentes psicólogos do século XX, também fornece uma visão empolgante do
desenvolvimento humano, destacando o papel fundamental das interações em sociedade e culturais.
Sua teoria nos convida a compreender como aprendemos e explorar de que modo nosso conhecimento é
moldado pelo ambiente ao nosso redor.
Jovem aprendendo a dirigir com o instrutor.
Imagine uma adolescente enfrentando o desafio de
aprender a dirigir. Se ela tentar aprender sozinha, logo
perceberá as dificuldades que enfrentará ― e essa é sua 
zona de desenvolvimento real. No entanto, quando recebe
orientação de um instrutor experiente, suas habilidades
começam a se desenvolver, e esse é o seu potencial de
aprendizado.
A diferença entre esses dois pontos é o que Vygotsky
chama de zona de desenvolvimento proximal (ZDP). Ela
destaca a importância das influências sociais no processo
de desenvolvimento cognitivo. É como se cada um de nós
tivesse uma "zona de aprendizado", em que estamosprontos para adquirir novas habilidades e conhecimentos com a ajuda de alguém.
Para ilustrar melhor, pense em uma criança aprendendo a montar um quebra-cabeça. Se ela tentar resolver
um que seja muito difícil para sua idade, provavelmente ficará frustrada e desistirá. No entanto, se receber
ajuda de um adulto mais experiente, ela poderá aprender novas estratégias e, por fim, dominar o desafio.
A ZDP nos lembra que o aprendizado não ocorre apenas individualmente, mas também por meio das
interações com os outros e da cultura que nos cerca. É por meio de conexões com a sociedade e
culturais que nosso potencial de aprendizado é maximizado, permitindo-nos alcançar novos
patamares de desenvolvimento cognitivo e pessoal.
Resumidamente: enquanto Piaget enfatiza o desenvolvimento individual e autônomo da criança, Vygotsky
destaca a importância das influências da sociedade e da cultura, enfatizando o aprendizado como um
processo colaborativo e contextualizado.
Ambos os teóricos contribuem significativamente para nossa compreensão do desenvolvimento humano,
oferecendo perspectivas complementares sobre como as crianças aprendem e se desenvolvem.
Atividade 2
Questão 1
Suponha que você é docente em uma creche e está observando duas crianças, Lucas e Sofia, durante uma
atividade de contação de histórias. Lucas, de quatro anos, tem ajuda de um adulto e cria uma história usando
brinquedos e objetos ao seu redor, enquanto Sofia, de seis anos, desenha outra em um papel.
 
Lucas e Sofia estão demonstrando diferentes estágios do desenvolvimento cognitivo, refletindo as teorias de
Piaget e Vygotsky. Qual das seguintes opções descreve corretamente as atividades das crianças à luz dessas
teorias?
A
Lucas está operando no estágio pré-operatório, elaborado por Piaget, enquanto Sofia está demonstrando a
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), proposto por Vygotsky.
B
Lucas está operando no estágio operatório concreto, concebido por Piaget, enquanto Sofia está operando no
estágio pré-operatório.
C
Lucas está operando no estágio sensório-motor, desenvolvido por Piaget, enquanto Sofia está operando no
estágio operatório formal, proposto pelo mesmo teórico.
D
Lucas está demonstrando a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), proposta por Vygotsky, enquanto Sofia
está operando no estágio operatório formal, elaborado por Piaget.
E
Lucas está operando no estágio pré-operatório, segundo Piaget, enquanto Sofia está operando no estágio
operatório formal, de acordo com o mesmo pensador.
A alternativa D está correta.
Lucas, ao criar uma história usando brinquedos e objetos ao seu redor, está recebendo apoio e orientação
de um adulto, o que reflete a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), proposta por Vygotsky. Ele está
operando em um nível além de suas habilidades com o suporte do adulto.
Sofia, ao desenhar uma história em um papel, está envolvida em uma atividade que requer pensamento
lógico, abstrato e simbólico, características do estágio operatório formal, elaborado por Piaget, em que as
crianças podem pensar hipoteticamente e resolver problemas complexos.
O que é aprendizagem?
Acompanhe, neste vídeo, como as pessoas podem adquirir novas habilidades (jogar futebol, dirigir, nadar
etc.). Destaca-se que aprender é algo que podemos fazer sozinhos, mas, apesar disso, aprender geralmente é
mais fácil com a ajuda de outras pessoas – e por meio da educação!
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De acordo com a Associação Americana de Psicologia (APA, 2015), aprendizagem é a aquisição de novos
conhecimentos após a prática, a observação ou outras experiências, que se manifestam por meio de
mudanças em nosso comportamento, saber e até mesmo função cerebral.
Aprendizagem é, portanto, o processo de construção mental, em que organizamos as informações recebidas
em nossa mente, conectando-as ao que já sabemos. Seu escopo é amplo, com diferentes teorias para o seu
estudo. Santrock (2011) aponta as cinco abordagens da psicologia do ensino e aprendizagem. Vamos conferi-
las!
1
Abordagem behaviorista
Enfatizamos os resultados do comportamento. Se algo nos traz recompensa, tendemos a repetir a
conduta. A punição, por outro lado, inibe o comportamento. Podemos pensar no cachorro, que
aprende truques em troca de um petisco!
Homem comendo pavlova enquanto ouve música.
2 Abordagem social-cognitiva
Entramos na interação entre fatores cognitivos, comportamento e ambiente. É quando você
observa um amigo fazendo algo legal e decide tentar também.
3
Abordagem do processamento da informação
Enfocamos o processamento mental das informações. É quando você aprende o passo a passo
para resolver um problema matemático.
4
Abordagem cognitivo-construtivista
Enfatizamos a construção ativa do conhecimento. É quando você monta um quebra-cabeça e
percebe modelos e conexões.
5
Abordagem sócio-construtivista
Destacamos a colaboração com outras pessoas para construir conhecimento. É quando você
trabalha em equipe para resolver um problema em sala de aula.
Dentro da abordagem behaviorista, temos dois tipos de condicionamento, que são maneiras diferentes de
aprender coisas novas. Vamos conferir mais detalhes!
Condicionamento clássico
Também conhecido como condicionamento pavloviano ― mas não confunda com a sobremesa Pavlova, criada
em homenagem à bailarina russa Anna Pavlova! Os experimentos de Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936) são
um tipo de aprendizado em que você associa duas coisas que normalmente não estão relacionadas.
Por exemplo, se você sempre ouve uma música alegre
enquanto come sua pavlova, com o tempo, você pode
começar a sentir vontade de comê-la só de ouvir a música.
Isso acontece porque seu cérebro aprende a associar a
música à sobremesa, criando uma conexão entre elas.
É como se seu cérebro dissesse: "Ah, essa música significa
pavlova!" É assim que o condicionamento clássico funciona:
é uma forma de aprender com associações entre coisas
diferentes.
Como o condicionamento clássico pode ser aplicado para
facilitar o processo de aprendizagem dos alunos?
Confira, a seguir, algumas maneiras!
1
Associação de estímulos
Envolve a associação de um estímulo neutro a outro que naturalmente evoca uma resposta. Por
exemplo, docentes podem usar essa técnica associando um estímulo neutro (como uma música
relaxante) à atividade de estudo. Com o tempo, os alunos começam a associar a música à
concentração e ao foco, facilitando o engajamento nas atividades de aprendizagem.
2Eliminação de respostas indesejadas
Imagine que os alunos apresentam ansiedade durante testes ou apresentações. O corpo docente
pode associar esses eventos a um estímulo relaxante, como técnicas de respiração ou imagens
mentais tranquilizadoras. Com o tempo, os estudantes aprendem a reduzir a ansiedade com a ajuda
desses estímulos, diminuindo respostas indesejadas durante situações estressantes.
3
Preparação para mudanças de ambiente
Pode ser utilizada para preparar os alunos para mudanças de ambiente, como a transição para nova
sala de aula ou a introdução de uma nova atividade. Isso ajuda os estudantes a associarem o
estímulo à mudança de contexto e a prepararem-se mentalmente para a transição.
4
Estímulo positivo para reforçar comportamentos desejados
Suponha que um aluno tenha dificuldade para se concentrar durante a leitura em voz alta. O
professor pode associar a atividade a um estímulo positivo, como elogios ou recompensas tangíveis,
sempre que o estudante demonstrar foco e atenção. Com o tempo, ele começa a associar a
atividade ao prazer da realização e voluntariamente se engaja mais.
Condicionamento operante
Trata-se de outro tipo de aprendizado: em vez de associar duas coisas, ele está mais relacionado às
consequências do comportamento. É quando você faz algo e recebe uma recompensa ou uma punição por
isso.
Por exemplo, se uma criança sempre limpa seu quarto e recebe elogios de seus responsáveis, é mais provável
que continue limpando o quarto no futuro, pois gosta dos elogios como recompensa. Por outro lado,se ela
deixar o quarto bagunçado e receber uma bronca, é menos provável que faça isso de novo, porque não gosta
da punição.
O condicionamento operante se refere a como o comportamento é moldado pelas consequências
dos atos.
A teoria da aprendizagem social, elaborada por Bandura, é uma abordagem que destaca a influência do
ambiente social no processo de aprendizagem. Segundo o autor, as pessoas aprendem observando o
comportamento dos outros e as consequências dele.
Isso significa que podemos adquirir novos conhecimentos e habilidades ao prestar atenção ao que acontece
ao nosso redor, especialmente quando vemos outras pessoas sendo recompensadas ou punidas por suas
ações. Talvez seja essa a origem do ditado popular: “o sábio aprende com os erros dos outros”? Fica a dúvida.
A teoria da aprendizagem social proposta por Albert Bandura pode ser aplicada na psicologia escolar de
várias maneiras. 
Suponha que uma aluna esteja com dificuldades para se concentrar durante as aulas e frequentemente se
distrai em conversas com os colegas. A pessoa psicóloga escolar pode utilizar os princípios da teoria
concebida por Bandura para ajudá-la a desenvolver habilidades para se autorregular e se concentrar.
Vejamos:
1º
O profissional pode identificar um modelo em sala de aula ― por exemplo, um colega que se
concentra e participa ativamente nas atividades escolares. Em seguida, ele pode trabalhar com a
estudante com dificuldades para ela observar e imitar os comportamentos modelados.
2º
Durante as sessões de aconselhamento ou tutoria, a pessoa psicóloga pode ensinar estratégias de
autorregulação, como técnicas de respiração ou métodos de organização do tempo, enquanto reforça
positivamente o comportamento desejado, principalmente quando a aluna demonstra melhorias em
sua capacidade de concentração.
3º
A pessoa psicóloga escolar pode envolver os colegas da estudante em atividades colaborativas que
promovam a aprendizagem social, como projetos de grupo. Ela poderá observar e aprender com
quem se concentra e participa de maneira ativa.
Bandura introduziu ainda um conceito fascinante chamado reforço vicário. Ele essencialmente significa que
podemos aprender ao observar as ações e as consequências do comportamento de outras pessoas.
Um exemplo clássico desse fenômeno é o experimento do João bobo, realizado pelo pesquisador na década
de 1960. Nesse experimento, crianças foram expostas a adultos que demonstravam comportamentos
agressivos em relação a um boneco inflável, o João bobo.
As crianças que observaram esses adultos agindo de forma agressiva tendiam a imitar o comportamento
quando colocadas na mesma situação, ao passo que as que não foram expostas a esses comportamentos não
imitaram aquele padrão.
Atenção
A importância das observações de Bandura no campo do desenvolvimento e da aprendizagem é enorme.
Isso nos mostra que aprender não é apenas sobre experiências diretas, mas também sobre observar e
imitar o comportamento dos outros ao nosso redor. Isso destaca ainda mais a relevância dos modelos
que temos em nossas vidas, como responsáveis, docentes e figuras de autoridade, que influenciam
significativamente nossa forma de aprender e agir. 
Além do reforço vicário, Bandura também introduziu o conceito de autoeficácia. Trata-se da percepção que
temos sobre nossa própria capacidade de enfrentar desafios e alcançar metas em um determinado ambiente.
Por exemplo, se alguém acredita que é capaz de resolver problemas matemáticos difíceis, ele provavelmente
se sentirá mais motivado a enfrentar os desafios e a buscar soluções.
A autoeficácia influencia diretamente nossos estados emocionais, nossa motivação e nossa capacidade de
mudar comportamentos. Portanto, compreender e cultivar a autoeficácia é essencial para promovermos um
ambiente de aprendizado positivo e eficaz.
Atividade 3
Questão 1
Durante uma aula de psicologia, João e Maria discutem sobre os diferentes tipos de aprendizagem. Diante
desse debate, qual dos seguintes é o diferencial-chave entre o condicionamento operante e o clássico?
A
No condicionamento operante, o comportamento é associado a um estímulo neutro, enquanto no clássico o
comportamento é moldado pelas consequências.
B
O condicionamento operante envolve a associação de dois estímulos previamente neutros para provocar uma
resposta condicionada, ao passo que o clássico envolve a associação de um estímulo incondicionado a outro
neutro.
C
No condicionamento operante, o comportamento é reforçado por consequências positivas ou negativas,
enquanto no clássico a resposta é desencadeada automaticamente por um estímulo.
D
O condicionamento operante se baseia em observar e imitar comportamentos modelados, enquanto o clássico
depende da formação de associações entre estímulos e respostas.
E
No condicionamento operante, o indivíduo aprende por meio da observação das consequências do
comportamento de outras pessoas, enquanto no clássico a aprendizagem ocorre por meio da associação
entre estímulos.
A alternativa C está correta.
No condicionamento operante, o comportamento do indivíduo é moldado pelas consequências que se
seguem a ele, ou seja, pelo reforço positivo ou negativo. Por exemplo, se um comportamento é seguido por
uma recompensa, é mais provável que ele se repita no futuro.
Já no condicionamento clássico, a resposta é desencadeada automaticamente por um estímulo específico,
sem depender das consequências do comportamento. Essa distinção fundamental entre os dois tipos de
condicionamento ressalta as diferentes maneiras pelas quais aprendemos e internalizamos
comportamentos.
4. A queixa escolar e o papel da escola na sociedade
Breve história da psicologia escolar no Brasil
Neste vídeo, refletiremos sobre educação e fenômenos psicológicos, com exemplos da atuação do psicólogo
nas instituições de ensino.
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Você conhece a história da psicologia no Brasil?
A história da psicologia no Brasil remonta à chegada dos clérigos jesuítas, responsáveis pela educação da
colônia no século XVI. Nessa época, se tornaram objetos de interesse algumas interfaces entre a educação e
o fenômeno psicológico, como aprendizagem, desenvolvimento humano, função da família (ANTUNES, 2008).
As pesquisas realizadas no final do século XIX e início do XX – que tornaram a psicologia uma ciência
experimental – influíram no pensamento de grandes pesquisadores brasileiros. O psicólogo Manoel Bomfim
(1868-1932), por exemplo, instalou o pedagogium, ou primeiro Laboratório de Psicologia Experimental do
Brasil em 1906. 
Comentário
O pedagogium incentivou a publicação de outras pesquisas na área da psicologia da educação, como o
trabalho do psiquiatra, escritor e psicopedagogo brasileiro Plinio Olinto (1886-1956), um dos pioneiros no
ramo da psicologia da educação no país. 
Alguns autores consideram que, a partir dos trabalhos desses pioneiros, a psicologia no Brasil se desenvolveu
estreitamente ligada à educação, e não o contrário. Em outras palavras, a psicologia derivou da psicologia da
educação (GOULART, 1995). Foi no ano de 1962 que a psicologia se tornou uma profissão regulamentada no
Brasil, por meio da Lei nº 4.119/62.
Mais recentemente, na década de 1990, foi criada a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional
(ABRAPEE), que dentre outros pontos objetiva:
Incentivar a melhoria da qualificação e dos serviços dos psicólogos escolares e educacionais.
Estimular a realização de estudos científicos nas áreas da psicologia escolar e educacional.
Promover condições para o reconhecimento legal da necessidade do psicólogo nas instituições ligadas
ao ensino.
Atividade 1
Questão 1
Abrapee é a sigla para Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, uma entidade sem fins
lucrativos, fundada em 1987. Qual dos seguintes objetivos melhor representa o propósito da Abrapee?
• 
• 
• 
A
Desenvolver pesquisas exclusivamente relacionadas à psicologia infantil.
B
Promover a interação entre psicólogos e educadores

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