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Influência das cidades na civilização européia

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As cidades da Idade Média
Influência das cidades na civilização européia
Renascimento das cidades assinala “uma nova era na história interna da Europa Ocidental” (168). Surge uma nova classe ativa: a burguesia.
Forma que se manterá até Revolução Francesa (1789), e que passará, apenas, por “diversas combinações da sua estrutura” (168). 
Uma nova classe “ativa”, ao lado do clero e da nobreza: Burguesia é uma “ordem privilegiada”, “classe jurídica distinta”, isolando-a do povo;
Contradição entre a liberdade para a produção e a exigência de que esta siga sob seu monopólio;
A formação dos núcleos urbanos abalou a estrutura dos campos
Com a possibilidade do comércio com as cidades, surge a exigência de excedentes agrícolas para este comércio. 
O produtor procura ampliar a produção para vender nas cidades;
Os senhores, por sua vez, passam a exigir o cultivo de áreas até então incultas: bosques, matagais, pántanos ou charnecas;
A trabalho de arroteamento são feitos pelos novos braços decorrentes do aumento populacional;
Início dos trabalhos e da produção em terras incultas desde o Império Romano;
Ordens religiosas espalhadas por diversas regiões, passam a especializar e espacializar a produção; 
A especialização da produção se expande: Flandres e Inglaterra: gado lanífero;
Fundação de cidades livres (de foros e obrigações em natura e em espécie para atrair cultivadores;
Cidades onde o camponês é dotado de liberdade
Mesmo as cidades antigas, deixam “prescrever”, os antigos direitos feudais, pondo fim à servidão;
Dessa forma, a liberdade do camponês é acompanhada pelo fim da necessidade de autossuficiência do feudo, pois agora o comércio fornece os gêneros necessários;
O desaparecimento do antigo sistema senhorial se dá a partir da progressiva libertação do camponês das terras, sua crescente mobilidade em direção às cidades;
Capital mobiliário, móvel, em contraposição ao capital imobiliário, a riqueza da terra;
A riqueza da terra era a garantia da liberdade e da posição social de seus proprietários: os senhores e o clero;
A riqueza da burguesia não está assentada na propriedade da terra, mas sim no comércio;
O dinheiro deixou de ser algo entesourado, como nas mãos da Igreja, e passou a ser um elemento cada vez mais necessário para medir a riqueza: “tornou-se o instrumento das trocas e a medida dos valores” (174). 
Substituição dos pagamentos em gênero para os de espécie;
Nova noção de riqueza: mercantil, baseado em dinheiro amoedado e mercadorias;
“No decorrer do século XI, verdadeiros capitalistas existiam já em grande número de cidades” (174);
Ainda assim, a forma de manutenção e consolidação da riqueza continuou sendo a propriedade imobiliária e os empréstimos a juros;
Houve um encarecimento do custo de vida, devido a monetização da economia, pois boa parte dos tributos recebidos dos camponeses era em natura ou em espécie fixa, de forma que era difícil para o senhor ampliar o excedente que extraía do camponês;
Surgimento dos “banqueiros”, dos prestamistas: primeiro em Flandres, depois na Itália;
Reymerswale (cerca de 1490/1495–1546?) O banqueiro e sua mulher (1539)
Alteração na vida política:
Quebra do equilíbrio de poder entre Senhores e o Clero; relações baseadas em obrigações de serviço e hierarquia, o elemento financeiro não existia: cada mosteiro e senhor feudal, embora devesse obediência a seus superiores, estas nunca se manifestaram em obrigações financeiras. 
Com o surgimento da riqueza mobiliária surge o bailio (cobrar impostos, convocar a nobreza para a guerra, fiscalizar domínios do senhor feudal)
Ascendência econômica e consequências políticas das cidades:
Formação de exércitos particulares, milícias urbanas;
Tendência para tornarem-se repúblicas municipais (Gênova, Veneza);
No geral, obtiveram liberdade em seus domínios, mas submetidas ao governo territorial ou monárquico;
Estados dependiam financeiramente dos burgueses;
Incorporação dos burgueses nos conselhos de Estado;

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